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UMA VISÃO ATUAL E DINÂMICA DO SETOR UMA VISÃO ATUAL E DINÂMICA DO SETOR ISNN 0100-1485 TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE ENTREVISTA Marcelino Guedes, Diretor-presidente da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) da PETROBRAS Ano 7 Nº 31 Mar/Abr 2010 ENTREVISTA Ano 7 Nº 31 Mar/Abr 2010 Marcelino Guedes, Diretor-presidente da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) da PETROBRAS

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UMA VISÃO ATUAL EDINÂMICA DO SETORUMA VISÃO ATUAL EDINÂMICA DO SETOR

ISNN 0100-1485

TRATAMENTO DE SUPERFÍCIETRATAMENTO DE SUPERFÍCIE

ENTREVISTA

Marcelino Guedes,

Diretor-presidente da

Refinaria Abreu e Lima

(RNEST) da PETROBRAS

Ano 7Nº 31Mar/Abr 2010

ENTREVISTA

Ano 7Nº 31Mar/Abr 2010

Marcelino Guedes,

Diretor-presidente da

Refinaria Abreu e Lima

(RNEST) da PETROBRAS

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Sumário

A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968.ISNN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaPresidenteEng. Laerce de Paula Nunes – IECVice-presidenteEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRAS/TRANSPETRODiretora FinanceiraDra. Olga Baptista Ferraz – INTGerente Administrativo/FinanceiroWalter Marques da Silva

Diretoria TécnicaEng. Fernando Benedicto Mainier – UFFEng. Fernando de Loureiro Fragata – CEPELMauro José Deretti – WEGM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INT

Eng. Rosileia Mantovani – AkzoDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Denise Souza de Freitas – INTM.Sc. Gutemberg Pimenta – PETROBRAS - CENPESEng. Jorge Fernando Pereira CoelhoDr. Ladimir José de Carvalho – UFRJEng. Laerce de Paula Nunes – IECDr. Luiz Roberto Martins Miranda – COPPEEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQSimone Maciel – ABRACODra. Zehbour Panossian – IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

GráficaVan Moorsel

Esta edição será distribuída em maiode 2010.

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

30Fosfatização de metais ferrosos

Parte 20 – Pós-tratamentopara conformação

Por Zehbour Panossiane Célia A. L. dos Santos

Artigo Técnico6

EntrevistaMarcelino Guedes destaca a

importância do INTERCORR

8Matéria de Capa

Uma visão atual e dinâmica do setor

26Notícias do Mercado

29ABRACO Informa

34Opinião

Como medir a imagem em redes sociais

Luiz Alberto Ferla

C & P • Março/Abril • 2010 3

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sta edição da Revista Corrosão & Proteção estará circulando na INTERCORR, orga-nizada entre 24 e 28 de maio, em Fortaleza (CE), mais precisamente será entregue junto com omaterial do evento quando do cadastramento dos mais de 600 participantes esperados. Para quem,

por motivos diversos, não poderá estar presente, adiantamos que a próxima edição terá matéria exclusivasobre o evento e, principalmente, alguns trabalhos técnicos começarão a ser veiculados na revista.

Agora, o mais relevante é ressaltar a importância cada vez maior da INTERCORR no cenário nacionale internacional. Existem vários motivos, porém dois pontos chamam a atenção: o crescente e influente mer-cado brasileiro de petróleo e gás (que tende a se expandir ainda mais nos próximos anos) e a consolidaçãode um corpo tecno-científico de alto calibre no Brasil.

Essa história tem mais de meio século, e a ABRACO é um dos principais atores neste cenário deevolução e consolidação do conhecimento no setor de corrosão e proteção. Prova disso são os inúme-

ros profissionais que já passaram por cursos e eventos promovidosou chancelados pela entidade. Um exemplo é o entrevistado destaedição, Marcelino Guedes, Diretor-Presidente da Refinaria Abreue Lima (RNEST), que relata ter feito seu primeiro curso técnicona ABRACO.

Guedes, que será o conferencista da palestra inaugural do IN-TERCORR, faz em sua entrevista uma avaliação panorâmica dosetor no Brasil e das expectativas para os próximos anos.

Tratamentos de superfície – A matéria de capa desta edição aborda o tema tratamentos de superfície,suas diversas aplicações e características dentro da ampla visão formada pela cadeia produtiva, envolvendopesquisa e desenvolvimento, produção cativa e prestação de serviço. As novas tecnologias e os problemasrelacionados com o custo Brasil também são pontos apresentados na matéria.

A Revista Corrosão & Proteção prepara-se para filiar-se a um importante órgão de pesquisa cientí-fica de livre acesso on-line, o que a levará a ser referência para um número muito maior de pesquisado-res, técnicos e profissionais da área, ampliando o papel da revista e da ABRACO de difundir os estu-dos anticorrosivos.

A revista passará a dispor de um farto material, proveniente dos congressos que serão selecionados peloconselho editorial e pelos comitês dos eventos realizados pela associação. Os autores serão beneficiados, maisainda, pela ampla divulgação de seus trabalhos e desfrutarão de referência e qualificação.

Melhor para o leitor que terá à disposição trabalhos inéditos dentro da área de estudo e controle da cor-rosão os quais demandam um tempo considerável de pesquisa e desenvolvimento. A atualização é impres-cindível para os profissionais que militam nessa área, pois será exigido, cada vez mais, seu aprimoramentotécnico e a qualificação de sua capacidade.

Boa leitura!

Os editores

INTERCORR: evento global

Carta ao leitor

O crescente e influente mercado brasileiro de

petróleo e gás e a consolidação de um corpo

tecno-científico de alto calibre colaboram para

ressaltar a importância da INTERCORR

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Marcelino Guedes destacaa importância do INTERCORR

Diretor-Presidente da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) da PETROBRAS ressalta o valor dos congressos

internacionais com a finalidade de inserir o Brasil no cenário tecnológico mundial

Entrevista

Marcelino Guedes

onvidado pela AssociaçãoBrasileira de Corrosão(ABRACO) para fazer a

conferência de abertura do IN-TERCORR 2010, que aconte-ce entre os dias 24 e 28 demaio, no Centro de Conven-ções do Hotel Praia Centro, emFortaleza, no Ceará, o Diretor-Presidente da Refinaria Abreu eLima (RNEST), MarcelinoGuedes, acredita que a realiza-ção de congressos internacio-nais no Brasil ajuda a consoli-dar a imagem do país no cená-rio tecnológico mundial. “Umevento como o INTERCORR2010, além de reunir a comuni-dade técnica, é fundamental pa-ra mostrar o que está sendo fei-to em âmbito nacional no quediz respeito ao estudo da corro-são e suas formas de preven-ção”, afirma.

“2010-2020: Desafios eoportunidades no Brasil para ossegmentos de óleo, gás, offshoree naval” foi o tema escolhidopara a conferência de aberturado INTERCORR 2010. A par-tir dele, Guedes pretende abor-dar não só os desafios que ire-mos enfrentar na próxima déca-da, como também o que foidestaque no setor durante osúltimos 30 anos. “Nosso paísteve uma fase de crescimentofantástica de 1968 até a crise dopetróleo que gerou uma pertur-

no escritório da Abreu e Limano Rio de Janeiro.

Como o senhor recebeu o con-vite para fazer a conferência deabertura do INTERCORR2010?Guedes – O primeiro curso técni-co que eu fiz na minha carreiraprofissional foi da ABRACO, masa relação com a área e com a co-munidade de corrosão se intensifi-cou na época em que fui Diretor deTerminais e Oleodutos da PE-TROBRAS TRANSPORTES.Quando se trabalha em dutos, háque se ter uma dedicação especialcom o gerenciamento da corrosão, eacho que por causa deste relaciona-mento nessa época fui convidadopara fazer a abertura do INTER-CORR 2010.

Quais são os principais temasque o senhor pretende abordarnessa conferência?Guedes – A ideia é abordar omomento que o Brasil vive atual-mente. Nosso país teve uma fase decrescimento fantástica de 1968 atéa crise do petróleo que gerou umaperturbação na economia nacio-nal, e a partir do ano 2000 inicia-mos uma outra fase de crescimento.E a pergunta que eu faço é aseguinte: “Como é que nossasindústrias estão preparadas paraessa nova fase?”. Porém, é impor-tante ressaltar que durante a crise

bação na economia nacional, ea partir do ano 2000, iniciamosuma outra fase”, conta.

Nessa nova fase de cresci-mento da economia nacional, aRegião Nordeste aparece comouma das mais promissoras,principalmente, por causa daconstrução da Refinaria Abreu eLima, iniciada em 2008, nacidade de Ipojuca, próxima aoPorto de Suape, em Pernam-buco. Além da refinaria, a regi-ão contará com três estaleiros etrês unidades petroquímicas,tornando-se uma excelente al-ternativa para abrigar outros in-vestimentos do setor petrolífe-ro. “A PETROBRAS terá, nospróximos anos, um orçamentode aproximadamente US$ 200bilhões, ou seja, é preciso apro-veitar o aquecimento da econo-mia nacional para criarmos noBrasil outros centros indus-triais, gerando núcleos de rique-za em regiões diferentes do Sule do Sudeste”, pondera Marce-lino, que também é membro docomitê executivo da AmericanSociety of Mechanical Engineer-ing (ASME).

Para falar um pouco maissobre o INTERCORR 2010, aRefinaria Abreu e Lima e a pers-pectiva de crescimento doBrasil no setor de petróleo,Marcelino Guedes recebeu aRevista Corrosão & Proteção,

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Por Henrique Dias

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do petróleo, e toda a dificuldade noperíodo de 1980 a 2000, o Brasilnão ficou parado. Nesse período,fortalecemos a agricultura e o siste-ma financeiro, e ficamos indepen-dentes em termos energéticos. Essabase, construída nas décadas de 80e 90, fez com o que o país quasenão sentisse os efeitos da recentecrise internacional. Enfim, minhacolocação será em torno do quepoderá ser feito nos próximos dezanos levando-se em consideraçãoesse momento rico que estamos pas-sando.

Qual a importância de um con-gresso técnico como o INTER-CORR 2010 para o desenvolvi-mento do setor no país?Guedes – A realização de congres-sos mundiais no Brasil, chamandoa comunidade internacional paranos conhecer, mostra que o nossopaís começa a ter um papel tecno-lógico importante em alguns seg-mentos que não atuava, como, porexemplo, o de petróleo e gás. Ouseja, um evento como o INTER-CORR é fundamental para divul-gar o que o Brasil está fazendo naárea de corrosão. Vale lembrar, queentre os dias 13 e 16 de setembro,o Instituto Brasileiro de Petróleo,Gás e Biocombustíveis (IBP) esta-rá realizando a Rio Oil & Gas,que a partir deste ano será a maiorfeira de petróleo do mundo.

Como o senhor avalia o cresci-mento do setor de petróleo, gásnatural e biocombustíveis naRegião Nordeste?Guedes – O Nordeste está perce-bendo a oportunidade de atrairmais investimentos, tirando pro-veito de sua natureza exuberante,mas deixando de ficar vinculadoapenas ao turismo de praia. Fa-lando especificamente da regiãojunto ao Porto de Suape, em Per-nambuco, onde estou atuando,além da Refinaria Abreu e Lima,temos um estaleiro estruturado edois em planejamento, além de três

plantas petroquímicas. Todas essasunidades juntas no mesmo lugar sepreparando para fornecer equipa-mentos para a indústria do petró-leo. A PETROBRAS terá, nos pró-ximos anos, um orçamento deaproximadamente US$ 200 bi-lhões, ou seja, é preciso aproveitar oaquecimento da economia nacio-nal para criarmos no Brasil outroscentros industriais, gerando nú-cleos de riqueza em regiões diferen-tes do Sul e do Sudeste. Acreditoque, na próxima década, o Nor-deste vai concentrar muitos inves-timentos nesse setor.

Qual é a previsão para o térmi-no das obras da RefinariaAbreu e Lima?Guedes – Uma obra da dimensãode uma refinaria, por mais quetenhamos um gerenciamento e umcontrole rigoroso, não conseguimoster todas as variáveis definidas.Sendo assim, nossa expectativa é deque a Abreu e Lima inicie suasoperações no segundo semestre de2012.

Por que a PETROBRAS consi-dera que a Abreu e Lima será arefinaria mais moderna doBrasil?Guedes – O que diferencia aAbreu e Lima é a preocupaçãoambiental, uma vez que ela serátotalmente autossuficiente em ter-mos de energia, e em sua operaçãoirá reutilizar toda a água, além debaixo custo de manutenção. Seráprocessado, apenas, o petróleo pesa-do gerando: diesel (70%), coque(14%), óleo combustível, naftapetroquímica e GLP. Não pro-duziremos gasolina. Com relaçãoaos conceitos tecnológicos, seu cir-cuito de água é fechado, para apro-veitar a água da chuva, e haverá,também, um controle muito rigo-roso de suas emissões atmosféricas.

Quais são as medidas queestão sendo tomadas pela PE-TROBRAS para minimizar o

C & P • Março/Abril • 2010 7

impacto ambiental a partir doinício do funcionamento daAbreu e Lima?Guedes – Além do que já foi ditoanteriormente, a PETROBRAS,desde que recebeu a licença para ainstalação da refinaria, está cola-borando para monitorar as con-dições da água e do ar. Essa cola-boração será feita através de umacordo com o governo e entidadeslocais. Nossa meta é que o am-biente, em termos de água e ar,continue exatamente da formaque encontramos antes do iníciodas obras.

Quantos empregos estão sendogerados pela Abreu e Lima?Guedes – Durante a obra serãogerados aproximadamente 30 milempregos diretos, e depois do iníciodas operações serão 850 emprega-dos, além de outros 650, prestandooutros tipos de serviço.

Quantos barris de petróleoserão processados pela Abreu eLima?Guedes – Serão 230 mil barris depetróleo processados diariamente. Aprincípio, a Abreu e Lima vai rece-ber petróleo pesado, gerando umdiesel de excelente qualidade combaixo teor de enxofre (10 ppm).Dessa forma, além de melhorar oaspecto ambiental, nos tornaremosautossuficientes em diesel.

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Tratamento de Superfície

stima-se de 3 % a 4 % osgastos mundiais com apreservação e o combate

à corrosão, fato que torna os tra-tamentos protetivos de superfíciefundamentais na redução destesporcentuais, por meio de proces-sos que aumentam a vida útil deitens expostos à ação corrosiva.

Esta matéria traduz a visão dacadeia de pesquisa, de produçãocativa e de prestação de serviçosobre a situação atual e os princi-pais avanços tecnológicos do se-tor, com ênfase nos processos

menos agressivos ao meioambiente.

Pesquisadorese acadêmicosDesenvolvimento constante

A proteção contra corrosãode metais e ligas metálicas podeser feita por meio de quatroprocessos diferentes, quais se-jam: seleção de materiais e mo-dificação dos materiais metáli-

A Revista Corrosão & Proteção consultou especialistas a fim de apresentar um panorama geralsobre o tema tratamento de superfície. O resultado é praticamente um tratado sobre o setor

Uma visão atual e dinâmica do setor

Por Carlos Sbarai

C & P •Março/Abril • 2010 9

cos, condicionamento do meio, proteção anódica e catódica e tra-tamento de superfície. A seleção de materiais e modificação dosmateriais metálicos por meio de alteração na composição química,tratamentos térmicos e mecânicos já são conhecidos e praticados hámuito tempo, especialmente quando o meio de exposição é muitoagressivo. O uso de inibidores de corrosão encontra vasta aplicaçãoem sistemas fechados, como trocadores de calor e caldeiras e paraprodutos como petróleo e derivados e biocombustíveis. A proteçãocatódica é amplamente usada em estruturas enterradas e imersas eem concreto armado. Finalmente, o tratamento de superfície volta-do para trabalhar o material e modificar a superfície para protegercontra a corrosão é também muito aplicado. “Esse tratamento desuperfície é muito abrangente, indo desde tratamento de conversãocomo fosfatização, cromatização e anodização, até os revestimentospor pintura dos mais diferentes tipos possíveis e os revestimentosmetálicos”, comenta Zehbour Panossian, chefe do laboratório doInstituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT.

Todos os métodos de proteção estão em constante desenvolvi-mento. “Na verdade, estão sempre aparecendo novas tintas, novosmateriais, novas técnicas de proteção catódica. Algumas vezes per-cebemos um boom em uma determinada área de proteção. Hojeessa concentração acontece na área de tratamento de superfície, fatoque pode ser percebido pelo número de trabalhos publicados nestaárea nos últimos anos. No INTERCORR 2010, esse é o tema commaior número de trabalhos propostos, tendo atingido a ordem de70 relacionados com algum tipo de tratamento de superfície. Ostemas que mais se destacam referem-se à questão de preservação domeio ambiente e da segurança de trabalho. A cromatização é umtratamento de conversão que foi e ainda está sendo usada, emalguns países, por ser muito eficiente no retardamento da corrosãodo zinco, das ligas de zinco e do cádmio. Este tratamento é aplica-do também sobre alumínio e suas ligas para melhoria da aderênciade tintas. É também amplamente usado em camadas de fosfatiza-ção aplicadas sobre materiais ferrosos, objetivando melhorar a ade-rência e desempenho de tintas. O cromo hexavalente, presente nosbanhos de cromatização e na camada cromatizada, é cancerígeno e,por isso, a despeito de suas excelentes propriedades, tem recebidomuitas críticas nos últimos anos”, informa Zehbour Panossian.

Outro fator que contribuiu para o incremento na área de prote-ção, por meio de tratamento de superfície, foi o avanço tecnológi-co a partir dos anos 80 na área de ciência dos materiais. Isto impul-sionou a pesquisa e o desenvolvimento de uma nova categoria demateriais compostos de grãos com dimensões nanométricas. Oprincipal interesse em materiais nanoestruturados, com partículasessencialmente menores que 100 nm, deve-se ao fato de que suaspropriedades físicas, químicas e mecânicas dependerem fortementeda forma e do tamanho dos grãos. Novos revestimentos nanaoes-truturados têm sido estudados por muitos pesquisadores do mundo

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lhos relacionados ao tema. No Brasil e no exterior, principalmentena Europa, destacando-se Portugal, temos muitos pesquisadoresnas universidades que estão trabalhando nesta área. Isso pode signi-ficar que, em breve, teremos no mercado substitutos do cromomuito eficientes, associados à nanotecnologia. Alguns produtos jásão comercializados, porém o uso ainda não é abrangente. Valelembrar que, diante disso, temos um leque muito grande dessesprodutos para a pesquisa na área de corrosão. Esse mercado é gran-de e tem cada vez mais pesquisadores se especializando em desco-brir novas técnicas para lidar com revestimentos mais avançados”,conta Zehbour Panossian.

A modernização das técnicas de caracterização, de avaliação daresistência à corrosão, entre muitas outras, necessita de equipamen-tos de ponta, como microscópios mais potentes. “Em nosso labora-tório de corrosão enviamos um profissional para a Alemanha, queestá avaliando o desempenho do DLC (Diamond Like Carbon) paraser usado como aditivo para tintas anticorrosivas”, explica a chefedo laboratório do IPT.

Outra informação importante está relacionada com a questãodos congressos do setor. “Cresce cada vez mais o número de parti-cipantes interessados em conhecer as novas tecnologias. Hoje exis-tem empresas que desenvolveram filmes nanoestruturados para se-rem aplicados na superfície interna de tubos que operam com altas

temperaturas. Já existem pigmentos nanaoestrutu-rados adicionados a tintas anticorrosivas. Exis-tem filmes nanoestruturados muito lisos quemelhoram a resistência à corrosão dos metais so-

bre os quais são aplicados, diminuindo a“molhabilidade” da superfície (a superfícieretém menos sujeira e menos água). Alémdos substitutos de cromo, existem esfor-

ços para substituir os tradicionais reves-timentos de zinco, tão usados paraproteção contra corrosão. Na Europae no Japão, o uso de revestimentosde liga zinco/magnésio já é uma re-

alidade. Estes processos estão sen-do apontados como alternativasmuito mais resistentes do que ozinco; só que a tecnologia de a-plicação das ligas zinco/magné-sio é complexa, não podendoser utilizada em empresas de pe-

queno porte, em razão dos recur-sos necessários. Os detentoresdessa tecnologia são empresasmuito grandes, na verdade, aspróprias siderúrgicas é que estãoaplicando esse tipo de revesti-

inteiro para substituir a croma-tização, para melhorar o de-sempenho de tintas e para au-mentar a resistência a altas tem-peraturas das ligas metálicas u-sadas nos reatores de indústriaspetroquímicas, entre outras.

Por conta dessa realidade,muitas empresas e agências defomento passaram a investir e/ou facilitar a liberação de finan-ciamentos para pesquisas nessaárea. Da mesma forma que e-xiste, por parte do mercado,uma grande cobrança relacio-nada à pesquisa no IPT sobreessa questão, tem também umforte incentivo financeiro. OInstituto recebeu recursos doGoverno do Estado de São Pau-lo para adquirir equipamentosde ponta e montar um centropara justamente trabalhar nosegmento da nanotecnologia.

“Eu gostaria de chamar aatenção para o fato de que exis-tem muitas linhas de financia-mento para atender esse seg-mento. É fácil identificar noINTERCORR muitos traba-

O IPT recebeu recursos do Governo do Estado de São Paulo

para adquirir equipamentos de ponta e montar um centro

para justamente trabalhar no segmento da nanotecnologia”“

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Processo longa-vida, cinco vezes mais rápidodo que o tratamento alcalino tradicional.

Otimiza a logística com a eliminação daoperação de jateamento com micro-esferas,além de garantir outros benefícios, tais como:

• Elimina 95% dos defeitos de extrusão doalumínio: faixas, estrias e linhas de solda

• Permite que a dissolução do alumínio seja60 vezes menor do que no processotradicional com soda cáustica

• Gera 10 vezes menos resíduos sólidos notratamento de efluentes

• Reconstitui o acabamento da superfíciede perfis rejeitados

• Possui vasta aplicação no setor moveleiro edecorativo

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existe também o perigo de poder dar origem à contaminação desubstâncias com as quais esses materiais estejam em contato, poden-do ainda em situações extremas conduzir a acidentes graves comfalhas catastróficas, como o caso de explosões em caldeiras, desastrescom automóveis e aeronaves, colapso de pontes e outros. Para mini-mizar os fenômenos de corrosão, há que se tomar medidas que pro-tejam os materiais, sendo os revestimentos tradicionalmente muitousados com esse objetivo. Estes, enquanto se encontram intactos,constituem uma barreira física entre o metal e o meio, evitando oseu contato. Contudo, a proteção utiliza, por vezes, tecnologias queagridem o ambiente, na medida em que podem estar envolvidassubstâncias que são tóxicas e perigosas para a saúde. Compostosnessas condições que foram largamente usados são os cromatos, quefaziam parte da composição de tintas anticorrosivas e de outros tra-tamentos de superfícies metálicas”, explica Mário Ferreira.

Conforme já mencionado, para evitar a utilização dos compos-tos com cromo hexavalente, têm sido procuradas alternativas, quesejam ambientalmente toleráveis. As várias soluções encontradastêm conduzido ao uso de substâncias sem os problemas menciona-dos, mas isto traduz-se, normalmente, numa perda de eficiência daproteção anticorrosiva. “A proteção contra a corrosão pode ser ‘pas-siva’ (revestimentos barreira) ou ‘ativa’ (inibidores de corrosão). Sóa combinação destes dois tipos de proteção pode conduzir a resul-tados seguros. Os inibidores de corrosão podem ser introduzidosnos vários componentes de um sistema de pintura: pré-tratamento,primário ou acabamento. Contudo, os agentes inibidores apenasserão ativos se a sua solubilidade no meio corrosivo for a adequada.Se a quantidade presente for muito pequena, haverá falta de agenteativo na interface metálica e consequentemente uma fraca inibição.Se a dissolução de inibidor for muito alta, o substrato será protegi-do, mas só por pouco tempo, já que o inibidor é rapidamente todo

mento na linha branca”, con-clui Zehbour Panossian.

O uso de nano-reservatóriosOs materiais quando em

contato com o meio em que es-tão inseridos sofrem deteriora-ção com o tempo, resultante deações físicas, químicas e mecâ-nicas. Quando o efeito é essen-cialmente de natureza química,ou seja, de reações químicas/eletroquímicas entre o materiale o meio, fala-se de corrosão.“Este fenômeno é particular-mente grave, já que tem custoselevados (cerca de 3 % a 4 % doPIB em cada país), associados àdanificação e ao reparo dos e-quipamentos, paradas no fun-cionamento de instalações eutilização de materiais mais ca-ros para resistirem às condiçõesem que são usados. Este fenô-meno conduz ainda a uma dila-pidação nas matérias-primasexistentes na natureza, bem co-mo a um aumento no consumode energia para a produção denovos materiais, contribuindopara o aumento do dióxido decarbono na atmosfera”, revelaMário Ferreira, professor cate-drático da Universidade de A-veiro de Portugal.

“Além destes problemas deordem econômica e ambiental,

A corrosão é particularmente grave, já que tem custos

elevados (cerca de 3 % a 4 % do PIB em cada país), associados

aos reparos e horas ociosas dos equipamentos

”“

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inibidor. Quando a corrosão cessa e o meio é restabelecido, a poro-sidade das camadas diminui e o inibidor deixa de ser fornecido”,conta o professor.

Os nano-reservatórios podem ser incorporados em diferentesfilmes finos e revestimentos, integrando os pigmentos no caso dastintas. A presença de diferentes tipos de reservatórios, tendo agen-tes com diversas funções (anticorrosivas, bactericidas, lubrificantesetc.) nos revestimentos, pode constituir um considerável avanço natecnologia dos revestimentos multifuncionais.

Novas tendências de pré-tratamentosSegundo a professora e doutora Idalina Vieira Aoki, é muito

difundido o uso de pré-tratamentos em superfícies metálicas antesda aplicação de um sistema de pintura, a fim de garantir umamelhor aderência e desempenho nas propriedades anticorrosivas.“Os pré-tratamentos normalmente se constituem de camadas finas(da ordem de, no máximo, 1µm de espessura). Elas têm por finali-

dade garantir a boa adesão ao substrato, a proteção por barreira físi-ca e também a atuação de outras modalidades como inibidores decorrosão, caso um dano futuro atinja a base da pintura. Esses pré-tratamentos também chamados de tratamentos de conversão sem-pre tiveram como excelentes representantes o processo de fosfatiza-ção para ligas ferrosas e o processo de cromatização para o alumí-nio e suas ligas. Mais recentemente, a legislação ambiental apontoupara a necessidade de substituição dos pré-tratamentos à base decromo hexavalente, por ser comprovadamente agente cancerígenoe também daqueles processos que geram resíduos sólidos ricos emíons metálicos, como a fosfatização. Dentro desse panorama, surgi-

removido do revestimento. Ou-tro problema com a presença deinibidores pode ser a sua intera-ção com os componentes do re-vestimento, resultando na desa-tivação dos inibidores e degra-dação da estabilidade do reves-timento”, explica Mário Ferreira.

“Assim, surgiram os revesti-mentos ‘inteligentes’, que atu-am só nos locais onde a corro-são se inicia e apenas durante operíodo necessário para parar acorrosão. Os inibidores de cor-rosão são colocados em reserva-tórios com dimensões nanomé-tricas, de tal modo que estãoisolados da matriz do revesti-mento. Quando a corrosão o-corre por danificação local dorevestimento, o inibidor é libe-rado, em quantidade suficientepara cessar a corrosão. Entre osvários tipos de nano-reservató-rios que podem ser criados, te-mos os constituídos por molé-culas de polieletrólitos deposi-tadas num núcleo, em cama-das, entre as quais é armazena-do o inibidor de corrosão. Logoque a corrosão ocorre, o meiotorna-se mais alcalino, permi-tindo que as camadas fiquemmais porosas, deixando passar o

Os revestimentos poliméricos híbridos orgânico-

inorgânicos são hoje uma nova alternativa

para a produção de pré-tratamentos multifuncionais

”“

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silício não-funcionais, como osalcóxidos de silício citando co-mo exemplo o tetraetoxissilano,TEOS. Nestes híbridos, os al-cóxidos funcionais modificam acadeia inorgânica do alcóxidonão-funcional (por exemplo,TEOS), formando uma estru-tura com propriedades mistasorgânicas/inorgânicas. Os alcó-xidos funcionais podem ou nãocriar uma cadeia orgânica(quando se usa um monômeroorgânico) quimicamente ligadaà inorgânica, servindo ainda deancoragem para sistemas depintura, pois, como os primers(tinta de aderência) utilizadosna indústria são à base de resi-nas epóxi e de aminas, a adesãoentre o revestimento híbrido eo primer é estabelecida por liga-ção química entre os gruposfuncionais dos híbridos e osgrupos amina/epóxi presentesno primer. Os resultados cientí-ficos mostram a obtenção designificativa proteção por bar-reira desse tipo de filme e quepode ser melhorada pela suaaditivação com alguns compos-tos inibidores de corrosão. Aaplicação é por imersão e comoo filme é fino, o seu empregocomo coil coating é muito pro-missor”.

ram alguns processos alternativos, a maioria baseados em nanotec-nologias como os chamados nanocerâmicos, camadas de polissila-nos e camadas de revestimentos híbridos”.

“Os chamados nanocerâmicos são pré-tratamentos à base deácido hexafluorzircônico e/ou ácido hexafluortitânico que já vêmsendo adotados em algumas instalações no Brasil, com relativosucesso. Usam a tecnologia sol-gel para formulação de suas soluçõesque podem ser aplicadas por imersão ou por jateamento. As empre-sas que os utilizam revelam que conseguem resultados que se equi-param, em alguns casos, aos dos pré-tratamentos convencionais. Ostratamentos à base de filmes finos de polissilanos envolvem a otimi-zação de parâmetros como a escolha do silano, sua concentração nasolução, as condições de hidrólise e sua extensão, pH de aplicação,e ainda natureza e grau de cura na obtenção do filme protetor. Umdos pontos chave para a ampliação de seu uso é a obtenção de esta-bilidade da solução por tempos mais longos, o que já vem sendoconseguida. Também se trata de tecnologia baseada no processo sol-gel. Atualmente, há um número expressivo de publicações científi-cas anunciando e testando as propriedades protetoras destes filmes.A aditivação destes filmes com inibidores e partículas como SiO2,TiO2 e CeO2 vem mostrando a obtenção de excelentes proprieda-des anticorrosivas e tribológicas para essas camadas. O seu uso in-dustrial vem crescendo ultimamente após o acerto de alguns parâ-metros. A tecnologia exige boa qualidade da água utilizada nas solu-ções”, explica Idalina Vieira Aoki.

A doutora destaca que os revestimentos poliméricos híbridosorgânico-inorgânicos são preparados pela combinação de compo-nentes orgânicos e inorgânicos, e se constituem em uma nova alter-nativa para a produção de pré-tratamentos multifuncionais, compossibilidade de ampla aplicação na indústria de acabamento super-ficial de metais. Uma das principais rotas de obtenção destes reves-timentos é por meio do processo sol-gel. “Os híbridos orgânico-inorgânicos são formados pela hidrólise e condensação de precurso-res de alcóxidos de silício funcionais, como, por exemplo, o 3-glici-doxipropiltrimetoxisilano (GPTMS, um alcóxido que possui umafunção epóxi reativa polimerizável), combinados com alcóxidos de

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cias e Tecnologia de Materiais do Instituto de Pesquisas Energéticase Nucleares (CCTM-IPEN), localizado no campus da Univer-sidade de São Paulo. No LABCORTS, temos um grupo de pesqui-sadores: graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos,dos quais vários integrantes são oriundos da indústria e que estãodesenvolvendo projetos que visam melhorar os tratamentos comer-cialmente utilizados e pesquisando novos produtos. Vários destestêm como origem as indústrias química, petroquímica, de bioma-teriais e automobilística, e as universidades. Esta interação de pes-

quisadores com temas de interesse da indústria tem permitido umamaior integração e sinergia que produzem motivação e entusiasmono grupo. Vários dos temas de pesquisa em desenvolvimento poreste grupo têm sido em tratamentos de superfícies, visando a subs-tituição de processos que geram rejeitos tóxicos. Nesta linha de pes-quisa, várias patentes já foram obtidas pelo grupo na área de subs-tituição do níquel em processos de fosfatização por compostos ató-xicos. Este grupo de pesquisa visa desenvolvimentos que atendam anecessidade das indústrias de tratamentos de superfícies instaladasno país”, revela Isolda Costa.

Com relação ao futuro, a doutora Isolda Costa comenta que a ten-dência dos estudos e desenvolvimentos na área de proteção à corrosãono Brasil tem alguns focos de grande relevância e que demandarãomuita pesquisa, principalmente na área de materiais para atender ossegmentos da indústria automobilística, de eletrodomésticos, petro-química, de construção civil e de infraestrutura. “Estas duas últimasdevem aumentar muito a demanda nos próximos anos, tendo em vistaque o país sediará os próximos eventos esportivos internacionais. É

Universidade e indústriamais próximas

Para a doutora Isolda Costa,do Grupo LABCORTS, nosúltimos anos, o Brasil tem sedestacado como um dos paísesque tem maior potencial dedesenvolvimento e crescimentoem diversos setores industriais,entre estes, pode-se incluir aindústria de tratamento de su-perfícies. “O estágio de cresci-mento econômico no qual oBrasil se encontra atualmente ea perspectiva de aquecimentodeste nos próximos anos, tem-se refletido diretamente nessaindústria. Esta perspectiva trazmuitas metas audaciosas paraas indústrias aqui instaladas eoportunidades de ampliação deconhecimentos e sucesso pro-fissional para os estudantes tan-to de graduação como de pós-graduação”.

“Este movimento tem sidoobservado com bastante entusi-asmo nos departamentos depesquisa de Institutos e Univer-sidades, como, por exemplo, noLaboratório de Corrosão e Tra-tamento de Superfícies (LAB-CORTS) do Centro de Ciên-

O estágio de crescimento econômico no qual o

Brasil se encontra atualmente tem-se refletido

diretamente na indústria de tratamento de superfícies

”“

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à base do cromo hexavalente que causam um grande impacto ambi-ental e que tendem a ser substituídos por produtos à base de cromotrivalente. As aplicações são diversas e podemos destacar o uso das téc-nicas de tratamento de superfície nas áreas industrial, biomédica,aeroespacial e de defesa. Os principais desafios são combater a corro-são metálica e evitar a poluição do meio ambiente com a contamina-ção por meio de metais pesados presentes nos resíduos gerados poressa indústria”, revela Carvalho.

“Nos processos de aspersão térmica, os materiais de deposiçãosão fundidos ou aquecidos em uma fonte de calor gerada no bico deuma pistola apropriada por meio de combustão de gases, de arco elé-trico ou de plasma. Imediatamente após a fusão, o material finamen-te atomizado é acelerado por gases sob pressão contra a superfície aser revestida, atingindo-a no estado fundido ou semi-fundido. Ascamadas aspergidas são constituídas de pequenas partículas achata-das em direção paralela ao substrato, com estrutura típica lamelar,contendo inclusões de óxidos, vazios e porosidade. Os materiais quepodem ser aplicados por esta técnica são metais e ligas, cerâmicos,polímeros e compósitos. A aspersão térmica pode ser empregada pa-ra tratamento de superfícies com a finalidade de melhorar a resistên-cia ao atrito, reparos de superfícies desgastadas e mais recentementepara a proteção contra a corrosão. Dentre os diversos tipos de asper-são, a hipersônica é a que produz um revestimento de maior quali-dade”, Ladimir José de Carvalho.

neste clima que o Brasil pode en-contrar o seu caminho, usando omáximo potencial de conheci-mento e aplicação prática, forne-cendo para as indústrias materialhumano capacitado, com co-nhecimento acadêmico e meiospara buscar na investigação cien-tífica a inovação dos seus produ-tos e a solução de vários proble-mas. É nesta parceria científico-industrial que estamos apostan-do!”, conclui a doutora.

Aspersão térmica – efluentessem metais pesados

Na visão de Ladimir José deCarvalho, professor da Escola deQuímica – DPI/UFRJ, nos últi-mos dez anos houve um grandeavanço no desenvolvimento detecnologias de tratamento de su-perfície. “Podemos destacar ouso da nanotecnologia na fabri-cação de produtos usados nopré-tratamento das superfíciesmetálicas para a substituição dosfosfatizantes, usados atualmente,que são agressivos ao meio am-biente. Não podemos esqueceros processos que usam produtos

Uma inovação na área de tratamento de superfície é

o uso do nióbio metálico ou na forma de óxido como

camada anticorrosiva aplicada por aspersão térmica”“

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volvemos, juntamente com oIPT e a Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo –USP, um projeto sobre a in-fluência das camadas fosfatiza-das na estampagem seca e lubri-ficada. A fosfatização é um tra-tamento de superfície que temlarga aplicação na conformaçãoa frio de metais para prevenir ocontato metal-metal”, comentao diretor.

“Com isto é possível elevara vida útil das matrizes ou fer-ramentas e, eventualmente,aumentar a velocidade das o-perações de conformação. Es-tes resultados se correlacionamcom o aumento da capacidadede retenção dos lubrificantes ecom a redução do coeficientede atrito. A aplicação da fosfa-tização na estampagem ou for-jamento data dos anos 1930 e,até hoje, emprega-se largamen-

O professor explica que comparada com a galvanização e a eletro-deposição, a aspersão térmica não gera efluentes com metais pesadosque necessitem de tratamento para descarte como, por exemplo, osbanhos à base de cromo. “Uma inovação na área de tratamento desuperfície é o uso do nióbio metálico ou na forma de óxido comocamada anticorrosiva aplicada por aspersão térmica. O nióbio é ummetal extremamente resistente à corrosão, e o seu óxido é inerte namaioria dos meios corrosivos. Em trabalhos que desenvolvi em con-junto com o prof. Luiz Roberto Martins de Miranda (COPPE/UFRJ), descobrimos que o óxido de nióbio pode ser aplicado poraspersão térmica produzindo uma alternativa contra a corrosão provo-cada por ácidos naftênicos e enxofre e compostos presentes na indús-tria de processamento do petróleo. A pesquisa gerou duas patentes,uma para tintas à base de óxido de nióbio e outra para aplicação derevestimento à base de óxido de nióbio por aspersão térmica. As duaspatentes foram concedidas nos Estados Unidos e na Europa”.

Produção Industrial

Revestimentos que elevam a vida útilSegundo Antenor Ferreira Filho, diretor industrial da Brasmetal

Waelzholz, a empresa hoje utiliza em grande escala o processo reves-timento por imersão com fosfato de zinco. “Esse processo é muitoutilizado e dentre as principais aplicações, destaca-se as para a fabri-cação de rolamentos dos mais diversos tipos. Tanto é que nós desen-

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instituições de pesquisa mantidas pela Brasmetal Waelzholz”, afir-ma Ferreira Filho.

“Outro revestimento eletrolítico produzido em larga escala pelaempresa é o revestimento de zinco ou liga de zinco-níquel. Nóssomos um dos poucos no mercado a oferecer a deposição do zinco-

níquel sobre a superfície da tira em processo contínuo. Isso tudocom a vantagem do zinco ter uma grande capacidade de combatera corrosão. Já a liga zinco-níquel tem uma capacidade ainda supe-rior de proteção à tira tratada. Essa liga é um produto mais caro ecom uma tecnologia mais elaborada, mas para algumas aplicações éfundamental”, revela Ferreira Filho.

“Os dois revestimentos destacados são os de maior aplicação:o fosfato de zinco, que não é eletrolítico, e o zinco ou zinco-níquel que é um processo eletrolítico. Nós também temos outrasmodalidades de revestimento como o cobre, latão, níquel, esta-nho, usados normalmente para aplicações bem específicas. Porexemplo, o cobre em juntas de motor. Na linha de niquelados,mais voltada para o aspecto decorativo, como por exemplo a capado pincel. No caso do latão, utiliza-se para o acabamento de, porexemplo, dobradiças. O estanhado é usado para peças que rece-bem solda e tem como característica o baixo ponto de fusão”,esclarece o diretor.

te o fosfato de zinco (obtidopela ação do ácido fosfórico),associado a um sabão (esteara-to de sódio) que, desde aquelaépoca, é relacionado ao me-lhor rendimento dos processosde estampagem/empastamen-to das ferramentas”, avalia Fer-reira Filho.

Segundo o diretor da Bras-metal, algumas questões que es-tavam em aberto, como: a pos-sibilidade do emprego de outrofosfato, a redução da camadade estearato e a possibilidadedo processo ser mais favorável àpreservação do meio ambiente,foram respondidas no projetoPITE-FAPESP (Programa deApoio à Pesquisa em Parceriapara Inovação Tecnológica), co-ordenado pela pesquisadoraZehbour Panossian, do IPT,com ganhos em tecnologia paraa empresa co-financiadora, anossa empresa. “Este foi maisum belo resultado obtido nosvinte anos de cooperação com

A fosfatização é um tratamento de superfície

que tem larga aplicação na conformação a frio

de metais para prevenir o contato metal-metal”“

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Araújo, diretor de desenvolvimento e inovação.“Ligas metálicas especiais que trabalham em altas temperaturas

na indústria de processamento de Petróleo & Gás em fornos deprocessamento, válvulas, dutos e outros equipamentos apresentamgraves problemas com a incrustação de carbono. O carbono deriva-do no processamento e transporte dos combustíveis entra em con-tato com os metais da liga, formando compostos químicos altamen-te resistentes e estáveis, que ficam fortemente aderidos às paredes ereduzem o rendimento do processo e a fluidez nos dutos e equipa-mentos. Como exemplo, temos os fornos de pirólise e fornos decoqueamento retardado. Neste caso, o diâmetro interno dos tubosdos fornos fica obstruído pelo acúmulo de carbono o que acarretauma operação cada vez menos eficiente, perda de material, paradasfrequentes para manutenção e gasto desnecessário de energia paramanter a temperatura interna entre outros problemas”, explicaClaudio Bártoli Pelizaro, pesquisador da empresa.

Com isso a empresa desenvolveu um revestimento nanoestrutu-rado multicamadas à base de cerâmicas especialmente aplicadas nometal, responsáveis por formar uma camada protetiva, barrando a

penetração do carbono, responsável pelo processo deincrustação e corrosão. Esse recobrimento garante umaumento no tempo de campanha (utilização dos fornossem interrupção), aumentando o desempenho e o rendi-mento dos processos.

“Um grande desafio para a exploração de petróleo nacamada pré-sal é a grande incidência de H2S (ácido sulfí-drico, também conhecido como gás da morte). Estas mo-léculas provocam inúmeros problemas no processo de ex-tração e refino do petróleo. A partir da década de 1950,as jazidas de petróleo exploradas têm apresentados altosteores de H2S, que também é gerado pelas BactériasRedutoras de Sulfato (BRSs), presentes nos oleodutos detransporte. A presença do H2S consequentemente pro-voca corrosão em dutos e equipamentos. Este fato elevao número de acidentes no setor de Petróleo & Gás, co-mo o rompimento de oleodutos que causam vazamentode petróleo. Para combater estes efeitos danosos a em-presa, em parceria com centros de pesquisas, desenvolveuma série de tecnologias para combater os efeitos dano-sos do H2S no setor de Petróleo & Gás. Para evitar essesefeitos nocivos e corrosivos estão sendo desenvolvidosrevestimentos protetivos e aditivos para polímeros parauso em dutos de transporte. Esta tecnologia utilizamesocristais e nanocompósitos desenvolvidos especial-mente para revestimentos orgânicos e coatings aplicadosdiretamente em metais para proteção contra a ação des-trutiva do H2S”, comenta Mateus Botassi Pitta, respon-sável pelo departamento de marketing da empresa.

A corrosão microbiológica ocorre sob a influência demicrorganismos, bactérias, fungos e algas. Como forma

Soluções com ananotecnologia

A busca por tecnologias quemelhorem o desempenho dosmateriais contra os processosde corrosão é constante no mei-o industrial. Novas oportuni-dades de exploração e processa-mento de petróleo e gás, pro-dução de biocombustíveis eprocessamento de seus deriva-dos exigem materiais mais re-sistentes frente aos meios agres-sivos e ambientes favoráveis àcorrosão. Diante destes novosdesafios a Nanox desenvolvesoluções com a nanotecnologiapara combater os problemas a-presentados pela indústria. Embusca de soluções inovadorasdirecionadas para o mercado deenergia, a empresa desenvolveprojetos específicos para a linhade Petróleo & Gás e Biocom-bustíveis, revela André Luiz de

Um grande desafio para a exploração de petróleo na camada

pré-sal é a grande incidência de H2S que provoca inúmeros

problemas no processo de extração e refino do petróleo”“

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de prevenção, torna-se fundamental a utilização de revesti-mentos específicos em dutos e equipamentos marítimos.

A linha antimicrobiana inorgânica pode ser usada co-mo coating e como aditivo para diversas aplicações comoresina epóxi, poliuretanas, polipropilenos e polietilenos.Assim, evita-se a formação do biofilme de difícil remoção,principal local de reprodução de microrganismos e pontosde corrosão ocasionados pelas bactérias. Para avaliar sua efi-ciência o revestimento deve ser submetido a diversas análi-ses microbiológicas, seguindo normas internacionais.

Prestação de ServiçoGalvanização a fogo tem baixa divulgação no Brasil

A B. Bosch Galvanização do Brasil que atua nos servi-ços de galvanização por imersão a quente iniciou um pro-jeto na Refinaria Landulpho Alves da PETROBRAS, local-izada em Mataripe no Estado da Bahia. Este projeto refe-re-se ao tratamento da estrutura metálica do pipe-rack darefinaria. Serão cerca de 1300 toneladas, com peças pesan-do entre 2 e 5 toneladas, e que serão tratadas numa cubade 13 m x 1,80 m x 3,00 m, exigindo em alguns casos oprocesso de dupla imersão. Esta obra demandará uma lo-gística diferenciada pelo tamanho das peças e deverá serconcluída até julho de 2010. A aplicação da galvanizaçãopor imersão a quente, também conhecida como galvaniza-ção a fogo é um sistema de proteção do aço contra corro-são e que apresenta um custo-benefício muito competitivoem diversas aplicações industriais, pois é simples, rápido edemanda baixa manutenção ao longo do tempo.

“No Brasil, em certos segmentos, ainda não existe umagrande divulgação e/ou conhecimento por parte de especi-ficadores. Observando a aplicação da galvanização a fogono exterior, verificamos uma divulgação mais ampla destesistema e que nos casos da indústria petroquímica, oil & gase refino de petróleo, o uso deste processo é mais recorren-te. Entre os casos conhecidos, podemos destacar o da Refi-naria de Ampol (Brisbane – Austrália), na qual a galvaniza-ção a fogo foi muito utilizada em todas as estruturas de açoque acomodam um reator e uma coluna de regeneração.Esta utilização permite um período maior entre as paradasde manutenção”, destaca Dario Dobrev, gerente comercial.

Perda de competitividade da indústriaAté setembro de 2008, o setor automotivo brasileiro

acompanhava o ritmo do consumismo global e viviamomentos de euforia com sucessivos recordes na fabrica-ção e comercialização de automóveis, motocicletas,caminhões, tratores etc. “O aumento da demanda e avalorização do Real favoreceu as importações de equipa-mentos voltados à modernização do parque industrial.De outro lado, crescia numa velocidade assustadora aimportação de alguns componentes cuja fabricação localtornava-se economicamente inviável, podendo-se desta-car os fixadores fabricados em aço inoxidável. Além dosdois fatores citados acima, as atenções e explicações para

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res que poderia citar, vou me ater a um deles: o retorno do capitalinvestido”, comenta Vassoler.

O chamado “custo Brasil” penaliza a indústria nacional quenecessita importar equipamentos de produção e de controle de qua-lidade, semelhantes aos utilizados na indústria dos países desenvol-vidos.

A tabela 1 ilustra um exemplo de uma hipotética importação deum bem.

Para calcular o custo de uma peça a ser tratada nesse equipamen-to, além dos custos incidentes, deve-se somar:

1. O custo financeiro dos impostos recuperáveis. O recolhimen-to é à vista e o crédito, a prazo (no caso do ICMS se dará em48 meses).

2. O custo do Investimento para a aquisição do bem. Cerca de34,7 % referentes aos demais custos de importação.

3. Custo financeiro do capital utilizado na aquisição do bem.

ConclusãoNa melhor das hipóteses, uma empresa optante pelo lucro real

tem um custo 35 % maior em relação ao empresário internacionalpara adquirir o mesmo bem. O impacto no custo das peças trata-das nesse equipamento será significativo e é um dos fatores queajuda a explicar nossa perda de competitividade em relação aos con-correntes internacionais.

essa perda de competitividadevoltavam-se para os concorren-tes indianos, asiáticos e do lesteeuropeu, cujas vantagens eramatribuídas aos baixos salários,condições péssimas de traba-lho, desrespeito ao meio ambi-ente etc. (eu mesmo recebi inú-meros e-mails com fotos, filma-gens e relatos a respeito). Masaté onde isso, ou só isso corres-pondia à verdade?”, indaga Hi-lário Vassoler, Diretor Geral daFosfer Decapagem e Fosfatiza-ção Ltda.

“Em outubro de 2008, acrise chegou para valer e, den-tre as várias ações governamen-tais, a redução do IPI para veí-culos automotores contribuiupara a retomada da produçãologo no início de 2009. O con-sumidor brasileiro foi às com-pras, aqueceu o mercado inter-no e novos recordes foram al-cançados pela nossa indústria.A crise permaneceu nos paísesdo primeiro mundo que, semdemanda, voltaram os olhospara o Brasil. O setor de trata-mento de superfícies podecomprovar esse interesse noúltimo EBRATS – Encontro eExposição Brasileira de Trata-mentos de Superfície, por meiodo expressivo número de expo-sitores estrangeiros. Uma novaameaça de importação come-çou a preocupar os fornecedo-res nacionais de autopeças ecomponentes. Fornecedores depaíses como Alemanha, Itália,França, Suécia, Japão e outrospaíses, precisando preenchersuas horas ociosas, oferecemmelhores condições comerciaisà indústria automobilística bra-sileira. Agora fica difícil atribu-ir aquelas explicações já conhe-cidas (não recebi até o momen-to, e-mails como das vezes ante-riores…). O fato é que a nossaindústria, apesar de possuir umparque industrial moderno, jánão é tão competitiva como emoutras épocas. Dos vários fato-

24 C & P • Março/Abril • 2010

O aumento da demanda e a valorização do Real

favoreceu as importações de equipamentos voltados

à modernização do parque industrial”“

Tributos e despesas Porcentuais sobre o para importação valor do equipamentoI.I. 14,2 %PIS 2,5 %COFINS 10,8 %Taxa SISCOMEX 0,2 %Total de tributos federais 27,7 %

ICMS 28,4 %Frete Internacional 5,6 %Transporte Rodoviário 3,1 %SDA 2,5 %Armazenagem 5,0 %Custo – Despachante 1,9 %Emissão D.I. 0,4 %Expediente 0,4 %Desconsolidação 0,6 %Handling 0,7 %Total de impostos estaduais, taxas e despesas 48,6 %Total Geral 76,3 %PREÇO HIPOTÉTICO FINAL (EQUIPAMENTO + IMPOSTOS + TAXAS + DESPESAS) R$ 1.763,00

TABELA 1 – DISCRIMINAÇÃO DE IMPOSTOS, TAXAS E DESPESASPARA IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Preço hipotético de um equipamento (Invoice) R$ 1.000,00

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Rua Minas Gerais, 85 - CEP 09941-760 Diadema - SP - BrasilPhone: +55 (11) 4071-5651 - Fax: +55 (11) 4071-4118E-mail: [email protected]: www.nofmetalcoatings.com

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Notícias do Mercado

26 C & P • Março/Abril • 2010

A antiga Blasting Pintura Industrial Ltda.alterou sua razão social para Blaspint PinturaIndustrial Ltda. em razão de homonomia. Aempresa, com sede em Caçapava (SP) e filial emMacaé (RJ), mantém sua atuação no mercadonacional prestando serviços de manutenção epintura em plataformas marítimas, refinarias ter-minais de petróleo e demais complexos indus-triais na especialização em jateamento, hidroja-teamento e pintura industrial. Mais informaçõespelo tel. (12) 3654-4040

Blasting agora é Blaspint

Um concorrido evento realizado no mês deabril, em São Paulo, com a participação de cercade 100 profissionais, marcou os 40 anos do ICZ– Instituto de Metais Não Ferrosos. O evento foiaberto pelo presidente do instituto e gerente geralcomercial do metal níquel da Votorantim Metais,Francisco Martins.

Na ocasião, Martins disse que o ICZ querincrementar o relacionamento com os associadoscom atitudes pró-ativas, buscando atender às suasnecessidades e anseios como promover reuniões evisitas periódicas, realizar eventos de integração,organizar palestras técnicas dirigidas às universida-des e aos clientes finais, destacando as vantagensdos metais não ferrosos (custo/benefício). Citouainda alguns desafios da entidade, tais como inte-ragir no processo de reciclagem do chumbo e bus-car reclassificar o níquel de “segunda geração” naresolução do CONAMA 023/1996 (resíduo nãoinerte – classe II).

Os convidados do evento participaram aindade um ciclo de palestras e acompanharam o lança-mento do Guia de Galvanização por Imersão aQuente, um trabalhado realizado pelo ICZ, emconjunto com os galvanizadores associados, lidera-do por Ariane Souza, representando a associadaVotorantim Metais Zinco.

ICZ completa 40 anos de existência

Em 29 de julho, a Abendi – Associação Bra-sileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção, or-ganiza o 8º Encontro Regional de END e Inspe-ção, organizado em Natal (RN), no CTGAS -Centro de Tecnologia do Gás, apoiador do evento.

Os eventos regionais promovidos pela Abendisão realizados em diferentes locais a fim de levarinformações, tecnologias e experiências práticas atodo o Brasil. Nesta edição, ele será no Rio Grandedo Norte devido à sua principal atividade indus-trial ser a extração e o processamento de petróleo,que torna o estado um dos maiores produtores emterra do Brasil e abastecedores de gás do Nordeste.

Em sua última edição no dia 27 de agosto de

2009, o evento reuniu na cidade gaúcha de SãoLeopoldo, cerca de 60 participantes e atingiu asexpectativas da Associação e do comitê técnico-exe-cutivo do encontro. Para 2010, o comitê pretendereunir aproximadamente 80 participantes da regiãoenvolvidos com os Ensaios Não Destrutivos eInspeção dos setores petroquímico e elétrico.

Serviço:8º Encontro Regional de END e Inspeção –Natal/RN a ser realizado em 29 de julho de 2010

Mais informações: [email protected] – (011) 5586-3197

Abendi realiza encontro de END e Inspeção em Natal/RN

A Metal Coatings Brasil agora passar a sechamar NOF Metal Coatings South America. Aunificação dos nomes das empresas do grupoNOF é um passo importante para melhor aten-der mundialmente às expectativas de nossosclientes. Efetivada em abril, ela se deve a umainteração mais forte e estreita entre as empresasdo grupo NOF e tem o objetivo de consolidar aliderança mundial no mercado de revestimentosanticorrosivos. Para mais informações, acessewww.nofmetalcoatings.com.

Metal Coatings Brasil

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Notícias do Mercado

O Grupo Bayer obteve um crescimento devendas de 3 % e atingiu um total de R$ 3,8bilhões em faturamento em 2009 no Brasil. Osresultados das atividades da Bayer Materi-alScience, divisão de materiais inovadores, foramresponsáveis por 14% desse número. “A grandeinstabilidade que se instalou na produção indus-trial no ano de 2009, ocasionada pela forte redu-ção da demanda mundial e consequente quedano ritmo de produção, impulsionou a BayerMaterialScience a buscar novas estratégias de ne-gócios”, disse Ulrich Ostertag, presidente daBayer MaterialScience para a América Latina.

Para 2010, a perspectiva é retomar o cresci-mento de vendas, atingindo níveis próximos aosanos anteriores à crise econômico-financeira. Omaior projeto da Bayer MaterialScience nesteano prevê a atualização tecnológica de duas uni-dades produtivas da divisão no Parque Indus-trial, situado na cidade de Belford Roxo, RJ. Anova plataforma que será instalada nas fábricasde MDI e anilina padronizará as unidades locaiscom as demais da divisão ao redor do mundo,contribuindo para tornar a planta ainda mais

Bayer anuncia planos para 2010segura, além de aumentar a confiabilidade e aqualidade dos processos. Outro investimento se-rá no laboratório de revestimentos, adesivos eespecialidades, localizado na sede da empresa,em São Paulo. A função do laboratório é ofere-cer um serviço complementar de apoio aos cli-entes. O diferencial do laboratório está na possi-bilidade do cliente visualizar a aplicação de tec-nologias da empresa já no produto final como,por exemplo, em um verniz resistente a raiosultravioletas.

Um novo produto para este ano é a dispersãode poliuretano livre de cossolventes, ou seja, reves-timento de superfície com propriedades sensoriaisúnicas. Como exemplos de características, pode-secitar a resistência à descoloração causada por caféou vinho tinto e a autorecomposição após riscos earranhões (os chamados smart materials ou mate-riais inteligentes). Outro lançamento é o filme depoliuretano com eletrodos elásticos para a produ-ção de energia limpa, empregados em conversoresde energia da onda do mar. O conversor transfor-ma a energia do mar em energia elétrica e é umrecurso favorável à proteção climática.

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ABRACO Informa

Por iniciativa do conselhoeditorial da revista Corrosão& Proteção, os melhores tra-balhos do INTERCORR2010 serão publicados na re-vista e, após a divulgação des-ses, outros trabalhos serão se-lecionados pelo comitê doevento e também publicados.Alternativamente, os autoresdo INTERCORR 2010 inte-ressados na publicação, pode-

Trabalhos do INTERCORR 2010 poderão ser publicados na C&Prão inscrever seus trabalhospara seleção durante a realiza-ção do congresso A avaliaçãodos trabalhos submetidos seráfeita pelos membros do conse-lho editorial e dos comitês téc-nico-científicos do evento. Apublicação implicará a adapta-ção, por parte dos autores, naforma de artigo técnico.

Como já havíamos divulgadoem Carta ao Leitor da edição nº

ABRACO realiza workshop em Macaé/RJ

30, a Revista Corrosão &Proteção passará por diversasreformulações, visando o apri-moramento editorial e gráfico oque resultará em um conteúdotécnico-editorial mais relevantee atraente aos leitores e possibi-litará a filiação da revista juntoa órgãos de divulgação científi-ca e de consulta com livre aces-so, proporcionando referência equalificação dos autores.

“Com a apresentação de palestras ministradas por profissionais de reconhecida competência téc-nica no campo dos revestimentos anticorrosivos, o workshop sobre preparação de superfícies e ade-rência alcançou, plenamente, os objetivos desejados. O alto nível técnico dos debates e a troca deexperiências entre participantes e palestrantes foram, sem dúvida alguma, dois dos fatores que maiscontribuíram para o sucesso do evento.

Os benefícios com os conhecimentos adquiridos por todos, certamente, se refletirão no aumen-to da vida útil dos revestimentos e, consequentemente, na durabilidade dos equipamentos e estru-turas metálicas, no que diz respeito ao aspecto da proteção anticorrosiva, assim como na reduçãodos custos de manutenção.

Para finalizar, gostaria de agradecer a presença de todos os participantes e parabenizar a equipede coordenação de eventos da ABRACO pelo empenho e competência na realização do workshopna Cidade de Macaé.” – Palavras proferidas por Fernando de Loureiro Fragata por ocasião do work-shop realizado na cidade de Macaé/RJ.

Participantes: 98 participantes.Patrocinadores: Metalcoating Revestimentos e Blaspint Pintura IndustrialPalestras e palestrantes no site:www.abraco.org.br/intercorr2010/newsletter/workshop_superficie_aderencia

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30 C & P • Março/Abril • 2010

Artigo Técnico

Fosfatização de Metais FerrososParte 20 – Pós-tratamento

para conformação

redor de 90ºC (RAUSCH, 1990,p.232). A cal tem a vantagemde apresentar baixo custo. Adesvantagem é que a cal nãopode ser usada sozinha para de-formações severas (RAUSCH,1990, p.232).

O bórax é utilizado, emgeral, nos casos de conformaçãoa seco. A aplicação de bóraxpode ser feita através da imersãoem solução aquosa diluída (5 %a 10 %) de tetraborato de só-dio (Na2B4O7•10H2O) a umatemperatura entre 80ºC e 90ºCdurante 5 s a 10 s (RAUSCH,1990, p.232). Como o bórax éhigroscópico, após a sua aplica-ção, deve-se armazenar o pro-duto fosfatizado em locais se-cos. Caso contrário, o bórax ab-sorve a umidade do ar o quepode determinar a corrosão doproduto fosfatizado.

Uma vantagem do bórax é afacilidade de sua remoção apósa conformação, sendo possível asua utilização em operações deconformações mais severas doque são permitidos quando seutiliza cal.

Quando o lubrificante uti-lizado é o sabão, soluções con-tendo bórax ou metassilicatode sódio têm sido utilizadascom o objetivo de neutralizarqualquer arraste de solução á-cida para o estágio de aplica-ção do sabão (estearato)

(RAUSCH, 1990, p.232; ISO9717, 1990; BS 3189, 1991).A necessidade de neutralizaçãoé devida ao fato de ocorrer aprecipitação de ácido esteári-co, quando se aplica o esteara-to de sódio sobre superfíciesfosfatizadas que trazem consi-go os vestígios de ácido dasoperações anteriores (FREE-MAN, 1988, p.110). Quandose utiliza sabão sólido, solu-ções mais concentradas de bó-rax, cal ou metassilicato de só-dio são requeridas. Neste caso,estes têm a função de portadordo lubrificante (em inglêslubrificant carrier) (ISO 9717,1990, BS 3189, 1991).

Pós-tratamento comestearato (sabão)

O pós-tratamento comestearato de sódio é indicadopara componentes destinadosà conformação mecânica e queforam fosfatizados em banhosà base de fosfato de zinco. Otratamento é realizado logoapós a fosfatização e após aneutralização com solução debórax, cal ou metassilicato desódio. Consiste na imersão dapeça fosfatizada em solução deestearato de sódio seguida desecagem. A concentração deestearato de sódio pode variarde 2 % a 20 % (pH entre 8 e10), sendo recomendada uma

Pós-tratamento das camadas fosfatizadas empregadas nos processos de conformação mecânica

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

s camadas fosfatizadasapresentam, entre ou-tras, a propriedade de

melhorar a retenção de lubrifi-cantes. Esta propriedade é defundamental importância nasoperações de conformação me-cânica, pois as superfícies a se-rem deformadas devem se man-ter lubrificadas para tornar pos-sível deformações severas, sem anecessidade de tratamentos tér-micos intermediários e, paraminimizar o desgaste das ferra-mentas.

Assim sendo, camadas fos-fatizadas destinadas à confor-mação devem ser tratadas comcompostos com propriedadeslubrificantes. Os compostosmais utilizados para esta finali-dade são bórax, cal, metassili-cato de sódio, sabão (estearatode sódio) e alguns tipos de lu-brificantes.

Pós-tratamento com soluçãocontendo bórax, cal oumetassilicato de sódio

Para alguns processos deconformação mecânica, comotrefilação de fios, cal ou bóraxpodem ser utilizados como lu-brificantes.

A aplicação de cal pode serfeita por imersão em uma sus-pensão aquosa diluída deCa(OH)2 (0,3 % a 3 %),mantida a uma temperatura ao

Zn3(PO4)2 + 6Na[CH3(CH2)nCOO] → 3Zn[CH3(CH2)nCOO]2 + 2Na3PO4

Fosfato de zinco Estearato de sódio Estearato de zinco Fosfato de sódio

Figura 1 – Reação entre o fosfato de zinco neutro e o estearato de sódio

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temperatura entre 70ºC e80ºC e um tempo de imersãoentre 2 min e 10 min.

Para bobinas, a concentra-ção do sabão pode ser mantidaentre 2 % e 3 %. Para con-formação moderada de discos,a concentração do sabão podeser mantida entre 2 % e 10 %.Para conformação mais severade itens maiores, a concentra-ção do sabão pode ser mantidaentre 5 % e 10 % (RAUSCH,1990, p.247-248).

Quando se imerge umapeça fosfatizada em uma solu-ção de estearato de sódio, ocor-re uma reação entre o fosfato dezinco neutro (constituinte dacamada fosfatizada) e o esteara-to de sódio com formação deestearato de zinco e fosfato desódio, de acordo com a reação(FREEMAN, 1988, p.93) expres-sa na figura 1.

O estearato de sódio é solú-vel em água e o estearato dezinco não. Assim, à medida quea reação prossegue vai forman-do o estearato de zinco insolú-vel que adere perfeitamente àsuperfície da camada fosfatiza-da. Ao se retirar o produto fos-fatizado da solução de sabão,

parte da solução de estearato desódio é arrastada e fica aderidaà superfície após a evaporaçãoda água. A camada fosfatizadaassim obtida terá a estruturamostrada esquematicamente nafigura 2.

Dependendo das condi-ções de aplicação do sabão eda massa de fosfato por unida-de de área, a massa de sabão(estearato de sódio + estearatode zinco) pode atingir valoresde até 20 g/m2 (RAUSCH,1988, p. 214). Desta quanti-dade, 50 % pode ser consti-tuída de estearato de zinco.Para tiras conformadas a frio,com uma massa de fosfato de3 g/m2 a 6 g/m2, pode-serecomendar massa de estearatode zinco mínima de 0,5 g/m2 emassa de estearato de sódio de0,5 g/m2 a 1,3 g/m2.

Convém lembrar que,quando a camada fosfatizadafor submetida a operações deconformação, não se adota oestágio de passivação ou sela-gem, pois a camada de passi-vação interfere na reação como estearato. Experiências reali-zadas em uma empresa produ-tora de chapas fosfatizadas

para conformação (LEITE etal., 2000) mostraram clara-mente este fato.

Nestas experiências, forampreparadas duas séries de duasamostras, a saber:• camada fosfatizada + estearato

de sódio;• camada fosfatizada + passiva-

ção + estearato de sódio.A quantidade de estearato

de sódio retida e de estearatode zinco formada foi determi-nada para estas duas amostras,tendo sido obtidos os resulta-dos apresentados na tabela 1.

Pelos resultados apresenta-dos na tabela 1, pode-se verifi-car que a passivação causa di-minuição da quantidade de es-tearato de zinco formada. Quan-to à quantidade de estearatode sódio retida, a presença dopassivador ora determinou di-minuição ora aumento, ouseja, não apresentou uma in-fluência bem definida. Estesresultados são coerentes, vistoque o estearato de zinco se for-ma como resultado da reaçãoentre o estearato de sódio e acamada de fosfatos, portanto,a passivação interfere porqueforma um barreira entre osdois reagentes. Já o estearatode sódio é retido por arraste,portanto, não depende da pre-sença ou não da camada depassivação, mas de outros fa-tores, tais como: temperatura,velocidade de remoção e con-centração da solução de estea-rato de sódio.

Vários fatores devem ser le-

TABELA 1 – MASSA DE ESTEARATO DE SÓDIO E ESTEARATO DE ZINCO DE AMOSTRAS FOSFATIZADAS TRATADASCOM ESTEARATO DE SÓDIO COM E SEM PASSIVAÇÃO

C & P • Março/Abril • 2010 31

Condições de aplicação Massa de estearato Massa de estearato dedo estearato de sódio de sódio retida (g/m2) zinco formada (g/m2)

Primeira sérieCamada fosfatizada + sabão 0,10 0,42

Camada fosfatizada + passivação + sabão 0,17 0,30Segunda série

Camada fosfatizada + sabão 0,29 0,36Camada fosfatizada + passivação + sabão 0,17 0,31

Figura 2 – Ilustração esquemática de uma camada de fosfato de zincotratada com estearato de sódio (FREEMAN, 1988, p.93)

Estereato de Sódio

Camada fosfatizadaEstereato de Zinco

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vados em consideração paraaumentar a eficiência da apli-cação do estearato de sódio, asaber:• no caso de utilização de solu-

ção de estearatos por imersão,a vida útil da solução é limita-da pela contaminação commetais pesados trazidos paradentro da solução por arraste.A remoção dos metais pesa-dos pode ser realizada porcentrifugação;

• o arraste de soluções ácidas, oque abaixa o pH da soluçãodo sabão. Isto determina aprecipitação do ácido esteári-co. Para evitar isto, deve-seintercalar um estágio de neu-tralização com solução debórax, cal ou metassilicato desódio (ver item anterior);

• a quantidade de estearato dezinco formada aumenta coma temperatura da solução deestearato de sódio (JAMES,1961, p.177);

• quanto maior o tempo deimersão maior é a quantidadede estearato de zinco formada;

• quanto maior o pH da solu-ção de estearato de sódio (quedeve ser mantida entre 8 e 10)maior é a quantidade deestearato de zinco formada. Adependência entre estas duasgrandezas está apresentada nafigura 3. Pode-se verificar quea quantidade de estearato dezinco aumenta pouco quandose aumenta o pH de 8 para 9.

No entanto, um aumento sig-nificativo é verificado quandose aumenta o pH de 9 para10. Acima de 10, novamenteo aumento de pH exerce pou-ca influência na quantidadede estearato de zinco forma-da. Assim sendo, é aconselhá-vel manter o pH próximo aolimite superior da faixa opera-cional, ou seja, próxima a 10;

• a quantidade de sabão (estea-rato de sódio + estearato dezinco) é maior quanto maio-res são os cristais de fosfato(BIESTEK & WEBER, 1976,p.158).

Além do estearato de sódio,estearato de cálcio, zinco oualumínio também são utiliza-dos. Uma seqüência típica deaplicação de sabão é a seguinte:• fosfatização;• lavagem;• neutralização;• imersão em estearato;• secagem.

O estearato de zinco é pou-co solúvel, hidrófobo, alta-mente aderente e é um lubrifi-cante muito potente para con-dições de pressão elevada a quesuperfícies metálicas são sujei-tas durante a conformaçãomecânica, possibilitando queoperações de conformação se-jam realizadas a velocidadeselevadas e com menor desgastedas ferramentas.

A camada de sabão não écapaz de conferir uma elevadaproteção contra corrosão. En-saios realizados com camadasfosfatizadas com sabão emcâmara de névoa salina mos-traram que após 24 horas jáocorre corrosão vermelha emmais de 50% da superfícieensaiada (LEITE et al., 2000).Assim sendo, produtos fosfati-zados submetidos apenas a umtratamento suplementar desabão não podem ser armaze-nados em ambientes úmidospor tempos prolongados. Casoisto seja necessário deve-se

aplicar sobre o sabão uma ca-mada de óleo protetivo.

É bom citar o fato de quequanto maior a quantidade deestearato de zinco em relaçãoao estearato de sódio, melhorserá a resistência à corrosão.Isto é devido ao fato do esteara-to de zinco ser insolúvel ehidrófobo. Assim, se a imersãono sabão for feita de maneira anão favorecer a formação doestearato de zinco, a probabili-dade de ocorrência de corrosãodurante o armazenamento etransporte será maior (RAUSCH,1990, p.247).

Outros lubrificantesEm alguns casos, óleos lu-

brificantes ou polímeros orgâ-nicos são utilizados como lu-brificante de superfícies fosfa-tizadas destinadas à conforma-ção. A mistura de polímerosem pó com carbonato de cál-cio e pó de grafite, óleos emul-sionáveis (concentração entre10 % e 20 % e temperaturaentre 70ºC e 80ºC) tambémsão utilizados (RAUSCH, 1990,p.232, 241).

Para conformação muitosevera, grafite e dissulfeto (bis-sulfeto) de molibdênio sãomais recomendados do que opróprio sabão (RAUSCH, 1990,p.248). As excelentes proprie-dades lubrificantes destes doisprodutos devem-se a sua natu-reza lamelar: as lamelas escor-regam umas sobre as outras oque melhora o desempenho.O dissulfeto de molibdêniopode ser aplicado por tambo-reamento (partículas de dissul-feto de molibdênio são tambo-readas juntamente com as pe-ças fosfatizadas), ou, por imer-são das peças fosfatizadas emsuspensão aquosa de dissulfetode molibdênio.

Na próxima edição, serãoabordadas as características fí-sico-químicas das principaiscamadas fosfatizadas.

32 C & P • Março/Abril • 2010

Figura 3 – Influência do pH dosabão na quantidade de estearatode zinco formada (Lorin, 1974,p.178)

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Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Ciências(Fisico-Química) pela USP.Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Química(Fisico-Química) pela USP.Pesquisadora do LCP.

Anais. São Paulo : ABTS, 2000(CD ROM).

LORIN, G. 1974. Phosphating of metals.Great-Britain : Finishing Publica-tions. 222p.

RAUSCH, W. 1990. The phosphating ofmetals. 1st.ed. Great Britain :Redwood Press, 416p.

Referências bibliográficasBIESTEK, T.; WEBER, J. 1976. Electrolytic

and chemical conversion coatings. 1sted. Wydawnictwa : Porteceilles.432p.

BS 3189 : 1991; ISO 9717; 1990.Method for specifying phosphate con-version coatings for metals. London:British Standards Institution, 1990,15p.

FREEMAN, D. B. Phospating and metalpre-treatment. 1st ed. New York :Industrial Press, 1988, 229p.

JAMES, D. Phosphate coating and lubrifi-cation steel for cold extrusion. SheetMetal Industries Special conference,p. 171-189, 207, March 1961.

LEITE, E.; SILVA, S. A. B.; FERREIRA FILHO,A.; BONFIM, M. F.; OLIVEIRA, W.;PANOSSIAN, Z.; ALMEIDA, L. A. B.Otimização de produção de chapasfosfatizadas em processos contínuospara estampagem. In: EncontroBrasileiro de Tratamento deSuperfície, 10. São Paulo, 2000,

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Opinião

ão valorize tanto os nú-meros, mas sim o perfildo público com o qual

está se relacionando nas redessociais.

Blog, Orkut, Youtube, Face-book, Twitter, LinkedIn são pala-vras que compõem o universodas mídias sociais e já fazem par-te da vida de todos nós. Essas fer-ramentas oferecem a seus usuá-rios a possibilidade de se conec-tar com amigos, firmar contatosprofissionais e, por que não,aproximar totais desconhecidospara compartilhar informações,trocar experiências e descobrirafinidades.

Trata-se de uma verdadeirafebre on-line que tem despertadoa atenção das empresas. Além dedemarcar terreno nas redessociais, as companhias buscamsaber sobre o que falam dela nes-ses ambientes. No entanto, mui-tos empresários ainda têm dúvi-das quando o assunto é a rele-vância dessas redes de relaciona-mento como meio de comunica-ção para os negócios. Afinal, co-mo medir a imagem de uma em-presa nas redes sociais?

Nem sempre, porém, essesvalores absolutos podem ser rela-cionados diretamente ao impac-to desejado aos negócios. Paraobter respostas e saber se a suaempresa está atingindo o retornodesejado na rede, é necessário fa-zer as perguntas certas. A primei-ra delas e a mais fundamental:qual é o seu objetivo?

Luiz Alberto Ferla

Como medir a imagem em redes sociais

Para saber se sua empresa está atingindo o retorno desejado nas redes de relacionamento,é necessário fazer as perguntas certas. E a primeira e mais fundamental é: qual seu objetivo?

Luiz Alberto FerlaAdministrador e engenheiro pós-graduado em planejamento estratégico é CEO TalkInteractive de relacionamento digital.

O desafio está em avaliar o retorno das páginas de relaciona-mento para fins comerciais. É necessário ter clareza das metas quese pretende atingir. O passo seguinte é entender que uma coisa égerar o chamado buzz (barulho), outra bem diferente é ele serrevertido em favor dos seus negócios. Trocando em miúdos, quan-tidade não é sinônimo de qualidade. A dificuldade em mensurar oimpacto nas redes sociais é tentar entender o sentimento das pes-soas que estão do outro lado da tela.

Credibilidade: no caso de blogs corporativos, vale registrar o ende-reço em motores de busca especiais de mídia social para ver o resulta-do em um ranking para termos específicos. Tenha em mente que énecessário combinar estes números com alguma pesquisa qualitativa,respondendo a perguntas como: quais blogs estão ligados ao meu? Elessão aqueles que seu público-alvo lê e respeita?

Dar para receber: no mundo das mídias sociais, vale a velha máxi-ma. Não valorize tanto os números, mas sim o perfil do público como qual está se relacionando nas redes sociais. Dados comportamentaissão um verdadeiro tesouro para quem fornece produtos e/ou serviços.Através de medidores é possível ver quantas pessoas marcaram o con-teúdo, quando o fizeram, e os comentários que foram publicados.

Microblog: mais e mais empresas estão monitorando as conversasdos microbloggers no Twitter para pegar os relatórios de reclamaçõese/ou comentários positivos. A tendência é responder a tweets sobre aempresa, seja lá qual for o motivo. Para saber o que está sendo comen-tado no Twitter sobre a sua marca, produtos e outros temas corpora-tivos de interesse, vale conectar os termos de pesquisa no mecanismode busca do Twitter e monitorar os resultados.

É tudo uma questão de sentimento: de nada vale a presença on-line da empresa, se o público-alvo não participa ativamente deste rela-cionamento. A palavra de ordem é avaliar como os usuários estão inte-ragindo com as páginas da empresa.

Afinal, de que adianta um grande número de cliques diários noblog, um monte de rostinhos nos grupos e comunidades da empre-sa e milhares de seguidores no Twitter se não há participação ativadesse público? Todas as pessoas gostam de se sentir percebidas e noambiente on-line não é diferente. "Conversar" é a razão de ser dasredes sociais.

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Page 36: UMA VISÃO ATUAL E DINÂMICA DO SETOR - ABRACO - …€¦ ·  · 2010-07-23Além da refinaria, a regi- ... com três estaleiros e três unidades petroquímicas, tornando-se uma excelente