12
Neuromarketing: o consumo analisado pela ciência Aluno do mestrado em Administração pesquisa sobre a alocação da marca em propagandas televisivas emocionais e seu efeito na memorização. Mas faz isso sob a perspectiva da neurociência, usando equipamentos até então voltados para a medicina. O aluno viajou para o Canadá para realizar experimentos e adentrou no campo do conhecimento chamado neuromarketing. Jornal da Universidade de Fortaleza Fundação Edson Queiroz Número 211 - Outubro de 2011 www.unifor.br

Unifor Notícias

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Na edição 211, o Unifor Notícias traz como matéria de capa "Neuromarketing: o consumo analisado pela ciência"

Citation preview

Page 1: Unifor Notícias

OUTUBRO 2011 |

Neuromarketing: o consumoanalisado pela ciênciaAluno do mestrado em Administração pesquisa sobre a alocação da marca empropagandas televisivas emocionais e seu efeito na memorização. Mas faz issosob a perspectiva da neurociência, usando equipamentos até então voltadospara a medicina. O aluno viajou para o Canadá para realizar experimentose adentrou no campo do conhecimento chamado neuromarketing.

Jornal da Universidade de Fortaleza • Fundação Edson Queiroz • Número 211 - Outubro de 2011 • www.unifor.br

Page 2: Unifor Notícias

| OUTUBRO 2011

02 | CAMPUS & COMUNIDADE

editorial○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

sumário○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CAMPUS &COMUNIDADEDiferencialPrograma de Apoio Psicopedagógico funciona desde 2006atendendo alunos com e/ou em dificuldades emocionais efísicas, favorecendo e possibilitando ensino superior a todos.

EntrevistaEle é médico, mas se consagrou como escritor. AugustoCury já vendeu mais de 10 milhões de livros só no Brasil.Confira entrevista exclusiva dada ao Unifor Notícias.

RobôCurso de Engenharia de Controle e Automação faz parceriacom empresa do ramo metalúrgico e desenvolve projeto deestação de solda robotizada para produzir braços de postes deiluminação pública. E são os alunos que executam as tarefas.

AniversárioCoral Unifor completa 30 anos de sua fundação e comemorafazendo o que mais saber fazer: cantando e levando alegriaaos mais diversos públicos.

PÓS-GRADUAÇÃO& PESQUISANeuromarketingAluno do mestrado envereda pela neurociência para investigaro efeito da memorização das marcas de acordo com suaalocação em propagandas televisivas.

CULTURA& ARTEEfervescênciaA XVI Unifor Plástica abre este mês e fica em cartaz atédezembro. A exposição congrega as mais variadas artese é ponto de encontro de artistas locais e nacionais.

6

8

11

4

10

12

Este mês de outubro é um período de intensa agitação cultural no campusda Universidade de Fortaleza. Primeiramente porque é quando acontece aquinta edição do Mundo Unifor, megaevento que alia ciência, cultura etecnologia. Durante uma semana, o campus se transforma em uma grandearena onde acontecem diversos eventos nas cinco áreas do conhecimento,com a participação de milhares de integrantes da comunidade acadêmicaUnifor e comunidade externa.

Como não poderia deixar de ser, este mês marca também a apresentaçãode uma nova exposição no Espaço Cultural Unifor, com a abertura da UniforPlástica, salão bienal que reúne artistas consagrados e novos talentos locais.

Embora tenha ocorrido no final de setembro, importante mencionar igual-mente o Seminário HSM Philip Kotler Fortaleza, que teve a Unifor comouniversidade oficial do evento e contou com a presença numerosa de alunose professores da Instituição neste encontro que trouxe para nossa cidade omaior nome do marketing mundial.

Esta edição do Unifor Notícias traz a cobertura desse período deefervescência no campus e muito mais, com destaque para o conhecimentoproduzido na Unifor, por meio de pesquisas realizadas na graduação e pós-graduação. Portanto, fique por dentro do que de melhor acontece na suaUniversidade e aproveite tudo que ela tem a lhe oferecer. Boa leitura!

Valerya AbreuDiretora de Comunicação e Marketing Unifor

Grandeseventos de umauniversidadesurpreendente

Chanceler: Airton QueirozReitora: Fátima VerasVice-Reitor de Ensino de Graduação: Henrique SáVice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Roberto CiarliniVice-Reitor de Extensão: Randal PompeuDiretora de Comunicação e Marketing: Valerya Abreu

Jornal da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson QueirozEdição: Carolina Quixadá (MTE CE2617JP)Textos: Carolina Quixadá, Emanuela França, Paula Acácio e Virna MacedoProjeto Gráfico: Camila Campos, Carolina Quixadá e Glaymerson MoisesDiagramação: Glaymerson MoisesRevisão: Thiago BragaFotos: Camila Campos e Carolina QuixadáImpressão: Gráfica UniforTiragem: 10 mil exemplares

Contato: Diretoria de Comunicação e Marketing da UniforPrédio da Reitoria – Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz – Fortaleza-CE(85) 3477 3111 – [email protected] – www.unifor.br

expediente○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Você também pode fazer o Unifor Notícias. Queremos escutar a sua opinião.Mande sugestões de pauta, críticas, elogios. O email é [email protected]. 6 1211

Page 3: Unifor Notícias

OUTUBRO 2011 |

twitter Inspirada no tema da palestra de PhilipKotler em Fortaleza, no dia 30 de setembro, “Mar-keting 3.0 – O novo papel do marketing em umaeconomia conectada por redes”, a Universidade deFortaleza movimentou seu Twitter – @UniforComu-nica – com a promoção cultural #KotlerFor. Comouniversidade oficial do evento, a Unifor deu aosseus alunos, com exclusividade, a chance de ficarfrente a frente com o mito do marketing mundial.

promoção O movimento #KotlerFor no Twitter,que também abriu espaço para exposição de ideiase opiniões sobre a importância de uma das maioresreferências mundiais na área de marketing e gestão,premiou dez alunos com cortesias para o SeminárioHSM Philip Kotler: @sabrinamsqt, @hrp_neto,@thais_tomaz, @rennanleitao, @NataliaBezerraa,@danielcsilverio, @yuribeck, @camilapontest,@carlosduttra e @kaalyana. Quer entender comofoi a promoção? Acesse http://bit.ly/KotlerFor.

redesolidária Foi umsucesso também a divul-gação do movimento#DoeDeCoração noTwitter. A campanha,mais uma vez, apostouna força das redessociais e conseguiu es-tender a um número incon-tável de pessoas sua mensagem de apoio à doaçãode órgãos. Quase 20 kits com camisa e bottomforam sorteados entre os que ajudaram a divulgaro www.unifor.br/doedecoracao.

#divulgue Outubro abre as preparações para osemestre 2012.1, quando terão início as inscriçõespara o Processo Seletivo e para ingresso na Uniforcomo transferido ou graduado. Mais emwww.unifor.br/estudenaunifor.

#news Já visualizou o novo layout do Facebook?As mudanças já aparecem no primeiro acesso à pá-gina. E tem mais... o ‘novo Facebook’ mostra quemnão quer mais ser seu amigo na rede. Agora é pre-ciso pensar duas vezes antes de deletar um 'amigo'.

#jornalonline Não recebeu a edição anteriordo Unifor Notícias ou quer visualizá-lo no formatodigital? A publicação fica disponível no Portal Unifor.É só seguir o caminho no menu da lateral direita:Comunicação e Marketing > Unifor Notícias.

CAMPUS & COMUNIDADE | 03

#update○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A Unifor em vitrine. E, na vitrine, a produçãocientífica, cultural e tecnológica da Universidade. É oque propõe o Mundo Unifor 2011, que acontece de17 a 21 de outubro. Na programação, palestras deprofissionais renomados como Max Gehringer, LuizRoberto Barroso, Nuno Cobra, Sílvio Meira e, que-brando a sequência, show de Lobão. Quatro encon-tros científicos estão contemplados no lado ciência etecnologia do evento. São eles: XVII Encontro deIniciação à Pesquisa, XI Encontro de Pós-Graduaçãoe Pesquisa, XI Encontro de Iniciação à Docência eIII Encontro de Práticas Docentes. Na ala cultural,a XVI Unifor Plástica, exposição que congrega dife-rentes produções artísticas locais e nacionais. Toda aprogramação é gratuita e aberta ao público em geral.

“O Mundo Unifor hoje é o grande evento da Uni-versidade. É quando ela se coloca para a sociedade epara a comunidade acadêmica. É quando ela mostrao que tem desenvolvido em suas pesquisas e demaisatividades de educação e ensino, envolvendo alunose professores”, avalia o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Roberto Ney Ciarlini Teixeira.

O evento é bianual e está em sua 5ª edição.“O Mundo Unifor 2011 foi repensado no sentido deagregar e focar naquilo que é a grande proposta da

Instituição, ou seja, apresentar novos conhecimen-tos. É um momento de muita troca. É também umaoportunidade que o público externo tem de viven-ciar a universidade e absorver novas visões de mun-do. O ponto alto são os cinco grande momentos compersonalidades representando as cinco áreas do co-nhecimento. Uma palestra para cada área – adminis-trativa, humanas, jurídica, da saúde e tecnológica. Sóuma grande universidade poderia aliar a ciência, a cul-tura e a tecnologia e oferecer grandes palestras. Achoque vai ser interessante para todos”, acrescenta a dire-tora de Comunicação e Marketing, Valerya Abreu.

Ainda na programação, dois eventos destinadospara os mais jovens. O Mini Mundo, no qual crian-ças de 5 a 9 anos visitam a Universidade, o EspaçoCultural e participam de parte das atividades dosencontros científicos, e o Unifor Experience, no qualjovens do ensino médio visitam as instalações daUniversidade para terem, principalmente, contatoe explicações sobre as diversas profissões.

Um mundochamado UniforEvento agrega atividades de ciência, cultura e tecnologia comacesso gratuito à sociedade. Na programação deste ano, palestrantesde renome nacional, representando as cinco áreas de conhecimento daInstituição: administrativa, humanas, jurídica, da saúde e tecnológica.

5ª edição do Mundo UniforEvento que contempla atividades de ciência,cultura e tecnologia. De 17 a 21/10. Aberto aopúblico. Entrada franca. Informações: 3477 3400.

• Dia 17: Max Gehringer, palestrante convidadodo Centro de Ciências Administrativas.Gehringer é graduado em Administração e reconhe-cido por seu trabalho como executivo de empresas.Esteve à frente de empresas como Pepsi, ElmaChips e Pullman. Atualmente assina coluna emvárias revistas e possui quadros fixos na CBN.

• Dia 18: Luiz Roberto Barroso, palestranteconvidado do Centro de Ciências Jurídicas.Barroso é procurador do estado do Rio de Janeiroe professor titular de Direito Constitucional daUniversidade do Estado do Rio de Janeiro. Temmestrado em Direito pela Universidade de Yale,nos Estados Unidos.

• Dia 19: Nuno Cobra, palestranteconvidado do Centro de Ciências da Saúde.Cobra é escritor, preparador físico e também con-sultor no setor de qualidade de vida individual e emorganizações. Tornou-se conhecido depois de tersido coach de famosos como Ayrton Senna, ChristianFittipaldi, Rubens Barrichello e Mika Hakkinen.

PROGRAMAÇÃO• Dia 20: Sílvio Meira, palestranteconvidado do Centro de Ciências Tecnológicas.Meira é formado em Engenharia Eletrônicapelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica,com especialização em Ciência da Computação.Recebeu da Presidência da República as comendasda Ordem Nacional do Mérito Científico e da Ordemde Rio Branco. É professor titular de Engenharia deSoftware do Centro de Informática da UniversidadeFederal de Pernambuco (PE) e cientista-chefe doCentro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife.

• Dia 21: Lobão, show do cantor aconvite do Centro de Ciências Humanas.João Luiz Woerdenbag Filho, o Lobão, é cantor ecompositor. Foi também apresentador da MTV comos programas Lobotomia e Debate MTV. No anopassado, lançou sua autobiografia "50 Anos a Mil",coassinada por Claudio Tognolli, onde retrata dashistórias da juventude até as experiências comomúsico. Suas canções incluem Me Chama, VidaBandida, Rádio Blá e Corações Psicodélicos.

Page 4: Unifor Notícias

| OUTUBRO 2011

04 | CAMPUS & COMUNIDADE

Cada caso é um caso. A máxima é antiga, mas funcio-na e atende bem aos propósitos do Programa de ApoioPsicopedagógico (PAP) da Universidade de Fortaleza.Alunos de graduação e pós-graduação com dificuldadesde locomoção, deficiência auditiva, visual, com problemasemocionais, dentre outros, podem e devem se utilizar dasações e serviços desse centro. “Levamos em consideraçãoa singularidade do aluno. O PAP também atende pais dealunos com necessidades especiais, conversando, colo-cando as possibilidades de ajuda oferecidas pela Universi-dade. A Unifor está sendo reconhecida nacionalmentecomo universidade inclusiva. Outras instituições de ensi-no vêm até aqui para saber como funciona o programae pegar dicas. A importância do projeto é possibilitar oacesso de todos ao ensino superior”, afirma acoordenadora do programa, Terezinha Teixeira Joca.

Segundo ela, a cada início de semestre, o PAP faz umlevantamento de quantos alunos estão em necessidadeseducacionais especiais e analisa junto aos seus coordena-dores e professores a melhor forma de oferecer apoio.“O PAP orienta o aluno e o professor. Sugerimos umaadaptação metodológica curricular e avaliativa quandonecessário. E isso não quer dizer que o professor vai pas-

sar o aluno porque ele tem uma deficiência”, ressalta.O PAP também promove oficinas e trabalhos em

grupos de cunho psicoeducativo. A equipe, compostapela coordenadora, um auxiliar, dois bolsistas e seisestagiários, oferece ainda um plantão diário para escutaro aluno que não esteja se sentindo bem emocionalmen-te. “Embora não seja o foco do programa, 60% dos alu-nos vêm em função de problemas emocionais. Alunosque passaram por um problema familiar, por exemplo,encontraram aqui o apoio para não desistir do semes-tre”, acrescenta Terezinha.

CADA CASO UMA ESPECIFICIDADEHermania Domingos Queiroz é formada em Pedago-

gia pela Unifor e agora cursa Psicologia. Ela é deficientevisual e já foi, inclusive, estagiária do PAP. “Acho que é umaevolução da Universidade ter esse serviço. Sempre fui bemrecebida. Tive uma professora que entregou a maior par-te dos textos em braile. Na verdade, o que eu mais gosteifoi o ajuste de todas as cadeiras em um bloco só”, declara.

Karine Martins possui deficiência auditiva e em sala deaula precisa da ajuda de intérpretes. Ela está no sexto se-mestre do curso de Fisioterapia. “Acho esse trabalho mui-to importante. Aqui acontece a inclusão. A Unifor dispo-nibiliza os intérpretes para não haver perda na comunica-ção e para que o surdo se sinta incluído. O PAP disseminaa cultura dos surdos na Universidade, e isso também nosauxilia”, enfatiza.

Haroldo Pires da Silva é cadeirante e cursa o oitavosemestre de Administração. Ele conheceu o PAP quandode seu início, em 2006, e diz só ter elogios a fazer. “O PAPme atendeu em várias instâncias, como na ampliação devagas no estacionamento para cadeirantes, no rebaixa-mento de calçadas e principalmente na locação de salas deaulas no piso térreo. Antes eu pedia para um vigilante meajudar. Às vezes o vigilante estava ocupado e eu me atra-sava. Agora faz uns quatro semestres que eu só tenho aulasem salas do piso térreo. É mais fácil e mais prático”, avalia.

Raphael Mesquita Paiva está no sexto semestre do cur-so de Direito. É disléxico e diz que desconhecia sua pró-pria deficiência. “Quando entrei na Unifor, eu sabia quetinha um problema sério de ortografia, mas não sabia queera disléxico. Eu me sentia envergonhado. Um dia eu con-versei com uma professora e ela me falou sobre o PAP. Láeu aprendi a acreditar em mim mesmo e melhorei a orto-grafia. Nas provas, eu disponho de recurso especial: aortografia não é levada em conta na hora da correção. OPAP aumentou minha autoestima em 100%”, acrescenta.

Uma pequena ajuda,um grande diferencialUniversidade disponibiliza desde 2006 programa de apoiopsicopedagógico para orientar, acompanhar e ajudar alunos com ouem dificuldades físicas e emocionais. A ideia é fomentar a educaçãoinclusiva, garantindo formação acadêmica e profissional para todos.

Vem aí o I Desafio Universitário Uniforde Esportes. O campeonato reunirá equipesuniversitárias de basquete, futsal, vôlei, nata-ção e atletismo nas modalidades feminina emasculina. O evento será realizado de 17 a 22de outubro. “A ideia é transformá-lo nomaior evento universitário do Norte e Nor-deste. Convidamos as melhores seleções daregião para aumentar o nível técnico doevento”, afirma o coordenador da DivisãoEsportiva da Unifor, Marcelo Viana.

Entre as equipes convidadas, estão a Uni-versidade Maurício de Nassau, de Pernam-buco, e a Universidade Federal da Paraíba,com destaque para uma instituição estrangei-ra, a Universidade de Trás-os-Montes e AltoD'ouro (UTAD), de Portugal.

Além da disputa esportiva em si, o eventovai contar com programação científica, queinclui apresentação de trabalhos acadêmicosna área por alunos do curso de Educação Fí-sica da Unifor. Outra novidade será a oferta deserviços gratuitos aos atletas e ao público emgeral, como massoterapia e avaliação física.

Campeonatoreunirá maioresequipesuniversitáriasdo N/NE

Desafio Universitário Unifor de EsportesDe 17 a 22/10, a partir das 17h. No sábado,dia 22, as atividades vão das 8h às 17h.O evento é aberto ao público e gratuito

• Basquete feminino: Unifor (CE),Mauríciode Nassau (PE), UFC (CE) e IFET (CE)

• Basquete masculino: Unifor (CE), Mauríciode Nassau (PE), UFC e Faculdade Católica (CE)

• Futsal feminino: Unifor (CE), Mauríciode Nassau (PE), UFC (CE)e Ateneu (CE)

• Futsal masculino: Unifor, Maurício deNassau (PE), UFC (CE) e UTAD (Portugal)

• Vôlei feminino: Unifor (CE),UFRN (RN), UFC (CE) e UFPB (PB)

• Vôlei masculino: Unifor (CE),UNICAP (PE), UFC (CE) e FIC (CE)

MODALIDADES ESPORTIVASE IES PARTICIPANTES

ESPORTE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Karine Martins coma intérprete Natália dos

Santos Almeida: “Acho oserviço do PAP excelente”.

Page 5: Unifor Notícias

OUTUBRO 2011 |

CAMPUS & COMUNIDADE | 05

Fórum de Ética MédicaNo dia 19 deste mês, a Unifor, em parceriacom o Conselho Regional de Medicina,realiza o Fórum de Ética Médica, com jul-gamento simulado e mediação da Comissãode Ética do curso de Medicina. O eventoocorre às 14h, no auditório da Biblioteca.

Oficina de HermenêuticaOs alunos do Centro de Ciências Jurídicasda Unifor realizam a oficina “Hermenêuticaconstitucional e técnicas de controle daconstitucionalidade”, tendo como palestranteo professor Gustavo Liberato. O eventoacontece no dia 27 deste mês, às 15h, noauditório A4.

Atualização em PatologiaPela primeira vez no Brasil, o médico VinayKumar ministrará o curso “Atualização empatologia”. O facilitador é autor do livro depatologia Robbins & Cotran: pathologic basisof the disease, um dos mais utilizados noscursos de saúde no Brasil e no mundo.O curso acontece nos dias 13 e 14 deste mêse as inscrições devem ser feitas no Labora-tório Morfofuncional do curso de Medicina.O curso é aberto ao público e a inscriçãocusta R$ 100,00.

VII Competiçãode Veículos MecatrônicosO Ginásio Poliesportivo Unifor sedia no pró-ximo dia 15, às 8h, a VII Competição de Veí-culos Mecatrônicos. Os veículos são carrosmicroprogramados e fabricados pelos alunosdo curso de Engenharia de Controle e Auto-mação da Unifor. Na competição, os carrosprecisam entrar e sair de um labirinto semmanipulação externa. O evento é aberto aopúblico e as inscrições podem ser feitas até odia 10 de outubro na coordenação do curso.

AphetoO Apheto – Laboratório de Psicopatologia ePsicoterapia Humanista FenomenológicaCrítica, do Programa de Pós-Graduação emPsicologia da Unifor, promove no dia 28 o IIColóquio sobre a Clínica Humanista-Feno-menológica. O evento conta com o Dr. JoséCélio Freire, da Universidade Federal doCeará, que faz a conferência de abertura“Ética da clínica e clínica da ética”, às 9h, noauditório da Biblioteca Unifor, e a Dra. Már-cia Alves Tassinari, da Universidade Estáciode Sá (RJ), proferindo a palestra de encerra-mento “A inserção do plantão psicológico naconcepção da clínica ampliada”, às 17h. Asinscrições podem ser feitas no local.

acontecendo○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ALUNOS EM DESTAQUE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Três alunas dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Jor-nalismo ganharam prêmios durante a Exposição de Pesquisa Ex-perimental em Comunicação (Expocom) 2011. O evento reco-nhece e premia vídeos, programas de rádio e TV, jornais, revistas,peças publicitárias, sites, blogs e projetos de relações públicas fei-tos por estudantes de comunicação em todo o Brasil. O resultadofoi divulgado no XXXIV Congresso Nacional da Intercom, no dia6 de setembro, em Recife (PE).

Suiani da Silva Sales ganhou na categoria Jornalismo com o tra-balho Mural da Justiça, Geórgia Sales de Queiroz venceu na cate-goria Produção Editorial e Produção Transdisciplinar em Comu-nicação com o site do Museu Virtual do Índio Cearense (MUVIC)e Izabelly de Souza Marques foi destaque na Publicidade e Propa-ganda com Diários Telúricos – Portfólio Agência NIC 2010. “Diá-rios Telúricos é um scratch book de um publicitário cansado deideias ruins. Foi uma ótima experiência que tirei do curso e voucolher os frutos no mercado de trabalho”, ressalta Izabelly.

Esta é a quinta vez que um aluno da Unifor ganha um prêmiona categoria agência experimental na Expocom. “A gente vê o re-sultado como um reconhecimento do trabalho realizado pela agên-cia. A grande questão é ter infraestrutura e pessoal para os alunosserem preparados para o mercado de trabalho”, avalia o diretordo Núcleo Integrado de Comunicação (NIC), Alberto Gadanha.

Alunas premiadasna Expocom 2011

O ex-aluno do curso de especialização em Engenhariade Petróleo Francisco Mozart Nogueira Neto ganhou oprêmio Gerdau Melhores da Terra, no início de setembro,por seu artigo científico “Veículo remotamente operadoin-shore para detecção dos assoreamento dos açudes”. Otrabalho acadêmico também foi destaque no XL Con-gresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (Conbea), ocorri-do em julho, em Cuiabá (MT). “Não esperava o prêmio.Quando a funcionária da Gerdau ligou no início do mêspassado, não acreditei. Fui premiado na categoria pesqui-sa e desenvolvimento, nível pesquisador”, conta Mozart.A proposta do artigo surgiu quando ele pensou em seinscrever para um curso de pós-graduação. “Como omeu currículo é mais técnico, fui aconselhado a escreverum artigo científico para incrementá-lo”, acrescenta.

Prêmio GerdauMelhores da Terra

Fortaleza foi sede do Seminário HSM com PhilipKotler. O palestrante é considerado um dos maiores no-mes do marketing mundial. A Unifor foi a universidadeoficial do evento, que ocorreu no último dia 30 de setem-bro, no La Maison Coliseu. Com o tema Marketing 3.0,Kotler falou para empresários, executivos, profissionais eestudantes das áreas de negócios e comunicação. “A Uni-for apoiou o evento e isso mostra que a Instituição estácada vez mais inserida no contexto da internacionalizaçãodo ensino”, ressalta a diretora de Comunicação e Marke-ting, Valerya Abreu.

Philip Kotler é autor e coautor de 51 livros. Suas obras,mais de cinco milhões vendidas, já foram traduzidaspara mais de 20 idiomas e estão presentes em 58 países.Suas teorias são referência na literatura acadêmica dediversas áreas, como administração, economia, marketinge publicidade.

Além de acadêmico, Kotler é consultor de grandes em-presas e proprietário da Kotler Marketing Group (KMG),com clientes como IBM, Motorola, Merck, General Electrice Michelin. Considerado uma das mentes mais influentesda área de negócios, Kotler viaja apresentando os maisatuais conceitos do marketing mundial e as tendências domundo business. Em Marketing 3.0, ele defende que ascompanhias compreendam seus clientes, partilhem dosmesmos valores e contribuam para um mundo melhor.

Marketing 3.0

Francisco Mozart entre o presidente da Federação daAgricultura do RS, Carlos Sperotto, e o diretor executivo daGerdau Aços Especiais Brasil, Joaquim Guilherme Bauer.

Izabelly Marques (aluna à esq.) fez questão de tirar foto com aequipe do NIC. Prêmio é fruto de um trabalho realizado em grupo.

Philip Kotler pelaprimeira vezem Fortaleza.

OUTUBRO 2011 |

Div

ulg

açã

o

Div

ulg

açã

oA

rqu

ivo

CM

P/A

rmin

do

Vic

en

te

Page 6: Unifor Notícias

| OUTUBRO 2011

06| PÓS-GRADUAÇÃO & PESQUISA

Carlos Felipe Cavalcante de Almeida inovou.Em seu mestrado em Administração, ele pesqui-sa as variações na alocação das marcas durantepropagandas televisivas emocionais e seu efeitona memorização dessas marcas. A metodologiaé o diferencial de seu estudo: Felipe utiliza umaperspectiva neurocientífica. Faz uso de aparelhosentão voltados à área médica para vasculhar commais precisão como respondemos aos estímulosdas propagandas.

CONCEITO NOVOFelipe ingressou numa nova seara: o neuro-

marketing, que, afirma, não é substituto, e simuma adição às ferramentas tradicionais do mar-

keting. Trata-se, em outras palavras, da aplicaçãodos resultados da neurociência em prol do mar-keting. “O método no Brasil está começando. Se-gundo meu conhecimento, só há dois locais ondesão realizadas pesquisas do gênero: na FundaçãoGetúlio Vargas (FGV), em São Paulo, que abriuum laboratório este ano, e na Forebrain, empresalocalizada na Incubadora de Empresas da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)”, destaca.

LOCAL DA PESQUISAO projeto de Felipe também foi inovador

pelo local onde a pesquisa foi realizada: a Univer-sidade École Des Hautes Études Commerciales(HEC), de Montreal, no Canadá. Felipe conse-guiu o contato de um pesquisador que estavainiciando estudos em neuromarketing na univer-sidade canadense através de um professor dessamesma instituição que estava com trabalho tem-porário na Universidade de Fortaleza. “Mesmonão tendo um convênio formal, a Unifor viabi-lizou o contato com a universidade de Montreal,que disponibilizava os equipamentos necessáriospara a pesquisa”, explica Danielle Arruda, orien-tadora da pesquisa de Felipe aqui no Brasil.

METODOLOGIAA pesquisa do mestrando é complexa. Felipe

selecionou cinco propagandas televisivas comcaráter emocional e sem diálogo que foram

Aluno do mestrado emAdministração estuda avariação na alocação demarca em propagandastelevisivas emocionaisutilizando uma perspectivaneurocientífica. Com ela, omestrando pesquisa sobreo efeito da marca namemória e debruça-sesobre uma nova áreado conhecimento:o neuromarketing.

Vasculhando o cérebro:as ferramentas domarketing chegaram lá

ganhadoras do prêmio Cannes de 2008. Eleeditou os vídeos, substituindo as marcas das pro-pagandas por outras não conhecidas do públicodo experimento e alterou o momento da inser-ção das marcas desses vídeos. “Para tirar o efeitodo poder da marca”, justifica.

Nove mulheres canadenses de língua franco-fônica entre 18 e 30 anos participaram do experi-mento. “Elas assistiram a um documentário edu-cacional de 25 minutos sobre um esporte típicocanadense com intensidade emocional neutra, eao longo do documentário eram inseridas ascinco propagandas com duração de um minutocada. As mulheres foram separadas em gruposde três. No primeiro grupo, as marcas foramalocadas no início das propagandas. No segundogrupo, as marcas foram alocadas ao final daspropagandas. E, no terceiro grupo, alocadas aos30 segundos das propagandas”, detalha Felipe.

“A ideia era reproduzir a situação corriqueirade quem está assistindo a um documentário naTV para ficar o mais natural possível”, acrescentaa professora Danielle. Ao assistirem ao vídeo eàs propagandas, as participantes da pesquisaestavam conectadas a uma série de aparelhosque mediam o batimento cardíaco, a taxa respi-ratória e a atividade muscular elétrica. Havia ain-da equipamentos para fazer o rastreamento ocu-lar e o reconhecimento facial de emoções básicas,como alegria e tristeza, entre outras mensura-ções. “Felipe usou uma metodologia da áreamédica, equipamentos usados para pesquisasneuropsicológicas. Com os equipamentos, aspessoas não têm como disfarçar ou omitir umaemoção. Se ela move o olho, por exemplo, acâmera capta”, enfatiza Danielle.

O passo seguinte foi a aplicação de questioná-rios para as participantes através dos quais seavaliava a memorização das marcas. “Queríamosmensurar o brand recall e o brand recognition, ecorrelacionar os dados neurofisiológicos com aemoção capturada. Mas há limitações: você podeestar observando o estímulo e estar pensandoem outra coisa”, ressalta Felipe.

Equipamentospara medirfrequênciacardíaca erespostas faciaisfazem parte daspesquisas deneuromarketing.

Div

ulg

açã

o

Page 7: Unifor Notícias

OUTUBRO 2011 |

PÓS-GRADUAÇÃO & PESQUISA | 07

• Felipe utilizou somente mulheres nasua pesquisa. “O homem não gosta dese expressar emocionalmente, principal-mente na frente de outros”, diz. Ele subs-tituiu as marcas originais das propagan-das por marcas sul-americanas, nãoconhecidas das participantes do experi-mento. Felipe tem a professora DanielleArruda como orientadora na Unifor e oprofessor Danilo Dantas como orientadorpela universidade canadense, onde rea-lizou sua pesquisa. Ele escreve o bloghttp://makingmarketing.wordpress.com/

• Neuromarketing é uma nova área deestudo. Coloca conhecimentos e tecno-logias voltados à neurociência para des-vendar o comportamento do consumi-dor, a essência do marketing.

• Pesquisadores utilizam equipamentospara captar o magiamento funcional docérebro, como o aparelho de imagem porressonância magnética funcional (IRMf).Além de captar a atividade cerebral, osequipamentos da neurociência a serviçodo marketing visam também medir o flu-xo sanguíneo em determinadas áreasdo cérebro, respostas faciais, frequênciacardíaca e condutância da pele.

SAIBA MAIS

RESULTADOSO estudante está agora tratando e avaliando os

dados coletados. Ele quer qualificar sua dis-sertação ainda este mês e pretende defendê-la noinício do próximo ano. “A análise dos dados émais difícil porque tenho que usar um softwarecom o qual nunca tive contato mais voltado para amatemática. Depois os dados serão passados paraum software de estatística, mas esse, pelo menos,eu já utilizei nas disciplinas do mestrado”, comenta.

TENDÊNCIAPor enquanto, de concreto, ele sabe que seu

mestrado é multidisciplinar. “A tendência é esta:

que os campos de estudo não fiquem definidosnuma área só”, diz Danielle. “O neuromarketingnão vai dizer o que o consumidor vai fazer oucomprar. O neuromarketing visa reduzir o viésdos métodos das pesquisas tradicionais. Visa gas-tar menos tempo e dinheiro na área privada, es-tudando essas diversas possibilidades no compor-tamento do consumidor. E todos esses conheci-mentos também podem ser utilizados na áreapública”, ressalta Felipe.

MERCADOGraduado em Administração pela Universidade

Federal do Ceará (UFC), Felipe veio para a Uni-

for pensando em estudar marketing de experiênciaem seu mestrado. “Pesquisei sobre o assunto e vique a professora Danielle era um nome renoma-do com mestrado e doutorado no assunto. Entreino mestrado da Unifor por causa disso”, resume.

Felipe mudou o tema de sua dissertação, masestá feliz com a troca. Bolsista da Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes) pela Unifor, já recebeu propostas detrabalho de empresas do ramo de tecnologia emMontreal. “Ele é um aluno motivado que estáaproveitando todas as oportunidades”, afirmaDanielle sobre o pupilo.

“Um amigo disse que grandesempresas como a Coca-Colaestavam se utilizando de umaferramenta com imagens do cérebro.Daí fui vasculhar sobre o temana internet”, conta Carlos FelipeCavalcante de Almeida sobreo início de seu projeto de mestrado.

Page 8: Unifor Notícias

| OUTUBRO 2011

Unifor Notícias: Como a educação pode transformara vida de uma pessoa?*Augusto Cury: A educação é fundamental porque ocapital de ideias é o que pode levar o ser humano adeixar de ser vítima para ser protagonista da suaprópria história. Sem educação nós não consegui-mos abrir o leque da nossa mente para dar respostasinteligentes nas mais diversas situações em que nosencontramos. Portanto, para uma pessoa trans-cender os seus obstáculos, superar crises, perdas,frustrações, para transformar o caos em oportuni-dades criativas e escrever os capítulos mais impor-tantes da nossa história dos dias mais tristes da nossavida, a educação é fundamental.

Unifor Notícias: Que dicas o senhor dá a umprofissional que pretende alcançar o sucesso?*Augusto Cury: Existem alguns princípios ou ferra-mentas que são fundamentais para uma pessoa dei-xar a mesmice, o cárcere do tédio e da rotina e setornar um empreendedor, um construtor de sonhos.Em primeiro lugar, quem quer ter o sucesso, quemquer ter o pódio deve aprender a lidar com os riscos,porque sucesso sem riscos é triunfo sem glória. Emsegundo lugar, deve aprender a conhecer as armadi-lhas da sua própria mente. Muitas vezes nós nãoconseguimos brilhar no mundo de fora porquesomos opacos no mundo de dentro. Devemos lidarcom nossas angústias, timidez, com a nossa insegu-

rança. Devemos aprender a criticar cada pensa-mento perturbador e o sentimento de impotência.Se o nosso eu, que representa a nossa capacidade deescolha, que é o gerente da psiquê, não atuar desar-mando essas armadilhas, provavelmente os obstá-culos de dentro vão tornar os obstáculos de foradantescos. Há pessoas que poderiam ter uma capa-cidade criativa e uma capacidade de realização enor-mes, mas infelizmente eles são amordaçados pelosconflitos que estão represados em sua própria psi-quê. Em terceiro lugar, é necessário e é fundamentalunir sonhos com disciplina. Sonhos são projetos devida. Desejos não resistem aos problemas que acon-tecem na segunda-feira. Portanto, devemos substi-tuir nossos desejos superficiais por projetos bemelaborados. Porém, é insuficiente apenas sonhar. Énecessário trabalhar a disciplina, ter garra, determi-nação, transformar lágrimas em sabedoria e enten-der que ninguém é digno do pódio se não utilizarseus fracassos para conquistá-lo. Portanto, sonhosem disciplina produz pessoas frustradas, e disciplinasem sonho produz pessoas autófagas, que sóobedecem ordens.

Unifor Notícias: Isso que o senhor comentou é umexemplo da história da sua vida, não é mesmo?*Augusto Cury: É o exemplo da minha vida. Hoje aimprensa me considera o autor mais lido do Brasilnesta última década, mas eu me sinto um eterno

aprendiz. Estou sempre lidando com obstáculos eprocurando com humildade contemplar o belo,fazer das pequenas coisas um espetáculo aos olhos.Quando estava no colegial, que hoje é ensino médio,eu era a segunda nota da classe de baixo para cima.Ninguém apostava em mim. Mas eu tive o sonho deser médico, o sonho de ser cientista, de ser escritor elutei por eles. Usei lágrimas, perdas, dificuldades, equantos obstáculos eu enfrentei. Tive que estudar 12,14 horas por dia. Muitas vezes enfrentei perdas, re-jeições e contrariedades, mas aprendi que podemose devemos escrever os capítulos mais importantesda nossa história nos momentos mais difíceis danossa existência. Aí a vida tem outro sabor.

Unifor Notícias: De que forma o universitário noBrasil pode se sentir motivado a sempre adquirirconhecimento?*Augusto Cury: Em primeiro lugar, a educaçãomundial está doente. Formando para um sistemadoente, para uma sociedade doente. A educação éformada pelos profissionais mais relevantes, que sãoos professores. Eles são relevantes, mas o sistemaestá doente porque nós acreditamos que bombar-dear o córtex cerebral com milhões de dados ésuficiente para formar pensadores, com as funçõesmais complexas como pensar antes de reagir, expore impor ideias, trabalhar perdas e frustrações,resiliência, proteger a emoção. E isso é impossível.É tão impossível que, usando uma metáfora, se vocêpegar tintas, pincéis e colocar numa máquina, vocêesperaria que uma obra-prima saísse como aGuernica de Picasso ou mesmo a Monalisa de DaVinci? Não é possível. As obras são trabalhadas deuma maneira rica, fina, criativa. Mas a educação fazisso. Ela bombardeia o córtex cerebral com milhõesde dados, esperando que as funções complexas sejamtrabalhadas, como altruísmo, solidariedade, liberdade

Augusto Jorge Cury é psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Principalmente escritor. Já publicou28 livros e vendeu mais de 10 milhões de exemplares somente no Brasil. Suas obras tambémforam publicadas em outros 50 países. Refuta ser rotulado como escritor de autoajuda, masescreveu títulos como “Você é insubstituível” e “Seja líder de si mesmo”. “O vendedor de sonhos”e “Pais brilhantes, professores fascinantes” são dois de seus livros que viraram best-sellers.Cury desenvolveu a teoria da inteligência multifocal, que estuda os processos da mente humanacomo a construção de pensamentos, a formação da consciência e dos alicerces do “eu” e dos pa-péis da memória. A teoria virou curso de pós-graduação em algumas instituições de ensino comono Centro Universitário Filadélfia (Unifil), no Paraná, e na Universidade Master, na Espanha.Fundamentado em sua teoria, o médico criou o programa Escola de Inteligência, projeto psico-pedagógico e multidisciplinar voltado para crianças e adolescentes com o objetivo de ensinarfunções intelectuais e emocionais, como o pensar antes de reagir e a proteção da emoção.De fala mansa e de linguagem simples, faz uso constante de metáforas. No início do semestre,Cury concedeu palestra na Universidade de Fortaleza em um evento do curso de CiênciasContábeis. Confira agora a entrevista ao Unifor Notícias.

Acessando oleque da vida

08 | CAMPUS & COMUNIDADE

ENTREVISTA○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 9: Unifor Notícias

OUTUBRO 2011 |

criativa, capacidade de lidar com perdas e frustrações,gerenciar pensamentos que determinam a formaçãode um pensador, a formação de um ser humano quefaz a diferença no teatro social. Nós estamos propon-do nos mais de 50 países em que eu sou publicadoque possamos ter uma academia de inteligência, ouseja, que dentro da grade curricular essas funçõesnobilíssimas da psiquê sejam trabalhadas eincorporadas. Vou dar um site aqui para vocêsacessarem: www.academiadainteligencia.com.br.

Unifor Notícias: O que é mais importante: terconhecimento sobre uma área específica ou serum profissional generalista?*Augusto Cury: É fundamental que os médicos, ospsicólogos, os contabilistas, os engenheiros nãotenham conhecimento apenas da sua área. Se vocêsó tem conhecimento na sua própria área, você nãotem liberto o imaginário. Eu vou pedir uma coisapara vocês universitários: leiam jornais. Muitosuniversitários acham que a Faixa de Gaza é umsanduíche, não sabem que os conflitos entrepalestinos e judeus têm se tornado um dos centrosdos conflitos humanos, não entendem a primaveraárabe, não entendem as crises financeiras que omundo está atravessando. É muito importante lerjornal, ter conhecimento de áreas que não são danossa especialidade para libertar o eu como autor dahistória e construtor de novas ideias.

Unifor Notícias: O senhor dá muitos ensinamentosde como devemos agir com nós mesmos e com a famí-lia enquanto pais. Existe um ditado que diz “casa deferreiro, espeto de pau”. Ele se aplica na sua vida?Augusto Cury: Tenho três filhas e sou apaixonadopor elas. A Camila de 23 anos, a Carol de 18 e aCláudia de 17. Elas me dão muito orgulho porque euas ensinei que a grandeza de um ser humano está na

sua capacidade de fazer pequeno para tornar ospequenos grandes. Eu não tive medo de falar dasminhas lágrimas com elas porque meu desejo é queelas aprendessem a chorar as delas com maturidade.E nem receio de falar das minhas derrotas para queelas entendam que ninguém é digno do sucesso senão utilizá-las para alcançar o sucesso. Então elas sãojovens como outras. Têm seus defeitos, suas dificul-dades, mas são extremamente generosas, afetivas.

Elas são capazes de estar diante de um político, deum presidente da república e de considerá-lo•umapessoa tão importante quanto um mendigo, em-bora valorizando sua posição. São capazes de estardiante de uma celebridade de Hollywood e conside-rá-la uma pessoa tão importante quanto uma pes-soa com depressão. E não é a grandeza de um pai.É a maneira como nós educamos os filhos e o poten-cial criativo que está represado em nós. Nós pode-mos, dependendo das atitudes e das sementes que

nós plantamos, levá-los à maturidade, à genero-sidade, ao altruísmo, à solidariedade. Eu acho que fuifeliz. Mas também tive erros, tive que pedir descul-pas muitas vezes, reconheci que exagerei, outras mecorrigi. Mas pedir desculpas e reconhecer nossoserros são outras sementes. Pessoa sábia não é aquelaque não erra, mas aquela que sabe o que fazer comseus erros.

Unifor Notícias: Então, no caso, o ditado não setornou realidade na sua casa?Augusto Cury: Felizmente, não. Tanto assim que astrês falam: 'papai, você vai educar as minhas filhas,os meus filhos'. Elas sempre dizem isso (risos).

Unifor Notícias: Em 2008, foi criado o Centro deEstudos Augusto Cury em Portugal. Por que essarelação com Portugal?Augusto Cury: Eu não sei. Eu nunca fui ao Centro deEstudos em Portugal. Eu sei que quem fez o centroforam grandes pensadores, Ricardo Monteiro e Nel-son Lima. Mas eu nunca fui lá, nem mesmo nas aulasmagnas da pós-graduação na minha teoria [inteli-gência multifocal]. Eu raramente dou aula magna.E tem gente que diz que eu sou escritor de autoajudaporque não percebe que eu democratizei o conheci-mento. E isso não é autoajuda. Tem toda uma teoriapor detrás do que eu abordo. Por isso com muitahumildade eu vou dizer que sou um dos poucosteóricos vivos que têm pós-graduação na sua teoria.

Unifor Notícias: Mas o que o senhor prega não deixade ser uma ajuda para as pessoas, não é?Augusto Cury: Não deixa de ser uma ajuda.

Unifor Notícias: E por que o senhor refuta essadenominação de autoajuda?Augusto Cury: Por causa do jargão segundo o qualautoajuda são apenas frases positivas e que não têmeficácia. E eu tenho reservas quanto às frases positivasque são ditas como conselho. Na verdade, é funda-mental que a pessoa tenha autoconhecimento, tenhaautoconsciência, desenvolva as funções mais comple-xas, manipule ferramentas para que deixe de servítima e se torne protagonista da sua própria história.

Unifor Notícias: Com tantos livros escritos, com tantasideias já disseminadas, ainda há muito o que dizer?Augusto Cury: Eu espero que Deus me dê maisalgumas décadas para poder escrever tudo que euquero, para poder publicar tudo que eu escrevi – asduas, três mil páginas inéditas. Então eu tenho algu-mas dezenas de livros ainda para escrever. Por issoeu raramente aceito dar conferências, não tenhotempo. Hoje à tarde eu vou escrever. A mídia todaestá esperando e está até me pressionando.

É fundamental que osmédicos, os psicólogos,os contabilistas, osengenheiros não tenhamconhecimento apenas dasua área. Se você só temconhecimento na suaprópria área, você nãotem liberto o imaginário.”

CAMPUS & COMUNIDADE | 09

* Perguntas feitas para o Canal Unifor por Raquel Holanda.

Page 10: Unifor Notícias

| OUTUBRO 2011

10 | CAMPUS & COMUNIDADE

Automatizar para padronizar a qualidade eaumentar a produtividade da fabricação de um pro-duto. Foi com esse intuito que a empresa ChapasPerfuradas do Nordeste (CPN) procurou a Universi-dade de Fortaleza para desenvolver o projetoEstação de Solda Robotizada a fim de produzir obraço de postes de iluminação pública. “A empresanos procurou e fizemos a prospecção de tecnologiado robô e da solda, além da verificação do custo-benefício. Depois fizemos o projeto da estação desolda robotizada, com a formatação da estrutura daestação, da mesa indexadora e da programação dorobô com sensoriamento de segurança”, explica ocoordenador do curso de Engenharia de Controle eAutomação, Fernando Barros Sobreira.

O mais interessante, segundo Sobreira, é que aexecução do projeto em si foi realizada por três alunosdo curso: Mateus Queiroz Guilherme de Oliveira,Ednar Leite de Pinho Pessoa e Rodrigo Dalvit da Silva.“Eles fizeram a programação do robô, o desenho daplataforma da estação em 3D e 2D para a elaboraçãoe confecção das peças da estação de solda e configu-raram os parâmetros de solda. A ideia é que o pro-fessor oriente o aluno para este executar o projeto. Eisso é fazer com que ele obtenha o conhecimentoprático na área para poder utilizar na sua vidaprofissional após a conclusão do curso”, acrescenta.

Mateus Queiroz Guilherme de Oliveira é um dosalunos envolvidos no projeto desde o seu início, emjulho de 2010. Ele afirma ter gostado de executarparte da estação robotizada porque pôs em práticaconhecimentos adquiridos com as disciplinas docurso. “Fiquei responsável por fazer a programaçãodo robô, ligar os equipamentos uns aos outros efazer a comunicação entre eles. Muita coisa vista emsala de aula foi aplicada. Tirei várias dúvidas com osprofessores. Mas também muita coisa tive queaprender na marra. Achei o projeto tão interessanteque o levei como tema para o meu TCC”, declara.Mateus está cursando o último semestre deEngenharia de Controle e Automação.

O projeto está em fase de conclusão. Já foram fei-tos testes individuais, e o tempo de solda do braço éde aproximadamente 45 segundos, quase três vezesmais rápido do que a operacionalização manual. Alémde otimizar o tempo de realização do objeto, Sobreiraafirma que a estação vai melhorar a qualidade doproduto e dar segurança a quem opera a solda.“Não

vão existir fissuras, é uma soldaresistente e vai ter sempre a mes-ma qualidade. E a estação não tirao emprego do soldador, pois pre-cisa dele para alimentar a estaçãode solda, montar o gabarito,deixar preparadas as peças quevão ser soldadas. A máquina, in-clusive, é preparada para leigos eoferece dispositivos de segurança”, afirma o professor.

O dono da empresa Chapas Perfuradas do Nor-deste (CPN), Ricardo Barbosa, é ex-aluno do cursode Engenharia Elétrica e afirma ter procurado a Uni-for por ser uma “grande entidade de ensino e depesquisa”. O projeto, ressalta, faz parte do Programade Apoio a Pesquisas em Empresas (PAPPE Subven-ção) e a parceria é entre empresa, universidade e

governos estadual e federal. “O estado induz que asempresas procurem instituições de pesquisa. A sub-venção é para incentivar a pesquisa e a informatiza-ção para tornar a empresa mais competitiva. Noprojeto, a Unifor entra com a pesquisa, a montagemda mesa robótica e a transmissão do conhecimentopara os funcionários operarem a estação. Estoumuito satisfeito com a parceria”, declara.

Padronizandoa soldagemAlunos do curso de Engenharia de Controle e Automaçãorealizam projeto que automatiza a solda em braçosde postes de iluminação pública e colocam emprática conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Manter a integridade do participante dapesquisa acadêmico-científica. Esse é o principalobjetivo do Comitê de Ética em Pesquisa emSeres Humanos da Universidade de Fortaleza(Coética), entidade colegiada independente einterdisciplinar. A ideia é defender os interessesdaqueles que servem como fonte de pesquisa,principalmente no caso das populações vulnerá-veis, como presidiários, moradores de rua ecrianças com dependência química.

Todas as propostas de pesquisa com e emseres humanos da Universidade devem passarobrigatoriamente pela Coética, incluindo traba-lhos de conclusão de curso. “Receber o aval doComitê de Ética respalda os alunos para umapesquisa ética. É uma vantagem. E a Universi-dade se sente respaldada quando o pesquisadorestá com padrões éticos determinados pelasresoluções do Ministério da Saúde”, afirma apresidente do Coética, Marília Parahyba.

O comitê foi fundado em 2001 e é formado

por nove titulares e nove suplentes com partici-pação igualitária entre homens e mulheres. Hátambém um representante dos usuários dosserviços de saúde pública, indicado através doConselho Municipal de Saúde. A demanda detrabalho do comitê tem aumentado ao longo dosanos. Até agosto de 2011, 457 projetos depesquisa já haviam sido avaliados.

A professora do curso de Enfermagem Con-ceição de Maria de Albuquerque está sempreprotocolando projetos de pesquisa de seus alunosjunto ao Coética. Ela afirma que gosta muito doserviço prestado. “Só tenho elogios. Eles nos tiramtodas as dúvidas”, diz. A agilidade é tanta que àsvezes Conceição chega a sugerir aos seus alunos daespecialização em Enfermagem Obstétrica daUniversidade Estadual do Ceará (UECE), onde éprofessora convidada, a trazer os projetos de pes-quisa para serem avaliados pelo Coética da Uni-for. Mais informações no site www.unifor.br/pesquisa seguindo o link Coética.

Comitê de Ética: controle sociale monitoramento da pesquisa

“Achei o projeto tão interessanteque o levei como tema para o

meu TCC”, afirma o aluno MateusQueiroz Guilherme de Oliveira.

Page 11: Unifor Notícias

OUTUBRO 2011 |

CAMPUS & COMUNIDADE | 11

O Coral Unifor traz consigo muita história. Com-pletou no mês passado 30 anos de sua fundação ecomemorou a data fazendo o que mais sabe: cantan-do em vários tons e ritmos, levando alegria e encan-to a muitas pessoas. Sua criação, em 1981, foi realiza-da sob a tutela e regência de Dalva Estela NogueiraFreire, hoje com 87 anos. “Lançou-se a ideia de terum coral na Unifor e me pediram para montar umroteiro e determinar um estatuto. Dois ou três diasdepois, eu entreguei o esboço e uma lista com regen-tes de Fortaleza. Na época, o chanceler era EdsonQueiroz, que me disse: 'Este é um convite pessoal eintransferível. Se você aceitar, haverá o Coral. Se nãoaceitar, não haverá o Coral'. E, no dia 14 de setembrode 1981, deu-se o primeiro ensaio, na ocasião com 12componentes”, conta. Estela, que já havia regido por30 anos o Coral do Estado do Ceará, dedicou-se porquase mais 22 ao Coral Unifor.

“Guardo as melhores lembranças desses anostodos. O Coral não só foi importante para mim, mastambém importante na vida dos coralistas. Muitos,mesmo depois de diplomados, não deixaram oCoral. Éramos sempre portadores da alegria e daesperança”, acrescenta.

AMOR AO CORALLúcia Maria Alves participa do Coral desde sua

fundação, quando ainda era aluna do curso de Ciên-cias Contábeis. “O Coral é um lazer e também umafonte de inspiração. Ele nos dá mais disciplina. Alémda arte, a gente aprende a conviver em grupo”, afirma.

Lúcia agora vai aos ensaios na companhia de LilianAraújo Alves, sua filha, que desde 2007 integra a equi-pe. Lilian é técnica em Música pelo Instituto Federalde Ciência e Tecnologia (IFCE) e cursa licenciatura emMúsica na Universidade Estadual do Ceará (UECE).“A minha mãe me chamava para o Coral, mas eununca ia. Eu achava simplório. Mas um dia fui vercomo era e desde então não saí mais”, enfatiza.

COMPOSIÇÃO MUTANTEO Coral Unifor é por definição universitário, e por

isso mesmo rotativo. “Os alunos participantes às vezesdeixam o Coral porque estão fazendo monografia oucursando disciplinas que coincidem com o horário dosensaios”, explica a atual regente, Valéria Vieira. Segundoela, os membros da comunidade respondem atual-mente por 50% da equipe, composta em média por40 pessoas. “O coral é aberto ao público e é coro ama-

Coral Uniforcomemora 30 anosGrupo é composto por alunos, funcionários e pessoas dacomunidade. Em comum, a paixão pela música e pelo canto em coro.

dor, ou seja, não precisa ter conhecimento musical, ousaber ler partituras, ou tocar um instrumento musicalpara participar. Aqui a pessoa precisa ter uma afinaçãomínima e ser apaixonada por música vocal”, enumera.

De acordo com Valéria, o repertório é voltadopara músicas populares nacionais, mas o Coraltambém canta canções eruditas e também em línguasestrangeiras. Valéria está regendo o Coral Unifordesde março do ano passado. Musicista formada pelaUniversidade Estadual do Ceará (UECE), ela afirmaque um coral funciona como uma microssociedade,com delegação, e não imposição, de poderes. “Eu ape-nas os conduzo se assim eles o quiserem”, diz. “Os gru-pos de arte em geral revelam uma expressão artísticamáxima da comunidade da Unifor. Mais do que pro-mover a arte, a gente a fomenta. A gente vai até osalunos, funcionários. O Coral não tem apenas o cará-ter musical, mas também social. O Coral modifica apostura, interfere no cabelo, na roupa dos coralistas.Dá oportunidade de educação a alguns, uma parteda educação a que muitos não tiveram acesso. Alémdisso, é uma oportunidade de expressão artística, deexercer sua arte através da voz”, enfatiza.

OUTRAS HISTÓRIASWilson Freire tem 53 anos, dos quais 45 dedicados

à participação em corais. Ele foi o segundo regentedo Coral Unifor e teve de se afastar no início do anopassado por problemas de saúde. “Sou formado emLetras e em Pedagogia. Fiz muitos cursos de regência,mas a minha escola foi Dalva Estela”, afirma em refe-rência à ex-regente, que também é sua tia.

Wilson diz que houve momentos impactantes nasua vida como participante e regente do Coral. “Fa-zíamos pequenos concertos em hospitais, e um delesfoi realizado no Hospital São José. A paciente estavaem pré-coma e, quando acabamos de cantar, elaabriu os olhos e sorriu. Ficamos emocionados coma cena”, ressalta.Coral durante ensaio: dedicação, disciplina e paixão pela música como denominador comum entre os coralistas.

Denise Crispin participa do Coral Unifor há um ano.Ela é aluna do sexto semestre do curso de Fonoau-diologia e afirma que fazer parte do grupo oferecebenefícios pessoais e profissionais. “A gente aqui éuma família. A Valéria [atual regente do coral] passaunidade. É interessante como aluna porque estoudesenvolvendo a voz. Também aprendo um pouco deteoria musical. A gente entende o que está cantando.Passo o dia na Universidade, mas a sobrecarga dodia dissipa aqui. É o poder da música”, elenca.

Page 12: Unifor Notícias

| OUTUBRO 2011

12 | CULTURA & ARTE

Como se comportar no primeiroencontro? E no primeiro ano de na-moro? Como enfrentar os problemasque podem surgir? Os encontros edesencontros, as diferenças de gostos,a primeira grande briga, os planospara o futuro, fidelidade e traição,o fim do amor...

Os atores Thiago Martins e PalomaBernardi apresentam um manual bemhumorado sobre os caminhos paraencontrar um grande amor e nãodesperdiçar a oportunidade que elesdizem ser única na vida. O espetáculoconta a história do amor de MariaHelena e Luis Eduardo como em umapalestra e alterna comédia e drama.O final da peça é inesperado, garanteo autor dos textos, João Falcão. A di-reção é de Michel Bercovich e a pro-dução de Leo Fuchs. Venha rir e seemocionar nesta nova peça do ProjetoTeatro Celina Queiroz GrandesEspetáculos.

O grande amor da minha vidaTEATRO

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O grande amor da minha vidaDias 28, 29 e 30/10, no Teatro CelinaQueiroz. Sexta e sábado, às 21h;domingo, às 19h. Ingressos:R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia).

Opção para os pequeninos, O Car-naval dos Animais é uma adaptação dapeça musical do século XIX de CamilleSaent-Saëns, famoso compositor fran-cês. O espetáculo é encenado pelo Gru-po Mirante de Teatro Unifor e contatambém com a participação do Coral,da Companhia de Dança e da Camerata.

No enredo, um galo que gosta equer ficar com duas galinhas ao mesmotempo. Como elas não aceitam aproposta, ele inventa um “carnaval dosanimais” para ficar com as duas. Mas aestratégia não dá certo. O galo brigacom as galinhas e os demais animaisbrigam entre si. No fim, o galo se arre-pende, pede desculpas e reconhece que

O Carnaval dos Animais

TEATRO INFANTIL○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O Carnaval dos AnimaisDias 8, 9, 12, 15, 16, 22 e 23/10e 5, 6, 12, 13, 19 e 20/11, às 17h,no Teatro Celina Queiroz. Ingressos:R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia).

tem de respeitar as opiniões alheias.Os outros animais também admitem abobagem cometida. “A peça é lúdica e éadaptada no mundo inteiro. Ela é ricade componentes populares e elemen-tos clássicos. E é interessante observarque, como não existe um vilão propria-mente dito, as crianças não ficam commedo e não tomam susto”, acrescenta adiretora Kelva Cristina, que tambémassina a autoria dos textos e a produção.

Arte para ser exibida, ser apreciada,emocionar e fazer pensar. Arte como crí-tica social e também para embelezar oambiente. As possibilidades são as maisdiversas, e você está convidado a partici-par. A XVI Unifor Plástica começa no dia20 deste mês e vai até 18 de dezembro.

Com o tema Educação pela Arte, são131 obras selecionadas de um total de 415trabalhos inscritos, um recorde no even-to. As obras são em sua maioria de cea-renses, mas artistas de outros nove esta-dos também expõem na mostra. São 80participantes ao total. A seleção das obrasfoi feita pela comissão julgadora com vastoconhecimento no campo das artes: JoãoCândido Portinari, João Alegria, CelinaQueiroz, Carlos Velázquez e Heriberto Re-bouças. Caberá à comissão também elegere premiar os cinco melhores trabalhos.

Os três primeiros lugares serão pre-miados com uma viagem à Bienal de Ve-neza e ajuda de custo no valor de 2 mileuros. Já o quarto e o quinto lugares ga-nham passagem aérea para visitar a Bienaldo Mercosul e ajuda de custo no valor de1.500 reais. Ir à Bienal de Veneza, segundoo artista plástico e professor universitárioPablo Manyé, é “tomar conhecimento efazer parte de uma reflexão do que estáacontecendo no meio artístico de primeiralinha, e é ter um panorama da artecontemporânea no mundo”. Pablo está àfrente da curadoria da XVI Unifor Plástica.Ele faz parte da Fundação Arte e Vida,através da qual já foi curador de mostrasem Portugal, Espanha, França e EUA.

EXPERIÊNCIASara Nina, que já ganhou uma edição

da Unifor Plástica, destaca que a mostraé um incentivo à arte em si. “Eu era beminiciante. O ganho de participar foi muitogrande. Recebi convites de algumas gale-rias e houve também o reconhecimentoacadêmico porque a minha arte faziaparte de uma pesquisa acadêmica sobre arepresentação de gêneros através dagravura”, acrescenta.

Francisco de Almeida está com a xilo-gravura “Altar da luz” inscrita na mostra.É um artista plástico experiente, comobras expostas em vários espaços cultu-rais do Brasil. “Fico feliz de estar concor-rendo a um prêmio que eu ainda nãotenho. A Unifor está contribuindo para asartes visuais do estado”, avalia. Já AnaCristina Mendes está com dois trabalhosinscritos: o videoinstalação “Stultiferanavis” e o vídeo “Manual de identificação”.Esta é a quarta vez que a artista plásticaparticipa do evento. “É uma mostra quevaloriza a arte cearense, que une váriaslinguagens e que não cria privilégios. Elase abre para artistas conceituados e tam-bém para estudantes. O tempo de expo-sição das obras é grande. É um momentode encontro entre artistas também. Euacho muito bacana”, declara.

XVI Unifor PlásticaA mostra chega à sua 16ª edição com número recordede inscrição de trabalhos. Ao todo, 80 artistas locais ede outros nove estados expõem 131 obras e concorrema prêmios. O evento visa fomentar a arte e oferecer ummomento cultural diversificado ao público em geral.

XVI Unifor PlásticaDe 20/10 a 18/12 de 2011, no EspaçoCultural Unifor. De terça a sexta, das10h às 20h; sábados e domingos, das10 às 18h. O evento é aberto ao público.Entrada gratuita.

| OUTUBRO 2011

Div

ulg

açã

oD

ivu

lga

ção

Leo

And

rade