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31 | 3586 2511 www.teiadetextos.com.br www.ufmg.br/ciencianoar [email protected] Projeto realizado com o apoio do PROEXT 2010 - MEC/SESu. teia de textos Aqui você vai encontrar importantes informações do curioso mundo da Ciência. Contamos com sua ajuda para conservar este texto, que também está disponível em nosso site. 55 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: VAMOS SALVAR O JACARANDÁ? Há muitos anos, a costa do nosso País era coberta pela Mata Atlânca, com toda a sua diversidade de espécies. Mas hoje é bem diferente... Toda essa riqueza está acabando e os animais e vegetais correm risco de exnção. Um exemplo é a planta Dalbergia nigra, conhecida popularmente como jacarandá da Bahia. Explorado desde a época colonial, o jacarandá da Bahia é uma árvore que pode chegar a 25 metros de altura, sendo uma das madeiras mais cobiçadas para construção de móveis de luxo e fabricação de instrumentos musicais, pois gera uma sonoridade única. A Dalbergia nigra só ocorre na Mata Atlânca, o que torna sua situação ainda mais críca, pois a degradação da mata representa a diminuição de sua área de ocorrência. Além disso, suas sementes servem de alimentos para roedores, o que dificulta o crescimento de novas plantas. Uma medida para minimizar a degradação das matas e exnção de espécies como o jacarandá da Bahia é a criação de “Unidades de Conservação”. Essas áreas, localizadas em grandes parques, pequenas matas e até propriedades parculares são protegidas por leis especiais. Lá pode-se, então, estudar maneiras de se manter um número adequado de indivíduos de cada espécie. Manter a variabilidade genéca da espécie é muito importante porque impede a destruição de uma população toda em caso de epidemia por uma praga, por exemplo. O grupo liderado pela Profª. Bernadete Lovato do Instuto de Ciências Biológicas da UFMG sabe bem disso e seus estudos genécos e ecológicos vêm ajudando o jacarandá da Bahia a connuar exisndo nas nossas matas. Em termos de conservação, todo pouco que se faz significa muito para a natureza! Texto originalmente escrito por Danielle Moura Santos e Bruna Malagoli para o programa Na Onda da Vida, da Rádio UFMG Educava FM 104,5, e adaptado por Michelle de Melo e Hugo Huth.

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31 | 3586 2511www.teiadetextos.com.brwww.ufmg.br/[email protected] realizado com o apoio do PROEXT 2010 - MEC/SESu.teia de textos

Aqui você vai encontrar importantes informações do curioso mundo da Ciência. Contamos com sua ajuda para conservar este texto, que também está disponível em nosso site.

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UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: VAMOS SALVAR O JACARANDÁ?

Há muitos anos, a costa do nosso País era coberta pela Mata Atlântica, com toda a sua diversidade de espécies. Mas hoje é bem diferente... Toda essa riqueza está acabando e os animais e vegetais correm risco de extinção. Um exemplo é a planta Dalbergia nigra, conhecida popularmente como jacarandá da Bahia.

Explorado desde a época colonial, o jacarandá da Bahia é uma árvore que pode chegar a 25 metros de altura, sendo uma das madeiras mais cobiçadas para construção de móveis de luxo e fabricação de instrumentos musicais, pois gera uma sonoridade única.

A Dalbergia nigra só ocorre na Mata Atlântica, o que torna sua situação ainda mais crítica, pois a degradação da mata representa a diminuição de sua área de ocorrência. Além disso, suas sementes servem de alimentos para roedores, o que dificulta o crescimento de novas plantas.

Uma medida para minimizar a degradação das matas e extinção de espécies como o jacarandá da Bahia é a criação de “Unidades de Conservação”. Essas áreas, localizadas em grandes parques, pequenas matas e até propriedades particulares são protegidas por leis especiais. Lá pode-se, então, estudar maneiras de se manter um número adequado de indivíduos de cada espécie.

Manter a variabilidade genética da espécie é muito importante porque impede a destruição de uma população toda em caso de epidemia por uma praga, por exemplo. O grupo liderado pela Profª. Bernadete Lovato do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG sabe bem disso e seus estudos genéticos e ecológicos vêm ajudando o jacarandá da Bahia a continuar existindo nas nossas matas.

Em termos de conservação, todo pouco que se faz significa muito para a natureza!

Texto originalmente escrito por Danielle Moura Santos e Bruna Malagoli para o programa Na Onda da Vida, da Rádio UFMG Educativa FM 104,5, e adaptado por Michelle de Melo e Hugo Huth.