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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA LEONARDO HENRIQUE TOZZI DA SILVA VICTOR HENRIQUE DE MEDEIROS COSTA LEVANTAMENTO, DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO LOTE 129 E 130, LOCALIZADO EM MARINGÁ/PR Maringá PR 2019

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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

LEONARDO HENRIQUE TOZZI DA SILVA

VICTOR HENRIQUE DE MEDEIROS COSTA

LEVANTAMENTO, DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO – LOTE 129 E 130,

LOCALIZADO EM MARINGÁ/PR

Maringá – PR

2019

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LEONARDO HENRIQUE TOZZI DA SILVA

VICTOR HENRIQUE DE MEDEIROS COSTA

LEVANTAMENTO, DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO – LOTE 129 E 130,

LOCALIZADO EM MARINGÁ/PR

O presente, é um Trabalho de Conclusão de Curso de graduação apresentado ao Centro de Ciências Exatas Tecnológicas e Agrárias da UniCesumar – Centro Universitário de Maringá, como requisito parcial para a obtenção do nosso título de Engenheiro Agrônomo, sob a orientação da Prof. Aline Maria Orbolato Gonçalves Zuliani.

Maringa – PR

2019

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AGRADECIMENTOS – VICTOR

Gostaria de agradecer em primeiro lugar a Deus por me proporcionar

saúde, condições físicas, financeiras e proteção a cada dia, por estar comigo

sempre nos momentos mais difíceis me dando forças para seguir em frente e

ultrapassar quaisquer barreiras que pudessem aparecer no decorrer do meu

caminho.

Em segundo lugar, porém não menos importante, gostaria de agradecer

ao meu pai Osvaldo, à minha mãe Sandra, e à minha madrasta Sueli, que por

todo o tempo de curso tem me dado suporte, pelos incentivos, compreensão,

paciência e principalmente pelos puxões de orelha nos momentos necessários.

Quero agradecer também ao meu parceiro de trabalho, Leonardo

Henrique Tozzi, pela dedicação e todos os anos de amizade; aos meus familiares

mais distantes que sempre torceram, ajudaram e me apoiaram para que hoje eu

pudesse estar realizando meu sonho.

À nossa professora orientadora Aline Maria Orbolato Gonçalves Zuliani,

por todo o suporte e atenção dada não só nesse trabalho, como em todas as

matérias ministradas por ela, sempre se dedicando e dando o melhor de si para

que nós pudéssemos desenvolver por inteiro nosso potencial e chegar até aqui.

Agradeço aos agricultores César e Ricardo por serem mais do que amigos

e nos conceder a honra de realizar o trabalho na terra deles, por nos incentivar

e não impor quaisquer impecílios na realização do trabalho; e ainda, por estar a

todo o momento disponíveis e dispostos a nos ajudar a atingir o nosso objetivo.

Agradeço aos demais professores e coordenadores do curso que se

comprometeram a nos ensinar, nos capacitar, incentivar e agir com ética e moral,

para que sejamos melhores profissionais no mercado de trabalho.

E, aos meus colegas de curso, pela convivência, aprendizagem e por todo

o trabalho e esforço que tivemos nesses cinco anos, foi uma satisfação imensa

estar com todos vocês!

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AGRADECIMENTOS – LEONARDO

Primeiramente agradeço a Deus por me proporcionar saúde, força e

persistência para alcançar os meus objetivos, por me sustentar com a fé, me

ajudando a nunca desistir nas situações difíceis da vida, sempre levantando a

cabeça e seguindo em frente, para continuar lutando e ajudando o próximo.

Em especial quero agradecer aos meus pais, Edson Luiz da Silva e

Alessandra Carlos Tozzi, à minha irmã Layza Mayara Tozzi da Silva, à minha

namorada Rafaela Carvalho Alves. Agradeço também ao meu amigo e parceiro

de trabalho Victor Henrique Costa, que fez de tudo para a faculdade se tornar

um sonho possível, aos incentivos e à compreensão que teve comigo para que

eu persistisse nos estudos, tornando-me mais forte para superar as dificuldades

e a seguir em frente com os meus planos. Também quero agradecer aos meus

avós paternos e maternos, tios e tias, e a toda a minha família que sempre me

apoiou e torceu por mim.

Não posso deixar de agradecer à professora e orientadora deste trabalho,

Aline, que nos indicou o caminho certo a seguir, proporcionando a construção do

conhecimento, não medindo esforços, com muita calma, dedicação,

disponibilidade e experiência. Auxiliou-me de forma profissional e transparente,

além de ser uma pessoa amiga e carinhosa.

Agradeço aos nossos amigos agricultores Cesar Visioli e Ricardo Visioli,

que estiveram ao nosso lado em dias de trabalho e dedicaram seu tempo para

passar informações sobre a propriedade, sobre as atividades desenvolvidas,

além de se empenharem auxiliando na realização do nosso presente trabalho.

Agradeço ao corpo docente do curso de agronomia, que sem dúvidas

deram o melhor de si, transmitindo para nós o conhecimento, com o intuito de

nos tornar cidadãos capazes de atuar com sabedoria e com ética profissional.

Agradeço aos meus colegas de sala de aula por todos esses anos de

trabalho em equipe, ajudando e contribuindo mutuamente para a nossa

formação, cada um com ideias e planos diferentes, mas com um objetivo em

comum de buscar a realização profissional.

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo realizar o levantamento, diagnóstico e planejamento da Propriedade Rural denominada Lote 129 e 130, localizada na Estrada Hiller – Município de Maringá-PR, visando uma melhor gestão e eficiência nas atividades dos agricultores, isso tudo em consonância com as legislações sociais, econômicas e ambientais. Busca-se também demonstrar o conhecimento teórico e prático dos acadêmicos com a experiência obtida ao longo do curso de Graduação em Agronomia. A primeira parte do trabalho caracteriza-se pelo levantamento das informações pessoais dos proprietários e as características gerais da propriedade e do cultivo desenvolvido em torno das comodities, soja (glycine max) e milho (zea mays), além dos fatores ao seu redor que de algum modo podem influenciar o resultado da atividade fim, como por exemplo: as características da região em termo edafoclimático, aptidão e uso da área para as práticas agrícolas, infraestrutura, gestão da empresa, análise de custos, rotas de acesso, conservação de estradas e seus recursos naturais. A segunda parte foi dirigida ao diagnóstico minucioso das informações levantadas, onde pudemos apontar pontos positivos e negativos da propriedade, suas possíveis ameaças e melhorias. A terceira parte tem como propósito apresentar soluções aos pontos diagnosticados, utilizando-se de conceitos teóricos e práticos dos acadêmicos em conjunto com a vivência e experiencia do Produtor, visando à redução dos custos, a melhoria na produtividade e, consequentemente, resultados financeiros superiores para o produtor.

Palavras-chave: Agricultura. Custos. Propriedade.

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ABSTRACT

The present work aims to carry out the survey, diagnosis and planning of the Rural Property called Lot 129 and 130, located on the Hiller Road - Maringa, PR, aiming at a better management and efficiency in the farmers' activities, all in line with the social, economic and environmental legislation, as well as demonstrate the theoretical and practical knowledge of the Academics with the experience obtained during the undergraduate course in Agronomy. The first part of the work was characterized by the survey of personal information of the owners and general characteristics of the property. and its cultivation developed around the commodities: Soybean (Glycine max) and Corn (Zea mays), as well as the surrounding factors, which may somehow influence the outcome of the end activity, such as: characteristics of the region in term climate change, suitability and use of the area for agricultural practices, infrastructure, management of health, cost analysis, access routes, road conservation and their natural resources. The second part was focused on the detailed diagnosis of the information collected, where we could point out the property's positive and negative points, their possible threats and improvements. The third part aims to present solutions to the diagnosed points, using the theoretical and practical concepts of the academics together with the experience of the Producer, aiming at reducing costs, improving productivity and consequently, superior financial results for the producer.

Keywords: Agriculture; Costs; Property.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1:

Tabela 2:

Resultado da análise química do solo do Lote 129............................

Resultado da análise química do solo do Lote 130.............................

46

47

Tabela 3: Resultado da análise física (granulométrica) do solo do Lote 129 49

Tabela 4: Resultado da análise física (granulométrica) do solo do Lote 130 50

Tabela 5: Resultado da análise física (granulométrica) da trincheira do Lote

129 e 130...........................................................................................

50

Tabela 6: Análise física, química e bacteriológica da água do Lote 129 e

130.....................................................................................................

51

Tabela 7: Custo de produtos utilizados na safra da soja.................................... 65

Tabela 8: Custo de operações na safra da soja................................................. 65

Tabela 9: Custo de produtos utilizados na safra do milho.................................. 66

Tabela 10: Custo de operações na safra do milho............................................... 66

Tabela 11: Receita, custos e lucro da safra 2018/2019 com as culturas de soja

e milho...............................................................................................

67

Tabela 12: Relação de insumos necessários para produção de Soja.................. 83

Tabela 13: Relação de produtos químicos necessários para a produção de Soja 84

Tabela 14: Relação de insumos necessários para a produção de Trigo.............. 85

Tabela 15: Relação de produtos químicos necessários para a produção de

Trigo...................................................................................................

86

Tabela 16: Relação de insumos necessários para a produção do Milho Verão.... 87

Tabela 17: Relação de produtos químicos necessários para a produção do

Milho Verão........................................................................................

88

Tabela 18: Relação de insumos necessários para a produção do consórcio

Aveia Preta + Nabo Forrageiro...........................................................

89

Tabela 19: Relação de produtos químicos necessários para a produção do

consórcio Aveia Preta + Nabo Forrageiro..........................................

90

Tabela 20: Relação de insumos necessários para a produção da Aveia Preta.... 91

Tabela 21: Relação de produtos químicos necessários para a produção da

Aveia Preta........................................................................................

92

Tabela 22: Relação de insumos necessários para a produção de Milheto........... 93

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Tabela 23: Relação de produtos químicos necessários para a produção de

Milheto...............................................................................................

94

Tabela 24: Relação de insumos necessários para a produção de Brachiaria...... 95

Tabela 25: Relação de produtos químicos necessários para a produção de

Brachiaria...........................................................................................

96

Tabela 26: Relação de insumos necessários para a produção do consórcio

Milho + Brachiaria..............................................................................

98

Tabela 27: Relação de produtos químicos necessários para a produção do

consórcio Milho + Brachiaria..............................................................

99

Tabela 28: Relação dos custos calculados para as safras de verão em 12,1

hectares.............................................................................................

100

Tabela 29: Relação dos custos calculados para as safras de inverno em 12,1

hectares.............................................................................................

101

Tabela 30: Relação dos custos fixos do Lote 129 e 130....................................... 102

Tabela 31: Projeção de receita, custos e lucro para os próximos 5 anos.............. 102

Tabela 32: Relação dos materiais e custos necessários para implantação da

cisterna..............................................................................................

107

Tabela 33: Levantamento de materiais e custos para controle de roedores......... 108

Tabela 34: Levantamento de materiais e custos para reforma da tulha............... 109

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Relação dos veículos utilizados no Lote 129 e 130........................ 25

Quadro 2: Relação dos tratores utilizados no Lote 129 e 130........................ 27

Quadro 3: Relação das colheitadeiras utilizados no Lote 129 e 130............... 29

Quadro 4:

Quadro 5:

Relação das plantadeiras utilizados no Lote 129 e 130.................

Relação do pulverizador utilizado para aplicação de agrotóxicos

no Lote 129 e 130..........................................................................

29

30

Quadro 6: Relação dos implementos utilizados no Lote 129 e 130................. 31

Quadro 7: Relação de depreciação das benfeitorias..................................... 34

Quadro 8: Relação de depreciação dos veículos........................................... 34

Quadro 9: Relação de depreciação das colheitadeiras.................................. 35

Quadro 10: Relação de depreciação das plantadeiras..................................... 35

Quadro 11: Relação de depreciação do pulverizador....................................... 35

Quadro 12: Relação de depreciação dos implementos.................................... 35

Quadro 13: Relação de depreciação dos tratores............................................ 36

Quadro 14: Análise da compactação de solo do Lote 129 e 130...................... 42

Quadro 15: Levantamento de geadas ocorridas na região de Maringá-PR nos

últimos 19 anos.......................................................................

56

Quadro 16: Relação do custo da área total para a área analisada (48,4

hectares) na safra da soja.............................................................

66

Quadro 17: Relação do custo da área total para a área analisada (48,4

hectares) na safra de milho...........................................................

67

Quadro 18: Planejamento de rotação de cultura para os Lotes 129 e 130..... 81

Quadro 19: Dimensões e características da cisterna subterrânea.... 106

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Itinerário do satélite de acesso à propriedade, Lote 129 e 130 no

município de Maringá-PR...............................................................

19

Figura 2: Croqui da propriedade, Lote 129 e 130 no município de Maringá-

PR.................................................

19

Figura 3: Itinerário do Lote 129 e 130 até a sede e suas benfeitorias............. 23

Figura 4: Benfeitorias da propriedade............................................................ 24

Figura 5: Veículos da propriedade................................................................. 26

Figura 6: Tratores da propriedade................................................................. 28

Figura 7: Colheitadeiras da propriedade........................................................ 29

Figura 8: Plantadeiras da propriedade........................................................... 30

Figura 9: Pulverizador da propriedade............................................................ 30

Figura 10: Implementos da propriedade.................................................................... 32

Figura 11: Declividade do Lote 129 e 130, localizado em Maringá-PR............ 39

Figura 12: Pontos de coleta das amostras nos Lote 129 e 130, para fins de

verificação da compactação...........................................................

43

Figura 13: Gráfico com as médias da resistência à compactação da área....... 43

Figura 14: Alunos executando a prática de medição da compactação dos

Lotes 129 e 130..............................................................................

44

Figura 15: Aparelho utilizado nas medições – Falker PLG1020.......................... 44

Figura 16: Médias anuais de temperaturas em °C dos últimos 10 anos na

região de Maringá-PR....................................................................

54

Figura 17: Médias anuais de precipitação em milímetros dos últimos 10 anos

na região de Maringá-PR................................................................

55

Figura 18: Modelo de cisterna subterrânea...................................................... 106

Figura 19: Tulha sob pilares............................................................................ 109

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 16

2 LEVANTAMENTO............................................................................................ 17

2.1 Descrições do local........................................................................................ 18

2.2 Descrição dos produtores.............................................................................. 20

2.3 Satisfações dos proprietários com a agricultura............................................ 20

2.4 Recursos humanos........................................................................................ 20

2.5 Carreadores................................................................................................... 21

2.6 Assistência técnica......................................................................................... 21

2.7 Utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI’s).......................... 22

2.8 Benfeitorias.................................................................................................... 22

2.9 Maquinários.................................................................................................... 25

2.10 Implementos................................................................................................. 31

2.11 Custos indiretos............................................................................................ 33

2.11.1 Depreciação de máquinas, implementos e benfeitorias............................ 34

2.11.2 Manutenção de máquinas e implementos................................................. 36

2.12 Reserva legal e área de preservação permanente...................................... 36

2.13 Recursos hídricos......................................................................................... 37

2.14 Capacidade de uso da terra......................................................................... 38

2.15 Topografia.................................................................................................... 39

2.16 Atividades Agropecuárias............................................................................. 40

2.17 Conservação do solo.................................................................................... 40

2.18 Compactação do solo................................................................................... 41

2.19 Preço da terra............................................................................................... 45

2.20 Fertilidade do solo........................................................................................ 45

2.21 Classificação do solo.................................................................................... 49

2.22 Análise de água............................................................................................ 50

2.23 Clima............................................................................................................ 52

2.23.1 Temperatura.............................................................................................. 53

2.23.2 Precipitação............................................................................................... 54

2.23.3 Geada........................................................................................................ 56

2.24 Tratos culturais da cultura da soja............................................................... 57

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2.24.1 Introdução da cultura................................................................................. 57

2.24.2 Dessecação pré-plantio da soja................................................................ 57

2.24.3 Tratamento e inoculação da semente de soja.......................................... 58

2.24.4 Plantio da soja........................................................................................... 58

2.24.5 Manejo das plantas invasoras da soja...................................................... 59

2.24.6 Controle de doenças e pragas da soja...................................................... 59

2.24.7 Dessecação da soja para a colheita......................................................... 60

2.24.8 Colheita da soja......................................................................................... 60

2.24.9 Mistura de tanque...................................................................................... 60

2.25 Tratos culturais da cultura do milho safrinha................................................ 61

2.25.1 Introdução da cultura................................................................................. 61

2.25.2 Tratamento e inoculação da semente do milho........................................ 62

2.25.3 Plantio do milho......................................................................................... 62

2.25.4 Controle de plantas invasoras no milho.................................................... 62

2.25.5 Controle de pragas e doença.................................................................... 63

2.25.6 Colheita do milho...................................................................................... 63

2.26 Custo de produção....................................................................................... 64

3 DIAGNÓSTICO................................................................................................. 67

3.1 Pontos positivos............................................................................................. 67

3.1.1 Época de plantio.......................................................................................... 67

3.1.2 Uso adequado de EPI’s............................................................................... 68

3.1.3 Fertilidade do solo....................................................................................... 68

3.1.4 Tratamento e qualidade das sementes....................................................... 68

3.1.5 Dessecação pré-plantio da soja.................................................................. 68

3.1.6 Máquinas e implementos em bom estado de conservação........................ 69

3.1.7 Topografia e conservação do solo.............................................................. 69

3.1.8 APP e Reserva Legal.................................................................................. 69

3.1.9 Estradas de escoamento de produção........................................................ 70

3.1.10 Destinação adequada de embalagens vazias.......................................... 70

3.1.11 Busca por conhecimento, inovação e tecnologia...................................... 70

3.1.12 Uso do próprio caixa da empresa............................................................. 71

3.1.13 Barracões.................................................................................................. 71

3.1.14 Rendimento dos funcionários.................................................................... 71

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3.2 Pontos negativos............................................................................................ 71

3.2.1 Qualidade da água...................................................................................... 71

3.2.2 Compactação do solo.................................................................................. 72

3.2.3 Assistência Técnica..................................................................................... 72

3.2.4 Rotação de cultura...................................................................................... 72

3.2.5 Controle de pragas...................................................................................... 73

3.2.6 Controle de doenças................................................................................... 73

3.2.7 Controle de custos...................................................................................... 73

3.2.8 Análise de solos.......................................................................................... 74

3.2.9 Armazenamento de embalagens vazias..................................................... 74

3.2.10 Armadilhas para roedores......................................................................... 74

3.2.11 Redutor de pH para calda de pulverização............................................... 74

3.3 Oportunidades................................................................................................ 75

3.3.1 Implantar rotação de cultura........................................................................ 75

3.3.2 Cisterna....................................................................................................... 75

3.3.3 Acompanhamento financeiro detalhado...................................................... 75

3.3.4 Qualidade da água...................................................................................... 76

3.4 Ameaças........................................................................................................ 76

3.4.1 Sucessão de cultura.................................................................................... 76

3.4.2 Plantas daninhas......................................................................................... 76

3.4.3 Área de refúgio............................................................................................ 77

3.4.4 Qualidade da água potável......................................................................... 77

4 PLANEJAMENTO............................................................................................. 77

4.1 Objetivo.......................................................................................................... 77

4.2 Tratamento de água para consumo humano................................................. 78

4.3 Descompactação do solo............................................................................... 79

4.4 Assistência Técnica........................................................................................ 79

4.5 Rotação de cultura......................................................................................... 80

4.5.1 Tratos culturais na cultura da soja.............................................................. 82

4.5.2 Tratos culturais na cultura do trigo.............................................................. 84

4.5.3 Tratos culturais na cultura do milho verão.................................................. 86

4.5.4 Tratos culturais no consórcio de aveia + nabo forrageiro........................... 88

4.5.5 Tratos culturais na cultura da aveia preta................................................... 90

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4.5.6 Tratos culturais na cultura do milheto......................................................... 92

4.5.7 Tratos culturais na cultura da brachiaria..................................................... 95

4.5.8 Tratos culturais no consórcio de milho + brachiaria.................................... 96

4.6 Relação dos custos necessários para implantação da rotação de cultura.... 99

4.7 Controle integrado de pragas – MIP.............................................................. 103

4.8 Controle integrado de doenças – MID............................................................ 104

4.9 Controle de custos......................................................................................... 104

4.10 Cisterna........................................................................................................ 105

4.11 Controle de roedores com o uso de armadilhas.......................................... 107

4.12 Reforma da tulha.......................................................................................... 108

4.13 Correção do pH da calda com o uso de redutor.......................................... 109

5 Fechamento...................................................................................................... 110

6 CONCLUSÃO................................................................................................... 110

REFERÊNCIAS.................................................................................................... 112

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16

1 INTRODUÇÃO

A agricultura é demandada a suprir a sociedade, além de alimentos, de

outras matérias-primas necessárias para o bem-estar humano. A sociedade

espera uma contribuição significativa da agricultura na produção de energia

renovável (bioenergia), substituindo parte dos finitos recursos de energia fóssil,

novos usos de produtos e subprodutos da agricultura na bioquímica e em vastos

setores da economia. Em resumo, o desafio fundamental é atender as demandas

crescentes utilizando os recursos naturais finitos de forma inteligente

(EMBRAPA, 2012).

O Brasil possui sete bilhões de habitantes, marca já atingida em 2011,

segundo as Nações Unidas. Projeções apontam que a humanidade chegará a

nove bilhões de pessoas em 2050, ou seja, dois bilhões a mais do que na

atualidade. (EMBRAPA, 2012).

O desafio para a agricultura é a questão alimentar para uma crescente

população, com aumento de renda e urbanização acelerada. Para superar este

desafio, é preciso aumentar a produção de alimentos, com segurança, qualidade

e uso sustentável da base de recursos naturais. Inovação agropecuária é o

componente crítico do processo de desenvolvimento sustentável e condição

para melhoria da alimentação e nutrição no mundo.

Na América Latina, o Brasil se apresenta como um importante produtor

mundial de alimentos e com grande potencial de expansão da oferta. Em 2012,

foram 246.629 mil hectares na produção agropecuária, sendo 28% na produção

agrícola, 69% na produção pecuária e 3% no plantio de floresta. As áreas

agricultáveis continuam em expansão, embora em ritmo mais lento. Entre 1995

e 2006, houve crescimento de 11,8 milhões de hectares para exploração

agropecuária no Brasil, segundo dados do Censo Agropecuário (IBGE, 2015).

Diante das restrições sobre a expansão do uso de terra para uso

agropecuário no Brasil, a ampliação da produtividade se apresenta como um

caminho necessário para a ampliação da oferta. Segundo FAO (2013), foi

exatamente o crescimento da produtividade que permitiu elevar a oferta acima

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da demanda mundial de alimentos no período pós-revolução tecnológica no

campo.

O agronegócio brasileiro é responsável por aproximadamente 25% do

Produto Interno Bruto - PIB (GALVÃO, 2017). A cadeia produtiva do milho, bem

como a da soja, é um dos segmentos econômicos importantes do agronegócio

brasileiro, sendo que a produção primária de milho corresponde

aproximadamente a 37% do total de grãos produzidos no país (CONAB, 2017).

Contudo, é possível entender que o desenvolvimento adequado e

sustentável da agropecuária tem grande impacto na vida das pessoas. Assim, o

trabalho tem como objetivo fazer um levantamento, diagnóstico e planejamento

da área mostrando ao produtor os pontos que podem, e os que devem ser

melhorados, evitando que haja limitação na produção. Para que isto aconteça, é

imprescindível que haja antes mesmo do início da atividade, uma pesquisa dos

fatores de produção para que ocorra boa gestão, controle, organização e

planejamento dos processos de produção. Desta forma, visa-se otimizar a

atividade, promover minimização dos custos de produção e maximização dos

lucros, atingindo ao final da atividade, sucesso e satisfação pessoal.

2 LEVANTAMENTO

O trabalho de levantamento tem o objetivo de analisar e definir os pontos

positivos e negativos encontrados na propriedade com a finalidade de

proporcionar melhoras no desenvolvimento das atividades, levando em conta o

uso adequado da capacidade da terra, aptidão agrícola da área, uso correto de

maquinários e insumos agrícolas e facilitando o manejo dos trabalhadores na

atividade. Além de aprimorar os conhecimentos práticos e teóricos dos alunos,

conseguindo assim, entender na prática o dia a dia do produtor rural, vivenciando

as situações que ele passa ao longo da safra de cada cultura, e tendo papel

fundamental de auxiliar e orientar na hora da tomada de decisões, com o

propósito de proporcionar sucesso na atividade desenvolvida.

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2.1 Descrições do local

A propriedade está localizada no estado do Paraná, no município de

Maringá, entre as cidades de Maringá e Mandaguaçu, tendo como ponto de

referência e partida o Shopping Catuaí de Maringá. O caminho tem

aproximadamente 16 km até chegar à propriedade e, dependendo do itinerário,

pode levar em torno de 30 minutos. Para chegar à propriedade um dos itinerários

se caracteriza pelo seguimento da Rodovia BR-376 sentido a Mandaguaçu – PR,

deve-se seguir na rodovia por aproximadamente 2,6 km até a saída à direita e

novamente à direita na saída (140m), para dar acesso à Estrada Romeirinha que

será percorrida por aproximadamente 12,5 km. A mesma mudará de asfalto para

estrada de chão e deve ser percorrida até o final. Por fim, vira-se à esquerda na

Estrada Hiller que será percorrida por aproximadamente 900 m, chegando à

propriedade.

A propriedade mensurada tem por nome: Lote 129 (possuindo 12

alqueires paulistas ou 29,04 hectares) e o Lote 130 (possuindo 10 alqueires

paulistas ou 24,20 hectares) no total. Sendo 20 alqueires (48,4 hectares)

destinados à agricultura e 2 alqueires (4,84 hectares) destinados à APP (Área

de Preservação Permanente). Segundo escritura, totalizando 22 alqueires

paulistas ou 53,24 hectares.

A propriedade foi adquirida pelos produtores recentemente, mais

especificamente para a Safra (2018/2019). A propriedade é de dois irmãos:

Cesar Visioli e Ricardo Visioli, ambos concentram esforços nas atividades

principais de grãos, que se caracterizam pelo cultivo das commodities SOJA

(verão) e MILHO (inverno – safrinha), promovendo assim, a sucessão de cultura.

A propriedade em si, não possui quaisquer sistemas de telefonia, água e

nem energia. Deste modo, também não há residentes no local e nenhuma

benfeitoria construída, há apenas as culturas de interesse econômico instaladas

pelo produtor na época de safra.

O itinerário até a propriedade mensurada e o croqui da mesma estão

representados pelas Figuras 1, 2.

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FIGURA 1. Itinerário do satélite de acesso à propriedade, Lote 129 e 130 no município de Maringá-PR.

Fonte: Google Maps (22/05/2019).

FIGURA 2. Croqui da propriedade, Lote 129 e 130 no município de Maringá-PR.

Fonte: Google Earth (22/05/2019).

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2.2 Descrição dos produtores

A propriedade foi comprada e dividida em sociedade entre dois irmãos.

Um dos proprietários, César Rogério Visioli (48 anos), reside atualmente na

cidade de Maringá – PR na Zona 02, junto com sua esposa Ângela e seus dois

filhos, Ana Clara Visioli e Murilo Visioli, ambos menores de idade. Para

deslocamento e afazeres diários da propriedade, o produtor utiliza uma

Caminhonete F-1000 4x2 do ano de 1994 – Diesel.

O outro irmão, Ricardo Visioli (47 anos),também reside atualmente na

cidade de Maringá – PR na Zona 05, junto com sua esposa Nádia e seus dois

filhos, João Pedro Visioli e Arthur Visioli, ambos também menores de idade. Para

o deslocamento e afazeres diários da propriedade, o produtor utiliza uma

Caminhonete Hilux 4x4 do ano de 2004 – Diesel.

2.3 Satisfação dos proprietários com a agricultura

Tanto o Sr. César quanto o Sr. Ricardo possuem grande apreço pela

atividade desempenhada. Ambos trabalharam com a agricultura desde a infância

e a vivenciam há mais de 30 anos. Segundo os próprios proprietários, por esse

motivo, possuem valores pessoais e sentimentais que os fazem continuar

acreditando no sucesso da atividade a cada safra e não pensam em desistir

mesmo em períodos de dificuldade.

2.4 Recursos Humanos

A propriedade é administrada pelos próprios produtores, César e Ricardo,

e periodicamente utilizam assistência técnica do Agrônomo da Cooperativa

Cocamar. Os produtores utilizam mão de obra externa por terem mais áreas

agricultáveis na região e optam por promover maior rapidez tanto no plantio

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quanto na colheita. Os trabalhadores recebem remuneração condizente com a

atividade, sendo eles registrados e tendo todos os direitos que a lei estabelece.

2.5 Carreadores

O carreador principal que dá acesso a toda a área está localizado na

lateral da propriedade, dando acesso à Estrada Hiller, que é a estrada principal

e por onde é feito o escoamento da produção dos irmãos.

2.6 Assistência Técnica

Conforme informações do CREA – PR, de acordo com o Artigo 3º da

Resolução nº 1025/2009, do Confea, “Todo contrato, escrito ou verbal, para a

execução de obras ou prestação de quaisquer serviços referentes à Engenharia,

Arquitetura e Agronomia fica sujeito a ‘Anotação de Responsabilidade Técnica

(ART)’, no Conselho Regional em cuja jurisdição for exercida a respectiva

atividade”.

Instituída também pela Lei Federal nº 6496/1977, a ART caracteriza

legalmente os direitos e obrigações entre profissionais e usuários de seus

serviços técnicos, além de determinar a responsabilidade profissional por

eventuais defeitos ou erros técnicos.

Os irmãos Visioli, não contratam nenhum Engenheiro Agrônomo particular

para executar as atividades, apenas utilizam dos profissionais designados pelas

cooperativas para a orientação da safra. Os mesmos afirmam que procuram

sempre se manter atualizados participando de Dias de Campo, feiras e eventos

de novas tecnologias, todas ligadas à atividade.

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2.7 Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)

As mudanças nos sistemas agrícolas, como a produção em larga escala,

levaram ao uso intensivo de agrotóxicos, visando o controle de doenças e

pragas. No entanto, estas mudanças vieram acompanhadas dos riscos

desconhecidos quanto ao uso dos agrotóxicos e ao desrespeito às normas de

segurança, levando a impactos ambientais e riscos à saúde humana, devido ao

perigo da contaminação (MOREIRA et al., 2002).

Em conversa com os irmãos Visioli, ambos afirmam que tanto eles quanto

os trabalhadores sempre utilizam os EPI’s, com orientação de cuidados extras

quando no preparo de caldas e abastecimento, onde a exposição à toxidade é

grande. No acompanhamento do serviço em campo, percebemos que um

funcionário fica responsável apenas por conduzir o pulverizador, outro no

preparo da calda, e outros que estavam ao redor, utilizavam proteção para evitar

a deriva. Após o preparo e aplicação, os funcionários tiram todos os EPI’s e os

depositam em um saco plástico preto que é fechado e encaminhado a um tambor

plástico onde serão depositadas as roupas até a hora da lavagem separada de

outras roupas comuns para evitar a contaminação. Em questionamento com o

produtor, o mesmo alega que reforça o uso dos equipamentos de proteção na

hora do trabalho para evitar quaisquer danos à saúde, tanto deles quanto dos

funcionários.

2.8 Benfeitorias

A propriedade em si não possui quaisquer benfeitorias como já

mencionado. Porém, o produtor possui uma sede a aproximadamente 6 km de

distância da área mensurada, onde algumas estruturas são usadas para o

armazenamento dos insumos agrícolas, maquinários, implementos e

equipamentos de trabalho, além da casa dos funcionários. Um dos barracões

possui estrutura de ferro com cobertura de zinco. Sua medida é de 29 m x 32 m

(928 m²). Outro barracão possui estrutura de madeira e também com cobertura

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de zinco, medindo 10 m x 12 m (120 m²). Possui também, uma tulha de café

antiga que mede 6x4 (24 m²) que é usada para o armazenamento de

embalagens vazias até o momento da entrega dessas embalagens para a

empresa ADITA.

O itinerário da área levantada até a sede e, as benfeitorias utilizadas na

sede, estão representadas nas Figuras 3 e 4.

FIGURA 3. Itinerário do Lote 129 e 130 até a sede e suas benfeitorias.

Fonte: Autor (2019).

3

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FIGURA 4. Benfeitorias da propriedade. 4A-B-C – Barracão com estrutura de ferro e cobertura de zinco, dimensão (29 x 32). 4D-4E - Barracão com estrutura de madeira e cobertura de zinco, dimensão (12 x 10). 4F – Tulha de madeira e cobertura zinco, dimensão (6 x 4).

Fonte: Autor (2019).

4D

4E 4F

4A

4B

4C

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2.9 Maquinários

Os proprietários possuem o total de dois veículos de passeio para

transporte pessoal (Caminhonete F-1000 4x2 - 1994, Caminhonete Hilux 4x4 –

1998), quatro Caminhões utilizados para carregar insumos e escoamento de

produção (Mercedes Benz 1634 – 2011, Mercedes Benz 1618 – 1991, Mercedes

Benz 1418 – 1991 e Mercedes Benz 1113 – 1981), seis tratores que, juntamente

com o implemento, auxiliam na atividade (Valtra BH 165 - 2016, Valtra 1580 -

2003, Valtra BM 110 - 2001, Valtra 985 – 2000, Valmet 1280 - 1991 e New

Holland 7630 - 1994), duas Colhedoras (John Deere STS 9570 - 2012 e New

Holland 5090 – 2018) e três Plantadoras (PlantiCenter Terraçus 13.000 – 2017,

PlantiCenter Terraçus 11.000 – 2012 e PlantiCenter Terraçus 11.000 2011), e

um Pulverizador Autopropelido Montana Parruda MA 3027 4x4 HS, que são

utilizadas apenas para as safras de soja e milho. O levantamento das máquinas,

dados e seu estado de conservação, foram feitos em 2019, juntamente com o

acompanhamento das atividades desempenhadas. Em anexo seguem as fotos

(Figuras 5 a 10) e o detalhamento (Quadros 1 a 6) dos veículos, máquinas e

implementos levantados.

Quadro 1. Relação dos veículos utilizados no Lote 129 e 130.

OBS: quanto ao estado de conservação: - Ótimo: não necessita de nenhum conserto para que possa desempenhar seu trabalho. - Bom: raramente necessita de conserto para que possa desempenhar seu trabalho. Fonte: Levantamento (2019)

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FIGURA 5. Veículos da propriedade. 5A-5B – Utilitário Ford F-100. 5C-5D – Utilitário Hilux. 5E-5F – Caminhão M.Benz 1418. 5G-5H – Caminhão M.Benz 1618.

Fonte: Autor (2019).

5C 5D

5E 5F

5A 5B

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FIGURA 5. Veículos da propriedade – 5G-5H – Caminhão M.Benz 1618. 5I-5J – Caminhão M.Benz 1634 LS.

Fonte: Autor (2019).

Quadro 2. Relação dos tratores utilizados no Lote 129 e 130.

OBS: quanto ao estado de conservação: - Ótimo: não necessita de nenhum conserto para que possa desempenhar seu trabalho. - Bom: raramente necessita de conserto para que possa desempenhar seu trabalho. Fonte: Levantamento (2019).

5G 5H 5I 5J

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FIGURA 6. Tratores da propriedade. 6A– Trator Valtra BH 165. 6B-6C – Trator Valtra 1580. 6D-6E – Trator Valtra BM 110. 6F-6G Trator Valtra Valmet 985 S. 6H – Trator Valmet 1280. 6I – Trator Ford 7630 Turbo.

Fonte: Autor (2019).

6C 6D

6G 6H

6I

6E 6F

6A 6B

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Quadro 3. Relação das colheitadeiras utilizados no Lote 129 e 130.

OBS: quanto ao estado de conservação: - Ótimo: não necessita de nenhum conserto para que possa desempenhar seu trabalho. - Bom: raramente necessita de conserto para que possa desempenhar seu trabalho. Fonte: Levantamento (2019)

FIGURA 7. Colheitadeiras da propriedade. 7A-7B – Colheitadeira John Deere STS-9570. 7C – Colheitadeira New Holland TC-5090.

Fonte: Autor (2019).

Quadro 4. Relação das plantadeiras utilizadas no Lote 129 e 130.

OBS: quanto ao estado de conservação: - Ótimo: não necessita de nenhum conserto para que possa desempenhar seu trabalho. - Bom: raramente necessita de conserto para que possa desempenhar seu trabalho. Fonte: Levantamento (2019).

7A 7B

7C

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FIGURA 8. Plantadeiras da propriedade. 8A – Plantadeira PlantiCenter Terraçus 13 linhas 2017. 8B – Plantadeira PlantiCenter Terraçus 11 linhas 2012. 8C – Plantadeira PlantiCenter 11 linhas 2011.

Fonte: Autor (2019)

Quadro 5. Relação do pulverizador utilizados para aplicação de agrotóxicos no Lote 129 e 130.

OBS: quanto ao estado de conservação: - Ótimo: não necessita de nenhum conserto para que possa desempenhar seu trabalho. - Bom: raramente necessita de conserto para que possa desempenhar seu trabalho. Fonte: Levantamento (2019)

FIGURA 9. Pulverizador da propriedade. 9A – Pulverizador Autopropelido Montana Parruda.

Fonte: Autor (2019).

8A

8B 8C

9A

1

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2.10 Implementos

Os produtores possuem o total de seis implementos agrícolas (Grade

Aradora, Grade Niveladora, Subsolador, Distribuidor de Calcário e Distribuidor

de Cobertura, Tanque de água 10.000 L e Guincho de adubo Matão 2.0T, todos

utilizados dentro do processo produtivo, necessários para o preparo do solo e

para realizar o plantio da cultura de interesse (soja e milho). O levantamento dos

implementos agrícolas, dados e seu estado de conservação foi realizado em

2019, juntamente com o acompanhamento das atividades desempenhadas.

Seguem as fotos e o detalhamento nos quadros dos implementos mencionados.

Quadro 6. Relação dos implementos utilizados no Lote 129 e 130.

OBS: quanto ao estado de conservação: - Ótimo: não necessita de nenhum conserto para que possa desempenhar seu trabalho. - Bom: raramente necessita de conserto para que possa desempenhar seu trabalho. Fonte: Levantamento (2019).

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FIGURA 10. Implementos da propriedade. 10A – Grade aradora Baldan 18/28 -10B-10C – Grade niveladora Baldan 48/22,5. 10D – Subsolador stara Asa 7.000. 10E – Distribuidor de calcário JAN 5.500. 10F – Distribuidor de calcário Maschietto 5.000. 10G - Distribuidor de cobertura Jan Lancer 1500.

Fonte: O Autor (2019).

10A

10B 10C

10D

10F

10E

10G

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FIGURA 10. Implementos da propriedade. 10H – Tanque de água 10.000L. 10I – Guincho Matão 2.0T. 10J – Terraceadora Baldan. 10K – Bazuca Tanker 15000.

Fonte: Autor (2019).

2.11 Custos Indiretos

Os custos indiretos são aqueles envolvidos com a produção, que não

podem ser identificados por uma quantidade de produtos, como por exemplo, o

valor gasto para pagar a conta de energia elétrica, o aluguel da empresa, o valor

de depreciação dos equipamentos, entre outros (GUIMARÃES NETO, 2012;

ASSEF, 2015).

Os custos indiretos são compartilhados por um ou mais objetos de custo;

assim, para se saber a parcela correspondente a cada um é necessário efetuar

um rateio (PINOTTI, 2003).

10J 10K

10H 10I

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2.11.1 Depreciação de máquinas, implementos e benfeitorias

Hirschfeld (2000) defende que a depreciação pode ser abordada em duas

diferentes óticas: a contábil, que é a diminuição do valor contábil do bem

decorrente do decurso do prazo, desde a sua aquisição até o instante atribuído

ao desgaste físico ao uso ou à obsolescência; e, por outro lado, a depreciação

real, que é a efetiva diminuição do valor do bem resultante do desgaste por uso,

ação da natureza ou obsolescência.

De acordo com a depreciação sofrida sob o capital (benfeitorias,

máquinas e implementos), é necessário destacar e quantificar o desgaste sofrido

ao longo dos anos de trabalho. Neste caso, desconsideramos alguns

maquinários que possuem existência maior ou igual a 10 anos.

A depreciação das benfeitorias, veículos, máquinas e implementos estão

relacionados nos Quadros 7 a 13.

Quadro 7. Relação de depreciação das benfeitorias.

Fonte: Anexo III da IN RFB nº 1.700/2017.

Quadro 8. Relação de depreciação dos veículos.

Fonte: Anexo III da IN RFB nº 1.700/2017.

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Quadro 9. Relação de depreciação das colheitadeiras.

Fonte: Anexo III da IN RFB nº 1.700/2017.

Quadro 10. Relação de depreciação das plantadeiras.

Fonte: Anexo III da IN RFB nº 1.700/2017.

Quadro 11. Relação de depreciação do pulverizador.

Fonte: Anexo III da IN RFB nº 1.700/2017.

Quadro 12. Relação de depreciação dos implementos.

Fonte: Anexo III da IN RFB nº 1.700/2017.

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Quadro 13. Relação de depreciação dos tratores.

Fonte: Anexo III da IN RFB nº 1.700/2017.

2.11.2 Manutenção de máquinas e implementos

Os irmãos Visioli tiveram um gasto de aproximadamente R$ 85.000,00

com a manutenção de máquinas e implementos, da safra de 2017/2018 e

2018/2019, dentre estes gastos, investiu-se em revisões na colheitadeira John

Deere, e nos tratores Valtra BH 1580 e BM 110, pneus para os caminhões, troca

de filtros de óleo e ar em geral, manutenção nos bicos de pulverização do

autopropelido.

2.12 Reserva legal e área de preservação permanente

O atual Código Florestal é composto pelas Leis 12.651/2012 (BRASIL,

2012a) e 12.727/2012 (BRASIL, 2012b), confirmando e inovando nos conceitos

relacionados à proteção da flora nativa. O Código determina que em todo imóvel

rural deve ser mantida determinada área com cobertura de vegetação nativa, a

título de Reserva Legal.

Diante do exposto e do levantamento feito, a propriedade está dentro de

seus limites, estando de acordo com a nova legislação de modo que contribui

para a preservação ambiental. Segundo o IAP (INSTITUTO AMBIENTAL DO

PARANÁ), o valor do módulo fiscal no município de Maringá-PR é de 14

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hectares, sendo a área de 4 módulos fiscais igual a 56 hectares. A propriedade

mensurada dos irmãos Visioli, por sua vez, possuem 52,2 hectares em sua

dimensão, tornando-a livre e isenta de responsabilidade com a legislação quanto

a Reserva Legal.

A preservação das APPs é de fundamental importância na gestão de

bacias hidrográficas, pois contribuem para a estabilidade dos ciclos hidrológicos

e biogeoquímicos, visando dar condições de sustentabilidade à agricultura.

Intervenções nas APPs para abertura de novas áreas agrícolas comprometerá,

no futuro, a reposição de água nos aquíferos, a qualidade de água superficial e

subterrânea, perda de solo, ameaças à saúde humana e degradação dos

mananciais, além de comprometer a produção de alimentos. O papel regulador

dos ciclos naturais realizado pelas APPs é fundamental para a manutenção do

equilíbrio ecológico (TUNDISI & TUNDISI, 2010; SILVA et al., 2011).

Ainda de acordo com código florestal, a Área de Preservação Permanente

vai variar de acordo com a quantidade de módulos fiscais que a propriedade

possui e a existência de recurso hídricos presentes, como: nascentes, lagos e

cursos d’água. No caso da propriedade dos irmãos Visioli, ela possui o tamanho

menor ou igual a 4 módulos fiscais (considerando o município de Maringá-PR

que é igual a 56 hectares), o tamanho vai variar de 5 a 30 metros, caso a

propriedade possua mais de 4 módulos fiscais (> 56 hectares), pode variar de

30 a 500 metros. Portanto, a propriedade mensurada está também de acordo

com a legislação requerida da Área de Preservação Permanente.

2.13 Recursos Hídricos

Os irmãos Visioli possuem na propriedade sede um poço semi-artesiano

com um reservatório feito de fibra de 10.000 L com estrutura de metal. A água

do poço é utilizada tanto para abastecimento das atividades agrícolas como para

o consumo humano.

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2.14 Capacidade de Uso da Terra

A classificação da capacidade de uso é muito importante para um

planejamento racional do uso da terra, pois tem o propósito de fornecer dados

que permitem decidir qual a melhor combinação de uso agrícola para um

aproveitamento mais intensivo da terra com diminuição do risco de

empobrecimento do solo.

A falta de um planejamento racional de uso da terra, seja pela falta de

conhecimento, ou pela necessidade dos agricultores, tem promovido diversos

impactos negativos, muitas vezes chegando a limites críticos em determinadas

regiões, resultando em degradação ambiental e redução da qualidade de vida,

não só para a comunidade rural, mas também para toda população (DENT &

YOUNG, 1993).

A recuperação, conservação e exploração sustentável dos recursos

naturais exigem conhecimento das suas propriedades e da situação em relação

aos efeitos das atividades antrópicas. Nesta perspectiva, o diagnóstico do

recurso solo, juntamente com outros elementos ambientais, é uma excelente

ferramenta na determinação de problemas, como os conflitos de uso das terras,

os quais podem auxiliar no planejamento racional de todo o ambiente em

questão (FORMAGGIO et al., 1992; DENT & YOUNG, 1993; RODRIGUES et al.,

2001). Terra não significa somente o solo como base de sustentação do

ambiente, mas também todos os demais elementos e fatores ambientais que

influenciam na manutenção do ecossistema (LEPSCH et al., 1991; RAMALHO

FILHO & BEEK, 1995).

Seguindo a orientação e o exposto, a propriedade dos irmãos Visioli se

caracteriza por possuir sua capacidade de uso da terra na seguinte formação:

Grupo A II C, ou seja, é uma área que possui capacidade para culturas

perenes/anuais, as terras cultiváveis possuem pouco problema de simples de

conservação e possui restrição ao clima, que nem sempre é favorável.

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2.15 Topografia

O relevo da região é predominantemente suave ondulado, sobretudo na

área de ocorrência do Arenito Caiuá, com altitudes variando entre 500 e 600 m

e padrão de drenagem dendrítico, com orientação estrutural caracterizada (N-S)

dos cursos d'água principais e (E-W) dos seus afluentes.

Diante das medições feitas, a propriedade tem em média 6% em sentido

vertical e 4% em sentido horizontal, como mostra a imagem abaixo. De acordo

com a classificação, a topografia da área se caracteriza como suavemente

ondulada, possuindo entre 3 a 8% de declividade. Portanto, não há quaisquer

dificuldades para a entrada de máquinas nas atividades propostas, promovendo

melhor desempenho das operações.

As medições realizadas da declividade da área estão representadas pela

Figura 11.

FIGURA 11. Declividade do Lote 129 e 130, localizado em Maringá-PR.

Fonte: Google Earth

6%

4%

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40

2.16 Atividades agropecuárias

Os irmãos concentram seus esforços na atividade de produção de grãos,

promovendo o cultivo das commodities soja na safra de verão, e de milho-

safrinha no inverno. Possuem ao todo 309 alqueires (748 hectares), porém, a

área analisada durante o trabalho, possui em sua dimensão 22 alqueires (52,2

hectares) no total, e destes, apenas 20 alqueires (48,4 hectares) são

agricultáveis, e o restante utilizado como APP e Reserva Legal, de acordo com

a legislação.

Ambos produtores têm a atividade agrícola em sociedade como única

fonte de renda para futuros investimentos e sustento de suas famílias, deste

modo dividem os gastos e o lucro obtidos.

2.17 Conservação do solo

Ao considerar que o recurso solo é limitado e que alguns de seus

componentes requerem períodos de tempo prolongados para que sejam

restaurados, a previsão do grau das perturbações ambientais provocadas pelo

manejo inadequado das atividades agropecuárias se torna essencial.

Segundo Aguiar (2008), a estrutura pode ser avaliada pela densidade do

solo, macro e microporosidade, estabilidade de agregados, resistência à

penetração e infiltração da água no solo.

Os métodos de preparo do solo variam em extensão de superfície do

terreno trabalhado, em profundidade de preparo e em grau de fragmentação da

massa de solo mobilizado. Decorrente disso, eles variam quanto à percentagem

de cobertura do solo por resíduos culturais e ao grau de rugosidade (como

consequência também de porosidade total da camada preparada) e

consolidação superficiais do solo (BURWELL ET AL., 1963, 1966; BURWELL &

LARSON, 1969; COGO, 1981; COGO ET AL., 1983).

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O Sistema de Plantio Direto (SPD), segundo Seixas (2001), é um sistema

de produção agrícola caracterizado por: a) manutenção da palhada deixada pela

cultura anterior; b) aplicação de rotação de culturas; c) redução da taxa de

mineralização da matéria orgânica; d) favorecimento da atividade biológica no

controle de pragas e plantas daninhas; e) intensificação dos processos de

agregação do solo.

No âmbito agropecuário, o sistema de plantio direto tem sido uma das

melhores alternativas para a manutenção da sustentabilidade dos recursos

naturais na utilização dos solos (OLIVEIRA ET AL., 2002). Por apresentar

benefício ambiental amplo, é possível que esse sistema seja a contribuição mais

importante que a agricultura está oferecendo em termos de preservação

ambiental e que se traduz em menor poluição das águas (WIETHOTER ET AL.,

1998).

Para melhorar o desempenho da atividade, os irmãos Visioli aplicam o

Sistema de Plantio Direto (SPD), porém utilizando sucessão de culturas. A

propriedade não apresenta problemas com erosão, porém passará por uma

reforma de terraços antes da implantação da cultura da soja para a safra de

2019/2020. Em conversa com os irmãos, eles disseram que farão essa reforma,

pois acabaram de adquirir a propriedade e preferem refazer os terraços para

prevenir futuros problemas com o solo.

2.18 Compactação do solo

Segundo Flowers & Lal (1998), a principal causa da compactação em

solos agrícolas é o tráfego de máquinas em operações de preparo do solo,

semeadura, tratos culturais e colheita. Horn & Lebert (1994), acrescentam que

não somente a pressão estática causa compactação, mas também forças

dinâmicas provocadas pela vibração do trator arrastando implementos e pelo

patinamento.

Essa compactação promove uma alteração estrutural e reorganização das

partículas do solo (HAMBLIM, 1985), causando o aumento da densidade e o

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decréscimo do volume de poros de maior diâmetro (DEXTER, 2004), verificados,

com maior frequência e intensidade, em solos cultivados em sistema de plantio

direto, no qual ocorre menor revolvimento do solo (HILL ET AL., 1985).

Na planta, a compactação do solo reduz o crescimento radicular por

impedimento mecânico, aeração deficiente e menor taxa de absorção de água e

nutrientes, causando decréscimos significativos de produtividade (HÅKANSSON

& VOORHEES, 1998; FLOWERS & LAL, 1998; BEUTLER & CENTURION,

2003).

O resultado dos níveis de compactação do solo avaliado está

representado pelo Quadro 14.

Quadro 14. Análise da compactação de solo do Lote 129 e 130.

Fonte: Falker (2015).

Para realizar as medições, foi utilizado o penetrômetro PLG1020 – Falker,

e foram feitas nove análises por talhão (conforme mostra Figura 12), em locais

aleatórios espalhados pelo talhão. A velocidade utilizada foi constante como o

recomendado no manual do aparelho.

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FIGURA 12. Pontos de coleta das amostras nos Lotes 129 e 130, para fins de verificação da compactação.

Fonte: Autor (2019)

Após o levantamento, foi elaborado um gráfico com os resultados do

diagnóstico obtido, relacionando a profundidade x unidade de medida de

compactação encontrada (Figura 13).

FIGURA 13. Gráfico com as médias da resistência à compactação da área.

Fonte: Autor (2019)

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Ainda na Figura 14, pode ser observada a prática sendo executada pelos

alunos, e na figura 15, o penetrômetro utilizado para a medição.

FIGURA 14. Alunos executando a prática de medição da compactação dos Lotes 129 e 130.

Fonte: Autor (2019)

FIGURA 15. Aparelho utilizado nas medições – Falker PLG1020

Fonte: Autor (2019)

De acordo com o exposto e a análise dos dados, constatou-se que havia

compactação na propriedade trabalhada, onde se pôde analisar pelos resultados

e suas médias, a compactação pode ter ocorrido pelo manejo incorreto do solo

e/ou uso excessivo e mal feito do plantio direto nas safras anteriores do antigo

dono. A compactação do solo é extremamente prejudicial para o

estabelecimento/desenvolvimento das culturas de interesse, tendo em vista que

pode atrapalhar a germinação, emergência, infiltração de água e o crescimento

em profundidade das raízes em busca de nutrientes.

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2.19 Preço da Terra

Segundo levantamento feito e pesquisas pelo site do Departamento de

Economia Rural (DERAL, 2016), o preço médio das terras agrícolas é analisado

e estabelecido de acordo com a classe de capacidade de uso e por município,

tendo em vista que pode variar dependendo de alguns fatores ligados à

localização, facilidade de transporte, fertilidade do solo, topografia do terreno,

disponibilidade de água (microbacias), entre outros fatores que podem agregar

ou não valor à terra. O município de Maringá por sua vez, tem o preço do hectare

variando de R$76.400,00 do solo caracterizado como A-I até R$9.600,00

caracterizados por solos C-VIII.

A propriedade dos irmãos Visioli foi enquadrada diante a capacidade de

uso de terra como A-II. Segundo o DERAL pelo levantamento de preços de 2018,

o preço médio do hectare estabelecido é de R$64.200,00, contudo, ao realizar

pesquisas de campo com proprietários da região, foi constatado que o valor

médio de compra de terras da região varia de R$110.000,00 a R$ 130.000,00

por hectare.

2.20 Fertilidade do solo

Segundo Mello et al. (1983), um solo pode ser considerado fértil quando,

além de conter quantidades suficientes e em proporções adequadas dos

nutrientes essenciais às plantas e livre de elementos tóxicos, apresentar

também, propriedades físicas satisfatórias.

De acordo com a Lei do Mínimo de Liebig - Lei da Ecologia e da Fertilidade

do Solo - (MALAVOLTA, 1992), para que a produção não seja limitada por aquele

nutriente presente em menor proporção ou disponibilidade, tão importante é a

quantidade absoluta de um nutriente quanto a quantidade relativa desse

nutriente no solo.

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A partir do mencionado, para estabelecer resultados mais confiáveis e

auxiliar o produtor com maior precisão no manejo adequado da fertilidade do seu

solo, foram realizadas análises químicas e físicas do mesmo, em profundidades

diferentes, 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm. Foram coletadas amostras simples nestas

profundidades em diferentes pontos dos 48,4 hectares agricultáveis, sendo eles,

separados aproximadamente ao meio e feita outra análise por se tratar de

diferentes tipos de solo, sendo um claramente mais rochoso e raso e outro

menos rochoso e profundo.

Diante do exposto, os resultados da análise química do solo dos lotes 129

e 130 estão representados pelas Tabelas 1 e 2, de acordo com a profundidade.

Tabela 1. Resultado da análise química do solo do Lote 129.

ELEMENTO UNIDADE 0 A 20 CM 20 A 40 CM

pH H2O 6,30 6,25

Matéria Orgânica (M.O) g/dm³ 30,53 24,23

Carbono (C) g/dm³ 17,71 14,05

Fósforo (P) mgP/dm³ 20,66 13,51

Fósforo Remanescente (P-Rem.) mgP/dm³ 9,84 7,66

Potássio (K+) cmolc/dm³ 0,65 0,35

Cálcio (Ca+2) cmolc/dm³ 9,01 12,94

Magnésio (Mg+2) cmolc/dm³ 3,03 3,54

Ca+2 + Mg+2 cmolc/dm³ 12,04 16,49

Hidrogênio (H+) cmolc/dm³ 3,97 4,12

Alumínio (Al+3) cmolc/dm³ 0,00 0,00

Soma de Bases (SB) cmolc/dm³ 12,70 16,84

CTC cmolc/dm³ 16.67 20,96

Saturação de bases (V%) % 76,18 80,35

Enxofre (S) mg/dm³ 4,31 8,67

Fonte: Laboratório Rural de Maringá (Análise de Solos) – 2019.

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MICRONUTRIENTES UNIDADE 0 A 20 CM 20 A 40 CM

Cobre (Cu) cmolc/dm³ 15,64 17,35

Zinco (Zn) cmolc/dm³ 10,79 8,22

Ferro (Fe) cmolc/dm³ 47,41 52,32

Manganês (Mn) cmolc/dm³ 95,50 81,11

Sódio (Na+) cmolc/dm³ 8,19 8,17

Boro (B) cmolc/dm³ 0,02 0,07

SATURAÇÃO DO COMPLEXO DE TROCA

UNIDADE 0 A 20 CM 20 A 40 CM

K % % 3,92 1,69

Ca % % 54,08 61,75

Mg % % 18,18 16,91

Al % % 0,00 0,00

H % % 23,82 19,65

Fonte: Laboratório Rural de Maringá (Análise de Solos) – 2019.

Tabela 2. Resultado da análise química do solo do Lote 130.

ELEMENTO UNIDADE 0 A 20CM 20 A 40CM

pH H2O 6,30 6,25

Matéria Orgânica (M.O) g/dm³ 27,78 22,94

Carbono (C) g/dm³ 16,11 13,31

Fósforo (P) mgP/dm³ 15,66 13,51

Fósforo Remanescente (P-Rem.) mgP/dm³ 8,52 9,67

Potássio (K+) cmolc/dm³ 0,84 0,66

Cálcio (Ca+2) cmolc/dm³ 15,53 18,63

Magnésio (Mg+2) cmolc/dm³ 3,79 4,11

Ca+2 + Mg+2 cmolc/dm³ 19,32 22,74

Hidrogênio (H+) cmolc/dm³ 3,97 4,12

Alumínio (Al+3) cmolc/dm³ 0,00 0,00

Soma de Bases (SB) cmolc/dm³ 20,16 23,40

CTC cmolc/dm³ 24,13 27,52

Saturação de bases (V%) % 83,55 85,03

Enxofre (S) mg/dm³ 4,60 4,67

Fonte: Laboratório Rural de Maringá (Análise de Solos) – 2019.

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MICRONUTRIENTES UNIDADE 0 A 20 CM 20 A 40 CM

Cobre (Cu) cmolc/dm³ 13,64 13,62

Zinco (Zn) cmolc/dm³ 13,10 11,87

Ferro (Fe) cmolc/dm³ 57,13 56,58

Manganês (Mn) cmolc/dm³ 97,41 83,26

Sódio (Na+) cmolc/dm³ 5,86 7,10

Boro (B) cmolc/dm³ 0,02 0,23

SATURAÇÃO DO COMPLEXO DE TROCA

UNIDADE 0 A 20 CM 20 A 40 CM

K % % 3,49 2,40

Ca % % 64,35 67,69

Mg % % 15,71 14,93

Al % % 0,00 0,00

H % % 16,45 14,97

Fonte: Laboratório Rural de Maringá (Análise de Solos) - 2019

Como material de apoio, utilizamos a apostila de Tecnologias de

Produção de Soja – Região Central do Brasil (EMBRAPA – SOJA, 2014), e o

Guia Prático para Interpretação de Resultados de Análises de Solo (EMBRAPA

2015.)

• pH: em todas as análises o pH se encontra em nível médio, ou seja, não

há indicação de toxidez e não há a necessidade de fazer calagem.

• Matéria orgânica: a matéria orgânica está em nível médio de 1,5 a 3 g/dm³

em todas as análises.

• Fósforo: Os níveis de P no solo de todas as análises estão altos

(adequado).

• Potássio: Os níveis de K no solo de todas as análises estão altos

(adequado).

• Cálcio: Os níveis de Ca no solo de todas as análises estão altos.

• Magnésio: Os níveis de Mg no solo de todas as análises estão altos.

• Alumínio: Os níveis de Al no solo são nulos, não havendo acidez.

• Capacidade de Troca catiônica: Os níveis de CTC no solo de todas as

análises são altos.

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• Saturação de Bases: Os níveis de V% no solo são altos (acima de 70%),

por isso, não é recomendado fazer calagem.

• Micronutrientes: Os micronutrientes estão em níveis consideráveis. O

Boro (B) está baixo, podendo ser feita uma aplicação de recomendação,

o Sódio (Na) está em nível médio e os demais (Cobre (Cu), Zinco (Zn),

Ferro (Fe) e Manganês (Mn) estão em níveis altos).

De acordo com os resultados, a propriedade dos irmãos Visioli possui um

solo adequado para suas atividades agrícolas, atendendo às exigências das

culturas de interesse, não tendo que fazer investimentos altos para que haja

correção do solo nas safras, apenas a adubação convencional para atender à

exigência que a cultura necessita.

2.21 Classificação do solo

O levantamento de classificação do solo da propriedade dos irmãos Visioli

foi feito por duas trincheiras de um metro de profundidade, coletadas amostras

de solo de 0,8 m misturadas e caracterizada. Foi realizada também uma análise

separada granulométrica separada de cada solo de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm

de profundidade.

O resultado da análise física e classificação do solo dos lotes 129 e 130,

evidenciando suas características podem ser observados nas tabelas 3 e 4 e a

classificação da trincheira na tabela 5.

Tabela 3. Resultado da análise física (granulométrica) do solo do Lote 129.

GRANULOMETRIA PROFUNDIDADE 0 a 20 cm PROFUNDIDADE 20 a 40 cm

Total Areia 16,00 15,00

Silte 16,00 15,00

Argila 68,00 70,00

Classe textural Muito argiloso Muito argiloso

Tipo de solo Solo tipo 3 Solo tipo 3

Fonte: Laboratório Rural de Maringá (Análise de Solos) – 2019

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Tabela 4. Resultado da análise física (granulométrica) do solo do Lote 130.

GRANULOMETRIA PROFUNDIDADE 0 A 20 cm PROFUNDIDADE 20 a 40 cm

Total Areia 32,00 32,00

Silte 14,00 14,00

Argila 54,00 54,00

Classe textural Argila Argila

Tipo de solo Solo tipo 3 Solo tipo 3

Fonte: Laboratório Rural de Maringá (Análise de Solos) – 2019

Tabela 5. Resultado da análise física (granulométrica) da trincheira do Lote 129 e 130.

GRANULOMETRIA PROFUNDIDADE 80 cm

Total Areia 11,00

Silte 11,00

Argila 78,00

Classe textural Muito Argilosa

Tipo de solo Solo tipo 3

Fonte: Laboratório Rural de Maringá (Análise de Solos) – 2019

De acordo com as amostras do solo analisado (tabela 5), foi constatado

seguindo o livro Sistema Brasileiro de Classificação de Solo (Embrapa, 2013),

que o solo dos irmãos Visioli é um Nitossolo com horizonte B nítico.

O Nitossolo apresenta na sua composição um horizonte B nítico, com

horizonte mineral subsuperficial com textura muito argilosa (no caso dos irmãos),

argila maior ou igual a 350g/kg-¹ de TFSA (terra fina seca ao ar). A diferenciação

de horizontes é menos acentuada do que os Argisolos, e tem transição clara ou

gradual dos horizontes A para o B. Normalmente são profundos, bem drenados

e de coloração que varia de vermelha a brunada.

2.22 Análise de água

A utilização de água de boa qualidade, com parâmetros químicos e físicos

dentro dos padrões aceitáveis, é extremamente importante para aumentar a

eficiência da pulverização agrícola, visto que a água imprópria para este fim pode

provocar em alguns herbicidas, por exemplo, modificações em seu princípio

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ativo, podendo interferir na sua eficiência. Essa característica pode ser abordada

sob dois aspectos: a qualidade química da água (pH, dureza e íons dissolvidos)

e a qualidade física (presença de argila e matéria orgânica) (THEISEN &

RUEDELL, 2004).

Diante disso, realizamos a coleta e submetemos à análise bacteriológica

da água, seus teores de pH, dureza e cloro, com o intuito de caracterizar a

qualidade e diagnosticar se a água verificada pode ser utilizada para consumo

humano diariamente e se a mesma promove alterações na eficiência dos

produtos químicos na hora do preparo da calda a ser aplicado na lavoura.

Foi retirada uma amostra do poço semi-artesiano da propriedade sede

dos irmãos Visioli, onde utilizam a água tanto para consumo quanto para

atividades agrícolas (pulverização de agrotóxicos).

O resultado da análise física, química e bacteriológica da água na Sede,

estão representados pela Tabela 6.

Tabela 6. Análise física, química e bacteriológica da água do Lote 129 e 130.

PARÂMETROS RESULTADOS VMP (¹)

FÍSIO-QUÍMICOS

pH 7,21 6,0 a 9,5

Cloro Residual Livre <0,11 0,2 a 2,0

Dureza Total (CaCo3) 22,04 500

Dureza Relativa ao Cálcio (CaCo³) 14,03 -

Dureza Relativa ao Manganês (CaCo³) 8,01 -

PARÂMETROS BACTERIOLÓGICOS RESULTADOS VMP EM 100 mL

Coliformes Totais AUSENTE AUSENTE

Escherichia coli AUSENTE AUSENTE

Fonte: Laboratório de Qualidade de Água e Controle de Poluição – UEM, (2019).

Diante dos resultados apresentados acima, de acordo com o consumo

humano, podemos ver que a água analisada em termos físico-químicos não

satisfaz as exigências necessárias do Ministério da Saúde de 03/10/2017 para

ser considerada uma água potável, pelo fato do Cloro Residual Livre ser menor

do que o valor mínimo permitido (VMP) e se caracterizando como não potável

por esse motivo. Por outro lado, o resultado da análise bacteriológica satisfaz

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bacteriologicamente as exigências necessárias para ser caracterizada como

potável.

Apesar da amostra de água bacteriológica ser compatível com as

exigências de potabilidade, encontraram-se problemas quanto ao cloro residual

livre, o que torna a água imprópria para o consumo e apresentando futuros riscos

para a saúde humana. Portanto, é necessário fazer o tratamento,

acompanhamento e análise periódica dessa água para que ela se torne potável

novamente e não apresente quaisquer riscos para os consumidores.

Com relação à qualidade da água para pulverização, diante dos aspectos

químicos, trabalhos publicados demonstram que a água alcalina (pH acima de

7,0) ou a presença de alguns compostos utilizados em nutrientes foliares na

calda podem diminuir a eficiência dos herbicidas, especialmente de dessecantes

à base de glyphosate, de alguns herbicidas inibidores da enzima aceto lactato

sintetase (ALS) e de inibidores da enzima acetil coenzima A carboxilase

(ACCAse) (MERVOSH & BALKE, 1991; NALEJAVA & MATYSIAK, 1993).

Em muitos casos, observa-se que a redução do pH da calda para valores

próximos de 4,5 e a utilização de água limpa são práticas que podem aumentar

a eficiência dos herbicidas (SOUZA & VELLOSO, 1996), pelo fato de a absorção

foliar e sua atividade dependerem do estado das moléculas sobre as quais o pH

da solução tem influência.

Tendo em vista que o pH interfere na eficiência da calda na hora da

pulverização e com base na análise obtida, podemos diagnosticar que o pH do

poço de abastecimento que é de 7,21 está fora dos padrões necessários para

que haja uma boa eficiência, pois para isso é necessário um pH mais ácido. Isso

acarreta diretamente no custo dos produtores, tendo baixa eficiência nas

aplicações e podendo ter um custo maior por necessitar de mais pulverizações

para um melhor controle.

2.23 Clima

No Município de Maringá, a precipitação média anual varia entre 1500 e

1600 mm, e as temperaturas médias anuais entre 20 a 21° C, com média das

máximas entre 27 a 28° C e das mínimas entre 16 e 17° C. O clima predominante

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da região é do tipo subtropical, onde a temperatura média do mês mais frio é

inferior a 18ºC e a temperatura média anual é superior a 20ºC, com verões

chuvosos e invernos secos.

Maringá sofre as ações do “macroclima da região”. As massas de ar

polares, atlânticas, tropicais, que vêm do Equador em direção ao Sul, chegam

até Maringá, descaracterizando o clima que, segundo Maack (1968), é

subtropical úmido, pertencente ao tipo Cfa (clima mesotérmico úmido, de verão

quente). As chuvas são bem distribuídas ao longo dos anos, com uma ligeira

diminuição nos meses de inverno. As geadas não são frequentes. A umidade

relativa do ar varia de 18.8% (inverno) a 24.3% (verão).

Para as culturas de interesse, o clima é adequado para seu

desenvolvimento, porém, a falta de regularidade e atrasos incontroláveis, leva a

perdas durante o processo produtivo durante as safras.

2.23.1 Temperatura

Na soja, o fotoperíodo e temperatura são importantes para o

desenvolvimento da cultura, por provocarem mudanças qualitativas ao longo do

seu ciclo. As respostas a esses dois fatores não são lineares durante o ciclo de

vida da cultura, pois existem subperíodos em que ela é incapaz de perceber

esses sinais. Vários estudos têm caracterizado esses subperíodos, quanto à

sensibilidade à temperatura e ao fotoperíodo, principalmente entre a emergência

e a floração (MAJOR ET AL.,1975; JONES & LAING, 1978; HODGES &

FRENCH,1985; WILKERSON ET AL.,1989).

No milho, o conhecimento das exigências térmicas, desde a emergência

ao ponto de maturidade fisiológica, é fundamental para a previsão da duração

do ciclo da cultura em função do ambiente. Essas informações, associadas ao

conhecimento da fenologia da cultura, podem ser utilizadas no planejamento

para definição da época de semeadura, da utilização de insumos (fertilizantes,

inseticidas, fungicidas e herbicidas, principalmente), da época de colheita

(colheita de grãos ou momento de corte de milho para silagem).

As médias de temperatura levantadas nos últimos 10 anos no município

de Maringa – PR, podem ser observadas na Figura 16.

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FIGURA 16. Médias anuais de temperatura em °C dos últimos 10 anos na região

de Maringá-PR.

Fonte: Estação climatológica Principal de Maringá (ECPM).

2.23.2 Precipitação

Segundo IPPC (2001), a produtividade agrícola no Brasil depende do

clima e sua variabilidade. Esta dependência é importante durante o ciclo de vida

das culturas, além de responsável pela alternância das produções agrícolas

anuais, o que, sem dúvida, influencia diretamente no balanço da produção,

ocorrendo perda ou ganho em função das condições climáticas de uma região.

A exigência hídrica muda de cultivar para cultivar, tendo em vista que cada

uma tem sua necessidade e que ela necessita ser suprida em diferentes

momentos do seu desenvolvimento (estádios fenológicos), desde a germinação,

emergência, até a floração, enchimento dos grãos e colheita. Deste modo, se

torna fundamental estar atento às precipitações para estabelecer o momento

certo para o plantio e colheita, tendo em vista que a mesma pode trazer

benefícios e malefícios caso seja realizada em momento impróprio.

Na soja, o rendimento de grãos está associado à variabilidade de fatores

como a ocorrência de déficits hídricos e a relação da água no solo. Altos

investimentos são aplicados em lavouras de grandes culturas, que retrata a

importância da demanda hídrica para o desenvolvimento completo e eficiente

das plantas, principalmente em períodos de estiagem ou veranicos que

05

10152025303540

MÉDIA DE 10 ANOS DE TEMPERATURA (°C) NA REGIÃO DE MARINGÁ - PR

TEMP. MAX (°C) TEMP. MIN (°C) MÉDIA COMP.

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prejudicam o desenvolvimento das plantas em períodos críticos de maior

necessidade hídrica, como a floração à maturação fisiológica de grãos que

correspondem a 7,5 mm/dia (KUSS, 2006). A obtenção de produtividade

considerável na cultura da soja durante o ciclo depende da demanda hídrica

entre 450 a 850 mm, levando em consideração as variações do clima durante o

crescimento da cultura (FRANKE, 2000).

Já o milho, expressa alta sensibilidade a estiagens, logo a ocorrência de

períodos com redução do aporte hídrico às plantas em períodos críticos do

desenvolvimento da cultura, florescimento à maturação fisiológica, pode

ocasionar redução direta no rendimento final (BERGAMASCHI, et al., 2004).

Causando por exemplo, segundo Bergamaschi et al., (2006), a redução do

número de grãos por espiga; este comportamento acarreta em redução gradual

do rendimento final de grãos. A deficiência hídrica antecedendo a emissão das

anteras pode resultar em redução de 50% no rendimento de grãos e, em pleno

florescimento, ocasiona queda de 20% a 50% em período de 2 a 8 dias,

respectivamente (PEGORARE et al., 2009).

A cultura necessita, para obter rendimento máximo, de aproximadamente

650 mm de água (BERGAMASCHI et al., 2001) durante seu ciclo e pode variar

de 110 a 140 dias em híbridos com ciclo médio.

As médias de precipitação levantadas nos últimos 10 anos no município

de Maringá-PR, podem ser observadas na Figura 17.

FIGURA 17. Médias anuais de precipitação em milímetros dos últimos 10 anos

na região de Maringá-PR.

Fonte: Estação climatológica Principal de Maringá (ECPM).

0

100

200

300

MÉDIA DE 10 ANOS DE PRECIPITAÇÃO (MM) NA REGIÃO DE MARINGÁ - PR

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2.23.3 Geada

A geada é toda temperatura baixa suficiente e capaz de causar dano aos

tecidos vegetais, e este dano depende da intensidade e duração das baixas

temperaturas, da resistência da espécie e, principalmente, da fase do ciclo de

desenvolvimento da planta. É comum que o número de dias com geadas de alta

intensidade seja no inverno. Porém, as geadas que ocorrem no outono e na

primavera são as que causam maiores danos às espécies vegetais (PEREIRA

et al., 2001). Os danos causados pela geada podem ser diretos, como a morte

das plantas, e indiretos, que são os mais frequentes, em que restringem o

potencial de crescimento das plantas e contribuem para a suscetibilidade à

infecção por patógeno (HIGA et al., 1994).

A geada causa um resfriamento intenso, no qual a superfície atinge a

temperatura do ponto de orvalho permitindo que a pequena concentração de

umidade do ar adjacente à superfície se condense e congele (geada branca).

Quando não há vapor d’água não ocorre condensação e congelamento,

resultando na formação da geada negra, sendo que, neste caso, o resfriamento

é mais intenso (PEREIRA et al., 2001).

O levantamento das geadas ocorridas na região de Maringá – PR, nos

últimos 19 anos podem ser observadas no Quadro 15 abaixo.

Quadro 15. Levantamento de geadas ocorridas na região de Maringá-PR nos últimos 19 anos.

ANO COM OCORRÊNCIA DE GEADA DIA/MÊS

2000 13/07; 14/07; 17/07; 18/07; 20/07; 21/07; 24/07; 25/07

2001 21/06; 22/06; 29/07

2002 09/07; 03/09

2004 14/06; 01/08

2007 27/07

2009 03/07

2011 28/06

2013 24/07; 25/07; 28/08

2015 27/07

2016 12/06; 13/06; 18/07

2019 06/07

*Levantamento de ocorrência de geadas nos últimos dezenove anos na região de Maringá-PR. Fonte: Estação climatológica da Universidade Estadual de Maringá (2019)

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2.24 Tratos culturais na cultura da soja

2.24.1 Introdução da cultura

A soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma das mais importantes culturas na

economia mundial. Seus grãos são muito usados pela agroindústria (produção

de óleo vegetal e rações para alimentação animal), indústria química e de

alimentos. Recentemente, vem crescendo também o uso como fonte alternativa

de biocombustível (COSTA NETO & ROSSI, 2000). A cultura da soja

botanicamente enquadra-se como família Fabaceae, subfamília Faboideae,

espécie (Glycine max L.), nativa da Ásia. Originaria da China, de latitudes de 30°

a 45° N, nas regiões norte e central (MUNDSTOCK &THOMAS, 2005).

A soja é uma das culturas de maior importância econômica do

agronegócio brasileiro e do mundo. Segundo SEDIYAMA (2009), é uma planta

com extrema importância mundial, alto teor de proteína (40%) e óleo (20%),

utilizados para várias finalidades, como: alimentação humana, desinfetantes,

produção de biodiesel, produção de feno, forragem, pastagem e produção de

farelo tanto para a alimentação humana quanto para animal.

No Brasil, a soja se consolidou como um dos principais produtos da

agricultura, fortalecendo a posição do país como um dos principais “players” no

comércio agrícola mundial. As exportações originadas pelo complexo

agroindustrial da soja alcançaram um valor aproximado de US$ 25 bilhões no

ano de 2016, valor que representou, aproximadamente, 35% das exportações

do agronegócio nacional (BRASIL, 2016).

2.24.2 Dessecação pré-plantio da soja

Entre os meses de Agosto e Setembro os irmãos Visioli começam o

preparo das terras para que possam implementar a cultura de interesse (soja),

de início realizam dessecação das plantas invasoras da área, utilizando o

herbicida Glifosato (3,5L ha-1) + 2-4D Aminol (1L ha-1) + Diquat (2,5L ha-1),

também se utiliza após a cultura estabelecida. Esses herbicidas foram utilizados

para controle das plantas invasoras encontradas no local, de acordo com nosso

levantamento, foram encontradas plantas invasoras como: Campim-amargoso

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(Digitaria insularis L.), Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), Caruru

(Amaranthus deflexus), Milho voluntário (Zea mays), Falsa-serralha (Emilia

sonchifolia), Picão-preto (Bidens pilosa), Guanxuma (Sida rhombifolia),

Beldroega (Portulaca oleracea), entre outras, que ao se desenvolverem e se

instalarem podem promover rápida disseminação e causar prejuízos às culturas

seguintes.

2.24.3 Tratamento e inoculação da semente de soja

Os irmãos Visioli buscam sempre adquirir as sementes de empresas

idôneas e certificadas, garantindo a qualidade em germinação e vigor do material

propagativo. Além disso, fazem o tratamento de suas sementes com

inseticidas/fungicidas para aumentar a proteção delas contra fitopatógenos

(agentes bióticos) existentes no solo, tendo assim maior porcentagem de

germinação e número adequado de população por ha-1, evitando possível

necessidade de replantio.

Para o tratamento dessas sementes, os irmãos utilizam o Standak Top

(inseticida Fipronil) da BASF na medida de 0,2 L por 100 kg de semente.

Para a inoculação das sementes de soja, os irmãos utilizam o Master Fix,

que é um inoculante turfoso fixador de nitrogênio pela bactéria Bradyrhizobium

spp, que age promovendo a formação de nódulos nas raízes e criando

associação simbiótica entre os microorganismos e a planta. Foi utilizado 0,2 L

ha¹ para cada 50 kg de semente.

2.24.4 Plantio da soja

Os irmãos produtores começaram seu plantio no início de Setembro após

o período de chuvas de acordo com o zoneamento agroclimático, comandado

pelo Ricardo Visioli que é o responsável por ajustar as máquinas para a

semeadura correta.

Para a semeadura, os produtores optaram pela variedade Brasmax ponta,

utilizando em torno de 60kg.ha-1 de sementes. Essas sementes foram semeadas

no solo na profundidade aproximada de 3 centímetros juntamente com adubação

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de base (225kg.ha-1 do formulado 4-30-10). A semeadora estava ajustada para

semear 12 sementes por metro linear e com espaçamento de 45 cm entre linhas,

tendo como total aproximadamente 270 mil plantas por hectare. Após o

estabelecimento da cultivar, foi feita uma adubação de cobertura de 200kg.ha-1

de KCL.

2.24.5 Manejo das plantas invasoras da soja

Após a emergência e estabelecimento da planta de soja, foi necessário

fazer uma aplicação de herbicidas para controlar as plantas invasoras que

estavam se estabelecendo e competindo por água, luz, nutriente e espaço com

as culturas de interesse. Esse controle ocorreu em pós-emergência, entre 25 a

35 dias após emergência da cultivar. Foram utilizados para controle os

herbicidas: Glifosato (3L ha-1) + Clethodim Poker (1L ha-1) + 1L de óleo mineral

ha-1, segundo a recomendação da bula feita pelo fabricante. Mais uma vez, foi

utilizado para o controle de plantas invasoras como: Buva (Conyza bonariensis),

capim-amargoso (Digitaria insularis L.), Trapoeraba (Commelina Benghalensis

L.), carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum), Caruru (Amaranthus

viridis), Pé-de-galinha (Eleusine indica), Picão-preto (Bidens pilosa).

2.24.6 Controle de doenças e pragas da soja

Ao decorrer do estabelecimento e desenvolvimento da cultura, houve

necessidade de se fazer aplicações preventivas de agrotóxicos, tais como:

inseticidas e fungicidas.

A primeira aplicação se deu aproximadamente aos 50 dias após

emergência, utilizando o fungicida Orkestra 0,35L.ha-1 + 1L de óleo mineral

SAFE na mistura para melhorar eficiência. Outra vez, foi necessária a aplicação

de Aproach Prima, também na dosagem de 0,35L.ha-1 + 1L de óleo mineral na

mistura, juntamente com a aplicação do inseticida, utilizando 1 kg de acefato por

hectare para o controle do percevejo, que foi utilizado duas vezes.

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2.24.7 Dessecação da soja para colheita

Para o período pré-colheita, os produtores iniciaram o processo de

dessecação da cultivar, para ocorrer a secagem do grão e a colheita no grão

com menor umidade, visando minimizar as perdas na colheita e melhorar a

qualidade do grão entregue na Cooperativa. Para a dessecação da soja foi

utilizado o herbicida Diquat na dosagem de 2L ha-1+ 0,25L de Agral espalhante

adesivo.

2.24.8 Colheita da soja

Para a colheita da soja, o maior responsável é o Cesar Visioli, que fica

encarregado de verificar os maquinários, arrumar os caminhões para o

escoamento adequado da produção até a Cooperativa, que pode ser a Cocamar,

Integrada e Campos Verdes em Maringá-PR. Ele faz a análise da umidade do

grão, pegando grãos de algumas partes da lavoura e verificando a umidade que

deve estar em torno de 15 a 17% para que possa dar início à colheita.

2.24.9 Mistura de Tanque

A mistura em tanque é definida como a associação de agrotóxicos e afins

no tanque do equipamento aplicador, imediatamente antes da pulverização. Para

Guimarães (2014), a mistura em tanque de agrotóxicos ou afins propicia a

redução de custos, do número de entradas na área, de combustível e do volume

de água, menor compactação do solo, menor tempo de exposição do trabalhador

rural ao agrotóxico e melhor manejo e prevenção da resistência de pragas.

A mistura em tanque pode resultar em efeitos sinérgico, aditivo ou

antagônico em relação ao efeito de cada produto fitossanitário utilizado

isoladamente. A importância de determinar as concentrações de misturas de

agrotóxicos que causam efeitos prejudiciais em espécies não alvo, assim como

a necessidade de realizar estudos experimentais relacionados à exposição

conjunta de agrotóxicos e aprimorar a sua metodologia, foi abordada por Castro

(2009).

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Pelo acompanhamento em campo, constatamos que o produtor faz a

mistura de tanque de forma segura de acordo com as dosagens adequadas e a

recomendação do fabricante. Ressaltamos ainda, que foi regulamentada

recentemente a mistura de tanque, porém, é necessário se ter conhecimento dos

produtos quanto a sua incompatibilidade, pois um pode anular o efeito do outro

e até causar prejuízos sociais, econômicos e ambientais.

2.25 Tratos culturais da cultura do milho safrinha

2.25.1 Introdução da cultura

O milho (Zea mays L.) é uma gramínea originária da América Central,

enquadra-se como cereal de amplo espectro para utilização na alimentação

humana e animal como fonte energética. A produção brasileira tem ao longo dos

anos alcançado aumentos gradativos na produção devido a parâmetros como:

acréscimos em área semeada, tecnologias de produção e condições

edafoclimáticas favoráveis (CONAB, 2012).

Segundo (BERGAMASCHI et al., 2004), a cultura do milho fisiologicamente

expressa rotas metabólicas tipo C4, sendo altamente dependente da arquitetura

e expansão foliar, com capacidade de maximizar a interceptação da radiação

fotossinteticamente ativa. Estes parâmetros em equilíbrio proporcionam à cultura

grande rendimento final de grãos, e o sucesso deste processo só é possível na

ausência de deficiência hídrica.

A cultura do milho possui enorme importância socioeconômica. Ela

primeiramente se destaca por ser um alimento de baixo custo e por ser uma fonte

nutricional para alimentação humana e animal, e por sua grande utilização como

matéria prima para a produção de produtos derivados nas indústrias. Segundo

dados da (CONAB, 2014), o milho se torna um dos principais cereais cultivados

em todo o mundo e se torna o 2° grão mais cultivado no território brasileiro.

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2.25.2 Tratamento e inoculação da semente do milho

Para o cultivo do milho safrinha os irmãos produtores também buscam

comprar suas sementes com empresas idôneas do ramo, tudo isso para que haja

padronização e qualidade nas sementes adquiridas e para obter maiores

resultados do plantio à colheita. Ainda, os produtores trataram suas sementes

com Sombrero (Adama) 0,15L ha-1, que é um inseticida de contato e ingestão,

promovendo maior proteção para a semente diante de fitopatógenos (agentes

bióticos).

Para a inoculação da semente do milho, os irmãos também utilizam o

inoculante turfado Master Fix, fixador de nitrogênio pela bactéria Azospirillum

spp, que age promovendo a formação de nódulos nas raízes do milho. Para o

tratamento foi utilizado 0,2L.ha-1 para cada 50 kg de semente.

2.25.3 Plantio do milho

O plantio do milho foi iniciado no mês de Fevereiro. De acordo com o

zoneamento agroclimático, o responsável pelo plantio foi Ricardo Visioli, que

verifica as semeadoras, tratores e implementos, para que haja uniformidade do

plantio. As sementes utilizadas foram o híbrido Morgan 30A37 PW, foram

semeadas a 0,3 a 0,4 m de profundidade, tendo em média de 6 a 7 plantas por

metro linear e utilizando o espaçamento de 0,45m entre linhas, totalizando

aproximadamente 60 mil plantas por hectare. Juntamente com as sementes foi

feita a adubação de base, utilizando 325kg.ha-1 do formulado 10-15-15.

2.25.4 Controle de plantas invasoras no milho

Após o estabelecimento da cultura do milho, aproximadamente de 10 a 15

dias, foi aplicado o herbicida para controle de plantas invasoras. Desta vez, em

pós-emergente, foi utilizado Glifosato (2,5L ha-1) + Atrazine (3L ha-1). Os

herbicidas tiveram efeito positivo no controle das plantas invasoras que estavam

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em desenvolvimento e que poderiam prejudicar a cultura de interesse por

estarem em competição, exemplos de plantas daninhas encontradas e

controladas são: Buva (Conyza bonariensis), Capim-amargoso (Digitaria

insularis L.), Trapoeraba (Commelina Benghalensis L.), Carrapicho-de-carneiro

(Acanthospermum hispidum), Caruru (Amaranthus viridis), Pé-de-galinha

(Eleusine indica), Picão-preto (Bidens pilosa).

2.25.5 Controle de pragas e doenças

Para o controle de doenças e pragas os produtores utilizaram

primeiramente inseticida para controlar a incidência e severidade do percevejo,

para isso, fizeram duas aplicações: a primeira foi com o inseticida Exalt (0,1 L

ha-1) e a segunda, 10 dias depois, mais uma vez com exalt. Porém, desta vez

com uma dosagem de 0,125L/ha-1, outra de Perito (1kg acefato ha-1) e uma de

fungicida Azimut (0,6L ha-1).

2.25.6 Colheita do milho

Para a colheita do milho, o maior responsável é Cesar Visioli, que fica

encarregado de verificar os maquinários, arrumar os caminhões para o

escoamento adequado da produção até a Cooperativa, que pode ser a Cocamar,

Integrada e Campos Verdes em Maringá-PR. A umidade ideal para o começo da

colheita do milho se encontra entre 18 e 20% de umidade garantindo que não

afete o estado físico do grão e promovendo maior qualidade na hora da entrega

na Cooperativa. Para a colheita, os produtores utilizam suas duas Colhedoras e

seus caminhões para escoar a produção.

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2.26 Custo de produção

Segundo Bornia (2002), a contabilidade dos custos passará a

desempenhar um importante papel como sistema de informações gerenciais,

obtendo lugar de destaque nas empresas. A conjuntura atual em que as

empresas rurais estão inseridas é altamente dinâmica, refletindo na quantidade

e qualidade das informações necessárias à gestão dos empreendimentos.

Segundo Corah (1995), um problema citado por produtores rurais e profissionais

que atuam no setor agropecuário norte-americano é a falta de padronização nas

análises técnico-financeiras das propriedades, causando problemas no

entendimento e uso das informações geradas.

De acordo com o levantamento, os proprietários fazem o controle básico

de todos os custos da propriedade, tendo assim maior visão sobre sua empresa

e processos de produção.

O levantamento dos custos dos irmãos foi feito em cima da área total que

os produtores possuem, totalizando 748 hectares, e depois dividido

corretamente pelo valor para a área equivalente à área conduzida durante o

trabalho, que possui 48,4 hectares. Isso foi feito pelo fato de os produtores

possuírem e utilizarem uma quantidade excessiva de máquinas e implementos

para os tratos de uma área relativamente pequena. Portanto, conforme

orientação, os cálculos foram realizados desta forma, para poder simular

adequadamente os custos de produção que ele possui.

Os custos obtidos são relacionados às atividades de pré-plantio, plantio,

tratos culturais, colheita das duas culturas de interesse, soja e milho, e

evidenciando ainda, os custos ao escoamento da produção da safra 2018/2019,

estes que estão representados pelas tabelas 7, 8, 9 e 10, e nos quadros 16 e 17.

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Tabela 7. Custo de produtos utilizados na safra da soja 2018/2019.

PRODUTOS UTILIZADOS

NA SOJA

QUANTIDADE EM 1 HECTARE

QUANTIDADE EM 748

HECTARES

VALOR POR KG /

LITROS

VALOR TOTAL

Semente 50 kg 37.400kg R$ 6,00 R$ 224.400,00

Standak TOP (tratamento)

0,8 L 600 L R$ 0,70 R$ 420,00

Master Fix 0,3 224,4L R$ 90,00 R$ 20.196,00

Adubo 4-30-10 (Base)

186 kg 139.000 kg R$ 1,56 R$ 216.840,00

Adubo Kcl (Cobertura)

82,65 kg 61.822 kg R$ 1,50 R$ 92.733,00

Glifosato (Herbicida) 5,4 L

4.040 L R$ 11,00 R$ 44.500,00

2-4D aminol (Herbicida) 0,83 L

621 L R$ 14,00 R$ 8.694,00

Diquat (Herbicida) 2,06 L 1.541 L R$ 14,00 R$ 21.573,00 Cletodim

(Herbicida) 0,83 L 621 L

R$ 35,00 R$ 21.735,00

Óleo Mineral 2,5 L 1.870 R$ 10,00 R$ 18.700,00 Orkestra

(Fungicida) 0,29 L 217 L R$ 60,00

R$ 13.020,00

Protetivo SAFE 0,41 L 307 L R$ 55,00 R$ 16.995,00 Aproach

(Fungicida) 0,29 L 217 L R$ 37,20

R$ 8.073,00 Acefato

(Inseticida) 1,65 kg 1.234 Kg R$ 40,00

R$ 49.360,00

CUSTO TOTAL R$ 757.239,00

CUSTO HECTARE

R$ 1.012,35

Fonte: Levantamento feito a campo (2019).

Tabela 8. Custo de operações na safra da soja.

MECANIZAÇÃO (DIESEL)

QUANTIDADE EM 1

HECTARE

QUANTIDADE EM 748

HECTARES

VALOR POR

LITROS

VALOR TOTAL R$

Pré Plantio 3,30 L 2,468 L R$ 3,00 R$ 7.404,00

Plantio 8,27 L 6,186 L R$ 3,00 R$ 18.558,00

Tratos Culturais 3,30 L 2,468 L R$ 3,15 R$ 7.774,20

Colheita 12,4 L 9,275 L R$ 3,15 R$ 29.216,25

Expedição 8,27 L 6,186 L R$ 3,15 R$ 19.486,00

CUSTO TOTAL

R$ 82.438,45

CUSTO / HECTARE

R$ 110,21

Fonte: Levantamento feito a campo (2019).

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Quadro 16. Relação do custo da área total para a área analisada na safra da soja (48,4 hectares).

CUSTO TOTAL DE PRODUTOS +

OPERAÇÕES NA SAFRA DA SOJA

CUSTO TOTAL DE PRODUTOS + OPERAÇÕES /

HECTARE

CUSTO TOTAL DE PRODUTOS + OPERAÇÕES

NOS 48,4 HECTARES

R$ 839.677,45 R$ 1.122,56 R$ 54.331,90

Fonte: Levantamento feito a campo (2019).

Tabela 9. Custo de produtos utilizados na safra do milho.

PRODUTOS UTILIZADOS NO MILHO

QUANTIDADE EM 1

HECTARE

QUANTIDADE EM 748

HECTARES

VALOR POR KG / LITROS

VALOR TOTAL R$

Semente 15 kg 11.220 kg R$ 550,00 R$ 411.400,00

Sombrero (Tratamento)

0,12 L 9.275,2 L R$ 234,00 R$ 21.703,97

Master Fix 0,15 112,2L R$ 90,00 R$ 10.090,00

Adubo 10-15-15 (Base)

268,6 kg 200.912,8 kg R$ 1,54 R$ 309.096,61

Glifosato (Herbicida) 2,06 L

1.540,88 L R$ 11,00 R$ 16.949,68

Atrazine (Herbicida) 2,48 L

1.855,04 L R$ 14,00 R$ 25.970,56

Azimut (Fungicida) 0,50 L

374 L R$ 64,00 R$ 23.936,00

Unizeb Gold (Fungicida) 1,45 kg

1084,6 kg R$ 25,00

R$ 27.115,00

Exalt (Inseticida) 0,93 L 695,64 L R$ 128,26 R$ 89.222,78

Perito (Inseticida) 1,65 kg

1.234 kg R$ 44,00 R$ 54.296,00

Óleo Mineral 0,41 L 306,68 R$ 4,13 R$ 1.266,58

CUSTO TOTAL R$ 991.047,18

CUSTO / HECTARE

R$ 1.324,92

Fonte: Levantamento feito a campo (2019).

Tabela 10. Custo de operações na safra do milho.

MECANIZAÇÃO (DIESEL)

QUANTIDADE EM 1 HECTARE

QUANTIDADE EM 748

HECTARES

VALOR POR

LITROS

VALOR TOTAL R$

Pré Plantio 3,30 L 2,468 L R$ 3,00 R$ 7.404,00

Plantio 8,27 L 6,186 L R$ 3,00 R$ 18.558,00

Tratos Culturais 3,30 L 2,468 L R$ 3,15 R$ 7.774,20

Colheita 12,4 L 9,275 L R$ 3,40 R$ 31.535,00

Expedição 8,27 L 6,186 L R$ 3,33 R$ 20.600,38

CUSTO TOTAL

R$ 85.871,58

CUSTO / HECTARE

R$ 114,80

Fonte: Levantamento feito a campo (2019).

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Quadro 17. Relação do custo da área total para a área analisada na safra do milho (48,4 hectares).

CUSTO TOTAL DE PRODUTOS +

OPERAÇÕES NA SAFRA DO MILHO

CUSTO TOTAL DE PRODUTOS + OPERAÇÕES /

HECTARE

CUSTO TOTAL DE PRODUTOS + OPERAÇÕES

NOS 48,4 HECTARES

R$ 1.076.918,76 R$ 1.439,73 R$ 69.682,87

Fonte: Levantamento feito a campo (2019). *Os custos evidenciados acima são custos diretos ligados à atividade, nesse momento, desconsideramos custos indiretos e depreciações.

De acordo com os custos declarados, segue na tabela 11, a relação de

receita, custos fixos, variáveis e lucro obtido na safra de 2018/2019.

Tabela 11. Receita, custos e lucro da safra 2018/2019 com as culturas de soja e milho.

SAFRA 18/19 – 48,4 HECTARES

SOJA/MILHO R$/ANO

Receita verão / inverno R$ 372.680,00

Custos Variáveis R$ 164.014,34

Custos Fixos R$ 19.356,58

Custo Total R$ 183.370,92

Lucro R$ 189.309,08

Fonte: O Autor, 2019.

3 DIAGNÓSTICO

3.1 Pontos positivos

3.1.1 Época de plantio

Os irmãos Visioli seguem o Zoneamento Agroclimático para se posicionar

quanto à época de plantio adequada, assim, tendo maior segurança para efetivar

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a atividade e minimizar os riscos que possam ocorrer devido à alguma variação

climática.

3.1.2 Uso adequado de EPI’s

De acordo com os próprios produtores, todos os envolvidos nas atividades

fazem o uso correto de EPI’s, assim, promovendo maior segurança no trabalho

desenvolvido e minimizando possíveis riscos futuros relacionados à saúde.

3.1.3 Fertilidade do Solo

De acordo com as análises, a fertilidade de solo da propriedade dos

irmãos Visioli é adequada, não havendo grandes investimentos em insumos e

preparação do solo para que se possam executar as atividades agrícolas.

3.1.4 Tratamento e qualidade das sementes

Os irmãos compram sementes de empresas idôneas no mercado,

obtendo certificação do material adquirido e garantia quanto à sua qualidade.

Ainda assim, fazem o tratamento das sementes no dia do plantio, garantindo

então maior resistência contra os agentes bióticos que podem causar prejuízo e

atrapalhar a germinação/emergência da cultura.

3.1.5 Dessecação pré-plantio da soja

Os irmãos Visioli realizam a dessecação quinze dias antes do plantio da

soja, prevenindo a competitividade e problemas futuros com plantas daninhas na

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fase de germinação, emergência e estabelecimento da cultura de interesse,

possibilitando assim, maior ganho em desenvolvimento.

3.1.6 Máquinas e implementos em bom estado de conservação

As máquinas e implementos dos irmãos estão em sua maioria em boas

condições. Os irmãos Visioli fazem a manutenção correta dos equipamentos

entre as safras, ligando-os semanalmente para poder lubrificar e mantê-los em

funcionamento, além de revisá-los antes da execução das atividades fazendo as

manutenções necessárias.

3.1.7 Topografia e Conservação do Solo

A propriedade dos irmãos possui terras levemente onduladas, sendo que

na maior parte observa-se inclinação de média 6% com áreas de 4% de

declividade, tornando-a inteiramente agricultável.

A propriedade conta com terraços em níveis, que serão reformados na

próxima safra por questões de precaução, sendo capaz de captar e conduzir

adequadamente as águas da chuva e promovendo maior absorção da água no

solo, evitando possíveis erosões causadas pelo impacto da gota da chuva.

Os produtores utilizam o sistema de plantio direto para preservação da

estrutura do solo, preservando sua característica física, química e biológica além

de manutenção da cobertura do solo.

3.1.8 APP e Reserva Legal

A área de preservação permanente da propriedade está em conformidade

com a legislação, sendo superior ao exigido por lei. Os irmãos não possuem o

desejo de explorá-la até o limite legal para tornar a área agricultável maior.

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3.1.9 Estradas de escoamento de produção

Para o escoamento da produção, os irmãos possuem como estrada

principal a Estrada Hiller, que tem boas condições de tráfego, possuindo

cascalho e sem buracos/obstáculos que possam causar prejuízos ou danos aos

veículos que trafegam por ela. Ainda, existe outra estrada (Estrada Romeirinha)

que é praticamente toda asfaltada e está em ótimas condições, o que facilita o

acesso à Rodovia PR – 376.

3.1.10 Destinação adequada de embalagens vazias

Os irmãos Visioli tomam os cuidados adequados para a destinação

correta das embalagens de produtos químicos. Por este motivo é feita a tríplice

lavagem nas embalagens e em sequência elas são furadas, conforme a

legislação. Duas vezes ao ano, essas embalagens são encaminhadas para a

empresa ADITA (Associação dos Distribuidores de Insumos e Tecnologia

Agropecuária), onde é feita a destinação final e correta das embalagens vazias

de agrotóxicos.

3.1.11 Busca por conhecimento, inovação e tecnologia

Os irmãos Visioli permitem que as empresas realizem dias de campo em

sua área para trocar conhecimento com produtores da região, são feitos testes

com novas tecnologias (sementes, adubos, fertilizantes e defensivos) em

desenvolvimento. Participar de outros dias de campo da região, ir em eventos

relacionados à atividade e buscar conhecimento nas mídias sociais.

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3.1.12 Uso do próprio caixa da empresa

Os irmãos, após um período de crise e conflito com o banco no passado,

decidiram liquidar a dívida e fazer os investimentos do próprio caixa da empresa.

Desde então, não utilizam o dinheiro e nem as condições ofertadas pelo banco

para realizar as atividades agrícolas.

3.1.13 Barracões

Os barracões que armazenam os maquinários/veículos e insumos

agrícolas estão em boas condições e promovem a conservação dos bens

guardados.

3.1.14 Rendimento dos funcionários

Para que os funcionários tenham maior desempenho e cuidem melhor do

operacional e da lavoura no dia a dia, os irmãos adotaram como estratégia uma

participação dos lucros da safra, estimulando os funcionários a trabalharem com

mais dedicação e promovendo melhores resultados na produção, trazendo

benefício para ambos.

3.2 Pontos negativos

3.2.1 Qualidade da água

A água provinda do poço semi-artesiano apresenta quantidade de cloro

residual que não satisfaz os padrões físico-químicos de potabilidade exigidos

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pelo Ministério da Saúde. Por esse motivo, torna-se inadequada para o consumo

humano.

Conforme a Tabela 6 (Análise física, química e bacteriológica da água), é

possível verificar que os índices encontrados de cloro residual não obedecem à

exigência necessária para ser considera como potável. Desta maneira, torna-se

necessário o tratamento da água para fins de consumo humano.

3.2.2 Compactação do solo

A propriedade dos irmãos apresentou níveis de compactação

significativos. Durante a medição verificamos pontos os quais tivemos que fazer

mais esforço do que o normal. A compactação do solo pode prejudicar de muitas

formas as culturas de interesse, sendo um fator limitante para o melhor

desenvolvimento e estabelecimento da planta pelo fato de reduzir a aeração do

solo, a germinação/emergência, o desenvolvimento em profundidade de raízes

e a busca por água e nutrientes em períodos de estiagem; causando grande

prejuízo na produtividade.

3.2.3 Assistência técnica

Os irmãos Visioli não utilizam assistência técnica particular e regular para

auxílio nas atividades agrícolas, os mesmos buscam apenas o Engenheiro

Agrônomo da Cooperativa em épocas de safra. Estes muitas vezes não dão

atenção mais criteriosa à propriedade o que acaba prejudicando o manejo do

agricultor.

3.2.4 Rotação de Culturas

Os irmãos produtores não utilizam a prática de rotação de culturas,

estabelecendo o monocultivo ano após ano. Um sistema de rotação de cultura

pode trazer vantagem no sistema de produção como: elevação da produtividade

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(a qual evita o estabelecimento e resistência de patógenos pelo fato de usar

sempre o mesmo princípio ativo dos agrotóxicos), ganhos de matéria orgânica

(promove melhor estrutura física), química e biológica do solo (para melhor

aproveitamento de nutrientes por causa de diversificação de plantas).

3.2.5 Controle de Pragas

Os irmãos Visioli fazem as aplicações de inseticidas quando, em visita à

área, observam a incidência de insetos praga; porém, os produtores não utilizam

a técnica de pano de batida ou de outra que quantifique a incidência do inseto

para saber ao certo o nível de dano econômico que está causando. Isto faz com

que a aplicação do agrotóxico, na maioria das vezes, não seja feita no momento

mais adequado de dano econômico, promovendo maior gasto com agrotóxicos

e/ou danos na produtividade.

3.2.6 Controle de Doenças

Os irmãos adotam como controle de doenças nas culturas de interesse, o

calendário fixo de aplicações de fungicidas, promovendo a prevenção da cultura

contra a doença, mas isto pode levar a gastos elevados e sem necessidade. O

correto seria o acompanhamento, quantificação da incidência e severidade

adequada antes de promover o controle, de acordo com o nível de dano

econômico. A EMATER dispõe de assistência técnica para acompanhamento e

verificação de focos de ferrugem no estado do Paraná.

3.2.7 Controle de custo

O controle e gestão dos custos é feito por anotações e por comprovantes

de pagamento, que são conferidos pelos irmãos, porém, não há sistematização

e análise crítica dos gastos.

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3.2.8 Análise de solo

Os produtores mesmo possuindo um solo fértil, segundo análise feita em

2019, não fazem a análise de solo frequentemente na área, eles utilizam e

administram a quantidade dos adubos incorporados pela resposta na

produtividade. Assim sendo, utilizam normalmente a mesma quantidade ano

após ano. Isto pode prejudicar o solo e a cultura, além de aumentar os gastos

desnecessariamente.

3.2.9 Armazenamento de embalagens vazias

Embora os irmãos Visioli tomem os cuidados necessários no momento de

destinação das embalagens vazias, encontramos condições inadequadas na

estrutura externa da tulha, pois ela é sustentada por blocos de tijolo que não são

fechados. Podendo ser um ambiente favorável ao acúmulo de lixo, à entrada e

moradia de roedores, animais peçonhentos e até insetos; além de ser passível

de riscos à saúde devido à picada direta, transmissão de doenças e/ou

contaminação do local, prejudicando o meio ambiente.

3.2.10 Armadilha para roedores

Nas visitas feitas não encontramos quaisquer cuidados tomados contra

animais roedores que causam danos às estruturas, maquinários e insumos da

propriedade; podendo acarretar consequências no andamento da cadeia

produtiva, maximizando os custos e minimizando a lucratividade final do

produtor.

3.2.11 Redutor de pH para calda de pulverização

De acordo com a análise da água coletada e o resultado do pH,

recomenda-se que seja feito o tratamento desta água antes da aplicação, tendo

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em vista que, o pH influencia diretamente na eficiência do produto, e isso impacta

diretamente nos custos do produtor.

3.3 Oportunidades

3.3.1 Implantar rotação de culturas

O sistema de rotação de cultura traz vantagens como: a melhoria da

qualidade de produção, elevação da produtividade do sistema, redução da

quantidade de indecência de doenças e pragas. Além da melhoria do solo nas

questões físicas, químicas e biológicas, ela promove maior equilíbrio na

diversidade de inimigos naturais, evita grandes dosagens de agrotóxicos que

poluem o meio ambiente pelo fato de não induzir à resistência, melhora o teor de

matéria orgânica no solo, tornando-o mais fértil.

3.3.2 Cisterna

A implantação de uma cisterna poderia ser útil aos produtores para a

lavagem dos maquinários e ferramentas após realizarem as atividades de

campo, para a lavagem de embalagens vazias, para que os funcionários possam

fazer o uso delas nas atividades aleatórias desenvolvidas diariamente, e até para

abastecimento do pulverizador nas aplicações de agrotóxicos.

3.3.3 Acompanhamento financeiro detalhado

A gestão e o controle financeiro detalhado proporcionam maior facilidade,

simplicidade, rapidez, melhor entendimento e acompanhamento do andamento

das atividades desenvolvidas, como: controle de receita, de custos de produção

e investimentos, podendo ser realizado através de planilhas de computador,

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diminuindo a quantidade de registros em papel, e com menor risco de perder

algum comprovante.

3.3.4 Qualidade da água

Promover o tratamento do Cloro visando à qualidade da água em termos

de potabilidade, para que se obtenha uma água que possa ser consumida pelo

ser humano sem quaisquer riscos à saúde.

3.4 Ameaças

3.4.1 Sucessão de cultura

A sucessão de culturas faz com que os irmãos estejam sempre à deriva

dos preços do mercado, dependendo de melhores resultados na economia ou

da quebra de safra de países concorrentes para que consigam um preço

satisfatório para cobrir o custo de produção e lucrar um pouco mais.

3.4.2 Plantas daninhas

O controle de plantas daninhas vem sendo cada vez mais ineficaz que é

causado pelo manejo incorreto, superdosagens, utilização do mesmo princípio

ativo e a falta de alternância de produtos. Isto tudo promove a resistência das

plantas invasoras, aos produtos utilizados como herbicidas, além da falta de

outros recursos ou técnicas que sejam capazes de promover a erradicação das

plantas invasoras sem prejudicar a cultura de interesse que está estabelecida

em campo.

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3.4.3 Área de refúgio

A área de refúgio é necessária para o manejo de resistência a insetos –

praga, para que não ocorra à quebra de resistência das cultivares utilizadas na

safra, promovem também o equilíbrio ecológico e não permitem gerar mais

resistência.

3.4.4 Qualidade da água potável

Atualmente, segundo análise do Departamento de qualidade da água e

controle de poluição (saneamento ambiental) da UEM (Universidade Estadual de

Maringá), a água analisada destaca-se como não potável pelo parâmetro do

cloro residual livre por não satisfazer os padrões físico-químicos exigidos pelo

Ministério da Saúde, podendo causar problemas de saúde para aqueles que a

consumirem.

4 PLANEJAMENTO

4.1 Objetivo

O planejamento tem como objetivo principal melhorar, corrigir e promover

soluções para os problemas levantados e diagnosticados durante a realização

deste trabalho, utilizando o conhecimento técnico e prático com a intenção de

aperfeiçoar as atividades dos produtores, e com o intuito de utilizar

conscientemente a capacidade da terra, de modo a explorar com eficiência os

insumos, implementos e tecnologias disponíveis para reduzir custos e maximizar

o lucro obtido nas atividades.

A partir do exposto, o planejamento deve solucionar os problemas

encontrados e promover melhorias temporárias e sustentabilidade.

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O planejamento nos leva ao dia a dia do produtor, onde devemos ter uma

visão holística da totalidade do sistema produtivo a todo o momento, dando

confiança e auxílio técnico que o produtor precisa na hora da tomar decisões nas

suas atividades desempenhadas.

4.2 Tratamento da água para o consumo humano

Para realizar o tratamento de água da sede dos irmãos Visioli, indica-se o

processo de cloração com o uso de um clorador ou dosador eletrônico, prática

simples e fácil, podendo ser feito pelo próprio produtor. Para o método com o

clorador podem-se utilizar canos de PVC e pastilhas de cloro com teores

adequados, de acordo com a quantidade de água utilizada. Há vários tipos e

tamanhos de pastilhas, sendo possível utilizar uma única pastilha para tratar

10.000 litros de água, com um dissolvimento lento.

A parte inferior do clorador deve ficar acima do nível máximo da água na

caixa, então a água entra no clorador, passa pela pastilha, que irá dissolver-se

lentamente liberando o cloro na água, e posteriormente, será armazenada na

caixa d’água. Suponha que o produtor gaste em média 5 mil litros de água por

dia, ou 140 mil litros de água por mês. Calculando o valor das pastilhas que

variam entre R$5,00 a R$7,00 reais cada, seriam utilizadas 14 pastilhas por mês,

o que corresponde ao valor médio que varia entre R$70,00 e R$98,00 com o

tratamento mensal da água.

O dosador eletrônico por sua vez, possui um sistema que detecta a

quantidade de cloro da água e automaticamente libera o cloro na medida ideal a

fim de estabilizar o nível necessário. É um método mais eficaz do que o das

pastilhas, por ser mais preciso, mas é mais caro para ser adquirido, com o valor

em torno de R$260,00 e R$350,00, dependendo do modelo.

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4.3 Descompactação do solo

Para auxiliar a descompactação do solo, ao invés do revolvimento com

implementos que promoveria a desestruturação física do solo, perda de matéria

orgânica e quebraria a continuidade do plantio direto, poder-se-ia realizar a

rotação de culturas, alternando entre as culturas de: soja, milho, trigo, aveia

preta, nabo forrageiro, Brachiaria sp. e crotalária; cada uma delas

desempenharia um efeito positivo na estrutura do solo, auxiliando na

descompactação do mesmo, garantindo maior percentagem de matéria orgânica

(se comparado com os métodos convencionais de preparo de solo) e

aumentando a produtividade das culturas que virão nas próximas safras.

As culturas a serem implantadas e rotacionadas irão promover a médio e

longo prazo uma descompactação do solo, devido ao crescimento agressivo de

algumas raízes, outras por serem tubérculos como, por exemplo, o nabo

forrageiro, garantindo maior aeração, melhor infiltração de água no solo, mais

porosidade, cobertura do solo (aumentando a umidade) e condições adequadas

para o desenvolvimento das culturas.

4.4 Assistência Técnica

É necessário realizar a assistência técnica devido à importância de

acompanhar cada processo dentro da cadeia produtiva. Ela é indicada aos

irmãos principalmente para auxiliar na tomada de decisões do sistema produtivo

como: pré-plantio, hora certa de aplicar os defensivos químicos pré-plantio,

seguindo as premissas de MIP e MID. Devem-se fazer análises de solo

regularmente para saber sobre as características físico-químicas do solo e

promover a aplicação correta de adubos, fugindo dos pacotes fechados

oferecidos pelas Cooperativas e assistência na venda do produto. Almeja-se,

portanto, maior eficácia das atividades e promove-se um retorno lucrativo e mais

satisfatório.

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4.5 Rotação de Cultura

A rotação de culturas consiste em alternar no tempo, o cultivo de espécies

vegetais numa determinada área, preferencialmente com culturas que possuem

sistemas radiculares diferentes (gramíneas e leguminosas) onde cada espécie

deixa um efeito residual positivo para o solo e para a cultura sucessora

(GAUDENCIO ET AL., 1986; CALEGARI, 1990, BROCH ET AL. 1997; SANTOS

& REIS, 2003). Independentemente da cultura e da região, elas são importantes

para a produção de palhada para o controle da erosão, elevação dos níveis de

carbono no solo, diminuição de ervas daninhas, fertilização dos solos e ciclagem

de nutrientes (GARCIA ET AL.,1996; CATELLAN, 1997; AITA & GIACOMINI,

2006).

Segundo (EMBRAPA, 2003), na entressafra é feita a rotação de culturas

que consiste em alternar, anualmente, espécies vegetais, numa mesma área

agrícola. As espécies escolhidas devem ter, ao mesmo tempo, propósitos

comerciais e de recuperação do solo onde há a melhora das características

físicas, químicas e biológicas do mesmo, auxiliam no controle de plantas

daninhas, doenças e pragas, repõe matéria orgânica e protegem-no da ação dos

agentes climáticos. Ajuda a viabilização do sistema de semeadura direta e dos

seus efeitos benéficos sobre a produção agropecuária e sobre o ambiente como

um todo.

As culturas escolhidas e cultivadas na rotação de culturas dependerão do

objetivo do produtor, podendo ser para manutenção do solo no período

entressafras, renda direta com a cultura, da facilidade de escoamento,

acessibilidade aos insumos necessários para conduzi-las, tecnologias

disponíveis e presença de assistência técnica para a orientação.

A área levantada, hoje, é conduzida com sucessão de culturas, alternando

entre soja no verão e milho-safrinha no inverno. Com base nas pesquisas

realizadas, áreas cultivadas por vários anos com a mesma cultura traz diversos

inconvenientes: as pragas e doenças tornam-se mais graves, as plantas

invasoras aumentam e tornam-se seletivas, a fertilidade do solo decresce, e a

produtividade das lavouras diminui.

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A rotação de cultura bem manejada promove inúmeros benefícios a médio

e longo prazo, como: aprimoramento do solo em sua estrutura (física, química e

biológica), deixando-o livre de problemas com erosão por promover cobertura.

Melhora a aeração, porosidade e infiltração de água, aumenta o teor de matéria

orgânica, evita a compactação do solo, deixa-o friável e também, espera-se

diminuir a incidência de pragas e doenças com o passar dos anos, estas ações

em conjunto favorecem a diminuição de custos de produção.

Diante disso, foi feito um planejamento de acordo com o tamanho da área,

promovendo a rotação de cultura nas próximas safras. No quadro 18, é

demonstrada a sugestão de rotação de cultura desenvolvida para a ela.

Quadro 18. Planejamento de rotação de cultura para o Lote 129 e 130.

SAFRAS

ÁREA PERÍODO 2019/2020 2020/2021 2021/2022 2022/2023 2023/2024

12,1

Verão Soja Milho Soja Milho Soja

Inverno Trigo Aveia +

Nabo

Milheto Aveia preta Trigo

12,1

Verão Soja Milho Soja Milho Soja

Inverno Brachiaria Aveia +

Nabo

Milheto Aveia Preta Milho+

Brachiaria

12.1

Verão Soja Soja Milho Soja Milho

Inverno Milho Aveia +

Nabo

Trigo Milheto Brachiaria

12,1

Verão Soja Brachiaria Soja Soja Soja

Inverno Aveia

+ Nabo

Milho Trigo Milheto Milho

Fonte: Planilha adaptada.

A escolha das cultivares que irão compor a rotação de cultura foi feita

baseada em culturas de importância econômica (Soja, Milho e Trigo), e culturas

que promoverão manutenção e melhoria na qualidade do solo (Brachiaria., Aveia

Preta, Nabo Forrageiro e Milheto). A área foi dividida em 4 talhões equivalente

de 12,1 hectares, onde serão implantadas as culturas. Para cada safra, será feito

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o manejo necessário para controle de plantas daninhas e manutenção das

culturas durante o seu ciclo, de acordo com as necessidades.

Com a implantação e manejo correto da rotação de cultura, espera-se a

médio e longo prazo que haja diminuição de plantas daninhas, pragas e doenças,

melhoria na estrutura química, física e biológica do solo, melhores rendimentos

em relação à safra, com aumento de produtividade e redução de custos nos

tratos culturais; obtendo uma terra mais fértil e manejável, com melhores

respostas agronômicas e de custos reduzidos.

Antes do plantio da safra de verão 2019/2020 recomendamos o preparo

do solo para o recebimento da cultura. Começamos com o controle de plantas

invasoras de folha estreita como capim-amargoso e capim-pé-de-galinha. O

controle será feito com o uso de Clethodim (0,8L ha-1) + Glifosato (1,65L ha-1) +

Óleo mineral (0,5% do volume da calda). Para o controle de plantas invasoras

de folha larga como trapoeraba, buva, corda-de-viola, utilizamos herbicidas com

base de 2,4-D (1L ha-1) + Glifosato (2,4L ha-1) + Óleo mineral (0,5% do volume

da calda).

4.5.1 Tratos culturais no cultivo da soja

A soja será conduzida de acordo com os tratos que os produtores estão

fazendo, e segundo eles, estão obtendo bons resultados. A cultivar utilizada será

a Brasmax ponta, utilizando 12 sementes por metro linear e espaçamento de

0,45 metros, totalizando aproximadamente 270 mil plantas por hectare. O

tratamento de semente utilizado será com o Standak Top, que é um

fungicida/inseticida protetor, sistêmico, de contato e ingestão, do grupo

estrubilurina, benzimidazol e pirazol, utilizado na dosagem de 0,2L por 100 kg de

semente.

Ainda para tratamento, recomenda-se o Master Fix da BASF, que é um

inoculante turfoso que induzirá a nodulação das raízes para fixação de nitrogênio

com a bactéria Bradyrhizobium spp, na dosagem de 0,2L a cada 50 kg de

semente.

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A relação de insumos para a cultura da soja está expressa na tabela 12.

Tabela 12. Relação de insumos necessários para a produção de soja.

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1 CUSTO HA-1R$

CUSTO TOTAL R$

Semente Brasmax

ponta 48,4 60 RS390,00 RS4.719,00

Adubação de Base

NPK (0-30-10)

48,4 180 R$289,89 R$3.507,66

Fonte: O autor, 2019

Para o controle de plantas daninhas é recomendado o Spider 840 WG,

um herbicida granulado e seletivo do grupo das sulfonanilidas triazolopirimidinas,

na dosagem de 0,23 a 0,41 kg ha-1, recomendado em pré-emergência, requer

solo úmido no momento da aplicação para que o herbicida possa infiltrar-se nele

e alcançar sua máxima eficiência. Ele é utilizado no controle de buva, caruru,

corda-de-viola, leiteira, falsa serralha, trapoeraba, capim-amargoso, carrapicho-

de-carneiro, picão-preto, entre outros.

Para o controle de doenças na soja, fizemos uso do mesmo produto

utilizado pelos produtores, pois eles tem tido resultados positivos. O Orkestra,

fungicida de ação protetora e sistêmica dos grupos químicos estrobilurina

(Piraclostrobina) e carboxamida (Fluxapiroxade), na dosagem de 0,35L.ha-1 de

acordo com a bula. Aproach Prima é um fungicida sistêmico, do grupo químico

estrubilurina (inibe o fluxo de elétrons da respiração mitocondrial) e triazol (inibe

a biossíntese do ergosterol), recomenda-se segundo a bula na dosagem de

0,3L.ha-1+ 0,75L.ha-1 de adjuvante específico para melhorar a eficiência.

Para o controle de pragas, também será seguido o controle dos irmãos,

pois ele tem sido eficiente no controle das pragas alvo da soja. Será aplicado em

mistura de tanque juntamente com o Aproach Prima + 1kg.ha-1 de Perito

(acefato), para combater as pragas que atacam a cultura.

De acordo com o exposto, segue na tabela 13 as recomendações para os

tratos culturais da soja.

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Tabela 13. Relação de produtos químicos necessários para a produção de soja.

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO

QUÍMICO INGREDIENTE

ATIVO DOSAGEM

L/HA-1

Herbicida Spider Sulfonanilidas

triazolopirimidas Diclosulam 0,23 a 0,41kg

Fungicida Orkestra Estrubilurinas + carboxiamidas

Piraclostrobina + Fluxapiroxade

0,35

Fungicida Aproach Prima Estrubilurinas +

triazol Picoxistrobina + Ciproconazole

0,3

Inseticida Perito Organofosforado Acefato 1kg

Tratamento de semente

Standak Top Estrubilurinas + Benzimidazol +

Pirazol

Pìraclostrobina + Tiofonato Metílico

+ Fipronil 0,2

Inoculante Master Fix x x 0,3

Adjuvante Óleo Mineral x x 0,75

Fonte: O Autor, 2019.

4.5.2 Tratos culturais na cultura do Trigo (Triticum aestivum)

O trigo é uma das culturas mais importantes na alimentação humana,

juntamente com o arroz e o milho. No Sul do Brasil, faz parte dos sistemas

agrícolas mais tradicionais, como a sucessão trigo-soja (Fontaneli e Del Duca,

2001).

O consumo de trigo no Brasil é de aproximadamente de 60 kg habitante-

1 ano-1, sendo o país um grande importador deste grão, pois sua produção tem

oscilado ao redor de 6,0 milhões de toneladas para um consumo potencial de

aproximadamente 10 milhões de toneladas, (MASCHIO, 2004).

Dentre as práticas de manejo disponíveis para a cultura do trigo, a

adubação verde destaca-se por melhorar os atributos químicos, físicos e

biológicos do solo a baixo custo, (Nunes et al., 2011).

O Trigo comum (Triticum aestivum), deve ser semeado em um

espaçamento de 0,17 metros nas linhas, totalizando 65 plantas por metro linear,

(PMS de 34g). De acordo com a análise do solo e a exigência nutricional da

cultura, a adubação de base será feita com o formulado 30-30-30. A variedade

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de trigo utilizada será a BRS 248, que segundo a Embrapa, apresenta ciclo

precoce, ampla adaptação, inclusive recomendada para a região 8 do Paraná

(região a qual estamos situados), boa estabilidade de massa, resistência à

germinação pré-colheita, apresenta boa tolerância às principais doenças do

trigo. A semente será tratada com Standak Top da BASF que atuará como

fungicida e inseticida para proteção da semente, a dosagem utilizada

recomendada pela bula é de 1000ml/100kg de semente. Os insumos

necessários para a implantação da cultura estão representados na tabela 14.

Tabela 14. Relação de insumos necessários para a produção de Trigo.

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1 CUSTO / HA-1 R$

CUSTO TOTAL R$

Semente BRS 248 12,1 120 R$360,00 R$4.356,00

Adubação de Base

NPK (30-30-30)

12,1 150 R$ 324,00 R$3.920,40

Fonte: Autor, 2019.

Para o controle das plantas invasoras na cultura do trigo em pré-

emergente será utilizado o 2,4-D, herbicida de ação sistêmica, na dosagem de

0,35 a 0,7 L.ha-1 para o controle de folhas largas, ou TOPIK da Syngenta em

pós-emergente, na dosagem de 0,25L.ha-1, controlando bem a incidência de

aveia e azevém.

Para o controle de doenças, as aplicações deverão ser feitas de acordo

com as premissas do MID, para a administração no momento certo da doença.

Utilizaremos o Nativo que é um fungicida mesostêmico e sistêmico do grupo

estrobilurina e triazol, pois possui um amplo espectro de doenças, como:

brusone, giberela, mancha amarela, mancha marrom, ferrugem da folha e oídio.

Aplica-se no máximo 3 vezes com intervalos de 15 dias, feita no estágio

vegetativo (final do perfilhamento), início do alongamento e no início do

florescimento, caso haja presença da praga.

Para o controle de insetos, as aplicações também serão feitas mediante

o monitoramento e as premissas do MID. Para o controle de lagarta utilizaremos

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o Lannate na dosagem de 0,5 a 1,3L ha-1, quando tiver a incidência > que 2

lagartas/m² insetos (não excedendo 8 aplicações), e para o controle de

percevejos utilizaremos o Engeo Pleno, na dosagem de 0,4L/ha-1, quando a

incidência for maior que quatro percevejos/m².

De acordo com o manejo citado, a relação do controle de pragas e

doenças do trigo está representada na tabela 15.

Tabela 15. Relação de produtos químicos necessários para a produção de Trigo.

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO QUÍMICO

INGREDIENTE ATIVO

DOSAGEM L/ ha-1

Herbicida 2,4-D Ácido

ariloxialcanoico 2,4-D 0,35

Herbicida Topik Ariloxifenopropiônico Clodinafope

Porpargil 0,25

Fungicida Nativo Estrobilurina/

Triazol Trifloxistrobina/ Tebuconazol

0,2

Inseticida Lannate metilcarbamato de

oxima Methylcarbamoylo

xy 0,6

Inseticida Engeo Pleno Piretroide/

Neonicotinoide Lambda/

Tiametoxam 0,4

Fonte: O Autor, 2019.

4.5.3 Tratos culturais na cultura do milho verão.

O milho verá será implantado na safra de verão, a cultivar escolhida será

a Supremo Viptera 3 da Syngenta como viabilidade econômica. A cultivar tem

ciclo precoce, pode chegar a 2,5 metros de altura, promove elevado potencial

produtivo, maior qualidade de grãos, elevada resposta ao manejo, alta

adaptação, proteção contra as lagartas que afetam a cultura, resistente ao

glifosato, opção de refúgio. É semeada em um espaçamento de 0,45m na linha

e 5 plantas por metro linear, totalizando aproximadamente 55 mil sementes por

hectare (PMS 386g).

Para o tratamento de semente do milho recomenda-se o Sombrero

(Adama) 0,15L ha-1, que é um inseticida de contato e ingestão, e o inoculante

Master Fix da BASF, que é um inoculante turfoso que induzirá a nodulação das

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raízes para fixação de nitrogênio com a bactéria Azospirillum spp, na dosagem

de 0,2L a cada 50 kg de semente.

A relação dos insumos necessários na produção do milho solteiro de

verão está expressa na tabela 16.

Tabela 16. Relação de insumos necessários para a produção do milho verão.

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1 CUSTO / HA-1 R$

CUSTO TOTAL R$

Semente SUPREMO VIPTERA 3

12,1 22 R$257,30 R$3.113,33

Adubação de Base

NPK (10-20-20)

12,1 200 RS416,00 R$5.033,60

Adubação de

Cobertura N 12,1 50 R$130,00 R$1.573,00

Fonte: Autor, 2019.

Para fazer um controle eficiente das plantas daninhas, além da prática de

rotação de cultura e palhada no solo, pode ser feito o controle químico caso haja

necessidade. Para o controle químico, utilizaremos o Glifosato na dosagem de

até 2,4L.ha-1 (pós-emergência), ou Atrazina 1,5 a 2L.ha-1 (pós-semeadura).

Ambos produtos, não afetam ou prejudicam a cultura de interesse.

Para o controle de doença no milho, será recomendado o uso do fungicida

Azimut, é um fungicida sistêmico dos grupos estrubilurina e triazol, ele será

aplicado na dosagem de 0,5L.ha-1 +0,5% de Óleo mineral na calda para o

combate à cercosporiose, ferrugem e manchas. A primeira aplicação é de 30 a

50 dias após a semeadura. De acordo com o aparecimento da doença, deve-se

realizar no máximo 2 aplicações com intervalos de 14 dias, conforme a bula.

Para o controle de doenças, utilizaremos o Perito (1kg de acefato/ha-1) e

Exalt 0,125L.ha-1 para o controle de insetos como percevejo e lagarta, embora a

cultivar escolhida seja resistente à lagarta.

De acordo com a recomendação, está expresso os produtos químicos

necessários para a cultura de milho solteiro na safra de verão na tabela 17.

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Tabela 17. Relação de produtos químicos necessários para a produção do milho verão.

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO QUÍMICO

INGREDIENTE ATIVO

DOSAGEM L/HA-1

Herbicida Glifosato Glicina Glifosato 2,4

Herbicida Atrazina Cloroacetanilida e

treazina Alaclor + atrazina 1,5 a 2

Fungicida Azimut Estrobilurina/Triazol Tebuconazol + azoxistrobina

0,5

Inseticida Perito Organofosforado Acefato 1

Inseticida Exalt Espinoscina Espinetoram + propilenoglicol

0,125

Tratamento de semente

Sombrero Neonicotinóide Imidacloprido 0,15

Adjuvante V/V Óleo Mineral x x 0,5% da calda

Fonte: Autor, 2019.

4.5.4 Tratos culturais no consórcio de Aveia Preta + Nabo Forrageiro

As plantas de cobertura de solo constituem um importante componente

em sistemas agrícolas, protegendo o solo da erosão, facilitando a ciclagem de

nutrientes, adicionando N ao solo via leguminosas e mantendo a umidade do

solo após seu manejo (DERPSCH ET AL., 1985).

A aveia-preta é recomendada para a rotação de culturas em semeadura

direta no Sul do Brasil, em razão do seu abundante sistema radicular e alta

produção de matéria seca da parte aérea, o que lhe assegura uma adequada

cobertura do solo (ARAÚJO & RODRIGUES, 2000). A utilização da aveia

promove melhoria da estrutura física, química e biológica do solo, apresentando

lenta decomposição da palha devido à sua alta relação C/N e de seus elevados

teores de lignina, que tendem a aumentar com o desenvolvimento da cultura. O

manejo da aveia deve ser feio na fase de floração a grãos leitosos, antes da

emissão de 50% das panículas, para evitar a interferência com as culturas

implantadas em sucessão.

O nabo forrageiro tem sido muito usado como cobertura do solo no Sul do

Brasil, pelo baixo custo, rápido crescimento e ciclo curto (AMADO ET AL., 2002).

Esta planta é uma Brassicaceae anual de inverno com crescimento inicial muito

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rápido, que cobre o solo em 30 a 45 dias e compete com as plantas daninhas

desde o início de seu desenvolvimento, tendo ainda a vantagem de não ser

hospedeira comum dos fitopatógenos das demais espécies cultivadas; além de

poder incorporar ao solo até 135 kg.ha-1 de N (SANTOS & REIS, 2001). É uma

espécie altamente rústica que se desenvolve bem em solos relativamente pobres

e resiste às geadas tardias (SANTOS ET AL., 2002), e tem demonstrado elevada

capacidade de reciclagem de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, o

que a torna uma cobertura vantajosa em sistemas de rotação de culturas, com

vantagens para culturas semeadas depois dela, como o milho e o feijão

(CROCHEMORE & PIZA, 1994; AMADO ET AL., 2002; SANTOS ET AL., 2002).

Para o sucesso do consórcio a safras de inverno, a cultivar de nabo

escolhida foi a Capi Al1000, segundo Embrapa, que tem ciclo de 110 a 120 dias,

florescimento de 80 dias após plantio, espaçamento de 0,4 metros e

necessitando de 4 a 12kg.ha-1, atinge de 0,8 a 1,20 metros de altura, sistema

radicular agressivo e pivotante podendo atingir até 2 metros de profundidade.

Sua semeadura é a lanço e necessita de 60 a 80 kg de semente/ha-1, e produz

em média de 4 a 6 mil kg.ha-1 de massa seca, o que promove uma ótima

cobertura do solo. A cultivar de aveia escolhida foi a BRS Madrugada, segundo

Embrapa, possui o ciclo precoce de 80 a 131 dias, crescimento de 0,8 a 0,9

metros, produtividade média de 3700 kg ha-1, resistente à geada e acamamento,

moderadamente resistente ao vírus do mosaico, giberela, mancha da gluma,

manchas foliares e é moderadamente suscetível ao vírus no nanismo amarelo

da cevada e a ferrugem da folha.

A relação dos insumos necessários para a cultura em consórcio de aveia

preta + nabo forrageira está representada na tabela 18.

Tabela 18. Relação de insumos necessários para a produção do consórcio Aveia Preta + Nabo Forrageiro.

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1 CUSTO / HA-1R$

CUSTO TOTAL

R$

Semente Nabo

CAPI AL1000 12,1 4 a 12 R$24 R$290,40

Semente Aveia

BRS Madrugada

12,1 60 a 80 R$65 R$786,50

Fonte: Autor, 2019.

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Para o controle de doenças, é recomendado o Priori Xtra, que é um

fungicida sistêmico do grupo químico azoxistrubina: estrubilurina + ciproconazol:

triazol, utilizado na dosagem 0,35L.ha-1 + adjuvante específico.

Para o controle de insetos é recomendado o inseticida Imunit, que é um

inseticida de contato, ingestão do grupo benzoiluréia e piretróides. É utilizado na

dosagem de 0,15L ha-1.

A relação dos produtos necessários para os tratos culturais do cultivo em

consórcio de aveia preta + nabo forrageira está representado na tabela 19.

Tabela 19. Relação de produtos químicos necessários para a produção do consórcio Aveia Preta + Nabo Forrageiro.

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO

QUÍMICO INGREDIENTE

ATIVO DOSAGEM L/

HA-1

Inseticida Imunit Benzoiluréia +

Piretroide

Alfacepermetrina teflubenzuron dichlorovinyl

0,15

Fungicida Priori Xtra Estrubilurina +

Triazol azoxistrobina/ ciproconazol

0,3

Fonte: O Autor, 2019.

4.5.5 Tratos culturais na cultura da Aveia Preta (Avena strigosa Schreber).

Grande parte das áreas sob plantio direto na região Sul do Brasil utilizam

a aveia-preta como cobertura de inverno, antecedendo ao milho no verão. A

aveia-preta propicia elevada produção de matéria seca, menor custo da

semente, rápido desenvolvimento inicial, eficiência no controle de plantas

daninhas, maior resistência às doenças e facilidade na produção de sementes

(AITA, 1997; SÁ, 1999).

A aveia preta (Avena strigosa Schreber), por suas características de

compatibilidade de ciclo com as demais espécies do sistema produtivo regional,

de elevada produção de fitomassa, de abundante sistema radical, de rusticidade

(CALEGARI et al., 1992), diante de problemas fitossanitários e de baixa

fertilidade química do solo (MURPHY & HOFFMAN, 1992), de adaptabilidade a

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cortes mecânicos e ao pastoreio (AGUINAGA et al., 2006; FONTANELI &

SANTOS, 1999).

É considerada rústica e tolerante à seca, em razão do sistema radicular

bastante desenvolvido, mais resistente às pragas e doenças, em comparação à

aveia branca, e com elevada produção de massa de matéria seca, mesmo em

solos pobres em fertilidade (DERPSCH & CALEGARI, 1992; CALEGARI, 2001).

Apesar dos inúmeros benefícios que a aveia preta pode propiciar ao

processo produtivo, cuidados com o seu manejo são indispensáveis para evitar

que essa espécie se transforme em planta daninha (FONTANELI ET AL., 1997).

Para o cultivo da aveia preta, utilizaremos a cultivar BRS Madrugada, que

será semeada à lanço, de 60 a 80kg ha-1. Para o tratamento da semente,

recomendamos o Much 600 FS, na dosagem de 0,1L do produto para cada 100

kg de semente para o controle, ele é um inseticida sistêmico do grupo

neonicotinóides, agindo no sistema nervoso dos insetos como: pulgão-verde-

pálido, pão-de-galinha, pulgão-verde-dos-cereais.

As recomendações dos insumos estão representadas na tabela 20, de

acordo com o exposto.

Tabela 20. Relação de insumos necessários para a produção da Aveia Preta.

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1 CUSTO / HA-1R$

CUSTO TOTAL R$

Semente Aveia Preta

BRS Madrugada

12,1 60 a 80 65 R$786,50

Fonte: Autor, 2019.

O controle de plantas daninhas será feito com o produto Ally, do grupo

das sulfonilureias, é um herbicida granulado, seletivo e sistêmico, a dosagem a

ser utilizada é 0,66kg ha-1, ele é utilizado para o controle de nabo forrageiro,

picão-branco e preto.

Para o controle de doenças será recomendado o fungicida Priori Xtra, que

é um fungicida sistêmico do grupo químico azoxistrubina: estrubilurina –

ciproconazol: triazol, utilizado na dosagem 0,3L ha-1 + adjuvante específico,

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usado para controle de ferrugem das folhas. É aplicado preventivamente ou na

incidência inicial de até 5%, no intervalo de 14 a 21 dias.

No controle de pragas é recomendado o inseticida Galil Sc, embora não

haja recomendação na bula para a cultura, Lângaro e Carvalho (2014), afirmam

produtos que possuem o grupo químico de neonicotinóides são eficientes para

a cultura. Outro inseticida também pode ser usado, este, registrado na cultura,

Imunit que é um inseticida de contato, ingestão do grupo benzoiluréia e

piretróides. É utilizado na dosagem de 0,15L.ha-1.

A seguir, é representado na tabela 21 a relação dos produtos químicos na

produção da aveia preta.

Tabela 21. Relação de produtos químicos necessários para a produção da Aveia Preta.

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO

QUÍMICO INGREDIENTE

ATIVO DOSAGEM

L.HA-1

Herbicida Ally Sulfonilureias Metsulfurom Metilico 0,66kg

Fungicida Priori Xtra Estrubilurina +

Triazol azoxistrobina/ ciproconazol

0,3

Inseticida Galil Sc Neonicotinoide +

Piretroide Imidacloprido/

Bifentrina 0,2

Inseticida Imunit Benzoiluréia +

Piretroide

Alfacepermetrina teflubenzuron dichlorovinyl

0,15

Tratamento de semente

Much 600 FS Neonicotinóides Imidacloprido 0,1

Fonte: Autor, 2019.

4.5.6 Tratos culturais na cultura de milheto

O milheto é uma gramínea recomendada para cultivo no verão, de ciclo

curto, crescimento rápido, com boa capacidade de rebrota e alto valor nutritivo,

além de boa tolerância a estresses hídricos, o que permite seu cultivo em épocas

de menor precipitação (GUIMARÃES JÚNIOR et al, 2009). Decorrente dessas

características, tem sido amplamente usado em diversas modalidades de cultivo,

como formador de palha para plantio direto (SPEHAR & TRECENTI, 2011),

forragem para pastejo direto (COSTA ET AL., 2011) ou ensilagem (GUIMARÃES

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JÚNIOR ET AL, 2009); além do plantio convencional para produção de grãos

(COSTA ET AL., 2005).

A espécie Pennisetum glaucum possui ciclo vegetativo anual, porte ereto,

podendo atingir de 1 a 3 m de altura. As folhas medem de 0,2 a 1 m de

comprimento e de 5 a 10 mm de largura. A panícula possui de 0,1 a 0,5 m de

comprimento e 0,5 a 4 cm de diâmetro. Possui boa tolerância à seca e doenças,

é tolerante a baixos níveis de fertilidade do solo, com crescimento rápido e boa

produção de massa e de grãos; sendo um importante fornecedor de alimento

humano (grãos), e animal (grãos e forragens), (BOGDAN, 1977).

De acordo com KICKEL & MIRANDA (2000), quando se objetiva a

produção de grãos, sementes ou silagem, o consumo de sementes varia de 12

a 15 kg.ha-1 com espaçamento de 0,4 a 0,6 m entre linhas. Gastam-se de 30 a

35 kg.ha-1 de semente quando a semeadura é efetuada a lanço em lavouras de

soja, milho, sorgo, arroz, objetivando a formação de palhada principalmente em

plantio direto. Ele pode ser realizado manualmente, com distribuidor de calcário

ou avião.

Para seguir a prática de rotação de culturas, recomendamos o milheto

com a cultivar BRS 1503 da Embrapa, a semeadura será feita a lanço utilizando

27kg.ha-1 de semente.

Logo, a relação de insumos necessários para o cultivo de milheto está

representada na tabela 22.

Tabela 22. Relação de insumos necessários para a produção do milheto.

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1

CUSTO / HA-1

R$

CUSTO TOTAL R$

Semente BRS 1503 12,1 27 R$60,00 R$726,00

Adubação de Base

NPK (10-10-10)

12,1 150 RS204,00 R$2.468,40

Fonte: O Autor, 2019.

O controle de plantas daninhas na cultura do milheto via herbicida pode

ser conseguido sem danos, com o uso da atrazine em doses baixas em pós-

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emergência quando as plantas se encontram no estágio de 2 a 4 folhas. Porém,

o mesmo não é registrado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento) para uso na cultura. Por isso, quando o utilizar para o controle

de plantas daninhas em pré ou pós-emergência, deve-se sempre consultar um

profissional da área para auxiliá-lo na tomada de decisão. Pode-se ainda, ser

usado o glifosato e o Diquat, que são herbicidas indicados e registrados para

dessecação do milheto, proporcionando cobertura do solo para o plantio direto

na próxima safra.

Para o controle de doenças no milheto, foi recomendado Aproach Prima

que é um fungicida sistêmico do grupo químico das estrubilurinas e triazois,

utilizado na dosagem de 0,4L.ha-1 + adjuvante específico na dosagem de

0,5L.ha-1 para o controle das principais doenças da cultura. Recomenda-se

ainda, efetuar no máximo duas aplicações por ciclo da cultura e com intervalos

de ao menos 14 dias entre uma aplicação e outra, conforme recomenda a bula.

Para o controle de pragas no milheto foi recomendado o Avatar, que é um

inseticida de contato do grupo das oxadiasinas, de contato e ingestão, utilizado

na dosagem de 0,4L.ha-1 no controle da lagarta do cartucho.

De acordo com o apresentado acima, a relação dos produtos utilizados no

controle de doenças e pragas do milheto estão representados na tabela 23.

Tabela 23. Relação de produtos químicos necessários para a produção de milheto.

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO

QUÍMICO INGREDIENTE

ATIVO DOSAGEM L/

HA-1

Herbicida Atrazine Cloroacetanilida +

triazina Alacloro + atrazina

0,7

Fungicida Aproach Prima estrubilurinas +

triazois Picoxistrobina + Ciproconazole

0,4

Inseticida Avatar Oxadiasina Trifluoromethoxy

+ indoxacarbe 0,4

Adjuvante Óleo mineral x x 0,5

Fonte: O Autor, 2019.

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4.5.7 Tratos culturais na cultura da Brachiaria sp.

Segundo Broch et al. (1997), as plantas forrageiras, principalmente as dos

gêneros Brachiaria sp. e Panicum sp., apresentam capacidade de reestruturar o

solo através de seu sistema radicular, fornecendo condições favoráveis à

infiltração e retenção de água e ao arejamento. A parte aérea das plantas

protege o solo, evitando perdas por erosão, possibilitando, a diminuição das

temperaturas diárias mais altas e menores perdas de água por evaporação,

propiciando melhores condições ao desenvolvimento de micro e meso-

organismos.

A Brachiaria ruziziensis tem como vantagens a produção de forragem de

alta qualidade e, principalmente, a menor formação de touceiras, associada à

fácil dessecação com herbicidas não seletivos, facilitando a utilização de culturas

graníferas em sucessão (FRANCHINI ET AL., 2014).

A cultivar de Brachiaria sp. recomendada para o plantio da área é a

ruziziensis que tem ciclo precoce, bom crescimento, boa cobertura de solo,

entouceirada, tem média tolerância à seca, boa produção de matéria seca de 14

a 15t.ha-1 ano, rústica, necessita de 10kg.ha-1 de semente para o plantio, e as

mesmas são semeadas à lanço ou em linha, com profundidade de 2 cm. A

brachiaria ruziziensis não é muito exigente em fertilidade, por isso, tolera solos

com média fertilidade.

De acordo com o planejamento, está representado na tabela 24, os

insumos necessários para produção da Brachiaria sp.

Tabela 24. Relação de insumos necessários para a produção de Brachiaria sp.

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1 CUSTO / HA-1 R$

CUSTO TOTAL R$

Semente Brachiaria ruziziensis

12,1 9 R$81,00 R$980,10

Fonte: O Autor, 2019.

Para o controle de plantas daninhas na cultura da Brachiaria sp., foi

sugerido o atrazina que é um herbicida seletivo para a cultura, de ação sistêmica

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e de pré-emergência, do grupo químico cloroacetanilida e triazina. Recomenda-

se a dosagem de 0,7L.ha-1 para plantas daninhas de folha larga.

Para o controle de doenças na cultura da Brachiaria sp., foi recomendado

o Vitavax Thiram 200 SC, um fungicida sistêmico, de contato e para tratamento

de semente; do grupo químico das carboxanilidas e dimetilditilcarbamato. A

dosagem recomendada é de 0,3L.ha-1 para o controle do mofo dos grãos,

mancha radicular, fusariose e queima das glumelas.

No controle de pragas, instruiremos ao uso do Engeo Pleno, um inseticida

de sistêmico, de contato e ingestão, do grupo químico dos neonicotinóides e

piretróides, utilizado na dosagem de 0,2L.ha-1 para o controle da cigarrinha das

pastagens e cochonilha do capim.

Os produtos necessários para o controle de pragas e doenças durante o

cultivo de Brachiaria ruziziensis está expresso na tabela 25.

Tabela 25. Relação de produtos químicos necessários para a produção da Brachiaria sp..

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO QUÍMICO

INGREDIENTE

ATIVO

DOSAGEM

L.ha-1

Herbicida Atrazine Cloroacetanilida +

triazina

Alacloro +

atrazina 0,7

Fungicida Vitavax Thiram 200

SC

carboxanilidas +

dimetilditilcarbamato

Carboxina +

Thiram 0,3

Inseticida Engeo Pleno Neonicotinóide +

piretróides

Tiametoxam +

lambda-

cialotrina

0,2

Fonte: O Autor, 2019.

4.5.8 Tratos culturais no consórcio de milho + Brachiaria sp..

A B. ruziziensis cresce em vários tipos de solos, porém requer boa

drenagem e condições de média fertilidade (VILELA, 2010). No entanto, em

consórcio com milho safrinha tem demonstrado ser uma importante alternativa

para manter a cultura de rendimento econômico, aumentar o aporte de resíduos

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na superfície do solo, e proporcionar maior retorno econômico na sucessão soja-

milho safrinha (CECCON, 2007).

O consórcio de milho safrinha com B. ruziziensis tem sido cultivado por

agricultores nos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná (CECCON ET AL.,

2008).

A utilização do consórcio de culturas com forrageiras tem sido

preconizada na formação e reforma de pastagens, produção de forragem para

confinamento, bem como de cobertura morta para plantio direto de culturas. Esta

técnica tem como objetivo atenuar os custos relativos à correção e adubação do

solo e ao controle de plantas daninhas, pois, além de formação e recuperação

das pastagens, permite a produção de grãos (SOUSA NETO, 1993;

TOWNSEND ET AL., 2000; COBUCCI, 2001).

Para o sucesso do consórcio milho + Brachiaria sp., foi utilizada a semente

de Brachiaria ruziziensis para compor o consórcio, juntamente com o híbrido de

milho Morgan 30A37 PW, que já está sendo utilizada pelos produtores. O plantio

será feito intercalando-se uma linha do milho safrinha e outra linha da Brachiaria

sp., serão implantados na profundidade de 0,3 a 0,5 m para melhor

desenvolvimento da cultura. As sementes do milho receberão tratamento com

Bacculo.

O plantio do milho será realizado com disco de 28 furos e para a Brachiaria

sp. um disco de sorgo com 52 furos, sendo depositadas de 2 a 3 sementes de

Brachiaria sp. em cada furo para cada semente de milho. A semente de

Brachiaria ruziziensis escolhida possui 80% de vigor.

A partir do exposto, na tabela 26 estão representados os insumos

necessários para a produção de milho safrinha + Brachiaria sp..

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Tabela 26. Relação de insumos necessários para a produção do consórcio milho + Brachiaria sp..

INSUMO VARIEDADE ÁREA

(HECTARE) QUANTIDADE

KG.HA-1 CUSTO / HA-1 R$

CUSTO TOTAL R$

Semente Morgan 30A37

PW 48,4 20 R$733,33 R$35.493,17

Semente Brachiaria ruziziensis

48,4

1,8

R$16,20 R$784,08

Adubação de Base

NPK (10-30-10)

48,4 180 R$212,00 R$10.280,16

Adubação de

Cobertura

N (15-0-15)

48,4 60 R$51,00 R$2.468,40

Fonte: O Autor, 2019.

Para o controle das plantas daninhas, será recomendada a utilização do

Atrazine, que é um herbicida seletivo, de ação sistêmica, do grupo químico das

triazinas, na dosagem de 0,7L.ha-1 no controle de folha larga. Para o controle de

folha estreita, foi recomendado o Nicosulfuron, que é um herbicida seletivo, de

ação sistêmica e de pós-emergência, do grupo químico das sulfonilureias,

utilizado em baixas dosagens 0,1L ha-1. Segundo (LORENZI, 2000; SHIM ET

AL., 2003), plântulas do gênero Brachiaria sp. são, em sua maioria, consideradas

suscetíveis às aplicações realizadas em pós-emergência precoce de

nicosulfuron nas doses comerciais recomendadas e seus sintomas em plantas

sensíveis se manifestam por clorose foliar, necrose e redução do crescimento.

No tratamento de semente, foi recomendada a utilização do Vitavax

Thiram 200 SC, que é um fungicida sistêmico, de contato para tratamento de

semente, registrado para ambas as culturas, do grupo químico das carboxinas e

thiram. Segundo a bula utiliza-se a dosagem de 0,3L a cada 100 kg de semente.

Para controle de doenças, indicamos o Nativo, que é um fungicida

mesosistêmico e sistêmico, do grupo químico das estrobilurinas e triazois,

recomendado na dosagem de 0,75L.ha-1 para o controle de ferrugem, manchas

foliares e cercóspora, aplicado preventivamente próximo à fase de pendoamento

ou no aparecimento dos primeiros sintomas, de acordo com a bula.

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No controle de pragas, indicamos o Lannate, que é um inseticida sistêmico

e de contato do grupo químico metilcarbamato de oxima, na dosagem de 0,3L.ha-

1, para o controle de lagarta do cartucho, e o Engeo Pleno, que é um inseticida,

sistêmico, de contato e ingestão, do grupo dos piretroide e neonicotinóide, é

recomendada a dosagem de 0,4L ha-1, no controle de percevejo-barriga-verde,

percevejo-marrom.

De acordo com o levantado, segue a relação dos produtos químicos que

serão utilizados na produção do consórcio milho + Brachiaria sp., na tabela 27.

Tabela 27. Relação de produtos químicos necessários para a produção do milho + Brachiaria sp..

TIPO NOME

COMERCIAL GRUPO

QUÍMICO INGREDIENTE

ATIVO DOSAGEM

L/HA-1

Herbicida Atrazina Cloroacetanilida

+ triazina Alacloro + atrazina 0,7

Herbicida Nicosulfuron Sulfoniluréia Nicosulfuron 0,1

Fungicida Nativo Estrobilurina +

Triazol Trifloxistrobina 0,75

Tratamento de semente

Vitavax Thiram 200 SC

carboxanilidas + dimetilditilcarbamato

Carboxina + Thiram 0,3

Inseticida Lannate metilcarbamato

de oxima Methylcarbamoyloxy 0,4

Inseticida Engeo Pleno Piretroide +

Neonicotinoide Lambda/Tiametoxam 0,4

Fonte: O Autor, 2019.

4.6 Relação dos custos necessários para implantação da rotação de cultura

Diante do planejamento e recomendações feitas ao longo dos tratos

culturais e manejo de cada cultura das safras de verão, segue a relação de

custos que foram calculados por hectare e pela área total a ser implantada.

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Tabela 28. Relação dos custos calculados para as safras de verão em 12,1

hectares.

ÁREA R$/HA-1 R$/12,1 HA-1

CUSTOS VARIÁVEIS

SAFRA VERÃO

SOJA R$ 1.157,05 R$ 13.998,40

Semente 12,1 R$390,00 R$ 4.719,00

Fertilizantes 12,1 R$289,89 R$ 3.507,70

Defensivos 12,1 R$235,16 R$ 2.843,50

Diesel + Expedição 12,1 R$122,00 R$ 1.476,20

Despesas Maquinários 12,1 R$120,00 R$ 1.452,00

MILHO R$ 1.506,30 R$ 18.226,23

Semente 12,1 R$257,30 R$ 3.113,33

Fertilizantes 12,1 R$556,00 R$ 6.727,60

Defensivos 12,1 R$453,00 R$ 5.481,30

Diesel + Expedição 12,1 R$120,00 R$ 1.452,00

Despesas Maquinários 12,1 R$120,00 R$ 1.452,00

BRACHIARIA R$ 414,00 R$ 5.009,40

Semente 12,1 R$81,00 R$ 980,10

Defensivos 12,1 R$123,00 R$ 1.488,30

Diesel + Expedição 12,1 R$110,00 R$ 1.331,00

Despesas Maquinários 12,1 R$100,00 R$ 1.210,00

Fonte: O Autor, 2019.

Em seguida, estão relacionados os custos do planejamento e

recomendações feitas ao longo dos tratos culturais e manejo de cada cultura das

safras de inverno, os custos que foram calculados por hectare e pela área total

a ser implantada.

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Tabela 29. Relação dos custos calculados para as safras de inverno em 12,1

hectares.

ÁREA R$/HA-1 R$/12,1 HA-1

CUSTOS VARIÁVEIS

SAFRA INVERNO

TRIGO R$ 1.217,00 R$ 14.725,70

Semente 12,1 R$360,00 R$ 4.356,00

Fertilizantes 12,1 R$324,00 R$ 3.920,40

Defensivos 12,1 R$278,00 R$ 3.363,80

Diesel + Expedição 12,1 R$160,00 R$ 1.936,00

Despesas Maquinários 12,1 R$95,00 R$ 1.149,50

MILHO + BRACHIARIA R$ 1.821,29 R$ 19.617,60

Semente 12,1 R$949,53 R$ 9.069,31

Fertilizantes 12,1 R$263,40 R$ 3.187,14

Defensivos 12,1 R$358,36 R$ 4.336,15

Diesel + Expedição 12,1 R$120,00 R$ 1.452,00

Despesas Maquinários 12,1 R$130,00 R$ 1.573,00

AVEIA R$ 494,74 R$ 4.413,36

Semente 12,1 R$65,00 R$ 786,50

Defensivos 12,1 R$89,74 R$ 1.085,86

Diesel + Expedição 12,1 R$240,00 R$ 2.904,00

Despesas Maquinários 12,1 R$100,00 R$ 1.210,00

AVEIA + NABO R$ 531,50 R$ 4.337,85

Semente 12,1 R$89,00 R$ 1.076,90

Defensivos 12,1 R$222,50 R$ 2.692,25

Diesel + Expedição 12,1 R$120,00 R$ 1.452,00

Despesas Maquinários 12,1 R$100 R$ 1.210,00

MILHETO R$ 763,74 R$ 7.281,06

Semente 12,1 R$60,00 R$ 726,00

Fertilizantes 12,1 R$204,00 R$ 2.468,40

Defensivos 12,1 R$279,74 R$ 3.384,85

Diesel + Expedição 12,1 R$120,00 R$ 1.452,00

Despesas Maquinários 12,1 R$100,00 R$ 1.210,00

TOTAL R$ 7.905,62 R$ 87.609,60

Fonte: O Autor, 2019

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Após o levantamento dos custos variáveis para a execução da rotação de

cultura nas safras de verão e inverno, seguem na tabela 30 os custos fixos que

estão implícitos na atividade.

Tabela 30. Relação dos custos fixos do Lote 129 e 130. CUSTOS FIXOS R$/HA-1 R$/ANO

Depreciação

R$210,26

R$10.166,58

Energia Elétrica R$86,76 R$4.200,00 Mão de Obra Fixa R$103,09

R$4.990,00

CUSTOS TOTAIS

R$19.356,58

Fonte: Tabela adaptada.

Perante a relação de custos variáveis e fixos para condução da rotação

de cultura, podemos estimar a receita bruta, custos, e o lucro que será obtido

pelos produtores em cada safra nos próximos 5 anos de acordo com o manejo

planejado. A relação de todos os custos e receita da produção está evidenciada

na tabela 31.

Tabela 31. Projeção de receita, custos e lucro para os próximos 5 anos na área

estudada.

SAFRA 18/19 19/20 20/21 21/22 22/23 23/24

Receita

Bruta

R$

372.680,00

R$

384.852,60

R$

359.007,00

R$

342.309,00

R$

321.618,00

R$

492.833,00

Custos

Variáveis

R$

164.014,34

R$

98.298,40

R$

92.979,92

R$

106.161,04

R$

94.908,27

R$

117.806,07

Custos

Fixos

R$

19.356,58

R$

19.356,58

R$

19.356,58

R$

19.356,58

R$

19.356,58

R$

19.356,58

Custo

Total

R$

183.370,92

R$

117.654,98

R$

112.336,50

R$

125.517,62

R$

114.264,85

R$

137.162,65

Lucro

R$

189.309,08

R$

267.197,62

R$

246.670,50

R$

216.791,38

R$

207.353,15

R$

355.670,35

Fonte: O Autor, 2019.

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Conforme apresentado na tabela acima, podemos observar a projeção por

safra dos próximos 5 anos. A estimativa foi feita em cima de valores atuais e,

considerando o manejo adotado de rotação de cultura que proporciona a médio

e longo prazo, ganhos em produtividade, qualidade de solo e controle natural de

plantas, pragas e doenças, diminuindo os custos e a dependência dos insumos

químicos no sistema produtivo, trazendo benefícios sociais, econômicos e

ambientais.

Mesmo em safras as quais o produtor não tem um retorno satisfatório,

comparando com o manejo atual, ele promoverá ao decorrer dos anos melhorias

em todo seu processo agrícola, no qual o valor destes é imensurável, mas

notável conforme o passar dos anos. Este fato futuramente acarretará um

sistema produtivo sustentável.

4.7 Controle integrado de Pragas – MIP

Os produtores não realizam o manejo adequado de pragas da soja e do

milho, não seguem a premissa do MIP, somente fazem a aplicação dos

defensivos ao ver a incidência da praga na lavoura, ou ainda, por calendário fixo.

Para um manejo adequado é necessário o levantamento de dados

relacionados à praga e à cultura, como: incidência da praga, severidade do dano,

população infestante, estágio de desenvolvimento da cultura e a capacidade da

mesma de tolerar os danos sofridos, além de considerar a existência de inimigos

naturais na área.

Para quantificar o nível de infestação é utilizada a técnica de “pano de

batida”, consiste em um pano branco com tamanho de 1m² aproximadamente,

que é colocado na entrelinha das plantas, para que possa ser feita a “batida” nas

plantas para derrubar os insetos que nelas estão.

O controle indicado na presença de lagartas deve ser feito quando houver

30% de desfolha ou 20 lagartas por metro linear, feito na emergência de

plântulas e com estágio de desenvolvimento no período vegetativo. No período

reprodutivo (floração, formação e enchimento de grãos), é feito quando houver

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15% de desfolha ou 10 lagartas por metro linear, pois as plantas nesse estágio

são mais sensíveis às pragas.

Para o controle de percevejos deve-se utilizar o método durante os

estágios de desenvolvimento (floração e enchimento das vagens), período em

que há maior incidência da praga, sendo necessário o controle quando

observarem 2 percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5 cm por metro linear.

O controle será realizado apenas quando os insetos/pragas atingirem os níveis

de infestações descritos acima, sendo geralmente com 2 ou 3 aplicações.

4.8 Controle integrado de doenças – MID

Em relação às doenças presentes no milho e na soja, os produtores são

insuficientes por fazerem o controle seguindo calendário de aplicações, para

prevenir danos futuros, podendo elevar os gastos com fungicidas. Recomenda-

se o uso do MID, que segundo Kogan (1984), é o uso inteligente de medidas

táticas de controle que produzirão consequências favoráveis do ponto de vista

econômico, ecológico e sociológico.

A técnica consiste na aplicação na hora certa, de acordo com a limiar de

dano econômico da doença, garantindo que haja maior efetividade do defensivo

em cima da doença. Há também a opção de implantar variedades resistentes,

promover área de refúgio, uso de coletor de esporos para identificar a hora certa

da pulverização, reduzindo assim, os custos e garantindo o desenvolvimento da

cultura.

4.9 Controle de Custos

O controle de custos dos irmãos Visioli é feito por anotações básicas

organizadas de cada safra em um caderno específico e após encaminhada para

seu contador particular, contendo os gastos com insumos, manutenção, salários

pagos aos funcionários e venda de produtos; porém, não há sistematização

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pessoal destes dados. É recomendado aos irmãos fazerem essa sistematização

de dados em computador, por causa do tamanho de sua área produtiva, sendo

realizadas em sistemas que possam promover integração dos dados em tempo

real e que permitam mostrar resultados analíticos de cada processo

desenvolvido na cadeia de produção. Tudo isso, para garantir mais organização,

facilidade no acesso, rapidez na obtenção de dados, estudos prévios e futuros

sobre a produção; é possível fazer gráficos para comparar cada safra realizada,

que promoveria uma melhor gestão dos custos.

4.10 Cisterna

A propriedade dos irmãos Visioli tem à disposição um poço semi-artesiano

que consegue atender sua demanda. Mas pensando de modo econômico,

ambiental e sustentável, recomendamos a utilização de uma cisterna. Segundo

Oliveira et al. (2012), o aproveitamento de água da chuva em áreas rurais não

se restringe à regiões com escassez deste recurso, prática que apresenta outras

inúmeras vantagens, tanto para o consumidor quanto para o meio ambiente,

além de suprir a falta de água em períodos de estiagem.

Logo, a água da chuva que será captada, tratada e armazenada pode ser

utilizada para diversos fins como: lavagem de maquinários, implementos, para

banho dos animais que ali vivem, irrigação de plantas no período de estiagem,

consumo humano e animal, e até para abastecimento do pulverizador.

De acordo com o estudo realizado pelos alunos, o telhado capta em torno

de 1000 mm de água por hora, em uma chuva intensa, diante deste cálculo foram

necessários 12 canos de PVC ¾, 10 canos PVC de 100 mm, 6 Cotovelos de 100

mm, 2 filtros de folha, caixa de inspeção, filtro de água e tratamento, boia

eletrônica, chave magnética, pastilha de cloro, 25m de fiação elétrica, uma

bomba de 3 CV de potência.

As medidas da cisterna subterrânea escolhida são representadas na

figura 18, e possui suas medidas de acordo com a necessidade.

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Figura 18. Modelo de cisterna subterrânea.

Fonte: Fibratec Engenharia.

A seguir, serão mencionadas as dimensões e características da cisterna,

conforme o quadro 19.

Quadro 19. Dimensões e características da cisterna subterrânea.

CARACTERÍSTICA MM

Vista lateral superior 2650

Vista lateral inferior 2020

Altura 2690

altura da saída inferior até a superior 2430

altura do fundo até a saída de água 2400

altura do fundo até saída de água excedente 2270

Fonte: Fibratec Engenharia.

Seguindo as medições do projeto, segue explícito na tabela 32 os

materiais e custos necessários para a implantação da cisterna.

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Tabela 32. Relação dos materiais e custos necessários para implantação da cisterna.

ITEM QUANTIDADE PREÇO

UNITÁRIO PREÇO

Cisterna de Polietileno Subterrânea 10.000L

1 R$10.199,00 R$10.199,00

Caixa de inspeção 1 R$229,90 R$ 229,90

Chave magnética 1 R$150,00 R$150,00

Boia eletrônica 1 R$179,90 R$179,90

Filtro clorador, separador de folhas e decantador

2 R$269,90 R$539,80

Pastilha de cloro 2 R$7,00 R$ 14,00

Dreno / Ladrão 1 R$249,90 R$ 249,90 Encanamento 100mm 10 R$39,90 R$ 399,00

Encanamento 3/4 12 R$11,60 R$ 139,20

Cotolevo 6 R$14,00 R$84,00

Fiação 25 R$5,75 R$143,75

Bomba 4CV 1 R$1.500,00 R$1.500,00

Mão de Obra (m³) 8 R$ 80,00 R$640,00

Concreto Usinado (m³) 8 R$230,00 R$1.840,00

CUSTO TOTAL R$ 16.308,45

Fonte: O Autor, 2019.

4.11 Controle de roedores com o uso de armadilhas

A recomendação das armadilhas é importante para evitar que haja

contaminação dos insumos causados pela urina, prejuízos possíveis à fiação dos

maquinários agrícolas e ameniza os riscos que possam ocorrer contra a saúde

dos humanos e animais.

A relação de armadilhas necessárias para o controle de roedores na Sede

dos irmãos Visioli está expressa na tabela 33.

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Tabela 33. Levantamento de materiais e custos para controle de roedores.

ITEM QUANTIDADE NECESSÁRIA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO TOTAL R$

Caixa (Barracão 29x32) 6 25 25x6 = 150

Caixa (Barracão 10x12) 4 25 25x4 = 100

Caixa (Tulha 6x4) 2 25 25x2 = 50

Isca (Barracão 29x32) 18 3 6x3x18 = 324

Isca (Barracão 12x10) 12 3 4x3x12 = 144

Isca (Tulha 6x4) 6 3 2x6x3 = 36

CUSTO TOTAL 804,00 Fonte: Pesquisa de preço feita em agropecuárias na região de Maringá – PR

4.12 Reforma da tulha

A tulha é uma benfeitoria importante para os irmãos, já que faz o

armazenamento das embalagens vazias de defensivos após a tríplice lavagem

antes de ser destinada ao local ideal (ADITA). A tulha em si, encontra-se em

boas condições, porém, é necessário seguir a recomendação por ela estar

erguida sobre pilares (conforme mostra a figura 19), dando acesso para o lixo,

para que animais e insetos se acomodarem em baixo, podendo ser um local

atrativo para animais roedores, peçonhentos e desenvolvimento de doenças,

que pode levar a consequências na saúde dos animais e seres humanos que lá

vivem.

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Figura 19. Tulha sobre pilares construída para armazenamento de embalagens vazias.

Fonte: O Autor, 2019.

De acordo com o exposto, elaboramos um planejamento para o

nivelamento do local e a reforma da tulha, fechando a base que estava aberta,

os materiais e os custos, que podem ser visualizados na tabela 34.

Tabela 34. Levantamento de materiais e custos para reforma da tulha.

ITEM QUANTIDADE NECESSÁRIA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO TOTAL R$

tijolo 6 furos (40cm) 2030 R$0,30 R$609,00

Mão de obra 4 R$90,00 R$ 360,00

Cimento 5 m³ R$21,00 R$105,00

Areia 10 m³ R$30,00 R$300,00

CUSTO TOTAL: R$1.384,00

Fonte: O Autor, 2019.

4.13 Correção do pH da calda com uso de redutor

O redutor de pH recomendado para regular o pH da calda é o Redux, é

um produto siliconado, sulfactante a base de polidimetilsiloxano, agregado a um

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conjunto de copolímero poliéster e emulsionante, indicado para reduzir o pH das

caldas, tem efeito antideriva e antiespumante, garantindo melhor cobertura e

proteção na área aplicada e melhorando a eficiência do produto na hora da

aplicação. É recomendado na dosagem de 0,5L a 1L a cada 4.000L de calda, e

o litro do produto tem o custo de R$98,00.

O pH influencia na eficiência dos produtos a serem aplicados e por esse

motivo, impacta diretamente nos custos do produtor.

5 FECHAMENTO

O planejamento foi realizado para otimizar alguns pontos destacados

durante o trabalho e corrigir outros que foram considerados falhos. Contudo,

recomendamos práticas que promovem benefícios em todo o processo

produtivo. As técnicas recomendadas buscam o aumento de produtividade,

preservação do meio ambiente, conservação dos recursos naturais e a

diminuição de custos de produção, onde conseguiremos a médio e longo prazo,

balancear o sistema produtivo, promovendo maior interação entre as culturas,

diminuindo a incidência de pragas, doenças e plantas daninhas, conservando o

solo, melhorando a qualidade de vida dos moradores da sede, desenvolvendo

um manejo sustentável e melhorando toda a gestão para os irmãos.

6 CONCLUSÃO

Depois de realizadas as três etapas do trabalho (levantamento,

diagnóstico e planejamento) juntamente com o auxílio e disponibilidade dos

produtores rurais e professor orientador, podemos afirmar que a área foi

estudada minuciosamente pelos alunos, e assim como qualquer outra, possui

seus pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades. Com base em estudos

científicos, teorias, práticas e a vivência dos produtores rurais, disponibilizamos

sugestões para otimizar, melhorar e/ou solucionar esses pontos, a fim de

promover uma melhor gestão dos recursos disponíveis, reduzir os custos,

maximizar os lucros e garantir maior satisfação e sucesso na atividade proposta.

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Com a intenção de promover melhorias na propriedade estudada, os

alunos e os produtores rurais dispuseram de seu conhecimento e experiência

obtida durante os anos, para a realização de práticas viáveis que possam ser

incorporadas no dia a dia de trabalho.

Com o diagnóstico dos pontos destacados, foi feito um planejamento com

as sugestões a serem aprimoradas, com o objetivo de aperfeiçoamento e de

trazer melhorias, como: tratamento da água visando o consumo humano,

melhorar a compactação do solo, ter uma assistência técnica mais ativa, não só

no período de pré-safra, utilização de rotação de culturas, visando melhorias na

estrutura química e física do solo, no manejo de pragas e doenças, melhoria no

sistema de controle de custos dos produtores, análise do solo mais

frequentemente para avaliar a necessidade ideal de nutrientes a ser

disponibilizados à cultura, aquisição e utilização de cisterna, reforma da tulha de

armazenamento, utilização de armadilhas para o controle roedores e

balanceamento ideal do pH da calda para que haja uma pulverização com maior

eficiência. O aprimoramento desses pontos pode trazer benefícios a curto, médio

e longo prazo; para o produtor, para a propriedade e para o meio ambiente,

aproveitando os recursos naturais disponíveis de forma sustentável.

Diante do exposto até aqui, os alunos esperam que as recomendações

sejam levadas em consideração, avaliadas e aplicadas pelos produtores rurais,

dando continuidade aos seus trabalhos sem deixar de consultar um Engenheiro

Agrônomo ao decorrer das suas atividades.

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