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Platão Platão e a Academia Antiga

UNIDADE 6 - PLATÃO

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Slide que dispõe de maneira bastante sintética a respeito de alguns pontos da filosofia de Platão.

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PlatãoPlatão e a Academia Antiga

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Escola de AtenasPlatão com o Timeu (mundo ideal) e Aristóteles com a Ética (mundo sensível)

Rafael Sanzio (1483-1520)Stanza della Segnatura (aposentos do Papa – Palácio apostólico).

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Nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. um ano após a morte do estadista Péricles. Seu pai, Aristão, tinha como ancestral o rei Codros e sua mãe, Perictione, tinha Sólon entre seus antepassados.

Teve contato com a filosofia de Heráclito (através de Crátilo) e, por volta dos 20 anos, conheceu Sócrates e tornou-se seu discípulo.

Fez viagens para Magna Grécia, no intuito de conhecer as comunidades pitagóricas.

Conheceu Dionísio I e foi convidado para ir a Siracusa, na Sicília. Aceitou o convite com a esperança de implantar seus ideais políticos, mas fracassou. Posteriormente, agora a convite de Dionísio II, esteve novamente em Siracusa e, novamente, fracassou. Houve desentendimento com o tirano e retomou a Academia.

Ao retornar para Atenas, fundou a Academia. A instituição ganhou prestígio e muitos jovens e homens ilustres foram debater idéias.

Platão permaneceu na direção da Academia até sua morte, em 347 a.C.

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TETRALOGIAS: forma de organização do corpus platonicum (Trasílo).

I. Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton, Fédon II. Crátilo, Teeteto, Sofista, Político

III. Parmênides, Filebo, Banquete, Fedro IV. Primeiro Alcibíades (1), Segundo Alcibíades (2), Hiparco (2), Os amantes (2)

V. Theages (2), Carmides, Laques, Lísis VI. Eutidemo, Protágoras, Górgias, Mênon

VII. Hípias (maior) (1), Hípias (menor), Íon, Menexenes VIII. Clitófon (1), A República, Timeu, Crítias

IX. Minos (2), Leis, Epínomis (2), Sétima Carta (1).

SITUAÇÃO: Muitos diálogos não inclusos nas tetralogias de Trasilo circularam com o nome de Platão, ainda que fossem considerados espúrios até mesmo na Antigüidade. Os diálogos que estão marcados com (1) nem sempre são atribuídos a Platão, e os marcado com (2) são considerados apócrifos. Os que não estão marcados são de autoria certa. O critério para a atribuição é variado, mas geralmente são consideradas obras de Platão as que são citadas por Cícero ou Aristóteles, ou referidas pelo próprio autor em outros textos.

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PLATÃO – foi o primeiro discípulo do heraclitiano Crátilo e depois de Sócrates, cujo pensamento não é fácil, porque ele não escreveu suas mensagens filosóficas na totalidade.

MOMENTO – histórico era o de uma revolução cultural, que consistia em um conflito entre a oralidade e a escrita, com a vitória da escrita.

TRADIÇÃO – a oralidade era o meio de comunicação privilegiado, tanto que Sócrates confiara exclusivamente à oralidade dialética sua mensagem

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SOFISTAS – tinham privilegiado a escrita, que já se difundira.

ARISTÓTELES – adotará a cultura da escrita sem reservas, consagrando-a definitivamente como meio privilegiado de comunicação do saber.

PLATÃO – tentou estabelecer média entre as duas culturas, mas com êxitos que não foram aceitos por seus próprios discípulos.

OBRA – platônica, que chegou até nós, consta 36 diálogos, subdivididos em tetralogias, caso único e afortunado da antiguidade, mas que põe alguns problemas complexos.

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PROBLEMAS – da obra platônica: (1) estabelecer quais diálogos são autênticos e quais não; (2) estabelecer a cronologia dos diálogos; (3) estabelecer a relação entre as doutrinas filosóficas que se deduzem dos diálogos e as assim chamadas “doutrinas não escritas”, proferidas por Platão somente de forma oral (aulas da academia).

DOUTRINAS NÃO-ESCRITAS – são aulas orais da Academia, das quais temos notícia por meio dos testemunhos indiretos dos discípulos (a recuperação delas resolve problemas dos diálogos, que ficaram em aberto).

ESCREVENDO – Platão reproduziu o método dialógico socrático, fundando um novo gênero literário.

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GÊNERO LITERÁRIO – deste filosofar assume uma dinâmica deliciosamente socrática, na qual o próprio leitor é envolvido na tarefa de extrair maieuticamente a solução dos problemas suscitados e não explicitamente resolvidos.

PLATÃO – recupera, também, o valor cognoscitivo do mito como complemento do logos: a filosofia platônica se torna, na forma do mito, uma espécie de fé raciocinada, no sentido de que, quando a razão chega aos limites extremos de suas capacidades, deve superar intuitivamente tais limites, desfrutando as possibilidades que se lhe oferecem na dimensão da imagem e do mito.

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NOVIDADE – da filosofia platônica é a descoberta de uma “realidade superior” ao mundo sensível – dimensão supra-física (ou metafísica), ilustrada com a imagem da “segunda navegação”.

PRIMEIRA – navegação é aquela entregue às forças do vento (ref. à filosofia dos naturalistas – explicação da realidade pelos elementos físicos, como ar, água, terra, fogo etc. – e forças a eles ligadas).

SEGUNDA – navegação surge quando as forças físicas dos ventos não são suficientes, e era então entregue às forças humanas que impulsionavam o navio com os remos (agora trata de descobrir a verdadeira realidade com a força da própria razão).

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EXPLICAR – a razão pela qual uma coisa é bela requer ir para além dos componentes físicos (beleza da cor, da forma etc.), i.é, devemos remontar à idéia do belo.

PLANO – supra-sensível do ser é constituído pelo mundo das idéias (ou formas), do qual Platão nos fala nos diálogos, e pelos Princípios primeiros do Uno e da Díade, dos quais fala nas doutrinas não-escritas.

IDÉIAS – platônicas não são simples conceitos mentais, mas são “entidades” ou “essências” que subsistem em si e por si em um sistema hierárquico bem organizado (representado pela imagem do Hiperurânio), e que constituem o verdadeiro ser.

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VÉRTICE – do mundo das idéias está a idéia do Bem, que coincide com o Uno das doutrinas não-escritas.

UNO – é o princípio do ser, da verdade e do valor.

TODO O MUNDO INTELIGÍVEL – deriva da cooperação do Princípio do Uno, que serve como limite, com o segundo Princípio (Díade de grande-e-pequeno), entendido como indeterminação e limitação.

NÍVEL – mais baixo do mundo inteligível encontram-se as entidades matemáticas, i.é, os números e as figuras geométricas.

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DIÁLOGOS – tais princípios são apresentados como limite e ilimite, i.é, como princípio determinante e princípio indeterminado nas suas relações fundantes e estruturais. O ser é portanto um misto de limite e ilimite.

MUNDO INTELIGÍVEL – resulta da cooperação bipolar imediata dos dois Princípios supremos, mas o mundo sensível precisa de um mediador (Deus-artífice – Demiurgo).

DEMIURGO – cria o mundo animado da bondade: toma como modelo as Idéias e plasma a chora, i.é, receptáculo material informe.

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DEMIURGO – procura descer na realidade física os modelos do mundo ideal, em função das figuras geométricas e dos números.

ENTES MATEMÁTICOS – são entes intermediários-mediadores que permitem à inteligência demiúrgica transformar o princípio caótico do sensível em cosmo, desdobrando de modo matemático a unidade na multiplicidade em função dos números e, portanto, produzir ordem.

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MUNDO SENSÍVEL – aparece, deste modo, como cópia do mundo inteligível.

MUNDO INTELIGÍVEL – é eterno, enquanto o sensível existe no tempo, que é imagem móvel do eterno.

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CONHECIMENTO – é anamnese, i.é, recordação de verdades desde sempre conhecidas pela alma e que reemergem de vez em quando na experiência concreta.

PLATÃO – apresenta esta teoria do conhecimento tanto em modo mítico (as almas são imortais e contemplam as Idéias antes de descer nos corpos), quando em modo dialético (todo homem pode aprender verdades antes ignoradas, por exemplo, os teoremas matemáticos).

GRAUS – de conhecimento: (1) dóxa (opinião) – imaginação e crença; (2) ciência (epistème) – conh. mediano e pura intelecção.

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PROCESSO – de conhecimento é a dialética, que pode ser ascensional ou sinótica (remontar ao mundo sensível às Idéias) e descensional ou diairética (partir das Idéias gerais para descer às particuares).

ARTE – é ligada, por Platão, à sua metafísica: se o mundo é cópia da Idéia, e a arte é cópia do mundo, segue-se que a arte é cópia de uma cópia, imitação de uma imitação e, portanto, afastamento do verdadeiro.

VERDADEIRA – beleza não deve ser buscada na estética, mas na erótica.

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DOUTRINA – do amor platônico é, com efeito, estreitamente ligada à busca do Uno, que, em nível sensível, se manifesta como Belo.

EROS – é um demônio mediador, intermediário entre a fealdade e beleza, entre sabedoria e ignorância, filho de Penía (Pobreza) e de Póros (Recurso): é uma força que por meio do belo nos eleva até o Bem, pelos vários graus que constituem a escala do amor.

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PLATÃO – concebe o homem no dualismo entre alma e corpo.

CORPO – corpo é entendido como cárcere ou mesmo como túmulo da alma.

PARADOXOS – daqui derivam os paradoxos da “fuga do corpo” (o filósofo deseja a morte enquanto separação da alma do corpo) e da “fuga do mundo” (para tornar-se semelhante a Deus o quanto é possível ao homem).

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CONCEPÇÃO – de homem platônica pressupõe a doutrina da imortalidade da alma, à qual ligam-se estreitamente as doutrinas da metempsicose, ou transmigração das almas em diferentes corpos, e dos destinos escatológicos das almas depois da morte.

MITOS – emblemáticos são os mito de Er e o mito do Carro Alado.

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PLATÃO – institui correspondência entre as partes da alma (apetitiva, irascível e racional) e as classes que constituem o Estado Ideal (artesãos, guardas, governantes).

CORRELAÇÃO Temperante – quando os artesãos-comerciantes souberem

por um freio na própria avidez; Corajoso – quando os guardas-soldados souberem moderar

seu ímpeto e enfrentar os perigos como convém; Sábio – quando os governantes agirem em conformidade com

a razão na busca do Bem e na sua aplicação. Síntese – a cidade (como a alma individual) será justa quando

cada classe (ou parte) realizar o papel que lhe compete, sem usurpar o das outras.

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ESTADO – deve ter um programa preciso de educação, a fim de que permaneça no tempo.

SEGUNDA CLASSE – deve ter um programa especial de educação (guardas): formação gímico-musical, espécie de comunismo de bens, das mulheres e dos filhos.

MOTIVO – subtrair aos guardas a tentação do egoísmo, i.é, todos os guardas devem ter um só patrimônio e uma única família.

FILÓSOFOS – governantes deveriam possuir uma educação que durava 50 anos: exercício da dialética e contemplação do Bem e sua aplicação na realidade contingente.

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IDADE MADURA – Platão modificou sua visão idealista do Estado e formulou uma doutrina do Estado “segundo”, em que a prioridade visava às leis e à busca da justa medida entre os excessos.

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PLATÃO – sintetizou o próprio pensamento nas suas múltiplas dimensões no célebre “mito da caverna”, que se pode interpretar ao menos em quatro níveis:

(1) – nível ontológico – aquilo que está dentro da caverna seria o mundo material e aquilo que está fora o mundo supra-sensível.

(2) – nível gnosiológico – o interior da caverna representaria o conhecimento sensível (opinião) e o exterior da caverna o conhecimento das Idéias.

(3) – nível místico-teológico – o interior e o exterior representariam respectivamente a esfera mundana material e a espiritual.

(4) – nível político – implica um retorno à caverna de quem tinha conquistado sua liberdade, por solidariedade com os companheiros ainda prisioneiros, e com a finalidade de difundir a verdade.

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PLATÃO (427-347 a.C.) – aborda as premissas socráticas: (a) virtude é conhecimento; e, (b) vício existe em função da ignorância (Fedro e República).

PENSAMENTO – platônico decorre de pressupostos transcendentes (alma, preexistência da alma, reminiscência das idéias, subsistência da alma etc.).

ACADEMIA – como lugar para o ensinamento, longe da torpeza da cidade ou da prática política (contrariamente do que foi com Sócrates).

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PHRÓNESIS – estava no cerne do ensinamento socrático (para a Paidéia), mas com sua morte iniciou-se o processo acadêmico e distanciamento da cidadania participativa.

PRUDÊNCIA – converteu-se em vida teórica (bios theoréticos) como melhor forma de vida, tendo como base a tripartição da alma (cabeça: alma logística; peito: alma irascível; baixo ventre: alma apetitiva).

PSYCHÉ (alma) – vinculam-se vários atributos, tais como: (a) diferença dos outros animais; (b) imortalidade do ser; (c) assemelha o ser aos deuses; (d) raciocínio lógico; (e) viabiliza a reflexão (dianóia), opinião (doxa), imaginação (phantasía); (f) capacita à razão (noûs) etc.

EPISTÉME – somente é possível na psyché pelo mundo das Idéias (aquilo que é certo, eterno e imutável).

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ALMA – está voltada para a areté (excelência), i.é, uma capacidade ou faculdade suscetível de ser desenvolvida e aprimorada.

VIRTUOSISMO – depende do domínio das tendências irascíveis e concupiscíveis (submissão das almas irascível e concupiscente à alma racional).

BOA CONDUTA – tem pertinência com adequação aos ditames da razão.

ARMONÍA – surgirá do equilíbrio estabelecido pela alma racional sobre as almas irascível e concupiscível.

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VÍCIO – está ligado ao reino do irascível (ódio, rancor, inveja, ganância etc.) e do concupiscível (paixão, sexualidade, gula etc.).

VIRTUDE – significa afastar-se do que é mais valorizado enquanto ligado ao corpo e ao mundo terreno, procurando o que é mais valorizado pelos deuses.

HOMEM – deve caracterizar-se pelo que é excelente aos deuses e não aos animais (leveza dos deuses ao invés do peso das carnes humanas).

INFLUÊNCIA – do orfismo e do pitagorismo (Fédon).

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MODUS VIVENDI – virtuoso aponta para uma recompensa com os deuses, pois a ética e a justiça humanas são insuficientes.

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NÚCLEO – do pensamento platônico repousa na noção de idéia (eîdos) – Mundo das Idéias.

IDÉIA – inscreve-se no quadro da especulação humana e não diz respeito às realizações humanas (realizações são cópias).

BEM SUPREMO – não pode ser atingido pelo ser humano, mas é sua idéia que governa o kósmos.

CONHECIMENTO – é haurido do mundo das idéias através da reminiscência (esquecido na passagem do Hades à Terra).

ALMA (razão) – contempla a verdadeira realidade (idéias) e dela extrai os verdadeiros conhecimentos.

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REPÚBLICA – Livro VI (mito da caverna) e no Livro X (mito de Er).

Er era um guerreiro da Ásia Menor morto numa batalha e encontrado com o corpo incólume entre outros guerreiros. Foi conduzido à terra

natal e velado por 12 dias. No último dia recobrou a vida e contou para todos o que viu no Hades. Er se viu diante de juízes que separavam os

justos dos injustos. Uns eles mandavam ir para um local (buraco no céu) e outros para outro lugar (buraco na terra). Quanto a Er os juízes

disseram para ele não ir a lugar algum, mas que retornasse à terra para servir de testemunha. Er viu as almas no buraco da terra surgirem sujas e contar seus sofrimentos, contrariamente daquelas que surgiam

do buraco do céu, afirmando maravilhas. Após alguns dias Er viu as almas dirigirem-se para uma escolha futura e recebiam a sorte (virem como animais, como seres humanos etc.). Tais escolhas eram feitas

com base nas experiências anteriores. Antes de irem ao destino, passavam pelo rio Amelete (esquecimento do que viram e

vivenciaram). Após eram conduzidas ao renascimento. Er não bebeu água do rio e, ao acordar, contou as experiências.

SÓCRATES – conclui ser possível agradar aos deuses neste mundo e no além.

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ADMITIDA – uma realidade transcendente (a Justiça, o Bem etc.) ela é que deve ser conhecida e praticada pelos homens, bem assim, sua contemplação estabelecer os princípios da politéia.

IDÉIA DE JUSTIÇA – está além dos olhos humanos, mas sua presença preside a vida de cada ser humano. Ela é uma justiça infalível (metafísica) e não pode ser tratada do ponto de vista humano ou terreno (raízes no Hades – além vida).

FUNDAMENTO – dessa justiça universal (transcendente) possui como cerne o caráter órfico-pitagórico (justiça cósmica).

MUNDO – é o reino das aparências (o que parece ser justo ou injusto).

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CONCEPÇÃO – platônica cria uma expectativa de justiça passível de ser discutida na doxa e de imediatizar-se na vida terrena.

TESE – da retribuição pelo mal aparece nos textos do Górgias, Leis e República (tipo de justiça infalível).

JUSTIÇA – é causa de bem para aquele que a pratica (e mal para o que a transgride).

ALMA – com o renascimento passa a um cárcere (corpo) que já é um mecanismo de responsabilização (aqui e no Além).

CONCLUSÃO – é que não se pode ser justo ou injusto somente para esta vida, pois se a alma preexiste ao corpo, é porque também subsiste à vida carnal, de modo que ao justo caberá o melhor e ao injusto o pior.

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ORDEM POLÍTICA – platônica é estabelecida onde alguns mandam e outros obedecem em cooperação.

COOPERAÇÃO – entre os componentes leva à justiça.

ALMA TRIPARTITE (Fédon) – possibilita a estrutura do Estado (República), onde a razão é a guia sobre a paixão.

DIVISÃO – do Estado Ideal em três classes e atividades: política, defesa e economia (uma classe não interfere na outra, pois interferência é injustiça).

JUSTIÇA – na polis é ordem e desordem injustiça.

ESTADO IDEAL – não existe na terra, mas serve para inspirar e o governante será o filósofo (alma racional).

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ÉTICA – platônica não se traduz numa elucidação entre a localização (e discernimento) da ação virtuosa e da ação viciosa, mas na orientação pela noção de bem.

NOÇÃO DE BEM – norteia a conduta segundo padrões.

BEM – em Platão é metafísico (como a Justiça).

DISTANCIAR – da noção de bem significa deixar o barco guiar-se pela correnteza e não pelo timoneiro.

CONTROLE – está na alma racional e, o descontrole, na ausência da sua direção.

PAIDÉIA – será estabelecida pelo pedagogo universal (Bem Absoluto).

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EDUCAÇÃO – para Platão deve ser realizada pelo Estado (monopólio da vida do cidadão).

JUSTIÇA – ÉTICA – POLÍTICA – movimentam-se num só ritmo que são as idéias metafísicas que derivam da idéia primordial do Bem.