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Unidade Didática - Operação de migração para o …£o, criando o movimento das imagens e adicionando cores e som a indústria cultural nos remete a sala de aula com uma ferramenta

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Unidade Didática

Desenho AnimadoOcidente x Oriente

Aluna: Inês Juno OshimaOrientadora: PROFª. DRª. Fátima Maria Neves

IES – UEMPDE – 2008

O homem pré-histórico se expressava através de imagens, com a redução dessas imagens surgiram caracteres desenvolvendo assim a escrita. Unindo as duas formas de

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expressão, criando o movimento das imagens e adicionando cores e som a indústria cultural nos remete a sala de aula com uma ferramenta importantíssima que é o filme. Facilitando o trabalho para a transmissão de conhecimentos. Embora valorizado, o cinema ainda não é visto pelos meios educacionais como fonte de conhecimento. Como cita Neves: “Nosso objetivo fundamental não é o de divulgar o cinema enquanto uma das expressões da arte ou analisar aspectos técnicos e suas diferentes correntes teóricas, mas usar filmes em sala de aula com características pedagógicas, na recuperação de conteúdos, ao mesmo tempo, promover o despertar de um interesse na compreensão do desenvolvimento educacional, na perspectiva histórica. É estabelecer, portanto, a relação entre aula, sociedade e educação” Revista UNIMAR 19(1): 215-225, 1997.

Nós trabalharemos desta forma com dois desenhos animados, sendo um ocidental e o outro oriental. Salientando as diferenças culturais e a intenção da construção do produto.

“Uma pedagogia crítica da representação deve fornecer aos/às estudantes a oportunidade de reconhecer as limitações das linguagens que estão disponíveis, ao ajudá-los/las a compreender suas experiências cotidianas, as categorias que eles/elas usam para representar essas experiências, e a relação entre as categorias e as formas culturais os modos de subjetividade, e as praticas sociais que lhes permitem falar sua própria verdade e transformar as condições que constrangem suas capacidades para a reflexão critica e sua habilidade para se envolver no trabalho da transformação social”. (Henry A. Girou X & Peter L. Mc.Laren pág.153)

Vamos conhecer a diferença entre desenho animado e cartoon?

“O desenho animado não é como o cinema, feito com a matéria da realidade, mas com a matéria dos sonhos. Assim, a produção dos desenhos animados sempre foi nebulosa e as autorias reais nem sempre puderam ser definitivamente estabelecidas. O cartoon é mais ainda que cinema, uma criação coletiva, e sua história correm paralelos a historia da história em quadrinhos, de modo que, muitas vezes, as criações se confundem com as recriações: alguns personagens têm uma primeira vida nos quadrinhos antes de transformarem em astros do desenho animado, outros percorrem a caminho inverso. É o caráter imaginário dessas criaturas confere-lhes uma existência mítica, “eterna”, cuja origem acaba perdendo no tempo. Os personagens sucesso nascem como lendas vivas, saídas do fundo de um inconsciente coletivo”. (Luiz Nazário, Animação Norte-Americana Pág.51)

O desenvolvimento preliminar de A Bela Adormecida (Sleeping Beauty) teve inicio em 1950, com a produção atingindo seu auge em 1953. a produção do filme entretanto sofreu atrasos enquanto Walt Disney se dedicava a construção da Disneylândia e vários projetos do estúdio para a televisão. Finalmente após mais de 6 anos de produção, o filme foi concluído, a um custo de US$5 milhões de dólares, o que fez dele o longa de animação mias caro jamais produzido até então.

A criação do cinema de animação foi elaborada pelo francês Émile Reynaud (1844 – 1918), num sistema de animação composto por 12 imagens por segundo.

Os dois filmes que trabalharemos têm a procedência dos Estados Unidos pela Walt Disney Company e Estúdios Ghibli.

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“A Bela Adormecida”

-Gênero – Animação Infantil-Principais personagens e vozes:

-Princesa Aurora – Mary Costa-Príncipe Filipe – Bill Shirley-Malévola – Eleanor Audley-Flora – Vera Felton-Fauna – Bárbara Jô Allen-Primavera – Bárbara Luddy-Rei Estevão – Taylor Holmes-Rei Humberto – Bill Thompson-Coruja – Dal Mc Kennon

-Direção – Clyde Geronini-Ano de lançamento 1959-País de produção – EUA-Duração – 75 min-Idioma – Inglês

Versão Brasileira-Estúdio – Atlântida Cinematográfica-Direção de dublagem: Luís Delfina-Tradução – Orlando Figueiredo -Versões musicais – Aloysio de Oliveira

Vozes:-Maria Alice Barreto – Princesa Aurora/Rosa (diálogos)-Norma Maria – Princesa Aurora/Rosa (canções)-Mauricio Sheiman – Príncipe Felipe (diálogos)-Osny Silva – Príncipe Felipe (canções)-Heloisa Helena – Malévola-Nancy Wanderley – Flora-Joyce de Oliveira – Primavera -Nadia Maria – Fauna-Hamilton Ferreira – Rei Humberto-Roberto de Cleto – Rei Estevão

Prêmios e indicações-O filme A Bela Adormecida recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria

Melhor Trilha Sonora de Filme Musical-Recebeu também indicação ao Grammy na categoria Melhor Álbum de Trilha

Sonora Original – Cinema/Televisão

Personagens

-Aurora – Princesa submissa que já ao nascimento é prometida ao príncipe Felipe. Comportamento típico da época (idade media), jogos de poderes.

-Rei Humberto - Pai do príncipe Felipe. Gosta muito de extravagâncias alimentares.

-Felipe – O jovem príncipe que a conheceu somente no dia do seu nascimento.

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-Rei Estevão – Pai de Aurora. Seu papel de pai é figurativo. Acompanhado sempre pelo Rei Humberto em banquetes.

-Malévola – A bruxa. Como o seu próprio nome já diz. Ela faz o papel da malvada. Mas é uma bruxa muito bonita (performática).

-As Fadas – são simpáticas e agradáveis. Ajuda a Aurora nos momentos mais difíceis.

-A Rainha – o seu papel é tão insignificante que nem nome ela possui.

Sinopse:O desenho inicia com o nascimento da primeira filha do rei Humberto eu foi

prometida para o príncipe Felipe, vai fazer-lhe uma visita. Após a sua visita e das fadas, surge inesperadamente a bruxa Malévola que lhe roga uma maldição: ao completar 16 anos, ela espetaria o dedo no fuso de uma roca e cairia em um sono eterno. Mas as três fadas madrinhas – Fauna, Flora e Primavera conseguem afastar aurora por 16 anos do reino e a leva para a floresta. Ao completar o décimo sexto aniversario Aurora retorna ao reino e espeta o dedo no fuso. Como as fadas descobriram o segredo para quebrar o feitiço, foi de encontro a Felipe e ele, munido com a espada da verdade e o escudo da virtude, combate e derrota a Malévola quebrando o feitiço com um beijo em Aurora.

Neste filme é mostrado a dependência da mulher por um homem, a família ideal, a luta do bem contra o mal (representada pelas fadas e Malévola).

É importante observar que Aurora com apenas 16 anos prece uma mulher com o corpo alongado. Outro ponto importante é a valorização do cabelo loiro, corpo esguio, rosto fino sempre voltado para o europeu. Pág.11 ir até “O Estereótipo racial”.

“Em A Bela Adormecida, o mal é concentrado e o Bem, repartido entre as três fadas, sobrando um pouco para Aurora e Felipe. As fadas possuem diferenças: Fauna tem uma bondade ingênua, Flora é a mais inteligente e Primavera, meio criança, é a mais humana em seus sentimentos. Ela parece ter sido criada para despertar mecanismos de identificação do público infantil: sujeita a ataques de raiva, chacoalha o corpo, é impulsiva e resmunga, molha biscoito no chá com gula e, afinal, é quem neutraliza a maldição de Malévola”. (Cristina Bruzzo). As histórias infantis de Disney (pág.190 – 191) A maneira de agradar todos os espectadores, fez com que todos os detalhes sejam bem elaborados para uma seleção uniformizada de apreciar.

“A cultura infantil é uma esfera onde o entretenimento, a defesa de idéias políticas e o prazer se encontram para construir concepções do que significa ser criança – uma combinação de posições de gênero raciais e de classe, através das quais elas se definem em relação a uma diversidade de outros”.(Giroux – Henry A. Disneyzação da Cultura Infantil p.49)

“Os filmes da Disney combinam uma ideologia de encantamento com uma aura de inocência, ao contar histórias que ajudam as crianças a compreender quem elas são, o que são as sociedades e o que significa construir um mundo de brinquedo e fantasia num ambiente adulto. Com essa inocência citada por Giroux, é que devemos abrir os olhos. Pois essa uniformização e esta ideologia disfarçada leva todos a um consumo inocente”.

“Este aparato (filme) está equipado com uma impressionante tecnologia, com magníficos efeitos de som e imagens e suas “simpáticas e amáveis” estórias são apresentadas na atraente embalagem do entretenimento”.

É literalmente um mundo de fantasia que se transforma num mercantilismo desde lápis, régua, capas de caderno, caneta, estojos, agendas, roupas, alimentos tudo com a marca Disney. Temos que nos policiarmos (professores) para não passarmos adiante essa venda indiscriminada que gira em torno do capitalismo.

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“O estereótipo racial é outra questão que aparece em muitos dos recentes filmes animados da Disney. Mas o legado do racismo não começa com os filmes produzidos em 1989; pelo contrario, existe uma longa historia de racismo associada com a Disney” (Giroux – Henri A. A Disneyzação da Cultura Infantil pág.68).

Do Ocidente para o oriente.

Filme “A viagem de Chihiro”Diretor: Hayao Miyazaki

-nasceu em 5 de janeiro de 1941-formado em ciências políticas e economia pela universidade Gakushuin;-1963 – Seu primeiro emprego é na Toei Animation como intervalador;-1971 – vai para a produtora A-Pro;-1973 - Vai para a Zueyo Pictures;-1978 – Começa o seu primeiro trabalho como diretor;-Sempre utiliza amigos e pessoas próximas a ele para se inspirar na criação de seus personagens; - o diretor detesta ser chamado de “Walt Disney Japonês”;- é “Anglófilo”- está sempre anunciando sua aposentadoria mas a necessidade de estar sempre criando o impede de se aposentar;- o diretor também cozinha para sua equipe;- Miyazaki foi, em conjunto com uma companhia de animação (Tokuma), o criador dos estúdios Ghibli em 1985;- o objetivo dos Studios Ghibli, era permitir fazer algo de novo, com qualidade, com independência, sem os limites comerciais dos grandes estúdios japoneses;- Hayao Miyazaki e Isao Takahata são os principais diretores da Ghibli;- Ghibli era o nome que os pilotos italianos da segunda guerra mundial davam ao vento quente que varria o deserto do Saara.- O estúdio também conta com um museu, onde ocorrem exibições de Animês exclusivos e exposições de objetos relacionados ao estúdio.

Premiações:-Oscar de melhor longa-metragem de animação 2003-Academia americana de filmes de ficção cientifica, Fantasia e Horror 2003-Prêmio saturno de melhor animação-festival do Filme Fantástico de Amsterdã 2003-Premio Silver Scream para Hayao Miyazaki-Premio Annie 2003-Premio destaque de melhor filme, diretor, trilha sonora e roteiro-prêmio da broadcast film critics association 2003-melhor animação

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-sociedade dos críticos de cinema da florida 2003, melhor filme de longa-metragem de animação-premio Golden Satellite 2003, melhor filme de longa-metragem de animação-sociedade dos críticos de cinema de Los Angeles 2002, melhor filme de Longa-Metragem de animação-Premio da National Board of review 2002, melhor filme de longa-metragem de animação-sociedade dos críticos de cinema de Nova York 2002, melhor filme de longa-metragem de animação-premio dos críticos de cinema da Internet (Online) 2002, melhor filme de longa-metragem de animação-festival de cinema de são Francisco 2002.-Premio do publico – Melhor Filme-Festival de Cinema de Berlim 2002, Urso de ouro de melhor filme.-Academia Japonesa de Cinema 2002, Melhor Filme.-Sociedade dos críticos do cinema de Boston 2002.-premio menção honrosa pela contribuição ao campo da animação.-festival de cinema da catalônia 2002, Menção Honrosa.-Sociedade dos Críticos de cinema de Dallas 2002, melhor filme de longa-metragem de animação.-Hong Kong Film Awards, melhor filme de longa-metragem de animação.

FilmografiaLonga– metragens-1979 – The Castle of Cagliostro (Kariosutoro no Shiro)-1984 – Nausicaã of the Valley of the Winds (Kaze no Tani no Nausicaa) -1986 – Laputa: The castle in the sky (Tenku no Shiro Laputa)-1988 – Meu amigo Totoro (Tonari no Totoro)-1992 – Porco Rosso (Kurenai no buta) -1997 – Princesa Mononoke (Mononoke Hime)-2001 – A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi)-2004 – O Castelo Andante (Hauro no Ugoku Shiro)-2008 – Ponyo on the clif by the sea (Gake no eu no Ponyo)

Séries para TV-1978 – O menino do futuro Conan (Mirai Shônen Konan – 26 episódios) -1980 – Lupin III – A Segunda série de TV. (Shin Pupan Sansei – 2 episódios)-1982 – O Grande detetive Holmes (Meitantei Homuzu – 6 episódios)

Curtas-metragens -1992 – A semente azul (Sora Iro no Tane)-1995 – On your mark (On Your Mark – clipe músical da dupla japonesa Chage & Aska)-1992 – O grande dia de folga de Koro (Koro no Osanpa)-2001 – A caça da baleia (Kujiratori)

Ficha TécnicaTítulo original: Sen to Chihiro no KamikakushiGêneroAnimação/aventuraTempo de duração: 122 minutosAno de lançamento: 2001 – JapãoEstúdio Studio Ghibli/ Dentsu Inc. / Mitsubishi Commercial Affairs/ Ntv / Tokuma Shoten / Touhoku Shisha / Walt Disney Pictures

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Distribuição:Europa Filmes/ Buena Vista InternationalDireção:Hayao MiyazakiRoteiro:Hayao MiyazakiProdução:Toshio SuzukiDireção de ArteYouji TakeshigeElenco (vozes)Rumi Hiiragi (Chihiro)Daveigh Chase (Chihiro – Versão em Inglês)Miyu Irino (Haku)Mari Natsuki (Yubaba)Takashi Naitô (Pai de Chihiro)Yasuko Sawaguchi (Mãe de Chihiro)Tatsuya Gashuin (Ao gaeru)Eynosuke Kamiki (Bo)Yumi Tamai (Rin)Yo Oizumi (Bandai – gaeru)Koba Hayashi (Kawa no Kami)Tsunehiko Kamijô (Chichiyaku)Takehiko Ono (Aniyaku)Bunta Sugawara (Kamajii)

Personagens-Akio – O pai tem a característica de um senhor tranqüilo, calmo e que gosta muito de sua filha e que zela pela família. Apresenta um vicio: gula.-Yuko – A mãe é carinhosa e sempre está em segundo plano. Tipicamente oriental, apesar dos traços fisionômicos europeus. Utiliza-se de brincos, adornos não costumeiros no Japão.-Chihiro – É a protagonista de dez anos, como toda pré-adolescente, mal humorada, porém generosa. Luta para salvar os pais renunciando a preguiça e ajuda os amigos.-Yubaba – É a feiticeira que comanda a casa de banho do mundo dos espíritos. E que escravizam todos aqueles que têm preguiça.-Konashi – Kao – rosto, Nashi – não tem. Aparece sorrateiramente no filme e toma uma dimensão incalculável no decorrer da trama. Simboliza o egoísmo dos homens e a justiça.-Kamajii – É o escravo das caldeiras que aquece a casa de banhos e é forçado a trabalhar muito duro sob as ordens de Yubaba. Possui muitos braços para dar conta do oficio.-Haku – Escravo pessoal de Yubaba e que se transforma em dragão para executar os comandos de seu chefe. Torna-se filme o protetor de Chihiro que também é salvo pela sua amiga lembrando seu nome. Quebrando o feitiço que Yubaba impusera.-Zeniba – Irmã gêmea de Yubaba. Aceita a visita de Chihiro que a devolve o seu carimbo.

Sinopse:Chihiro está de mudança de endereço com seus pais que s perdem e acaba em frente a um portal. Curiosos adentram para averiguar e saem em um abandonado parque temático dos anos 90. Ela conhece Haku o seu protetor que trabalha para a feiticeira Yubaba. Seus pais se transformam em porcos porque se alimentam com comidas do local. A luta de Chihiro é para livrar os seus pais da morte, trabalhando numa casa de banho onde conhece Kaonashi um misterioso fantasma que distribui ouro para todos que trabalham na casa de

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banho. Kamajei é um senhor com vários braços escravo de Yubaba o qual faz a caldeira funcionar diuturnamente. Chihiro consegue desfazer o feitiço de Haku após uma viagem até a casa da irmã gêmea (do bem) de Yubaba. Assim consegue libertar seus pais. Uma viagem fantasmagórica neste parque temático.

O Japão moderno é um dos maiores exportadores do mundo de cultura popular. Os desenhos animados (anime), história em quadrinhos (manga), filmes, a cultura pop japonesa. Japop, literatura e música (J-pop) japoneses conquistaram popularidade em todo o mundo, e especialmente nos outros países asiáticos.

Curiosidade – ocidente e o oriente

Felix Bracquemond teria originado em 1865 uma febre pela arte japonesa ao encontrar uma copia de apontamentos de Hokusai, os manga, em uma caixa de embalagem no ateliê do pintor Delatre, pondo-se a trabalhar neles de imediato. Mais tarde, os irmãos Goncourt, Zola, Degas, Manet, Whistler e tantos outros liminares se lançam a colecionar gravuras japonesas e outros objetos de arte. Em 1872, o critico de arte Frances Philipe Burty cunha o termo “japonismo” para se referir a este veemente repentino interesse cultural.

Símbolo Nacional

Bandeira A bandeira Japonesa tem ao centro uma esfera vermelha sobre um fundo branco. É uma bandeira fácil de reconhecer e mesmo de desenhar. A esfera representa o sol nascente, tradução em imagem de Nihon (pode-se usar também Nippon, “Japão”), pois os ideogramas que compõem a palavra Nihon significam sol, origem, isto é, oriente, onde o sol nasce. Para os japoneses, ver o sol nascendo sobre o oceano, espalhando os seus raios sobre a água é algo muito prazeroso.

Religião

A religião xintoísta se desenvolvera, abordando a adoração de espíritos da natureza em santuários locais e cerimônias presididas por sacerdotes.

Curiosidades:

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As missões católicas ibéricas iniciaram a incursão no Japão com a chegada em 1549 do jesuíta São Francisco Xavier a Kagoshima.

Iluminação

Luzes avermelhadas bem fracas representam “como nos tempos antigos do Japão” – a cena em que os pais de Chihiro são transformados em porcos, a garotinha se aperta contra um edifício que foi quase destruído. Foi esquecida de propósito. Para deixar o publico sentir o medo de Chihiro.

Luminária – decoração Chouchin

É o nome dado as luminárias feitas com armação de bambu e cobertas com papel de seda.Originalmente, elas eram como uma espécie de lanterna em que se colocava uma vela acesa em seu interior.

Escrita japonesaA escrita tradicional japonesa que se escreve na vertical, de cima para baixo e da direita para a esquerda, embora atualmente a mais comum no Japão seja a horizontal da esquerda pra direita e de cima para baixo.

A palavra “Kanji” significa “letra chinesa”, ou, num sentido amplo, “escrita chinesa”. São ideogramas, aquelas letras complicadas cheias de traços.Os primeiros deles datam de mais de cinco mil anos. Eram desenhos utilizados primordialmente em rituais supersticiosos. Com o tempo sofreram alterações, e seus traços foram simplificados, criaram-se padrões de escrita. Seu numero aumento, e hoje há mais de cinqüenta mil deles.A língua chinesa é composta exclusivamente desse tipo de caractere. A japonesa não. Esta possui um alfabeto silábico chamado Hiragana. No Japão, os kanjis são utilizados para a grafia de substantivo, pronomes, numerais e radicais de verbo, de advérbios e de adjetivos. O resto é escrito em Hiragana. O japonês escrito padrão se vale de pouco mais de dois mil kanjis. Os kanjis não são apenas letras; são ideogramas. Cada kanji possui um significado. Por exemplo, o kanji de “uma”(cavalo em japonês) antigamente era um desenho que lembrava a forma de um cavalo.

Hiragana

O Hiragana é um alfabeto silábico composto por 71 letras inventado pelas mulheres do Japão antigo, que privadas da educação formal criaram versões simplificadas de alguns Kanjis. Com o tempo essas versões passaram a representar apenas sons.

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Atualmente essas letras são utilizadas em partículas, desinências de verbos, de adjetivos e de advérbios. Muitos substantivos, pronomes, numerais e radicais de verbo, de adjetivo e de advérbio também são escritos em Hiragana.

Katakana

O Katakana é também um alfabeto silábico de 71 letras, assim como o Hiragana. E também representa apenas sons. Quem o inventou foram os monges japoneses. Mesmo para eles, que eram relativamente letrados, era difícil lembrar-se da leitura de cada kanji. Então eles escreviam pequenos “lembretes” ao lado das letras mais complicadas. Esses lembretes se tornaram o “Katakana”, que, hoje, é utilizado para grafar estrangeirismo, interjeições, onomatopéias, apelidos etc...

Geografia

Olho para as flores,Olho e as flores espalham-se

Olho e as flores...

Crescem as floresCrescem e depois caem, Caem e depois...

Esse belo poema Flores de cerejeira, de Onitsura (1660 – 1738), ajuda a mostrar como os japoneses pensam em geografia. O texto fala da continua renovação das flores, que sempre crescem e depois caem, diante do homem que as contempla e talvez nada possa fazer para mudar o curso da natureza.

Com relação às forças naturais, reverencia e temor, respeito e assimilação são posturas que os japoneses foram incorporando no decorrer de sua história, pois a natureza no Japão oferece uma face que, lado a lado com a beleza e a generosidade, tem aspectos difíceis e até cruéis, como terríveis vulcões e terremotos.

Arquipélago

A população japonesa ocupa um território situado no extremo da Ásia que soma no total 377.818 km², pouco menor que o estado do Mato Grosso do Sul, 23 vezes menor que o Brasil. O Japão é um arquipélago que forma um arco localizado no noroeste do oceano pacifico a 36°N e 138° l

As ilhas maiores, consideradas as principais, são: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. Honshu é a mais populosa.

Se fosse traçada uma linha imaginaria cortando o território do extremo norte (em Hokkaido) até o extremo sul (em Okinawa), ela somaria 2.400km de comprimento e não mais de 300 km de largura. As quatro maiores correspondem a 97% de todo o território japonês. Além delas, o arquipélago é formado por outras 3.400 ilhas, algumas muito pequenas. E, por isso, o litoral é bastante extenso, somando 29.751km.

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Mares

“O Japão, em verdade, é uma montanha”, afirmando geógrafo francês Max Derruau, referindo-se ao relevo praticamente pontuado de montanhas e com poucas planícies. Mas não se pode pensar o Japão só pela terra. O arquipélago japonês tem muito de sua historia girando em torno das atividades dos mares que o rodeiam.Na direção de norte a oeste, o Japão é separado do continente asiático pelo mar do Japão de cerca de 978.000 km².

Ao norte faz fronteira com a Rússia e as ilhas Sacalinas (estas ainda hoje disputadas por ambos os países) a oeste, com a Coréia do Norte e a Coréia do Sul e, a leste, o mar do Japão bordeia as ilhas de Hokkaido, Henshu e Kyushu.

O mar interior poderia ser chamado de “mar mediterrâneo japonês” por sua localização e significado histórico. É a mais importante comunicação entre as ilhas de Honshu, Shikoku e Kyushu e o caminho de ligação entre o mar do Japão e o oceano pacifico a leste. Grandes cidades como Osaka, desenvolvidas industrial e comercialmente, concentram-se no litoral.

Rios

O Japão tem abundancia de águas que descem das montanhas para a planície antes de desembocar no oceano. Não há de fato rios de grandes extensões, mas cursos de água estreitos e velozes.

Lagos

Os japoneses apreciam tanto os lagos que esmeraram em construir lagoas artificiais nos seus jardins: as áreas abertas, ao ar livre, de templos e santuários sempre tem plantas, pedras e água. Em sua cultura é tida como fundamental para dar equilíbrio a paisagem e trazer paz e harmonia as pessoas.

Águas Termais (Onsen)

Banhar-se na água quente que brota das rochas vulcânicas é uma das formas preferidas dos japoneses para relaxar. No encontro entre águas termais (onsen) e montanhas, o banho ao ar livre, costume bastante concorrido no Japão, é coletivo atualmente, os dois sexos não se misturam nesses banhos coletivos. Porém, no passado, homens e mulheres se banhavam juntos sem qualquer restrição, colocando em destaque a importância cultural do banho em si.

Ofurô

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O banho diário coletivo, doméstico, ou público, dos japoneses costumava chocar os ocidentais. O ofurô (tina de madeira cheia de água quente) pode ser compartilhado por homens e mulheres, embora, tradicionalmente, respeite-se uma hierarquia: primeiro banham-se os homens chefes de família, depois os mais velhos e, por ultimo, mulheres e crianças, na mesma água já utilizada pelas outras pessoas.

Obs. – Toma-se o banho fora da tina e após o banho mergulha-se na tina.

População

O crescimento populacional e urbano introduz a necessidade de racionalização dos espaços, e por isso os edifícios, em detrimento das casas, para moradia e negócios foi se multiplicando. Tóquio tem quase 6.000 habitantes por km².

O tamanho médio das residências japonesas é de 91,3 m² e em Tóquio é de 63m². as casas japonesas são medidas também pelo número de tatames que podem conter – o tatame é um tipo de tapete fabricado de palha de arroz com a estrutura de madeira e mede cerca de 1,5 m². O apartamento “de um dormitório” típico mede cerca de “seis tatames” além da cozinha e do banheiro. O espaço dos tatames serve de sala durante o dia e de dormitório a noite. Para dormir, os poucos móveis são encostados junto as paredes e se estendem os futon (acolchoado para deitar-se encima), que durante o dia fica guardado em armários.

As ruas e os transportes públicos ficam sempre lotados de gente indo e vindo, contribuindo para dar muita visibilidade a alta densidade demográfica dos centros urbanos. Em algumas calçadas, respeitam-se regras de mão e contramão para pedestres.

É muitíssimo raro entre os japoneses o costume de receber visitas em casa. Mesmo reuniões de amigos ou parentes ocorrem em restaurantes ou algum lugar publico. O espaço da casa é estritamente da família. As pessoas aprendem desde cedo a ser organizadas para que a convivência seja mais fácil. As crianças sabem que tem que guardar seus brinquedos espalhados pelo chão antes de dormir. Os casais não esperam muita privacidade. E os jovens adolescentes escutam seu som num volume que não incomodem os outros.

Curiosidade:Tampas de bueiro

Nas cidades japonesas, as tampas de bueiros são estampadas. Cada uma tem o seu desenho.

Cumprimentos

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Os japoneses se cumprimentam abaixando a cabeça e curvando o corpo para frente. Quanto mais se curvam, maior o grau de respeito que demonstram ao outro. Nas situações do dia-a-dia, basta baixar um pouco a cabeça.

Teatro

Na cidade de Edo no século XVII nasceu o teatro Kabuki, que combina canto e dança e se caracteriza pela atuação de atores do sexo masculino mesmo nos papéis femininos (a performance de mulheres no teatro era proibida pelos xoguns tabugawa).O Kabuki era (e continua sendo) uma forma de lazer popular, tanto que era conhecido como o divertimento do “povo da beira do rio”. As peças que duram de duas a quatro horas, contam episódios da história do Japão, dramas pessoais, histórias de amor, e são acompanhados de instrumentos de percussão, flauta, e o shamisen (instrumento japonês parecido com o banjo de três cordas). Os atores usam uma maquiagem com a pele do rosto coberta com uma grossa camada de pó branco e os olhos são pintados de vermelho e preto.

Culinária

A culinária tradicional japonesa é dominada pelo arroz branco e poucas refeições seriam compostas sem ele.É utilizada um tipo de Talhe Diferente denominado hashi.Os pauzinhos são usualmente feitos de madeira, bambu, marfim ou metal, e modernamente de plástico. O par de pauzinhos é manuseado com a mão direita, entre o dedo polegar e os dedos anelar, médio e indicador e serve para apanhar pedaços de comida ou empurra-los diretamente da tigela para a boca.

Bento – é uma refeição fria e completa que serve de opção alimentar para quem viaja: algum tipo de conserva ou cozido e arroz (bolinho). Sendo o tempero, adocicado, salgado ou ácido.

Pratos “típicos japoneses”

Sushi e Sashimi

Ela faz parte do conjunto de atitudes que se viu surgir no Ocidente com o culto ao corpo saudável, buscando a longevidade, em conseqüência, uma boa alimentação.

Sushi – Alimento a base de arroz, com recheio variado (pepino, kani, omelete, atum, manga, gengibre, alface e outros, enrolado com uma fina camada de alga.

Sashimi – Peixe cru, podendo ser complementado com Wasabi (raiz forte) ou gengibre com shoyu (molho de soja)

Oniguiri – bolinho de arroz sem tempero

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Doces

Manju – bolinho recheado com feijão azuki adoçado ou feijão branco. A massa mais comum é feita com arroz do tipo moti, as vezes coberta com farinha de soja.

Bolacha

Senbei – biscoito redondo chato feito com pasta de arroz (doce ou salgada); cobertos ou não com alga.

Artesanato

Gueta – calçados feitos de madeira, eram usados para o trabalho fora de casa, ou de palha, zaori, usados dentro de casa.

Tecelagem

A tecelagem tem um lugar de destaque. A seda é a matéria-prima mais importante, seguida do algodão e da lã. Há técnicas muito localizadas, como a dos tecidos feitos na ilha de Amami, em Kagoshima, por exemplo, que remontam ao século VII – chegou da Índia, passou por Java e Sumatra até alcançar essa ilha próxima a Okinawa. O tecido de Amami leva de seis meses a um ano para ficar pronto, e o seu tingimento utiliza barro e essência de rosas. Na ilha de Okinawa, usam-se folhas de bananeira para a tecelagem de panos leves apropriados para o clima da região.Toda a arte de vestir um quimono, o traje tradicional japonês, está ligada ao tecido de que é feito, já que o corte é sempre igual a silhueta reta e mangas longas, estas mais ou menos curtas. O segredo de cada quimono está na estampa e na espessura da seda.

Papel

O papel no Japão é usado também como componente no acabamento das casas, forrando as portas de correr e as janelas junto com o papel, a tinta, o tinteiro e os pinceis são considerados os quatro tesouros da escrita. Tal era a sua importância na época feudal que os senhores controlavam a sua produção.

Tinta

A tinta tipicamente japonesa era sólida, devendo ser diluída em água, por isso a necessidade de tinteiros. Artesãos de Nara confeccionavam os pinceis com dez tipos diferentes de pêlos, enquanto na província de Hiroshima eles eram feitos com pelo de

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cabra. Essa manufatura existe até hoje. A tinta obtida da queima do pinheiro adiciona à gordura animal foi desde o século VIII, produzida em Suzuka, na província de Mie.

Bambu

Que, junto com o papel, faz parte da construção das casas em estilo tradicional tem também serventia no artesanato. Há algumas gerações, artesãos da região ao redor de Tóquio, preparam varas de pesca de vários comprimentos para cada tipo de peixe, mas o detalhe é que cada vara é toda coberta de laia, formando cores e desenhos.

A indústria do entretenimento japonesa procura, ainda hoje, adaptar-se ao publico japonês de crianças e jovens, ensinando valores da ética que poderiam ter sido esquecidos diante da nova realidade do país. Ex: nos jogos eletrônicos a criança fica sendo responsável pelo destino do personagem escolhi no jogo, e as dificuldades precisam ser superadas uma a uma para atingir um objetivo, existem os conselheiros sempre mais velhos e experientes que são a referencia para o personagem. A sua presença é o caminho seguro para superar os obstáculos. Na luta contra o mal só a conduta correta visando a justiça e ao bem é que cria vencedores. O inimigo precisa ser enfrentado e aniquilado mesmo que a custa da própria vida.

Origami – Ori = dobrar, Gami = papel. É a arte de dobrar o papel, dando-lhe dimensões. O papel espelho é o mais usado na confecção de dobraduras. Ele é colorido de um lado e branco do outro, tem coloração muito bonita e boa resistência. Acredita-se que este seja um costume religioso de épocas antigas, quando as divindades, representadas em papel, decoravam os templos.

Kirigami – Kiri = cortar, Gami = papel. É uma variação do origami, uma arte de recorte e colagens de papeis. Essa técnica explora o mistério da transformação da segunda dimensão para a terceira dimensão.

Cerâmica

O Japão é um dos países em que a arte da cerâmica floresceu com grande prosperidade.A louça produzida revela uma busca estética que esta em evolução há anos, reflexo de tradição, intercambio culturais e que continua progredindo sob o olhar de jovens artistas num processo que envolve beleza, criatividade e sofisticação. Louças de pó de pedra de textura terrosa, cerâmica de aparência caliça e natural com sua ampla variedade de vitrificação ou porcelana com superfície colorida ou de fundo branco estão organizadas de acordo com a região em que são produzidos.

Obs – a industrialização do Japão – em 1869 – 1912

Dança = Odori

Originalmente as danças clássicas japonesas foram desenvolvidas baseadas em rituais, tais como evocações de espíritos de mortos ou orações para repouso das almas.

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A dança do kabuki (teatro) é a referencia e, a partir dela, surgiram vários estilos. Os movimentos contidos e seus passos, sempre presos ao chão, induzem a uma expressão introspectiva. A dança clássica japonesa busca estabelecer e confirmar o contato com a terá. Seus movimentos tendem a reflexão dos quadris e membros inferiores, abaixando mais o corpo, em pressão ainda reforçada pelos pés que se arrastam e pisam forte no chão. É uma dança com passos intensos, cujo ideal técnico é expressar a beleza da idade avançada.

Dança folclórica

No período Edo (1609 a 1867 – conhecida por ser o começo do período moderno no Japão). Nas ruas e praças publicas, passaram a ser realizados “bailados” graciosos, as danças de massa, como o bon-adori, quando a reverencia a memória dos mortos e o awa odori, estilo de dança folclórica da província de Takushima localizada na ilha de Shikoku. É a dança típica que representa o carnaval japonês, comemorado durante as festividades de verão. Awa = antigo nome de Tokushima, Odori = dança.Coube ao kabuki (teatro) dar uma expressão artística refinada ao odori ás danças de festivais. Uma das regras é manter as mãos e os braços acima do ombro enquanto se dança. Isto é considerado bastante incomum na maioria dos estilos de dança japoneses.

Instrumentos musicais

Koto – trazido da China no século XI, é uma espécie de cítara japonesa. A caixa é feita de madeira medindo aproximadamente 180 cm de comprimento por 30cm de largura. Geralmente, esse instrumento possui 13 cordas, cada uma esticada sobre uma espécie de cavalete e tocada com as duas mãos, sendo que na direita são colocados plectros (palheta) nos dedos polegar, indicador e médio. Durante o período Meiji (1869 – 1912 – a industrialização no Japão) esse instrumento tornou-se muito popular, especialmente entre as mulheres.

Taikô – tambor japonês – dizem que o som de um grande tambor se assemelha a batida do coração de mãe ouvido e sentido no interior do ventre materno.Antigamente, no Japão, o tambor era considerado símbolo de comunidade rural. Dizia que o limite da aldeia era determinado não só geograficamente, mas também pela distancia em que a batida do tambor era audível.Registros comprovam que o taikô está presente na música japonesa a cerca de 1.500 anos, escreve Masahirio Nishitsunoi, estudioso da música japonesa:O taikô está ligado, na maioria das vezes, às festividades xintoístas. A apresentação do conjunto de taikô como evento musical artístico surgiu somente depois da Segunda Guerra Mundial, e estimulou a sua difusão por todo o Japão, ressuscitando essa arte de percussão.

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Shamisen – Introduzido no Japão no século XVI, o instrumento foi inspirado no “Sanhsien” chinês e depois espalhou-se no Japão por meio dos Okinawanos (província de Okinawa), que o chamavam de Sanshien.Semelhante ao banjo, possui três cordas que são tocadas com um plectro (palheta = bachi) de marfim, madeira, plástico, e carapaça de tartaruga de formato triangular e o seu corpo é coberto de pele de gato ou cachorro. Já o Sanshien (shamisen de Okinawa) usa pele de cobra e o instrumento tem o braço mais curto.

Música

A música pode ser subdividida em duas vertentes: a clássica e a folclórica. Dentro do ramo clássico temos diversos estilos que surgiram durante as diversas eras culturais da história japonesa.Durante a era Nara (710 – 794) houve no Japão um forte intercambio cultural com a China. Neste período foi introduzido o Gagaku no Japão, que viria a se tornar a música da corte japonesa. O desenvolvimento musical se deu na era seguinte, a era Heian (794 – 1192). As músicas que vieram do continente asiático passaram por um processo de sofisticação passando a ter características claramente japonesas.

Acolchoados

Na história japonesa, entre os antigos acessórios usados para estender e dormir por cima foram o Koma (manta de palha de arroz) e Mushiro (esteira de junco). Eles eram feitos de palha de arroz, junca, taboa, eulália, junco, etc..., que, no inicio, eram entrelaçados formando uma camada. Com o tempo essas esteiras passaram a ser sobrepostas e costuradas, originando ao que atualmente conhecemos como Tatami com borda (literalmente a palavra Tatami significa empilhar).

Jardim japonês

Diferente dos jardins ocidentais que tem como ênfase a beleza das formas geométricas, o jardim japonês tem como principal objetivo ressaltar a beleza do ambiente natural, mesmo que isso não signifique natureza em sua forma original inalterada. Ou seja, materiais como arvores e arbustos são dispostos nesse jardim para simbolizar e enfatizar que tem uma unidade harmônica.Os modelos dos primeiros jardins vieram da China e representam o prazer e divertimento dos aristocratas. Os do período Heian (794 – 1185) sempre tinham um lago com uma ilha e eram construídos para contemplar a natureza através das mutações das estações do ano. A partir disso, os jardins começam a desenvolver características próprias, dando destaque para os arranjos de pedras. Surgem os jardins secos que, em vez de utilizar a beleza efêmera das flores e plantas passam a privilegiar os minerais, mais permanentes e resistentes ao tempo.

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Depois dessa época (século XIV) surgem os jardins dos pavilhões de chá (chaniwa), que buscam retratar a paisagem de montanha bastante simples, em seu interior, estão dispostas as pedras indicando o percurso a ser tomado pelo visitante para chegar até o local da cerimônia do chá.

Folclore

É muito influenciado pelo Xintoísmo e pelo Budismo, as duas religiões primarias no Japão. Geralmente envolve personagens e situações engraçadas ou bizarras, e também inclui uma variedade de divindades, como bodisayva, Kami (deuses e espíritos reverenciados), Yokai (espíritos que não tem conotação religiosa) (tais como oni, kappa, e tengu), Yurei (fantasmas), dragões e animais com poderes sobrenaturais, como a Kitsune (raposa), o tanuki (cão – guaxinim), a Mujina (doninha) e o Bakeneko (gato monstro).O folclore japonês é normalmente dividido em varias categorias: “mukashibanashi”, cantos de antigamente, “namidabanashi”, histórias tristes; “obakebanashi”, histórias de fantasmas. “ongaeshibanashi”, histórias de retribuição de bondade. “tonchibanashi”, história de sabedoria; “waraibanashi”, histórias engraçadas; e “yokubaribanashi”, histórias de ganância.

Máscaras

As mascaras são utilizadas no teatro japonês. No teatro nô não se atua, se “dança”, e os momentos de maior dramatismo são expressos através da dança que, lenta e estática a principio cresce até alcançar uma controlada intensidade. O movimento recebe o apoio musical da flauta e dos tambores, e do acompanhamento vocal. Os atores usam mascaras e ricas vestimentas de brocado. As mascaras podem representar um personagem ou um tipo de personagem e freqüentemente, um estado de animo ou uma condição espiritual.

Pinturas

Okiyo-e é o estilo de pintura japonesa que se originou durante o período Edo, na cidade de Edo (atual Tóquio), criado por Hishikawa Modonobu, por volta de 1681. os artistas dessa época usavam deste estilo para retratar atores do kabuki, lutadores de sumô, lindas mulheres e cortesãs, ou simplesmente paisagens naturais. A essência do Okiyo-e está na filosofia de se aproveitar cada momento da vida. O mundo é o aqui e agora. A maioria das pinturas era feita em blocos de madeira (xilografia), o que permitiu uma ampla produção em massa, e acabou por tornar essa forma de arte muito popular e acessível entre os habitantes das cidades. No começo os quadros eram feitos sobre madeira em tons monocromáticos. Posteriormente no século XVIII, começaram a ser usada outras cores, como o vermelho, o amarelo e o verde. Assim, aos poucos os quadros ganharam grande colorido. Alguns pintores do Okyo-e também se especializava em pintar lutadores de sumô (sumô-e), flores e pássaros (kahoga), cenas urbanas (fuzokuga), fatos históricos (rekishi-e), ou, ainda, paisagens naturais (fukeiga). As pinturas de paisagens surgiram justamente quando as pinturas Okiyo-e de gênero e de retrato pareciam ter perdido as suas possibilidades. Essas estampas em madeira influenciaram, e muito, os artistas ocidentais. O que se pode afirmar com certeza é que as pinturas okiyo-e marcaram de forma única a historia da pintura japonesa, e ainda hoje, é uma das formas de arte orientais mais apreciadas e estudadas

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Escultura

Os japoneses faziam muitas estatuas associadas a religião, a maioria sob patrocínio do governo. Notáveis foram as chamadas “haniva”, esculturas em argila colocadas sob tumbas, no período “kofun”. A imagem em madeira do século IX de “Shakyamuni”, um Buda histórico e a típica escultura da era “Heian” (794 – 1185), com seu corpo curvado, coberto com um denso drapeado e com uma austera expressão facial. A escola Key criou um novo estilo, mais realista.

-Após o estudo de a unidade didática referenciar:

-As diferenças nos aspectos geográficos, culturais do ocidente e do oriente.

-Relacionar o que faz lembrar o ocidente do “A Viagem de Chihiro”.

-Verificar a diferença e semelhanças existentes entre os dois filmes.

-O que você aprendeu de novidade assistindo um filme oriental?

-Gostou? Por quê?

-Anexos-

Endereços eletrônicos;

http://www.fysp.org.br/guia/cap14_a.htm 09/10/2008 18:10http://www.fysp.org.br/guia/cap03_b.htm 09/10/2008 18:15http://pt.wikipedia.org/wiki/cultura_do_jap%c3%a30 08/10/2008 19:44http://www.geocities.com/tokyo/bridge/8780/escrita_japonesa1.htm 10/10/2008 9:09http://pt.wikipedia.org/wiki/folclore_japan%c3%aas07/12/2008 9:55http://pt.wikipedia.org/wiki/cultura_do_jap%c3%a30#pintura 07/12/2008 10:28http://pt.wikipedia.org/wiki/os_sete_deuses_da_sorte 07/12/2008 10:43http://pt.wikipedia.org/wiki/escultura#japc3a30 07/12/2008 19:55http://pt.wikipedia.org/wiki/hayao_miyazaki08/12/2008 00:22http://pt.wikipedia.org/wiki/culi%c3%a1ria_do_jap%c3%a3o 10/10/2008 17:55http://pt.wikipedia.org/wiki/hashi 09/10/2008 15:35http://www.lendoreledogabi.com.br/fazendo_arte/arte_de_dobrar_papel.htm 09/10/2008 16:40http://guiadoriodejaneirocomcriancas.kit.net/acontecendo/ccbb07.htm 09/10/2008 17:00http://www.acbj.com.br/alianca/palavras.php?palavra=21 09/10/2008 17:05http://pt.wikipedia.orgwiki/pei%c3%adodo_edo 07/12/2008 06:40http://www.nipocultura.com.br/?p=434http://www.fysp.org.br/guia/cap11_b.htm 09/10/2008 18:00

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http://www.fysp.org.br/guia/cap11_g.htm 09/10/2008 18:03http://www;fysp.org.br/guia/cap11_c.htm 09/10/2008 18:07http://pt.wikipedia.org/wiki/m%c3%basica_do_jap%c3%a3o 07/12/2008 07:20http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=17905 05/10/2008 22:18 http://www.welcine.com.br/notaspro/mpbelado.htm 09/10/2008 - 17:05http://pt.wikipedia.org/wiki/cultura_do_jap%c3%A30 19:44 08/10/08

Referências bibliográficas;

Sakurai, Célia. Os japoneses / Célia Sakurai, 1.ed., 1ª reimpressão – São Paulo : contexto, 2008

Bibliografia.IJBN.

Henry A. Giroux é professor de escola de educação da Pensylvania State University, Estados Unidos da América.

Grandes Civilizações do passado. Collcutt, Jansen e Kumakura.Japão Folio.

Professora Doutora Fátima Maria Neves- UEM (Revista UNIMAR 19(1): 215-225, 1997.

(Doutor em história pela USP e professor de cinema do centro de estudos judaicos; critico de cinema, colaborador no Caderno 2 de O Estado de S. Paulo, na revista Set, da Editora Azul, e na Cultura Vozes; escritor e ensaísta; autor de Da Natureza dos Monstros, editado pelo autor de Pasolini, pela Brasiliense; e de Telefone, pela Nova Stella)