Upload
andrea-e-julieta
View
256
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Caderno de reflexão do trabalho Tiquatira em Construção por Andréa Helou
Citation preview
1
uma reflexao
2
3
Agr
adeç
o a
Julie
ta, p
or s
er e
ssa
gran
de
amig
a e
ótim
a co
mpa
nhei
ra d
e tra
balh
o.
Agr
adeç
o ta
mbé
m à
min
ha fa
mília
e to
dos
os
amig
os e
pr
ofes
sore
s que
me
apoi
aram
nes
te p
roce
sso.
4
5
INTR
OD
UÇÃ
O
OS
MUR
OS
_ SÃ
O P
AUL
O
O Q
UE É
O M
URO
?
QUA
ND
O O
DES
ENHO
SA
I DO
PA
PEL
- aon
de
- com
o- q
uem
- qua
ndo
POR
QUE
?- R
ural
Stu
dio
- Uni
vers
idad
e d
e Ta
lca
CO
LETIV
OS
- col
lect
if et
c.- e
ncor
e he
ureu
x- b
urea
u d
etou
rs- r
aum
labo
r- b
asur
ama
- Arc
hite
ctur
e fo
r Hum
anity
- Mud
a_co
letiv
o
TAR
- TEO
RIA
ATO
R-RE
DE
CO
NC
LUSÃ
O
ÍND
ICE
07 10 13 15 20
26 32 36
6
``C
ompr
eend
er a
cid
ade
em m
ovim
ento
sign
ifica
ace
itá-la
com
o co
rpo
que
se (r
e)or
gani
za n
o te
mpo
e n
ão si
mpl
esm
ente
se su
bstit
ui``
- Mar
ta B
ogéa
7
A r
ealiz
ação
des
se t
raba
lho
me
fez
refle
tir s
o-br
e al
gum
as c
oisa
s que
con
sider
o m
uito
impo
r-ta
ntes
par
a a
form
ação
de
um a
rqui
teto
. Est
e re
lató
rio fo
i fei
to p
ara
reto
mar
alg
uns c
once
itos
inic
iais
que
nos
leva
ram
a re
aliza
r ess
e pr
ojet
o.
Traz
a p
arte
teó
rica
do
traba
lho
e as
ref
erên
-ci
as.
Traz
tam
bém
, um
a re
flexã
o pó
s-pr
átic
a.
que
é um
a vo
lta im
porta
nte.
E é
just
amen
te o
m
aior
ens
inam
ento
que
ess
e tra
balh
o tro
uxe:
Pe
nsa
r –
Ag
ir –
Re
fle
tir
Um d
os p
rinci
pais
mot
ivos
que
nos
fez
cons
truir
o pr
ojet
o fo
i a fa
lta q
ue se
ntim
os d
e ex
perim
en-
tar
na p
rátic
a o
que
é co
nstru
ir, q
uant
o pe
sa
os m
ater
iais,
qua
is sã
o as
sua
s ca
ract
eríst
icas
. A
ind
a, é
mui
to im
porta
nte
torn
ar re
al, a
lgo
que
se id
ealiz
ou. A
pro
duç
ão d
e pr
otót
ipos
é e
ssen
-
cial
no
plan
ejam
ento
se
ja d
e um
ban
quin
ho
seja
de
um e
difí
cio
– to
mad
as a
s d
evid
as p
ro-
porç
ões.
No
enta
nto,
por
irm
os a
lém
do
prot
ótip
o, n
os
dep
aram
os c
om o
utra
que
stão
: o se
r hum
ano.
N
a es
cala
1:1
as
rela
ções
hum
anas
se
inte
nsi-
ficam
. A m
ão d
e ob
ra, o
s se
rviç
os, o
clie
nte,
o
patro
cina
dor
, enfi
m, é
eno
rme
a lis
ta d
e pe
s-so
as q
ue v
ocê
dev
e sa
ber l
idar
. E is
so in
fluen
-ci
a m
uito
o m
odo
de
conc
epçã
o d
o pr
ojet
o.
Sabe
r que
m se
rá o
usu
ário
, com
o e
com
que
m
você
vai
con
stru
ir.
De
que
adia
nta
term
os a
mel
hor t
ecno
logi
a d
o m
und
o se
no
cant
eiro
o tr
abal
had
or –
em
sua
gr
and
e m
aior
ia –
só
sabe
ass
enta
r blo
cos?
Por
iss
o es
sa e
xper
iênc
ia n
a fa
culd
ade
é tã
o ric
a.
Pois
de
certa
form
a o
estu
dan
te te
m m
ais l
iber
-d
ade
para
que
stio
nar e
tem
mai
s ch
ance
s d
e m
udar
alg
o.Se
i que
ess
es sã
o pr
oble
mas
que
nat
ural
men
te
apar
ecem
na
vid
a pr
ofiss
iona
l do
arqu
iteto
,
INT
RO
DU
ÇÃ
O
8
mas
ess
a op
ortu
nid
ade
de
pass
ar
por i
sso
tão
inte
nsam
ente
na
univ
ersid
ade
nos
fez
pens
ar
qual
é o
pap
el d
a fa
culd
ade
ness
a pr
átic
a.
Será
que
a te
oria
não
pod
e se
apr
oxim
ar m
ais
da
prát
ica
e vi
ce e
ver
sa?
A in
tegr
ação
foi
um
car
áter
cha
ve n
o tra
ba-
lho
em m
uito
s asp
ecto
s. In
tegr
ação
da
prát
ica
com
a te
oria
, da
rua
com
o c
ampo
, da
com
u-ni
dad
e co
m o
esp
aço
públ
ico,
e p
or a
i vai
...
Cito
, m
ais
à fre
nte
os e
xem
plos
das
uni
vers
i-d
ades
de
Talc
a, (
Chi
le);
e o
Rura
l Stu
dio
(Es
ta-
dos
Uni
dos
), A
mbo
s tra
zem
ess
a d
iscus
são
em
sua
prop
osta
ped
agog
ica.
Out
ro
pont
o es
senc
ial
da
inte
rven
ção
que
fizem
os f
oi o
pró
prio
eve
nto.
Pro
mov
er a
ções
cu
ltura
is no
esp
aço
públ
ico
é um
mod
o d
e se
ap
ropr
iar d
o es
paço
e g
erar
o e
ncon
tro. E
isso
ta
mbé
m é
faz
er c
idad
e. E
ste
pont
o ta
mbé
m
será
mai
s bem
des
envo
lvid
o ao
exp
licar
alg
uns
cole
tivos
que
atu
am d
esta
man
eira
.
Dep
ois
de
tant
a re
flexã
o e
prát
ica,
esp
ero
ter
tirad
o ta
mbé
m a
lgum
as c
oncl
usõe
s d
esse
pro
-ce
sso.
Alg
umas
talv
ez u
m p
ouco
pes
soai
s, m
as
que
aqui
com
parti
lho
com
voc
ês.
9
10
Esse
tra
balh
o fo
i um
a fe
liz c
oinc
idên
cia
na
min
ha v
ida.
Qua
ndo
me
form
ei n
o en
sino
fun-
dam
enta
l - E
scol
a W
ald
orf R
udol
f Ste
iner
– t
ín-
ham
os q
ue fa
zer d
uran
te u
m a
no u
ma
mon
o-gr
afia
sobr
e um
tem
a liv
re.
Tinha
visi
tad
o a
Ale
man
ha e
est
ava
impr
essio
nad
a co
m B
erlim
e,
prin
cipa
lmen
te c
om o
mur
o e
sua
hist
ória
. As-
sim q
uand
o vo
ltei d
esen
volv
i a m
onog
rafia
em
ci
ma
des
te t
ema.
‘’E
m C
ima
do
Mur
o ‘’
fico
u o
nom
e d
o m
eu t
raba
lho.
Ago
ra,
cinc
o an
os
dep
ois,
pare
ce q
ue q
uebr
ei e
sse
mur
o d
e ve
z.
No
caso
de
Tiqua
tira
o m
uro
veio
com
o um
es
trutu
rad
or d
o es
paço
. Tín
ham
os m
uito
s m
i-cr
o pr
ojet
os e
um
a ár
ea d
e pa
rque
eno
rme.
O
mur
o é
um e
lem
ento
que
nos
cha
mou
a a
ten-
ção
por s
er c
ontin
uo e
m u
m p
ercu
rso
de
quas
e 3
km d
e ex
tens
ão. L
end
o so
bre
os p
robl
emas
co
ntem
porâ
neos
das
met
rópo
les n
o liv
ro:
‘’ L
ivin
g in
the
End
less
City
’’, R
icha
rd S
enne
tt tra
z u
ma
refle
xão
mui
to in
tere
ssan
te s
obre
os
mur
os d
a ci
dad
e d
e Sã
o Pa
ulo.
Os
mur
os s
ão n
eces
sário
s e
eles
ser
vem
par
a se
para
r d
ois
cont
exto
s. Bi
olog
icam
ente
el
e po
de
assu
mir
doi
s car
áter
es: f
ront
eira
ou
limite
. (B
ound
arie
s an
d B
ord
ers)
- é
o tít
ulo
do
artig
o.
A fr
onte
ira é
o lu
gar c
aótic
o ao
nde
tud
o ac
on-
tece
e a
ond
e os
doi
s lad
os se
mist
uram
ger
an-
do
uma
troca
inte
nsiv
a. E
nqua
nto
que
o lim
ite
não
gera
nen
hum
a tro
ca d
e en
ergi
a. E
um
div
i-so
r que
exc
lui a
vid
a.
‘‘ W
e ne
ed, t
hen,
to re
-thin
k th
e m
orph
olog
ical
el
emen
ts t
hat
mar
k an
urb
an e
dge
: th
e m
ost
impo
rtant
of t
hese
ele
men
ts is
the
wal
l.’’
- Ric
hard
Sen
nett
A p
ared
e, o
u o
mur
o, a
que
Sen
nett
se re
fere
nã
o é
apen
as o
s m
uros
lite
rais
mas
tam
bém
os
vaz
ios
del
imita
dor
es c
omo
as e
stra
das
e a
s av
enid
as, e
ain
da
a ba
rreira
ent
re o
form
al e
o
info
rmal
.
OS
MU
RO
S _
SÃO
PA
ULO
11
Na
área
de
estu
do,
o m
uro
tinha
ess
e ca
ráte
r d
e lim
ite.
Div
idia
o ‘
’nad
a’’
da
rua.
Tan
to o
na
da,
qua
nto
a ru
a co
m c
arát
er m
uito
pac
ato.
É
mui
to n
egat
ivo
para
a c
idad
e te
r ess
e lu
gar
mor
to, e
m u
ma
área
com
o a
perif
eria
de
São
Paul
o qu
e ca
rece
ext
rem
amen
te d
e lo
cais
de
laze
r. O
mur
o fo
i a
chav
e qu
e pr
ecisá
vam
os
para
dist
ribui
r tod
os o
s no
ssos
equ
ipam
ento
s e
proj
etos
ao
long
o d
esse
futu
ro p
arqu
e. A
ssim
in-
terv
iríam
os d
e fo
rma
conc
isa e
pon
tual
e tr
ans-
form
aría
mos
a b
arre
ira e
m e
spaç
o pú
blic
o e
de
enco
ntro
. Alé
m d
isso,
pen
sam
os q
ue o
mur
o se
ria a
infra
estru
tura
de
luz
e ág
ua.
Essa
foi a
est
raté
gia.
Term
inam
os o
prim
eiro
sem
estre
, co
nstru
ind
o um
a m
aque
te e
m e
scal
a 1:
25. E
la fic
ou e
norm
e,
com
3 m
de
com
prim
ento
, e
se m
ostro
u um
a am
ostra
abs
trata
de
mur
o co
m o
s eq
uipa
men
-to
s ac
opla
dos
à in
fraes
trutu
ra.
Abs
trata
, p
ois
era
um m
uro
que
div
idia
um
par
que
de
uma
rua.
No
enta
nto,
pod
eria
ser q
ualq
uer m
uro
e
qual
quer
rua.
A m
aque
te fo
i mui
to im
porta
nte
por t
raze
r um
a ap
roxim
ação
com
os
mat
eria
is qu
e es
táva
mos
imag
inan
do.
Alé
m d
e no
s faz
er
repe
nsar
em
cad
a pr
ojet
o, s
e fu
ncio
nava
ou
não.
Tud
o fic
ou m
uito
mai
s cla
ro e
det
alha
do.
Qua
ndo
dec
idim
os c
onst
ruir,
no
segu
ndo
se-
mes
tre, n
ão p
odia
ser t
ão a
bstra
to c
omo
a m
a-qu
ete.
Ent
ão v
olta
mos
à á
rea
e ap
ós a
lgum
as
sele
ções
, id
entifi
cam
os o
luga
r id
eal p
ara
a im
-pl
anta
ção
do
proj
eto.
Um
mur
o qu
e d
ivid
ia u
m
cam
po d
e fu
tebo
l – p
úblic
o –
da
rua.
Ach
amos
qu
e o
fato
de
ser o
mur
o d
e um
cam
po d
e fu
te-
bol e
ra e
xtre
mam
ente
fav
oráv
el e
dav
a m
ais
sent
ido
aind
a ao
pro
jeto
. A
final
de
cont
as,
o ca
mpo
de
fute
bol t
em a
sua
impo
rtânc
ia in
-eg
ável
com
o ár
ea d
e la
zer d
a pe
rifer
ia d
a ci
-d
ade.
O c
ampo
de
fute
bol
está
int
ensa
men
te p
re-
sent
e em
nos
sa c
ultu
ra e
not
a-se
o re
spei
to p
or
esse
esp
aço.
Vid
e as
fav
elas
. A
s pe
s so
as p
o-d
em v
iver
de
form
a m
uito
pre
cária
e e
m e
spa
12
ços
min
úscu
los,
mas
não
abr
em m
ão d
e se
u ca
mpo
de
fute
bol e
m ta
man
ho o
ficia
l. C
laro
, é
um d
os ú
nico
s es
cape
s e
luga
res
públ
icos
que
el
es t
êm.
No
enta
nto,
são
esp
aços
que
car
e-ce
m d
e in
fraes
trutu
ra e
de
outra
s pos
sibilid
ades
d
e us
os. S
end
o ap
enas
um
cam
po d
e fu
tebo
l es
ses
espa
ços
ficam
res
erva
dos
aos
hom
ens
e às
vez
es a
os m
enin
os.
As
mul
here
s e
os v
e-lh
os fi
cam
à m
ercê
des
sa f
acilid
ade.
Por
isso
, ac
ham
os q
ue a
o im
pla
ntar
mob
iliário
s ur
ba-
nos
que
des
sem
out
ro c
arát
er a
o ca
mpo
, el
e po
der
ia g
anha
r nov
os u
sos.
Tom
ar a
dec
isão
de
cons
truir
nos l
evou
a a
dap
-ta
r ba
stan
te o
s pr
ojet
os v
isand
o a
exec
ução
re
al d
eles
. A
s id
eias
ini
ciai
s fo
ram
des
envo
lvi-
das
e si
ntet
izad
as se
mpr
e em
funç
ão d
a vi
abili-
dad
e d
e co
nstru
ção
no p
erío
do
de
tem
po q
ue
tínha
mos
.
Ain
da
sobr
e es
te m
uro,
ele
não
é s
ó um
lim
ite
físic
o. E
le é
um
lim
ite p
olíti
co –
geo
gráfi
co. A
o en
trar e
m c
onta
to c
om a
s sub
pref
eitu
ras,
des
cobr
imos
que
ess
e m
uro
está
exa
tam
ente
em
cim
a d
o lim
ite e
ntre
a S
ubpr
efei
tura
da
Penh
a e
de
Erm
elin
o M
atar
azzo
. Ou
seja
, ter
ra
de
ning
uém
. Fic
amos
uns
bon
s trê
s mes
es in
do
de
um la
do
para
o o
utro
sem
sab
er d
e fa
to
de
quem
per
tenc
e aq
uele
mur
o. Q
uand
o no
s fa
ltava
um
a se
man
a pa
ra a
con
stru
ção
fo-
mos
pes
soal
men
te c
onve
rsar
com
o c
hefe
de
Gab
inet
e d
a Pe
nha.
Foi
um
cap
ítulo
no
mín
imo
côm
ico
da
hist
ória
des
se p
roje
to. M
as d
epoi
s d
e m
uito
esf
orço
, m
uita
s co
nsul
tas
a m
apas
e
tele
fone
mas
ele
s as
sum
iram
que
o m
uro
faz
parte
da
Subp
refe
itura
da
Penh
a e
que
eles
iri
am p
rovi
den
ciar
o q
ue e
stáv
amos
ped
ind
o:
auto
rizaç
ão, l
impe
za d
a ru
a, C
ET (p
ara
fech
ar
a ru
a no
dia
do
even
to),
palc
o, á
gua,
enfi
m,
apoi
o.
Pare
ceu-
me
mui
to si
gnifi
cativ
o es
se lim
ite. A
di-
visa
é se
mpr
e um
luga
r mai
s tra
balh
oso,
aon
de
o d
iálo
go é
con
stan
tem
ente
tra
balh
ado
e d
eve
ser s
empr
e at
ualiz
ado.
Por
isso
ele
é e
vi-
tad
o.
13
O m
uro
é a
div
isão
do
públ
ico
e d
o pr
ivad
o.
É um
a no
ção
de
segu
ranç
a d
as c
lass
es so
ciai
s qu
e po
dem
ser
um
tan
to q
uant
o ilu
sória
. São
Pa
ulo
vem
se
mur
and
o at
ravé
s d
e sh
oppi
ngs
e co
ndom
ínio
s fe
chad
os.
Tere
za P
ires
Cal
dei
-ra
s us
a o
term
o d
e ‘e
ncla
ve f
ortifi
cad
a’ p
ara
cara
cter
izar
os n
ovos
tip
os d
e ha
bita
ções
da
elite
que
ale
ga o
des
ejo
de
liber
dad
e em
suas
vi
das
, mas
que
aca
bam
tend
o qu
e lid
ar d
iari-
amen
te c
om p
ortõ
es e
mur
os d
e fe
rro, g
rad
es
de
segu
ranç
a, g
uard
as p
artic
ular
es e
mui
ta
susp
eita
.
‘’O
idea
l do
cond
omín
io fe
chad
o é
a cr
iaçã
o d
e um
a or
dem
priv
ada
na q
ual o
s m
orad
ores
pos
-sa
m e
vita
r mui
tos
dos
pro
blem
as d
as c
idad
es e
d
esfru
tar u
m e
stilo
de
vid
a al
tern
ativ
o co
m p
es-
soas
do
mes
mo
grup
o so
cial
. ’’
– Te
reza
Pire
s Cal
dei
ra
O m
uro
ness
e co
ntex
to é
em
si u
ma
fuga
. É c
o-m
um c
riarm
os m
uros
inte
rnos
em
situ
açõe
s d
e am
eaça
s ou
com
plex
idad
es e
m q
ue n
ão c
on-
segu
imos
lidar
em
ocio
nalm
ente
.
‘’ O
s m
uros
psic
ológ
icos
que
con
stru
ímos
par
a se
para
r-nos
da
dor
tam
bém
nos
dist
anci
am d
e no
ssos
sen
timen
tos
mai
s pr
ofun
dos
. A
quilo
que
no
s im
ped
e d
e se
ntir
dor
tam
bém
impo
ssib
ilita-
nos d
e se
ntir
amor
ou
aleg
ria. ’
’–
Cla
use
Stei
ner
O Q
UE
É O
MU
RO
?
14
No
sécu
lo p
assa
do
luta
mos
pel
os d
ireito
s hu
-m
anos
e q
ue o
des
afio
para
est
e sé
culo
é
apre
nder
a lid
ar c
om o
s dev
eres
hum
anos
. De-
senv
olve
r a
auto
nom
ia e
a in
terd
epen
dên
cia
de
pess
oas
que
habi
tam
um
mes
mo
espa
ço.
Sabe
r coe
xistir
tan
to e
ntre
nos
qua
nto
com
os
anim
ais o
u o
mei
o am
bien
te.
É um
mom
ento
de
des
cons
truir
mur
os e
con
-st
ruir
ligaç
ões,
diá
logo
s – p
onte
s.
O h
omem
con
tem
porâ
neo
vive
um
par
adox
o.
Por u
m la
do
uma
árd
ua b
usca
por
liber
dad
e e
do
outro
lad
o a
enor
me
dep
end
ênci
a so
cial
e
tecn
ológ
ica.
Olh
emos
a n
ossa
pró
pria
con
figur
ação
. A p
ele
é um
mur
o.
‘’O
cód
igo
gené
tico
é re
aliza
do
por
célu
las
que
sabe
m m
ante
r boa
s re
laçõ
es d
e vi
zinha
n-ça
’’.
– Lia
Risk
in
A n
ossa
pel
e nã
o é
um li
mite
den
so q
ue n
os
sepa
ra d
o re
sto
do
mun
do.
Ela
é u
m ó
rgão
sen-
soria
l e li
mita
o c
orpo
atra
vés
de
um s
istem
a re
spira
tório
rítm
ico.
E e
mbo
ra e
la re
pres
ente
as
forç
as d
e es
trutu
raçã
o qu
and
o lim
ita d
o co
rpo
físic
o, é
no
equi
líbrio
e n
a tro
ca q
ue e
la im
prim
e su
a m
arca
e o
nde
resid
e a
bele
za d
as fo
rmas
. É
a ha
rmon
ia d
o m
eio
exte
rno
com
o m
eio
in-
tern
o. E
la p
rote
ge e
sepa
ra, p
orém
não
limita
.
‘’O
hom
em s
ó co
nhec
e a
si pr
óprio
qua
ndo
conh
ece
o ou
tro.
E só
é p
ossív
el c
onhe
cer
o ou
tro q
uand
o co
nhec
e a
si pr
óprio
. ’’
-M
ahat
ma
Gan
dhi
.
‘’ só
me
inte
ress
a o
que
não
é m
eu’’
-Osw
ald
de
And
rad
e
15
Dem
os e
sse
títul
o ao
pro
cess
o d
e pr
oduç
ão d
o pr
ojet
o. N
o m
omen
to e
m q
ue d
ecid
imos
que
irí
amos
con
stru
í-lo
segu
ido
das
per
gunt
as b
ási-
cas:
Com
o? A
ond
e? Q
uand
o? P
or q
ue...
São
essa
s pe
rgun
tas
básic
as q
ue d
eram
for
ma
do
proj
eto.
QUANDO O DESENHO SAI
DO PAPEL...
16
Aonde
?
Tínha
mos
um
a ár
ea d
e es
tud
os e
norm
e e
não
sabí
amos
mui
to b
em a
ond
e se
ria im
plan
tad
o o
proj
eto.
Fom
os p
rimei
ro a
um
cam
po p
erto
da
fave
la q
ue h
avía
mos
fei
to o
pro
jeto
do
prim
eiro
se
mes
tre. N
o en
tant
o es
te m
uro
se m
ostro
u m
uito
co
mpl
icad
o. E
le fi
ca e
m u
m c
ampo
que
per
tenc
e a
10 d
onos
. For
a iss
o el
e d
ivid
e o
cam
po d
a A
ve-
nid
a Á
guia
de
Haia
, ex
trem
amen
te m
ovim
enta
-d
a. E
ra p
erig
oso
tam
bém
, poi
s ha
via
um d
esní
vel
enor
me
do
mur
o at
é o
cam
po.
Dep
ois
de
proc
urar
um
pou
co m
ais,
enco
ntra
-m
os o
mur
o pe
rfeito
par
a o
proj
eto.
O c
ampo
pe
rtenc
e ao
Est
ado,
no
enta
nto
é o
Sr. Z
ezito
que
m
ora
den
tro d
o ca
mpo
e t
em a
con
cess
ão d
a ár
ea. E
le to
ma
cont
a d
o ca
mpo
à u
ns 2
0 an
os. E
le
e o
Raul
. Um
cam
po e
norm
e, e
m u
ma
rua
tranq
ui-
la e
arb
oriza
da
ao la
do
da
64 D
P e
do
dep
ósito
de
mat
eria
is: S
onho
Gaú
cho.
Alé
m d
isso,
o m
uro
já
esta
va c
heio
de
bura
cos e
cai
ndo
aos p
edaç
os.
Era
lá q
ue ir
íam
os in
terfe
rir!
17
como???
Prec
isáva
mos
de
verb
a e
mão
de
obra
. Pen
sa-
mos
que
atu
alm
ente
a in
tern
et e
a r
ede
tem
um
a fo
rça
enor
me
de
artic
ulaç
ão.
Porta
nto
a pr
imei
ra c
oisa
foi d
ivul
gar e
pes
quisa
r mei
os
de
finan
ciam
ento
de
proj
etos
. Enc
ontra
mos
o
Cat
arse
(site
de
crow
dfu
ndin
g –
finan
ciam
ento
co
labo
rativ
o). É
sim
ples
: ten
ha u
ma
idei
a, fa
ça
um v
ídeo
con
venc
end
o as
pes
soas
do
porq
ue
seria
lega
l tor
nar
essa
idei
a re
al,
ofer
eça
uns
brin
des
e c
onsig
a as
doa
ções
. E fo
i exa
tam
ente
o
que
fizem
os. F
oi m
uito
inte
ress
ante
ess
e pr
o-ce
sso,
poi
s fo
mos
aos
pou
cos,
na te
ntat
iva
de
expl
icar
e c
onve
ncer
as
pess
oas
a d
oare
m,
nos c
onve
ncen
do
e sin
tetiz
and
o a
noss
a id
eia.
C
riam
os u
ma
pági
na n
o fa
cebo
ok e
o p
roje
to
dei
xou
de
ser n
osso
e s
e to
rnou
abe
rto. T
odos
es
tava
m su
jeito
s a o
pina
r, pa
rtici
par e
disc
utir.
Para
lela
men
te
visit
áva
mos
fre
quen
tem
ente
a
área
e a
com
unid
ade.
Fom
os c
onhe
cer
o qu
e d
ispun
hám
os d
e in
fraes
trutu
ra n
o en
torn
o,
acha
mos
ferro
s vel
hos,
loja
s de
dep
ósito
, e o
ut-
ras
coisa
s qu
e no
s se
ria ú
til n
a co
nstru
ção.
Fo-
mos
tam
bém
aos
dom
ingo
s no
s jo
gos
de
fute
-bo
l con
hece
r os
mai
ores
usu
ário
s d
o pr
ojet
o e
fom
os a
os p
ouco
s esp
alha
ndo
a no
ssa
idei
a.
Foi t
udo
simul
tâne
o e
não
pod
íam
os e
sper
ar
o d
inhe
iro d
o sit
e, p
ois
não
tería
mos
tem
po.
O q
ue f
oi u
m p
ouco
afli
tivo,
poi
s se
voc
ê nã
o al
canç
a o
valo
r qu
e vo
cê d
esej
ava
atin
gir
a pr
incí
pio,
voc
ê nã
o le
va n
ada.
Pre
cisá
vam
os
arre
cad
ar R
$ 14
.200
,00
- o q
ue ta
mbé
m e
stav
a ba
sead
o em
um
orç
amen
to m
uito
pre
limin
ar.
Se t
orno
u um
pro
cess
o d
e ac
ompa
nhar
dia
-ria
men
te a
s d
oaçõ
es,
cont
inua
r d
ivul
gand
o (c
arta
zes,
folh
etos
, at
ualiz
açõe
s na
inte
rnet
...)
e ai
nda
ir at
rás
dos
mat
eria
is, a
just
ar o
orç
a-m
ento
e o
rgan
izar o
cro
nogr
ama
da
obra
. E o
pr
inci
pal:
arru
mar
um
a eq
uipe
.
18
Quem????
Que
m s
eria
a e
quip
e d
e co
nstru
ção?
Nes
sa
tare
fa o
Sr.
Luiz
(coo
rden
ador
de
obra
s d
a fa
-cu
ldad
e) f
oi m
uito
impo
rtant
e. E
le s
ento
u co
-no
sco
e ex
plic
ou p
asso
a p
asso
o q
ue s
eria
fe
ito p
ara
real
izarm
os o
pro
jeto
. Já
está
vam
os
com
os
des
enho
s d
esen
volv
idos
, no
ent
anto
nã
o tín
ham
os m
uito
con
heci
men
to d
e qu
anto
d
e ci
men
to p
reci
saría
mos
com
prar
ou
quan
to
tem
po/h
omem
lev
aria
par
a ab
rir u
m b
urac
o no
mur
o. O
mur
o nã
o es
tava
em
con
diç
ões
mui
to b
oas e
ntão
ain
da
prec
isaria
de
refo
rços
.
Que
ríam
os a
par
ticip
ação
de
estu
dan
tes
e d
a co
mun
idad
e na
con
stru
ção
do
mur
o. O
u m
e-lh
or, d
esco
nstru
ção.
..
Era
conc
eitu
alm
ente
impo
rtant
e qu
e os
alu
nos
colo
cass
em a
mão
na
obra
ass
im c
omo
as p
es-
soas
da
com
unid
ade
que
irão
usuf
ruir
e cu
idar
d
o m
uro.
Ser
ia u
m m
utirã
o. A
pós
a co
nver
sa
com
o S
r. Lu
iz tiv
emos
um
pou
co m
ais d
e no
ção
e um
fina
l de
sem
ana
em m
utirã
o nã
o se
ria su
-fic
ient
e pa
ra a
obr
a to
tal.
Esqu
emat
izam
os e
ntão
com
a e
quip
e d
e pe
-d
reiro
s da
facu
ldad
e (D
eriv
ald
o, B
astiã
o, A
ilton
e
Man
oel )
com
doi
s pe
dre
iros
loca
is (P
eter
e
Betin
ho) e
tam
bém
com
a a
jud
a d
o Sr
. Fer
reira
(m
arce
neiro
). Fo
mos
um
a se
man
a an
tes
do
mut
irão
e pr
epar
amos
o m
uro
para
dep
ois
vir
apen
as a
fina
lizaç
ão. E
ssa
etap
a co
nstit
uiu
em:
abrir
os
bura
cos,
faze
r os
refo
rços
, chu
mba
r as
mol
dur
as d
e m
adei
ra.
Dep
ois
com
o m
utirã
o fin
aliza
mos
a p
intu
ra,
mon
tage
m
dos
ba
nqui
nhos
, ar
quib
anca
da,
m
onta
gem
das
lum
inár
ias e
flor
eira
s.
19
Quando???
20 e
21
de
outu
bro.
Apó
s es
sa s
eman
a d
e pr
epar
ação
mar
cam
os
um fi
nal d
e se
man
a ab
erto
a to
dos
os i
nter
essa
-d
os a
par
ticip
ar. N
o sá
bad
o te
ve a
fina
lizaç
ão
dos
pro
jeto
s co
m d
ireito
à fu
tebo
l e fe
ijoad
a. E
no
dom
ingo
foi a
inau
gura
ção
do
proj
eto.
A id
eia
era
que
a in
augu
raçã
o fo
sse
em s
i um
ev
ento
cul
tura
l. C
ham
amos
4 b
and
as p
ara
to-
car,
brin
cad
eira
s par
a as
cria
nças
, arte
no
mur
o e
ofici
nas
de
sten
cil e
m a
lmof
adas
que
ser
iam
us
adas
no
cine
ma
ao a
r liv
re. N
este
dia
ain
da,
ch
amam
os a
ban
ca d
e qu
alifi
caçã
o. O
s pr
o-fe
ssor
es c
onvi
dad
os e
a o
rient
ador
a fo
ram
lá e
a
noss
a ba
nca
ocor
reu
no p
rópr
io m
uro.
Foi u
m d
ia m
uito
agr
adáv
el e
o re
torn
o na
co-
mun
idad
e fo
i mui
to b
om.
A ú
nica
crít
ica
dos
m
orad
ores
da
área
foi
a f
alta
de
div
ulga
ção,
e
de
não
irmos
faze
r iss
o se
mpr
e lá
. As
perg
un-
tas e
ram
: em
qua
ntos
cam
pos v
ocês
vão
faze
r iss
o...?
No
esta
do
em q
ue e
stáv
amos
– e
xaus
-ta
s –
a re
spos
ta q
ue v
inha
em
men
te n
ão e
ra
tão
posit
iva.
Mas
cla
ro q
ue n
o fu
ndo
foi u
m d
ia
mui
to g
ratifi
cant
e.
20
por que
??
Foi g
ratifi
cant
e po
rque
vim
os q
ue n
ossa
teo
ria
se c
onfir
mou
. Tud
o o
que
haví
amos
refle
tido
e d
esen
had
o es
tava
lá, s
end
o vi
vid
o. E
nós
con
s-tru
ímos
. C
ivis.
Est
udan
tes.
Afin
al d
e co
ntas
é
noss
o d
ever
tam
bém
cui
dar
do
espa
ço p
úblic
o d
a no
ssa
soci
edad
e. É
cer
to q
ue v
ivem
os e
m
cond
içõe
s em
que
o E
stad
o é
prat
icam
ente
in
ativ
o. S
eja
por
falta
de
adm
inist
raçã
o, s
eja
por c
orru
pção
, sej
a po
r exc
esso
de
buro
crac
ia.
O fa
to é
que
ele
que
dev
eria
cui
dar
dos
inte
-re
sses
púb
licos
e n
ão d
á co
nta.
As
empr
esas
e
Ong
s ta
mbé
m tê
m o
seu
inte
ress
e em
con
tri-
buir
e ag
ir no
s pr
oble
mas
soc
iais.
No
enta
nto
é d
ifere
nte
da
Univ
ersid
ade
ou m
esm
o d
e aç
ões
autô
nom
as.
Vid
e al
guns
exe
mpl
os ta
nto
de
Facu
ldad
es q
ue
tem
o p
apel
de
cons
truir
com
o or
gani
zaçõ
es
autô
nom
as e
mul
tidisc
iplin
ares
– o
s co
letiv
os –
qu
e at
uam
no
espa
ço p
úblic
o.
RURA
L ST
UDIO
– e
stad
os u
nid
os
O R
ural
Stu
dio
é u
m p
rogr
ama
da
Esco
la d
e A
rqui
tetu
ra d
a Un
iver
sidad
e d
e A
ubur
n. É
um
m
étod
o d
e en
sinar
, obt
er e
faze
r arq
uite
tura
.
Em 1
993,
doi
s pr
ofes
sore
s d
e ar
quite
tura
da
Univ
ersid
ade
de
Aub
urn
nos
Esta
dos
Un
i-d
os,
Den
nis
K. R
uth
e Ia
te S
amue
l Moc
kbee
, cr
iara
m o
Rur
al S
tud
io n
o oe
ste
de
Ala
bam
a.
O p
rogr
ama
faz p
arte
da
Facu
ldad
e e
foi u
ma
estra
tégi
a d
e m
elho
rar
a co
ndiç
ão d
a vi
da
rura
l do
Ala
bam
a ao
mes
mo
tem
po e
m q
ue
prop
orci
onar
ia e
xper
iênc
ia p
rátic
a pa
ra o
s es-
tud
ante
s d
e ar
quite
tura
. O p
rimei
ro p
roje
to fo
i co
nclu
ído
em 1
994.
O p
roje
to c
omeç
ou c
om
o d
esen
ho e
a c
onst
ruçã
o d
e pe
quen
as c
asas
e
atua
lmen
te já
exis
tem
pro
jeto
s com
unitá
rios.
O p
rogr
ama
é d
estin
ado
aos a
luno
s do
terc
eiro
an
o d
a fa
culd
ade;
do
quin
to a
no c
omo
trab-
alho
de
conc
lusã
o e
à in
terc
ambi
stas
- par
a
21
alun
os e
stra
ngei
ros
e co
labo
rad
ores
. Est
á se
n-d
o cr
iad
o ta
mbé
m u
m o
rató
rio d
e m
arce
naria
.
alun
os d
o 3
ano
O R
ural
Stu
dio
ace
ita,
norm
alm
ente
, qu
inze
al
unos
do
2 an
o po
r sem
estre
par
a pr
ojet
ar e
co
nstru
ir um
a ca
sa d
e ca
ridad
e. N
o ou
tono
d
e 20
09 o
pro
gram
a m
udou
par
a os
alu
nos
do
3 an
o. O
s alu
nos m
oram
nas
est
reba
rias d
e M
oriss
ette
– u
ma
prop
ried
ade
em N
ewbe
rn.
Alé
m d
e d
esen
hare
m e
con
stru
írem
est
a ca
sa,
os a
luno
s tê
m a
ula
de
Hist
ória
da
Arq
uite
tura
V
erna
cula
r, M
ater
iais
e M
étod
os
de
Con
-st
ruçã
o e
de
Aqu
arel
a.
traba
lho
de c
oncl
usão
– 5
ano
O p
rogr
ama
de
tese
do
5 an
o es
pera
que
os
alun
os v
ivam
em
Hal
e C
ount
ry p
or u
m a
no in
-te
iro o
u at
é o
fim d
o se
u pr
ojet
o co
m a
com
u-ni
dad
e. O
foco
des
te tr
abal
ho é
de
pesq
uisa
, pr
ojet
o, c
onst
ruçã
o e
form
ação
de
um p
roje
to
com
unitá
rio m
ais
com
plex
o. O
tra
balh
o é
em
grup
os d
e 2
a 5
pess
oas e
dev
e fo
rmul
ar p
ro-
blem
as s
uste
ntáv
eis,
proc
urar
sub
sídio
s, fa
zer
apre
sent
açõe
s à
com
unid
ade,
des
enha
r e
cons
truir
os p
roje
tos d
a fu
ndaç
ão a
o te
lhad
o.
Os
curs
os in
clus
os n
este
pro
gram
a sã
o: e
stú-
dio
de
proj
eto
da
tese
, pes
quisa
e p
robl
emas
es
pecí
ficos
.
prog
ram
a de
ext
ensã
oO
Pro
gram
a d
e Ex
tens
ão fo
i cria
do
com
o um
m
odo
de
traze
r es
tud
ante
s d
e fo
ra e
col
ab-
orad
ores
par
a d
entro
do
Rura
l Stu
dio
. Pas
sou
de
proj
etos
ind
ivid
uais
e nã
o ar
quite
tôni
cos
para
pro
jeto
s em
equ
ipe.
Os
estu
dan
tes
es-
trang
eiro
s sã
o en
caixa
dos
nos
Est
údio
s d
e Te
se e
tra
balh
am n
o m
áxim
o a
20 k
m d
a ca
sa. O
pro
jeto
mai
s d
esafi
ador
do
Rura
l Stu
-d
io é
: Que
tipo
de
casa
pod
e se
r con
cebi
da
com
$10
,000
de
mat
eria
is en
quan
to o
s out
ros
$10,
000
vão
para
os
cust
os d
e m
ão d
e ob
ra
e lu
cro?
O la
bora
tório
de
mar
cena
ria n
ão e
stá
tota
l-m
ente
em
prá
tica
aind
a.
22
Resid
ênci
a Sm
oke
Mas
on’s
Ben
d, A
L -
1994
– P
roje
to d
e Te
seEs
ta c
asa
foi c
onst
ruíd
a pa
ra u
m p
esca
dor
ch
amad
o Sh
ephe
rd B
ryan
t. Fo
i fei
ta c
om
o co
ncre
to q
uebr
ado
prov
iden
ciad
o pe
lo
Dep
arta
men
to d
e es
trad
as d
e Ha
le C
oun-
try. O
telh
ado
é fe
ito d
e pl
acas
de
trâns
ito
recu
pera
das
e fe
ixes d
e um
cel
eiro
loca
l. A
s pa
red
es s
ão f
eita
s co
m g
arra
fas
de
vid
ro e
ilum
inam
o in
terio
r da
casa
. Sam
-bo
o M
ockb
ee d
escr
eveu
ess
a pe
quen
a
A c
asa
borb
olet
a, q
ue f
oi c
onst
ruíd
a pa
ra
And
erso
n e
Ora
Lee
Har
ris, t
em o
seu
nom
e pe
la f
orm
a an
gula
da
da
estru
tura
de
sua
cobe
rtura
que
col
eta
água
da
chuv
a e
abrig
a um
alp
end
re. A
cas
a e
bem
aqu
eci-
da
e se
esf
ria v
agar
osam
ente
com
a a
jud
a d
e um
fogã
o a
lenh
a.
Cas
a Bo
rbol
eta
Harri
s-M
ason
’s B
end,
Ala
bam
a-19
96-P
roje
to d
o 2
ano
23
A p
ropo
sta
do
Rura
l St
udio
é m
uito
int
eres
-sa
nte
e te
m s
emel
hanç
as c
om o
nos
so t
ra-
balh
o. N
o ca
so d
e A
ubur
n, se
mpr
e at
uam
na
mes
ma
área
com
a c
omun
idad
e. A
ssim
con
-se
guem
mon
tar
uma
estru
tura
, ofic
inas
alé
m
de
ir a
fund
o no
s pro
blem
as e
nas
rela
ções
da
mes
ma
com
unid
ade.
Na
Esco
la d
a C
idad
e te
mos
o E
stúd
io V
ertic
al.
Seria
inte
ress
ante
pen
sar
que
cad
a ár
ea d
o es
túd
io v
ertic
al d
esen
cad
eass
e al
ém d
e d
i-ve
rsos
pro
jeto
s –
uma
inte
rven
ção
feita
pel
os
alun
os d
o 3
ano
ou d
o TF
G. E
ssa
é um
a su
g-es
tão
pouc
o pe
nsad
a e
uma
com
para
ção
um ta
nto
liter
al.
Mas
com
cer
teza
se
essa
idéi
a fo
sse
mel
hor
estru
tura
da
pod
eria
ser m
uito
inte
ress
ante
.
Univ
ersid
ade
de
Talc
a - c
hile
A E
scol
a d
e A
rqui
tetu
ra d
a Un
iver
sidad
e d
e Ta
lca
fica
na c
idad
e d
e Ta
lca
no C
hile
. A e
s-co
la é
rec
onhe
cid
a pe
lo R
oyal
Ins
titut
e od
Br
itish
Arc
hite
ctur
e (R
IBA
).
O c
urso
é fo
rmat
ado
pelo
s A
telie
rs d
e Pr
ojet
o –
cujo
obj
etiv
o é
cons
truir
o pe
rfil d
o ar
quite
to,
med
iant
e à
ped
agog
ia d
o ap
rend
er -
faze
n-d
o e
a m
etod
olog
ia d
e ‘’
faze
r- ve
r - re
gist
rar’’
co
mo
inst
rum
ento
par
a in
cid
ir no
est
udan
te
a ca
paci
dad
e cr
ítica
e a
rig
oros
idad
e qu
e d
eter
min
am o
mod
o d
e fa
zer a
rqui
tetu
ra. A
o fin
al d
o cu
rso,
no
traba
lho
de
titul
ação
, com
o el
es i
ntitu
lam
, o
estu
dan
te d
a Un
iver
sidad
e d
e Ta
lca,
par
a se
torn
ar u
m a
rqui
teto
dem
on-
stra
rá s
er c
ompe
tent
e no
s trê
s d
omín
ios
se-
guin
tes:
Ofic
iar –
Ope
rar –
Inov
ar. E
les t
em q
ue
apre
sent
ar
um
traba
lho
cons
truíd
o.
Cad
a es
tud
ante
, ap
ós c
onst
ruir,
mon
ta u
m b
log
aond
e to
do
o tra
balh
o é
disp
onib
ilizad
o as
sim
com
o os
des
enho
s do
proj
eto.
24
http
://p
aulin
acon
talb
a.bl
ogsp
ot.c
om.b
r/
Mira
dor L
a G
uard
ia
ALU
NA
: Pau
lina
Con
talb
aLO
CA
L: R
eser
va R
ío d
e lo
s Cip
rese
s, V
I reg
ión
CUS
TO T
OTA
L:
$1.6
81.0
00FI
NA
NC
IAM
IEN
TO: P
úblic
o $
1.68
1.00
0D
OA
ÇÃ
O: $
250
.000
PRÓ
PIO
: $ 5
0.00
0A
NO
DE
CO
NST
RUÇ
ÃO
: 20
06O
BRA
: Ru
ral
Desc
anso
en
los
viñe
dos
ALU
NA
: Mac
aren
a À
vila
Bur
dile
s LO
CA
L: F
und
o la
Orie
ntal
, ca
min
o a
Palm
ira
km. 3
,5. V
iña
Cas
a D
onos
o.C
USTO
TO
TAL:
$
1.50
9.00
0FI
NA
NC
IAM
IEN
TO: M
unic
ipal
$60
0.00
0A
NO
DE
CO
NST
RUÇ
ÃO
: 20
06 -
2007
OBR
A: E
quip
amie
nto
Rura
l
http
://p
laza
des
cans
o.bl
ogsp
ot.c
om.b
r/
25
Ass
im c
omo
o Ru
ral S
tud
io,
a un
iver
sidad
e d
e Ta
lca
tam
bém
traz
asp
ecto
s m
uito
rico
s pa
ra a
fo
rmaç
ão d
o ar
quite
to.
Se n
o Ru
ral S
tud
io a
i-
déi
a é
o tra
balh
o em
gru
po, e
m Ta
lca
o tra
balh
o é
ind
ivid
ual.
Cad
a al
uno
des
envo
lve
o tra
balh
o d
o co
ncei
to in
icia
l até
a o
bra
cons
truíd
a. N
ão
tenh
o cl
aro
qual
mét
odo
é m
ais p
ositi
vo m
esm
o te
nden
do
sem
pre
aos p
roce
ssos
col
etiv
os.
No
enta
nto,
um
ele
men
to q
ue a
cho
mui
to im
-po
rtant
e na
uni
vers
idad
e d
e Ta
lca
- alé
m o
bvia
-m
ente
de
tod
o o
proc
esso
de
conc
epçã
o d
e pr
ojet
os, a
rreca
daç
ão d
e fu
ndo,
aco
mpa
nha-
men
to p
edag
ógic
o e
críti
co e
por
fim
a c
on-
stru
ção
– é
a fo
rma
da
doc
umen
taçã
o d
este
s tra
balh
os.
A id
éia
de
mon
tar
um b
log
é m
uito
bo
a. A
lém
de
ser u
m ó
timo
exer
cíci
o d
e d
ocu-
men
taçã
o d
o pr
ojet
o, é
um
a fo
rma
de
com
par-
tilha
r con
heci
men
to e
abr
ir o
proj
eto
na re
de.
O
doc
umen
to fí
sico
é m
uito
impo
rtant
e ta
mbé
m.
No
enta
nto
fica
rest
rito
aos
usuá
rios
da
bibl
iote
-ca
da
facu
ldad
e e
de
uma
poss
ível
dig
italiz
a-
ção
des
ta.
26
collectif etc.
.
h
ttp:/
/ww
w.c
olle
ctife
tc.c
om
‘‘N
asci
do
em
Estra
sbur
go
em
Sete
mbr
o d
e 20
09, o
Col
lect
if Et
c. re
une
ener
gias
em
to
rno
de
uma
din
âmic
a co
mum
de
ques
t-io
nam
ento
do
espa
ço u
rban
o. A
travé
s d
e m
eios
dife
rent
es e
hab
ilidad
es d
ifere
ntes
, o
Col
letif
que
r ser
um
mei
o d
e ex
perim
enta
-çã
o.[..
.]El
es s
e ex
pres
sam
atra
vés
da
cria
ção
de
estru
tura
s co
nstru
ídas
, m
obiliá
rio u
rban
o,
orga
niza
ção
de
reun
iões
e c
onfe
rênc
ias,
ofici
nas
de
form
ação
, ou
de
inte
rven
ções
m
ais a
rtíst
icas
: exp
osiç
ões,
escu
ltura
s, in
sta-
laçõ
es. ‘
‘
Exist
em m
uito
s co
letiv
os p
elo
mun
do
inte
iro.
A
mai
oria
dos
que
sel
ecio
nei
aqui
são
pro
fissio
-na
is. P
oder
ia ir
mai
s fun
do
sobr
e o
func
iona
men
-to
del
es, c
omo
cad
a um
se e
stru
tura
e a
tua.
No
enta
nto,
com
o es
te n
ão é
o fo
co d
o tra
balh
o,
faço
ape
nas
uma
brev
e ap
rese
ntaç
ão d
e al
-gu
ns c
olet
ivos
que
tem
os c
omo
refe
rênc
ia e
co
nvid
o a
um m
ergu
lho
mai
s pr
ofun
do
para
os
inte
ress
ados
poi
s sã
o ex
trem
amen
te c
onte
m-
porâ
neos
e m
uito
inte
ress
ante
s.
Not
a-se
no
s pe
quen
os t
rech
os q
ue e
xplic
am
cad
a co
letiv
o (t
irad
os
dos
pr
óprio
s sit
es),
a te
ndên
cia
de
des
figur
ar o
arq
uite
to g
ênio
que
te
m o
seu
nom
e co
mo
uma
mar
ca, e
a b
usca
po
r um
a pr
átic
a co
letiv
a, m
ultid
iscip
linar
e s
o-ci
al.
CO
LE
TIV
OS
27
bureau detours
.
h
ttp:/
/ww
w.d
etou
rs.b
iz/ne
wsh
it
‘‘Bu
reau
Det
ours
é u
ma
orga
niza
ção
cria
tiva
com
gra
nde
inte
ress
e na
cria
ção
de
ambi
en-
tes
soci
ais
em e
spaç
os p
úblic
os. A
tuam
os e
m
vária
s pl
ataf
orm
as e
m u
ma
mist
ura
de
arte
, d
esig
n, a
rqui
tetu
ra e
des
envo
lvim
ento
de
ci-
dad
es.
Qua
ndo
esta
mos
env
olvi
dos
em
um
pro
jeto
, d
esig
ners
, car
pint
eiro
s, pr
ofes
sore
s, ar
quite
tos,
elet
ricist
as e
arti
stas
visu
ais
traba
lham
jun
tos
para
reso
lver
a ta
refa
a se
r fei
ta.
A m
istur
a ún
ica
de
disc
iplin
as d
o Bu
reau
De-
tour
s, cr
ia m
udan
ças
e su
rpre
sas
des
de
2006
. D
e to
das
est
as e
xper
iênc
ias,
fund
amos
mét
o-d
os e
filo
sofia
s pa
ra a
con
stru
ção
de
estu
dos
ur
bano
s e
mét
odos
de
des
ign
pres
ente
s en
a-es
cala
1:1
no
espa
ço p
úblic
o.’’
encore heureux
.
http
://e
ncor
eheu
reux
.org
/pro
ject
s
‘‘A
cred
itam
os p
rofu
ndam
ente
na
nece
ssi-
dad
e d
e lig
ar a
s co
isas,
pess
oas
e sit
uaçõ
es
ao c
ontrá
rio d
e to
rnar
-se
um m
und
o d
e es
-pe
cial
istas
. Re
jeita
mos
etiq
ueta
s e
cód
igos
d
e ba
rras
profi
ssio
nais
dev
eria
m i
nfor
mar
e
orie
ntar
a m
erca
dor
ia n
as p
rate
leira
s, a
es-
colh
a d
o pa
troci
nad
or p
ara
o ar
tista
, d
ec-
orad
or,
des
enhi
sta,
d
esig
ner,
des
igne
r d
e in
terio
res,
des
igne
r gr
áfico
, w
eb d
esig
ner,
paisa
gist
a ou
arq
uite
to.
Nós
, ob
viam
ente
, nã
o pr
eten
den
dem
os s
er
tud
o d
e um
a ve
z. N
o en
tant
o, o
s d
efen
sore
s d
e um
a m
etod
olog
ia s
ensív
el e
abe
rta e
um
co
letiv
o co
mpo
sto
de
múl
tipla
s al
ianç
as e
al
egre
s, no
s afir
mam
os se
r “ge
nera
lista
s gen
-er
osos
” e
cons
ider
amos
es
ta
abor
dag
em
com
o a
únic
a su
scep
tível
de
faze
r-nos
a v
er-
dad
eira
med
ida
de
tod
as a
s qu
estõ
es e
spe-
cífic
as.’’
28
raum labor
.
h
ttp:/
/ww
w.ra
umla
bor.n
et
‘‘Si
m n
ós a
mam
os a
s gr
and
es id
eias
dos
ano
s 70
e 6
0 e
o o
timism
o qu
e lh
e é
iner
ente
em
m
udar
o m
und
o pa
ra m
elho
r no
golp
e d
e um
a ca
neta
. Mas
nós
acr
edita
mos
forte
men
te q
ue
a co
mpl
exid
ade
é re
al e
boa
e n
ossa
soc
ie-
dad
e d
e ho
je te
m n
eces
sidad
e d
e um
a ab
or-
dag
em m
ais
subs
tanc
ial.
Porta
nto,
as
noss
as
prop
osta
s esp
acia
is sã
o d
e pe
quen
a es
cala
e
prof
und
amen
te e
nrai
zad
o na
con
diç
ão d
o lo
-ca
l ....
BYE
BYE
UTO
PIA
!’’
basurama
.
http
://b
asur
ama.
org/
‘‘Ba
sura
ma
se p
ropo
em a
enc
ontra
r o re
sidua
l ao
nde
não
seria
tão
óbv
io e
ncon
trá-lo
s e
es-
tud
ar o
lixo
em to
dos
as s
uas f
orm
as.
Com
o te
mpo
, Ba
sura
ma
torn
ou-s
e um
eve
n-to
mul
tidisc
iplin
ar,
ond
e at
ivid
ades
dísp
ares
oc
orre
m
simul
tane
amen
te,
mas
co
m
uma
abor
dag
em c
omum
.Tê
m-s
e ac
omod
ado
tod
os o
s tip
os d
e ofi
cina
s, pa
lest
ras,
conc
erto
s, ex
ibiç
ões,
conc
urso
s e
publ
icaç
ões.
Tam
bém
visa
est
abel
ecer
um
a pl
ataf
orm
a pa
ra e
ntra
r em
con
tato
e t
raba
l-ha
r em
con
junt
o os
per
sona
gens
de
tod
a a
tram
a so
cial
que
ocu
pam
luga
res
mui
to d
ife-
rent
es p
orém
não
são
dist
ante
s.’’
29
architecture for humanity
http
://a
rchi
tect
uref
orhu
man
ity.o
rg
‘‘A
org
aniza
ção
foi c
riad
a em
199
9 po
r Cam
-er
on S
incl
air
e Ka
te S
tohr
. A
rtchi
tect
ure
for
Hum
anity
é u
ma
firm
a d
e se
rviç
o d
e pr
ojet
os
sem
fins
lucr
ativ
os. N
ós e
stam
os c
onst
ruin
do
um fu
turo
mai
s su
sten
táve
l atra
vés
do
pod
er
do
profi
ssio
nal d
o d
esig
ner.
Ao
toca
r um
a re
de
de
mai
s d
e 50
.000
pro
fis-
siona
is d
ispos
tos a
em
pres
tar t
empo
e c
onhe
-ci
men
to p
ara
ajud
ar a
quel
es q
ue n
ão se
riam
ca
paze
s de
paga
r os s
eus s
ervi
ços,
traze
mos
co
nstru
ção,
des
ign
e d
esen
volv
imen
to d
e se
rviç
os a
ond
e as
nec
essid
ades
são
críti
cas.
O d
esig
n in
clus
ivo
cria
mud
ança
s d
urad
ou-
ras n
as c
omun
idad
es te
ndo
em v
ista:
• Re
duz
ir a
pobr
eza
e fo
rnec
er a
cess
o a
água
, sa
neam
ento
, en
ergi
a e
serv
iços
es-
senc
iais
• Tr
azer
abr
igo
segu
ro p
ara
as c
omun
idad
es
prop
ensa
s a d
esas
tres n
atur
ais e
pop
ulaç
ões
des
loca
das
• Re
cons
truir
com
unid
ade
e cr
iar
espa
ços
neut
ros
para
o d
iálo
go e
m s
ituaç
ões
pós-
confl
ito
• A
tenu
ar o
s ef
eito
s d
a rá
pid
a ur
bani
zaçã
o em
ass
enta
men
tos n
ão p
lane
jad
os
• C
riar
espa
ços
para
ate
nder
às
nece
ssi-
dad
es d
as p
esso
as c
om d
efici
ênci
a e
outra
s po
pula
ções
em
risc
o
• Re
duz
ir a
pega
da
do
ambi
ente
con
stru
ído
e en
frent
ar a
mud
ança
clim
átic
a
30
• A
tenu
ar o
s ef
eito
s d
a rá
pid
a ur
bani
zaçã
o em
ass
enta
men
tos n
ão p
lane
jad
os
• C
riaçã
o d
e es
paço
s pa
ra a
tend
er à
s ne
-ce
ssid
ades
das
pes
soas
com
defi
ciên
cia
e ou
tras p
opul
açõe
s em
risc
o
• Re
duz
ir a
pega
da
do
ambi
ente
con
stru
ído
e en
frent
ar a
mud
ança
clim
átic
a
Arc
hite
ctur
e fo
r Hu
man
ity t
raba
lha
com
as
com
unid
ades
ao
red
or d
o m
und
o em
pro
je-
tos
espe
cífic
os d
o lo
cal d
esd
e um
a qu
adra
d
e ba
sque
te c
om u
m s
istem
a in
tegr
ado
de
reco
lha
de
água
s pl
uvia
is em
Mah
iga,
Qué
-ni
a at
é pr
ojet
os d
e ha
bita
ção
em B
iloxi,
Mis-
sissip
pi,
em r
espo
sta
aos
dan
os c
ausa
dos
pe
lo fu
racã
o Ka
trina
.
Até
o m
omen
to n
ós c
onst
ruím
os e
stru
tura
s pa
ra m
ais
de
2 m
ilhõe
s em
46
paíse
s ao
re-
dor
do
mun
do.
Arq
uite
tura
de
Rede
Abe
rta
ww
w.o
pena
rchi
tect
uren
etw
ork.
org
• pr
imei
ro si
te a
ofe
rece
r ope
n so
urce
pla
nos
arqu
itetô
nico
s, d
esen
hos
e vi
sual
izaçã
o on
-lin
e d
e ar
quiv
os C
AD
• C
apac
idad
e d
e co
labo
rar,
gere
ncia
r pro
-je
tos r
emot
amen
te, e
con
heci
men
tos d
e d
e-sig
n pa
rtes.
• 30
.000
visi
tas ú
nica
s men
sais
• 35
.000
usu
ário
s cad
astra
dos
31
muda
.
h
ttp:/
/ww
w.fa
cebo
ok.c
om
/M
UDA
cole
tivo
‘‘O
MUD
A_c
olet
ivo
é um
con
junt
o d
e pe
s-so
as (f
orm
ado
atua
lmen
te p
or a
luno
s da
Esc-
ola
da
Cid
ade)
que
bus
ca d
esen
volv
er c
on-
vivê
ncia
ent
re p
opul
ação
e c
idad
e, e
cuj
o ca
so d
e es
tud
o é
a ci
dad
e d
e Sã
o Pa
ulo.
A i
dei
a é
que,
a p
artir
de
inte
rven
ções
e
even
tos
para
a c
idad
e, s
eja
poss
ível
pro
vo-
car d
iscus
sões
a re
spei
to d
o es
paço
urb
ano
e d
e su
a ap
ropr
iaçã
o, p
rinci
palm
ente
com
a
final
idad
e d
e re
torn
ar à
s ru
as u
m c
arát
er
dem
ocrá
tico
e d
e vi
vênc
ia s
ocia
l - q
ue n
as
últim
as d
écad
as f
oi s
e pe
rden
do
- e
con-
sequ
ente
men
te a
apr
opria
ção
e cu
idad
o d
esse
esp
aço
pela
pop
ulaç
ão.’’
Int
erve
nção
do
MUD
A e
m Ti
quat
ira -
cine
ma
ao a
r liv
re
32
As c
ontri
buiç
ões d
a te
oria
ato
r-red
e, e
m g
eral
, e
as n
oçõe
s d
e m
edia
ção
técn
ica,
em
par
ti-cu
lar,
se c
onfig
uram
em
um
repe
rtório
teór
ico
- met
odol
ógic
o ad
equa
do
para
a e
xplic
ação
d
os f
enôm
enos
com
plex
os q
ue d
iz re
spei
to
não
só a
os h
uman
os m
as ta
mbé
m a
os a
gen-
tes
não
hum
anos
que
coe
xiste
m n
as re
laçõ
es
cole
tivas
.
Viv
emos
em
um
a ép
oca
de
prol
fera
ção
de
‘‘nã
o hu
man
os’’
, em
que
a t
ecno
logi
a oc
upa
um p
apel
cad
a ve
z m
ais
dec
isivo
em
no
ssas
açõ
es c
otid
iana
s. Se
tra
ta e
m r
eco-
nhec
er a
par
ticip
ação
dos
ato
res
em c
ada
proc
esso
. Tan
to o
s pr
oces
sos
de
subj
etiv
ação
(p
rod
ução
de
suje
itos)
com
o os
de
obje
tiva-
ção
(pro
duç
ão d
e ob
jeto
s e
inst
ituiç
ões)
de-
vem
ser
ana
lizad
os a
par
tir d
a co
mpr
eens
ão
da
hete
rege
onid
ade
dos
suje
itos e
obj
etos
em
co
nsta
nte
trans
form
ação
e in
terre
laçã
o.
A te
oria
ato
r-red
e no
s dá
ferra
men
tas p
ara
ex-
plic
ar e
stas
‘‘re
des
’’, p
ara
iden
tifica
r os a
tore
s
Brun
o La
tour
, fil
ósof
o e
antro
pólo
go f
ranc
ês,
elab
orou
junt
o co
m M
iche
l Cal
lon
e Jo
hn L
aw,
o co
ncei
to d
e A
NT
- A
ctor
Net
wor
k Th
eory
. A
teo
ria a
tor-r
ede
(TA
R) c
onst
itui d
e um
val
i-os
o re
pertó
rio d
e fe
rram
enta
s co
ncei
tuai
s e
met
odol
ógic
as p
ara
o es
tud
o d
os fe
nôm
enos
d
e ca
ract
eríst
icas
soci
otéc
nica
. Par
a La
tour
, o
conc
eito
de
red
e se
defi
ne p
or:
‘‘m
ais
flexív
el q
ue a
noç
ão d
e sis
tem
a, m
ais
hist
óric
a qu
e a
noçã
o d
e es
trutu
ra,
mai
s im
-pí
rica
que
a no
ção
de
com
plex
idad
e.’’
É o
proc
esso
pel
o qu
al u
ma
entid
ade
se c
om-
bina
com
out
ra,
mod
ifica
ndo-
se n
o pr
óprio
at
o d
o en
cont
ro,
poss
ibilit
and
o o
surg
imen
to
de
uma
nova
ent
idad
e.
TA
R
TE
OR
IA
AT
OR
-R
ED
E
33
em c
urso
e c
om e
les
as s
uas
inte
nçõe
s, su
as
prod
uçõe
s hí
brid
as
e su
a po
lític
a,
soci
al
e ec
onôm
ica.
Est
a id
entifi
caçã
o pe
rmite
cen
á-rio
s d
e pa
rtici
paçã
o pa
ra
lidar
co
m
esta
s qu
estõ
es, d
and
o vo
z at
é ao
s ato
res s
ilenc
iad
os
ou q
ue n
ão ti
vera
m a
opo
rtuni
dad
e ou
a fo
rça
para
fala
r.
A p
rolif
eraç
ão d
e ob
jeto
s em
nos
sas
soci
e-d
ades
env
olve
m im
plic
itam
ente
a p
rolif
eraç
ão
de
sere
s híb
ridos
. Em
funç
ão d
essa
s mud
ança
s, a
cond
ição
hum
ana
não
pod
e se
r pen
sad
a d
e fo
rma
esse
ncia
lista
, mas
tem
os d
e re
conh
ecer
a
natu
reza
híb
rida
da
hum
anid
ade,
que
é r
e-co
nhec
er q
ue n
ão s
omos
mai
s aq
uele
s a
ni-
mai
s d
espr
ovid
os d
e te
cnol
ogia
s, m
as s
im, q
ue
co-e
xistim
os p
or c
ausa
de
inst
ituiç
ões,
proc
edi-
men
tos,
obje
tos.
A e
xplic
ação
das
red
es,
seja
m e
stas
qua
is fo
rem
, per
mite
visu
aliza
r os
div
erso
s at
ores
em
jo
go, a
s man
eira
s pel
as q
uais
eles
inte
ra-
gem
, a p
rod
ução
de
nova
s en
tidad
es, o
s sig
-ni
ficad
os e
mer
gent
es e
, es
peci
alm
ente
, pe
r-m
ite d
ar v
oz a
ess
es a
tore
s.
Ente
nde-
se q
ue n
ão e
xiste
dife
renç
a d
e na
-tu
reza
ent
re o
s at
ores
e/o
u pú
blic
os, j
á qu
e to
-d
os p
odem
ser
med
iad
ores
ou
inte
rmed
iário
s. Há
o p
rincí
pio
de
simet
ria,
segu
ndo
o qu
al o
s at
ores
têm
as
mes
mas
pos
sibilid
ades
de
pro-
duz
ir in
terfe
rênc
ia e
med
iaçã
o, o
u se
ja,
não
são
hier
arqu
izáve
is.
Este
exe
rcíc
io c
onst
itue
uma
prát
ica
de
‘‘ec
o-lo
gia
polít
ica’
’ e, p
orta
nto,
um
apr
ofun
dam
en-
to d
a d
emoc
raci
a.
O c
olet
ivo
prod
uzirá
um
a no
va e
ntid
ade,
e
será
inse
rido
nela
com
nov
as m
etas
e si
gnifi
ca-
dos
. Um
obj
eto
subs
titui
rá u
m a
tor
cria
ndo
as-
sim u
ma
simet
ria e
ntre
os
cria
dor
es a
usen
tes
e os
usu
ário
s ci
rcun
stan
ciai
s, es
sa c
oexis
tênc
ia
des
apar
ecer
á ju
nto
com
os m
arco
s de
refe
rên-
cias
con
verte
ndo-
se e
m u
m p
onto
no
espa
ço
e no
tem
po.
34
Dev
erão
ser p
rod
izid
as u
ma
série
de
disj
unçõ
es:
auto
rais,
esp
acia
is e
tem
pora
is. N
esta
del
ega-
ção
a aç
ão re
aliza
da
há m
uito
tem
po p
or u
m
ator
que
já d
esap
arec
eu o
u es
tá a
usen
te c
on-
tinua
est
and
o pr
esen
te e
m u
m a
qui-a
gora
.
Isso
aca
rreta
em
um
a ce
rta s
ubve
rsão
da
or-
dem
do
tem
po e
do
espa
ço. E
m u
m in
stan
te
pod
e-se
ativ
ar m
ovim
ento
s qu
e co
meç
aram
há
mui
to te
mpo
atrá
s e e
m lu
gare
s dist
into
s em
ou
tro e
spaç
o e
outro
tem
po. A
s co
isas
não
es-
tão
com
post
as a
pena
s d
e m
atér
ia m
as s
im d
e té
cnic
as, p
olíti
cas e
ntre
out
ros a
tore
s.
É um
a te
oria
com
plex
a. N
o en
tant
o é
um p
ens-
amen
to q
ue p
oder
ia se
r inco
rpor
ado
pela
prá
ti-ca
da
arqu
itetu
ra.
A c
ompr
eens
ão d
o to
do:
po
lític
o, s
ocia
l, am
bien
tal,
cultu
ral,
econ
ômic
o fa
z pa
rte d
a pr
ofiss
ão d
o ar
quite
to e
ess
a co
m-
pree
nsão
dev
eria
abr
ange
r o
cará
ter
híbr
ido
que
a te
oria
ato
r-red
e ap
rese
nta.
‘‘ o
que
dist
ingu
e as
pro
posiç
ões e
ntre
si n
ão é
a
exist
ênci
a d
e um
úni
co a
bism
o ve
rtica
l ent
re
as p
alav
ras
e o
mun
do,
se
não
a ex
istên
cia
de
mui
tas d
ifere
nças
ent
re e
las,
sem
que
nin
guém
po
ssa
sabe
r de
ante
mão
se e
ssas
dife
renç
as sã
o gr
and
es o
u pe
quen
as, p
rovi
sória
s ou
defi
nitv
as,
red
utív
eis
ou ir
red
utív
eis.
Isso
é pr
ecisa
men
te o
qu
e su
gere
a p
alav
ra ‘
prop
osiç
ões’
. N
ão s
ão
prop
osiç
ões,
coisa
s, su
bstâ
ncia
s ou
ess
ênci
as
que
perte
ncem
a u
ma
natu
reza
com
post
a po
r um
con
junt
o d
e ob
jeto
s m
udos
enf
rent
ados
a
uma
lingu
agem
hum
ana,
são
oca
siões
que
as
entid
ades
dist
inta
s tê
m p
ara
esta
bele
cer c
on-
tato
. ‘‘
-Bru
no L
atou
r
35
36
lhad
or. A
cur
iosid
ade
nos
faz
ques
tiona
r. E
ao
ques
tiona
r vem
o d
esej
o d
e tra
nsfo
rmar
.
E pa
ra m
im é
isso
que
é a
rqui
tetu
ra –
tran
sfor
-m
ação
.
Tran
sfor
maç
ão d
a re
alid
ade
em id
eia.
Da
ide-
ia e
m d
esen
ho. D
o d
esen
ho e
m m
atér
ia. D
a m
atér
ia e
m re
alid
ade.
Vej
o a
arqu
itetu
ra c
onte
mpo
râne
a te
ndo
que
lidar
com
o e
xiste
nte
e co
m a
rea
lidad
e d
e um
a fo
rma
dist
inta
de
com
o ve
io li
dan
do
nos
últim
os t
empo
s d
e ar
quite
tura
mod
erna
. Po
r iss
o fiz
emos
que
stão
de
simbo
licam
ente
abr
ir ja
nela
s em
um
mur
o ex
isten
te e
dar
ess
e no
vo
cará
ter a
ele
ao
invé
s de
der
rubá
-lo e
con
stru
ir um
nov
o (c
omo
insis
tiam
per
man
ente
men
te o
s pe
dre
iros)
. Aco
ntec
e qu
e no
tem
po e
m q
ue
vive
mos
não
faz s
entid
o o
des
perd
ício
. Não
te-
mos
recu
rsos
e n
em c
ond
içõe
s d
e ig
nora
r ou
des
carta
r o q
ue e
xiste
. No
noss
o ca
so is
so fo
i m
ais c
once
itual
, mas
nas
urb
aniza
ções
de
É d
ifíci
l che
gar a
té e
sse
pará
graf
o d
o tra
balh
o e
ter q
ue re
sum
ir em
pou
cas
pala
vras
tud
o o
que
eu c
oncl
uo d
e to
do
esse
apr
end
izad
o. É
co
mo
quer
er c
hega
r ao
últim
o ca
pítu
lo d
e um
liv
ro e
ten
tar
reca
pitu
lar
tud
o o
que
acon
te-
ceu
e re
solv
er to
da
a tra
ma
send
o qu
e m
uita
s re
solu
ções
fora
m fe
itas a
o lo
ngo
dos
cap
ítulo
s. M
as é
ineg
ável
a im
portâ
ncia
que
as
últim
as
pala
vras
têm
, poi
s de
certa
form
a é
o qu
e fic
a re
verb
eran
do
quan
do
o liv
ro a
caba
.
A c
urio
sidad
e fo
i um
dos
gra
ndes
apr
end
iza-
dos
. C
urio
sidad
e d
e sa
ber
o qu
e ac
onte
ce
se e
u fa
ço a
lgo.
Ess
a cu
riosid
ade
queb
ra b
ar-
reira
s e
traz
nova
s d
úvid
as. E
la p
erm
ite o
co-
nhec
imen
to e
xpan
dir.
Ela
dá
a co
rage
m p
ara
agir.
Ela
tra
z fo
rças
par
a en
frent
ar a
s d
ificu
l-d
ades
e e
la d
á hu
mild
ade
para
ouv
ir e
apre
n-d
er. S
eja
com
o m
estre
, sej
a co
m o
trab
a-
CO
NC
LU
SÃ
O
37
fave
las,
por e
xem
plo,
isso
é u
ma
pré-
cond
ição
in
egáv
el.
Porta
nto
acho
que
ess
a é
a co
nclu
são.
Que
a t
rans
form
ação
ger
e cu
riosid
ade
e qu
e a
curio
sidad
e ge
re a
rqui
tetu
ra!
38
BURD
ETT,
Ric
ky; S
UDJI
C, D
eyan
(Ed
.). L
ivin
g in
the
end
less
city
. New
Yor
k: P
haid
on P
ress
, 201
1. 4
30
p., i
l. IS
BN 9
78-0
-714
8-61
18-0
.
BOG
EA, M
arta
. Cid
ade
erra
nte.
São
Pau
lo: S
enac
, 200
9. 2
48 p
., il.,
21
cm. I
SBN
978
-85-
7359
-911
-4.
CA
LDEI
RA, T
erez
a Pi
res d
o Ri
o. C
idad
e d
e m
uros
: crim
e, se
greg
ação
e c
idad
ania
em
São
Pau
lo.
São
Paul
o: E
DUS
P, 2
000.
400
p.,
il., 2
3 cm
. ISB
N 8
5732
6-18
8-9.
JAC
OBS
, Jan
e. M
orte
e v
ida
de
gran
des
cid
ades
. Tra
duç
ão d
e C
arlo
s S. M
end
es R
OSA
, Mar
ia
Este
la H
eid
er C
AV
ALH
EIRO
; Rev
isão
de
Che
ila A
pare
cid
a G
omes
BA
ILÃ
O. S
ão P
aulo
: Mar
tins F
on-
tes,
2000
. 510
p.,
20 c
m. (
A).
Trad
ução
de
Car
los S
. Men
des
Ros
a. IS
BN 8
5-33
6-12
18-4
.
MA
HOLY
-Nag
y, L
ászló
. Do
Mat
eria
l a A
rqui
tetu
ra. S
ão P
aulo
. G.G
ili, 2
005
MO
REIR
A, G
onza
lo M
atía
s Cor
rea.
El c
once
pto
de
med
iaci
ón té
cnic
a en
Bru
no L
atou
r, un
a ap
roxim
ació
n a
la te
oría
del
act
or-re
d. M
onte
vid
eo. F
acul
tad
de
Psci
colo
gia,
Ud
elaR
, 201
2.
ISSN
:168
8-70
26
B
IBL
IOG
RA
FIA
39
ROSA
, Mar
cos L
. (O
rg.).
Mic
ro p
lane
jam
ento
: prá
ticas
urb
anas
cria
tivas
. São
Pau
lo: E
dito
ra d
e C
ultu
ra, 2
011.
232
p.,
il., 2
4 cm
. ISB
N 9
78-8
5-29
3-01
45-7
.
40
A N D R É A H E L O U