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0 Uni-ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA CULTIVO DO MARACUJÁ AMARELO IRRIGADO FÁBIA RODRIGUES CORREIA GOIÂNIA Março/2014

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Uni-ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS

CURSO DE AGRONOMIA

CULTIVO DO MARACUJÁ AMARELO IRRIGADO

FÁBIA RODRIGUES CORREIA

GOIÂNIA

Março/2014

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FÁBIA RODRIGUES CORREIA

CULTIVO DO MARACUJÁ AMARELO IRRIGADO

GOIÂNIA

Março/2014

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Prof. Dra. Marciana Cristina da Silva, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Agronomia.

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Dedico

A meus pais Walter e Maria Leonice e a meus filhos Maria Eduarda e Gabriel pelo incentivo, carinho e confiança depositada em mim durante essa caminhada, que acreditaram em meu potencial, possibilitando a realização desse sonho.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida, saúde e paz, por sua presença em todos os momentos de minha existência.

A minha família, por sempre mim apoiar em todas as minhas decisões, e em todos os

momentos que precisei.

A Elena Maria Borges (in memoria), Fábio Jr., Eurislene, Cleber e Eulicio Barbosa pelo

convívio, amizade e companheirismo.

A professora Marciana Cristina da Silva, pela orientação que tornou possível a realização

desse trabalho.

A professora Luciana Domingues Bittercourt e Bruna Carla Fagundes minha banca

examinadora.

A todos os professores da Uni-Anhanguera que contribuiram para a realização desse trabalho.

Ofereço

A todos que acreditaram em mim.

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Concedei-nos Senhor, serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguirmos umas das outras.”

Reihold Niebuhr

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Sistema de irrigação por aspersão convencional.....................................................14 Figura 2 – Irrigação por microaspersão na cultura do maracujá. .............................................16 Figura 3 – Gotejadores distribuídos próximo à linha de plantas do maracujazeiro. ................17 Figura 4 – Irrigação por sulcos na cultura do Maracujá. ..........................................................19

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Produção brasileira de maracujá em 2012. .............................................................11 Tabela 2 – Relação entre lâmina total de água e produtividade do maracujazeiro amarelo

irrigado por gotejamento....................................................................................................18

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................7

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................9

2.1 A CULTURA DO MARACUJÁ AMARELO ...................................................................................9 2.2 CLIMA .................................................................................................................................11 2.3 SOLO....................................................................................................................................12 2.4 MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO ....................................................................................................13 2.4.1 Irrigação por aspersão......................................................................................................14 2.4.2 Irrigação localizada..........................................................................................................15 2.4.2.1 Microaspersão...............................................................................................................16 2.4.2.2 Gotejamento .................................................................................................................17 2.4.3 Irrigação por superficie....................................................................................................18

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................20

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................21

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RESUMO

A utilização da prática da irrigação no maracujazeiro requer estudos das propriedades do solo,

da área de atuação e profundidade efetiva alcançada pelo sistema radicular no solo, condições

de clima da região e conhecimento das respostas fisiológicas promovidas por todos esses

fatores. O objetivo deste trabalho é apresentar as características e resposta da cultura do

maracujá amarelo sob diferentes métodos de irrigação. Dentro as técnicas inerentes a

produção do maracujá, a irrigação tem a função de manter o teor de água adequado no solo,

proporcionando maiores produtividades, melhor qualidade de frutos, melhores preços de

mercado e prolongamento de safra. O teor de umidade no solo é um dos fatores que mais

influencia o florescimento da cultura, a falta de umidade no solo provoca a queda de folhas e

frutos do maracujazeiro, principalmente no início do seu desenvolvimento. Quando os frutos

permanecem na planta numa situação de deficiência hídrica, podem crescer em enrugamento e

isso prejudica a qualidade da produção. A escolha do tipo de irrigação também é um fator a

ser considerado, e que dependerá da necessidade hídrica, do tamanho do pomar e do

investimento a ser feito, apesar de que o método que tem sido mais utilizado para irrigar

pomares de maracujá tem sido a irrigação localizada, representada pelos sistemas de

gotejamento e microaspersão, por promover uma maior área molhada delimitada a região das

raízes do que os outros métodos.

Palavras-chave: Irrigação; sistema de irrigação; Passiflora edulis f. flavicarpa

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1 INTRODUÇÃO

O maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa), é a principal espécie da família

Passifloraceae, de maior interesse comercial. É uma fruteira tropical cultivada de norte a sul do

Brasil, envolvendo regiões tropicais e subtropicais com condições que favorecem seu bom

desenvolvimento. O Brasil é o maior produtor mundial de frutas tropicais, com produção de

maracujá correspondente a 776.097 toneladas e produtividade média de 13,42 t/ha no ano de

2012, totalizando um total de 57.848 ha de área colhida (IBGE, 2012).

O maracujá-amarelo é o mais conhecido, amplamente comercializado de norte a sul do

país, sendo a época de maior oferta e menores preços de fevereiro a abril, quando se dá o pico da

safra em todo o país. Sua utilização na forma de suco é muito apreciada, representando pelo

menos 90% do mercado (SOUZA; MELETTI, 1997). Um dos problemas da cultura no país é a

falta de padronização das frutas quanto ao aspecto, sabor, coloração, uniformidade de tamanho e

formato (LIMA, 1994; PIZZOL et al., 2000).

A insegurança relacionada à cultura do maracujazeiro está associada à grande variação de

preços e de oferta de produto no comércio internacional, além do fato de ser uma cultura

temporária, com a duração de dois a três anos de colheitas de frutos. Existe ainda a ocorrência de

doenças nos locais de produção de clima tropical, que aumentam os custos de produção, podendo

diminuir o rendimento por hectare ou mesmo restringir a produção. Na região produtora, a falta

de uma política de preços mínimos, garantia da compra da produção por parte da indústria ou a

falta de processamento contínuo durante muitos anos são outros fatores que limitam a produção,

processamento e a comercialização mundial do suco de maracujá (MELETTI; BRUCKNER,

2001; BRUCKNER; PICANÇO, 2001).

Alguns autores como Ruggiero et al. (1996), Martins (1998) e Souza (2000), relatam que

o uso da irrigação no maracujazeiro promove o aumento da produtividade, permite a obtenção de

produção de forma contínua e uniforme, com frutos de boa qualidade. Entretanto, ainda há

necessidades hídricas dessa cultura, de forma a possibilitar uma programação racional das

irrigações. Como bem destacam os autores, há necessidades de pesquisas para melhor definir as

tecnologias de irrigação, adubação e manejo da cultura, capazes de proporcionar o aumento da

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produtividade e qualidade dos frutos. O teor de água no solo é um dos fatores que mais

influenciam o florescimento da cultura do maracujá.

A falta de umidade no solo provoca a queda das folhas e dos frutos, principalmente no

início de seu desenvolvimento. Se chegarem a se formar, os frutos podem crescer com

enrugamento, prejudicando a qualidade da produção. Menzel et al. (1986) afirmam que a

escassez de água no solo também afeta a hidratação dos tecidos da planta e sob condições de

estresse hídrico formam-se ramos menores, com menor número e comprimento de internos,

refletindo consequentemente no número de botões florais e flores abertas. Proporcionalmente, o

estresse hídrico prejudica mais o desenvolvimento de brotos florais do que a perda de flores ou

frutos por queda prematura. Entretanto ainda há necessidade de informações sobre as

necessidades hídricas dessa cultura (MENZEL et al., 1986).

A cultura do maracujá pode ser irrigada com qualquer um dos métodos atualmente

disponíveis, quer sejam: irrigação por superfície, irrigação por aspersão e irrigação localizada

(gotejamento e microaspersão). O sistema de irrigação por gotejamento vem tendo ampla

aceitação entre os produtores de maracujá, pois proporciona condições de umidade e aeração do

solo que favorecem o pleno desenvolvimento das plantas e produção da cultura.

Portanto, esta revisão tem como objetivo apresentar as características e respostas da

cultura do maracujá amarelo e diferentes métodos de irrigação.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A cultura do maracujá amarelo

O gênero Passiflora possui cerca de 530 espécies tropicais e subtropicais, das quais 150

são originais do Brasil, 50 a 60 produzem frutos com valor comercial. Entretanto poucas espécies

foram introduzidas em regiões tropicais e subtropicais tornando-se base para as indústrias local

(MARTIN; NAKASONE, 1970; SCHULTZ, 1968; MEDINA et al., 1980). O maracujá amarelo

é o mais conhecido, amplamente, comercializado de norte a sul do país (SOUZA; MELETTI,

1997).

A planta do maracujazeiro apresenta-se como herbácea ou lenhosa, perene, trepadeira, de

crescimento rápido e contínuo. Seus ramos podem atingir de 5 m a 10 m de comprimento. O

caule na base é lenhoso e bastante lignificado, diminuindo o teor de lignina à medida que se

aproxima o ápice da planta, podendo apresentar-se como ervas e arbustos de hastes cilíndricas ou

quadrangulares, angulosa, suberificadas, glabras ou pilosas dependendo da espécie botânica, no

geral apresenta se como sendo semiflexível. A partir do caule surgem as gavinhas, folhas, gemas

e brácteas (TEIXEIRA, 1994; SILVA; SÃO JOSÉ, 1994).

O sistema radicular apresenta uma raiz central pivotante ou axial mais grossa que as

demais. O volume da maioria das raízes finas concentra-se num raio de 0,50 m do tronco da

planta e na profundidade de 0,30 m e 0,45 m de profundidade no solo (MANICA, 1981; SILVA;

SÃO JOSÉ, 1994; SOUZA; MELETTI, 1997). De acordo com Kliemamn et al.,(1986), o sistema

radicular do maracujazeiro apresenta 3 fases de crescimento. Do plantio até os 210 dias, o

crescimento é lento, com reduzida produção de matéria seca. Dos 210 aos 300 dias, há uma

rápida expansão das raízes e, a partir dos 300 dias, o crescimento praticamente se estabiliza.

As folhas são simples, alternadas, comumente ovadas, elípticas, lobadas ou digitadas. Na

sua base as folhas apresentam brácteas foliáceas bem desenvolvidas e gavinhas que sustentam a

planta (SILVA; SÃO JOSÉ, 1994; RUGGIERO et al., 1996).

As flores do maracujazeiro são hermafroditas, os estames aparecem em número de cinco,

presos a um androginóforo colunar, bem desenvolvido. As anteras são grandes e mostra o grande

número de grãos de pólen de coloração amarelada e pesados, o que dificulta a polinização pelo

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vento. A parte feminina representada por três estigmas, que variam com relação a sua curvatura,

determina a ocorrência de diferentes tipos de flores, com reflexos diferentes na polinização. As

flores abrem-se uma única vez por volta das 12h permanecendo assim até o início da noite,

devendo ser polinizada neste período, ou não haverá formação de frutos (MANICA, 1981;

RUGGIERO et al., 1996).

A polinização é realizada por abelhas mamangavas (Xylocopa sp.) ou por meio da

polinização artificial, quando a presença de insetos polinizadores é reduzida. Os frutos são

produzidos em ramos do ano, são tipo baga, com tamanho e forma variados, de acordo com os

diferentes estádios de maturação, idade da cultura, condições edafoclimáticas e sistema de

manejo (FIGUEREDO et al., 1988).

Dentre o gênero Passiflora, o maracujá amarelo é a espécie de maior interesse comercial,

a mais cultivada (95% da área) no Brasil, a mais vigorosa e mais adaptada aos dias quentes.

Planta com caule circular apresenta polinização cruzada, predominantemente responsável por

frutificação (tamanho do fruto e % de suco). O fruto completa o seu desenvolvimento em 18 dias

e amadurece em 80 dias (pós abertura da flor); tem formato ovóide (alguns oblongos) e peso

variando de 70 a 130g. O fruto maduro possui casca fina, cor amarelo-canário, polpa ácida, suco

amarelo a amarelo-alaranjado. A planta tem produção entre 12-15 t.ha-1, mas tem potencial para

produções de 30-45t ha-¹. O fruto tem aproximadamente 30% de rendimento em suco (MELETTI;

BRÜCKNER, 2001).

O maracujazeiro adapta-se melhor em regiões com temperaturas médias mensais entre 21º

C e 32º C, precipitação anual entre 800 mm e 1.750 mm, baixa umidade relativa, período de

brilho solar em torno de 11horas e ventos moderados (MELETTI, 1996; RUGGIERO et al., 1996

apud SOUSA et al., 2003). A cultura não tolera geada, ventos fortes, frio e longos período de

temperatura baixas de 16º C. No período de florescimento e de frutificação, há necessidade de

calor, dias longos e umidade no solo. As baixas temperatura e dias curtos interrompem a

produção, as chuvas intensas e freqüentes reduzem a polinização e as secas prolongadas

provocam a queda dos frutos, fazendo-se necessário o uso de irrigação (SOUZA, 1997; MANICA

1981; RIZZI et al., 1998).

A cultura do maracujazeiro amarelo possui um comportamento bastante instável, ora com

plantios maiores, ora menores em determinada região, geralmente em função do mercado.

Problemas fitossanitários, disponibilidade de mão-de-obra, problemas relacionados às condições

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climáticas, polinização natural insuficiente, ou pouco conhecimento do uso da água de irrigação

são os principais fatores que impedem um crescimento mais amplo e estável da cultura

(MELETTI, 2011).

As perspectivas de comercialização dos frutos do maracujazeiro-amarelo para o segmento

indústria ou para consumo in natura são promissoras por se tratar de um produto com demanda

crescente (RUGGIERO, 2000).

O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá e no ano de 2012 a produção brasileira

atingiu mais de 776 mil toneladas (IBGE,2012). A tabela 1 demonstra o maior estado produtor de

maracujá, a produção goiana, e a produção nacional (total).

Tabela 1 – Produção e rendimento do maracujá no em 2012.

ESTADO ÁREA COLHIDA (ha) PRODUÇÃO (t) RENDIMENTO (t/ha)

BAHIA 29.938 320.945 10,72

GOIÁS 872 15.291 17,54

TOTAL 57.848 776.097 13,42

Fonte: adaptado de IBGE- Produção Agrícola Municipal (2012).

2.2 Condições climáticas para a cultura do maracujá

O Brasil, como centro de diversidade do maracujazeiro, apresenta condições excelentes

para o seu cultivo. A planta desenvolve-se bem em regiões tropicais e subtropicais, onde o clima

é quente e úmido. Dos elementos do clima, a temperatura, umidade relativa, luminosidade e

precipitação exercem importante influência sobre a longevidade e rendimento das plantas, bem

como, favorecem a incidência de pragas e doenças (BORGES; LIMA, 2009).

A temperatura está relacionada com os processos biológicos do maracujazeiro, Assim, o

florescimento, a fecundação, frutificação, maturação e a qualidade dos frutos dependem de

temperaturas elevadas, temperaturas baixas retardam o crescimento vegetativo da planta e

absorção de nutrientes e a produção (MANICA, 1981).

O maracujazeiro amarelo é geralmente, mais adaptado às regiões de clima quente, com

temperaturas mensais entre 21ºC e 32ºC, precipitação pluvial anual entre 800 mm e 1750 mm,

baixa umidade relativa, fotoperíodo em torno de 11 horas e ventos moderados. As regiões semi-

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áridas brasileiras, com fotoperíodo acima de 11 horas diárias de luz, associadas à alta temperatura

e elevada luminosidade durante todo o ano, permitem florescimento e produção contínuos do

maracujazeiro durante todos os meses do ano, desde que haja suprimento de água adequado

(RUGGIERO et al., 1996).

2.3 Condições endaficas para a cultura do maracujá

O maracujá requer solos areno-argilosos, profundo, férteis, levemente ácidos (pH entre 5

e 6,6), com boa drenagem e preferencialmente ricos em matéria orgânica, também se adapta a

solos sílico-argilo-humosos. Quimicamente, o solo deve ter uma adequada saturação de bases

evitando o excesso de alumínio trocável. Sua acidez excessiva pode ser corrigida por meio da

calagem, e a baixa fertilidade, com fertilizantes (MALAVOLTA, 1994).

Recomenda-se, para o bom desenvolvimento do maracujazeiro, que os solos não

apresentem camadas impermeáveis, pedregosas ou endurecidas, nem lençol freático a menos de

dois metros de profundidade nesse caso, para evitar o aparecimento de fusariose (LIMA;

BORGES, 2002).

A utilização adequada da água em cultivos irrigados tem condicionado aos produtores a

garantia da produção; todavia, a maximização dos recursos naturais e o aumento da produtividade

não se dão apenas com o fornecimento de água às culturas. A elevação dos níveis de fertilidade

do meio exerce também destacada importância para o desenvolvimento e produção das plantas do

maracujazeiro (SOUSA et al., 2002).

A adubação orgânica é uma prática importante, pois exerce efeitos benéficos sobre as

propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. As quantidades a serem aplicadas nas covas

de plantio, principalmente em solos arenosos e de baixa fertilidade, variam de acordo com o tipo

de adubo orgânico empregado (BORGES et al., 2002).

O sucesso da adubação depende tanto da quantidade adequada, quanto da época e da

localização dos fertilizantes. Além disso, a aplicação dos adubos deve ocorrer em períodos com

teor adequado de água no solo. Em áreas irrigadas recomenda-se realizar a irrigação após a

adubação (EMBRAPA, 2013).

A disponibilidade adequada de oxigênio é de fundamental importância para o bom

desenvolvimento do sistema radicular do maracujazeiro. Ocorrendo falta de oxigênio, as raízes

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perdem a rigidez e podem apodrecer rapidamente. A má aeração pode ser provocada pela

compactação ou encharcamento (LIMA; BORGES, 2002).

Segundo Carvalho et al. (2000), a produtividade máxima de frutos, 41,3 t/ha, só é obtida

quando se aplica 290 g planta/ano de nitrogênio (N), sob uma lâmina de irrigação de 75% da

evapotranspiração, o que corresponde a uma lâmina total de água (irrigação mais precipitação

efetiva) de 1.293 mm.

2.4 Métodos de irrigação

Como nas demais culturas, a irrigação para o maracujazeiro promove o seu

desenvolvimento, incrementa a produtividade e mantém o pomar produzindo uniformemente, em

maior tempo, com frutos de boa qualidade. No entanto, por ser bastante sensível ao déficit

hídrico, o maracujazeiro necessita de grande quantidade de água para o seu desenvolvimento e

produção potencial (MENZEL et al., 1986).

O fornecimento frequente de água permite a floração e frutificação do maracujazeiro, no

entanto, para a obtenção de boas produtividades com qualidade de frutos, a água deve ser

aplicada em quantidade adequada. Carvalho et al. (2000) constataram que irrigações com lâminas

de água superior a 75% da evaporação, resultaram na diminuição da massa média dos frutos e do

rendimento do maracujazeiro amarelo.

Vasconcelos (1994) destaca que o maracujazeiro responde bem a irrigação e que o teor de

água no solo é um dos fatores que mais afeta o florescimento da cultura. O efeito da umidade do

solo para o maracujazeiro relaciona-se com a absorção de nutrientes. O estresse hídrico reduz o

acúmulo de nutrientes na parte aérea (MALAVOLTA, 1994). Com efeito, da redução do teor de

água no solo, o maracujazeiro produz ramos menores, com menor número de nós e comprimento

de internos, refletindo consequentemente no número de botões florais e flores abertas (MENZEL

et al., 1986a).

Independente do método ou sistema de irrigação utilizado, cuidados devem ser tomados

para não permitir que as plantas sejam submetidas a estresse hídrico e nem a excesso de umidade.

A umidade do solo deve ser mantida próximo da capacidade de campo (RUGGIERO et al. 1996).

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2.4.1 Irrigação por aspersão

A irrigação por aspersão conforme a figura 1 utiliza aspersores ou difusores que lançam

jatos de água pressurizados na atmosfera que se fragmenta em gotas, simulando uma chuva sobre

a superfície do solo cultivado. A taxa de aplicação da água é controlada pelo sistema de aplicação

é determinada pelas horas de operação (BERNARDO; SOARES; MANTOVANI, 2009).

Figura 1 – Sistema de irrigação por aspersão convencional.

Fonte: FRIZZONE (1993).

A pressão necessária para distribuir a água e operar os aspersores é geralmente fornecida

por bombas hidráulicas. Mas em alguns locais, a pressão pode ser provida por gravidade, desde

que a elevação à área a ser irrigada (FOLEGATI et al., 1992).

A irrigação por aspersão é classificada de sub-copa, quando a água é aplicada por baixo

do dossel das plantas e de sobre-copa, quando a água é aplicada por cima das folhas.

A distribuição dos aspersores no campo pode ter configuração retangular ou quadrada.

Nos sistemas portáteis e semi-portáteis, quando a configuração for retangular, deve-se utilizar o

maior espaçamento entre linhas laterais e o menor espaçamento entre os aspersores na linha

(FRIZZONE, 1993).

O uso de irrigação por aspersão no maracujazeiro requer maior atenção durante o período

de abertura das flores e polinização. As flores se abrem após às 12 horas, com máxima abertura

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às 13 horas, durante esse período ocorre a polinização, após a polinização os estigmas devem

permanecer secos pelo menos por duas horas (VIEIRA; TELLES, 2001). Assim, recomenda-se

que as irrigações sejam feitas no período da manhã, no fim da tarde ou à noite. O objetivo é evitar

que a água, ao entrar em contato com os grãos de pólen, promova o estouro dos grãos, reduzindo

a possibilidade de fecundação.

2.4.2 Irrigação localizada

A irrigação localizada destaca-se na fruticultura nacional como um dos sistemas de maior

sintonia com política nacional de recursos hídricos, pois utiliza água com maior eficiência,

permitindo um melhor controle da lâmina aplicada. Sua economia caracteriza-se pela

significativa redução das perdas por evaporação, percolação e escoamento superficial

(AZEVEDO, 1986).

A irrigação localizada caracteriza-se pela aplicação de água diretamente sobre a zona

radicular das plantas, em alta frequência e baixa intensidade, permitindo que o solo em torno do

sistema radicular das plantas permaneça constantemente com umidade elevada. A forma de

aplicação de água por estes sistemas faz com que, ao penetrar no solo, a água se distribua

formando um bulbo molhado, cuja forma e tamanho dependem da vazão aplicada, do tipo de

emissor, da duração da irrigação e do tipo de solo (FRIZZONE, 2012).

Estes sistemas são projetados para fazer o molhamento de uma área mínima do solo

aproximadamente igual à projeção da copa das plantas. Portanto, as perdas de água por

evaporação direta são bem reduzidas, uma vez que a área de solo molhado que fica exposta à

radiação solar e ao vento também é reduzida.

A irrigação localizada diz respeito a sistema de irrigação (microaspersão e gotejamento)

que aplicam água na região de maior concentração das raízes, proporcionando economia de água

e de energia.

Estudos mostram que o método mais frequentemente usado para irrigar os pomares de

maracujá tem sido a irrigação localizada (gotejamento e microaspersão). A microaspersão

promove maior área molhada de solo, em comparação com o gotejamento, permitindo assim,

maior expansão do sistema radicular. Já no gotejamento não ocorre formação de microclima

úmido para a cultura, o que poderia facilitar a incidência de doenças (OLIVEIRA et al., 2002).

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2.4.2.1 Microaspersão

A microaspersão conforme a figura 2 é o sistema no qual á água é aspergida sobre a

superfície do solo com baixa intensidade de aplicação e alta frequência. A água é aplicada através

do ar por meio de microaspersores, que podem ser fixados ao solo ou ficar suspensos em arames

operando de forma invertida, como na irrigação em parreiras ou viveiros (CONCEIÇÃO, 2003).

As linhas de microaspersão são geralmente colocadas no centro de duas fileiras, com um

microaspersor fornecendo água para as duas plantas. A vazão dos seus emissores é maior do que

a dos gotejadores, sendo muito utilizada para irrigação de culturas perenes (BERNARDO;

SOARES; MANTOVANI, 2009).

O sistema microaspersão é caracterizado por apresentar pressão operacional menor que

207 kPa (20,7 mca), vazão de 20 a 100 l.h-1 e diâmetro de alcance dos emissores variando de

1,50 a 10,00 m (BOMAN, 1989).

Os microaspersores são menos sensíveis ao entupimento, quando comparados aos

gotejadores, e se adaptam muito bem à irrigação principalmente na fruticultura (BERNARDO;

SOARES; MANTOVANI, 2009).

Figura 2: Irrigação por microaspersão na cultura do maracujá.

Fonte: SOUSA et al., (2003).

Na irrigação por microaspersão, a água é aspergida pelos emissores, em círculos, e a

distribuição lateral de água no solo é maior quando comparada ao gotejamento. Como

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consequência, a microaspersão atinge uma maior área radicular, sem desperdício de água como

ocorre no sistema de irrigação por aspersão convencional (FOLEGATTI, 1992).

2.4.2.2 Gotejamento

Dentre os meios e as técnicas adotadas para aumentar a eficiência do uso da água (EUA)

em agricultura irrigada, o emprego da irrigação por gotejamento com o fornecimento de água

com alta frequência e em baixo volume, tem-se mostrado adequado na elevação da EUA

(SRINIVAS et al., 1989).

O gotejamento consiste em um sistema de irrigação conforme a figura 3 no qual a água

chega à superfície do solo por meio de gotas que passam por emissores chamados gotejadores.

Figura 3 – Gotejadores distribuídos próximo à linha de plantas do maracujazeiro.

Fonte: SOUSA et al. (2003).

O sistema de irrigação, apesar de ser de alto custo inicial, é o método de maior eficiência

e de menor demanda de energia, além disso, vem tendo ampla aceitação entre os produtores de

maracujá, pois proporciona condições de umidade e aeração do solo que favorecem o pleno

desenvolvimento das plantas e produção da cultura. Pois proporciona a aplicação de água e

nutrientes na região de maior concentração das raízes, permite o controle da umidade, não molha

a parte aérea das plantas. Adicionalmente, o gotejamento tem a vantagem de não contribuir para

a formação de um microclima úmido transitório no interior da cultura, pois não molha a parte

aérea das plantas, reduzindo assim os riscos de incidência de doenças (OLIVEIRA et al., 2002).

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Na tabela 1 são apresentadas a relação de lâmina total e a produtividade do maracujazeiro.

Tabela 2 – Relação entre lâmina total de água e produtividade do maracujazeiro amarelo irrigado

por gotejamento.

Lâmina total(1) (mm) Produtividade (kg ha-¹)

826(1) 29.627

1.045 34.067

1.197 37.095

1.306 40.131

1.479 40.031

1.724 33.847

(1) A precipitação pluviométrica no período foi de 826 mm.

Fonte: adaptado de MARTINS et al. (1998).

Resultados obtidos por Martins et al. (1998) mostraram a relação entre a lâmina d’água

total aplicada (chuva+irrigação) e a produtividade da cultura do maracujazeiro irrigado por

gotejamento. Para os autores, a produtividade máxima econômica (39.051 kg ha-¹) foi obtida com

uma lâmina em torno de 1.300 mm. Os resultados evidenciaram ainda que o uso da irrigação

propiciou um aumento de 36% na produtividade da cultura.

Ollita (1984), em estudos sobre irrigação por gotejamento, verificou que esse sistema

permite um bom controle da irrigação e economia de água em várias culturas e em algumas

condições, tem propiciado produções superiores aos obtidos com o uso de outros métodos. A

irrigação por gotejamento oferece um grande potencial de benefícios no uso eficiente da água,

resposta das plantas e manejo de irrigação.

2.4.3 Irrigação por superfície

Os sistemas de irrigação por superfície, ou irrigação por gravidade, têm como principal

característica distribuir a água na área irrigada utilizando a superfície do solo para o escoamento

gravitacional, permitindo um escoamento contínuo, sem causar erosão (BERNARDO; SOARES;

MANTOVANI, 2009).

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Estes sistemas, apesar de pouco usados, são mais indicados para solos de textura fina a

média, com declividade relativamente pequena e uniforme, então essa condição pode ser

conseguida por sistematização do terreno ou por simples uniformização da superfície. Estes

sistemas, em geral, são os de menor custo por unidade de área (FRIZZONE, 2005).

Os sistemas de irrigação por superfície conforme a figura 4 podem ser muito eficientes em

consumo de energia, pois não há necessidade de energia para distribuir a água na parcela irrigada.

Alguma energia é necessária para a sistematização do terreno e para formação das parcelas de

irrigação (sulcos, faixas, tabuleiros) (FRIZZONE, 2005).

Figura 4 – Irrigação por sulcos na cultura do Maracujá.

Fonte: EMBRAPA (2013).

Solos com alta taxa de infiltração dificultam o uso de sistemas de irrigação por superfície

por aumentar as perdas de água por percolação, a menos que as parcelas irrigadas sejam muito

pequenas. Mas, quanto mais curtos forem os sulcos e as faixas, e menores os tabuleiros, mais

caros serão os sistemas, em decorrência do aumento da mão-de-obra necessária ao manejo da

irrigação, do maior número de canais necessários ao projeto, da maior perda de terreno com

canais e da maior dificuldade de mecanização (PEREIRA et al., 2010).

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo projeto de irrigação visa a maximização da produção e a boa qualidade do produto.

Em regiões áridas, onde a escassez de água é um fator determinante, a irrigação é uma tecnologia

que garante maior segurança à atividade agrícola, pois o produtor diminui a possibilidade de

perdas na produção devido à intempéries.

Para o sucesso do uso de irrigação no plantio de maracujá ou manutenção da produção e

da produtividade, vários aspectos devem ser considerados, como o manejo adequado do solo e da

cultura do maracujazeiro, qualidade do equipamento e manejo do sistema de irrigação no campo.

A escolha do tipo de irrigação também é um fator a ser considerado, e que dependerá da

necessidade hídrica, do tamanho do pomar e do investimento a ser feito, apesar de que o método

que tem sido mais utilizado para irrigar pomares de maracujá tem sido a irrigação localizada,

representada pelos sistemas de gotejamento e microaspersão, por promover uma maior área

molhada delimitada à região das raízes do que os outros métodos.

De forma geral, a irrigação tem contribuído para melhorar a rentabilidade da propriedade

agrícola, pois se utilizada adequadamente é responsável por acréscimos significativos na

produção e consequentemente na renda do produtor.

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