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ALTERAES NO INTERSTCIO E MORTE CELULAR
Interstcio ou MECRede complexa de macromolculas preenchem os espaos intercelulares Entre as suas malhas circulao do lquido tecidual proveniente da microcirculao (banha as clulas) retorno circulao diretamente ou pelos vasos linfticos Macromolculas Protenas fibrosas (colgeno e elastina) fibras colgenas e reticulares e elstica Protenas no fibrosas de aderncia (laminina e fibronectina) garantem a adeso das clulas MEC Glicosaminoglicanas e proteoglicanas gel hidratado (SFA) onde as protenas fibrosas ficam imersas
COLGENO Colgeno protena + abundante do interstcio Vrios tipos codificados por 20 genes (11 j identificados) Tipos I, II e III formam fibrilas que se organizam em fibras visveis ao MO Tipos IV e VIII no formam fibrilas organizao em forma de rede nas membranas basais
ALTERAES DAS FIBRAS COLGENAS E RETICULARES 1- Defeitos genticos comprometem a estrutura, sntese ou degradao do colgeno So raros. Causam doenas complexas: Na pele elasticidade e resistncia alterada Nos vasos sanguneos aneurismas Globo ocular esclertica rica em colgeno Ossos colgeno constituinte importante da MEC
ALTERAES DAS FIBRAS COLGENAS E RETICULARES 2- Alteraes adquiridas que interferem na sntese e degradao Carncia de vitamina C (Escorbuto) hidroxilao deficiente de aminocidos comprometendo a formao de ligaes cruzadas Alteraes na membrana basal (modificaes colgeno tipo IV) Fragilidade capilar - hemorragias
ALTERAES DAS FIBRAS COLGENAS E RETICULARES Algumas drogas inibem a prolina-hidroxilase (Hidralazina) ou impedem a formao de ligaes cruzadas (Penicilamina) Utilizao durante a gravidez alteraes graves nas fibras colgenas do feto Carncia de cobre reduo na atividade da lisil-oxidase Degradao excessiva de colgeno ao de colagenases (clulas fagocitrias) locais de inflamao Deposio anormal de colgeno doenas fibrosantes em diversos rgos
FIBRAS ELSTICAS Principal componente elastina protena hidrofbica, no glicosilada, rica em prolina e glicina Excretadas no espao intercelular formando filamentos e bainhas (molculas se unem por ligaes cruzadas) Em repouso ficam como novelos frouxos unidos entre si Quando submetidas a estiramento molculas se distendem e mantm-se unidas pelas ligaes cruzadas
ALTERAES DAS FIBRAS ELSTICAS 1- Congnitas Alteraes gnicas lisil-oxiadase 2- Adquiridas Associadas a defeito na sntese por inibio da lisil-oxidase
Na senilidade a pele de reas expostas luz perdem elasticidade por reduo das fibras elsticas
TRANSFORMAO DO INTERSTCIO So alteraes complexas dos componentes da MEC 1- Transformao hialina Depsitos hialinos no interstcio protenas do plasma que exsudam e se depositam na MEC Fibras colgenas ficam tumefeitas e mais espessas, porm homogneas (perdem o aspecto fibrilar normal) Ex: Quelides
TRANSFORMAO DO INTERSTCIO 2- Transformao mucide Aumento da SFA com dissociao das fibras colgenas ficam dispersas em fibrilas finas (interstcio com aspecto de tecido mucoso)
3- Transformao fibrinide Presena de material acidfilo depsitos de fibrina
TRANSFORMAO DO INTERSTCIO 4- AmiloidoseDeposio de material protico fibrilar no interstcio substncia amilide (protena rara) Doena rara Deposio lenta, assintomtica, com manifestaes aps grandes acmulos Material amorfo e acidfilo depsitos comprimem e hipotrofiam as clulas O acmulo decorrente de outras patologias, ou alteraes hereditrias
MORTE CELULAR o resultado final da leso celular
NECROSE Morte celular no organismo vivo seguida de autlise
Agresso interrompe as funes vitais Cessa a produo de energia
Ruptura de lisossomos Liberao de proteases, lipases, ribonucleases e desoxirribonucleases
NECROSE
CAUSAS Anxia; fatores mecnicos, frio, calor, eletricidade, irradiaes, substncias custicas (cidos e bases fortes), txicos, microrganismos, toxinas. Os agentes agressores produzem necrose por: 1) reduo de energia 2) produo de radicais livres 3) ao de enzimas inibindo processos vitais 4) agresso direta membrana da clula
NECROSECaractersticas microscpicas
Picnose nuclear intensa contrao e condensao da cromatina ncleo homogneo, menor que o normal Cariorrexe - Fragmentao e desintegrao do ncleo em grupos amorfos Carilise Digesto da cromatina por hidrlise dos cidos nuclicos (ausncia de ncleos) Causas - pH baixo (condensa cromatina), ao das proteases
Clula normal
Picnose
Cariorrexe
Cariorrexe
Carilise
NECROSE Caractersticas macroscpicasDiminuio da consistncia e elasticidade: lise dos constituintes celulares, perfurao da cpsula Aumento da palidez e opacidade: colorao mais brancacenta ou acinzentada
NECROSE Caractersticas macroscpicasEscurecimento do rgo: quando este por ocasio da necrose estiver repleto de sangue Formao de massa brancacenta ou amarelada, pastosa, frivel - tpica da necrose caseosa
TIPOS DE NECROSENECROSE POR COAGULAO OU ISQUMICA Alteraes nucleares e citoplasma com aspecto de substncia coagulada (acidfilo, granuloso e gelificado) Fases iniciais: preservao da arquitetura tissular rea atingida: esbranquiada, com salincia no rgo. Presena de halo avermelhado que circunda rea necrosada (hiperemia para compensar isquemia).
Normal
Necrose
TIPOS DE NECROSENECROSE POR LIQUEFAO
rea atingida: consistncia mole, semifluida ou liquefeita(liberao de grande quantidade de enzimas lisossmicas)
Comum aps anxia no tecido nervoso, na supra-renal e mucosa gstrica e nas infeces bacterianas com formao de pus
TIPOS DE NECROSENECROSE LTICA
Necrose dos hepatcitos nas hepatites virais lise dos hepatcitos
TIPOS DE NECROSENECROSE CASEOSA
rea necrosada com aspecto de queijo Massa brancacenta ou amarelada, pastosa, frivel, lembrando a casena do queijo Comum na tuberculose, paracoccidioidomicose
TIPOS DE NECROSENECROSE GORDUROSA - ESTEATONECROSE
Necrose enzimtica do tecido adiposo morte de adipcitos Comum no pncreas pancreatite aguda Causada pelo pancreticas extravasamento e ativao de enzimas
NECROSE
EVOLUOO tecido necrtico comporta-se como um corpo estranho, suscitando uma reao inflamatria na tentativa de eliminar a rea necrosada
Absoro/Regenerao Macrfagos e clulas vizinhas removem os restos celulares Regenerao do tecido induo de fatores de crescimento Cicatrizao Substituio do tecido necrosado por tecido conjuntivo cicatricial Proliferao fibroblstica e de clulas endoteliais
NECROSE
EVOLUOCalcificao A rea necrosada se calcifica. Observa-se aumento nos nveis de Ca+2. Mecanismos desconhecidos. Comum na necrose caseosa Encistamento ou Seqestro Proliferao conjuntiva e formao de uma cpsula que encista o tecido necrosado (permanece mais liquefeito e reabsorvido lentamente) Gangrena
GANGRENAForma de evoluo da necrose resultante da ao de agentes externos sobre o tecido necrosado GANGRENA SECA Regio atingida entra em contato com o ar. Leso com tecido semelhante ao obs nas mmias (mumificao). Ocorre: extremidade dos dedos, ponta do nariz. Cor escura, azulada ou negra
GANGRENAGANGRENA GASOSA Contaminao do tecido necrosado por Clostridium (produz enzimas proteolticas e lipolticas e grande quantidade de gs) Produo de bolhas Comum em feridas infectadas geralmente fatal. GANGRENA MIDA Invaso da regio necrosada por microrganismos anaerbios Enzimas que liquefazem os tecidos mortos Produo de gases de odor ftido Ocorre: tubo digestivo, pulmes e pele (condies de umidade)
APOPTOSE Morte celular programada Destinada a eliminar clulas do hospedeiro indesejveis atravs da ativao de uma srie coordenada e programada internamente de eventos executados por um conjunto exclusivo de produtos gnicos Clula estimulada a acionar mecanismos que culminam com a sua morte A manuteno do nmero de clulas em um tecido feita pelos mecanismos de proliferao (mitose) e apoptose
APOPTOSE EVENTOS FISIOLGICOS E ADAPTATIVOS1- Destruio programada de clulas durante a embriognese: involuo relacionada ao desenvolvimento e metamorfose 2- Involuo dependente de hormnio: degradao do endomtrio no ciclo menstrual, atresia folicular ovariana (menopausa), regresso da mama lactante, atrofia prosttica aps castrao 3- Morte celular em tumores: durante a regresso 4- Morte de neutrfilos durante a resposta inflamatria aguda 5- Leso em certas doenas virais 6- Morte celular produzida por vrios estmulos nocivos (capazes de causar necrose), mas em baixa dose, produz apoptose: calor, radiao, drogas, hipxia
APOPTOSE ETAPAS Retrao celular clula menor, citoplasma denso e organelas + compactas Condensao da cromatina agrega-se na periferia, sob a membrana nuclear, em massas densas (formas e tamanhos diversos) Fragmentao do ncleo (cariorrexe). A membrana forma brotamentos que contm fragmentos do ncleo Fragmentao da clula em mltiplos brotos (corpos apoptticos) Fagocitose dos corpsculos apoptticos por clulas sadias adjacentes (parenquimatosas ou macrfagos). Aps a degradao as clulas adjacentes migram ou proliferam reposio da clula apopttica
APOPTOSE Apoptose pode ser desencadeada por estmulos endgenos e exgenos (UV, radiao ionizante, estresse oxidativo, agresso qumica) Independentemente do estmulo ativao de proteases (induzem modificaes funcionais e morfolgicas)
Ativao das proteases CASPASES enzimas que possuem cistena no stio ativo e clivam protenas em stios com resduos de cido asprtico Humanos 12 caspases (algumas relacionadas com apoptose)
APOPTOSE Caspases da apoptose 1- Ativadoras (8, 9 e 10) ativam proteases que degradam (DNA,protenas do citoesqueleto) produzem as alteraes morfolgicas mais importantes da apoptose 2- Efetuadoras (3, 6 e 7)Mitocndrias liberam Protenas SMAC (second mitochondrial activator of caspases) Inativao de Inibidores naturais de apoptose - IAPsMecanismo dependente e ATP
Citocromo C Apaf-1
AIF (apoptosis inducing factor)
(apoptosis protease activating factor) ATP
Ativao da caspase 9
NECROSE X APOPTOSE NECROSE X APOPTOSE
Quando o agente agressor reduz a sntese de ATP Morte por apoptose
Quando o agente agressor inibe a sntese de ATP Morte por necrose
Uma caracterstica marcante que a apoptose silenciosa No h, como na necrose, o alvoroo da inflamao O tecido mantm seu funcionamento normal