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Apresentação da disciplinaApresentação da disciplina
Plano de Ensino
O estudo da Parasitologia permite desenvolver o conhecimento da morfologia, biologia, patogenia, métodos diagnósticos clínico e laboratorial, tratamento e profilaxia das parasitoses de maior incidência no Brasil. Visa, também, estabelecer a relação entre os aspectos epidemiológicos e a ocorrência das parasitoses, ampliando a compreensão dos diferentes contextos sócio culturais, relacionados à saúde humana.
Plano de Ensino
Objetivos específicos- Conhecer as diferentes relações biológicas entre os seres vivos.- Estabelecer uma relação entre as parasitoses e as questões de saneamento básico, fatores bióticos/abióticos e a epidemiologia de uma infecção parasitária.- Identificar os diferentes protozoários e helmintos parasitos humanos quanto à morfologia, ciclo biológico, patogenia, tratamento, epidemiologia e profilaxia.- Conhecer os principais artrópodes vetores e parasitas humanos e suas interações com a saúde humana.
Plano de Ensino
Plano de Ensino
UNIDADE III - Helmintos parasitos humanos: classificação, formas morfológicas, ciclo biológico, formas de transmissão, aspectos clínicos e epidemiológicos, controle e profilaxia. 3.1 Platelmintos3.1.1 Schistosoma mansoni3.1.2 Cestóides parasitos do homem3.1.2.1 Taenia solium: teníase e cisticercose3.1.2.2 Taenia saginata: teníase3.2 Nematelmintos3.2.1 Ascaris lumbricoides3.2.2 Enterobius vermicularis3.2.3 Strongyloides stercoralis3.2.4 Ancilostomídeos:3.2.4.1 Ancylostoma sp.3.2.4.2 Necator americanus3.2.4.3 Toxocara canis e Ancylostoma caninum: a larva migrans (bicho geográfico)3.2.5 Trichuris trichiura3.2.6 Wuchereria bancrofit, Oncocerca vulvulus
Plano de Ensino
UNIDADE IV - Artrópodes parasitos ou vetores de doenças: classificação, formas morfológicas, ciclo biológico, formas de transmissão, aspectos clínicos e epidemiológicos, controle e profilaxia. 4.1 Hemípteros: triatomíneos e percevejos4.2 Dípteros: mosquitos, flebotomíneos e moscas4.3 Sifonápteros: pulgas4.4 Anopluros: piolhos4.5 Acarinos: carrapatos e ácaros
Bibliografia
MARKELL & VOGE'S - Parasitologia Médica. 8ed. Guanabara Koogan, 2003.
-Disponível no leitor estácio-Disponível na biblioteca do campus
REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. 3ed. Guanabara Koogan, 2009.- Disponível no leitor estácio- Disponível na biblioteca do campus
Bibliografia
ESTÁCIO ENSINO SUPERIOR. Programa do Livro
Universitário. Parasitologia geral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
- Disponível na biblioteca do campus
Bibliografia
Mais uma sugestão....
“É o estudo dos organismos que vivem em íntimo e estreita dependência de outros seres e que, quando tenham o homem como hospedeiro, podem causar doenças”.
(Luis Rey, 2001)
Parasitologia
“Associações entre indivíduos de espécies diferentes, onde existe unilateralidade de benefícios, ou seja, o hospedeiro é extorquido pelo parasita pois fornece alimento e abrigo para este”.
(David Pereira Neves, 2007)
Parasitologia
“É a ciência que tem por fim o estudo da morfologia e da biologia dos parasitos como fundamento para o conhecimento da patologia, do diagnóstico, da terapêutica, da epidemiologia e da profilaxia das doenças parasitárias”.
(Ruy Gomes de Moraes)
ParasitologiaParasitologia
Endemia: Doença que existe constantemente
em determinado lugar.
Epidemia: Doença que surge rapidamente num lugar e acomete em um determinado tempo, grande número de pessoas.
Pandemia: Epidemia mundial.
ParasitologiaNomenclaturas
Doenças frequentes na população mundial
Segundo OMS:• 980 milhões de pessoas no mundo estão
parasitadas pelo Ascaris lumbricoides• 200 milhões pelo Schistosoma mansoni -
esquistossomíase• 116 milhões pelo Trypanosoma cruzi – doença de
Chagas
Brasil (Rhodia) - Parasitoses intestinais:Crianças parasitadas 55,3%Crianças poliparasitadas 51%
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE PARASITOLOGIA
Pode levar à morte súbita ou incapacitar
p/ o trabalho Ex: Doença de Chagas
Parasitose + má nutrição1. Deficiência no aprendizado2. Deficiência no desenvolvimento físico
3. Incapacidade para o trabalho
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE PARASITOLOGIA
PARASITOLOGIA HUMANA
Estudo dos parasitas / doenças parasitárias Métodos de diagnóstico Controle de doenças parasitárias
PARASITO:
Ser vivo que vive associado a outro ser vivo, sempre dependendo deste para seu abrigo, alimentação e reprodução.
É considerado o organismo agressor.
HOSPEDEIRO:
Organismo agredido. Aquele que é extorquido pelo agressor.
Intraespecíficas - seres da mesma espécie
que se reúnem em grupos. Ex.: formigueiros, cupinzeiros, colméias.
Interespecíficas - seres de espécies distintas.
Harmônicas ou positivas – quando há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo. Desarmônicas ou negativas – quando há prejuízo para algum dos participantes.
Tipos de relações entre seres vivos
HARMÔNICAS – benefício ou ausência de prejuízo
Foresia: uma espécie fornece suporte, abrigo ou transporte à outra espécie.Ex.: peixe-piolho que fixa-se ao corpo de outro peixes enquanto o hospedeiro persegue os cardumes que servem para alimentação de ambos.
Comensalismo: uma espécie fornece nutrientes à outra espécie. A anêmona se beneficia dos restos alimentares que o paguro rejeita.
Mutualismo: ambas as espécies são beneficiadas. Simbiose: há uma troca de vantagens entre as duas
espécies.
DESARMÔNICA – um é prejudicado
Competição: lutam pelo mesmo alimento ou abrigo
Canibalismo: um animal se alimenta de outro da mesma espécie
Predatismo: um animal se alimenta de outra espécie
Parasitismo: unilateralidade de benefícios (hospedeiro é espoliado – extorquido- pelo parasito). O parasito retira do hospedeiro todos ou parte dos nutrientes que necessita.
Forma de relação desarmônica que caracteriza a espécie que se instala no corpo de outra, dela retirando matéria para a sua nutrição e causando-lhe, em consequência, danos cuja gravidade pode ser muito variável, desde pequenos distúrbios até a morte do indivíduo parasitado.
Parasitismo
Ectoparasitas: vivem externamente no corpo
do hospedeiro. Ex: pulgas, piolhos, carrapatos
PARASITOS PODEM SER CLASSIFICADOS:
Sarcoptes scabei (sarna)
Pediculus humanus (piolho)
Endoparasitas: vivem internamente no corpo
do hospedeiro. Ex: bactérias, vírus, etc Hemoparasita: vivem na corrente
sanguínea. Ex: gênero Plasmodium (malária)
Enteroparasita: vivem no intestino
Ex: Ascaris lumbricoides
PARASITOS PODEM SER CLASSIFICADOS:
Parasitos
ESTENOXENOSSó podem ter como hospedeiro uma única espécie ou espécies muito próximas.
Ex.: homem como hospedeiro do Ascaris lumbricoides.
Cada espécie de parasito tem seu próprio
hospedeiro
Parasitos EURIXENOS
Tem como hospedeiro uma grande variedade de espécie.
Ex.: cavalos, porcos, gatos, cachorros, etc. como hospedeiros do Toxoplama gondii.
Cada espécie de parasito tem seu próprio
hospedeiro
Parasito FACULTATIVO ou ACIDENTAL
Cada espécie de parasito tem seu próprio
hospedeiro
São parasitos de vida livre que eventualmente contaminam alguma espécie.
Ex.: A ameba Naegleria fowleri pode ser encontrada em águas naturais e quando, eventualmente, contaminam a mucosa nasal de banhistas, invadem o sistema nervoso através dos nervos olfativos e causam meningoencefalites graves.
Parasito OBRIGATÓRIO: não consegue viver fora do hospedeiro (vírus)
Parasito MONOXENO: quando é necessário apenas um hospedeiro para que o parasito complete o ciclo biológico.
Parasito HETEROXENO: quando é necessário dois ou mais hospedeiros para que o parasito complete o ciclo biológico.
RESUMOPARASITO CARACTERÍSTICA EXEMPLO
Ectoparasitas
vivem externamente no corpo do hospedeiro
pulgas, piolhos, carrapatos
Endoparasitas
vivem internamente no corpo do hospedeiro
bactérias, vírus
Estenoxenos
só podem ter como hospedeiro uma única espécie ou espécies muito próximas
Ascaris lumbricoides.
Eurixenos tem como hospedeiro uma grande variedade de espécie
Toxoplama gondii
Facultativo parasitos de vida livre que eventualmente contaminam alguma espécie
Naegleria fowleri
Obrigatório
não consegue viver fora do hospedeiro vírus
Monoxeno quando é necessário apenas um hospedeiro para que o parasito complete o ciclo biológico
Homem (Ascaris lumbricoides)
Heteroxeno
quando é necessário dois ou mais hospedeiros para que o parasito complete o ciclo biológico
barbeiro e homem (trypanossoma cruzi)
Hábitat: local ou órgão onde determinada espécie ou
população vive Ascaris lumbricoides intestino
delgado humano
Nicho ecológico: atividade da espécie ou população dentro do hábitatIntestino delgado:• Ascaris lumbricoides – absorve fósforo, cálcio, carboidratos,
açúcares, proteínas etc.
Conceito Ecológico e Bioquímico de Parasitismo
a) Parasitismo sem manifestações clínicas ou
assintomáticoNo intestino do homem vivem algumas amebas perfeitamente adaptadas ao meio que jamais demonstraram qualquer ação patogênica (Endolimax nana; Iodamoeba butschlii)
b) Parasitismo com manifestações clínicas ou sintomático, revelando doença parasitária.Um único cisticerco (Taenia solium) no cérebro ou no olho pode causar a morte ou cegueira permanente.
Parasitismo e Doença Parasitária
A doença parasitária é um reflexo da luta parasito-hospedeiro que considera:
1. Mecanismo de agressão do parasito2. Meios de defesa do hospedeiro
A predominância das forças de agressão do parasito tem como consequência o desenvolvimento de patologias e sintomas, bem como leva o hospedeiro a morte.
Quando as defesas do hospedeiro são mais eficazes, o agressor é quem morre.
DOENÇA PARASITÁRIA
Quando ocorre um equilíbrio de forças entre
o parasito e o hospedeiro, ambos sobrevivem e o hospedeiro é chamado de portador são.
Fp: força de ação do parasitoFh: força de defesa do hospedeiro
Fp > Fh = hospedeiro doenteFp < Fh = morte do agressor/parasitoFp = Fh = portador são
DOENÇA PARASITÁRIA
Para o desenvolvimento da doença parasitária, são necessários alguns fatores pertinentes ao parasito e ao hospedeiro.
FATORES PERTINENTES AO PARASITO:Número de exemplares – Giardia lambia em pequeno no no intestino humano pode ser assintomática e em grande no pode causar deficiências de vitamina B12 e ácido fólico.Dimensões do parasito – as Taenias absorvem alimento através de sua cutícula, portanto, qto maior a Taenia, mais acentuado será o sintoma.Localização no organismo – Ascaris Lumbricoides na luz intestinal pode ser assintomático e nos ductos pancreáticos pode causar pancreatite aguda. Virulência – severidade e rapidez com que um parasito age no hospedeiro. Trypanossoma cruzi apresenta cepas de diversas virulências.
DOENÇA PARASITÁRIA
FATORES PERTINENTES AO HOSPEDEIRO:Idade – as crianças apresentam o sistema imunológico mais frágil e portanto, são mais suscetíveis à doença parasitária.Imunidade – a resposta imunitária depende da posição do parasito no hospedeiro. Parasitos teciduais ou sanguíneos desenvolvem resposta imunitária melhor que os intestinais.Alimentação – a ação do parasito pode ser bloqueada quando o hospedeiro apresenta bom estado nutritivo.Hábitos e costumes – o hábito de usar calçado poderá impedir a penetração de larvas de ancilostomídeos. A ingestão de carne crua ou malpassada pode levar a uma teníase.Medicamentos – a utilização de drogas antiparasitárias em doses inadequadas podem exacerbar os sintomas de uma parasitose.
DOENÇA PARASITÁRIA
Doença parasitária:
É um acidente que ocorre em consequência de um desequilíbrio entre hospedeiro e o parasito.
Ação obstrutiva – o parasito obstruiu ductos e órgãos com grave consequência para o hospedeiro. Ex.: Ascaris limbricoides obstruindo colédoco.
Ação compressiva – o crescimento do parasito causa compressão de órgãos modificando sua estrutura e função. Ex.: Echinococcus granulosus (larva) que ocasionalmente infecta o homem pode instalar-se no fígado, pulmão ou cérebro e chega atingir o tamanho de laranja comprimindo o órgão afetado.
Ação destrutiva – os parasitos arrancam pedaços da mucosa produzindo ulcerações. Ex.: Leishmania brasiliensis na mucosa buconasal deforma a face do indivíduo.
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
Ação alergizante – alguns parasitos provocam edema ou
prurido na região da picada causando fenômenos alérgicos localizados ou generalizados. Ex.: ectoparasitos (carrapatos, pulgas)
Ação tóxica – quando o parasito libera secreções no hospedeiro. Ex.: Entamoeba histolytica (ameba causadora de diarréia).
Ação espoliadora – o parasito retira tudo o que necessita do hospedeiro. Extorção. Ex.: Giardia lamblia absorve toda gordura e vitamina que passam pelo duodeno.
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
Ciência que estuda a distribuição das doenças e de seus determinantes na população humana.
Objetivo principal da epidemiologia: Promoção da saúde através da prevenção
de doenças.
Epidemiologia
1. Prevenção primária: procura impedir que o
indivíduo adoeça, controlando os fatores de risco:• Moradia adequada• Saneamento ambiental• Tratamento de água, esgoto e coleta de lixo• Educação• Alimentação adequada• Imunização• Controle de vetores
Medidas preventivas
2. Prevenção secundária: medidas aplicáveis aos
indivíduos que se encontram sob a ação do agente patogênico:• Impedir que a doença se desenvolva para
estágios mais graves, que deixem seqüelas ou que provoque morte.
1. Diagnóstico2. Tratamento precoce
Medidas preventivas
3. Prevenção terciária: prevenção da incapacidade
através de medidas destinadas á reabilitação.1. Fisioterapia,2. Terapia ocupacional3. Cirurgias de reparo4. Colocação de próteses
Exemplo: implante de marcapasso em pacientes com doença de Chagas.
Medidas preventivas
Conceito de saúde definido pela OMS 1948
“ O estado de completo bem-estar físico, mental e
social”
Seres vivos – para serem estudados têm que ser agrupados conforme sua:• Morfologia, Fisiologia, Estrutura, etc.
Agrupamento Obedece a leis Possui um vocabulário próprio
Classificação dos seres vivos
A designação científica é regulada por regras de nomenclatura promulgadas em congressos e denominadas Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica
Nomenclatura: Latina e binominal Espécie = 2 palavras
1ª gênero (letra maiúscula) 2ª espécie (letra minúscula)grifadas ou escritas em itálico
Trypanossoma cruzi
Sistema binominal (Linnaeus-1758)
1. Trypanosoma cruzi – doença de Chagas2. Gênero Leishmania - leishmanioses3. Trichomonas vaginalis - tricomoníase 4. Giardia lamblia - giardíase5. Entamoeba histolytica - amebíase 6. Gênero Plasmodium - malária 7. Toxoplasma gondii - toxoplasmose
Protozoa