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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia Aline Lopes Jackeline Michele Pereira Raphaela Tremeschin Melo Viveiros INTERFERÊNCIA DOS MARCADORES LOCAIS E SISTÊMICOS DA DPOC NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES Lins-SP 2008

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Fisioterapia

Aline Lopes

Jackeline Michele Pereira

Raphaela Tremeschin Melo Viveiros

INTERFERÊNCIA DOS MARCADORES LOCAIS E SISTÊMICOS DA DPOC

NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES

Lins-SP

2008

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ALINE LOPES

JACKELINE MICHELE PEREIRA

RAPHAELA TREMESCHIN MELO VIVEIROS

INTERFERÊNCIA DOS MARCADORES LOCAIS E SISTÊMICOS DA DPOC

NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, sob a Orientação da professora Dra. Márcia Maria Faganello Mitsuya e orientação técnica da Profª especialista Ana Beatriz Lima.

Lins-SP

2008

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Lopes, Aline; Pereira, Jackeline Michele; Viveiros, Raphaela Tremeschin Melo L85i Interferência dos marcadores locais e sistêmicos da DPOC na

qualidade de vida dos pacientes / Aline Lopes, Jackeline Michele Pereira, Raphaela Tremeschin Melo Viveiros. Lins, 2008

47p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2008

Orientadores: Márcia Maria Faganello Mitsuya; Ana Beatriz Lima

1. Fisioterapia. 2. DPOC. 3. Qualidade de Vida. 4. Reabilitação Pulmonar. I Título.

CDU 615.8

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ALINE LOPES JACKELINE MICHELE PEREIRA

RAPHAELA TREMESCHIN MELO VIVEIROS

INTERFERÊNCIA DOS MARCADORES LOCAIS E SISTÊMICOS DA DPOC NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium para obtenção do título Bacharel em Fisioterapia.

Aprovada em _____/_____/_____.

Banca examinadora:

Profª Orientadora: Márcia Maria Faganello Mitsuya Titulação: Doutora em Fisiopatologia em Clínica Médica da Universidade Estadual Paulista (UNESP) em Botucatu.

Assinatura:______________________________

1º Prof (a): _____________________________________________________________ Titulação: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Assinatura:________________________________________

2º Prof (a): _____________________________________________________________ Titulação: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Assinatura:________________________________________

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus. Obrigada senhor por estar sempre comigo nas horas mais difíceis e por ter me

dado força para continuar nos momentos em que pensei em desistir, obrigada pela vida que me destes, pela minha família e por tudo que consegui nesta caminhada, pois sem você jamais teria conseguido.

A minha mãe Rosa e minha Avó Conceição Dedico este trabalho a vocês que estiveram sempre ao meu lado me apoiando

quando eu mais precisei, a vocês que não mediram esforços para eu conseguir chegar ate aqui, espero que um dia possa retribuir todo amor e dedicação que vocês tiveram comigo. Vó, obrigado por suas orações que tanto me ajudaram nessa conquista, e mãe, gostaria que soubesse que me orgulho muito de ser sua filha. Amo muito vocês, Obrigada por tudo!!!!

Ao meu Avô( em memória) A você vô que mesmo não estando mais presente entre nòs ainda é muito

importante em minha vida, pois sei que a onde estiver sempre estará olhando por mim, saiba que jamais te esquecerei . Te amo muito!!!

Ao meu noivo Fabiano Obrigada por fazer parte da minha vida, por estar sempre ao meu lado

principalmente nos momentos em que mais precisei, obrigada por não me deixar desistir diante das dificuldades, pela sua paciência nos momentos de estresses(que não foram poucos), você é muito importante em minha vida. Te amo muito!!!!!

Ao meu irmão Daniel Dani quero que saiba que você é muito especial para mim, e que apesar da

distancia você pode contar comigo sempre que precisar. Te amo!!!

Aos meus tios Nadir e Cláudio Dedico este trabalho a vocês que me viram crescer e estiveram sempre presentes

em minha vida, obrigada pela atenção e o carinho que vocês dedicaram a mim, pois sem a ajuda de vocês hoje eu não estaria aqui, que Deus lhes abençoe e retribua em dobro tudo que fizeram por mim. Amo vocês!!!

A minha tia Maria Que mesmo de longe contribuiu para que eu pudesse chegar até aqui, obrigada

por tudo e que Deus te abençoe!!!

As minhas primas Francely, Francine, Francislene e Roberta Obrigada pelo apoio, pela compreensão e carinho dedicados a mim, vocês são

pessoas muito especiais. Amo muito vocês!!!

As minhas parceiras Jack e Rapha Foi muito bom conviver esses quatro anos com vocês, obrigada por fazerem

parte de um momento tão importante em minha vida. Adoro vocês!!!

Aline Lopes

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DEDICATÓRIA

Deus: Que me deu uma oportunidade única, me deu forças para suportar cada dia, cada

minuto, me deu alegrias incontáveis, momentos inexplicáveis, me protegeu por todo esse tempo, que colocou pessoas certas nos momentos certos, que me amou incondicionalmente, mesmo eu não retribuindo-o de forma merecida. Que me fez e me faz acreditar que tudo é possível.

Ao meu Pai João Antonio : Pessoa que mais amo nessa terra, minha inspiração, minha razão de viver, meu local

seguro, agradeço a cada ensinamento, a cada briga, a cada minuto seu preocupado comigo. Você é meu herói, nunca esquecerei tudo que fez por mim. TE AMO...

Meus irmãos: Carol, Pam e Asheley; me deram forças para sair de casa, estudar, riram comigo...

choraram a cada despedida, fizeram contagens regressivas para esperar por cada volta.... Lembrem-se... esse sonho não é só meu... É Nosso!!!

República Bacatão: Foram os dois anos mais felizes da minha vida!!! Pessoas maravilhosas que ficarão

guardadas para o resto da minha vida em meu coração... Antônio João, Maurício, Bruninha, Francielle, Susana.... Saudades imensas desse tempo... Desejo à vocês muita sorte... Não esquecendo dos agregados.

Amigos: Tomilli, Leandro, Alex (cunhado), Bruno, Nayara, Lucas, Neto; vocês fazem parte da

minha vida e são muito importante para mim!!!!!!

Amigos de sala: Sentirei saudades das conversas jogadas fora.. das bagunças no rancho... dos foras da

Loka... do estresse da Jatobá... dos conselhos da Tata... do Murilo .. e Paula me batendo irritando... da Japa (Gabú) chorando comigo (Mudaram as estações...) dos bafões com a Thainá.( falta de energia... queda de moto).. das correrias da monografia (Rapha e Aline)... da Carol.. eterna parceirinha... da Mari brigando comigo... da Simone... Mê; e também dos que acabaram saindo : Gabi Canatta e Túlio... Vocês podem ter a certeza que ficarão sempre nas minhas recordações...

Parceiras de TCC: Nunca vou esquecer os sufocos para que este trabalho pudesse ser concluído. As brigas

com a Aline ( a gente sempre acaba se entendendo), com os bafos com a Rapha, (nossa e quantos), saiba que agradeço a Deus por vocês terem participado comigo para a realização deste trabalho, não poderia ter sido melhor, e podem acreditar, sentirei saudades, me perdoem por qualquer coisa pois afinal a UNIÃO FAZ A FORÇA!!!!!

Amigos de Lins Quatro anos mudaram completamente a minha vida, cada pessoa que conheci aqui em

Lins me ensinou alguma coisa, dar valor nas coisas realmente importantes. Descobri que nada que é feito com amor é sem valor, tem sempre alguém precisando de ajuda. Dedico este trabalho a todos os amigos de Lins que me ajudaram a vencer a saudade, e a realizar este sonho!!!!

Jackeline Michele Pereira

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DEDICATÓRIA

Algumas pessoas marcam a nossa vida para sempre... umas porque vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projeto de sonhos e outras ainda porque nos desafiam a construí-los.

Dedico... aos meus pais, Wagner e Angélica. A vocês que são em minha vida, meu alicerce. Que me deram estrutura

moral, me deram oportunidade de ser feliz. Agradeço a vocês que souberam me encorajar diante das dificuldades nesta caminhada em busca do futuro e do conhecimento. Não importa as armadilhas que foram colocadas em meu caminho, vocês sempre foram a chave para desarmá-las. Num mundo cheio de incertezas... vocês são as exceções. Amo vocês.. obrigada por tudo!!

...a minha irmã, Tayana. Ontem corríamos na rua, hoje corremos cada uma com a sua vida. Ontem

apanhávamos de cinta, hoje apanhamos da vida. Ontem sonhávamos com o futuro, hoje cada uma constrói sua estrada. Sou muito orgulhosa de você!! Espero que seu sonho se realize assim como o meu está se concretizando. Saiba que poderá contar sempre comigo, assim como eu tenho certeza que poderei sempre contar com você! Um Beijo..

...ao meu namorado, Matheus. Não esperava quando Deus colocou o melhor de seus anjos ao meu lado,

aonde com ele veio o amor mais puro e incomum, trazendo também companheirismo, paciência, atenção, carinho, incentivo, força e segurança. Obrigada por fazer parte da minha vida, por estar ao meu lado tanto nos momentos alegres como também nos de tristeza. Amo você!

...a minha avó, Toninha. Minha grande paixão... sempre junto comigo...desde os meus primeiros

dias, os meus primeiros choros. Você é um anjo que reza por mim todas as noites. Agradeço a você que também me encorajou, me apoiou e incentivou para que realizasse esse sonho. Beijos...

...as minhas parceiras, Jack e Aline. Meninas, quero dizer que foi muito bom fazer esse trabalho com vocês. Que os nossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos que as

grandes proezas da história foram conquistas do que se parecia impossível (Charlie Chaplin). Boa sorte pra vocês!!

Raphaela Tremeschin Melo Viveiros

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AGRADECIMENTOS

A nossa orientadora Márcia Desde o começo sabíamos que ia ser você. Desde os primeiros contatos nos

passou muita segurança e confiança. Não tinha como ser diferente, além de ser uma profissional extremamente competente é um exemplo de pessoa. Obrigada pela orientação, pelo apoio, incentivo e pelas broncas que foram fundamentais para nosso amadurecimento.

Aos nossos pacientes Quantas vezes fomos colocadas diante de vocês e sem saber, vocês foram

fundamentais para nossa formação e aprendizado. Quantas vezes confiaram em nós confidenciando problemas pessoais. Vocês foram fontes fundamentais para nosso trabalho. Sentimos muito pelas perdas que ocorreram durante o trabalho!!!!

Dr. Maurício Galhardo e Bruna Rubi Pelas informações cedidas, e pela ajuda com os testes, Obrigada por tudo!!!

Bia Por nos ensinar o caminho de um trabalho bem sucedido e pela atenção e tempo

dedicado a nós !!!

Bruna Mara , Bruna Carolina, Heitor, Urbano, Ana Paula, Everton Obrigada por muitas vezes segurarem a barra sozinhos, sem vocês certamente

este trabalho não seria concluído. Eternos Agradecimentos!!!!!

Aline, Jack e Rapha

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Resumo

Existem aproximadamente 7,5 milhões de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), sendo que até 2020 esta doença será a terceira causa mundial de morte e quinta causa de incapacidade mundial. A DPOC tem como característica limitação crônica e progressiva do fluxo aéreo, tosse, dispnéia e expectoração crônica. É uma doença sistêmica sendo necessário o estudo de outras alterações nos pacientes, como o índice de massa corporal (IMC), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), sensação de dispnéia e capacidade de exercício. Esses quatro itens compõem o índice BODE (B: body mass index; O: obstruction airways; D: dyspnea; E: exercise capacity), considerado um indicador de morbi-mortalidade da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar a interferência de marcadores locais e sistêmicos da DPOC na qualidade de vida dos pacientes. Foram avaliados 16 pacientes participantes do Programa de Reabilitação Pulmonar, cuja análise da qualidade de vida foi realizada por meio dos questionários Short form

36, e Airways Questionnaire 20 (AQ20). Outras variáveis como a idade, sensação de dispnéia, força muscular periférica (dinamometria), distância percorrida em 6 minutos, estado nutricional (IMC), estadiamento da doença (espirometria) e comorbidades associadas (índice de Charlson), também foram avaliadas e correlacionadas com a qualidade de vida. Pacientes com idade mais avançadas, maior sensação de dispnéia e maior número de comorbidades associadas tiveram maior prejuízo na qualidade de vida.

Palavras-chave: Fisioterapia, DPOC, Qualidade de Vida, Comorbidades.

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ABSTRACT

There are approximately 7,5 million holder the chronic obstructive lung disease (COPD), considering that until 2020 this disease will be the third cause world of death and the fifth cause of incapacity world. The COPD has as characteristics chronical and progressive limitation of the aerial flux, cough, dyspnea and chronical expectoration. It is a systematic disease being necessary the study of other changes on patients, like the index of body mass, the volume of exhalation forced in the first second, the sensation of dyspnea and the exercise capacity (BODE index components). These four items compose the BODE index (Body mass index, Obstruction airways, dyspnea, exercise capacity), considering an indicator of the diseases death rate. The objective of this study was to evaluate the interference of local and systematic markers of COPD in the patients quality of life. Sixteen patients who participate on the Lung Rehabilitation s Program were evatuated, which analyses of life s quality was achieved by the Short form Questionary

36, and the Airways Questionnaire 20. Some other variables like age, sensation of dyspnea, the peripheric muscles strength, the distance run in 6 minutes, nutritional state, showed the extension of disease and Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease and comorbities associated (Charlson Index), were also evaluated and co-related with life s quality ). Elderly patients, with higher sensation of dyspnea and the major number of comorbities associated, had the higher losses in the life s quality.

Keywords: Physiotherapy, COPD, Quality of Life, Comorbities.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Estadiamento da DPOC...................................................................16

Quadro 2: Classificação nutricional de adultos de acordo com o índice de

massa corporal..................................................................................................21

Quadro 3: Classificação nutricional de idosos de acordo com o índice de massa

corporal.............................................................................................................21

Quadro 4: Valores de referência para o cálculo do índice BODE....................22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dados demográficos de pacientes avaliados e suas respectivas

médias e desvio padrão...................................................................................24

Tabela 2: Valores de média e desvio padrão dos questionário de qualidade de

vida avaliados...................................................................................................24

Tabela 3: Valores de correlação de Pearson das variáveis correlacionadas com

qualidade vida...................................................................................................26

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LISTA DE SIGLAS

AQ20 - Airways Questionnaire 20

ATS - American Thoracic Society

BDI - Basal Dispnea Index

BODE - Body mass index, Obstruction, Dyspnea, Exercice capacity

CVF Capacidade vital forçada

DP6 - Distância percorrida em 6 minutos

f - Freqüência respiratória

FC - Freqüência cardíaca

PA Pressão arterial

GOLD - Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease

IMC - Índice de massa corporal

IL8 - Interleucina 8

LAEF - Laboratório de avaliação de esforço físico.

LTB4 - Leucotrieno B 4

MD - Mão dominante

MMRC - Medical Research Council Modificado

OMS - Organização Mundial de Saúde

PRP - Programa de reabilitação pulmonar

SF - 36 Short form-36

SPO2 Saturação de pulso de oxigênio

TNF

Fator de NecroseTumoral Alfa

VEF1 - Volume expiratório forçado no primeiro segundo

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................. 13

1 CONCEITOS PRELIMINARES..............................................................15

1.1 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ...................................................15

1.2 Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1).....................16

1.3 Dispnéia..................................................................................................17

1.4 Depleção Nutricional...............................................................................17

1.5 Tolerância ao Exercício..........................................................................17

1.6 Comorbidades ........................................................................................18

1.7 Reabilitação Pulmonar............................................................................18

2 O EXPERIMENTO...................................................................................18

2.1 Material e métodos..................................................................................18

2.1.1 Material....................................................................................................18

2.1.2 Métodos...................................................................................................19

2.1.3 Medical Research Council Modificado (MMRC).......................................19

2.1.4 Basal Dyspnea Index (BDI).....................................................................20

2.1.5 Distância Percorrida em 6 minutos (DP6)................................................20

2.1.6 Short Form - 36 (SF36)...........................................................................20

2.1.7 Índice de Massa Corporal (IMC)..............................................................21

2.1.8 Dinamometria...........................................................................................22

2.1.9 Índice BODE............................................................................................22

2.1.10 Índice de Comorbidade de Charlson.....................................................22

2.1.11 Airways Questionnaire 20 (AQ20).........................................................23

2.2 Resultados..............................................................................................23

2.3 Discussão...............................................................................................26

2.4 Conclusão..............................................................................................30

REFERÊNCIAS................................................................................................31

APÊNDICE.......................................................................................................35

ANEXOS...........................................................................................................37

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INTRODUÇÃO

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) será a terceira principal

causa de morte e a quinta causa de incapacidade em todo o mundo até 2020.

(LOPEZ; MURRAY, 1998). Entretanto, em indivíduos acima de 40 anos de

idade, a DPOC é considerada a quinta maior causa de morte no Brasil

(PRADO; RAMOS; DO VALE, 2005).

Existem aproximadamente 7,5 milhões de portadores de DPOC de

acordo com a Sociedade Brasileira de Tisiologia e Pneumologia (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2000). A Organização

Mundial de Saúde (OMS), afirma que a prevalência de DPOC está

aumentando, tornando-se um grande desafio para a assistência médica

futuramente e constituindo-se um grave problema de saúde pública (SILVA,

2001).

A DPOC é caracterizada pela limitação crônica e progressiva do fluxo

aéreo não totalmente reversível associada à resposta inflamatórias anormal

dos pulmões à inalação de partículas e gases tóxicos (PAUWELS, 2001).

Possui como característica manifestações clínicas inespecíficas e variáveis;

incluindo principalmente, tosse, expectoração crônica e dispnéia (SILVA, 2001).

A dispnéia é o sintoma mais importante em pacientes com DPOC e um

dos fatores que interferem na qualidade de vida. É uma sensação subjetiva de

desconforto respiratório que varia de acordo com a intensidade, fatores

psicológicos, sociais, ambientais e fisiológicos (ATS, 1999).

A DPOC é uma doença sistêmica sendo necessário acompanhar outras

alterações nos pacientes, como o índice de massa corporal (IMC), o grau de

obstrução do fluxo aéreo com o VEF1 (volume expiratório forçado no primeiro

segundo), dispnéia e a capacidade de exercício. Esses quatro fatores juntos

compõem o Índice BODE (B: body mass index; O: obstruction airways; D:

dyspnea; E: exercise capacity), considerado melhor indicador de morbi-

mortalidade em pacientes com DPOC (CELLI et al., 2004).

Levando-se em consideração a influência desses múltiplos fatores, o

objetivo geral desse estudo foi avaliar a interferência dos marcadores locais e

sistêmicos da DPOC na qualidade de vida dos pacientes.

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Definir a qualidade de vida é complexo, principalmente pela sua alta

subjetividade; porém a qualidade de vida está relacionada como a satisfação

diante situações consideradas importantes tendo relação entre o que se tem

como meta e o que é alcançado (AMERICAN THORACIC SOCIETY, 1999).

Esta pesquisa se propõe a uma investigação na área de Pneumologia,

com o intuito de avaliar a interferência dos marcadores locais e sistêmicos na

qualidade de vida de portadores de DPOC que participam do Programa de

Reabilitação Pulmonar no Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium.

Este estudo será norteado pelo seguinte problema:

De que maneira a os marcadores locais e sistêmicos interferem na

qualidade de vida de portadores de DPOC?

Segundo Hajiro et al., (1999), a dispnéia e a limitação ao fluxo aéreo são

indicadores importantes na qualidade de vida em portadores de DPOC. A

dispnéia é um sintoma relacionado à limitação de atividades físicas e sociais;

sendo indicador de grande mortalidade (GOMES et al., 2006). A limitação do

fluxo aéreo é mensurada por meio da espirometria, que aponta uma diminuição

do volume expiratório forçado no primeiro segundo, sendo que valores baixos

de VEF1 permitem classificar a doença de acordo com a gravidade. Os valor de

VEF1 é diretamente proporcional ao mau prognóstico da doença (SILVA, 2001).

De acordo com o GOLD 2006 (Global Initiative for Chronic Obstructive

Lung Disease) o estadiamento da doença varia de 0 à IV, com denominações

de pacientes em risco, DPOC leve, DPOC moderada, DPOC grave, e DPOC

muito grave.

O déficit nutricional é comum em portadores de DPOC, alterando a

função músculo esquelética (FERREIRA et al., 2001). Pacientes com perda de

peso, além do déficit nutricional desenvolvem maior intensidade de dispnéia

quando comparado à pacientes sem alteração de massa corporal, mesmo com

limitação de fluxo aéreo semelhante (SAHEBJAMI et al., 1993). Reduções do

peso corporal abaixo de 90% do peso total, e baixos valores de IMC são

considerados, independente da gravidade da doença, como fatores

prognósticos negativos (RODRIGUES, 2003).

A perda de massa magra corporal pode trazer como conseqüências

disfunções musculares periféricas e diminuição da capacidade para realizar

exercícios prejudicando a qualidade de vida (MARQUIS et al., 2002). A

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capacidade de exercício é fator importante em portadores de DPOC, pois

normalmente está alterada, com déficit funcional, sendo um importante

indicador da morbidade e mortalidade (RODRIGUES, 2003). Uma menor

dificuldade em realizar atividades físicas diária está diretamente ligada ao

melhor desempenho na distância percorrida em 6 minutos (DP6) (DOURADO

et al., 2004). As manifestações sistêmicas da DPOC e a limitação ventilatória

são refletidas na DP6, sendo que a distância e o tempo caminhado

correlacionam-se com a sobrevida e mudanças espirométricas desses

pacientes (FREITAS; PEREIRA; VIEGAS, 2007).

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

A DPOC é definida como uma obstrução crônica ao fluxo aéreo que não

é totalmente reversível, sendo esta uma doença respiratória prevenível e

tratável. (DOURADO et al., 2006).

A patogênese da DPOC se apresenta por inflamação crônica pulmonar

(vias aéreas, parênquima e vasculatura pulmonar), com o aumento do número

de macrófagos, linfócitos T e neutrófilos em várias partes dos pulmões. Ocorre

também ativação de várias células inflamatórias, liberando mediadores

Leucotrieno B4 (LTB4), Interleucina (IL8), Fator de Necrose Tumoral

(TNF ),

que, consequentemente, lesam as estruturas pulmonares, mantendo a

inflamação. Há também um desequilíbrio entre protease e anti-protease e o

estresse oxidativo, contribuindo ainda mais para o aparecimento das lesões

pulmonares (RODRIGUES, 2003).

O diagnóstico clínico da DPOC leva em consideração qualquer paciente

com tosse produtiva e crônica, dispnéia e exposição a fatores de risco. Esse

diagnóstico é confirmado pela espirometria, com resposta pós broncodilatador

de VEF1 / CVF < 0,70 e VEF1 < 80% (GOLD, 2006).

O tabagismo é considerado o principal fator de risco, responsável por

cerca de 90% dos casos, entretanto, outros fatores também são importantes,

como: idade, gênero e fatores sócio-econômicos (SILVA, 2001).

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Os sinais crônicos da DPOC são: dispnéia, sibilos, tosse, expectoração

e intolerância ao exercício associada à depressão e ansiedade, sendo estes

responsáveis por prejuízo na qualidade de vida (JONES, 2001).

A DPOC apresenta-se com manifestações sistêmicas, incluindo

depleção nutricional, disfunção músculo esquelética com conseqüente

intolerância ao exercício e manifestações relacionadas à comorbidades

(DOURADO et al., 2006).

1.2 Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1)

Jardim; Oliveira; Nascimento, (2006) afirmam que o VEF1 é considerado

um marcador de fácil disponibilidade e altamente reprodutível.

Um valor de VEF1 pós-broncodilatador menor que 80% em combinação

com o VEF1 /CVF menor que 0,70 confirma o diagnóstico de DPOC.

(RODRIGUES, 2003).

Segundo GOLD (2006) a DPOC é classificada de acordo com o quadro

abaixo:

Quadro 1: Estadiamento da DPOC.

Estádio Denominação Características

0 Em risco Caracterizada por tosse crônica e

produção de escarro, com espirometria

dentro dos limites normais.

I DPOC leve VEF1 /CVF < 0,70

VEF1

80% do previsto

II DPOC moderado VEF1 / CVF < 0,70

50% VEF1 <80% do previsto

III DPOC grave VEF1 /CVF <0.70

30% VEF1 <50% do previsto

IV DPOC muito grave VEF1 < 30% do predito, ou presença de

insuficiência respiratória ou sinais

clínicos de insuficiência cardíaca direita

Fonte: GOLD, 2006.

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Segundo Celli et al., (2004) o VEF1 é indispensável para o diagnóstico e

análise da gravidade da doença, considerado um bom marcador de progressão

da doença e mortalidade.

1.3 Dispnéia

Dispnéia é definida como desconforto respiratório com sensações

distintas, com intensidade variável associado a fatores psicológicos,

fisiológicos, sociais e ambientais (ATS, 1999).

De acordo com GOLD 2006, a dispnéia é progressiva, geralmente piora

com exercício e está presente durante atividades diárias. A dispnéia

geralmente é secundária à desnutrição e está diretamente ligada à capacidade

de realizar exercícios e deteriorização da qualidade de vida.

1.4 Depleção Nutricional

A depleção nutricional é observada em pacientes portadores de DPOC.

Mesmo com várias etiologias propostas, os mecanismos envolvidos ainda não

estão totalmente esclarecidos (WOUTERS, 2000).

A composição corporal é um importante fator extra-pulmonar, regulador

do risco de limitação funcional (EISNER et al., 2007). Diminuição da massa

magra do corpo tem se associado com o aumento de mortalidade e prejuízo na

qualidade de vida (LANDBO et al., 1999).

1.5 Tolerância ao Exercício

O paciente portador de DPOC pode ter redução importante de sua

capacidade de exercício, sendo conseqüência de vários fatores, como:

hiperinsuflação pulmonar e aumento do metabolismo muscular glicolítico. O

descondicionamento físico é progressivo e associado á inatividade. (MARIN,

2001).

A fraqueza muscular periférica é comum em portadores de DPOC

(RODRIGUES, 2003). Estudos mostram que a capacidade de realizar

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exercícios está relacionada diretamente com a qualidade de vida dos pacientes

portadores de DPOC (TSUKINO, 1996).

1.6 Comorbidades

As comorbidades são doenças que podem acometer gravemente

pacientes com uma doença crônica instalada. As principais comorbidades são:

anomalias músculo esqueléticas, depleção nutricional, infarto, angina,

infecções respiratórias, diabetes, depressão, câncer, anemia, fraturas ósseas

(GOLD, 2006).

De acordo com Charlson (1994), quanto maior a quantidade de doenças

associadas à DPOC, o risco de morte aumenta concomitantemente em 6

vezes.

1.7 Reabilitação Pulmonar

A Reabilitação Pulmonar é um programa multiprofissional de cuidados a

pacientes com disfunção respiratória crônica, que engloba tratamento

farmacológico, nutricional e fisioterapêutico, além de recondicionamento físico

e apoio psicossocial. (ZAMBONI, 2006).

Os principais objetivos da Reabilitação Pulmonar são a redução dos

sintomas, redução de perda funcional, melhora de atividades físicas e sociais,

melhorando, consequentemente, a qualidade de vida. (RODRIGUES, 2003).

2 O EXPERIMENTO

2.1 Material e Métodos

2.1.1 Material

Foram avaliados 16 pacientes de ambos os gêneros portadores de

DPOC em estadiamento I, II, III e IV da doença.

O presente estudo foi realizado na quadra poliesportiva do Centro

Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins (Unisalesiano), 2 vezes por

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semana, no período matutino das 8:00 ás 9:00 de Fevereiro à Julho de 2008,

durante o Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP), onde foram avaliadas as

seguintes variáveis: qualidade de vida, sensação de dispnéia, força muscular

periférica (membros superiores) e estado nutricional.

Foram utilizados 2 cones para marcar um trajeto de 30 metros para

realização do TC6, dinamômetro da marca Jamar Bolenglrook IL 60440 para

mensuração de força muscular periférica, oxímetro digital portátil (Onyx) para a

monitoração da saturação periférica de oxigênio (SpO2), esfigmomanômetro da

marca Premium tamanho adulto (23 - 28 cm), estestocópio (Premium) e

cronômetro digital (Apalding).

2.1.2 Métodos

Os 16 pacientes foram avaliados através de questionários de Qualidade

de Vida Short Form - 36 (SF36) e Airways Questionnaire 20. Outros

questionários foram utilizados para avaliar a interferência dos marcadores

locais e sistêmicos da DPOC..

Para avaliar a intensidade da dispnéia, foram utilizados a escala Medical

Research Council Modificado (MMRC) e o Basal Dyspnea Index (BDI). Para a

análise das comorbidades foi utilizado o Índice de Comorbidade de Charlson.

Para verificar a capacidade de exercício foi utilizado o teste de distância

percorrida em 6 minutos (DP6). Para verificar a força de músculos periféricos

foi utilizado a dinamometria.

O Índice de massa corporal (IMC) foi avaliado no Laboratório de

Avaliação do Esforço Físico (LAEF) onde foi mensurado a estatura e peso

corporal.

A espirometria foi verificada pelo médico Pneumologista do PRP, para o

diagnóstico e estadiamento da doença.

Após a coleta destes dados, utilizou-se o índice BODE, que tem sido

indicador de morbi-mortalidade em vários estudos em portadores de DPOC.

2.1.3 Medical Research Council Modificado (MMRC)

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A escala de dispnéia MMRC é utilizada para estabelecer a intensidade

da dispnéia na vida diária do paciente. É uma escala de 5 pontos (0-4)

baseando-se nos graus das diferentes atividades que levam à falta de ar,

variando entre 0 (o paciente não se sente incomodado com a falta de ar a não

ser quando submetido a exercícios vigorosos) a 4 (o paciente sente muita

falta de ar ao sair de casa e até mesmo nos mínimos esforços). Quanto maior o

valor numérico da escala, relatado pelo paciente, maior a sensação de dispnéia

(MAHLER; WELLS, 1988).

2.1.4 Basal Dyspnea Index (BDI)

Esta escala é composta por 3 domínios que avaliam a sensação de

dispnéia: a incapacidade funcional, magnitude da tarefa e magnitude do

esforço. Cada um desses componentes avaliados varia em uma pontuação de

0 a 4. Um escore mais elevado representa melhor desempenho quanto aos

sintomas. O escore total (zero a doze) foi obtido somando-se os escores dos

três domínios (MAHLER et al., 1984).

2.1.5 Distância Percorrida em 6 minutos (DP6)

Este teste foi realizado de acordo com os critérios da ATS (2002) onde o

paciente caminhou por 6 minutos em um corredor de 30 metros, com incentivo

verbal padronizado do avaliador. Antes e após o teste foram mensuradas a

saturação periférica de oxigênio (SpO2), pressão arterial (PA), freqüência

cardíaca (FC) e freqüência respiratória (f), escala de Borg para dispnéia e

cansaço em membros inferiores. Ao final do teste foi mensurada a distância

percorrida em metros

2.1.6 Short Form - 36 (SF36)

A qualidade de vida foi avaliada pelo SF-36. É um instrumento genérico

com oito domínios de abordagem, cinco dessas (capacidade funcional,

aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade) definem qualidade de

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vida como ausência de limitação com escore de 100 pontos, indica um paciente

sem problemas de saúde. As outras três áreas (saúde mental, aspectos sociais

e aspectos emocionais) são bipolares e medem o estado positivo ou negativo

com relação à vida; para essas três áreas um escore de 50 a 100 indica

ausência de disfunção com um estado positivo de saúde (CICONELLI et al.,

1999).

2.1.7 Índice de Massa Corporal (IMC)

O IMC é um índice fácil, prático e de grande importância, pois um estado

nutricional comprometido pode interferir diretamente ao progresso da doença.

Foi calculado por meio da fórmula clássica de Quetelet, da seguinte forma:

(IMC = peso [Kg] / estatura [m2] ).

A classificação utilizada segue a indicação da OMS (WHO, 1997) para

adultos até 60 anos (quadro 02).

Quadro 2: Classificação nutricional de adultos de acordo com o IMC

Classificação Nutricional IMC

Magreza 18,5

Eutrofia >18,6<24,9

Pré-obesidade >25<29,9

Obesidade 30

Fonte: OMS / Who, 1997

A partir dessa idade é utilizada uma forma de classificação diferente,

proposta por (LIPSCHITZ, 1994) (quadro 03).

Quadro 3: Classificação Nutricional de idosos de acordo com IMC

Fonte: Lipschitz, 1994.

Classificação Nutricional IMC

Magreza 22 kg/ m2

Eutrofia 22<27 kg/ m2

Excesso de peso 27 kg/ m2

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2.1.8 Dinamometria

Com o uso de um dinamômetro foi estimada a força de preensão palmar

da mão dominante (MD). O paciente manteve-se em pé com o membro

superior avaliado em extensão de cúbito e flexão de ombro a 90º e antebraço

em posição neutra. Foram realizados três testes, sendo considerado o maior

valor das três mensurações (DOURADO et al., 2003).

2.1.9 Índice BODE

O índice BODE é simples de calcular, sendo um indicador de morbi-

mortalidade. As variáveis do índice são: VEF1, DP6, Escala de Dispnéia MMRC

e IMC. O escore total deste índice varia de zero a dez; quanto maior a

pontuação, pior o prognóstico (CELLI et al., 2004)

Quadro 4: Valores de referência para o cálculo do índice BODE:

Pontos no índice BODE

Variáveis 0 1 2 3

VEF1 (%) do predito 65 50-64 36-49 35

DP6 (m) 350 250-349 150-249

149

MMRC escala de dispnéia 0-1 2 3 4

IMC (Kg/m2) >21 21

Fonte: Celli et al ., 2004

2.1.10 Índice de Comorbidade de Charlson

O índice de Charlson é um índice de comorbidade, que utiliza condições

clínicas, anotadas como diagnósticos secundários para medir a gravidade da

doença e ponderar seu efeito sobre o prognóstico do paciente. Para cada

condição clínica, foi estabelecida uma pontuação com base no risco relativo.

Para cada patologia é dada uma pontuação. Para infarto do miocárdio,

insuficiência cardíaca, doença vascular periférica, doença cerebrovascular,

demência, doença pulmonar crônica, doença do tecido conjuntivo, úlcera

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péptica, doença do fígado (leve) e diabetes foi dada pontuação 1. Para

hemiplegia, doença renal (moderada a grave), diabetes com prejuízo orgânico,

tumor, leucemia e linfoma é dada a pontuação 2, e para doença do fígado

(moderada - grave) é dado 3 pontos, e 4 pontos para tumor sólido metastásico

ou síndrome da imunodeficiência adquirida. O escore total foi dado pela soma

das patologias e do fator idade, adicionando-se 1 ponto para cada década de

vida (CHARLSON et al., 1994).

2.1.11 Airways Questionnaire 20 (AQ20)

O AQ20 é um questionário rápido, usado para a análise do estado de

saúde e qualidade de vida em pacientes portadores de doenças obstrutivas das

vias aéreas, com 20 questões com respostas objetivas (Sim, Não e Não se

aplica) analisando o efeito da doença pulmonar na vida diária do paciente.

(CAMELIER et al., 2003)..

De acordo com Moura, (2005) cada resposta afirmativa corresponde a

cinco por cento, quanto maior o percentual de respostas afirmativas

respondidas, pior a qualidade de vida.

2.2 Resultados

Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética E Pesquisa (CEP),

Unisalesiano, protocolo número 101 e apresentação do termo de

consentimento foi realizado a pesquisa com um grupo de 16 pacientes de

ambos os gêneros sendo 13 homens e 3 mulheres. A qualidade de vida de

cada participante foi determinada a partir das análises das respostas de dois

questionários: o SF-36 e o AQ 20.

A pesquisa também levou em consideração outros parâmetros

englobando as variáveis espirométricas (VEF1, CVF,VEF1/CVF) o índice BODE,

a força muscular periférica (DP6 e dinamometria), idade, escalas de dispnéia

MMRC e BDI, IMC, estadiamento (GOLD) e índice de Comorbidade de

Charlson . Os principais dados obtidos estão apresentados na tabela 1.

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Tabela 1: Dados demográficos dos pacientes avaliados e suas respectivas

médias e desvio padrão.

Variáveis N = 16

Idade 73 ± 10,04

VEF 1 (%) 51,05 ± 19,27

CVF (%) 81,37 ± 21,66

VEF1 /CVF (%) 62,96 ± 19,36

GOLD (estadiamento ) 3 ± 1,11

IMC 23,0 ± 3,93

Dinamometria 35 ± 10,66

MMRC 2 ± 1,26

BDI 6 ± 3,4

DP6 417 ± 101,31

Índice BODE 2,68 ± 2,35

Índice Charlson 4,29 ± 0,98

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2008.

Para o estudo das correlações entre as variáveis e os questionários de

qualidade de vida, foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. Os

valores de media e desvios padrão encontrados estão apresentados na tabela

2 a seguir:

Tabela 2 : Valores de média e desvio padrão dos questionários de qualidade de

vida avaliados:

Questionários utilizados N = 16

AQ20 (%) 48,23 ± 21,57

SF-36

Capacidade funcional 48,52 ± 29,08

Aspectos físicos 79,41 ± 39,76

Dor 74,47 ± 27,93

Estado geral de saúde 64,35 ± 29,57

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Continuação

Vitalidade 65,29 ± 22,60

Aspectos sociais 88,28 ± 23,92

Aspectos emocionais 72,54 ± 44,46

Saúde mental 75,05 ± 18,30

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2008.

Os questionários AQ20 e SF- 36 foram analisados separadamente;

sendo os mesmos correlacionados com cada uma das variáveis coletadas.

Ao analisar o AQ20 com a variável idade, verificou-se que idades mais

avançadas indicam maior prejuízo na qualidade de vida. Ao se avaliar o AQ20

com a escala de dispnéia MMRC, obteve-se uma correlação positiva,

consequentemente, quanto maior a intensidade da dispnéia, maior o prejuízo

na qualidade de vida. Quando o AQ20 foi correlacionado com o BDI houve uma

correlação negativa, consequentemente, um número baixo de BDI equivale a

um maior prejuízo na qualidade de vida. Comparando o AQ20 com o índice de

Charlson obteve-se uma correlação negativa,ou seja, à medida que aumenta o

número de comorbidades, há respectivamente, um prejuízo na qualidade de

vida. Na análise do AQ20 com o índice BODE, observou-se que conforme o

índice BODE aumenta, a qualidade de vida é prejudicada . Ao correlacionar o

AQ20 com o estadiamento da doença (GOLD) verificou-se que a qualidade de

vida é mais prejudicada à medida que a gravidade da doença aumenta. Ao

analisar o AQ20 com a dinamometria, DP6 e com o IMC não houve alterações

significativas.

Ao analisar os 8 domínios do questionário SF-36 com a variável MMRC,

o domínio Capacidade Física obteve correlação negativa . O domínio Vitalidade

também obteve uma correlação negativa ao ser analisado com a mesma

variável, consequentemente, quanto maior do MMRC, menor a Capacidade

Física e Vitalidade dos pacientes. Os domínios Aspectos Físicos, Dor, Estado

Geral de Saúde, Aspectos Sociais, Aspectos Emocionais e Saúde Mental não

obtiveram nenhum resultado significativo.

Ao correlacionar todos os domínios com a variável BDI, o domínio

Capacidade Física, Estado Geral de e a Vitalidade tiveram uma significância

positiva apontando que um número elevado de BDI, equivale a uma melhora

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nesses 3 domínios. Os Domínios Saúde Mental, Aspectos Sociais, Aspectos

Emocionais, Dor e Aspectos Físicos não obtiveram valores significativos. Ao

analisar os domínios com o índice BODE, apenas o quesito vitalidade teve

valor estatisticamente significativo, mostrando que à medida que o índice

BODE aumenta, há um maior prejuízo na qualidade de vida. Ao analisar o SF-

36 com o GOLD, Idade, VEF1 (%), VEF1/CVF (%), dinamometria, DP6, IMC e

índice Charlson não houve alterações significativas. Estes dados estão

demonstrados na tabela 3.

Tabela 3: Valores de correlação de Pearson das variáveis correlacionadas

com qualidade vida:

Variáveis Valor de r Valor de p

AQ20

AQ20 x idade -0,56 0,02

AQ20 x MMRC 0,81 <0,01

AQ20 x BDI -0,87 <0,01

AQ20 x Índice Charlson -0,59 0,01

AQ20 x índice BODE 0,55 0,03

AQ20 x GOLD (estadiamento) 0,56 0,02

SF36

Capacidade Funcional x MMRC -0,61 <0,01

Vitalidade x MMRC -0,60 0,01

Capacidade Funcional x BDI 0,64 <0,01

Estado Geral de Saúde x BDI 0,58 0,01

Vitalidade x BDI 0,72 0,001

Vitalidade x índice BODE 0,61 0,01

Fonte: elaborado pelas autoras

2.3 Discussão

A qualidade de vida é a quantificação padronizada do impacto de uma

doença em atividades diárias básicas, assim como o bem estar do paciente

(JONES; QUIRK; BAVEYSTOCK, 1991). O uso de questionário-padrão para

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avaliar a qualidade de vida permite uma comparação objetiva de intervenções

realizadas em portadores de pneumopatias crônicas.

Comparando-se o grau de obstrução brônquica com o AQ20, no

presente estudo chegou-se a conclusão que a qualidade de vida é prejudicada

à medida que a gravidade da doença aumenta. Segundo Tsukino et al.,(1996)

a literatura afirma que o VEF1, assim como a VEF1/CVF apresentam apenas

pequenas correlações com indicadores de qualidade de vida. Os achados de

Sthal et al., (2005), mostraram resultados semelhantes com este estudo

analisando a associação de saúde e qualidade de vida com a gravidade da

doença com o uso de parâmetros diferentes de questionários, concluindo que o

VEF1 tem grande interferência na qualidade de vida.

Achados de Esteban et al., (2006); observou a importância do VEF1 no

diagnóstico e gravidade da DPOC, analisando-a como uma doença sistêmica e

possíveis interferências na qualidade de vida com uso de questionários

padronizados chegando à conclusão que nenhuma comorbidade influenciou

significativamente o resultado final.

No presente estudo não houve correlação entre IMC e qualidade de

vida, diferente do estudo de Landbo et al., (1999) que afirmaram que a

diminuição da massa magra corporal tem sido associada a menor capacidade

de exercício, aumento da mortalidade e prejuízo na qualidade de vida.

Segundo Dourado et al., (2004), isso pode ser explicado por possíveis

problemas metodológicos, como a difícil determinação das variáveis ideais para

caracterização do estado nutricional ou a pequena quantidade de amostra em

relação a grande quantidade de variáveis avaliadas.

Os achados de Mahler et al., (1992) observaram correlações

significativas entre indicadores de qualidade de vida e a capacidade de realizar

exercícios nos portadores de DPOC. Em estudo feito por Bernard et al., (1998)

chegaram a conclusão que pacientes com DPOC, ao serem comparados com o

grupo controle apresentam redução significativa de força de membro superior e

inferior. Quando analisamos o AQ20 e o SF-36 com as variáveis dinamometria

e DP6, elas não mostraram nenhuma interferência na qualidade de vida desses

pacientes. No trabalho de Moreira et al., (2001) verificou-se que a capacidade

de exercício melhora após PRP. Isso poderia explicar o motivo da ausência de

diferenças significativas; uma vez que os pacientes analisados nesse estudo

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fazem parte de um programa semanal de Reabilitação Pulmonar; cujo intuito

deste é promover melhoras na realização de atividades diárias, qualidade de

vida, condicionamento físico e dispnéia.

Com este estudo observou-se que o AQ20 indicou que idades mais

avançadas demonstram maior prejuízo na qualidade de vida. Entretanto este

resultado não foi encontrado no questionário SF36. Estudos de Sthal et al.,

(2005) afirmam que a variável idade quando comparada ao SF-36 possui

pouca influência na qualidade de vida.

Ao analisarmos o índice de comorbidade Charlson com o AQ20, o

presente estudo mostrou que à medida que o índice Charlson aumentou ,

houve um prejuízo na qualidade de vida. Já o SF-36 não interferiu

significativamente.

A Capacidade Funcional, Estado Geral de Saúde e Vitalidade (SF-36)

quando comparado com a variável BDI mostrou quanto maior o BDI, melhor a

qualidade de vida relacionado a estes 3 domínios. O presente estudo mostrou

que à medida que o escore do BDI aumenta, a qualidade de vida também

melhorou . Quando comparado com o AQ20 com o BDI, à medida que o BDI

diminuiu, houve maior prejuízo na qualidade de vida. Mahler et al., (2008) ao

estudar as avaliações clínicas da dispnéia, funções pulmonares fisiológicas e

estados geral de saúde em portadores de DPOC com o uso do BDI e VEF1;

chegou a conclusão que o BDI influencia na percepção do estado geral de

saúde, saúde mental, considerado preditor independente de funcionamento

físico e social.

No presente estudo o AQ20 e a variável MMRC mostraram que quanto

maior o MMRC, maior o prejuízo na qualidade de vida. Também houve

correlação interferência dos domínios Capacidade Funcional e Vitalidade (SF-

36) com o MRC e MMRC. Francés et al., (2008), estudou o impacto da

dispnéia na qualidade de vida e afirma que o MRC foi maior em pacientes

com doença grave. Com uso de diferentes questionários, Karapolat et al.,

(2008) estudou o efeito da dispnéia e variáveis clínicas na qualidade de vida e

capacidade funcional em portadores de DPOC e ICC separadamente,

chegando à conclusão que a dispnéia foi diretamente associada com o

componente físico do paciente.

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Comparando-se o AQ20 com o índice BODE indicou que quando o

escore deste índice aumentou, concomitantemente a qualidade de vida foi

prejudicada. O único domínio do SF-36 que teve correlação significativa

quando comparado ao BODE foi a Vitalidade. Estudos de Ong; Earnest; Lu,

(2005) afirmam que maiores comprometimentos locais e sistêmicos estão

presentes em paciente com o escore do índice BODE aumentados. Esse

mesmo resultado foi encontrado por Varela; Anido; Larrosa, (2006) que

avaliaram periodicamente 105 pacientes por 105 meses chegando à conclusão

que o escore mais alto do índice BODE , indicara maior prejuízo na qualidade

de vida.

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2.4 CONCLUSÃO

Este estudo demonstrou a interferência de alguns marcadores da

doença na qualidade de vida de pacientes portadores de DPOC.

A análise detalhada deste trabalho mostrou que paciente com idade

mais avançadas tem maior prejuízo na qualidade de vida. À medida que o

índice de comorbidade de Charlson aumentou, houve também um aumento no

prejuízo na qualidade de vida analisada pelo AQ20. Já quando comparado com

o SF - 36 não houve diferença significativa.

Os domínios Capacidade Física, Estado Geral de Saúde e Vitalidade

(SF-36) quando comparado com a intensidade da dispnéia afetou diretamente

a qualidade de vida dos pacientes avaliados. A interferência direta da dispnéia

também ficou demonstrada quando analisado o BDI e MMRC com o AQ20.

Um período maior de estudo poderia ser benéfico para analisar com um

maior intervalo de tempo possíveis alterações que estatisticamente não foram

significativas a curto prazo de estudo.

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APÊNDICES

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Interferência dos marcadores locais e sistêmicos da DPOC na

qualidade de vida dos pacientes.

O objetivo do estudo é: analisar o grau de interferência dos

marcadores locais e sistêmicos da DPOC na qualidade de vida dos

pacientes. O Sr (a) está sendo convidado (a) a participar do estudo por ser

portador de DPOC. Durante o estudo será realizada a avaliação de sua

dispnéia, capacidade funcional, índice de massa corporal, grau de obstrução do

fluxo aéreo com o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1). O

estudo não envolve qualquer alteração nos tratamentos que esteja recebendo e

as informações e dados pessoais serão utilizados apenas em reuniões de

caráter científico e serão mantidos em sigilo profissional. Qualquer dúvida em

relação ao estudo será imediatamente esclarecida pelos responsáveis e o Sr

(a) receberá explicações detalhadas sobre os procedimentos e métodos que

serão realizados. O Sr (a) estará livre para retirar seu consentimento e desistir

de participar do estudo, em qualquer momento, sem interferência no

relacionamento que tenha com a instituição.

Eu................................................................................................................

entendo o que foi descrito acima e dou meu consentimento para ser

incluído neste estudo.

......................................................

Assinatura do participante

Pesquisadores: Aline Lopes

Rua João Francisco Alves , 604 , Centro, Pongaí SP (14)97477032

Jackeline Michele Pereira

Rua : Concórdia , 44 Vila Alta . Telefone (14) 91175233

Raphaela Tremeschin Melo Viveiros

Rua Nove de Julho, 1553 Centro 3532-2710

Orientadora: Profa. Dra. Márcia Maria Faganello Mitsuya

Rua Dom Bosco, 265 Vila Alta - UNISALESIANO de Lins

Fone: (14) 3533-6200

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ANEXOS

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QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA SF-36

Paciente: Idade: Sexo: ( ) feminino ( ) masculino

Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão informados de como você se sente e quão bem você é capaz em suas atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro de como responder, tente fazer o melhor que puder.

[Domínio 1: Capacidade Funcional] 1. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer

atualmente durante um dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas atividades? Nesse caso, quanto?

Atividades Sim, dificulta muito

Sim, dificulta pouco

Não, não dificulta de modo algum

A. atividades vigorosas, que exigem muito esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, participar de esportes árduos...

1 2 3

B. atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa...

1 2 3

C. levantar ou carregar mantimentos 1 2 3 D. subir vários lances de escadas 1 2 3 E. subir um lance de escada 1 2 3 F. curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3 G. andar mais que um quilômetro 1 2 3 H. andar vários quarteirões 1 2 3 I. andar um quarteirão 1 2 3 J. tomar banho ou vestir-se 1 2 3

[Domínio 2: Limitação por aspectos físicos] 2. Durante as últimas quatro semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde física?

Sim

Não

A. Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?

1 2

B. Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2 C. Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras

atividades? 1 2

D. Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades? (p. ex. necessitou de um esforço extra?)

1 2

[Domínio 3: Dor] 3. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas quatro semanas?

Nenhuma (1) muito leve (2) leve(3) moderada (4) grave(5) muito grave (6)

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4. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu em seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro e fora de casa)?

De maneira alguma (1) um pouco (2) moderadamente (3) bastante (4) extremamente (5)

[Domínio 4: Estado Geral de Saúde] 5. O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?

Definitivamente verdadeiro

A maioria das vezes verdadeiro

Não sei A maioria das vezes falsa

Definitivamente falsa

A. Eu costumo adoecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas

1 2 3 4 5

B. Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço

1 2 3 4 5

C. Eu acho que minha saúde vai piorar

1 2 3 4 5

D. Minha saúde é excelente

1 2 3 4 5

6. Em geral, você diria que sua saúde é:

Excelente (1) muito boa (2) boa (3) ruim (4) muito ruim (5)

[Domínio 5: Vitalidade] 7. Essas questões são como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, dê uma resposta que mais se aproxime da maneira como você se sente.

Todo tempo

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

nunca

A. Quanto tempo você tem se sentido cheio de vigor, de vontade e de força?

1 2 3 4 5 6

B. Quanto tempo você tem se sentido com muita energia?

1 2 3 4 5 6

C. Quanto tempo você tem se sentido esgotado?

1

2 3

4 5 6

D. Quanto tempo você tem

1 2 3 4 5 6

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se sentido cansado?

[Domínio 6: Aspectos Sociais] 8. Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram em suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc.)?

Todo o tempo (1) a maior parte do tempo (2) alguma parte do tempo (3) uma pequena parte do tempo (4) nenhuma parte do tempo (5)

9. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação á família, vizinhos, amigos ou grupos?

De forma nenhuma (1) ligeiramente (2) moderadamente (3) bastante (4) extremamente (5)

[Domínio 7: Aspectos emocionais] 10. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso)?

SIM NÃO A. Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?

1 2

B. Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2 C. Não trabalhou ou não fez qualquer atividade com tanto cuidado como geralmente faz?

1 2

[Domínio 8: Saúde Mental]

11. Essas questões são como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, dê uma resposta que mais se aproxime da maneira como você se sente.

Todo tempo A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena parte do tempo

nunca

A. Quanto tempo você tem se sentindo uma pessoa muito nervosa?

1 2 3 4 5 6

B. Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada pode animá-

1 2 3 4 5 6

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lo?

C. Quanto tempo você tem se sentido calmo e tranqüilo?

1 2 3 4 5 6

D. Quanto tempo você tem se sentido desanimado e abatido?

1 2 3 4 5 6

E. Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa feliz?

1 2 3 4 5 6

[Reported Change] 12. Comparada a um ano atrás, como você classificaria a sua saúde geral, agora?

Muito melhor agora (1) um pouco melhor agora (2) quase a mesma (3) um pouco pior agora (4) muito pior agora (5)

Fonte: CICONELLI et. al., 1999

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ESCALA DE DISPNÉIA DO MEDICAL RESEARCH CENTER MODIFICADA

(MMRC)

Classificação

Características

Grau (0) Não apresenta falta de ar, a não ser quando realiza atividade

física intensa (correr, nadar, praticar esportes).

Grau (1) Apresenta falta de ar quando anda rápido no plano ou quando

sobe ladeira.

Grau (2) Anda mais devagar do que pessoas da mesma idade devido a

falta de ar ou tem que parar para respirar quando caminha no

plano, no próprio ritmo.

Grau (3) Tem que parar para respirar após caminhar cerca de 100

metros ou poucos minutos no plano.

Grau (4) A falta de ar impede que saia de sua casa ou apresenta falta

de ar quando troca de roupa.

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ÍNDICE BASAL DE DISPNÉIA (BDI)

1. INCAPACIDADE FUNCIONAL ( ) Grau 4 Nenhuma incapacidade: Capaz de realizar atividades (do cotidiano) e ocupações sem falta de ar. ( ) Grau 3 Incapacidade discreta: Prejuízo em pelo menos uma atividade, mas nenhuma atividade completamente abandonada. Redução das atividades no trabalho ou nas atividades usuais (do cotidiano) que parece leve ou não claramente causada pela falta de ar. ( ) Grau 2 Incapacidade moderada: O paciente trocou de atividade no trabalho e ou abandonou a maioria ou todas as atividades do cotidiano pela falta de ar. ( ) Grau 1 Incapacidade acentuada: Paciente incapaz de trabalhar e ou abandonou a maioria ou todas as atividades costumeiras pela falta de ar. ( ) Grau 0 Incapacidade muito acentuada: Incapaz de trabalhar e abandonou a maioria ou todas as atividades habituais pela falta de ar. ( ) W Quantidade incerta: O paciente tem incapacidade devido á dispnéia, mas a intensidade não pode ser especificada. Os detalhes disponíveis não são suficientes para que a incapacidade seja categorizada. ( ) Desconhecido: Informação não disponível sobre dispnéia e incapacidade. ( ) Y Incapacidade por outras causas que não a dispnéia: Por exemplo: problemas neuromusculares ou dor torácica.

2. MAGNITUDE DA TAREFA ( ) Grau 4 Extraordinária: Tem falta de ar apenas com atividades, tais como carregar cargas muito pesadas no plano, cargas mais leves ao subir ladeiras ou escadas, ou correndo. Nenhuma falta de ar com atividades ordinárias. ( ) Grau 3 Maior: Tem falta de ar com atividades tais como subindo ladeira forte, mais de três lances de escada, ou carregando carga no plano. ( ) Grau 2 Moderada: Tem falta de ar com atividades moderadas tais como subir uma ladeira suave, menos de três lances de escadas ou carregando uma carga leve no plano. ( ) Grau 1 Leve: Tem falta de ar com atividades leves, tais como andando no plano, tomando banho, permanecendo em pé ou fazendo compras. ( ) Grau 0 Nenhuma tarefa: Falta de ar em repouso, enquanto sentada ou deitada. ( ) W Quantidade incerta: A capacidade de o paciente realizar tarefas está prejudicada devido a dispnéia, mas a intensidade não pode ser especificada. Os detalhes não são suficientes para a incapacidade ser categorizada. ( ) X Desconhecido: Ausência da informação disponível relacionada á intensidade da tarefa. ( ) Y Incapacidade por outras razões: Por exemplo: doenças neuromusculares ou dor torácica.

3. MAGNITUDE DO ESFORÇO ( ) Grau 4 Extraordinário: Tem falta de ar com o maior esforço imaginável. Sem falta de ar com esforços ordinários. ( ) Grau 3 Maior: Tem falta de ar com esforço distintamente submáximo, mas de proporção maior. Tarefas realizadas sem pausa a menos que requeiram esforço extraordinário. ( ) Grau 2 Moderado: Tem falta de ar com esforço moderado. Tarefas realizadas com pausas ocasionais e precisando de mais tempo do que as pessoas normais. ( ) Grau 1 Leve: Tem falta de ar com pouco esforço. Tarefas realizadas com muito esforço ou tarefas mais difíceis realizadas com pausas freqüentes, requerendo um tempo de 50 a 100% maior do que uma pessoa média. ( ) Grau 0 Nenhum esforço: Falta de ar em repouso, enquanto sentado ou deitado. ( ) Quantidade incerta: A capacidade de se exercitar do paciente está prejudicada devido a dispnéia, mas a intensidade não pode ser especificada. ( ) X Desconhecido: Ausência de informação disponível relacionada a intensidade do esforço. ( ) Y Incapacidade por outras razões: Por exemplo: doenças neuromusculares ou dor torácica.

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LISTA DE COMORBIDADE

INDICE DE CHARLSON

COMORBIDADES PESO (1)

PESO (2)

PESO (3)

PESO (4)

Infarto do miocárdio X

ICC X

Doença vascular periférica X

Doença cerebrovascular X

Demência X

Doença pulmonar crônica X

Doença do tecido conjuntivo X

Úlcera péptica X

Doenças do fígado (leve) X

Diabetes X

Hemiplegia X

Doença renal (moderada-grave) X

Diabetes com prejuízo orgânico X

Algum tumor X

Leucemia X

Linfoma X

Doença do fígado (moderada-grave) X

Tumor sólido metastásico X

AIDS X

Fonte: Charlson et al., 1994.

COMORBIDADE X IDADE

IDADE PONTUAÇÃO

40-49 0

50-59 1

60-69 2

70-79 3

80-89 4

Fonte: Charlson et al., 1994.

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ESCALA DE BORG

0 NENHUM

0,5 MUITO, MUITO LEVE

1 MUITO LEVE

2 LEVE

3 MODERADA

4 POUCO INTENSA

5 INTENSA

6

7 MUITO INTENSA

8

9 MUITO, MUITO INTESA

10

EXAUSTIVO (MÁXIMO)

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DISTÂNCIA PERCORRIDA EM 6 MINUTOS DP6

NOME:_________________________________________________________

DATA:_________________________________ IDADE: ______ anos

MEDICAMENTOS:________________________________________________

_______________________________________________________________

TESTE 1 TESTE 2

DISTÂNCIA:__________________ DISTÂNCIA:___________________

OXIGÊNIO: ( ) SIM ( ) NÃO OXIGÊNIO: ( ) SIM ( ) NÃO

FLUXO:______________________ FLUXO:______________________

OBSERVAÇÕES:_________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

______________________________________________________________

INICIAL FINAL

PA

FC

SpO2

FR

BORG

(dispnéia)

BORG

(MMII)

INICIAL FINAL

PA

FC

SpO2

FR

BORG

(dispnéia)

BORG

(MMII)

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Questionário de vias aéreas 20 (AQ20)

As seguintes questões dizem respeito ao efeito da sua doença pulmonar na sua vida diária. Por favor, responda Sim, Não ou Não se aplica para cada item.

J Pneumol 29 (1) jan-fev de 2003

PERGUNTA Sim Não Não se aplica

1. Você tem crises durante o dia? 2. Você freqüentemente se sente cansado devido a sua doença pulmonar? 3. Você sente falta de ar ao cuidar do jardim devido a sua doença pulmonar? 4. Você se preocuparia em ir á casa de um amigo se lá existisse algo que pudesse causar uma crise de sintomas pulmonares? 5. Você tem sintomas pulmonares quando fica exposto a cheiros fortes, fumaça de cigarro ou perfume? 6. O (a) seu (sua) companheiro (a) fica incomodado com sua doença pulmonar? 7. Você fica com falta de ar enquanto tenta dormir? 8. Você fica preocupado com os efeitos a longo prazo na sua saúde causados pelos medicamentos que você tem que tomar por causa da sua doença pulmonar? 9. Os seus sintomas pulmonares pioram quando você fica aborrecido? 10. Existem momentos em que você tem dificuldade de andar pela casa devido a sua doença pulmonar? 11. Você sente falta de ar para as suas atividades durante o trabalho devido aos seus problemas pulmonares? 12. Você sente falta de ar para subir escadas devido a sua doença pulmonar? 13. Devido a sua doença pulmonar você sente falta de ar para realizar as suas tarefas domésticas? 14. Devido a sua doença pulmonar você tem que voltar para casa mais cedo do que outras pessoas após um programa noturno? 15. Você tem falta de ar quando está rindo devido a sua doença pulmonar? 16. Você freqüentemente se sente impaciente devido a sua doença pulmonar? 17. Devido a sua doença pulmonar você sente que não consegue aproveitar totalmente a sua vida? 18. Devido a sua doença pulmonar você se sente muito enfraquecido após um resfriado? 19. Você tem a sensação constante de peso no tórax? 20. Você se preocupa muito com a sua doença pulmonar?

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