UNICAMP 1a Fase - Cursinho Objetivo - Curso Pré- · PDF fileORIENTAÇÃO GERAL: LEIA ATENTAMENTE. ... Desde sua invenção, ... onde não há patrulhas estéticas ou ideológicas

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    ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE. Tema:

    O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea:

    um conjunto de textos de natureza diversa queserve de subsdio para a sua redao. Sugerimos quevoc leia toda a coletnea para depois selecionar oselementos que julgar pertinentes elaborao da pro-posta escolhida. Um bom aproveitamento da coletneano significa referncia a todos os textos. Esperamos,isso sim, que os elementos selecionados sejam articu-lados com a sua experincia de leitura e reflexo. Sedesejar, voc pode valer-se tambm de elementos pre-sentes nos enunciados das questes da prova.ATENO: a coletnea nica e vlida para as trspropostas. Proposta:

    Escolha uma das trs propostas para a redao (dis-sertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha noalto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recor-te do tema da prova de redao (o Rdio), que deve sertrabalhado de acordo com as instrues especficas.

    ATENO Sua redao ser anulada se voc:a) fugir ao recorte do tema na proposta escolhida; b) desconsiderar a coletnea; c) no atender ao tipo de texto da proposta escolhida.

    APRESENTAO DA COLETNEA

    O rdio demonstra constantemente sua condio deveculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao con-trrio do que muitos podem pensar, quando o conside-ram um meio de difuso ultrapassado. Desde suainveno, na passagem para o sculo XX, poca emque era conhecido como telgrafo sem fio, o papelque exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem oadvento da televiso, nem o da Internet, determinou oseu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo insti-gante.

    Redao

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    COLETNEA

    A primeira transmisso de rdio realizada no Brasilocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimniade abertura do Centenrio da Independncia, naEsplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento.O pblico ouviu o pronunciamento do presidente daRepblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, deCarlos Gomes, transmitida diretamente do TeatroMunicipal, alm de conferncias e diversas atraes.Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensandoque se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros autilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas,como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam pro-gramas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdiotambm exerceu enorme influncia: a propaganda elei-toral, pronunciamentos do presidente e a Hora doBrasil faziam parte da programao e alcanavammilhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio daSegunda Guerra Mundial, o rdio se transformou emum importante veculo para difundir fatos dirios e not-cias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo oReprter Esso marco dessa poca. (Adaptado deRdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio,29 de agosto de 2004).

    Ligada poltica de integrao nacional do gover-no Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil,programa obrigatrio de notcias oficiais. O programaexiste at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nomede A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obriga-toriedade tem sido contestada por vrias emissoras ealgumas tm conseguido, por medidas judiciais, notransmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano,Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria,Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71).

    Ao Pequeno Aparelho de Rdio

    Voc, pequena caixa que trouxe comigoCuidando que suas vlvulas no quebrassemAo correr do barco ao trem, do trem ao abrigoPara ouvir o que meus inimigos falassem

    Junto a meu leito, para minha dor atrozNo fim da noite, de manh bem cedo,Lembrando as suas vitrias e o medo:Prometa jamais perder a voz!

    (1938-1941)

    (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo PauloCsar de Souza. Sao Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272).

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    Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muitodele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quemouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado otransistor, essa maravilha da tecnologia que em certosentido revitalizou a vida do rdio depois do advento dateleviso. Rdio a pilha ainda no existia. S os deimensas e custosas baterias ou ento os que erammovidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos aacumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, Ordio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC SoPaulo, 2001, p. 37).

    A Internet como meio de comunicao prev acoexistncia e complementaridade de diversas mdias.O rdio da Internet j nasce buscando em outrosmeios recursos que possam ser agregados mensa-gem radiofnica. Isso significa a possibilidade de cria-o de produtos radiofnicos numa seqncia particu-lar para cada ouvinte, inclusive com a opo de supri-mir trechos ou escolher entre dois enfoques de inte-resse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atuafortemente sobre o rdio e sobre uma de suas princi-pais caractersticas como meio de comunicao: a ins-tantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacida-de de agregar audincias de regies antes inacessveispossibilita a existncia e sobrevivncia de projetos vol-tados a determinados segmentos de pblico, quepodem ser pequenos localmente mas no globalmen-te.(Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdioque caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5).

    Rumo Oeste

    O rdio no carro canta pelas cidades.J sei onde est a melhor garapade Araras, o melhor algodo em Leme.Em Pirassununga o hbito do ngelusainda veste de santa qualquer tarde.O locutor e seu melhor emplastropara curar no peito aquela velha aflio.Todas as rdios abrem para o mundoo corao do largo e um recado de Ester:esta cano vai para W.J.que ainda no esqueci.

    O cu de todas as rdiosse estende para a capital:o que se danaem New York direto para So Simo.Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu.

    A velha teia das cidadesenleia agora as estrelas.ao som da stima badaladado corao da Matrizdesligue o rdio! e respirede passagem tudo o que fica:so ondas soltas no ar.

    (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80).

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    Para aqueles que pensam em mdia globalizada noBrasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades deinterior para perceber que a histria no bem assim.Existem lugares em que as pessoas ainda se comuni-cam com recados afixados em rvores da PraaCentral. No acredita? Pois o maior grupo de cutelariado Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seupblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferra-mentas e equipamentos, cuja distribuio pulveriza-da em milhares de pequenos pontos-de-venda e coo-perativas, atravs de programaes especiais.

    (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias deMarketing, n. 46, junho de 2000).

    Navegando pelo site www.radiolivre.org encontra-mos informaes sobre duas novas rdios:Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia.O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possi-bilitar a comunicao de uma forma aberta, sem con-trole ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espaoonde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Umlugar onde todos os discursos podem existir. umaforma diferente de ver o mundo e que tenta ser alter-nativa aos grandes meios de comunicao e s tenta-tivas de se construir um discurso contra-hegemnicobaseadas no pensamento nico e na representao.Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, aomesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 deagosto de 2004).Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada emgrande parte da rea central de Porto Alegre, na fre-qncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade.Informando, debatendo, confundindo e questionandopelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, ardio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo,mas com muita paixo e convico de que o acesso ainformaes diferenciadas realmente faz a diferena.(6 de junho de 2004).

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    As manifestaes da presena do rdio como ele-mento de construo da histria individual se do dediversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atra-vs de identificaes com tipos de programas em queesto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade.Da escuta radiofnica guardam-se recordaes queacabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradascom o passar dos anos. (Adaptado de Graziela SoaresBianchi, A participao do rdio nas construes esentidos do rural vivido e midiatizado, emwww.bocc.ubi.pt,15 de agosto de 2004).

    PROPOSTA A

    Trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recor-te temtico:

    A permanente reconfigurao do rdio, com suasmudanas na forma de transmisso e de recepo,mostra-nos a fora desse meio de informao, divulga-o, entretenimento e contato.Instrues: Discuta o rdio como meio de difuso e aproxi-

    mao; Argumente no sentido de demonstrar sua atuali-

    dade; Explore argumentos que destaquem as vrias for-

    mas de sua presena na sociedade.PROPOSTA B

    Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recortetemtico:

    Ouvir rdio uma prtica comum na sociedademoderna. O rdio um veculo que atinge o ouvinteem muitas situaes: o radinho na cozinha que acom-panha as refeies, o rdio no nibus, no campo defutebol, no carro, na lanchonete, o rdio-relgio noquarto de dormir, o walkman na caminhada, o rdio naInternet. O rdio o companheiro de toda hora.

    Instrues: