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Direito Processual Penal Militar Estatuto da Criança e do Adolescente

Filosofia do Direito Sociologia do Direito

Ministério Público – Legislação Específica

► Máxima separação dos assuntos dentro de cada matéria possibilitando ao leitor encontrar e estudar temas específicos.

Capítulo 5 Direito ConstituCional ............................................................................. 7051. Preâmbulo ......................................................................................................... 7052. Dos Princípios Fundamentais ............................................................................ 7053. Dos Direitos e Garantias Fundamentais ............................................................ 707

3.1. Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos ........................................ 707

► Gabaritos anotados com indicação e transcrição de:

• Letra de lei

1. Do Processo em Geral1.1. Disposições Preliminares

1.1.01 CCPP. Art. 2º. A lei processual penal aplicar-

-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

1.1.02 CCPP. Art. 2º. A lei processual penal apli-

car-se-á desde logo, sem prejuízo da valida-de dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

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su m á r i o

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• Súmula

1.3. Da ação Penal1.3.1. Denúncia

1.3.1.01 A● CPP. Art. 41. A denúncia ou queixa con-terá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualifica-ção do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.

● *STF* “A autorização pretoriana de de-núncia genérica para os crimes de autoria

coletiva não pode servir de escudo re-tórico para a não descrição mínima da participação de cada agente na conduta delitiva. Uma coisa é a desnecessidade de pormenorizar. Outra, é a ausência ab-soluta de vínculo do fato descrito com a pessoa do denunciado. HC 80549.

1.3.1.02 A*STF* Súmula 564. A ausência de funda-

mentação do despacho de recebimento de denúncia por crime falimentar enseja nuli-dade processual, salvo se já houver senten-ça condenatória.

• Doutrina

1.9. Da Prisão e da liberdade Provisória1.9.1. Prisão em Flagrante

1.9.1.01 ENão há que falar em flagrante neste caso,

pois no chamado flagrante presumido (CPP, art. 302, IV) o acusado é encontrado “logo de-pois” da ocorrência. Assim, o flagrante exige imediatidade na ação policial, o que não acon-tece quando a ação se dá uma semana depois.

1.9.1.02 E● CPP. Art. 302. Considera-se em flagrante de-lito quem: [...] IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

● “O que deve ser decisivo é a imediatida-de da perseguição [...] para o fim de carac-terizar a situação de flagrante”. (Eugênio Pacelli)

• Jurisprudência ou informativo

1.9.2. Prisão Preventiva1.9.2.07 A

*STJ* “1. Na hipótese em exame, o pa-ciente foi condenado à pena de 5 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicial semia-berto. 2. Assim, estipulado o regime inicial semiaberto para cumprimento da pena, mostra-se incompatível com a condenação a manutenção da prisão preventiva – antes decretada e conservada na sentença conde-natória para negar ao paciente o apelo em liberdade –, ainda que a acusação tenha re-corrido.” HC 80631.

1.9.2.08 E*STF* “5. Alegação de desnecessidade

da PPE. A custódia subsiste há quase quatro

meses e inexiste contra o paciente senten-ça de condenação nos autos do processo instaura do no Panamá. 6. PPE. Apesar de sua especificidade e da necessidade das devidas cautelas em caso de relaxamen-to ou concessão de liberdade provisória, é desproporcional o tratamento que vem sendo dado ao instituto. Necessidade de observância, também na PPE, dos requisi-tos do art. 312 do CPP, sob pena de expor o extraditando a situação de desigualda-de em relação aos nacionais que respon-dem a processos criminais no Brasil. 7. A PPE deve ser analisada caso a caso, e a ela deve ser atribuído limite tempo-ral, compatível com o princípio da pro-porcionalidade; e, ainda, que esteja em consonância com os valores supremos

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► Gabaritos contendo justificativas para anulação de questões (Comentário da Banca CESPE)

2. atos aDministrativos

2.03 C● *STF* Súmula 473. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos ad-quiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.● O decreto deve ser anulado pelo Judici-ário apenas na parte em que extrapola os

limites legais. A Administração não pode exercer o controle de legalidade na hipótese, o que apenas poderia ser feito pelo Gover-nador. Esse sim poderia revogar ou anular o ato. A administração pública, por estar subordinada a ele, deverá aplicar o decreto, salvo se houver decisão judicial em contrá-rio. A Súmula 473 do STF aplica-se quando a autoridade que exerce a autotutela é a mes-ma autoridade que emitiu o ato ou uma au-toridade superior àquela. Um administrador jamais poderia revogar ou anular um ato de um superior. (Comentário da Banca Cespe)

► Indicação das questões formuladas com base na jurisprudência do STF, STJ e TST

3. Dos Direitos Básicos Do consumiDor

3.01 (oaB/2009) O consumidor tem direito à modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, mas não à revisão delas em razão de fatos supervenientes que as tornem excessiva-mente onerosas.

3.02 (DPe/al/Defensor/2009) *STJ* O preceito do CDC de que constitui direito básico do consumidor a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem ex-cessivamente onerosas dispensa a prova do caráter imprevisível do fato superveniente, bastando a demonstração objetiva da ex-cessiva onerosidade advinda para o consu-midor.Com referência a contratos de consumo e considerando que, em um contrato des-sa natureza, a cláusula de preço, que era equitativa quando do fechamento do con-trato, tenha-se tornado excessivamente onerosa para o consumidor, em razão de fatos supervenientes, julgue os três itens seguintes.

3.03 (DPe/es/Defensor/2009) O CDC exige, para promover-se a revisão judicial do contrato em apreço, que o fato superveniente seja imprevisível ou irresistível.

3.04 (DPe/es/Defensor/2009) A revisão judicial do contrato limita-se apenas às cláusulas referentes à prestação do consumidor, não tendo o mesmo direito o fornecedor.

3.05 (DPe/es/Defensor/2009) O CDC exige, para promover-se a revisão judicial do contrato, que haja extrema vantagem para uma das partes que celebrou a avença.

3.06 (ssP/Pa/Delegado/2006) *STJ* A pessoa que, após pagar mercadoria que adquire em loja, seja surpreendida pelo ruído de um alarme antifurto que não foi retirado da peça comprada, bem como pela rápida in-terferência de um dos empregados que lhe retira a sacola das mãos não terá direito a qualquer indenização, visto que o fato não causa ao consumidor dano moral, mas sim, um mero aborrecimento.

3.07 (PGm/vitória/Procurador/2008) *STJ* No campo jurídico, quando algo provoca de-feito na aparência da vítima que seja capaz de extrapolar os limites da dor moral, fica

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item sub-item Questão Classi.

Capí

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2. Atos Administrativos

2.03 STF2.05 STF2.07 STF2.08 STJ2.14 STF2.17 STJ2.18 STJ2.22 STF

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ApresentAção

O livro Preparando para concursos CESPE foi estruturado e esquematizado de acordo com estratégias de estudo para concursos públicos defendidas pelos professores Leonardo Garcia e Roberval Rocha.

Atualmente, além do estudo de doutrina e jurisprudência, é fundamental que o candidato entenda como a banca organizadora do certame aborda cada matéria.

Neste livro, o leitor encontra questões de concursos públicos realizados nos últimos anos pelo CESPE, organizadas sistematicamente por temas e por matérias. Assim, pode desenvolver um estudo aprimorado, que possibilite resolver as questões por assuntos específicos.

O conjunto representativo de disciplinas e perguntas permite analisar quais são os temas mais abordados, as pegadinhas mais frequentes, a juris-prudência mais exigida, os artigos de lei mais citados etc. O livro possibilita uma preparação otimizada para os concursos realizados pelo CESPE.

Além disso, o leitor logo perceberá que é muito comum a Organizadora repetir questões, até no mesmo ano, em concursos distintos, o que aumenta bastante suas chances de acertos futuros.

Para facilitar, os gabaritos são anotados, e identificam a origem das questões, se foram baseadas em: lei, súmula, jurisprudência, informativo de tribunal ou doutrina, fazendo render o estudo, o entendimento da matéria e, também, possibilitando identificar o enfoque da banca sobre determinados temas.

E, ainda, são destacadas as questões fundamentadas em jurisprudências e informativos dos tribunais superiores, muito exploradas pelo CESPE. O que chama a atenção dos candidatos a concursos públicos para o acompa-nhamento da atividade judicante das principais Cortes do país, que pode ser feito pela leitura de outros livros da Editora Juspodivm: série “Principais Julgamentos” (STF, STJ, TST, TSE), e “Principais Julgamentos – Recursos Repetitivos e Repercussão Geral”.

Esperamos que aproveitem mais esta valiosa novidade.Bons estudos!Contem conosco!

Leonardo Garcia e Roberval Rocha

Co n h e ç a o l i v r o. . .

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Parte 1 QuestõescesPe

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Capítulo 1 Direito ADministrAtivo

1. aGências reGulaDoras

1.01 (PGm/natal/Procurador/2008) Com relação às agências reguladoras, assinale a opção corre-ta.a) As agências reguladoras são órgãos da ad-

ministração pública cuja finalidade é fisca-lizar e controlar determinada atividade.

b) A CF criou, por meio de norma inserida em seu texto, duas das atuais agências regula-doras, quais sejam a Anatel e a Aneel.

c) O quadro de pessoal das agências regula-doras é vinculado ao regime celetista, con-forme expressa disposição legal.

d) Segundo jurisprudência do STF, a subor-dinação da nomeação dos dirigentes das agências reguladoras à prévia aprovação do Poder Legislativo não implica violação à se-paração e à independência dos poderes.

1.02 (PGm/vitória/Procurador/2007) A regulação que é realizada pelas agências reguladoras tem forte função gerencial sobre os entes re-gulados.

1.03 (PGm/vitória/Procurador/2007) A transferên-cia às agências reguladoras da função de exe-cutar objetivos e planos estatais demonstra a centralização que a criação dessas estruturas gera na administração pública.

1.04 (trt1/Juiz/2010) Assinale a opção correta no que se refere às agências reguladoras e às executivas.a) Mandato fixo e estabilidade para os diri-

gentes, que somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judi-cial transitada em julgado ou de processo disciplinar, são traços específicos das agên-cias reguladoras.

b) As agências executivas, assim como as regu-ladoras, têm a função precípua de exercer

controle sobre particulares prestadores de serviços públicos, mas destas se diferen-ciam porque têm, também, por encargo a execução efetiva de determinadas ativida-des administrativas típicas de Estado.

c) O regime jurídico dos trabalhadores das agências reguladoras é o de emprego públi-co, regulado pela CLT.

d) A qualificação como agência executiva de autarquia ou fundação que tenha celebra-do contrato de gestão com o ministério su-pervisor somente pode ser efetivada por lei de iniciativa do presidente da República.

e) A agência executiva, como autarquia de regime especial, deve ser instituída por ato normativo do chefe do Poder Exe-cutivo. Nesse ato, devem ser definidas a organização, as competências e a função controladora que a agência exercerá sobre os particulares prestadores de serviços pú-blicos.

2. atos aDministrativos

2.01 (tst/analista/2008) Em regra, os atos ad-ministrativos são auto executáveis, o que sig-nifica que eles têm força de título executivo extrajudicial.

2.02 (tJ/rJ/analista/2008) O governador do es-tado do Rio de Janeiro emitiu um decreto, para fiel execução das leis, após aprovação de parecer da procuradoria-geral do estado, dis-ciplinando a lei X. No entanto, entendeu-se, após o mesmo gerar os efeitos que dele se esperava, que o referido decreto, em alguns pontos, estaria ultrapassando os limites le-gais, regulando matéria que não estava conti-da na lei X. Com base nisso, responda as duas questões seguintes. Na situação hipotética descrita no texto, o decreto emitido apresen-ta vício de

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a) competência.b) objeto.c) finalidade.d) motivo.e) forma.

2.03 (tJ/rJ/analista/2008) *STF* A respeito do decreto citado na questão anterior, e acerca dos atos administrativos, julgue: o vício conti-do no referido decreto pode ser reconhecido pelo Poder Judiciário, hipótese em que deve reconhecer a sua nulidade, no caso concreto, apenas na parte em que extrapolou os limites legais.

2.04 (PGe/PB/Procurador/2008) Os atos adminis-trativos enunciativos são os que declaram, a pedido do interessado, situação jurídica pree-xistente relativa a particular. É exemplo de ato enunciativo o(a)a) autorização.b) instrução.c) parecer.d) decreto.e) portaria.

2.05 (PGm/natal/Procurador/2008) *STF* Consi-derando a doutrina e a jurisprudência majori-tárias acerca da invalidação dos atos adminis-trativos, assinale a opção correta.a) Com base em seu poder de autotutela, a

administração pública pode invalidar atos administrativos insanáveis, sendo impres-cindível a observância do devido processo legal em todos os casos.

b) Com base em seu poder de autotutela, a administração pública pode invalidar atos administrativos insanáveis. Nesse caso, quando houver repercussão na esfera dos direitos individuais, deverá ser observado o devido processo legal.

c) O poder de autotutela da administração pública, que lhe permite invalidar atos ad-ministrativos, só pode ser exercido quando o desfazimento do ato não repercuta no âmbito dos direitos individuais dos ad-ministrados. Nesse caso, a administração pública deve recorrer ao Poder Judiciário, pleiteando o desfazimento do ato em juízo.

d) O poder de autotutela da administração pública, que lhe permite invalidar atos ad-ministrativos, não atinge os beneficiários do ato que estejam de boa-fé.

2.06 (tJ/se/Juiz/2008) Assinale a opção correta acerca do Tribunal de Contas.a) O juiz de direito de Sergipe tem compe-

tência para julgar ação pelo rito ordinário proposta para anular decisão do TCE/SE, na medida em que esta tem natureza jurídica de ato administrativo.

b) O TC, dentro do poder geral de cautela, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário do administrador público or-denador de despesa.

c) Os nomeados para cargos de secretários de estado devem ter a legalidade de sua no-meação apreciada, para fins de registro, no TC do respectivo estado.

d) As decisões do TC que imputem multa têm natureza de título executivo judicial.

e) O TCU pode indicar um de seus ministros para ter assento no Conselho Nacional da Magistratura.

2.07 (tJ/DFt/analista/2008) *STF* Mesmo nos atos discricionários, não há margem para que o administrador atue com excessos ou desvio de poder, competindo ao Poder Judiciário o controle cabível.

2.08 (tJ/DFt/analista/2008) *STJ* O Poder Judi-ciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução do in-teresse público.

2.09 (tJ/se/Juiz/2008) Caso o presidente da Re-pública nomeie ministro do STF sem a aprova-ção do Senado Federal, o ato administrativo pertinente será consideradoa) válido, desde que convalidado pelo STF.b) válido, mas imperfeito.c) lícito, ineficaz, mas perfeito.d) inexistente e ilegal.e) existente, mas inválido.

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Pr e P a r a n d o P a r a Co n C u r s o s CesPeQu e s t õ e s CesPe 41

2.10 (PGe/PB/Procurador/2008) A respeito dos atos administrativos, julgue: ato perfeito é aquele que teve seu ciclo de formação encer-rado, por ter esgotado todas as fases necessá-rias à sua produção.

2.11 (PGe/PB/Procurador/2008) A respeito dos atos administrativos, julgue: ato consumado é o que já produziu todos os seus efeitos.

2.12 (PGe/PB/Procurador/2008) A respeito dos atos administrativos, julgue: ato pendente é aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição ou termo para que comece a produ-zir efeitos.

2.13 (PGe/PB/Procurador/2008) A respeito dos atos administrativos, julgue: ato imperfeito é o que apresenta aparência de manifestação de vontade da administração pública, mas que não chegou a aperfeiçoar-se como ato admi-nistrativo.

2.14 (PGe/ce/Procurador/2008) *STF* Com rela-ção aos atos administrativos, assinale a opção correta.a) A revogação do ato administrativo incide

sobre ato inválido.b) A revogação do ato administrativo tem efei-

tos ex tunc.c) Somente a administração pública possui

competência para revogar os atos adminis-trativos por ela praticados.

d) O Poder Legislativo pode invalidar atos ad-ministrativos praticados pelos demais po-deres.

e) O ato administrativo discricionário é insus-cetível de exame pelo Poder Judiciário.

2.15 (trt9/analista/2007) O abuso de poder, além de invalidar o ato administrativo, pode gerar responsabilidade penal.

2.16 (mP/ro/Promotor/2008) Maria, servidora pú-blica federal, requereu a sua aposentadoria, que foi inicialmente deferida pelo órgão de ori-gem, após emissão de dois pareceres da respec-tiva consultoria jurídica, um negando e outro concedendo a aposentadoria. Seis anos depois, o TCU negou esse registro, determinando ainda o imediato retorno de Maria ao serviço público

e a restituição das quantias recebidas a título de aposentadoria. Considerando a situação hi-potética apresentada no texto, assinale a opção correta acerca dos atos administrativos e dos princípios de direito administrativo.a) Maria terá de restituir as quantias recebi-

das indevidamente, pois, sendo o ato admi-nistrativo de concessão da aposentadoria ilegal, não poderia gerar quaisquer efeitos.

b) O ato inicial de concessão de aposentado-ria não será considerado ilegal, por falta de motivação, se apenas fizer referência a anterior parecer jurídico que fundamente esse entendimento.

c) O ato de aposentadoria é considerado, conforme entendimento do STF, como ato composto, visto que o TCU apenas atua homologando o que já foi feito, não parti-cipando da formação do ato.

d) O retorno de Maria ao serviço público de-nomina-se tecnicamente como reversão.

e) O acórdão do TCU constitui em título exe-cutivo judicial.

2.17 (aGu/Procurador/2007) *STJ* O ato discipli-nar é vinculado, deixando a lei pequenas mar-gens de discricionariedade à administração, que não pode demitir ou aplicar quaisquer penalidades contrárias à lei, ou em desconfor-midade com suas disposições.

2.18 (aGu/Procurador/2007) *STJ* Não se de-creta a invalidade de um ato administrativo quando apenas um, entre os diversos motivos determinantes, não está adequado à realidade fática.

2.19 (aGu/Procurador/2007) De acordo com a te-oria dos motivos determinantes, os motivos que determinaram a vontade do agente e que serviram de suporte à sua decisão integram o plano da existência do ato administrativo.

2.20 (DPe/Pi/Defensor/2009) Acerca dos vícios do ato administrativo e da teoria das nulidades, assinale a opção correta.a) Segundo o STF, o Poder Legislativo tem com-

petência para editar lei específica para des-constituir atos administrativos determina-dos, como, por exemplo, notificações fiscais emitidas pelo órgão tributário.

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b) O direito adquirido, regra geral, é causa su-ficiente para impedir o desfazimento do ato administrativo que contém vício de nulida-de insanável.

c) No caso de vício de incompetência em ato administrativo discricionário, há o dever de a administração invalidar o ato.

d) Segundo o STF, os atos nulos produzem efeitos jurídicos em razão da presunção de legitimidade que possuem.

e) Segundo o STF, em caso de ato adminis-trativo ilegal ampliativo de direito que be-neficia terceiro de boa-fé, a declaração de nulidade deve ter efeitos “ex nunc”.

2.21 (trt1/Juiz/2010) Assinale a opção correta quanto à classificação, aos requisitos dos atos administrativos e à teoria dos motivos deter-minantes.a) O parecer, como ato administrativo que

expressa posicionamento de natureza téc-nica, é sempre vinculante, de forma que a autoridade decisória não pode agir de maneira distinta da constante do ato opi-nativo.

b) O pressuposto da revogação é o interesse público, razão pela qual ela incide sobre atos válidos e inválidos que a administração pretenda abolir do rol de normas jurídicas, em razão dos inconvenientes e dos malefí-cios que causem à coletividade.

c) Em obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida esta como o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administra-ção, o ato administrativo deve ser escrito e manifestado de maneira expressa, não se admitindo, no direito público, o silêncio como forma de manifestação da vontade da administração.

d) Se um ato administrativo discricionário for praticado por autoridade que não tenha competência, a autoridade competente não estará obrigada a convalidá-lo se consi-derar que não estão presentes os aspectos de mérito que sustentam sua apreciação.

e) Segundo a teoria dos motivos determinan-tes, a motivação dos atos administrativos é sempre necessária, seja para os atos vin-culados, seja para os discricionários, pois

constitui garantia de legalidade que tanto diz respeito aos interessados como à pró-pria administração.

2.22 (tcu/auditor/2010) *STF* O princípio da autotutela possibilita à administração pública anular os próprios atos, quando possuírem ví-cios que os tornem ilegais, ou revogá-los por conveniência ou oportunidade, desde que se-jam respeitados os direitos adquiridos e seja garantida a apreciação judicial.

2.23 (tcu/auditor/2010) Sempre que a lei expres-samente exigir determinada forma para que um ato administrativo seja considerado válido, a inobservância dessa exigência acarretará a nulidade do ato.

2.24 (tcu/auditor/2010) O Poder Judiciário pode, de ofício, apreciar a validade de um ato admi-nistrativo e decretar a sua nulidade, caso seja considerado ilegal.

2.25 (tre/Ba/analista/2010) Um dos efeitos do atributo da presunção de veracidade dos atos administrativos reside na impossibilidade de apreciação de ofício da validade do ato por parte do Poder Judiciário.

2.26 (tre/Ba/analista/2010) Apesar de o ato de revogação ser dotado de discricionariedade, não podem ser revogados os atos administra-tivos que geram direitos adquiridos.

2.27 (PGm/Boavista/Procurador/2010) A oportuni-dade e a conveniência são fundamentos para que a administração revogue um ato adminis-trativo válido; os efeitos já produzidos por esse mesmo ato, todavia, serão preservados.

2.28 (tre/mt/analista/2010) A prefeitura de de-terminada cidade, por meio de seu órgão competente, fechou uma casa de espetáculos que funcionava sem alvará e em dissonância com as normas de ordem urbanísticas locais. O dono do estabelecimento rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Ju-diciário e pedido o fechamento da casa e não agido por conta própria. A situação hipotética descrita acima demonstra o atributo do ato administrativo denominado:

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CApítulo 1 Direito ADministrAtivo

1. aGências reGulaDoras

1.01 D● “Separação e independência dos Poderes: submissão à Assembleia Legislativa, por lei es-tadual, da escolha e da destituição, no curso do mandato, dos membros do Conselho Su-perior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul – Agergs: parâmetros federais impostos ao Estado-membro. 1. Diversamente dos textos constitucionais anteriores, na CF/88 – à vista da cláusula final de abertura do art. 52, III –, são válidas as normas legais, federais ou locais, que subordinam a nomeação dos dirigentes de au-tarquias ou fundações públicas à prévia aprova-ção do Senado Federal ou da Assembléia Legis-lativa: jurisprudência consolidada do STF.

● CF. Art. 52. Compete privativamente ao Se-nado Federal: ... III – aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de: ... f) titulares de outros cargos que a lei determinar.

1.02 CNa administração gerencial, há autonomia

do prestador de serviços (que pode ser um administrador público ou não) na utilização dos recursos, que deverá buscar da maneira que lhe parecer mais adequada os objetivos estabelecidos. O controle, na administração gerencial, é quanto aos resultados obtidos – serviços públicos eficientes e de qualidade – e não quanto aos procedimentos burocráticos de exercício da atividade. Nesse sentido, a ad-ministração gerencial pode contar com maior participação de agentes privados. (Bruno Silva)

1.03 EA transferência às agências reguladoras da

função de executar objetivos e planos estatais faz parte de um processo de descentralização.

Essas agências são entidades que pertencem à administração indireta, e que passam a exer-cer as funções que antes eram de responsabi-lidade da administração direta.

1.04 A(a) Lei 9.986/00. Art. 5º. Parágrafo Único.

O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor--Presidente será nomeado pelo Presidente da República dentre os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria, respectivamente, e in-vestido na função pelo prazo fixado no ato de nomeação. ● Art. 6º. O mandato dos Conse-lheiros e dos Diretores terá o prazo fixado na lei de criação de cada Agência. ● Art. 9º. Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condena-ção judicial transitada em julgado ou de pro-cesso administrativo disciplinar.

(b) “As agências executivas se distinguem das agências reguladoras pela circunstância de não terem, como função precípua, a de exer-cer controle sobre particulares prestadores de serviços públicos. Tais entidades, ao revés, destinam-se a exercer atividade estatal que, para melhor desenvoltura, deve ser descentra-lizada e, por conseguinte, afastada da burocra-cia administrativa central.” (José S. Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo)

(c) Lei 10.871/04. Art. 6º. O regime jurídico dos cargos e carreiras referidos no art. 1o des-ta Lei é o instituído na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, observadas as disposições desta Lei.

(d) Lei 9.649/98. Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: I – ter um plano estraté-gico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II – ter celebra-do Contrato de Gestão com o respectivo Mi-nistério supervisor. § 1º. A qualificação como

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Agência Executiva será feita em ato do Presi-dente da República.

(e) CF. Art. 37. XIX – somente por lei especí-fica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

2. atos aDministrativos

2.01 EOs atos administrativos são auto executáveis,

ou seja, seus efeitos jurídicos não dependem da manifestação de vontade do Poder Judiciário, diversamente dos títulos executivos extrajudi-ciais, que, por sua vez, dependem de interfe-rência judicial para consolidar seus efeitos.

2.02 BDecreto que veicula regulamento tem li-

mites traçados na própria lei objeto de sua regulamentação. Ultrapassados esses limites, ocorre inovação legislativa não prevista pelo ordenamento (“decreto autônomo”), viciando o objeto do ato.

2.03 C

● *STF* Súmula 473. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.● O decreto deve ser anulado pelo Judiciário apenas na parte em que extrapola os limites legais. A Administração não pode exercer o controle de legalidade na hipótese, o que ape-nas poderia ser feito pelo Governador. Esse sim poderia revogar ou anular o ato. A admi-nistração pública, por estar subordinada a ele, deverá aplicar o decreto, salvo se houver de-cisão judicial em contrário. A Súmula 473 do STF aplica-se quando a autoridade que exerce a autotutela é a mesma autoridade que emi-tiu o ato ou uma autoridade superior àquela. Um administrador jamais poderia revogar ou anular um ato de um superior. (Comentário da Banca Cespe)

2.04 C“Os atos administrativos enunciativos tem

como característica indicarem juízos de valor, dependendo, portanto, de outros atos de ca-ráter decisório. O exemplo típico é o dos pare-ceres.” (Carvalho Filho)

2.05 B

● *STF* Súmula 346. A Administração Públi-ca pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

● *STF* Súmula 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

2.06 A“A Corte de Contas não julga, não tem fun-

ções judicantes, não é órgão integrante do Poder Judiciário, pois todas as suas funções, sem exceção, são de natureza administrativa”. (Cretella Jr.). “O tribunal de contas é um órgão técnico, não jurisdicional. Julgar contas ou da legalidade dos atos, para registros, é manifes-tamente atribuição de caráter técnico”. (Afon-so da Silva)

2.07 C

*STF* “Na dicção sempre oportuna de Cel-so Antônio Bandeira de Mello, mesmo nos atos discricionários não há margem para que a administração atue com excessos ou desvio ao decidido, competindo ao Judiciário a glo-sa cabível.” RE 131661.

2.08 C

*STJ* “1. Na atualidade, a Administração pública está submetida ao império da lei, in-clusive quanto à conveniência e oportunidade do ato administrativo. .... 3. O Poder Judiciário não mais se limita a examinar os aspectos ex-trínsecos da administração, pois pode analisar, ainda, as razões de conveniência e oportunida-de, uma vez que essas razões devem observar critérios de moralidade e razoabilidade”. REsp 429570.

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2.09 ETem-se predominante, ainda hoje, o enten-

dimento como o tradicionalmente atribuído a Fernandes de Oliveira, que “os atos inexisten-tes realmente não existem”. Sob esse prisma, todo ato será sempre existente, mas, um ato com defeito incorrigível sujeitar-se-á à invali-dação. (Raquel Carvalho, Curso de Direito Ad-ministrativo, Juspodivm)

2.10 C“A formação do ato administrativo repre-

senta um processo que vai definindo os ele-mentos que o compõem. A perfeição do ato somente vai suceder quando se encerrar esse ciclo de formação. Ressalve-se que perfeição não significa aqui o que não tem vícios; seu sentido é o de consumação, conclusão.” (Car-valho Filho)

2.11 CAto consumado é o que já exauriu os seus

efeitos, que já produziu todos os seus efeitos. (Bandeira de Mello)

2.12 CAto pendente é quando o ato, embora per-

feito, está sujeito a condição ou termo para que comece a produzir efeitos. O ato pendente é um ato perfeito que ainda não produz efei-tos, por não ter verificado o termo ou a con-dição a que está sujeito. (Bandeira de Mello)

2.13 EOs atos administrativos podem ser perfeitos

ou imperfeitos, configurando-se os primeiros quando encerrado seu ciclo de formação, e os últimos, quando ainda em curso o processo constitutivo. (Carvalho Filho)

2.14 C● Enquanto a anulação pode ser feita pelo Judiciário e pela administração, a revogação é privativa desta última porque os seus funda-mentos – oportunidade e conveniência – são vedados à apreciação do Poder Judiciário.● Miguel Reale ensina que só quem pratica o ato, ou quem tenha poderes, implícitos ou explícitos, para dele conhecer de ofício ou por via de recurso, tem competência legal para

revogá-lo por motivos de oportunidade ou conveniência, competência essa intransferível, a não ser por força da lei, e insuscetível de ser contrasteada em seu exercício por outra auto-ridade administrativa. (Di Pietro)

● *STF* Súmula 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

2.15 C● Identificado o desvio de poder, em um ato vinculado ou discricionário, tem-se o compro-metimento de sua licitude. (Raquel Carvalho, Curso de Direito Administrativo, Juspodivm)● Lei 4.898/65. Art. 6º. O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa, civil e penal.

2.16 BLei 9.784/99. Art. 50. § 1º. A motivação deve

ser explícita, clara e congruente, podendo con-sistir em declaração de concordância com fun-damentos de anteriores pareceres, informa-ções, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

2.17 C*STJ* “O ato disciplinar é vinculado, dei-

xando a lei pequenas margens de discriciona-riedade à Administração, que não pode demi-tir ou aplicar quaisquer penalidades contrárias à lei, ou em desconformidade com suas dispo-sições”. MS 11955.

2.18 C*STJ* “Invalidade do ato que não se decreta

se apenas um dos motivos determinantes não se adequa à realidade fática”. RMS 17898.

2.19 EPara Bandeira de Mello, os motivos que

determinam a vontade do agente integram a validade do ato. Sempre que se embasar na ocorrência de um dado motivo, a validade do ato dependerá da existência do motivo que houver sido enunciado.

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2.20 E

“Não obstante isso, tem-se entendido que terceiros de boa-fé são resguardados dos efei-tos retroativos da invalidação.” (Dirley Cunha, Curso de Direito Administrativo, Juspodivm)

2.21 D

(a) *STF* “I. Repercussões da natureza jurídico-administrativa do parecer jurídico: (i) quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii) quando a consulta é obrigatória, a autoridade adminis-trativa se vincula a emitir o ato tal como sub-metido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; (iii) quan-do a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídica deixa de ser meramente opi-nativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir. II. No caso de que cuidam os autos, o parecer emitido pelo impetrante não tinha caráter vinculante. Sua aprovação pelo superior hierárquico não desvirtua sua natureza opinativa, nem o torna parte de ato administrativo posterior do qual possa even-tualmente decorrer dano ao erário, mas ape-nas incorpora sua fundamentação ao ato. III. Controle externo: É lícito concluir que é abusi-va a responsabilização do parecerista à luz de uma alargada relação de causalidade entre seu parecer e o ato administrativo do qual tenha resultado dano ao erário. Salvo demonstração de culpa ou erro grosseiro, submetida às ins-tâncias administrativo-disciplinares ou jurisdi-cionais próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu pa-recer de natureza meramente opinativa”. (MS 24631)

(b) “A revogação incide apenas sobre os atos válidos, atos que, a despeito disso, são retira-dos do universo jurídico pela vontade da admi-nistração. A hipótese de conter o ato vícios de legalidade (constituindo-se em atos inválidos)

leva não à revogação, mas à invalidação, ou anulação”. (Banca Cespe)

(c) “Como regra geral, o ato administrativo deve ser escrito, mas se admite, em situações excepcionais, que a vontade da administração possa manifestar-se através de outros meios, como é o caso de gestos, palavras ou sinais. Até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação da vontade, quando a lei assim o prevê. Normalmente ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio da adminis-tração significa concordância ou discordância”. (Banca Cespe)

(d) “Se o ato praticado por autoridade in-competente é discricionário e, portanto, ad-mite apreciação subjetiva quanto aos aspectos de mérito, não pode a autoridade competente ser obrigada a convalidá-lo, porque não é obri-gada a aceitar a mesma avaliação subjetiva fei-ta pela autoridade incompetente. Nesse caso, ela poderá convalidar ou não, dependendo de sua própria apreciação discricionária”. (Banca Cespe)

(e) “A teoria dos motivos determinan-tes baseia-se no princípio de que o motivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação da vontade. Como os motivos é que determinam e justificam a re-alização do ato, deve haver perfeita corres-pondência entre eles e a realidade. Assim, mesmo que um ato administrativo seja dis-cricionário, não exigindo, portanto, expressa motivação, esta, se existir, passa a vincular o agente aos termos em que foi mencionada”. (Banca Cespe)

2.22 C

● *STF* Súmula 346. A administração públi-ca pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

● *STF* Súmula 473. A Administração pode anular seus próprios atos eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se origi-nam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

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2.23 C

“Para ser considerada válida, a forma do ato deve compatibilizar-se com o que expres-samente dispõe a lei ou ato equivalente com força jurídica”. (José S. Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo)

2.24 E

O exercício da jurisdição é uma das funções do Estado e, em regra, é realizada median-te provocação, como garantia da inércia da função judicante. São raras as hipóteses nas quais, por razão de ordem pública ou igualitá-ria, exige-se a atuação de ofício do Judiciário: abertura do processo de inventário; exibição de testamento; suscitação de conflito de com-petência; suscitação do incidente de uniformi-zação de jurisprudência; arrecadação de bens de ausente. (cf. Misael Montenegro, Curso de direito processual civil)

2.25 C

A validade do ato administrativo não pode ser apreciada de ofício pelo Judiciário. Sua nu-lidade só pode ser decretada a pedido do inte-ressado. Este é um dos efeitos decorrentes da presunção da veracidade. (cf. Di Pietro, Direito Administrativo)

2.26 C

Lei 9.784/99. Art. 53. A administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade, e pode revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, res-peitados os direitos adquiridos.

2.27 C

Lei 9.784/99. Art. 54. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por mo-tivo de conveniência e oportunidade, respeita-dos os direitos adquiridos.

2.28 A

A autoexecutoriedade consiste na possi-bilidade de imediata e direta execução pela própria Administração, sem a necessidade de prévia manifestação do Judiciário. (cf. Di Pie-tro, Direito Administrativo)

2.29 EA conversão material é instituto diverso da

convalidação. Nesta, o próprio ato viciado é sanado para sua perpetuação no mundo jurí-dico; na conversão, o ato viciado é convertido em outro, desprovido dos vícios que antes o maculavam, para fins de manutenção dos efei-tos anteriormente produzidos.

2.30 E“Em sentido contrário, Marçal Justem Fi-

lho [...] afirma: ‘Quando exercita uma função estatal, o agente promove a concretização do ordenamento jurídico em seu conjunto. Logo, existem inúmeras finalidades a serem realizadas. É indispensável identificar essas finalidades contempladas de modo teórico no ordenamento jurídico. Depois, cabe produzir uma conjugação entre as diversas finalidades, tomando em vista o princípio da proporciona-lidade. É dever do administrador público expor à vista da comunidade a concepção que ado-ta como finalidade dos atos administrativos que pratica. Por mais chocante que pareça, a maior margem de autonomia do agente esta-tal, quando exercita a atividade administrativa, reside na sua concepção quanto às finalidades dos atos administrativos. Essa autonomia é ocultada debaixo da invocação de realização do Bem Comum, que usualmente não é acom-panhada da explicação do significado especí-fico da expressão no caso concreto’.” (Raquel Carvalho, Curso de Direito Administrativo, Juspodivm)

2.31 E“Há atos que são exigíveis, mas não são exe-

cutáveis diretamente pela própria Administra-ção.” (Dirley Cunha, Curso de Direito Adminis-trativo, Juspodivm)

2.32 C“Segundo a doutrina, integra o conceito

de forma a motivação do ato administrativo, que consiste na exposição dos fundamen-tos que ensejaram a prática do ato. Ou seja, a motivação é a exposição formal do motivo do ato, integrando, portanto, a forma do ato.” (Dirley Cunha, Curso de Direito Administrativo, Juspodivm)

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