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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso: Educação Física - Bacharel ISMAEL CORDEIRO DE ARAÚJO JOSÉ AUGUSTO SILVA LUCAS FIGUEIREDO JORDÃO EFEITOS DO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NO DESEMPENHO DE RATOS WISTAR NO TESTE DE MÁXIMA FASE ESTÁVEL DE LACTATO LINS SP 2013

UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium · 2014-03-28 · disfunções orgânicas relacionados ao sedentarismo, ... Atividade física é definida como qualquer

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso: Educação Física - Bacharel

ISMAEL CORDEIRO DE ARAÚJO

JOSÉ AUGUSTO SILVA

LUCAS FIGUEIREDO JORDÃO

EFEITOS DO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NO DESEMPENHO DE RATOS

WISTAR NO TESTE DE MÁXIMA FASE ESTÁVEL DE LACTATO

LINS SP

2013

Ismael Cordeiro de Araújo

José Augusto Silva

Lucas Figueiredo Jordão

EFEITOS DO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NO DESEMPENHO DE RATOS

WISTAR NO TESTE DE MÁXIMA FASE ESTÁVEL DE LACTATO

Trabalho de Pesquisa Experimental apresentado ao

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, sob a

orientação do Professor Dr.José Alexandre Curiacos

de Almeida Leme Profª. Jovira Maria Sarraceni

LINS-SP

2013

Araújo, Ismael Cordeiro de; Silva, José Augusto; Jordão,

Lucas Figueiredo.

Efeitos do enriquecimento ambiental no desempenho de ratos

Wistar no teste de máxima fase estável de lactato / Ismael

Cordeiro de Araújo; José Augusto Silva; Lucas Figueiredo Jordão.

– – Lins, 2013.

40p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação

de Bacharelado em Educação Física, 2013.

Orientadores: José Alexandre Curiacos de Almeida Leme;

Jovira Maria Sarraceni.

1 Atividade Física. 2 Sedentarismo. 3 Ambiente enriquecido. 4 Lactato. 5 Máxima fase estável. I Título.

CDU 796

AGRADECIMENTOS

Ao maravilhoso Deus

Dedicamos primeiramente a Deus, por ter nos dado o dom da vida e, por ter

sido conosco nos momentos bons e ruins, nas nossas derrotas e nossas vitórias, em

nossas tristezas e alegrias sempre esteve conosco. Obrigado glorioso Deus!

Ismael, José e Lucas

Aos meus familiares

Nosso muito obrigado por nos ensinarem a sermos pessoas de bem, por nos

apoiarem em todas nossas escolhas e, por a vezes, nos corrigir quando estávamos

agindo de forma errada.

Aos meus amigos

Agradecemos ao senhor por ter conhecido vocês, pois, pude compartilhar

minhas experiências e ao mesmo tempo aprender com suas experiências. A vocês,

deixo o meu muito obrigado.

Ismael, José e Lucas

Aos professores

Obrigado por contribuírem com seus ensinamentos durante nossa

graduação.

Ismael, José e Lucas

Aos funcionários do Unisalesiano

Parabenizamos a todos os funcionários pelas ótimas prestações de serviços.

Ismael, José e Lucas

Ao nosso orientador Prof. Dr. José Alexandre

Nosso muito obrigado pelos seus ensinamentos e por sua paciência no

desenvolvimento de nossa monografia.

Ismael, José e Lucas

Agradecimento especial

A minha ex- esposa Daniela Garcia, a minha grande amiga Prof. Suelly

Moreno, aos meus professores e companheiros de trabalho no laboratório de

anatomia do Unisalesiano Prof. José Alexandre, Prof. Ricardo Barbieri, Prof. Rodrigo

de Carvalho, Prof. Camila Frado. Prof. Paulo, Meu muito obrigado por

compartilharem suas experiências profissionais e me incentivarem a ir em busca dos

meus sonhos.

Lucas

RESUMO

A prática de atividade física regular é capaz de promover grandes benefícios na qualidade de vida de seus praticantes, bem como atua na prevenção de doenças metabólicas e demências. Por outro lado, sua falta caracteriza o sedentarismo e o estilo de vida sedentário torna o organismo mais vulnerável a diversas doenças. O enriquecimento ambiental é caracterizado como um local promotor de atividade física, pois, em seu meio, são inseridos diversos objetos complexos e inanimados como a roda de atividade física, sendo também um espaço maior que contribui para seu deslocamento. O ambiente enriquecido (AE) propicia melhor desenvolvimento das capacidades físicas, cognitivas e comportamentais dos animais nele mantidos. Todavia, pouco se sabe sobre a interferência desta exposição no condicionamento dos animais. O presente estudo teve por objetivo avaliar a máxima fase estável de lactato (MFEL) em ratos mantidos no AE. Para isso, foram selecionados 12 ratos machos da linhagem Wistar (Rattus Norvegicus Albinus) que foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: grupo ambiente enriquecido (AE) e grupo controle (C) que foram mantidos por 6 semanas em suas respectivas gaiolas sendo submetidos ao teste de MFEL pré e pós período experimental. Após análise estatística através do teste “t” Student, pode ser concluído que os animais mantidos no AE mantiveram suas cargas no teste de MFEL comparado ao pré-teste, enquanto que os grupos C tiveram redução em suas cargas. Além disso, os animais mantidos no AE tiveram massa corporal menor que os animais controles. Todavia não foram encontradas diferenças signiticavas na massa de tecido adiposo entre os grupos estudados. Desta forma, a manutenção em ambiente enriquecido previne a perda de condicionamento aeróbio dos animais mantidos em laboratório.

PALAVRAS CHAVE: Atividade Física. Sedentarismo. Ambiente enriquecido. Lactato. Máxima Fase Estável De Lactato.

ABSTRACT

The regular physical activity (PA) can promotes several benefits in the quality of life as well as acting to prevent future metabolic diseases and dementias. On the other hand the lack of PA features sedentary lifestyle and makes the body more vulnerable to various diseases. Environmental enrichment is characterized a promoter of physical activity because, in their space , many complex and inanimate objects are inserted as the wheel of physical activity and also a larger space that contributes to their displacement. The enriched environment (EE) provides benefits to development of physical, cognitive and behavioral animal. The present study aimed to evaluate the maximum lactate steady state (MLSS) in rats kept in EE through the test created by Gobatto (2001). For this, we selected 12 male Wistar rats ( Rattus Norvegicus Albinus ) that were randomly divided into two groups: EE group and control group (C) maintained for 6 weeks in these cages and performed the MLSS test pre and post experimental period. After statistical analysis using the "t" test of Student, can be concluded that animals kept in EE had higher loads in MLSS post-test compared to C groups, that showed reductions in their charges. Furthermore, the animals kept in EE had body mass lower than the control animals. However no differences were found in adipose tissue mass between the groups. Thus, the maintenance enriched environment prevents the loss of aerobic condition of the animals kept in the laboratory.

KEYWORDS: Physical Actvity. Sedentary Lifestyle. Enriched Environment.Lactate. Maximum Stage Of Lactate Stead.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista superior da gaiola enriquecida com os objetos inanimados, garrafa

com água e suporte para ração......................................................................................30

Figura 2: A roda de atividade tem 20 cm de diâmetro e está acoplado em uma base

com um pilar (figura 3) onde está acoplado um ciclocomputador digital para o controle do

número e velocidades de voltas.....................................................................................31

Figura 3: Roda de atividade física inserida na gaiola enriquecida.............................31

Figura 4: Tuneis e brinquedos inseridos na gaiola, bem como o recipiente com

ração..................................................................................................................................32

Figura 5: O recipiente para água adaptado para conseguir realizar controle o da

ingestão hídrianimais.....................................................................................................32

Figura 6: Massa corporal (g) dos animais dos grupos controle (C) e mantidos em gaiola

enriquecida (GE)...............................................................................................................33

Figura 7: Carga referente a máxima fase estável de lactato dos animais dos grupos

controle (C) e mantidos em gaiola enriquecida (GE) pré e pós período experimental......35

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................10

1 CONCEITOS PRELIMINARES...........................................................................12

1.1 Atividade Física e Sedentarismo..................................................................12

1.2 Ambiente Enriquecido....................................................................................18

1.2.1 Atividade Física na Gaiola Enriquecida...............................................20

1.2.2 Interferência no condicionamento aeróbio.............................................25

1.3Lactato e sua formação no exercício.............................................................23

1.3.1 Máxima fase estável do lactato....................................................................25

1.3.2 Aplicação em humanos...............................................................................27

2.4 Utilização em ratos.........................................................................................28

2 EXPERIMENTO...................................................................................................29

2.2 Objetivos........................................................................................................29

2.3 Metodologia.....................................................................................................29

2.4 Resultados.........................................................................................................32

2.6 Discussão........................................................................................................35

2.7 Conclusão........................................................................................................37

REFERÊNCIAS.....................................................................................................38

ANEXOS................................................................................................................45

10

INTRODUÇÃO

O Sedentarismo é um dos fatores que mais chamam atenção dos órgão

ligados à saúde. Isso porque a ausência de atividade física, tida como um dos

grandes problemas contemporâneos, está altamente correlacionada às

doenças crônicas. Desta forma, a prática de atividade física é vista como uma

forma de prevenção e tratamento destas doenças crônicas como diabetes,

obesidade, hipertensão entre outras.

Um dos desafios da pesquisa em atividade física é compreender melhor

as diferenças entre a prática de atividade física voluntária e o exercício físico,

sendo encontrados resultados muito interessantes em ambos. Para o estudo

da prática de atividade física voluntária, normalmente são utilizadas pequenas

gaiolas às quais são inseridas a roda de atividade.

O ambiente enriquecido (AE) é um local adaptado, com dimensões

maiores, objetos de diferentes formas e cores, roda de atividade que permitem

aos animais o desenvolvimento e aprimoramento de suas capacidades

motoras, cognitivas, sociais, e comportamentais (Sztainberg e Chen, 2010). De

acordo com Baumam (2005) a implantação do enriquecimento ambiental em

laboratórios para a manutenção dos animais, pode melhorar a qualidade de

vida e aspectos comportamentais. Koblio e colaboradores (2010) apontam um

fator importante para melhoria de aspectos neurológicos de animais mantidos

no ambiente enriquecido é a atividade física.

Acredita-se que o AE seja promotor de atividade física, porém, até o

momento nenhum estudo comprovou essa promoção ou tenha demonstrando

efeitos da manutenção na gaiola enriquecida em parâmetros relacionados ao

condicionamento aeróbio.

A máxima fase estável de lactato (MFEL) tem sido muito utilizada para a

determinação do condicionamento aeróbio e montagem de treinamento. No

teste de MFEL para ratos nadadores, os animais são submetidos a vários

testes de natação suportando sobrecargas constantes e crescentes em relação

concentrações de lactato sanguíneo durante a sessão de exercício (Gobatto et

al, 2001).

Sendo assim, este estudo propõe utilizar a MFEL como uma ferramenta

11

para investigar possíveis alterações no condicionamento aeróbio de ratos

mantidos na gaiola enriquecida, numa tentativa de responder à questão: O AE

melhora a capacidade aeróbia dos ratos? A hipotese deste estudo é, que o AE

poderá estimular o animal a fazer atividade física melhorando sua capacidade

aeróbia.

12

1 Conceitos Preliminares

1.1 Atividade Física e Sedentarismo

Uma das grandes preocupações da atualidade é o sedentarismo por conta da

falta de atividade física que deixa muito a desejar.

Verifica-se que a cada dia, as pessoas têm mais afazeres e não dispõem de

tempo para se exercitar.

As cidades ficaram maiores, mais movimentadas, com o aumento do poder

aquisitivo, aumentou-se também a oferta de compra de carros e motos permitindo

com isso que as pessoas até para pequenas distâncias usem um desses meios de

transporte.

Constata-se com isso que, a prática de exercícios físicos só de fato realizada

quando a pessoa tem uma finalidade específica: a beleza do corpo ou quando

necessita prevenir ou tratar alguma enfermidade.

Nesse sentido, necessário se faz maior divulgação de sua finalidade e

políticas públicas de incentivo ao esporte com a construção de centros de lazer para

todas as idades, principalmente para crianças e idosos, pois os mesmos são os mais

vulneráveis e resistentes à prática de exercícios físicos.

Benefícios da prática de atividade física associados à saúde e ao bem-estar,

assim como riscos predisponentes ao aparecimento e ao desenvolvimento de

disfunções orgânicas relacionados ao sedentarismo, são amplamente apresentados

e discutidos na literatura.

Assim sendo, atividade física pode ser entendida como qualquer movimento

corporal, produzido pela musculatura esquelética, que resulta em gasto energético,

tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e

comportamental (PITANGA, 2002).

A atividade física efetuada de forma constante e continua é considerada

como um dos fatores com maior impacto não só na prevenção de enfermidades,

mas também na manutenção e autonomia funcional do sujeito, tanto no lazer quanto

no trabalho (HOSSRI, 2007).

13

Neste contexto, verifica-se que vários estudiosos estão preocupados com a

prática de exercícios físicos e o sedentarismo, realizando estudos a respeito e

divulgando em revistas e periódicos para que a população tenha informações

adequadas sobre o assunto.

A atividade física tem sido enaltecida e propagada há séculos como um

potente fator de promoção à saúde.

Atividade física é definida como qualquer movimento produzido pelo corpo

humano que gaste calorias acima dos níveis de repouso. Desta forma atividades

domésticas, trabalho, transporte e programas de exercícios físicos são os

conceituados como atividade física (ARAÚJO, 2000).

Para o Consenso Latino Americano (2000), a atividade física é qualquer

movimento que o corpo faça produzido pelo músculo esquelético que resulta no

gasto energético.

Os profissionais de saúde compartilham da importância do exercício,

considerando-o fundamental na manutenção do equilíbrio de corpo e mente.

Atualmente, há um denso e crescente corpo de conhecimento que consolida

o exercício físico como ferramenta crucial na promoção de saúde; recentes achados

sugerem que a inatividade física é um componente agravante do estado geral de

saúde em crianças e adolescentes acometidos por várias doenças, incluindo as

cardiovasculares, renais, endocrinológicas, neuromusculares e osteoarticulares

(GUALANO et al, 2010).

A atividade física pode ser entendida como qualquer movimento corporal,

produzido pela musculatura esquelética, que resulta em gasto energético, tendo

componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental,

podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos,

atividades laborais e deslocamentos (CASPERSEN, POWELL, CHRISTENSON,

1985).

Bouchard et al. (1990) a definiram, como sendo qualquer movimento corporal

produzido pelos músculos esqueléticos e que resultam em algum gasto energético.

A atividade física vai além dos valores fisiológicos, adentrando no campo dos

mecanismos e também comportamentais.

A prática de atividade física esportiva é de grande importância para o

crescimento de desenvolvimento saudáveis, o processo de socialização, como

14

oportunidade de lazer, desenvolvimento de aptidões e melhoria da auto-estima,

confiança, enquanto a inatividade física leva ao estresse e distúrbios alimentares e

psicológicos (BRACCO et al, 2003).

Importantes estudos têm procurado destacar que hábitos de prática da

atividade física, incorporados na infância e na adolescência, possivelmente possam

transferir-se para idades adultas.

A preocupação mediante acompanhamentos longitudinais sugerem que

adolescentes menos ativos fisicamente apresentam maior predisposição a tornarem-

se adultos sedentários.

A duração e frequência do exercício exercem papel-chave na determinação

das respostas imunes a um esforço, podendo aumentar ou reduzir a função imune,

enquanto o exercício moderado regular é comumente associado com a diminuição

da susceptibilidade a infecções, o exercício exaustivo de longa duração tem sido

associado com sintomas de imunossupressão transitória, com aumento da

susceptibilidade a infecções (ORTEGA, 2003).

Pesquisas comprovam que pessoas praticantes de atividade física acabam

tendo gastos reduzidos com remédios para tratamento de doenças relacionadas à

inatividade física ou sedentarismo (MATSUDO et al, 2002).

Dados levantados na Austrália indicam que, para cada aumento de 1% no

nível de atividade física da população adulta, haveria uma economia associada de

sete bilhões de dólares, em custos potenciais de tratamento de infartos de miocárdio,

derrame cerebral, diabetes, câncer de cólon e de mama, assim como depressão

(STEPHENSON, 2000 apud MATSUDO et al, 2002).

Importantes estudos têm procurado destacar que hábitos de prática da

atividade física, incorporados na infância e na adolescência, possivelmente possam

transferir-se para idades adultas (LAAKSO & VIIKARI, 1997).

Acompanhamentos longitudinais sugerem que adolescentes menos ativos

fisicamente apresentam maior predisposição a tornarem-se adultos sedentários

(GLENMARK; HEDBERG; JANSSON, 1994).

A prática de atividade física, o que reforça hipótese no sentido de que hábitos

associados à prática da atividade física podem ter origem em comportamentos

vivenciados e incorporados na adolescência (ARMSTRONG, 1995).

Dessa forma, parece ser possível assumir que possam existir evidências

15

suficientemente convincentes no sentido de que a prática de atividade física habitual

deve ser incentivada na adolescência, não apenas por conta da busca de melhor

estado de saúde no presente, mas também na tentativa de preparar os jovens para

a prática regular de atividade física na idade adulta.

De uma forma geral, a atividade física na adolescência pode estimular o

crescimento físico, aumentar a auto-estima, contribuir para o desenvolvimento social,

além de propiciar uma série de benefícios para a saúde e bem-estar (VIEIRA,

PRIORE; FISBERG, 2002).

A inatividade física é um dos grandes problemas de saúde pública na

sociedade moderna, sobretudo quando considerado que cerca de 70% da

população adulta não atinge os níveis mínimos recomendados de atividade física,

sofrendo com isso vários transtornos, como as doenças crônicas.

A atividade física, crucial nos tempos remotos, tornou-se dispensável; o

homem, outrora fisicamente ativo e nômade, tornou-se sedentário. Como

consequência, condições como síndrome metabólica e obesidade emergiram.

(BOOTH et al, 2000).

O papel da inatividade física sobre a etiologia das doenças crônicas,

pretendemos revelar o imenso potencial do exercício físico como agente terapêutico.

A crescente e alarmante pandemia de sedentarismo representa um momento

de grande reflexão para o profissional de Educação Física na busca de ações que

culminem com a orientação sobre a importância de se praticar exercícios físicos em

todas as idades.

Em pleno século XXI onde a tecnologia está cada dia mais avançada, as

pessoas adquirem doenças e problemas psicológicos muito facilmente. A tecnologia

de hoje nos leva a uma vida sedentária sem ao menos percebermos. As atividades

do dia a dia que eram simples de fazer, se tornaram mais simples ainda e sem

esforço algum (MATTOSO, 2010).

O sedentarismo é um fator que leva a obesidade, como também a ingestão

de alimentos calóricos, onde as pessoas comem muito mais do que o suficiente para

sobreviver com saúde. Assim as pessoas engordam no que elas ficam sedentárias e

não conseguem fazer uma dieta equilibrada; a inatividade física é uma das causas

para a aparição da obesidade (FRENNE et al, 1997 apud GUIMARÃES et al, 2006).

Pesquisa publicada na revista “Lancet” afirma que a falta de exercícios tem

16

causado tantas mortes quanto o tabagismo. Segundo o estudo, um terço dos adultos

não têm praticado atividades físicas suficientes e esse dado pode ser responsável

por uma em cada dez mortes por doenças cardiovasculares, diabetes, câncer de

mama ou colorretal.

O problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia, já que os

números chegam a 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo; uma das

soluções para o sedentarismo está na criação de campanhas para alertar o público

dos riscos de não praticar exercícios regularmente.

A inatividade física é não utilizar pelo menos 150 minutos por semana

fazendo atividade física moderada (caminhada, por exemplo, em passo apressado,

durante 30 minutos, cinco dias por semana), ou exercícios mais vigorosos por 20

minutos, três vezes por semana.

Sabe-se que algumas influências, podem tornar os adultos, indivíduos

sedentários como as longas jornadas de trabalho, o estresse, as responsabilidades

de ordem familiar e social, o descaso com a atividade física e seus benefícios para a

saúde.

O aumento na prevalência dos casos de sobrepeso e obesidade, em todo o

mundo, está ocorrendo proporcionalmente à diminuição progressiva de energia

gasta em atividades de trabalho, ocupacionais, no cumprimento de afazeres

domésticos e necessidades diárias (BOUCHARD, 2003).

A prática de atividade física tem a contribuição de reduzir o peso corporal

mediante o aumento da taxa metabólica de repouso, e sua utilização. Além disso, o

indivíduo mais ativo tem menor peso corporal, a gordura corporal é distribuída. Com

a atividade física, a perda de peso se classifica em melhor qualidade de vida,

manutenção de massa magra e perca do tecido adiposo, restrições na alimentação,

mas sem associar com atividade física (OLIVEIRA, 2005).

A imagem corporal positiva é outra variável psicológica capaz de ser

intensificada pela atividade física, influenciando as atitudes de controle de peso e os

comportamentos. Uma melhor imagem corporal atribuída ao exercício pode ser

estimulante e levar a aderência a sua prática em longo prazo, além de alterar no

indivíduo sua confiança de realizar alterações positivas em relação ao seu corpo e

ao peso corporal (KATZER, 2007).

O entendimento completo dos mecanismos moleculares, bioquímicos,

17

fisiológicos e biomecânicos pelos quais a inatividade física afeta o funcionamento

fisiológico humano requer atenção especial. O papel da re-inserção do exercício

físico na reversão - parcial ou total - da condição patológica induzida pelo

sedentarismo também se faz premente.

Neste contexto têm-se observado em adolescentes, comportamentos

sedentários os quais estão vinculados diretamente à inatividade física e que

representa uma causa importante de debilidade e diminuição da qualidade de vida

do indivíduo (ANDRADE, 2001 apud ROLIM et al, 2007).

O Sedentarismo é classificado como uma doença e atinge cada vez mais

pessoas no mundo. Uma das principais causas são as modernidades que

encontramos atualmente, pois o conforto acabou tomando conta das pessoas e

cada vez não damos conta disso e mesmo sem saber a população acaba ficando

acomodada. O sedentarismo pode ainda acelerar o envelhecimento.

Neste contexto, consta-se pelos dizeres de Augusto (2009), que um estilo de

vida sedentário pode ter inúmeros problemas de saúde como: inflexibilidade articular,

regressão funcional, compromete o funcionamento de muitos órgãos, causa

hipotrofia de fibras musculares e doenças como diabetes, hipertensão arterial,

aumento do colesterol, obesidade, infarto do miocárdio e também possui uma

grande parcela de culpa em casos de morte súbita.

O sedentarismo não representa apenas um risco pessoal de enfermidades,

tem um custo econômico para o indivíduo, para a família e para a sociedade.

O exercício físico é barato, não patenteável, seguro e, se corretamente

recomendado, é capaz de reduzir sobremaneira a necessidade de medicamentos.

1.2 Ambiente enriquecido (AE)

O ambiente influencia os estados comportamentais e fisiológicos de um

animal, AE reduz o nível de estresse e aumenta o bem-estar permitindo a

manifestação de seus comportamentos naturais.

A presença de comportamentos anormais pode ser considerada um indicador

de que o bem estar desses seres vivos não está sendo alcançando. Sabe-se que o

cativeiro é um fator limitante, e leva muitos animais a terem um comportamento

diferenciado, até neurótico, sendo considerado um comportamento anormal, já que

18

os locais onde permanecem confinados não proporcionam a eles as mesmas

condições que seu habitat natural, interferindo no seu bem-estar (Andersen et al,

2004.)

a) Físico: Consiste em introduzir aparatos nos recintos que os deixem

semelhantes ao habitat de cada uma das espécies (vegetações, diferentes

substratos, estruturas para se pendurar ou se balançar, como cordas, troncos ou

mangueiras de bombeiro, entre outros);

b) Sensorial: Consiste em estimular os cinco sentidos dos animais,

introduzindo, por exemplo, sons de vocalizações, ervas aromáticas, urina e fezes de

outros animais;

c) Cognitivo: Consiste em colocar dispositivos mecânicos, como quebra-

cabeça, para os animais manipularem;

d) Social: Consiste na interação intra-específica ou interespecífica que pode

ser criada dentro de um recinto. Os animais têm a oportunidade de interagir com

outras espécies que naturalmente conviveriam na natureza ou com indivíduos da

mesma espécie;

e) Alimentar: Seria oferecer ocasionalmente, alimentos que consomem em

seu habitat natural e não fazem parte do cardápio em cativeiro, e variar a maneira,

frequência e horário como estes são oferecidos (BOSSO, 2013).

Trata-se da modificação do ambiente em cativeiro para aumentar o bem-estar

físico e psicológico, proporcionando estímulo para os animais encontrarem suas

necessidades espécie-específicas.

O ambiente enriquecido é uma forma de estimulo contínuo que favorece a

movimentação voluntária, promovendo ainda estímulo tátil e propriceptivo,

fundamentais á recuperação funcional (BIERNASKI & CORBETT, 2001).

Para Sorensen et al( 2004), a adição de enriquecimento ambiental em gaiola

de roedores tem sido recomendada como um modo útil para aumentar o bem estar

desses animais.

Segundo os autores, esses ambientes se caracterizam por apresentar maior

dimensão, com várias vias de acesso, pela utilização de palhas e ração de diferentes

tipos e rodas de exercícios.

A eficiência da coleta salivar como método não invasivo para o estudo de

animais em cativeiro. O cortisol reflete a resposta do animal a condições estressoras

19

sendo que determinadas condições crônicas de estresse podem favorecer o

desenvolvimento de doenças e distúrbios neurológicos.

Os artifícios presentes no ambiente devem estimular a aquisição de novas

experiências e novas habilidades.

Rodas de exercícios geralmente fazem parte de ambientes enriquecidos,

proporcionando aumento de atividade física.

Utilizada de maneira isolada em protocolos de confinamento, não se

caracteriza um ambiente modificado (GENTILE, BEHESHITI, HELD,1987).

Mediante as avaliações, outros animais em cativeiro tiveram redução na

concentração de cortisol revelando melhoria na qualidade de vida desses animais.

Nesta análise, pode-se dizer que os estímulos entre animais e pessoas tem o

mesmo contexto, haja visto que “o homem” preso em sua realidade necessita de

estímulos para que sua vida tenha sentido.

Através da aplicação dos resultados obtidos em animais, aplicados ao

homem, pode se verificar que os resultados são compatíveis, pois os humanos

precisam de liberdade e estímulos positivos para realizarem atividades físicas.

Lugares inadequados, roupas impróprias, não estimulação adequada levam

os humanos a serem sedentários, pois não estão predispostos a se exercitarem,

consequentemente, tendo uma baixa auto-estima e saúde debilitada, pois os

exercícios físicos são condicionantes para uma boa saúde .

Com isso, a melhoria da qualidade de vida se prolifera, pois através de um

ambiente estimular as ações de modificação ambiental para humanos alcança seu

objetivo.

1.2.1 Atividade física na gaiola enriquecida (GE)

A GE com estimulação cognitiva e física significa proporcionar um ambiente

mais estimulante com oportunidade para desafios físicos e mentais.

Através da análise da frequência e duração de comportamentos específicos

espontâneos, é possível obter informações a respeito das necessidades e interesses

dos animais. Os estados comportamentais e fisiologias de um animal são

influenciados pelo ambiente, sendo que a construção e conteúdo das gaiolas,

espaço disponível para cada animal, contato social e alimentação são todos fatores

20

importantes que determinam o comportamento dos indivíduos.

O confinamento de animais tem como objetivo a estimulação sensorial, visual,

cognitivo e motora do cérebro.

Segundo Gordon (1990), a temperatura e a umidade relativa do ar no

ambiente de alojamento e mudanças bruscas podem ter efeitos indesejáveis num

experimento devido ao aumento ou diminuição da atividade e do metabolismo dos

animais.

Para tal é preciso enriquecer o ambiente colocando nas gaiolas brinquedos,

cores, formas, cheiros, texturas variadas para estimulação (REYNOLDS; LANE;

RICHARDS, 2010).

Ratos em GE tem desenvolvimento melhor, dormiam melhor, não são

agressivos, defesa e comportamento de dominância.

Quando estão em gaiolas não enriquecidas os próprios ratos passam a ser

objeto de atenção de seus companheiros.

Mediante esses experimentos em animais, os resultados positivos são

aplicados em humanos, para que se verifique a autenticidade dos efeitos.

Assim sendo, verifica-se que o ambiente influencia o condicionamento dos

indivíduos, pois para que se possa ter um condicionamento físico e mental adequado

não se pode ficar condicionado ao confinamento sem estímulos.

Há a necessidade de aparatos para que se possa fazer movimentos, como

andar, trepar pular, rodar e sem espaço isso não ocorre, trazendo assim transtornos

que sem uma atividade física, os tecidos podem atrofiar causando malefícios á

saúde.

Nos seres humanos, representa engajamento regular na prática de exercícios

físicos e envolvimento contínuo em atividades cognitivamente estimuladoras, como

assistir à televisão, ouvir música, ler jornais, revistas e livros, jogar cartas e xadrez,

desafiar palavras-cruzadas e quebra-cabeças, e interessar-se por artes, ao longo da

vida.

1.2.2 Interferência no condicionamento físico

Quando aos animais estão em cativeiro seu comportamento é diferente, pois

presos não podem se exercitar como deveriam e produzem resultados diferentes

21

dos normais.

Em ratos por exemplo, o impacto do enriquecimento encontram que

roedores vivendo em ambiente complexo tem cérebros mais pesados que os

animais da mesma espécie criados num ambiente não enriquecido. Para que ratos

possam se exercitar, necessário se faz que em suas gaiolas sejam colocados

dispositivos em que os mesmos possam ter liberdade para se locomover.

Verifica-se que apesar dos ratos não serem animais agressivos, quando

ficam sem se exercitar, ficam propensos a comportamentos inatos.

A escolha de um ambiente pode trazer uma melhor qualidade de vida para os

animais em confinamento, pois mediante espaço pequeno os mesmos podem

desenvolver lesões nos pés ou traumas.

Sendo assim, verifica-se que ratos em GE tem desenvolvimento melhor, pois

dormem melhor, não se tornam agressivos e tem comportamentos de defesa e

dominância.

Na gaiola convencional (não enriquecida), verifica-se que ratos que não tem

estímulos a atividades físicas podendo desenvolver sintomas do sedentarismo e do

excesso de peso, assim como em humanos.

Em um estudo realizado na Unesp de Rio Claro, por professores do

Departamento de Educação Física, com ratos, para analisar o condicionamento

físico dos mesmos, mediante exercícios físicos. Eles foram submetidos por oito

semanas a sessões diárias de corrida em esteira. Após esse período, os

pesquisadores passaram a avaliar o relaxamento do corpo cavernoso in vitro e a

medir a pressão intracavernosa dos ratos in vivo. Os pesquisadores observaram que

o condicionamento físico não somente prevenia como também melhorava,

significativamente, o condicionamento físico dos mesmos.

Mediante a intervenção de exercícios aeróbios como ciclismo, natação, subir

e descer escadas, corrida leve em esteira ou em movimentos (trotar) realizados

cinco vezes por semana, durante pelo menos 30 minutos, parecem favorecer a

melhoria na qualidade de vida de ratos e consequentemente em humanos haja visto

que essas experiência são para saber se determinados exercício podem ser

aplicados em humanos para melhor seu condicionamento físico.

Vale ressaltar que a periodização representa um planejamento que define

modificações de volume, intensidade, exercícios etc. Nessa estrutura, buscam-se as

22

melhores adaptações e formas de recuperação diante do estresse das cargas de

treinamento desportivo (BOMPA, 2002).

Outro grupo de pesquisadores, da Universidade de Illinois, Estados Unidos

realizaram experimentos com ratos confinados.

Os mesmos foram divididos em quatro grupos de ratos em diferentes

ambientes: um grupo ficou em um local com comidas apetitosas, cores fortes e

brinquedos; o segundo grupo foi colocado em um ambiente similar, mas com o

acréscimo de uma roda de corrida, comumente usada em gaiolas de roedores

domésticos ou não; o terceiro grupo não tinha nada em sua gaiola, e recebeu

apenas a ração normal e o quarto grupo foi tratado da mesma forma que o terceiro,

mas recebeu uma roda de corrida.

No começo dos testes, todos os ratos foram submetidos a testes cognitivos e

receberam injeções de uma substância que permitia rastrear mudanças na estrutura

cerebral. No final, os ratos realizaram os mesmo testes e o tecido cerebral foi

examinado.

Os resultados mostraram que os animais que se exercitavam -

independentemente se haviam outros estímulos em suas gaiolas, como comida ou

brinquedos – possuíam cérebros mais saudáveis e apresentaram um desempenho

significativamente melhor nos testes cognitivos do que os ratos sedentários. Os

exercícios foram especialmente importantes para a criação de novas células

cerebrais que podiam juntar-se aos neurônios já existentes. Isso é importante porque

novas células só são úteis se podem ser reunidas com a rede neural já existente.

Neste sentido, mediante as experiências realizadas em animais e aplicando-

as em humanos, pode-se observar modificações substancias em pessoas que

realizam atividades físicas e a que não praticam com regularidade.

Mediante esses dados comparativos, pesquisas revelam que quantidade

moderada de exercício melhora o condicionamento, pois estudos realizados pela

etnóloga e professora Astrid Jespersen comprovaram que os indivíduos do grupo

que praticava menos tempo de exercícios tiveram um aumento dos níveis de energia

e uma maior motivação para o exercício e para seguir uma vida saudável: eles

sobem as escadas, levam o cachorro para um passeio extra ou vão de bicicleta para

o trabalho.

Em contrapartida, os homens que se exercitaram durante uma hora por dia,

23

após o treino, se sentiam exaustos, desmotivados e menos abertos a fazer uma

mudança saudável.

O exercício em esteira, leva as pessoas a estarem mais perto do seu ritmo,

podendo avaliar o quanto o exercício físico pode condicionar seu organismo, pois

quando há exageros, o mesmo percebe.

O que ficou comprovado é que o ambiente muda o comportamento dos

seres, quanto maior o estímulo, melhor o condicionamento físico e mental.

A falta de atividade física seja em humanos ou em animais provocam

sedentarismo e comisso o estímulo a doenças principalmente cardiovasculares que

podem até levar à morte.

Com esses estudos verificou-se que como exercícios o condicionamento

físico melhora, pois controla os batimentos cardíacos seguem uma sequencia

considerada normal para uma boa qualidade de vida, sem contar que os órgãos dos

sentidos tem um trabalho muito melhor de trabalho na máquina do corpo humano.

Portanto, mediante as leituras realizadas, comprovou-se que a atividade física

condicionada ao meio ambiente, pode ser um fator fundamental para a melhoria da

qualidade de vida

1.3 Lactato

O processo de formação do lactato ocorre através do surgimento do piruvato

no processo da oxidação da glicose pela glicólise. A explicação para isso é o fato de

que sobe em condições de hipóxia (ausência de oxigênio). O NADH que também é

formado juntamente com o piruvato pela glicólse, não consegue se regenerar a

NAD+ diferente do processo ocorrido no desidrogenação do gliceroldeído-3-fosfato

onde o NADH a partir deste é regenerado a NAD+, isso faz aumentando a

quantidade de elétrons por não terem receptores suficientes para sua capitação

contribuindo na redução do piruvato a lactato (NELSON; COX, 2006).

Tratando-se da produção do lactato durante o exercício físico, pesquisas

feitas por meio de protocolos específicos sobre à produção de lactato correlacionada

a intensidade e duração durante o exercício apontam que intensidades elevadas

contribuem para uma maior produção de lactato (GORE, 1990). O fato de a

intensidade ser um dos fatores de maior contribuição para o aumento das

24

concentrações de lactato no sangue, é que, intensidades altas e progressivas

durante um treinamento ou qualquer tipo de exercício extenuante, exigirá que a

disponibilidade de oxigênio aumente para a oxidação e fornecimento de trifosfato de

adenosina (ATP) aos tecidos mais solicitados são os tecidos musculares

(BOULTELLIER, et al, 1984; ERRETELLI. et al, 1977; POWERS, 1985), acabando

por fazer com que o organismo suporte até certo ponto essas condições.

O surgimento do lactato vem logo após o desencadeamento das vias

metabólicas (vias bioenergéticas) que ocorrem desde que um individuo é submetido

à transição do estado de repouso para o exercício. Essas vias chamadas sistema

ATP-CP, glicolítica e oxidativa, têm suas atuações específicas de acordo com o

tempo e a intensidade do exercício (ARMISTRONG, 1979).

As duas primeiras vias têm a formação de ATP por meio da degradação da

creatina fosfato e glicose ou (glicogênio), não necessitando da presença de oxigênio

sendo denominadas de vias anaeróbias, que são acionadas com grande

predominância nos primeiros 60 segundos de exercício; com ênfase maior em

exercícios de alta intensidades e curta duração (ex. corrida ou natação de 100 à 400

metros, halterofilismo e arremesso de pesos) (Holloszy, 1990). Já a outra via, para

que possa formar ATP, é extremamente dependente da presença de oxigênio tendo

participação predominante após 3 a 5 minutos, em média, de exercício, em especial,

exercícios de alta duração e, moderada a alta intensidade (ex. corridas de fundo,

meia-maratona e maratona), porém, inicialmente, ambas as vias, tem interação para

formação de ATP na maioria das modalidades esportivas (BELCASTRO, 1975;

COYLE, 1986; ENGLAND, et al. 1985; GAESSER; BROOKS 1984).

Exercícios onde, as duas primeiras vias são ativadas, acabam por fim, em

promover concentrações altas de acumulo de lactato no sangue em tão pouco

tempo e, uma possível explicação para isso, é o fato de umas dessas vias formarem

pela degradação de glicogênio duas moléculas de ácido lático, enquanto que na

outra via, essas concentrações aumentam e acumulam gradativamente devido ao

suprimento de oxigênio não ser mais eficiente (POWERS; HOWLY,1982). Segundo

Donavan e Brooks (1983), há uma variável que mensura de forma precisa o

aumento das concentrações de lactato sanguíneo em indivíduos quando submetidos

a testes invasivos, essa variável segundo a concepção do autor, diante de

divergências entre pesquisadores para definir sua terminologia, é chamada de Limiar

25

de Lactato. Buscando defini-la, Powers e Howly 1982, citam três prováveis fatores

que acarretam o aumento do lactato no sangue, não descartando a hipótese

primordial da falta de oxigênio (hipóxia). O primeiro, tem relação com a velocidade da

ação desregulada da glicólise junto a ação de hormônios (STAINSBY, 1986;

STRYER, 1988; WILSON, et al. 1977). Essa ação desregulada da glicólise, faz com

que produção de NADH seja maior que a produção de hidrogênios feita pelo sistema

de lançadeira, e em decorrência disso, há a desestabilização de ambas as

produções em função de ações desfavoráveis ácido pirúvico produzido durante a

glicólise se unir ao hidrogênio formando o lactato. O segundo, fala sobre a influência

da enzima Lactato desidrogenase (LDH) que tem a função de catalisar ácido pirúvico

em lactato. Essa enzima é encontrada em especial, nas fibras musculares de

contração rápida (recrutadas em maiores quantidades com o aumento da

intensidade do exercício) e possui uma maior facilidade de fixação ao ácido pirúvico

(HOLLOSZY, 1982; SKINNER, 1980), e também, pode ser encontrada em forma de

LDH nas fibras de contração lenta (recrutadas no início do exercício cuja a

intensidade é baixa) e tem a função de converter o lactato em ácido pirúvico.

Portanto, a explicação está na função que o LDH desempenha nas fibras de

contração rápida, que no decorrer do aumento da intensidade do exercício formam e

acumulam mais lactato superando a função do LDH nas fibras de contração lenta

que removem esse ácido láctico. Por fim, o terceiro, é referente desequilíbrio de

trabalho de produção e remoção do lactato durante o exercício. Esse desequilíbrio, é

visto através de coletas e análises do lactato no sangue de indivíduo em situação de

exercício intenso e progressivo, e comprovam que diante do aumento da intensidade

do exercício a produção de lactato continua por aumentar prejudicando a sua

remoção contribuindo para o seu acumulo (POWRES ; HOWLEY 1982).

De acordo com as descrições sobre o que leva a produção e o acumulo do

lactato até agora, o lactato não deve ser encarado somente causador da queda do

desempenho, pois, após o exercício, boa parte de sua produção é reconvertida em

glicose sendo utilizado por outros tecidos (coração, músculos esqueléticos e fígado)

por meio de um processo de gliconeogênese (BROOKS, 1986).

1.3.1 Máxima fase estável de lactato (MFEL)

26

Estudos relacionados os mecanismos metabólicos que controlam a produção

e remoção do lactato durante a transição do estado de repouso para o de exercício,

vem sendo desenvolvidos a partir de comprovações por meio de pesquisas que

demonstraram que a lactato de fato é formado através da contração muscular

(FLETCHER ; HOPKINS, 1907).

O termo máxima fase estável de lactato (MFEL) se refere, ao quanto a

capacidade máxima que os mecanismos de produção e remoção de lactato de um

individuo conseguem ser mantidos quando submetido a testes preferencialmente de

tempo extenso e com cargas adicionais progressivas. Com o intuito de identificar a

MFEL, muitos métodos foram criados, porém, um dos testes mais utilizados servindo

até como referencial a para tantos e outros testes após sua criação, são os testes de

limiar, sendo cada um com suas concentrações de lactato sanguínea pré-

estabelecidas: Limiar de Lactato (LL-1mM), Limiar Aeróbio(LAer-2mM) e

Anaeróbio(LAn-4mM) e Limiar anaeróbio individual (IAT-1,5 à 7,0mM) ( IVY et al.

1980 ; TANAKA et al. 1984 ; WELTEMAN et al.1990 ; COYLE et al. 1995 ;

KINDERMANN et al. 1979 ; WASSERMAN; Mc LORY, 1964 ; STGMANN et al.

1981). Um dos limiares de grande expressão e, que representa em média a MFEL

da maioria é o LAn.

A MFEL, é uns dos testes mais utilizados para se determinar com

fidedignidade a intensidade de esforço e o nível de condicionamento físico em que

um indivíduo se encontra. É definida, como a mais alta intensidade em que o

metabolismo aeróbio predomina sobre o anaeróbio e, também, é o máximo que os

mecanismos de produção e remoção do lactato, conseguem se manterem estáveis

medida que a intensidade do esforço aumenta progressivamente (BENEK, 1995 ;

BILLA, et al. 2003).

Sua aplicação é crescente para a elaboração de programas de treinamento

para todos que praticam exercícios físicos (BENEK, 1995). No entanto, sua resposta

frente ao exercício, dependerá do ergômetro (bicicleta, esteira e braço) utilizado.

Além da aplicação da MFEL em humanos, pesquisadores (OLIVEIRA ; LUCIANO ;

MELLO, 2005) introduziram-na em modelos experimental animal(ex. ratos de

laboratório), por terem um aproximação fisiológica bem parecido com a nossa, afim

de serem submetidos a os mesmos testes aplicados em humanos tendo em foco

uma resposta a vários métodos que foram levantados que demonstraram variações

27

da MFEL.

1.3.3 Aplicação em humanos

Existem duas formas para se aplicar a MFEL, por métodos invasivos e não

invasivos. Métodos invasivos são aqueles aplicados em laboratório e que dispõem

de ergômetros para os indivíduos realizarem exercícios. Os métodos não invasivos

são aqueles que não são aplicados em laboratório e sim, ao ar livre como por

exemplo, campos, locais que demandam mais espaço e pistas específicas para

práticas esportivas. Nos dois métodos, são coletados amostras de sangue para se

detectar as concentrações de lactato correspondente ao tipo de metodologia que

será utilizada.

Segundo Denadai (1999), as metodologias mais utilizadas para a

determinação da MFEL, são aquelas em que à a presença de incrementos de

cargas progressivas seja de forma contínua ou descontínua. Em razão disso, um

dos métodos de maior utilização com indicador das concentrações de lactato e que

se enquadram dentro das características propostas por Denadai, é o teste de LAn.

A despeito da determinação da MFEL por meio das concentrações

sanguíneas de lactato, existem alguns fatores que podem influenciar essas

concentrações como: idade, tipo de fibra muscular e disponibilidade de substrato.

Em relação à idade, Astrand (1984), em seus estudos, concluiu que a concentração

de lactato sanguíneo em crianças eram menores comparados a dos adultos quanto

expostos a exercício submáximo relativamente iguais. Uma possível explicação a

isso, está relacionada a pouca presença da enzimas que contribuem para a

formação do lactato em exercício e testosterona atuam também na hipertrofia

muscular, onde em crianças essa tecido ainda não está completamente

desenvolvido resultando numa menor atividade glicolítica (ERIKSSON, et al. 1973).

Diante dessas divergências sobre as concentrações de lactato sanguíneo em

crianças (6-14anos) e adultos, através de algumas pesquisas (WILLAMS ;

ARMISTRONG, 1991) em que crianças que foram submetidas ao teste submáximo

de 10 minutos, apresentaram no teste concentrações de lactato de

aproximadamente 2,5 mM, sendo esta fixada para determinação da MFEL. Sobre

fibras musculares e sua relação com o controle da produção de lactato, indica que

28

indivíduos que apresenta uma porcentagem de fibras vermelhas levam maior

vantagens quanto a produção e remoção do lactato quando submetidos ao teste de

LL (IVY, et al. 1980). Por fim, a correlação da disponibilidade de substrato para a

determinação da MFEL, está diretamente interligado com as reservas de glicose,

glicogênio (hepático e muscular) e ácidos graxos livres (AGL), quando estas

encontram- se em desequilíbrio, certamente ocasionará o descontrole na produção e

remoção de lactato (IVY, et al. 1981 ; YOSHIDA, 1984). Portanto, é de extrema

importância por parte dos avaliadores verificar a dieta e repouso dos indivíduos antes

da aplicação da MFEL.

2.4 Utilização em ratos

A aplicação da MFEL em ratos surgiu com um propósito de submeter os

animais as mesmas condições de esforços ao qual os humanos são submetidos a

afim da obtenção da resposta da concentração sanguínea de lactato para possíveis

explicações diante de desentendimentos com relação a métodos e tipos de

ergômetro aplicados (OLIVEIRA ; LUCIANO ; MELLO, 2005 ; MURDES, et al. 2004).

Gobatto et al. (2001) deram início ao aplicar o teste de MFEL em ratos

baseando-se no mesmo protocolo da identificação da estabilização do lactato

proposta por Heck et al (1985), ao submeterem a natação. Para o exercício de

natação, Gobatto et al (2001) adaptaram um piscina (100 cm diâmetro e 80

profundidade) para uma melhor adequação dos ratos e, estipulou o tempo de 20

minutos contínuos juntamente com a aplicação pesos correspondente a 5-10 % do

peso corporal (PC) atadas ao dorso com posterior coletas sanguíneas fixadas a

cada 5 minutos durante a natação. Diante disso, os autores encontraram o PC em

6% e as concentrações de lactato sanguíneo em 5,5 mM, e notaram que o resultado

das concentrações sanguíneas de lactato não eram compatíveis com a estabelecida

por Heck et al (1985) que é de 4mM. Em decorrência disso, outro estudo com a

aplicação da MFEL foi realizado com ratos que realizaram exercícios em esteira.

Pillis et al (1993) com base no teste de LAn proposto por (SJODIN ; JACOBS,

1981), submeteram a correrem na esteira aumentando progressivamente a

velocidade e, e nos tempos fixos de 5 minutos eram coletados amostras sanguíneas

para identificarem as concentração de lactato. No tempo de 25 minutos os animais

29

atingiram o LAn e as concentrações de lactato foi 4mM, coincidindo com teste

proposto ao qual se embasaram. Os dados apresentados sobre as concentrações

de lactato com resultados distintos para a identificação da MFEL indicam que o tipo

de ergômetro utilizado para realização de exercícios em animais também interferem

no controle das concentrações de lactato.

2 O EXPERIMENTO

2.1 Objetivos

Objetivo geral:

Verificar as alterações no condicionamento aeróbio com a manutenção

dos animais através do AE como promotor de atividade em ratos.

Objetivos específicos:

Avaliar nos animais mantidos na gaiola enriquecida:

- O aeróbio dos animais através do desempenho no teste de MFEL

- A massa corporal

- Massa adiposa epidimimais, viseral e retoperitoniais.

2.2 Metodologia

A pesquisa ocorreu no biotério do Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium, com ratos adultos da linhagem wistar (Rattus norvecigus

albinus wistar) mantidos em gaiolas coletivas e em ciclo claro/escuro de 12/12

horas, com temperatura controlada em 25ºC e livre acesso a água e alimento.

Para o bom desempenho da realização da pesquisa, o biotério onde se

encontraram os animais que foram utilizados nos testes experimentais é

situado num lugar afastado de eventuais barulhos e transtornos. Os testes

foram realizados no período matutino, sendo a limpeza das gaiolas realizadas

no período vespertino.

Os animais foram distribuídos aleatoriamente nos seguintes grupos

Controle: ratos que foram mantidos em gaiolas convencionais durante seis

30

semanas; grupo GE: ratos que foram mantidos na gaiola enriquecida durante

seis semanas.

Construção da GE para o biotério do Unisalesiano

Os efeitos benéficos do ambiente enriquecido ao organismo têm sido

intensamente estudos em diversos parâmetros sendo encontrados relevantes

resultados. O modelo da GE é uma ferramenta interessante para ser aplicada em

pesquisas e aulas práticas nos campos de conhecimento da área da saúde e

psicologia (SZTAINBERG &CHEN, 2010).

O protocolo para o desenvolvimento desta GE foi baseado em estudos

prévios publicados em periódicos internacionais renomados. A GE tem como

medidas 50x120x60 cm com o objetivo de manter cerca de 5-10 ratos. Foram

inseridas nela uma roda de atividade, três túneis, brinquedos coloridos, bebedouro e

comedouro adaptados.

Figura 1. Vista superior da gaiola enriquecida com os objetos inanimados,

garrafa com água e suporte para ração.

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013

Figura 2. Ratos na gaiola convencional.

31

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Figura 3. Roda de atividade inserida na gaiola enriquecida.

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A roda de atividade tem 20 cm de diâmetro e está acoplado em uma base

com um pilar (figura 3) onde está acoplado um ciclocomputador digital para o

controle do número e velocidade das voltas.

Figura 4. Os túneis e brinquedos inseridos na gaiola, bem como

o recipiente com ração.

32

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Figura 5. O recipiente para água adaptado para conseguir realizar o controle da

ingestão hídrica dos animais.

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Metodologia para a determinação da MFEL

Os animais foram submetidos a testes de esforços para identificação da

MFEL previamente e após 6 semanas de período experimental. A MFEL

equivale a mais alta concentração de lactato sanguíneo onde sua entrada na

circulação é compensada pela remoção durante exercícios com cargas

constantes. No presente estudo, cada teste consistiu de 30 minutos de natação

contínua suportando uma carga, com coleta de sangue, por corte na

extremidade da cauda a cada 5 minutos para a determinação das

33

concentrações de lactato. O critério de estabilização empregado será a

diferença igual ou inferior a 1,0mM de lactato sanguíneo entre 10 e 25 minutos

de exercício (GOBATTO et al, 2001). Após o teste de normalidade, os

resultados foram analisados estatisticamente por meio do Teste T de student

sendo utilizado o software SPSS®.

2.3 Resultados

Os resultados do experimento estão expressos em forma de Figuras.

Figura 6. Massa corporal (g) dos animais dos grupos controle (C) e mantidos em gaiola

enriquecida (GE). Valores expressos como média ± desvio padrão. * C≠GE; Teste t Student.

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Na figura 6. Pode ser observado que a manutenção no AE não promoveu

alterações nos tecidos adiposos epididimal direito ou esquerdos dos animais.

Tabela 1. Massa de tecido adiposo epididimal direita e esquerda (g) dos

animais mantidos em gaiola convencional (controle) ou gaiola enriquecida ao final do

período experimental.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Controle Gaiola enriquecida

Massa corporal (g)

34

Parâmetros

Grupos

Gordura epididimal

esquerda

Gordura epididimal

direita

Controle 3,25 1,25 3,25±0,7

Gaiola enriquecida 31,7 2,9±1,1

Valores expressos como média ± desvio padrão. * C≠GE (Teste T de student)

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

Tabela 2. Massa de tecido adiposo visceral, retoperitonial direita e

retoperitonial esquerda e dos animais mantidos em gaiola convencional (controle)

ou gaiola enriquecida ao final do período experimental.

Parâmetros

Grupos

Gordura visceral Gordura retoperitonial

direita

Gordura retoperitonial

esquerda

Controle 3,70,9 2,5 0,5 2,6±0,6

Gaiola enriquecida 3,11,1 2,81 3±1,2

Valores expressos como média ± desvio padrão. * C≠GE (Teste T de student)

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

A massa de tecido adiposo visceral, retoperitonial direito e retoperitonial

esquerda também não tiveram diferenças significativas entre os grupos estudados

(tabela 2).

Ao final do experimento, conforme pode ser observado na figura 6, os

animais mantidos no AE apresentaram valores reduzidos na massa corporal,

comparados aos animais controles. No entanto, não houve resultado

significativos em tecidos adiposos entre os grupos.

A figura 7 apresenta os resultados do teste de MFEL. Os resultados do

teste realizado previamente não apresentaram diferenças significativas, sendo

semelhantes entre os dois grupos estudados. Todavia, após o período

experimental os animais mantidos na gaiola enriquecida alcançaram a máxima

fase estável do lactato utilizando carga maior que nos animais controles.

35

Figura 7. Carga referente à máxima fase estável do lactato dos animais dos grupos

controle (C) e mantidos em gaiola enriquecida (GE) pré e pós o período experimental.

N=6 ratos por grupos *C≠GE – teste t student p<0.05

Fonte: Elaborada pelos autores, 2013.

2.4 Discussão

Segundo Araújo (2000), atividade física é todo tipo de movimento que leva a

contração dos musculoesqueléticos resultando em gasto energético acima dos

níveis de repouso. Essas atividades podem ser descritas com as atividades básicas

que são realizadas no dia-a-dia como caminhar até o trabalho, subir lances de

escada, pegar pesos ou empurrar objetos, consideradas atividades importantíssimas

para manutenção da sobrevivência da espécie humana.

Alguns estudos comprovam que a prática regular de atividades físicas

podem diminuir os riscos de uma pessoa desenvolver doenças cardiovasculares,

câncer, obesidade, hipertensão e doenças relacionadas ao sistema nervoso

(GUALANO et al, 2010). A falta da atividade física leva ao sedentarismo e, é o estilo

de vida sedentário levado pela maior parte da população mundial tem sido motivo de

muitas discussões entre os governantes das nações e a entidade responsável pela

saúde do planeta (OMS), pois, o sedentarismo de fato, está ligado a obesidade e

muitas outras enfermidades, gerando gastos exacerbados para os governos com

medicamentos e tratamentos clínicos. Sedentarismo significa, pouco ou

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

Controle Gaiola enriquecida Controle Gaiola enriquecida

36

praticamente nenhum movimento que leva a contração musculoesqueletica

resultando em pouco gasto energético abaixo dos níveis de repouso.

Algumas hipóteses que podem acometer uma pessoa a ter um estilo de vida

sedentária estão ligadas a falta de tempo em decorrência de responsabilidades com

o trabalho e família, desinteresse em fazer atividade física, falta de conhecimento

sobre a importância em fazer atividade física e o ambiente. O fator ambiente, foi o

motivo para o desenvolvimento deste experimento, pois, através de constantes

revisões literárias e de artigos relacionado ao ambiente enriquecido e seus diversos

benefícios, surgiu a ideia de avaliar o condicionamento aeróbio dos animais e outros

parâmetros importantes.

Desta forma, no presente estudo, pode ser comprovado através da MFEL que

a manutenção dos animais no AE promove a prática de atividade física. Todavia,

dentre os outros resultados a não alteração da massa adiposa, apesar da alteração

na massa corporal levanta novas questões que poderão ser respondidas utilizando

modelos animais como obesidade.

Estudos investigando os efeitos da atividade física voluntária têm

demonstrado diversos benefícios desta. Na gaiola enriquecida o animal tem

estímulos cognitivos, motores e comportamentais que podem aumentar o volume de

atividade física realizada. Dentre os diversos estímulos que existem para o animal

mantido na gaiola enriquecida, a roda de atividade parece ter um papel muito

relevante, além do deslocamento na gaiola enriquecida. Quando mantidos em

gaiolas que tenham rodas de atividade, os animais chegam a percorrer cerca de 10-

13 km/dia, aumentando o pico do consumo de oxigênio em 17% (HALSETH et al.,

1995). Esta necessidade é observada quando os animais são simultaneamente

treinados, reduzindo a prática de AFV (OUDOT et al., 1996).

Tal promoção da AFV pode trazer diversos benefícios, como por exemplo,

alterações na massa óssea. Um relevante estudo apresentou aumento da formação

óssea em animais que tinham acesso à AFV, observado pelo aumento da fosfatase

alcalina (GOSEKI et al., 1995).

Outras alterações importantes promovidas pela AFV são de ordem

metabólica, pois promove melhora na ação insulínica. Em ratos adultos, a AFV

aumenta o número de GLUT4 no músculo esquelético como leo e plantar, não

promovendo tal alteração em ratos idosos (GULVE et al., 1993; HALSETH et al.,

37

1995).

No presente estudo, a manutenção dos animais em GE reduziu a massa

corporal dos animais. Tal resultado corrobora com estudos prévios, como Suzuki

(1992) que verificaram que a AFV reduziu a massa corporal total em torno de 9%

(SUZUKI et al., 1992), apesar de aumentar a ingestão alimentar em torno de 23%

(SUZUKI et al., 1992).

A massa adiposa, porém, não apresentou diferenças significativas entre os

grupos estudados, sendo possível que a redução não foi apenas neste tecido, mas

também em outros tecidos que não foram estudados.

2.5 Conclusão

O presente experimento, permite afirmar que os animais mantidos no AE

mantiveram seu condicionamento aeróbio e quando comparados ao grupo controle

tiveram valores maiores no pós teste da MFEL, demonstrando que a manutenção no

ambiente enriquecido traz benefícios ao condicionamento aeróbio.

Tal achado poderá contribuir para futuros estudos envolvendo o AE para

manutenção dos animais ou para estimular as pessoas a fazerem atividade física

voluntária.

38

REFERÊNCIAS

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experimentação . Ed. Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP- SP, 2004.

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45

ANEXOS

Tabela 1. Massa de tecido adiposo epididimal direita e esquerda (g) dos

animais mantidos em gaiola convencional (controle) ou gaiola enriquecida ao final do

período experimental.

Parâmetros

Grupos

Gordura epididimal

esquerda

Gordura epididimal

direita

Controle 3,25 1,25 3,25±0,7

Gaiola enriquecida 31,7 2,9±1,1

Valores expressos como média ± desvio padrão. * C≠GE (Teste T de student)

Tabela 2. Massa de tecido adiposo visceral, retoperitonial direita e

retoperitonial esquerda e dos animais mantidos em gaiola convencional (controle)

ou gaiola enriquecida ao final do período experimental.

Parâmetros

Grupos

Gordura visceral Gordura retoperitonial

direita

Gordura retoperitonial

esquerda

Controle 3,70,9 2,5 0,5 2,6±0,6

Gaiola enriquecida 3,11,1 2,81 3±1,2

Valores expressos como média ± desvio padrão. * C≠GE (Teste T de student)