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Julho/2012 Ano XI - Edição 43 MURILO ITO Desde 2008, a avaliação psicológica para carteira de motorista passou a ser feita em clínicas terceirizadas e se tornou mais complexa e exigente. São diversas etapas da prova e muitos candidatos têm dúvidas e questionam o número de reprovações Página 08 a Louco, eu? Nem todos esqueceram desse esporte cheio de preconceitos e radicalidade Página 12 a A Estação das Plásticas Página 04 a Inverno, frio, férias... E hora de levantar a auto-estima e ficar como você sempre quis SAÚDE RENAN GUEX HAIDUK Perfil Página 4 a Conheça quem é o funcionário da Univel que tem o “poder” de controlar o clima QUER + ENTRETENIMENTO? Páginas 15 e 16 a CULT CADERNO Grátis Feira Chega de guardar o que não usa mais! Vamos praticar o desapego a Página 13

Unifatos - 45º edição

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45º edição

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Page 1: Unifatos - 45º edição

Julho/2012Ano XI - Edição 43

MURILO ITO

Desde 2008, a avaliação psicológica para carteira de motorista passou a ser feita em clínicas terceirizadas e se tornou mais complexa e exigente. São diversas etapas da prova e muitos candidatos têm dúvidas e questionam o número de reprovações

Página 08a

Louco, eu?

Nem todos esqueceram desse esporte cheio de preconceitos e radicalidadePágina 12a

A Estação das PlásticasPágina 04a

Inverno, frio, férias... E hora de levantar a auto-estima e ficar como você sempre quis

SAÚDE

RENAN GUEX HAIDUK

Perfil

Página 4a

Conheça quem é o funcionário da Univel que tem o “poder” de controlar o

clima

Quer +entretenimento?

Páginas 15 e 16aCULTC

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Grátis FeiraChega de guardar o que não usa mais! Vamos praticar o desapego

aPágina 13

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2 Julho/2012OPINIÃO2EDITORIAL

A parte mais difícil do JornalismoDesculpe. Perdão. Errei...

Palavras simples, porém difíceis de serem escritas ou pronunciadas. Errar é humano! Esse é o discurso da maioria. Já reconhecer o erro é virtude de poucos. Ainda mais se essa pessoa for um jornalista. Por ser uma pessoa pública, por estar na mídia, por vergo-nha de admitir seu equívo-co, seja na pressa da escrita ou na falta de checagem de informações. Para melhorar a relação

informação-leitor, muitos veículos começaram a de-dicar espaço para este tipo

de “correção“. Isso cria, automaticamente, uma re-lação de confiança, pois o leitor sabe que pode acre-ditar nas informações que recebe, pois, se estiverem erradas, ele saberá no dia seguinte.Essa credibilidade nos

leva de volta ao ponto ini-cial. O jornalista, saben-do que o leitor acredita realmente no que ele fala, sente o poder da “verdade” nas mãos e, ao mesmo tem-po, tem medo de desiludir aquele leitor, caso cometa algum erro. Mas admitir o erro é sempre o melhor

caminho, mesmo que este modo seja o mais difícil.Portanto, hoje, os gran-

des veículos têm dedicado o espaço para que essas correções sejam feitas a tempo. Até porque, como somos humanos e erramos sim, reconhecer é o míni-mo. Seja o equívoco por causa de falta de checar informações e até mesmo a pressa de colocar a matéria na mídia.Muitos esquecem que,

nem sempre, “dar o furo”, expressão usada quando um jornalista é o primeiro a publicar, é o mais im-

portante. Falta de tempo e excesso de trabalho quase sempre irão interferir em um bom desempenho por parte de qualquer profis-sional, seja ele jornalista ou não.E pensando no nosso

leitor e em todo o respei-to que temos por quem lê nosso jornal, estamos abrindo este espaço de cor-reção. Estaremos publican-do em todas as edições os equívocos cometidos nas edições anteriores.Então, entre nos sites dos

veículos e deixem sugestões de reportagens, perguntas,

dúvidas... Nós estamos a serviço da informação para o público e, se você nos ajudar a saber como é a melhor forma, fica bem mais fácil.Agora que você já sabe

como fazer, deixe a sua opinião na nossa Fan Page: www.facebook.com/Uni-fatos2012. Assim podere-mos fazer com que o nosso jornal tenha muito mais conteúdo ao seu alcance.

eXPeDiente

ARTIGO

Todo cidadão deve ter um lado Sherlock de serA nova lei vigorada em

maio deste ano, que garante o direito de qualquer cidadão às informações, chega a ser cô-mica! Desde quando, um país precisa exigir que os órgãos públicos deixem que o povo saiba de tudo o que fazem? Até onde sei, quem paga para que tudo funcione somos nós e te-mos, não só o direito, mas o dever, de acompanhar.

Independente da profis-

são, jornalista ou não, todos podem ter acesso aos arquivos públicos dos órgãos munici-pais, estaduais e federais. Sal-vo em casos como segredo de Justiça ou que coloque alguém em risco. Engana-se quem acha que isso não tem impor-tância. Muitos direitos e leis que beneficiam o cidadão são desconhecidos e deixam de ser executas porque praticamente ninguém toma conhecimento

do assunto.Vamos começar a ir atrás

e fazer barulho. Esse foi um gancho concedido à popula-ção para que possamos abrir os olhos e ver o que está aconte-cendo. Se não fizermos nada e não tomarmos nenhuma posi-ção, fiquem certos de que nós mesmos estaremos sufocan-do a nação em que vivemos. Aquela que, com tanto orgu-lho, chamam de Democrática.

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Univel

Diretora: Viviane da Silva

Coordenadora:Letícia Afonso Rosa Garcia

orientação: Mariana Lioto

editora: Karina Venazzi

Diagramação:Jessica Cavalcante da Silva

reportagens: Claudia Verneck

Jacques Moreira BarbosaJessica Cavalcante

Karina VenazziKarine WosniakPriscila Baracho

Renan Guex HaidukSuelen Vicente

ERRATA

Na capa, onde consta “quer ser tornar”, leia-se, “quer se tornar”. Ainda na capa, onde consta “O vo-lutariado pode te ajudar”, o correto é “O voluntaria-do pode te ajudar”.Na página 5, um erro dei-xou incorreta a separação silábica na quebra de li-nha.Na página 7, onde consta “foi um desses casos que”, leia-se “foi um caso em que”.Na página 12, onde se lê, “quanto à questão”, leia--se, “quanto a questão”.

Karina Venazzi

espaço do Leitor

No UNIFATOS, o leitor tem voz. Um espaço para críticas, sugestões, elogios e opiniões.

“Parabéns para o povo do Unifatos, muito legal a edição, vou dar

uma lida melhor e depois tecer meus comentá-rios sempre bem elaborados e concisos”.

Arthur Valter - Acadêmico do 4 ano de Jornalismo

“Curti o novo formato do jornal, as matérias estão bem completas. Parabéns pessoal!”

André Karpinski - Acadê-mico de Engenharia Civil

da Unioeste

“Parabéns, o Jornal está bem elabora-do, as matérias estão bem completas a

edição está otima, é isso ai pessoal do 3° ano de Jornalismo - Univel”

Jéssica Daiany - Acadêmico de Pedagogia da FAG

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ASSESSORIA DE IMPRENSA

3Julho/2012 PERFIL 3

o Senhor DesenvolvimentoConheça a pessoa que possui três graduações, 14 pós-graduações e não pre-tende parar de estudarKarine Wosniak e Suelen Vicente

De onde ele vem? Chega de mansinho e quase sempre está escondido, mas uma coisa é visível: o Senhor De-senvolvimento faz aconte-cer.

Precisávamos esperar para conseguir falar com nosso entrevistado, está sempre correndo por todos os lados. Sabíamos que não era sim-ples, mas também não está-vamos nem um pouco com vontade de desistir. Iríamos esperar o tempo que fosse necessário.

Tic Tac Tic Tac passaram-se 10,20,30 minutos, vamos continuar a esperar! En-quanto isso, ele ministra-va uma palestra de forma empolgante para os futuros acadêmicos.

A espera valeu a pena. Lá vem ele. “Ufa!’’, respiramos aliviadas. Prestativo, es-banjando animação, nós o abordamos, sem qualquer resistência ele se coloca à disposição para o que preci-sarmos.

O grande dia chegou! Va-mos lá, papel e caneta na mão... É hora de perguntar!

CURRÍCULO EXTENSO

SAIBA QUEM ELE É

Seu nome é Nilton Nicolau Ferreira. Ele mora há 40 anos em Cascavel, veio de São Paulo com 22 anos e hoje, com 71, é recheado de boas histórias e experiências. Graduado em três cursos: Biologia, Pedagogia e Ma-

EXPERIÊNCIAS

O Senhor Desenvolvimen-to surpreende com a história do início de sua experiência profissional. “Eu recomecei a estudar com 22 anos, antes disso, eu era agricultor tra-balhava no sítio com meus pais no interior de São Paulo. Porém eu sempre estudei em casa. Lembra-se dos cursos do Instituto Universal Bra-sileiro? Eu lia as apostilas dos cursos e depois fazia as provas em uma escola com um profes-sor avaliador. E foi numa dessas provas que tive uma grande sur-presa. Cheguei à sala de aula da escola onde eu fui fazer o tes-te prático, datilografei rapi-damente, pois eu já conhecia o lugar de todas as letras da máquina, Tac Tac Tac Tac e corri contra o tempo”. A professora me observava

atenta, me interrompeu e disse:- Ei, como você consegue da-tilografar assim, rápido? Pois eu nunca o vi datilografando antes. Eu parei de escrever, olhei para ela e respondi: -Professora eu já sei onde es-tão todas as letras da máqui-na, porque ficar olhando e datilografando devagar, se sei fazer rápido? Eu estudei pelas apostilas do curso do Institu-to Universal Brasileiro. Ela me olhou assustada e fa-lou:– Você quer trabalhar no banco comigo? Eu trabalho lá e você pode me ajudar no serviço, aceita? - Quero sim, professora, quando eu começo?”E a partir dali começou a trabalhar no banco e nunca mais parou de

estudar, porque para ele so-mente o estudo leva a algum lugar.

temática, concluiu sua 14ª Pós-Graduação e é mestre na área de Gestão Universitária. Apaixonado pelo que faz há 42 anos, sempre esteve ligado à área da Educação. Trabalha há 14 anos na UNIVEL como Diretor de Desenvolvimento onde é res-ponsável pela parte “legal” da instituição. Envolvendo a re-novação de cursos pelo MEC e captação de alunos nas es-colas públicas e privadas.

“Jamais desista de seu sonho, a diferença entre o possível e o

impossível está na vontade hu-

mana”.

FINALIZANDO

Além da paixão pelo tra-balho, o Senhor Desenvolvi-mento cultiva hábitos pouco praticados pela maioria no auge dos 71, como pilates,

esteira, natação, hidroginás-tica e para relaxar, uma sau-ninha. O tempo passa tão de-pressa durante a conversa. Nossa vontade era continu-ar ouvindo as histórias do Senhor Desenvolvimento que é simplesmente uma li-ção de vida. O que dizer do nosso funcionário do mês? Fascinante, ou melhor, não há como defini-lo, pois é sur-presa atrás de surpresa. Mas antes de nos levantarmos da cadeira, ele transmite uma mensagem que, a pedido, se estende a você, acadêmico: “Jamais desista de seu sonho, a diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana”.

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4 Julho/2012SAÚDE

Quando uma cirurgia plástica é feita o recomendado é:

• Menor exposição ao sol: o inverno tem essa vantagem, afinal o sol é mais “preguiçoso” o que evita os efeitos potencialmente nocivos do sol e do calor durante o pós-operatório. Essa medida evita possíveis manchas na pele e na cicatriz.• Temperatura: quando a temperatura ambiente está alta, há um maior risco de o paciente ter vaso dilatação o que pode causar um inchaço maior.• Incômodo: a cinta usada no pós-operatório é grossa, apertada e esquenta muito. Por isso, dias fresquinhos são os mais confortáveis por evitar o suor e a coceira.• Férias escolares de julho também são aliadas, (mães não precisam levar e buscar os filhos na escola) com isso, aumenta o tempo de repouso dos pacientes.

ESTÉTICA

Cirurgias plásticas em altaEstações frias, que desagradam a muitos, são as preferidas para estes procedimentos Claudia Verneck

Todo ano o período com-preendido entre o fim de maio e o começo de agosto resulta em um aumento de 40% no movimento das clí-nicas de cirurgia plástica. De acordo com o cirurgião plásti-co German Jimenez, que atua na área há 35 anos em Casca-vel, as cirurgias mais procura-das são lipoaspiração, aumen-to de seios, abdominoplastia e correção no nariz e nas pál-pebras. “A grande procura na minha clínica atualmente é pelas próteses de silicone nas mamas, e a lipoaspiração vem logo atrás em segundo lugar”, destaca.

Segundo os dados mais re-centes, divulgados pela Socie-

dade Internacional de Cirur-giões Plásticos Estéticos, os mais de cinco mil cirurgiões plásticos brasileiros realizaram 1,6 milhão de cirurgias em 2009, quase 17% de todos os procedimentos cirúrgicos rea-lizados no Brasil. Atualmente mais de 600 mil procedimen-tos cirúrgicos são feitos anual-mente no país.

Os homens também usam o inverno para cuidar da apa-rência. De acordo com o úl-timo censo feito pela SBCP (Sociedade Brasileira de Ci-rurgia Plástica), referente a 2008, eles respondiam por 12% do total de cirurgias plásticas realizadas no país. Em Cascavel esse percentual já é de 30%.

Fazer uma cirurgia plástica pode ser simples se os cuida-dos necessários forem toma-dos. “Se o paciente seguir as recomendações médicas do pós-operatório não tem com o que se preocupar. Vamos imaginar que foi feito uma ci-rurgia simples, só para colocar a prótese, a recuperação é rá-pida, em 12 dias o paciente já está totalmente recuperado”. Lembrando que cada pessoa tem um organismo diferente, reage de uma forma diferente. “Tem gente que se recupera em quatro dias, alguns em oito e outros demoram mais tempo”, explica Jimenez.

Mas, se as recomendações não forem levadas tão a sério, há riscos. No caso das próte-

ses mamárias podem ocorrer até três complicações. As mais comuns: prejuízos na cicatri-zação, sangramento e infecção locais. Em alguns casos, pode haver a formação de quelóides (cicatriz que não para de cres-cer), que não depende nem da conduta do médico nem do paciente. Em menos de 3% dos casos, há chances de acontecer um engrossamento da pele na cicatriz por fora da prótese, o que causa dor, além de trazer deformações.

Na lipoaspiração, as com-plicações mais comuns são as mesmas das próteses ma-márias, com um risco a mais: na lipo, há riscos de irregu-laridades visíveis. Isso pode acontecer por problemas du-

rante a retirada da gordura ou quando na fisioterapia pós-operatório não é feita adequa-damente.

Na rinoplastia (aumen-to ou diminuição do nariz) pode existir ainda outras consequências. “Há os mes-mo riscos das duas primeiras, mas com a possibilidade de problemas respiratórios, irre-gularidades visíveis ou palpá-veis e de insatisfação com o visual final”, explica.

A abdominoplastia apresen-ta os mesmos riscos anteriores e, em alguns casos, podem aparecer formações de líqui-do entre a musculatura e a pele (seromas). O problema pode ser revertido com sessões de drenagem linfática.

German Jimenez cirurgião plástico que está no mercado há 35 anos em Cascavel

Claudia Verneck

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5Julho/2012 SAÚDE

ivonete ribeiro, 39 anos, Per-sonal trainer

“Fiz minha cirurgia dia 06 de dezembro de 2011. Es-colhi mudar os seios e o abdômen, porque não estava satisfeita com a flacidez dos meus seios e as “gordu-rinhas” localizadas do abdômen. Antes de fazer a ci-rurgia, consultei-me com quatro cirurgiões. O proce-dimento não demorou muito. Primeiro foi feito um eletrocardiograma, também foram feitos vários exa-mes de sangue, como hemograma completo, HIV, exa-me de gravidez, ultrassom. Fiquei em jejum 12 horas antes de ir para a sala de cirurgia. Fui internada 8h da manhã, a cirurgia iniciou às 9h e terminou às 15h. Quanto ao pós-operatório, não pude elevar os braços por mais ou menos 15 dias, não pude fazer atividades físicas durante três meses, tomei antiinflamatórios e remédio pra dor durante um mês. Nos primeiros dias sentia muita dor, fiquei muito inchada e cheia de he-matomas. Achei que fosse ver o resulto de imediato, demorou um pouco. Mas fiquei muito satisfeita, reco-mendo”.

Larissa C. Vieira, 19 anos, estudante

“Fiz minha cirurgia dia 27 de novembro de 2010. Coloquei prótese nas mamas. Resolvi fazer, porque não me sentia bem quando colocava blusinhas mais decotadas ou vesti-dos. A minha expectativa era muito grande, pois queria há muito tempo fazer. Eu iria fazer em junho do mesmo ano, mas não deu certo, então fiquei mais ansiosa ainda com a cirurgia. Antes de decidir qual clínica iria, conversei com uma amiga da minha mãe que havia feito a cirurgia dela com esse doutor, e minha mãe também já é paciente dele, com isso confio muito nele, porque vi os resultados delas. Nossa, o procedimento foi muito rápido, durou 45 minutos, eu acordei e estava bem, não teve nenhuma complicação. No pós-operatório foi muito bom, pensei que iria doer, mas não doeu quase nada e em três dias já tinha voltado às au-las do cursinho. Eu não tinha medo da cirurgia, tinha medo do pós-operatório, mas ocorreu tudo bem. Tenho vontade de fazer outra. Queria fazer lipoaspiração, mas minha mãe não deixa. Fiquei muito satisfeita, estou bem feliz, e reco-mendo faz muito bem para nossa auto estima, #ficaadica”.

Daniele Dalbosco, 22 anos, estudante de Arquitetura e urbanis-mo“Fiz minha cirurgia em 2006, eu tinha 16 anos e fiz rinoplastia (nariz), quis mudar porque não me agradava, achava feio. Escolhi a clínica a qual minha irmã já havia realizado a mesma cirurgia. O procedimento foi tranquilo, entrei pela manhã na clínica e sai no fim da tarde com a cirurgia já realizada. Fiquei com o rosto pouco inchado e roxo, era difícil de respirar e toda semana tinha que trocar o curativo. Eu tinha muitas expectativas, queria que ficasse bonito e que eu gostasse do novo formato. Mas nesta cirurgia eu não fiquei satisfeita com a forma do nariz, pois as narinas ficaram um pouco abertas e sentia dificuldade de respirar. Após um ano desta cirurgia resolvi fazer outra para arrumar alguns detalhes que não havia gostado, já na segunda recuperação foi mais fácil e ocorreu tudo como eu queria, gostei do resultado final. Por enquanto acho que está bom. Todos têm defeitos e nunca estamos satisfeitos, se eu fizesse outra cirurgia depois ia querer fazer mais outra e por aí vai. Sempre temos que procurar estar de bem conosco e se fazer uma cirurgia plástica for fazer a pessoa feliz recomendo”.

O Brasil é o segundo país onde são realiza-das mais cirurgias plásticas, com 1.592.106 procedimentos por ano. Só fica atrás dos Estados Unidos, com 1.620.855.

Arquivo pessoal

Arquivo pessoalArquivo pessoal

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6 Julho/2012INSTITUCIONALDESTAQUE

Aluno é destaque na nataçãoVitor Henrique Zeferino Geraldo é aluno do 1º B de Direito matutino e já ganhou várias medalhas competindoAssessoria

“O esporte me relaxa e tira o meu stress. Adoro compe-tir”. É com essas palavras que o acadêmico do 1º B do cur-so de Direito matutino, Vitor Henrique Zeferino Geraldo expressa o seu gosto pelo es-porte, em especial a natação.

Vitor começou a treinar natação em 2007 e já con-quistou ótimas colocações em campeonatos estaduais e nacionais. A Univel apoia o acadêmico desde o começo desse ano, o qual em março participou do Campeonato Regional em Foz do Iguaçu, onde conquistou o 1º lugar na categoria 400m livre, o

2º lugar nas categorias 800m livre e 100m costas e o 3º lu-gar nos 200m livre.

“Como gosto muito de esportes e não pretendo lar-gar, tento conciliar os treinos com os estudos, o que não é fácil. A maneira que encon-trei para não prejudicar a faculdade, que é outro obje-tivo meu, foi diminuir os treinos diá-rios de 8 ho-ras para 6 ho-ras”. Ressalta Vitor.

Para Vitor a conquista mais signifi-

cativa que teve até hoje, foi o troféu de 4º lugar na Mara-tona Aquática Brasileira, que aconteceu em Foz do Iguaçu no mês de fevereiro, onde os atletas tiveram que realizar a travessia no Rio de Itaipu.

Em maio, Vitor participou do Campeonato Sul Brasilei-ro, onde conquistou o 4º lu-

gar na categoria 200m livre e no próximo dia 7, o acadêmico irá novamente para Foz do Iguaçu, competir no Re-gional.

“Escolhi estu-dar na Univel

“Tento conci-liar os treinos

com os estudos, o que não é

fácil”.

p o r -q u e vejo o apo io q u e ela dá a o s acadê-micos que se d e d i -c a m a o s espor-t e s , s e m deixar os estudos de lado. Ouvi falar muito bem desse auxilio, pela boca dos outros atletas, alguns já formados.

Assessoria

Vitor é acadêmico de Direito e compete desde 2007

Independente do ritmo da faculdade, não pretendo lar-gar a prática de esportes”. Fi-naliza Vitor.

Inscrições abertas para Mini-cursos de GastronomiaAssessoria

Os cursos serão ofertados aos sábados na faculdade. Informações www.univel.br ou pelo telefone (45) 3036-3601

Estão abertas as inscri-ções para os Mini-cursos de Gastronomia “A arte da boa cozinha”. Os cursos de capa-citação serão ofertados aos sábados na faculdade e serão ministrados por professores do curso de Tecnologia em Gastronomia da Univel.

As vagas são limitadas e as inscrições podem ser realiza-das no site da Univel www.univel.br, pelo telefone (45) 3036-3601 ou diretamente no setor de pós-graduação da faculdade, de segunda a sexta das 8h às 12h e das 14h às 22h e aos sábados das 8h às 12h e das 14h às 17h30.

Confira os cursos oferta-dos:

Curso Finger Foods Ape-ritivos, entradas e comidi-nhas de inverno. Vagas: 20.

Data de início: Sábado - das 9h às 13h. Professor: Caroli-ne Zanatta. Carga Horária: 4h. Investimento: R$ 90,00

Curso Interativo - Comi-da de boteco e petiscos para fazer em casa. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 14h às 18h. Professor: Chef Otávio de Brito. Carga Ho-rária: 4h. Investimento: R$ 90,00.

Curso Interativo - Prepa-ros com ovelha. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 9h às 13h. Professor: Chef Otávio de Brito. Carga Ho-rária: 5h. Investimento: R$ 120,00

Curso Minichefs – Módu-lo I de 8 a 13 anos. Vagas: 15. Data de início: Sábado - das 14h às 18h. Professor: Caro-line Zanatta. Carga Horária: 4h. Investimento: R$ 90,00

Curso Prático - Carnes

de Porco, marinadas e mé-todos de cocção. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 9h às 13h. Professor: Luci-meire Sifuentes. Carga Ho-rária: 4h. Investimento: R$ 90,00

Curso Prático - Clássicos franceses. Vagas: 16. Data de início: Sábado - das 9h às 13h. Professor: Sandra Bor-çoi. Carga Horária: 4h. In-vestimento: R$ 120,00

Curso Prático - Cozinha trivial. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 9h às 13h. Professor: Chef Otávio de Brito. Carga Horária: 4h. Investimento: R$ 90,00

Curso Prático - Massas italianas artesanais e reche-adas. Vagas: 16. Data de iní-cio: Sábado - das 8h às 13h. Professor: Sandra Borçoi. Carga Horária: 5h. Investi-mento: R$ 120,00

Curso Prático - Preparo de pães italianos artesanais. Data de início: Sábados das 13h às 18h. Professor: San-dra Borçoi. Carga Horária: 5h. Investimento: R$ 90,00

Curso Prático - Preparo de saladas e molhos – Mó-dulo I. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 9h às 13h. Professor: Caroline Za-natta. Carga Horária: 4h. In-vestimento: R$ 90,00

Curso Prático - Produção de geleia caseira. Data de início: Dois Sábados - das 8h às 12h. Professor: Caroline Zanatta. Carga Horária: 8h. Investimento: R$ 130,00.

Curso Prático – Risotos. Vagas: 16. Data de Início: Sábado - das 9h às 13h. Pro-fessor: Lucimeire Sifuentes. Carga Horária: 4h. Investi-mento: R$ 90,00

Curso Prático – Wok. Va-

gas: 20. Data de início: Sába-do - das 9h às 13h. Professor: Chef Otávio de Brito. Carga Horária: 4h. Investimento: R$ 90,00

Curso Prático e Demons-trativo - Desossa de frango e recheios. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 14h às 18h. Professor: Lucimeire Sifuentes. Carga Horária: 4h. Investimento: R$ 90,00

Curso Prático e Demons-trativo - Massas e molhos. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 9h às 13h. Pro-fessor: Lucimeire Sifuentes. Carga Horária: 4h. Investi-mento: R$ 90,00

Mini-curso Prático - Aperfeiçoamento em cortes de legumes e frutas. Vagas: 20. Data de início: Sábado - das 13h às 17h. Professor: Sandra Borçoi. Carga Ho-rária: 4h. Investimento: R$ 90,00

Page 7: Unifatos - 45º edição

7Julho/2012 INSTITUCIONALDESTAQUE

Alunos entregam donativosOs acadêmicos de Administração realizaram o Projeto Coração de Mãe e auxi-liaram mamães carentes do bairro Santa CruzAssessoria Divulgação

Os alunos do 2ª A de Ad-ministração realizaram um trabalho que auxiliou algu-mas mamães carentes do bairro Santa Cruz, em Cas-cavel. O Projeto Coração de Mãe foi coordenado pela professora Patrícia Kroetz, da disciplina Administração Es-tratégica. A atividade sugeri-da pela professora propôs aos alunos realizarem um projeto de responsabilidade social.

Os alunos arrecadaram, na faculdade e também no cen-tro da cidade, roupas, brin-

quedos e produtos de higiene e montaram os kits. Eles ti-veram o capricho de colocar, dentro de cada banheira ar-recadada, os produtos para cada bebê.

Para a concretização do trabalho, os alunos entraram em contato com a Pastoral da Criança do bairro Santa Cruz, que repassaram a eles a quantidade de gestantes que precisam de auxílio, em tor-no de 30 mulheres. A entrega dos kits aconteceu no último sábado (23), na Univel e fi-cou batizado como “Chá de

Fralda Caridoso”. “Trabalhamos bastante,

buscamos patrocínio com empresas, arrecadamos do-ações no centro da cidade, divulgamos nos jornais, mídias sociais, arrecadamos itens na própria faculdade, e o que dizer das sacolas ar-recadadas com os alunos na própria sala? Mal cabiam nos carros para o transpor-te”. Enalteceu a acadêmica Rafaela Cristina Gerona.

Com a atividade os alunos aprenderam que realmente fazer o bem faz bem!

Alunos com os kits montados por eles e entregues as mamães caren-tes do bairro

Alunos de Administração realizam “Oficina do brinquedo”O projeto foi realizado pelos alunos do 2º B na Pastoral da Criança, no último sábado (23)Assessoria

Os alunos do 2º B de Admi-nistração realizaram no últi-mo dia 23 o projeto “Oficina do brinquedo”. O trabalho foi executado na Pastoral da Criança e orientado pela professora Patrícia Kroetz, da disciplina de Planejamento Estratégico. Os acadêmicos firmaram uma parceria com uma en-tidade que conserta brinque-dos usados e depois os doa para crianças carentes, outras empresas também ajudaram no projeto, o que auxiliou os alunos a organizarem uma tarde recreativa e com ali-mentação para as crianças da

Pastoral.O projeto contemplou apro-ximadamente 80 crianças, as quais ganharam um brinque-do cada uma além de cestas de frutas para as famílias. “Ao final conseguimos con-cluir com pleno existo o tra-balho isso com o empenho de todos os alunos. Com cer-teza não apenas realizamos o nosso objetivo, mas o super-mo, pois além de todas as ati-vidades serem realizadas com pleno sucesso, todas as famí-lias saíram do local com um belo sorriso no rosto e alegria na alma”. Enalteceu o acadê-mico Douglas José Medeiros Menegolla.

Alunos durante atividade realizada na Pastoral da Criança

Assessoria

Page 8: Unifatos - 45º edição

8 Julho/2012ESPECIAL

Reprovação no teste gera indignação em candidatosKarine Wosniak e Suelen Vicente

Exame Psicotécnico é rode ado de questionamentosSUELEN VICENTE

MA FÉ?

O proprietário de auto-escola conta que o volume de reprovações gera reclamação. “Eu não sou psicólogo, mas acredito que muita coisa que é colocada no exame, não será usada no trânsito. Eles A preparação para os exames gera desgaste nos candidatosA preparação para os exames gera desgaste nos candidatos

1. Exame Psicológico; 2. Exame Médico; 3. Exame Teórico-técnico 4. Exame de Prática Veicular

QUAL O CAMINHO A SEGUIR PARA OBTER O SEU DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO? ABERTURA DO PROCESSO- Saber Ler e Escrever;- Possuir CPF; - Possuir RG.

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Psicotécnico: Autoescola: R$90DETRAN: R$66,01

Teórico: Autoescola: R$100

DETRAN: R$34,08

Chega de andar de ca-rona no carro ou como pas-sageiro de ônibus. A hora é agora! Iniciar a carteira de habilitação é o primeiro pas-so para mudar do banco de passageiro para o motorista. Mas se engana quem pensa que os exames teóricos e prá-ticos são o único entrave para conseguir a habilitação: mui-tos candidatos reclamam das reprovações no exame psico-técnico. Muito além da fama de louco, eles não entendem os critérios da reprovação.

Até 2008, praticamente não se ouvia falar na reprova-ção neste exame, no entanto, com a terceirização das clíni-cas, a avaliação aplicada aos candidatos ficou mais rigo-rosa, o que resulta em recla-mações e questionamentos. Além disso, os candidatos não têm absolutamente di-reito nenhum em escolher a clínica para fazer o exame, mesmo que reprove di-versas vezes a troca é veta-da.

O pro-prietário de uma autoes-cola, Ademir Soares, conta que em Cas-cavel haviam quatro clínicas credenciadas, mas uma foi fechada recentemente, acusa-da de ter irregularidades em reprovações de testes. Soares comenta ainda que após a

terceirização dos exames da CNH, houve um aumento

de 90% em re-provação nos psi-cotécnicos.

Rosange la dos Santos está na segunda ten-tativa de conse-guir sua habili-tação. Somados os dois proces-sos, ela repro-

vou quatro vezes no exame psicotécnico. “No primeiro processo, reprovei duas ve-zes sem entender. Na terceira vez questionei a psicóloga do porquê de tantas reprovações

e eu percebia que ela não me dizia onde eu estava reprovan-do”, conta.

Seu José Lopes, 67 anos, um simpático senhor, sem-pre almejou ter o documento de habilitação. Devido a não enxergar bem, achava que não passaria no exa-me de visão. No entanto, para seu espanto, não foi visão di-minuída que o prejudicou, mas sim as reprova-ções na avalia-ção psicotécni-ca.

Para ele é

difícil compreender porque o candidato reprova, já que não há nenhuma explicação condizente para isso: apenas a psicóloga pede que remar-que o exame para outro dia. Ele não acha que a avaliação é bem realizada. “Alguns co-legas meus chegaram a re-provar mais de quatro vezes e até os foi recomendado que procurassem psicólogos fora da clínica, para provar que não tinha nenhum proble-ma”. Seu José só conseguiu a aprovação no exame, depois de gastar algum dinheiro, na terceira tentativa.

ANTES DA CNH

OBSERVAÇÕES

IMPORTANTES

A fotografi a foi

substituída pela captura

On Line de Imagem,

no próprio local.

* RETESTES:

* RETESTES:

“Eu acho até que eles usam de má fé para

reprovar, pois o aluno reprova várias vezes”

Page 9: Unifatos - 45º edição

9Julho/2012 ESPECIAL

Exame Psicotécnico é rode ado de questionamentos

INSATISFEITOS

No entanto, ainda é possível que exista “uma luz no fim do túnel”, pois os candidatos que se sentem prejudicados com as reprovações, podem recorrer ao Departamento de Trânsito (Detran). Isto é rea-lizado por intermédio da au-toescola, em que o candidato preenche um formulário de queixa contra a clínica, argu-mentando por quais motivos

Para ser aprovado no psicotécnico é preciso mais que estudo

precisam se basear no trânsi-to em si, mas muita coisa é só para confundir o aluno”, opina. Ademir questiona os critérios da reprovação. “Eu acho até que eles usam de má fé para reprovar, pois o alu-no reprova várias vezes sem saber o motivo e de repente, quando ele chega para fazer novamente, ele passa. Mui-tas vezes o aluno pensa que a autoescola está reprovando o aluno, mas é a clínica que de-termina quem passa ou não”, desabafa Soares.

deseja a mudança de local do exame. Em seguida a autoes-cola encaminha o formulário para o Detran de Cascavel, e na sequência envia para Curitiba, para avaliar o caso.

Se houver diversas queixas de candidatos contra a mesma clínica é realizado por parte dos funcionários da capital, uma auditoria no local, para levantar dados consistentes

sobre as demandas de reprova-ções. Caso contrár io , o candidato permanece na mesma clínica, até que seja a v a l i a d o como apto para seguir com o pro-cesso.

muito ALÉm Do eStuDo

Diferença cobrada em exame entre um lugar e outro chega a r$62 reais

Mais uma vítima das reprovações do exame psicotécnico, Valci-lene Voltolino, de 19 anos, fez a avaliação em setembro do ano passado e uma dúvida não sai da sua cabeça: o que aconteceu durante o exame que ela não foi aprovada? A resposta não foi esclarecida. “No término do exame apenas me mostraram quan-tas questões errei e me disseram que não atingi a média para aprovação do teste, eu esperava uma explicação lógica, mas ela não veio”, explica. Valcilene realizou o exame em uma das clínicas credenciadas, localizada próximo ao Detran. Além de não entender a reprova-ção, uma outra surpresa chegou a Valcilene, a diferença gritante de valores para o reteste, entre a clínica e o Detran “na autoes-cola o psicotécnico tem um custo de R$100 por candidato, já no Detran o valor era R$ 38, optei por pagar no Detran. Para Valcilene o exame psicotécnico é importante, já que ele ava-lia a capacidade de estar apto a dirigir no trânsito. E é devido a este motivo, é que para ela, deveria existir uma seriedade maior por parte dos profissionais. Acredita que depois da terceirização o processo ficou mais difícil, não porque o candidato será melhor avaliado, mas sim porque envolve interesses próprios.

SUELEN VICENTE

JESSICA CAVALCANTE

QuAL A AVALiAÇÃo reALiZADA no PSiCotÉCniCo?

AVALIAÇÃO DE DESTREZA: Na avaliação de destreza, os testes têm tempo limitado, neste tempo você precisa fazer o máximo possível das tarefas. Preenchendo fileiras interminá-veis de triângulos vazios com pequenos pontinhos à lápis, tra-çar linhas sem levantar o lápis do papel através de labirintos

AVALIAÇÃO DE MEMÓRIA E ATENÇÃO: Um número infinito de imagem parecidas, onde você deve encontrar as imagens idênticas ao padrão. Nesta avaliação se tem no máximo 10mi-nutos para memorizar.

AVALIAÇÃO DE RACIOCINIO LÓGICO: Geralmente há uma figura que possui um padrão a ser desvendado. Às vezes o pa-drão é matemático, às vezes geométrico, outras vezes apenas bom senso. O importante é pensar rápido usando a lógica.

AVALIAÇÃO DE PERSONALIDADE: Normalmente um ques-tionário enorme com várias perguntas sem importância mis-turadas com perguntas importantes. Estas são questões que evidentemente buscam problemas psicológicos e falhas de ca-ráter. A pessoa poderia até mentir para não se complicar, mas por isso as questões se repetem com formulações diferentes e às vezes opostas, para pegar quem entra em contradição.

A 1ª Habilitação é válida por 12 meses, contados da data de abertura do Serviço no DETRAN.

CURSO TEÓRICO-TÉCNICO Após o curso de 40 horas, a Autoescolaagendará o exame técnico.

APRENDIZAGEM

DE PRÁTICA

VEICULAR

Apósa aprovação

no exame teórico pode se subme-ter à instrução prática

Após a carga

prática de direção

será agendado o exame prático

Page 10: Unifatos - 45º edição

10 Julho/2012ESPECIALPSICOTÉCNICO

Avaliação psicológica: o que é?“O candidato precisa apresentar condições mínimas de atenção e maturidade”Karine Wosniak e Suelen Vicente

Haifa Amado Elias Sonda é psicóloga, especialista em Perícia do Trânsito e atuou no Detran em 2010 e 2011. Ela nos esclarece as princi-pais dúvidas que permeiam as Avaliações Psicológicas Pe-riciais para o Trânsito nas clí-nicas credenciadas ao Detran (Departamento de Trânsito do Paraná), para a obtenção da Carteira Nacional de Ha-bilitação.

UnIFAtos: O que é ava-liação psicológica?

Haifa: É um processo téc-nico-científico de coleta de dados, estudos e interpreta-ção de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, realizado por meio de estra-tégias de capacidades cogniti-vas e sensório-motoras, com-ponentes sociais, emocionais, afetivos, motivacionais, apti-dões específicas e indicadores psicopatológicos (estresse, síndrome do pânico, fobia, ansiedade, etc).

UnIFAtos: Como é rea-lizada a avaliação psicológica?

Haifa: Por Peritos de Trân-sito capacitados para isso. São feitos algumas avaliações de atenção: concentrado, dis-criminativo, difuso e de per-sonalidade, memória e racio-cínio lógico.

UnIFAtos: Quantas e quais são as etapas do exame?

Haifa: São duas etapas, uma coletiva e outra indi-vidual. Na etapa individual o perito já possui os dados sobre o candidato dos tes-

tes realizados no coletivo e eles podem contribuir para a compreensão.

UnIFAtos: Qual o obje-tivo das avaliações psicológi-cas?

Haifa: O objetivo da ava-liação psicológica pericial,é fazer um trabalho preventi-vo, para diminuir as possi-bilidades de um motorista se expor a situações de ris-co. Portanto, não é possível prever que uma pessoa que apresenta traços agressivos e impulsivos vá manifestar esse comportamento no trânsito ou em qualquer outra situa-ção, ela pode simplesmente canalizar esses atos quando dirige e mani-festá-lo em casa contra os filhos, por exemplo. Assim, em vir-tude de ser um trabalho pre-ventivo, torna-se necessário evitar que essa pessoa dirija e venha a se expor em uma situação de risco podendo envolver outras vítimas.

UnIFAtos: Quais são os critérios de avaliação utiliza-dos para aprovar ou reprovar um candidato?

Haifa: O candidato pre-cisa apresentar condições mínimas de atenção, con-centração e maturidade nos exames. Ele necessita se ade-quar às condições psicológi-cas para que sejam capazes de conduzir de forma correta e segura o veículo no trânsi-

to. A maior razão desse processo está na necessidade de tentar garan-tir a segurança do condutor e dos demais envolvidos no trânsito.

UnIFAtos: O tempo delimitado para cada ativida-de acaba gerando certa pressão no candidato e ner-vosismo na hora da avaliação. Isso pode influenciar no resultado do exame?

Haifa: So-mos avaliados constantemen-te, o tempo determinado, a própria situ-ação na ava-liação, acaba gerando certa ansiedade. Por meio de todos

os instrumentos técnicos-científicos e mais os dados da entrevista individual te-mos a percepção de como o indivíduo lida com situações de alta ansiedade. Diante de uma situação de estresse te-mos como investigar os com-portamentos humanos no trânsito que predispõem in-dicadores de psicopatologia.

UnIFAtos: Em quais ca-sos dos testes, a pessoa deve ser encaminhada para um psicólogo particular? Existe um número máximo de re-provações?

Haifa: Quando o perito percebe que o indivíduo pre-cisa de um acompanhamen-to por um período de tempo maior, ele encaminha para tratamento psicológico, co-locando o resultado inapto temporário por 30, 60, 90 dias ou o tempo que for ne-cessário.

UnIFAtos: Depois que o Detran terceirizou os servi-ços para as clínicas do trânsi-to, o número de aprovações e ou reprovações aumentou?

“Acredito que existam clínicas que fazem re-

provações dema-siadas, obtendo lucro para si”

Haifa Sonda é Perita do Trânsito e atuou na função até ano passado

Karine Wosniak

Haifa: O Detran padro-nizou as características dos testes que devem ser avalia-das, mas os tipos de testes utilizados ficam a critério do profissional avaliador. Todos passam por processos até que sejam aprovados, no entanto, acredito que também haja um processo capitalista, clí-nicas que fazem reprovações demasiadas só para obter lu-cro, sem pensar no candida-to.

Murilo Ito

O tempo e a situação acabam gerando ansiedade

Page 11: Unifatos - 45º edição

11Julho/2012 ESPECIALCUSTO

Habilitação pesa no orçamentoRosangela calcula ter gasto R$2.500 reais nos dois processosKarine Wosniak e Suelen Vicente

Quem já tem carteira de habilitação sabe: o proces-so é longo e as etapas para conseguir o direito de dirigir parecem intermináveis. Além das reprovações no psicotéc-nico é grande o número de insucessos nos exames teóri-co e prático. Na prova teórica 47% dos alunos não passam na primeira tentativa. No exame prático a cada dez alu-nos que fazem a prova, qua-tro não passam.

Rosangela dos Santos ini-ciou a carteira de habilitação em fevereiro do ano passado, ou seja, já está na segunda tentativa. Ela nos contou

uma história de pequenas vi-tórias ainda sem fim, mas ela tem plena convicção que o dia de ter sua CNH em mãos chegará, e logo.

No primeiro processo, de-pois de duas reprovações no psicotécnico ela teve dificul-dade também na parte prá-ticas de carro. Reprovou seis vezes. Resultado: O tempo máximo para terminar a ha-bilitação, de um ano, ven-ceu. E ela teve que recomeçar tudo novamente, com mais algumas decepções e reprova-ções no “temido” psicotécni-co. Sua persistência foi maior que as dificuldades. Hoje ela já está com as aulas práticas agendadas. “Acredito que

seja mais fácil agora, pois já tenho noção de direção, pre-ciso conseguir, sei que tenho capacidade e vou em frente, sem desistir. Afinal, já gastei em torno de R$ 2.500 nos dois processos, a recompensa vai vir”, finaliza.

Estudar em casa para o teste teórico contribui para um bom resultado final. Há simulados disponíveis no site, lá é possível fazer gratuitamente uma auto-avaliação dos conhecimentos.Site: www.simulado.detran.pr.gov.br

Detran dificulta acesso a dadosSegundo o órgão índices de reprovações no exame psicotécnico não passa de 1%

Durante semanas a equipe do UniFAToS pro-curou o Detran de Cascavel para obter esclarecimentos sobre os fatos expostos na reportagem e ouvir sua ver-são sobre o assunto, porém não obtivemos êxito em ne-nhum tipo de contato.

Em nota, a Assessoria de imprensa do Detran de Curitiba informou apenas que o usuário que tiver dú-vidas sobre seu resultado ou o procedimento adotado pelo psicólogo deve exigir explicação na clínica em que foi atendido. “o psicó-logo é obrigado a apresen-

tar de forma clara e objetiva as informações sobre sua avaliação psicológica, além disso, pode ser solicitado na clínica o laudo do usuário, sem custo”.

A assessoria salientou ainda que os processos de habilitação são distribuídos com imparcialidade, por meio da divisão equitativa obrigatória impessoal, entre as clínicas credenciadas, em conformidade ao Edital de Credenciamento (Portaria 131 – 2008 – DG, Art 17). De acordo com o Art 55 deste mesmo Edital “As cre-denciadas ficam proibidas

de realizarem exames em candidatos com pendências ou considera-das inaptos em outra entidade e em conduto-res com o di-reito de dirigir suspenso”, o que impossibi-lita a troca de clínica.

Ao contrário do que foi apontado na reportagem pelas testemunhas, a insa-tisfação de candidatos e au-toescolas, o Detran contesta explicitando que “os índices estatísticos de reprovação nos exames de avaliação

psicológica das clínicas cre-denciadas no município

de Cascavel encontram-se dentro da mé-dia das demais cidades (que não passa de 1%), segundo registros da

Divisão Médica e Psicoló-gica do Detran, sendo con-siderados normais”. Apesar de repassar esta porcen-tagem, o Detran omitiu o número total de aprovados e reprovados no psicotécni-co. o Unifatos solicitou, há mais de 30 dias, dados sobre

o número de reprovações antes e depois da terceiriza-ção, informações que tam-bém não foram repassadas.

A exemplo da investiga-ção e suspensão de clínicas e Centros de Formação de Condutores realizadas em 2011, o Detran-PR salienta que continuará adotando todas as medidas possíveis e necessárias para corrigir qualquer irregularidade que contrarie os princípios de ética e de bem servir que norteiam as atividades do Departamento.

“Pode ser solici-tado na clínica o laudo do usuário

sem custo”

Page 12: Unifatos - 45º edição

12 Julho/2012ESPORTE

Muitos jovens e adoles-centes frequentam a pista pública de skate no Centro Esportivo Ciro Nardi em Cascavel. Porém, apenas fre-quentam. A falta de manu-tenção e as péssimas condi-ções do local inviabilizam a prática do esporte. Somente alguns pontos são utilizados pelos skatistas. Corrimões tortos ou quebrados, rampas quebradas e rachadas e mui-to acúmulo de água e sujei-ra são os principais defeitos na estrutura. Além disso, há desconfiança e descrimina-ção por parte da população e de frequentadores do com-plexo. O preconceito existe da própria Secretaria de Es-porte do município. Maco-nheiros. Drogados. Ponto de tráfico. Foram adjetivos ou-vidos durante as entrevistas desta reportagem.

Sofrendo com parte deste descaso, Otávio, 15 anos, afirma que a Secretaria fe-cha os olhos para eles e para o esporte: “A prefeitura nos

vê como drogados e acha que aqui funciona um pon-to de drogas. Os caras não incentivam nada. Ninguém ajuda a gente. Repare na pista, ninguém limpa, não fazem nada”. Para o gerente de lazer, Ibraim Carneiro, o município não auxilia o es-porte, pois os interessados não correm atrás do apoio da prefeitura “Ninguém vem até aqui pedir uma aju-da, um auxílio, sendo assim, como vamos ajudar? Algum tempo atrás, um grupo veio pedir patrocínio para um campeonato em Guaíra. Nós disponibilizamos o transporte e levamos os atle-tas para competirem”. Ao ser questionado sobre o porquê da Secretaria de Esportes não disponibilizar um professor ou alguém que instruísse e ensinasse os jovens pratican-tes do esporte na cidade, o gerente respondeu que rece-bem muitos acadêmicos das faculdades da cidade que solicitam estágio na secre-taria: “Alguns são bons em

futebol, outros em natação. Dependendo da área em que são bons, colocamos esta-giar. Até hoje ninguém veio falar que gostaria de ajudar no skate. Se tivesse, coloca-ríamos com certeza”, acres-centou.

No lado oposto desta si-tuação, há em Cascavel uma pista particu-lar que cobra a diária de R$ 5 por pessoa que quei-ra praticar o esporte no local. É uma pista de ótima qualidade e com segurança para os que frequentam. A proprietária da Oeste Skate Park, Ivete Dezan, conta que no início as pessoas tinham receio do local “Estamos mudando o conceito dos pais e dos vizi-nhos sobre o esporte. Aqui somos uma família. Acha- Aulas de

skate na oeste Skate

ParkSegunda, quarta,

sexta 09:30 às 11:30 – Meninos R$60,00 reais mensal

Terça e quinta 13:30 às 14:30 – Meninas R$60.00 reais mensais

A marginalização de um esporteSKATE

“A prefeitura nos vê como

drogados e que aqui funciona um ponto de

drogas”

Skatistas cascavelenses reclamam da precariedade da pista pública. Mas, de nada adianta: ela será demolidaRenan Guex Haiduk

RENAN GUEX HAIDUK

vam que iria ser mais um ponto de drogas. A maioria associa o skate a drogas. Mas não é assim. Querendo ou não, aqui é outro nível devi-do ao valor cobrado”.

Muitas crianças utilizam o local como Pedro Zeni, 12 anos: “Venho quase to-

dos os dias aqui. Não posso parar. Tenho sempre que aprender e melhorar. Aqui é muito bom. A pista é boa”, contou.

A manobra torna-se ainda mais arriscada diante das condições precárias as quais os skatistas enfrentam

PISTA DEMOLIDA

Para quem não tem condi-ções de ir até uma pista par-ticular há uma má notícia. A prefeitura irá demolir a pista do Ciro Nardi para construir um complexo esportivo. Há dois anos a prefeitura de-moliu outra pista no bairro

Jardim União. Os morado-res da região reclamavam da companhia dos skatistas. No local, foram construídas duas capelas mortuárias. “A pre-feitura não incentiva e não ajuda as pessoas que frequen-tam o Ciro Nardi. É a única opção para quem não tem condições de pagar”, disse Eduardo Hansen, 16, ska-tista frequentador da Oeste Skate Park. A prefeitura não irá investir em estrutura para os skatistas do Ciro Nardi. A atual política é de construir Academias da Terceira Idade e quadras de grama sintética em diversos bairros. Ibraim justifica: “É mais seguro”.

Page 13: Unifatos - 45º edição

13Julho/2012 VARIEDADES

Produtos antes sem utilidade, ajudam muita gente em seus projetos e ideias

GRÁTIS FEIRA

Achados, doados e trocadosKarina Venazzi

Praticar o desapego é muito mais fácil do que você imagina. Sabe aque-le objeto que você tem em casa, pegando poeira num canto, sem utilidade para você? Ele pode ter um destino bem diferente: A Grátis Feira. Vai servir para outra pessoa, nes-sa rede de doação e troca que há pouco tempo ga-nhou uma versão on-line. É um grupo formado no Facebook e faz reuniões presenciais para efetuar algumas trocas.

A dinâmica da feira é muito interessante. O grupo tem como filoso-fia uma frase de Gandhi: “Ladrão é todo aquele que tem aquilo de que não precisa!”. Também há re-gras, como em qualquer organização e, portanto, é estritamente proibido vender ou comprar qual-quer produto oferecido e não é possível também fa-zer publicidade.

Respeitando as normas, é provável que você tenha resultados bacanas. As maiores doações são entre livros, CDs, jogos, utili-dades domésticas e obje-tos antigos, geralmente usados para montagem de museus. Mas há coisas que são trocadas ou soli-citadas, pois você também pode postar o que precisa, e são bem diferentes. Já

ocorreram trocas de ca-mas, cômodas, mesas e até bicicleta e micro system.

Conversando com Jefer-son Kaibers, criador do grupo na rede social, ele explicou como iniciou o movimento. “Já tinha ou-vido falar nessa ideia da grátis feira, onde aconte-cem doações de coisas que não usamos mais em casa, mas era realizado muito esporadi-c a m e n t e e muitas p e s s o a s não fica-vam sa-bendo”.

C o m 2 . 6 6 7 participantes no grupo, Tays Villaca, publicitária e Kauana Cindy Foga-ri, assistente social, estão sempre em ação na feira e até trocaram coisas entre si. “Quando fui adiciona-

da no grupo, logo quan-do ele iniciou, achei uma ótima ideia, e já pensei no que eu poderia doar... Eu já doei várias coisas, minhas revistas antigas Rolling Stone, umas seis sapatilhas que tinha, dois kits de bijuteria, DVDs que já assisti, inclusive até uma revistinha da turma da Mônica”, conta Tays

Mas ela conta que o de-sapego praticado foi ainda maior: “Foi por base de troca, da minha bicicleta por um micro system com uma amiga do grupo. Ela ti-nha ganhado o

aparelho de som em um concurso, e eu compra-do a bike de uma amiga, porém ela nunca usou o som, e eu raramente pe-dalei. Ela ofereceu o som pela bike, e pronto!”

Já Kauana, a moça que trocou o micro system pela bicicleta, comenta que o objetivo geral da feira não seria a troca, somente a doação. “Na Grátis Feira ‘é uma feira onde tudo é grátis e seu lema é traga o que quiser (ou nada) e leve o que quiser”. Mas, infelizmente, trabalhar

esse desapego não é fácil assim. Nem todo mundo consegue entender que você pode doar uma coisa sua e não receber nada em troca. Porém, acreditamos que com o tempo, passe-mos a entender com mais facilidade a maneira de praticar essa ação.

Vários objetos à disposição na feira em Cascavel

“Quando fui adicionada

no grupo, já pensei no que eu

poderia doar”

ARQUIVO PESSOAL

Tay

Kaibers

Luiz

Tay

Ana*

Kaibers

LegendaA corrente do desapego

beneficia a todos, comple-ta ciclos e incentiva novas amizades.

* Nome Fictício

Page 14: Unifatos - 45º edição

14 Julho/2012VARIEDADES

O dia em que o aquário quase precisou virar peixe e ser multiplicado

Devido às regras da Grátis Feira, posts com situações de com-pra ou venda serão apagados. E assim a confusão estava armada! Tudo começou com o pedido de um aquário... Pedro. Ele foi quem solicitou. Mas, Gislaine , a doadora do objeto, só foi disponibilizá-lo para doação após alguns dias e não recordava mais quem ha-via pedido. Mas não era um aquário qualquer... Ele era grande, lindo, com lâmpadas, aquecedor... E isso acabou despertando a atenção de ainda mais pessoas. Para agravar a situação, o post de Pedro foi eliminado, porque violava as regras. Neste curto espaço de tempo, Eduardo postou em um comentário abaixo da publicação de Gislaine que aceitava o aquário, método usado para realizar o processo. Porém, Gislaine conversava nesse mo-mento com Amanda Ribeiro pela mensagem particular do Fa-cebook, estando somente entre as duas as trocas de mensagem. Portanto, por hora, o aquário estava doado para Amanda. Mas, para aumentar a confusão, Eduardo se lamentava por ter feito o correto de aceitar a doação no post e ficado sem o aparelho, e Waldir, amigo de Pedro, o rapaz lá do começo, o chama para ficar a par da situação. Aí então, o caos se instaura naquela pá-gina.Pedro começou a reivindicar seu aquário e comentários de

“apoio” vieram de todos os lados. A situação se tornou cômica. Na brincadeira, os envolvidos trocavam alfinetadas e os de fora colocavam lenha na fogueira. Pedro perguntou se deveriam reali-zar um duelo e reivindicar justiça. Mas Willian chegou para pedir ordem e manter o decoro. A essa altura, Gislaine não sabia mais o que fazer, pois queria doar para Pedro, o primeiro a solicitar, mas não achou o post e publicou a doação. Doou para Amanda por InBox e o Eduardo havia aceitado pelo modo correto, no post abaixo da publicação. Surgiram então as ideias. Umas bem escrotas e outras bem perigosas. Mas, claro, só na brincadeira. Entre as propostas estavam sorteio, duelo, roleta russa, par ou ímpar, dois ou um e até mesmo jogar pra cima e quem pegasse era o dono. Surgiu ainda a ideia de a Gislaine comprar mais um aquário para doar, mas ela não aceitou a opção.Adriana, na tentativa de ajudar, sugeriu que o aquário ficasse

cada semana na casa de um dos envolvidos. Mas a ideia não foi aceita. Willian pensou mais longe e já queria construir um açu-de, para todos terem onde colocar seus peixinhos. Entretanto, a polêmica continuou... E só chegou ao fim, quando, pelo consenso, decidiram entregar o aquário a Pedro, o primeiro a solicitar o bem. Aquele que todos queriam, e quase ocasionou duelos, sor-teios e afins. Mesmo quando o desapego é regra, o desejo de ter causa disputa.

Karina Venazzi

Coluna

obsolescência Programada, você sabe o que é?

Chamados por esse nome, a questão que vi-venciamos todos os dias. As indústrias fabricam produtos que não durem mais do que cinco anos. Isso é para termos que comprar coisas novas em um curto espaço de tempo, fazendo assim, a economia girar e aumen-tando o lucro os proprie-tários dessas marcas.

Até mesmos os donos de eletrônicas, comen-tam, que é uma situa-ção bem delicada. Não conseguem consertar o que estraga hoje, porque, como a peça é muito cara, o cliente acaba por comprar um novo equi-pamento. Os aparelhos feitos antigamente tem essa resistência maior. Mas agora, já estão com-pletando mais de 20 anos de fabricação e também começam a apresentar defeitos.

E o problema não para por aí. Esses objetos que são descartados tomam

um destino incorreto. Muitas vezes em lotes baldios ou em encos-tas de rios pela cidade. E a natureza fica como, diante de tanto descaso?

A cidade não tem es-trutura para onde man-dar esse material. As pi-lhas, que são pequenas, já são um grande pro-blema, assim como as lâmpadas, imagine uma geladeira ou televisor?

Agora, com a Grátis Feira, ainda é possível conseguir enviar este material para pessoas que utilizam em museus ou então, as peças sepa-radamente. Sendo assim, você consegue, além de praticar o desapego, ain-da ajudar alguém em um projeto inovador e que se volta para a cultura e preservação do meio am-biente.

É necessário que se crie não só o desapego, mas a consciência de que você está fazendo o melhor pelo seu planeta.

Karina Venazzi

Crônica

Page 15: Unifatos - 45º edição

Guerra dos tronos – George r. r. martin editoraLeYa – 592 pág

15Julho/2012 CULT

CULTCA

DER

NONas entrelinhas...

Prepare-se para um livro realista ao extremo, com personagens magni-ficamente construídos em um mundo onde a política é tudo. Antes de qualquer coisa, é preciso saber que As Crônicas de Gelo e de Fogo é uma fábula para adultos e que leva a natu-reza humana (para o bem e para o mal) ao seu estre-mo, ou seja, não é para os leitores de estômago frá-gil: traições, morte, sexo, guerra, sangue e mais uma infinidade de elementos não muito comuns nos últimos lançamentos do gênero fantasia/aventura. Na coleção, George R. R. Martin criou um mundo

Priscila Baracho

DIVULGAÇÃO

ficcional onde o ponto de partida da trama é a terra de Westeros, um país que se assemelha em muito à Eu-ropa na Idade Média, onde o governo funciona no es-quema feudal: um rei, fa-mílias poderosas e seus vas-salos. Um dos pontos mais interessantes é que cada ca-pítulo é escrito sob a ordem cronológica de um persona-gem diferente, desta manei-ra, os protagonistas deslo-cam-se completamente dos estereótipos de “mocinhos” e “vilões”. Há uma infinida-de de casas, personagens e nomes, mas dentre as mais importantes, destacam-se os Stark, os Baratheon, os Lannister e os Targaryen.

Contextualizando a história do primeiro livro, a família

real Targaryen, reinando há 300 séculos, são de-postos por uma aliança entre as principais casas

do reino, e Robert Bara-theon se torna o novo rei, tomando Cercei Lannister, da casa mais rica e ambi-ciosa (e perigosa, diga-se de passagem) como rainha. Após o misterioso assassina-to do principal conselheiro do rei, Jon Arryn, Eddard Stark, patriarca de uma das mais antigas famílias do reino, vai para capital com intuito de proteger seu ami-go rei. A partir daí é melhor abrir o olho, a sucessão de acontecimentos se desenro-la num ritmo vertiginoso, e logo os Stark irão descobrir que nada é o que parece, e que na guerra dos tronos, a pena por perder é a morte.

Do outro lado do oceano, o príncipe exi-lado Viserys Targaryen ven-de sua própria irmã Daenerys, a última de sua linhagem além dele mesmo, a um rei selvagem em busca de um exército para retomar Westeros.Se você já ficou sem fôlego apenas com esta pequena si-nopse, acredite: ela é peque-na mesmo. Isso foi apenas uma pequena amostra da história do primeiro livro, e a coleção tem seus cinco volumes publicados no Bra-sil – A Guerra dos Tronos, A Fúria dos Reis, Tormen-ta de Espadas, Festim dos Corvos e A Dança dos Dra-gões - e o autor já adiantou que no todo serão sete li-vros. Outro ponto que você precisa lembrar: George R.

Café Du CoinO nome de origem francesa já anuncia a

premissa de uma proposta diferente: Café Du Coin significa “café da esquina”, e a ideia fez sucesso, já que após quase seis meses de sua inauguração o local tem mantido o sucesso que geralmente se tem no status de novidade. A ca-feteria possui uma decoração pra lá de acon-chegante e é possível encontrar produtos como: salgados, brownies, cinamoon rolls, cookies, cheescakes, cupcakes, e, é claro, muitos tipos de cafés. Outro dos diferenciais do Café Du Coin, é a “La Marzocco”, considerada a me-lhor máquina de cafés do mundo, é única em Cascavel e foi importada diretamente da Itália.

O Café Du Coin fica localizado na Rua Visconde de Guarapuava, 2158, e funciona das 7h às 22h

R. Martin não tem medo e nem culpa de matar seus personagens, portanto fica a dica de alguém que já so-freu por isso: não se ape-gue muito a nenhum deles ;)

Fotos: Divulgação

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Page 16: Unifatos - 45º edição

16 Julho/2012CULT

Popularizado pela versão animada da Disney dos anos 30, “A Branca de Neve”, dos irmãos Grimm, é um clássico infantil. Em 2012, a história da princesa invejada pela madrasta ganhou, simultaneamente, duas versões cinematográficas: “Espelho, espelho meu” e “Branca de neve e o caçador”. Confira a análise dos filmes:

O filme não sai muito dos padrões da história original: a princesa Branca de Neve (Lily Collins) é deposta e exi-lada para viver na floresta. Enquanto isso sua madrasta, a Rainha (Julia Roberts), enfeitiça o Príncipe (Armie Hammer) para que este esqueça sua amada Branca de Neve, case-se com ela e tire o reino da falência. Seguindo a linha de humor bobalhão, o feitiço acaba dando errado e o príncipe se torna um cachorro obediente, cachor-ro no sentido literal: com direito a la-tidos e rabinho abanando. Enquanto isso, no exílio, Branca de Neve se une aos sete anões, que na história são sete ladrões, para recuperar seu trono e seu príncipe. Ainda há a tentativa de inserir um mistério na história, na tentativa de surpreender o espectador.Com um enredo frouxo, sem grandes surpresas, piadas sem graça e um tom de humor apelativo, até mesmo a atu-ação da consagrada Julia Roberts con-tribui para enfraquecer o filme, afinal ela apaga a atuação dos demais ato-res. “Espelho, espelho meu” não é uma total perda de tempo se você for assis-tir ao filme já sem muitas expectativas.

Com uma reinterpretação mais ori-ginal, esta versão fornece ao conto de fadas um toque muito mais sombrio e adulto. Pode-se dizer que o filme leva a história de volta às suas raízes quando era contada no séc XIX. Nesta versão, a maligna rainha Ravenna (Charlize Theron) ganha um passado, o que faz com que o telespectador compreenda suas atitudes, ainda que as questione. Já Branca de Neve, ganha uma força e espírito guerreiro inédito à perso-nagem, apesar da (novamente fraca) atuação de Kristen Stweart. Apesar de toda esta proposta, o filme peca em seu enredo pela pouca empatia que permite ser criada entre os persona-gens e o público, salva a exceção do Caçador (Chris Hemsworth), o gran-dalhão de bom coração. Ao Príncipe (Sam Claflin), fica relegado um papel de mero coadjuvante, já que a história não cede muito espaço ao romance. No geral, é um filme que consegue dar uma incrível originalidade a uma his-tória já muito conhecida, possui uma fotografia belíssima e uma dose de ação que poucos esperariam de um conto de fadas.

Flagras!Eduardo, Carolina e Rafaela - Direito

Aline Almeida Gestão Comercial

As Sandras e Sidinéia Gestão Financeira

Vanderlei e Rafaela

Administração

FOTOS: PRISCILA BARACHO

Branca de neve e o caçadorRupert Sanders, Paramount Pictures Brasil, EUA, 129 min.

espelho, espelho meuSingh, Relativity Media, EUA, 2012, 106 min.

orÇAmentoUS$ 85 milhões US$ 100 milhões

ArreCADAÇÃoEm uma semana US$ 19 milhões Em uma semana US$ 53 milhões

eLenCoJulia Roberts, Lily Collins, Armie Hammer, Sean

Bean, Nathan Lane;Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Sam Caflin

Priscila Baracho

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ULG

AÇÃO

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ULG

AÇÃO

Na época de provas...