UNIVAP – UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FCSAC – FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E

COMUNICAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PROGRAMA RADIOFÔNICO JORNALÍSTICO:

“VALE NOTÍCIAS”

AURELIO BULHÕES PEDREIRA DE MORAES E NÍCOLAS ALBERTO

RIBEIRO MACRINA

São José dos Campos , SP

2009

AURELIO BULHÕES PEDREIRA DE MORAES E NÍCOLAS ALBERTO

RIBEIRO MACRINA

PROGRAMA RADIOFÔNICO JORNALÍSTICO “VALE NOTÍCIAS”

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à FCSAC – Faculdade de Ciências Sociais

aplicadas e Comunicação da Universidade do Vale do Paraíba, como parte dos requisitos

necessários para a obtenção do título de Bacharel em Jornalismo, aprovado pela seguinte

banca examinadora:

Prof. Msc.Celso Meneguetti (UniVap)__________________________________

Profa. Msc. Melissa Luchi (UniVap)___________________________________

Prof. Msc. Filipe Coutinho (UniVap)__________________________________

São José dos Campos, 27 de Novembro de 2009 (data de aprovação)

Aurelio Bulhões Pedreira de Moraes e Nícolas Alberto Ribeiro Macrina

PROGRAMA RADIOFÔNICO “VALE NOTÍCIA”

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à FCSAC – Faculdade de Ciências Sociais aplicadas e Comunicação da Universidade do Vale do Paraíba, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Jornalismo.Orientador: Prof.Msc. Celso Meneguetti

São José dos Campos, SP

2009

RESUMO

O presente trabalho visa demonstrar como o rádio pode ser importante no cotidiano dos

jovens, com o radiojornalismo. Foram analisados programas de três grandes rádios do Vale do

Paraíba, onde foram constatados, em seus programas jornalísticos, excessiva leitura de

jornais, baixa participação de ouvintes e pouca produção de reportagens investigativas. Com

a pesquisa quantitativa, aplicada a alunos do ensino médio e fundamental de São José dos

Campos, demonstrou-se que existe espaço para novos programas radiojornalísticos e para a

introdução de melhorias nos programas já existentes. Pretendeu-se criar um programa que,

além de noticiar os fatos mais relevantes do cotidiano da região e do mundo, abordasse

também temas pouco lembrados pela maioria dos programas deste gênero, como esportes

menos abordados pela grande mídia e a cultura.

Palavra-chave: jornalismo, rádio, comunicação, radiojornalismo, Vale do Paraíba

ABSTRACT

This essay intends to demonstrate how radio, particularly radio journalism, can be important

in the ordinary lifes of young people. Broadcasted programs from three big local stations were

analyzed and evidence for excessive newspaper reading, little interaction with the listeners

and low production of investigate reports was found. With the quantitative analysis, applied to

students of middle and high school of São José dos Campos, it was demonstrated that there is

a niche for new programs of radio journalism and for introduction of improvements in the

ones that already exist. It was intended to create a program that not only would supply

information on local current events but would also display neglected themes typical by most

of the programs of this genre such as sports less remembered by the major media and culture.

Keyword: journalism, radio, communication, radio journalism, Vale do Paraíba

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 06

CAPÍTULO 1 – A HISTÓRIA DO RÁDIO ....................................................................... 07

CAPÍTULO 2 - O RÁDIO NO BRASIL ............................................................................ 10

CAPÍTULO 3 - GÊNEROS DE PROGRAMAÇÃO RADIOFÔNICA ...........................15

CAPÍTULO 4 – O PROGRAMA JORNALÍSTICO ......................................................... 19

CAPÍTULO 5 – JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 21

CAPÍTULO 6 – METODOLOGIA DE PESQUISA ......................................................... 23

CAPÍTULO 7 – PESQUISA COM O PÚBLICO-ALVO ................................................. 25

CAPÍTULO 8 – ANÁLISE DE PROGRAMAS JORNALÍSTICOS ............................... 32

CAPÍTULO 9 – DISCUSSÃO .............................................................................................. 34

CAPÍTULO 9– ESTRUTURA DO PROGRAMA “VALE NOTÍCIAS” ........................35

CAPÍTULO 10 – ESPELHO DO PROGRAMA .............................................................. 39

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 67

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 68

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INTRODUÇÃO

Seja no trânsito, em casa ou no trabalho, o jornalismo de radio sempre tem um

público cativo.

O rádio possui uma grande importância como veículo de informação, mesmo

com a concorrência da TV, do jornal impresso e da internet. Por meio as pesquisas

bibliográfica e documental, foi possível conhecer como é feito o radiojornalismo transmitido

aos moradores da região.

A hipótese deste trabalho é que o Vale do Paraíba possui um jornalismo de rádio

com pouca diversificação, que não aborda profundamente os temas do cotidiano, pouco se

refere a outros esportes, além do futebol, e também se abre pouco espaço aos ouvintes. Após

esta análise, pretende-se criar um programa radiojornalístico, que além de noticiar os fatos do

cotidiano, dê destaque também à cultura e aos esportes pouco citados na mídia, como o rugby

e o kickboxing.

O trabalho de pesquisa bibliográfica serve para dar embasamento teórico sobre a

história do rádio, conceituar o gênero jornalístico no rádio e o embasamento técnico para a

elaboração da pauta do programa. Com a pesquisa quantitativa, feita para otimizar o

programa, verificou-se a relação entre o público-alvo e o rádio. Por fim, a pesquisa

documental, em que foram ouvidos programas “Jornal Piratininga”, “Jornal Bandeirantes

Gente” e “Jornal Stereo Vale”, para saber o que vem sendo veiculado nos noticiários

jornalísticos da região.

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1.A HISTÓRIA DO RÁDIO

A tecnologia utilizada no rádio começou em 1830 e foi até o final da década de

1910.Utilizando as pesquisas sobre ondas eletromagnéticas e os resultados obtidos com a

invenção do rádio por Guglielmo Marconi, a radiodifusão sonora é fruto de um trabalho

interdisciplinar de vários cientistas, como, quando em 1863, o físico britânico James Clerk

Maxwell demonstrou que o efeito conjunto entre magnetismo e eletricidade se manifesta no

espaço, que se originou um campo onde estes se propagam por vibração ondulatória com a

velocidade da luz. Em 1887, o físico alemão Heinrich Rudolf Hertz comprovou as teorias de

Maxwell. Suas experiências ficaram conhecidas como hertzianas.

Gugliermo Marconi, antes de tudo, foi um homem visionário, com um grande tino

para negócios. Com sua empresa, era dono de patentes sobre diversos inventos que ele

aprimorou com a tecnologia da radiotelegrafia, também desenvolveu novos e potentes

equipamentos. Por exemplo, em 1894, sua aparelhagem incluía um oscilador semelhante ao

de Heinrich Hertz, porém bem mais potente.

As primeiras transmissões feitas em suas tentativas alcançavam no máximo

um quilômetro, o que mudou no dia 27 de julho de 1896, quando, na Grã-Bretanha, ele

realizou a primeira demonstração pública confirmada da radiotelegrafia (FERRARETO,

2007).

Após estas demonstrações, Marconi conseguiu a patente do telégrafo sem fio.

Em 1901, ele conseguiu enviar o primeiro sinal radiotelegráfico transoceânico, entre Canadá e

Grã-Bretanha.

Tavares (1999), em “Histórias que o rádio não contou”, trata dessa transmissão:

De experiência em experiência, notadamente na Inglaterra, no dia 12 de dezembro de 1901 ele conseguiu transmitir por radiotelegrafia sinais de Poldhu, na Cornualha, para a Terra nova.(TAVARES,1999,p.20)

Pouco conhecido é o trabalho do padre gaúcho Roberto Landell de Moura, que

paralelamente às descobertas em outros países, desenvolvia experimentos que segundo

divulgadores de suas pesquisas, eram muitas vezes superiores aos resultados obtidos por

cientistas estrangeiros. Entre 1893 e 1894, Landell realizou suas primeiras experiências

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envolvendo a transmissão e a recepção de sons por meio de ondas eletromagnéticas. Em 1904,

o Departamento de Patentes dos Estados Unidos concedeu a Roberto Landell três cartas

patentes: para um telégrafo sem fio, um telefone sem fio e um transmissor de ondas. Sobre o

registro de suas patentes, Tavares, em “Histórias que o rádio não contou”, descreve:

Para obter as patentes tão desejadas (The Patent Office), foi obrigado a construir um modelo de cada equipamento, para demonstração da funcionalidade dos mesmos. (TAVARES,1999,p.25)

O desconhecimento a respeito das pesquisas de Landell provavelmente possui

motivos econômicos e políticos, pois existia um interesse militar no fato da radiotelegrafia

poder facilitar as comunicações militares entre uma frota e os navios.

Em 1897, começou a surgir a indústria eletroeletrônica. A primeira empresa do setor

foi de Marconi, a Wireless Telegraph and Signal Company Limited.

O surgimento “oficial” da radiodifusão sonora se dá em 1906, quando o físico Lee

DeForest desenvolve o triodo ou válvula amplificadora, que aumenta as características do

sinal eletromagnético. A primeira transmissão eficiente e comprovada se dá no mesmo ano,

quando o canadense Reginald A. Fessenden transmitiu trechos da Bíblia, ao som de um

violino e uma gravação fonográfica. Sua estação estava no estado de Massachussetts e foi

ouvida em navios na costa norte-americana. Com seus experimentos, Fessenden desenvolveu

a estrutura básica do processo de transmissão em amplitude modulada, utilizado até hoje.

Em 1916, o russo, radicado nos Estados Unidos, David Sarnoff começa a vislumbrar

um grande potencial comercial na Marconi Company, utilizando a tecnologia inventada pelo

italiano para a criação de um novo produto. (TAVARES, 1999).

Ele já antevia a possibilidade de uma “caixa de música radiofônica”, onde a pessoa,

ao girar uma chave, pudesse escutar as músicas transmitidas, além de receber notícias.

A indústria da radiodifusão surge em 1920, em Pittsburg, com as transmissões da

KDKA, emissora criada pela gigante da indústria de equipamentos receptores Westinghouse.

Seu principal marco foi ser a primeira transmissora de conteúdos, como na forma que existe

atualmente.

Existe uma pequena polêmica sobre qual foi a primeira emissora, já que a KQW, de

San José, começou suas transmissões regulares em 1912, mas a KDKA foi a primeira a obter

licença comercial para funcional e a transmitir constantemente deste então (FERRARETO,

2007).

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O primeiro receptor de rádio viável comercialmente foi inventado por Henry

H.C. Dunwoody em 1907, que era uma alternativa barata aos então caros aparelhos

produzidos industrialmente.

No início da década de 20, poucas indústrias estavam no mercado da radiodifusão.

Desenvolvendo as principais tecnologias necessárias, a American Marconi e a General

Electric tinham pleno domínio do mercado, o que mudou quando a American Telegraph and

Telephone Company, de Alexander Graham Bell, começou a questionar o domínio

tecnológico crescente por parte da indústria de Marconi. Este acabou tendo que vender suas

ações à Radio Corporation of America (TAVARES, 1999).

Em 1926, surgiu a partir da RCA a National Broadcasting Corporation (NBC), que

foi a primeira rede norte-americana. Em Nova Iorque, surgiu a WEAF, primeira emissora

sustentada pela publicidade e criada pela AT&T.

Com o tempo, o modelo foi copiado e graças ao barateamento das tecnologias de

radiodifusão e outras emissoras surgiram.

Não demorou para que o rádio se espalhasse pelo mundo. Já nas primeiras duas

décadas do século XX, já haviam transmissões regulares na Europa, no Japão, na Austrália,

no Brasil e na Argentina (TAVARES, 1999).

Também se pode destacar a criação da British Broadcasting Corporation (BBC),

empresa inglesa de radiodifusão estatal, em 1926. Seu marco foi ser a primeira a fazer rádio

baseado em um serviço público, independente do governo e alheio aos interesses das

indústrias radiofônicas, financiado pelos usuários do serviço.

O modelo de radiodifusão pública inglês dominou o cenário europeu por bastante

tempo, ao contrário do Brasil, onde a influência americana sempre foi predominante

(FERRARETO, 2007).

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2. O RÁDIO NO BRASIL

Uma das causas que motivaram a vinda do rádio para o Brasil foi o fim da Primeira

Guerra Mundial, quando as grandes indústrias eletroeletrônicas norte-americanas começaram

a procurar novos mercados consumidores.

A primeira demonstração de radiodifusão no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro

de 1922, no Rio de Janeiro. A transmissão foi organizada pelas empresas norte-americanas

Western Eletric e Westinghouse, durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro.

A demonstração promovida pelo capital estadunidense havia atingido o seu objetivo,

ou seja, fomentar o pioneirismo do rádio no Brasil. Em 1923, com a criação da Rádio

Sociedade do Rio de Janeiro, inicia-se a trajetória do Rádio no Brasil. (JUNG, 2005)

A primeira emissora regular foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fomentada

pelo professor e cientista Edgard Roquette-Pinto, que ficou conhecido como o pai do rádio

brasileiro, que havia se interessado pelos equipamentos radiofônicos durante as

demonstrações das indústrias norte-americanas.

Em outubro de 1923, com muita precariedade, Roquette-Pinto e seus associados

começaram a realizar transmissões de rádio com mais frequência, com programas de notícias,

números infantis e números musicais (FERRARETO, 2007).

Jung descreve um pouco o cotidiano de Roquette-Pinto, no começo do radiojornalismo

no Brasil:

Com um lápis vermelho na mão, o professor Edgar Roquette-Pinto lia atentamente os principais jornais do Rio de Janeiro. As notícias mais interessantes ou fatos curiosos eram sublinhados, tarefa encerrada só depois de virada a última página [...]. O programa não tinha hora para começar. Ou melhor, tinha:assim que Roquette-Pinto terminasse a leitura dos jornais impressos. (JUNG,2005,p.19)

Aos poucos, de 1923 até 1930, começaram a surgir emissoras em diversos estados

brasileiros, todas baseadas na experiência bem-sucedida no Rio de Janeiro. Em 1932, a

publicidade no rádio é regulamentada, o que gerou uma captação de recursos maior para as

emissoras, que podiam cada vez mais investir em novos equipamentos e ampliar suas

programações. Com isto, começavam a desaparecer os objetivos educativo-culturais de

Roquette-Pinto, causando assim uma massificação na programação. Ainda naquele ano, surgia

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o Esplêndido programa, de Waldo de Abreu, feito exclusivamente para entreter os ouvintes.

(JUNG, 2005)

Naquele ano também começava a surgir o uso político da Radiodifusão Sonora,

quando estudantes invadem a Rádio Record, para fazerem um protesto contra o governo.

Também na década de 30, surge a obrigatoriedade do programa Hora do Brasil.

Ferrareto (2007) conta:

Com a revolução de 1930, o novo presidente da república, Getúlio Vargas, incentiva o crescimento industrial como saída para os problemas econômicos. Está nascendo um Brasil mais urbano e moderno. O rádio começa a se estruturar, não mais como novidade, mas sim se constituindo em um veículode comunicação que, ao buscar lucro, volta-se para a obtenção constante de anunciantes e de público. (FERRARETO, 2007, p.102)

Em 1927, a indústria eletroeletrônica Byington & Cia cria a Rede Verde-Amarela,

que foi a primeira rede brasileira de emissoras de rádios. A primeira emissora foi a Rádio

Cruzeiro do Sul, de São Paulo. Na década seguinte, tornaram-se corriqueiras as transmissões

de jogos de futebol, com destaque para a primeira cobertura esportiva da Copa do Mundo de

1938, na França.

Em 1936, surge uma das rádios que mais marcou este veículo no Brasil: A Rádio

Nacional. A princípio uma empresa privada, foi estatizada pelo presidente Getúlio Vargas em

1940, transformando-a na rádio oficial do Estado Novo (FERRARETO, 2007).

Interessado no potencial da rádio como um instrumento de poder do Governo, o

Estado Novo investia os lucros advindos da publicidade na contratação dos melhores músicos,

radioatores e cantores da época, além de sempre investir nos mais modernos equipamentos de

transmissão. A rádio foi pioneira no Brasil em vários gêneros radiofônicos, como

abordaremos a seguir (FERRARETO, 2007).

Um gênero que merece destaque neste primórdio do Rádio Brasileiro é o Programa

Humorístico. Surgido em 1931, na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, o programa

“Manezinho e Quintanilha” era apresentado pelos atores Salu de Carvalho e Artur de Oliveira.

Apesar de surgir nesta década, os grandes programas deste gênero se tornaram populares na

década seguinte, com programas como “Edifício Balança mais Não Cai “ e Piadas do

Manduca (FERRARETO, 2007).

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Também podem ser destacadas as Radionovelas da década de 30, que possuíam uma

temática quase sempre Romântica. A primeira se chamou “Em busca da felicidade”, de

autoria do cubano Leandro Blanco. O texto foi importado pela Empresa de Propaganda

Standard, que enxergava no veículo um excelente meio de publicidade.

A mais famosa Radionovela do Brasil, “O direito de nascer”, foi ao ar entre 1951 e 1952, pela

Rádio Nacional.

De grande apelo popular, os programas de auditório do Rádio Brasileiro também

merecem atenção. A Rádio Nacional destacava-se pela excelência na produção de programas

deste gênero. Com Paulo Gracindo apresentando “Calouros do Ary”, em 1945, a emissora

conseguia cada vez mais conquistar os ouvintes e consequentemente, mais lucros com a

publicidade (FERRARETO, 2007).

Com a Segunda Guerra Mundial, aumentou a importância do Rádiojornalismo

brasileiro. Com o jornal “Repórter Esso”, em 1941, o jornalismo no rádio, que antes se

limitava à leitura dos jornais impressos, ganhou expressão própria, com um dinamismo e até

um toque de dramaticidade ao noticiar os fatos. Sendo a princípio transmitido pela Rádio

Nacional (Rio de Janeiro) e pela Record (São Paulo), começou a ser também a ser transmitido

por outras rádios do país no ano seguinte (FERRARETO, 2007).

O mais famoso locutor do Esso foi o gaúcho Heron Domingues, que assumiu o posto de

locutor exclusivo em 1944. Com ele, foram criadas as seções “Jornais Falados” e

“Reportagens do Nacional”, onde pela primeira vez no rádio do Brasil surgiu uma rotina e

uma hierarquia peculiar ao jornalismo radiofônico (FERRARETO, 2007).

O programa ficou na Nacional até 1962. Seis anos depois, foi ao ar a última edição

do “Repórter Esso”, pela Rádio Globo.

Um dos grandes personagens do rádio no Brasil foi o empresário Assis

Chateaubriand, que criou e comandou ao longo de sua vida os Diários e Emissoras

Associados, a maior rede de comunicações da história do Brasil. A primeira emissora de rádio

do conglomerado foi a Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, criada em 1935. Em sua inauguração,

estava presente o italiano Guglielmo Marconi, pioneiro da radiodifusão (FERRARETO,

2007).

O pioneirismo de Chateaubriand na radiodifusão também significou o fim da era de

ouro desta quando em 1950 ele criou a TV Tupi. Imediatamente o novo veículo começou a

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“importar” profissionais já consagrados do rádio, esvaziando a audiência deste. Assim, ela

trouxe do rádio suas principais atrações, como o programa de auditório e as novelas.

O rádio começou a procurar novos caminhos, como a se restringir à transmissão de

músicas e à difusão de fatos, como as transmissões esportivas. No final da década de 60,

começa a ganhar força o radiojornalismo e a prestação de serviços. Surge no início dos anos

70, na rádio Jovem Pan, o “Jornal de Integração nacional”. Aos poucos, a Jovem Pan tornou-

se um canal de serviços à população, com informações meteorológicas, o trânsito das cidades,

seus problemas etc (JUNG, 2005).

Com as conquistas do Brasil nas Copas de 1958 e 1962, ganhou força no país o

rádio esportivo. Surgida na década de 40, a Rádio Gazeta começa a conquistar espaço neste

filão, com transmissões de jogos de futebol e programas de debate sobre esportes.

Surgida em 1937, a Rádio Bandeirantes foi outra que até hoje é referência no

jornalismo esportivo, tendo passado por ela locutores consagrados como Tito Lívio Fleury

Martins e Mário de Carvalho Araújo (JUNG, 2005).

A rádio em Frequência Modulada (FM) chega ao Brasil através da Difusora FM em

1970. Sua programação transmitia majoritariamente músicas, além de noticiários.

No início dos anos 80, chega ao país o rádio via satélite. A tecnologia permite que,

por exemplo, a Rede Bandeirantes, com um canal de satélite próprio, transmita sua

programação a partir de São Paulo para todo o Brasil, com um longo alcance de transmissão e

maior qualidade (TAVARES, 1999).

Outro fenômeno desta época, que começou a surgir nos anos 70 e consolidou-se na

década de 80 foi a segmentação das emissoras, ou seja, cada rádio buscou um público

específico. Por exemplo, com o movimento das “Diretas já”, em 1984, e suas pressões pela

abertura política no Brasil, cresceu o interesse pelo jornalismo em tempo integral. A pioneira

é a Jornal do Brasil AM, do Rio de Janeiro, que implantou no país o rádio exclusivamente

voltado às notícias 24 horas por dia.

No país, também merecem atenção outros dois fenômenos: as emissoras educativas e

as “igrejas radiofônicas”. As emissoras educativas, como a Rádio MEC AM do Rio de

Janeiro, são voltadas ao ensino e a uma tentativa de até popularizar a cultura erudita no rádio,

com destaque, por exemplo, para a transmissão de música clássica, o que praticamente não

ocorre nas emissoras exclusivamente comerciais. As emissoras educativas em geral

sobrevivem exclusivamente de verba estatal.

Nos anos 80 e 90, surgiu no Brasil o protestantismo via rádio. Um exemplo disto é o

messianismo da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo em 1977. Neste

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ano, com dinheiro doado por uma fiel, são alugados dez minutos na Rádio Metropolitana, no

Rio de Janeiro. Cinco anos depois, a Igreja Universal passa a lugar espaço em rádios baianas,

acabando por arrendar uma emissora em Salvador. Em 1984, Edir Macedo comprou sua

primeira emissora, a Copacabana, no Rio. A partir daí, os investimentos em comunicação não

pararam (FERRARETO, 2007).

Para fazer espalhar a sua propaganda religiosa, com exorcismos e pregações, Macedo

adquiriu várias rádios no país, atraindo espantosamente fiéis, que ao ouvirem a “propaganda”

de sua igreja, acabaram por procurar os templos e oferecerem grandes contribuições em

dinheiro. Jung (2005) trata da sobre esta segmentação:

Católicas ou evangélicas, as rádios religiosas também se orientam por segmentação própria. Algumas usam o microfone como campanário e têm no estúdio o altar para a pregação da palavra. Outras exploram música como forma de catequizar. E há aquelas que dão à programação orientação jornalística. (JUNG,2005,p.59)

Um frequente problema nas telecomunicações do Brasil são as rádios comunitárias.

Embora existam muitas rádios legalizadas, como a Favela FM, de Belo Horizonte, também é

constante o problema das emissoras clandestinas, que operam em frequências normalmente

utilizadas pelos aeroportos, atrapalham as operações destes e proporcionam riscos à

comunicação entre aviões e torre de comando. (TAVARES, 1999)

Mesmo com percalços, o rádio ainda é um vital instrumento de comunicação no

Brasil. Diariamente, milhões de pessoas se informam com este veículo, como os trabalhadores

ao ouvir as notícias pela manhã. Também entretém, seja com programas de humor ou com

música (TAVARES, 1999).

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3.GÊNEROS DE PROGRAMAÇÃO RADIOFÔNICA

3.1- Programa:

Pode ser gravado, ao vivo ou intercalando as duas possibilidades de transmissão.

Pode ser apresentado direto do local dos acontecimentos, do estúdio ou de um auditório

(FERRARETO, 2007).

3.2- Noticiário:

No noticiário são difundidas notícias em forma de textos (curtos ou não) e

reportagens. Os gêneros deste tipo de programa são:

3.2.1- Síntese Noticiosa:

Resume os principais acontecimentos ocorridos desde sua última transmissão. Nele,

o texto curto e objetivo se predomina e ao fim do noticiário é destacado o acontecimento mais

importante. Este tipo de programa costuma variar entre cinco e dez minutos.

Exemplo: Boletim da Globo –R.J (Rádio Globo AM) (FERRARETO, 2007).

3.2.2- Radiojornal:

É a versão do jornal impresso no rádio. Possui várias formas jornalísticas, como

comentários, editoriais e seções fixas (esportes, meteorologia, trânsito etc).Os temas são

apresentados de acordo com as regiões geográficas das notícias, similaridade ou em fluxo

(FERRARETO, 2007).

Ex.: Jornal da CBN

3.2.3- Edição extra:

Quando ocorre algo muito significativo, a programação da rádio é interrompida para

entrar a edição extra, um pequeno informativo sobre algo que não pode esperar o próximo

noticiário da emissora. Costuma ser marcado por uma trilha sonora forte, para chamar a

atenção do ouvinte (FERRARETO, 2007).

3.2.4- Toque Informativo:

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É marcado pela informalidade, pois permite comentários improvisados a respeito das

notícias. É bem comum em emissoras musicais e costuma apresentar uma ou duas notícias

(FERRARETO, 2007).

3.2.5- Informativo especializado:

Trata sempre de uma área específica, com uma área de cobertura bem determinada.

Exemplo: Programa “Balanço final”, da Rádio Globo AM de São Paulo. Nele são

apresentadas as notícias da rodada de futebol do fim de semana (FERRARETO, 2007).

3.2.6- Programa de entrevista:

Possui grande destaque na programação das emissoras jornalísticas de rádio. Centra-

se na figura do apresentador, que chama os repórteres, dá sua opinião sobre o tema e anuncia

e conduz as entrevista (FERRARETO, 2007).

3.2.7- Programa de opinião:

É marcado pela opinião do apresentador, que sempre é a atração principal do

programa, ao lado das opiniões de comentaristas e repórteres. Fundamenta-se muito na visão

pessoal que o apresentador tem da realidade, assim como nas polêmicas geradas por seus

comentários (FERRARETO, 2007).

3.2.8- Mesa-redonda:

Tendo convidados de diversas áreas e/ou participantes fixos, aprofunda e interpreta

temas da atualidade. Pode ser de dois tipos:

Painel:

As opiniões dos integrantes da mesa se contrapõem sucessivamente. Mesmo com

divergências de opiniões, procura=se manter uma visão abrangente sobre o tema abordado.

Debate:

Visa sempre a polêmica, com participantes que tenham opiniões conflitantes entre si

sobre o tema do debate (FERRARETO, 2007).

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3.2.9- Documentário:

Aborda um tema específico em profundidade, com base em uma vasta pesquisa de

dados e de arquivos sonoros. Reconstitui fatos relevantes de interesse geral. É um gênero

pouco comum no Brasil. Possui um roteiro prévio e recursos de sonoplastia (efeitos sonoros)

(FERRARETO, 2007).

3.2.10- Radiorevista ou programa de variedades:

Visa informar e entreter o ouvinte. Possui prestação de serviços, temas

diversificados, entrevistas com artitas do momento e execução de músicas. Em emissoras

jornalísticas a ênfase dos assuntos abordados está na cultura e no lazer, intercalados

(FERRARETO, 2007).

3.3- Programa Humorístico:

Teve uma era de ouro nas décadas de 30, 40 e 50. Possuía um grande trabalho de

sonoplastia e um roteiro bem elaborado. Mesmo com as piadas e os “sketches”(quadros de

humor) preparados com antecedência, predomina a capacidade de improviso dos comediantes

(FERRARETO,2007).

3.4- Dramatização:

Pouco comum atualmente, também teve seus tempos áureos no passado. Na década

de 1950, por exemplo, as famílias se reuniam na sala em torno do rádio para ouvirem a

radionovela. Hoje em dia é mais utilizado como estratégia de marketing, para promover

produtos específicos.

Existem três tipos de dramatização:

Unitária

Peça radiofônica, com um enredo que se desenvolve em um só programa.

Seriada

Dramatização periódica com personagens que se mantém de um programa para o

outro. Estórias que possuem início, meio e fim em cada edição (FERRARETO, 2007).

Novelada

O enredo é encadeado em vários capítulos, visa manter uma audiência cativa que

sempre aguarda o desenrolar da trama, que pode durar vários meses (FERRARETO, 2007).

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3.5- Programa de auditório:

Esta forma de programa não sobreviveu ao fim da era do rádio espetáculo. Nela, o

apresentador comanda números musicais (como a apresentação de bandas e conjuntos) e

humorísticos, podendo ter também entrevistas (FERRARETO, 2007).

Uma das poucas emissoras que ainda mantém o formato é a Rádio Nacional AM do

Rio de Janeiro, que possui vários programas com auditório aberto.

Exemplos:

Programa “Alô Daisy”, apresentado por Daisy Lúcici, onde são debatidos problemas dos

moradores do Rio de Janeiro.

Programa Musi Show, revivendo as músicas das décadas de 60, 70 e 80

(FERRARETO, 2007).

3.6- Programa musical:

Muito comum na programação das emissoras em frequência modulada, ocupou

o espaço deixado pelos programas humorísticos, de auditório e dramatizações que saíram

bastante de cena após a década de 1950, com a popularização da televisão (FERRARETO,

2007).

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4. O PROGRAMA JORNALÍSTICO

Seja no trânsito, em casa ou no trabalho, o radiojornalismo sempre tem um

público cativo. No Brasil, uma das maiores emissoras do gênero é a rádio CBN, que utiliza o

slogan “a rádio que toca notícia”. Ao contrário do que pode ser pensado, não existe uma

concorrência direta entre o rádio e os outros veículos de comunicação. Como diz Milton Jung,

em “Jornalismo de rádio”:

O impacto proporcionado pela televisão pode ter ocasionado prejuízos, mas o rádio encontrou seu caminho e reinterpretou seu papel entre as mídias.(JUNG, 2005, p.50)

O horário de maior audiência do radiojornalismo no Brasil é o matutino, pois 83% da

frota de carros do país possuem o aparelho. Ou seja, a maior fonte de informações para os

brasileiros que vão para o trabalho é o rádio. Não se pode esquecer também que o ouvinte

costuma fazer outras coisas enquanto ouve o noticiário no rádio. O jornalismo neste veículo

tem de ser dinâmico e objetivo. Não há tempo ou espaço para se estender muito nos detalhes

de uma notícia, que deve ser lida com extremo cuidado, para que o ouvinte a compreenda na

primeira vez que ela é transmitida. A linguagem deve ser simples, clara e objetiva e evitar

palavras pouco utilizadas no cotidiano. (BARBEIRO, 2001)

Outro cuidado requerido é a entonação e a impostação da voz, para garantir a

imparcialidade no rádio. Afinal, é o ouvinte que deve fazer seus julgamentos sobre o quão

triste ou o quão revoltante é uma notícia, e não o radialista.

Como a rádio tem uma audiência rotativa, com ouvintes muitas vezes escutam a

notícia pela metade ou apenas um fragmento, Jung (2005) alerta:

Assuntos que são destaque no noticiário devem ser retomados no decorrer do programa com abordagem diferente, seja entrevista, reportagem, nota ao vivo ou mesmo a partir da mensagem de um ouvinte. As sínteses noticiosas como o resumo da última meia hora é estratégia sempre adotada com resultado positivo. (JUNG, 2005, p.63)

Obviamente, existe o radiojornalismo segmentado. Sejam programas de notícias

específicos sobre esportes ou política, os cuidados básicos para um programa deste gênero

sempre são os mesmos. De qualquer forma, programas com temas específicos são cada vez

20

mais comuns, ainda mais com a internet, onde o ouvinte pode ouvir o programa que quiser,

sobre o tema que lhe interessar a qualquer momento.

Ferraretto (2007) ressalta:

A notícia no rádio não é, entretanto, apenas correspondente ao lide da imprensa escrita. Possui suas próprias características para abertura e desenvolvimento do texto, em seu conjunto, deve responder às indagações clássicas do jornalismo.( FERRARETO, 2007, p.202)

A ética é outro aspecto primordial no rádio (não só no gênero jornalístico). A

influência dos patrocinadores não deve ser tolerada no editorial de um jornal, para não

interfira nas informações recebidas pelo ouvinte. Obviamente, a publicidade é fundamental

para se manter uma rádio, pois é ela que arca com os custos da produção e da transmissão dos

programas. No entanto, ela paga custeia a qualidade do conteúdo, mas o editorial não pode

estar à venda. Barbeiro (2001) destaca:

Gravar entrevista sem o conhecimento da pessoa, jamais, seja quem for. A busca da audiência incentiva o jornalista a gravar entrevista ou colocar o entrevistado no ar sem o seu conhecimento. É uma falsa atividade de jornalismo investigativo. Além de caracterizar invasão de privacidade, essa atitude põe em risco a integridade dos personagens, que são julgados pela opinião púbica por frases isoladas ou declarações truncadas fora do contexto dos acontecimentos. (BARBEIRO,2001,p.19)

Em suma, a atividade do radiojornalismo deve ser cercada dos mesmos cuidados que

o jornalismo impresso e o televisivo, além dos cuidados decorrentes de suas peculiaridades.

Nos programas jornalísticos de rádio, uma prática muito comum é pegar o jornal do

dia e ler, de forma resumida, as notícias. Muitos rádios não investigam as notícias, apenas

repassando-as desta forma. Em vez de ficar neste lugar comum, o rádio pode e deve explorar

e investigar o que não foi abordado pelos grandes jornais e pesquisar por detalhes que ainda

não foram abordados em um acontecimento de relevância.

21

5. JUSTIFICATIVA

O rádio, como veículo de comunicação, cria uma sensação de companhia para o

ouvinte. Este é um dos principais motivos para a escolha deste veículo, além do seu

dinamismo. Pretende-se atingir o público-alvo com notícias sobre os temas cotidianos, porém

com destaque para área cultural e esportiva.

O programa de rádio lida com vários aprendizados adquiridos ao longo do curso de

jornalismo. A apuração de notícias, a edição e produção de textos e a locução são alguns

exemplos. Ao produzir um programa de rádio, cria-se uma base que permite posteriormente a

utilização dos conhecimentos tanto na imprensa escrita como também na TV, além do próprio

veículo em questão.

Não existem muitos programas do gênero jornalístico voltados para o Vale do

Paraíba atualmente nas grandes rádios da região. Os poucos ainda existentes possuem uma

fórmula muito “engessada”, sem muito espaço para um jornalismo mais informal e que

aborde temas que possam gerar curiosidade. A maior parte dos programas deste gênero são os

da rede, por exemplo, o da Rede Bandeirantes, gerado em São Paulo. São poucos os

programas com enfoque na região. Assuntos de interesse dos jovens também não são muito

lembrados pelo radiojornalismo.

Também é incomum ouvir atualmente um programa com espaço para a leitura de

editoriais e que tenham mesas-redondas esportivas que não falem somente sobre futebol. Nas

rádios da região dificilmente pode-se ouvir notícias sobre o basquete e o rúgbi, esporte que

tem uma equipe campeã brasileira em São José dos Campos. Pretendeu-se criar um programa

que tivesse um pouco de improviso e informalidade.

A intenção era fugir da fórmula convencional da maioria dos programas, onde existe

pouco espaço para uma investigação mais detalhada e profunda das notícias e matérias sobre a

cultura da região, como a cultura caipira. O ouvinte pode e deve ser beneficiado com notícias

diferentes.

22

6. METODOLOGIA DE PESQUISA

Para a elaboração do trabalho, foram realizadas as pesquisas quantitativa,

documental e bibliográfica.

A primeira etapa, a pesquisa quantitativa, foi por meio de questionário, realizada

com nove perguntas fechadas, entre os dias 10 e 15 de Outubro de 2009, foram entrevistadas

100 pessoas na faixa-etária entre 15 e 30 anos, que cursam o Ensino médio e o Ensino

Superior. O levantamento foi feito para otimizar o programa para o público-alvo e verificar-se

a viabilidade do programa. Foram entrevistadas 100 pessoas na faixa-etária entre 15 e 30

anos, que cursam o Ensino Médio e o Ensino Superior, das seguintes instituições de Ensino de

São José dos Campos: Colégio Univap -Aquárius, Zona Oeste (Ensino médio), Colégio Ideia-

Bosque dos Eucalíptos, Zona Sul (Ensino Médio), Escola Estadual Ana Cândida-Vila

Industrial, Zona Leste (Ensino Médio), Escola Carlos Saloni-Centro (Ensino Médio) e Univap

Urbanova (Ensino Superior). O questionário foi aplicado de forma randômica para 20 alunos

em cada instituição de ensino.

Figura 1.Questionário

Idade:

Sexo: ( )M ( ) F

Em qual veículo você mais busca informação?( ) Rádio ( )TV ( )Jornal ( ) Revista ( )Internet ( ) outros ________

Você costuma ouvir rádio? ( ) sim ( ) não

Em qual horário você mais ouve rádio? ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite

Durante quanto tempo você ouve rádio por dia, aproximadamente?

( ) Até uma hora ( )Até 3 horas ( ) Até 5 horas ( ) Até 8 horas

23

Aonde você mais costuma ouvir rádio?

( ) em casa ( ) no trabalho ( ) no carro

Qual tipo de programa você mais ouve?

( ) musical ( ) Entretenimento ( ) jornalístico ( )Mesa-redonda de debates

( ) Transmissão de eventos esportivos

Você ouviria um programa jornalístico com linguagem jovem, temas

interessantes e fontes confiáveis? ( ) sim ( ) não

Fonte: Elaborado pelos autores

Gil (2007) descreve a importância da pesquisa bibliográfica:

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente importante quando o problema da pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. (GIL, ATLAS, 2007, p.71-72)

Neste trabalho, a pesquisa bibliográfica é necessária tanto para se conhecer melhor os

detalhes do programa jornalístico de rádio, quanto para serem aperfeiçoadas as técnicas de

produção de programa, entrevistas, pautas, etc.

Algumas das similaridades entre a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental

são apontadas por Gil (2007):

O desenvolvimento da pesquisa documental segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica. Apenas há que considerar que o primeiro passo consiste na exploração das fontes documentais, que são em grande número. (GIL, ATLAS, 2007, p.73)

A segunda etapa, a pesquisa documental, foi feita com uma radio-escuta feita dos

dias 4 a 8 de maio de 2009. Foram ouvidos os programas “Jornal Piratininga”, da rádio

Piratininga AM 750 kHz, o “Jornal Bandeirantes Gente”, da Rádio Bandeirantes AM 1120

kHz e o “Jornal Stereo Vale”, da Rádio Stereo Vale FM 103,9 MHz.

24

Neste trabalho, a pesquisa documental é essencial para se conhecer o que vem sendo

veiculado em programas de radiojornalismo, seus elementos, o que não há neles e quais as

possibilidades de se implantar elementos diferenciais no trabalho proposto, o programa “Vale

Notícia”.

25

7. PESQUISA COM O PÚBLICO-ALVO

Perguntas e gráficos de respostas:

1-Idade dos respondentes

Gráfico 1

Fonte: Elaborado pelos autores

2-Sexo

26

Gráfico 2

Fonte: Elaborado pelos autores

3- Em qual veículo você mais busca informação?

Gráfico 3

Fonte: Elaborado pelos autores

Ficou demonstrado que a internet é a maior fonte de informação deste público

(63%), seguido por TV (31%), rádio (4%) e revista (2%). Apesar do rádio ser pouco ouvido,

mais adiante ficará demonstrado o potencial deste veículo.

27

4-Você costuma ouvir rádio?

Gráfico 4

Fonte: Elaborado pelos autores

Apesar do rádio não ser a principal fonte de informação do público pesquisado,

ficou evidenciado que ele é um veículo com bastante penetração neste universo.

5- Se sim, em qual horário você mais ouve?

28

Gráfico 5

Fonte: Elaborado pelo autores

6-Durante quanto tempo você ouve rádio por dia, aproximadamente?

Gráfico 6

Fonte: Elaborado pelo autores

7- Onde você mais costuma ouvir rádio?

29

Gráfico 7

Fonte: Elaborado pelo autores

8- Qual o tipo de programa que você prefere?

Gráfico 8

Fonte: Elaborado pelo autores

30

9-Você ouviria um programa jornalístico com linguagem jovem, temas

interessantes e fontes confiáveis?

Gráfico 9

Fonte: Elaborado pelos autores

Resultados:

Ficou demonstrado que, dos 68% dos entrevistados, a maioria prefere ouvir radio à

tarde (51%), dedica no máximo uma hora diariamente ao veículo (57%) e costuma ouvir mais

no carro ou em casa (35% e 30%, respectivamente).

O potencial do programa jornalístico foi demonstrado ao ele ser escolhido como

segundo na preferência dos entrevistados (22%), atrás somente do gênero musical ( 47%). O

dado mais surpreendente é o que demonstra o fato de que 96% dos entrevistados ouviram um

programa radiojornalístico voltado para o público jovem, independente de não terem o

costume se informar através deste veículo ou de preferirem outros gêneros radiofônicos.

Outra descoberta a ser ressaltada é que, dos 32% que não costumam ouvir rádio,

91% ouviriam um programa jornalístico voltado para este público, conforme o gráfico a

seguir:

31

Pessoas que não costumam ouvir rádio, mas que ouviriam um programa jornalístico:

Gráfico 10

Fonte: Elaborado pelo autor

Conclusão:

Os dados coletados demonstram a viabilidade de um programa radiojornalístico

voltado para o público jovem e que existe espaço no rádio do Vale do Paraíba para um

programa de notícias que atenda a demanda deste público.

32

8. ANÁLISE DE PROGRAMAS JORNALÍSTICOS :

As rádios do Vale do Paraíba, como a Rádio Bandeirantes e a Rádio Piratininga

possuem programas jornalísticos, similares e com pouca diversificação.

Exemplos:

Emissora: Rádio Piratininga AM 750 kHz:

Programa: Jornal Piratininga - Equipe de Jornalismo

Período: segunda a sexta- feira

Horário: das 7:00 às 10:00 horas

Apresentador: Eduardo Pandeló

Rádio-escuta feita nos dias 4 e 5 de maio.

O programa começa com a leitura das principais notícias dos jornais da região, como

o “Valeparaibano”. São feitos alguns comentários e nos dias escutados, poucas vezes houve

matérias feitas pelo programa em si. Quando eram feitas, em geral, eram matérias sobre

trânsito, com um repórter nas ruas.

Emissora: Rádio Bandeirantes AM 1120 kHz

Programa: Jornal Bandeirantes Gente

Período: segunda a sexta- feira

Horário: das 8:30 às 10:00 horas

Apresentador: Cláudio Nicolini

Rádio-escuta feita nos dias 6 e 7 de maio.

Neste programa é feito um jornalismo mais opinativo, com uma produção de

matérias maior da equipe jornalística da rádio e menos leitura de notícias de jornais. Apesar

de apresentar uma gama maior de elementos, como entrevistas, participação de ouvintes e

comentários opinativos, dá pouco destaque a matérias diferenciadas, como da área de cultura.

33

Emissora: Rádio Stereo Vale FM 103.9 MHz

Programa: Jornal Stereo Vale

Período: segunda a sexta- feira

Horário: das 7:00 às 9:00 horas

Apresentador: Everton Luis

Rádio-escuta feita no dia 8 de maio

A maior parte das notícias são lidas no “Valeparaibano”, com pouca produção de

matérias próprias. Os comentários também são bastante curtos e não houve nenhuma

entrevista nos dia escutado.

Resumindo, não foram encontrados nos programas do Vale notícias pouco usuais,

como esportes que não sejam o futebol ou eventos culturais da região.

34

9. DISCUSSÃO

Os programas jornalísticos das rádios do Vale do Paraíba possuem pouca

diversificação nos assuntos abordados, todos muito similares. Há uma excessiva leitura de

jornais, pouca participação dos ouvintes e é dado pouco destaque a matérias diferenciadas,

como da área de cultura.

Atualmente é incomum ouvir na região do Vale do Paraíba um programa jornalístico

com espaço para a leitura de editoriais e que tenha mesas-redondas esportivas que não falem

somente sobre futebol. Nas rádios da região dificilmente podem-se ouvir notícias sobre

basquete, vôlei e rúgbi, esporte que tem uma equipe campeã brasileira em São José dos

Campos. Também é praticamente ignorado o jornalismo científico. A região uma grande

produção científica, com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em São José dos

Campos e em Cachoeira Paulista e o CTA (Centro Técnico Aeroespacial).Assim, o jornalismo

científico poderia estar na pauta do radiojornalismo da região.

A ética é outro aspecto primordial no rádio, não só no gênero jornalístico. A

influência dos patrocinadores não deve ser tolerada no editorial de um jornal, para não

influenciar o ouvinte. Obviamente, a publicidade é fundamental para se manter uma rádio,

pois é ela que arca com os custos da produção e da transmissão dos programas. No entanto,

ela paga pela qualidade do conteúdo, mas o editorial não pode estar à venda. Quanto a isto,

não foram detectados problemas nos programas jornalísticos de rádio do Vale do Paraíba.

35

10.ESTRUTURA DO PROGRAMA “VALE NOTÍCIAS”

O Programa "Vale Notícias" é voltado para o público entre os 15 a 30 anos que deseja

uma programação jornalística com informações regionais, em um formato mais jovial. Ele

será veiculado diariamente das 18 às 19 horas, com reapresentação dos melhores momentos

aos sábados e domingos, das 10 às 11 horas da manhã.

Apresentadores:

Nícolas Macrina:

Formado pela UNIVAP, trabalhou como repórter e colunista esportivo no jornal "Diário de

Jacareí" e possui experiência em assessoria de imprensa. Foi editor e repórter do programa

"Pulo do Gato", da Rádio Univap.

Aurelio Moraes:

Também formado pela UNIVAP, possui experiência no rádio com os programas

"Rodando a bola" e “Pulo do Gato”. Também é repórter do “Jornal Zona sul”, de São José dos

Campos.

Blocos de notícias e editorias:

O programa possui três blocos de notícias, com editorias de esportes, cotidiano,

cultura e economia.

Bloco de entrevistas:

O último bloco do programa sempre contará com entrevistados que levem ao público

informações sobre cultura, política, entretenimento e prestação de serviços.

Aproveitamento comercial:

Por possuir um público jovem, o programa é ideal para empresas que querem atingir esta

faixa-etária, como lojas esportivas, lojas de roupas, produtos alimentícios para este público

etc. Em pesquisa quantitativa realizada com 100 estudantes do ensino médio e superior, foi

36

constatado que 96% deles estão dispostos a ouvir o programa, demonstrando as possibilidades

comerciais do Jornal “Vale Notícias”.

Tabela 1: Estruturação do programa do dia 12 de Novembro de 2009

1º bloco:

Tempo total: 9’20” (minutos e segundos de duração)

Escalada com Nícolas Macrina: 4’05”

Matérias:

-Olimpíadas de 2016, com Nícolas Macrina: 5’10’’

Sonoras:População opinando sobre o evento.

-Quadro “Aurelio explica”, com Aurelio Moraes: 1’86’’

Fim do 1º bloco.

Vinheta: 0’05”

Intervalo: 0’55’’

Vinheta: 0’05”

2º bloco:

Tempo total: 9’40’’

Escalada com Nícolas Macrina: 0’30’’

Matérias:

-SAE Aerodesign, com Aurelio Moraes 2009: 2’30’’

Sonora: Ana Paula gastão.

-Kickboxing, Com Natani Franco: 1’30’’

Sonoras: Diego David Alves e Jéssica Ferreira.

-Futebol e Basquete de São José, com Nícolas Macrina: 3’30’’

Sonora: Robertinho da Padaria.

37

Fim do 2º bloco.

Vinheta: 0’05”

Intervalo:0’55’’

Vinheta: 0’05”

3º bloco:

Tempo total: 7’35’’

Escalada com Nícolas Macrina: 0’20’’

Matérias:

-Transporte Alternativo, com Aurélio Moraes: 2’25’’

Sonora: Eusébio José Eustáquio

-Aulas de percussão do Projeto Guri, com Natani Franco: 2’25’’

Sonora: Douglas Tadeu Laurentin

-Tarifas bancárias, com Aurelio Moraes: 1’40’’

Fim do 3º bloco.

Vinheta: 0’05”

Intervalo: 0’55’’

38

Vinheta: 0’05”

4º Bloco:

Tempo total: 27’20’’

-Entrevista de Nícolas Macrina com a Vereadora Angela Guadagnin, sobre qual é a

função do vereador.

Vinheta de encerramento: 0’05”

Fim do programa.

Tempo total: 55’ 26’20

Fonte:Elaborado pelos autores

Nota: Todos os blocos contam com a divulgação do e-mail do programa para os ouvintes e comentários do apresentador entre as matérias.

39

10.ESPELHO DO PROGRAMA

ProgramaVale Notícia

Redator: Nícolas Macrina duração: 55’ 26’’20

Data 11/11/2009

AberturaBg trilhaAbertura

Vinheta Vale Notícia

NÍCOLAS: BOA NOITE, COM APRESENTAÇÃO DE NÍCOLAS MACRINA,

REPORTAGENS DE AURÉLIO MORAES E NATANI FRANCO, ESTÁ NO AR O

VALE NOTÍCIAS, A INFORMAÇÃO NO SEU RÁDIO.

E HOJE, PRA VOCÊ QUE ESTÁ EM CASA, DENTRO DO CARRO, INDO PRA

ESCOLA OU VOLTANDO DO TRABALHO, PREPARAMOS UM PROGRAMA

PRA LÁ DE ESPECIAL.

SEM PERDER TEMPO, VAMOS DIRETO AOS DESTAQUES DESTA EDIÇÃO:

DOIS MIL E DEZESSEIS, RIO DE JANEIRO! O BRASIL ESTÁ MESMO

PREPARADO PARA RECEBER OS JOGOS OLÍMPICOS?? E O VALE DO

PARAÍBA, O QUE TEM A VER COM ISSO?

POLÍTICA- VOCÊ SABE DE VERDADE QUAL É A FUNÇÃO DE UM

VEREADOR? SEUS PODERES, LIMITAÇÕES? VAMOS RECEBER UMA SUPER

CONVIDADA QUE VAI ESCLARECER TUDO SOBRE ESSE ASSUNTO

E MAIS,

ESPORTE, CULTURA, COTIDIANO.

É O VALE NOTÍCIAS LEVANDO A INFORMAÇÃO AO SEU RÁDIO.

E SE VOCÊ QUISER PARTICIPAR DO NOSSO PROGRAMA, MANDANDO

SUAS CRÍTICAS, SUGESTÕES OU PERGUNTAS AOS NOSSOS CONVIDADOS,

ANOTE AÍ O EMAIL: VALENOTICIAS@UNIVAP.BR, REPETINDO:

VALENOTICIAS@UNIVAP.BR.

DEPOIS DE TENTAR POR TRÊS VEZES SEGUIDAS, FINALMENTE O RIO DE

JANEIRO SERÁ SEDE DE UMA OLIMPÍADA. MAS SERÁ QUE NOSSO PAÍS

CONSEGUIRÁ REALIZAR COM ÊXITO ESTA GRANDE EMPREITADA? EU

SAÍ DO ESTÚDIO E FUI PRAS RUAS, PREPARAR UMA REPORTAGEM

MUITO ESPECIAL SOBRE OS JOGOS DE DOIS MIL E DEZESSEIS.

40

Música

Sonora olimpíadas 1’26

SEMPRE QUE OUVIMOS ESTA MÚSICA, É, ESTA MESMO, QUE ESTÁ

TOCANDO AO FUNDO, LEMBRAMOS DE GRANDES HERÓIS DO ESPORTE

NACIONAL.

AURÉLIO MIGUEL, JOÃO DO PULO, JOAQUIM CRUZ, ENTRE OUTROS.

EM DOIS MIL E DEZESSEIS, RECEBEREMOS PELA PRIMEIRA VEZ NO

BRASIL OS JOGOS OLÍMPICOS E PARAOLÍMPICOS. E DESTA VEZ,

PRECISAREMOS DE OUTROS HERÓIS, AFINAL, O ORÇAMENTO

ESTIPULADO PARA A REALIZAÇÃO DOS JOGOS GIRA EM TORNO DE

TRINTA BILHÕES DE REAIS.

SERÁ NECESSÁRIO UM GRANDE ESFORÇO ENVOLVENDO OS GOVERNOS

FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL DO RIO, ALÉM DE INVESTIMENTOS

DA INICIATIVA PRIVADA.

ESCOLHIDA TAMBÉM POR TER REALIZADO COM SUCESSO OS JOGOS

PANAMERICANOS DE DOIS MIL E SETE, A CIDADE TERÁ POUCO MAIS DE

SEIS ANOS PARA REALIZAR VÁRIAS OBRAS.

AO TODO, SERÃO CONSTRUÍDAS ONZE NOVAS INSTALAÇÕES

DEFINITIVAS E QUATRO TEMPORÁRIAS.

VIOLÊNCIA, DESVIO DE VERBA E POUCO TEMPO HÁBIL.

ESTES SÃO OS PONTOS QUE MAIS PREOCUPAM A POPULAÇÃO.

MEU NOME É VALTER PEREIRA, FOTÓGRAFO EM JACAREÍ.SOBRE AS

OLIMPÍADAS DE DOIS MIL E DEZESSEIS, EU ACHO QUE TEM QUE DAR

CERTO, SÓ QUE PRIMEIRO TEM QUE FAZER AS CONSTRUÇÕES QUE O

PESSOAL ESTÁ PROMETENDO, QUE FOI DITO PELA TV E PELOS JORNAIS.

CONSTRUINDO ISTO AÍ, EU CREIO QUE VAI DAR CERTO, TEM QUE HAVER

A FISCALIZAÇÃO PARA NÃO TER VAZIO, NÃO TER ESPAÇO PARA ESTES

PROBLEMAS DE ROUBALHEIRA.ACREDITO NO BRASIL E QUEM SABE A

GENTE SEJA ATÉ MUITOS CAMPEÕES POR AÍ, PELA FRENTE.

MEU NOME É SÔNIA, SOU ESTUDANTE DO CURSO DE PEDAGOGIA. PARA

MIM AS OLIMPÍADAS DE DOIS MIL E DEZESSEIS TEM TANTO O SEU LADO

POSITIVO, ONDE SERÃO CRIADOS VÁRIOS EMPREGOS , MAS TAMBÉM

41

TEM O SEU LADO NEGATIVO, QUE É AQUELE EM QUE É EMPREGADO O

DINHEIRO QUE SERIA TALVEZ PARA A POPULAÇÃO E NÃO VAI SER.

MEU NOME É FRANCISCO, EU SOU VENDEDOR AUTÔNOMO E O QUE EU

ACHO DAS OLIMPÍADAS DE DOIS MIL E DEZESSEIS É QUE PRECISA

URGENTEMENTE ACABAR COM AQUELAS BRIGAS DE MORRO, DE

FAVELAS PARA TER MAIS TEMPO. O TEMPO JÁ É POUCO, PARA

COMEÇAR A FAZER O TRABALHO DAS OLIMPÍADAS.

NÍCOLAS: UMA DAS MAIORES VANTAGENS, NÃO SÓ PARA O RIO DE

JANEIRO, MAS PARA TODO O BRASIL, E AÍ TAMBÉM INCLUI O VALE DO

PARAÍBA É O BENEFÍCIO FINANCEIRO QUE O EVENTO TRARÁ.

SEGUNDO RELATÓRIO DA FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO

ENCOMENDADO PELO MINISTÉRIO DOS ESPORTES, O IMPACTO DOS

JOGOS NA ECONOMIA BRASILEIRA PODERÁ CHEGAR A

IMPRESSIONANTES CENTO E DOIS BILHÕES DE REAIS, COM REFLEXOS

ATÉ DOIS MIL E VINTE E SETE.

MAIS DA METADE DA MASSA SALARIAL E DOS EMPREGOS GERADOS

PELO EVENTO ESPORTIVO BENEFICIARÃO PESSOAS QUE MORAM ALÉM

DAS DIVISAS DO RIO.

COM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO, A PREFEITURA GARANTIU QUE IRÁ

CONTRATAR OITOCENTOS PROFESSORES PARA DAR AULAS DE INGLÊS

PARA CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

O INTUITO É DEIXAR OS JOVENS PREPARADOS, FALANDO O IDIOMA

OFICIAL DOS JOGOS.

JÁ O SETOR QUE MAIS PREOCUPA A TODOS ATUALMENTE, A

SEGURANÇA, É VISTO COM UM CUIDADO ESPECIAL.

OS ORGANIZADORES PROMETEM UM INVESTIMENTO PESADO, QUE

GIRARIAM EM TORNO DE SETECENTOS MILHÕES DE REAIS.

FALANDO SOBRE A NOSSA REGIÃO, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS TÊM

GRANDES CHANCES DE TRAZER MEDALHAS EM UM ESPORTE POUCO

CONHECIDO NO PAÍS, O RUGBY.

A CIDADE POSSUI UMA EQUIPE, QUE É PENTACAMPEÃ BRASILEIRA E JÁ

CONQUISTOU ONZE VEZES O CAMPEONATO PAULISTA, TENDO HOJE

SEIS JOGADORES NA SELEÇÃO MASCULINA E CINCO NA FEMININA.

ESTE ESPORTE QUE A PRINCÍPIO PODE SER CONFUNDIDO COM O

42

Sonora Edna Rugby

0’12

FUTEBOL AMERICANO, MAS QUE TEM REGRAS BEM DIFERENTES, VAI

ESTAR DE VOLTA NAS OLIMPÍADAS DE 2016 NA MODALIDADE “SEVEN”,

QUE CONTA COM 7 ATLETAS EM CADA TIME, DIFERENTE DO RUGBY

TRADICIONAL, QUE TEM QUINZE JOGADORES EM CADA EQUIPE.

SEGUNDO O PRESIDENTE DO SÃO JOSÉ RUGBY, ANGE GUIMERÁ, A

VOLTA DA MODALIDADE ÀS OLIMPÍADAS SERÁ IMPORTANTE PARA A

CIDADE, POIS DARÁ MAIS IMPULSO AO PROJETO RUGBY SOCIAL, QUE

EM PARCERIA COM A PREFEITURA, TREINA TREZENTOS JOVENS ENTRE

ONZE E DEZESSETE ANOS, PROPORCIONANDO A ELES LIÇÕES DE

CIDADANIA, COOPERAÇÃO E TRABALHO EM EQUIPE, ALÉM DO

CONDICIONAMENTO FÍSICO.

COM O ESPORTE EM EVIDÊNCIA, MAIS JOVENS PROCURARÃO O

PROJETO, RECEBENDO OS BENEFÍCIOS.

UMA DAS ATLETAS JOSEENSES QUE TREINAM DIARIAMENTE PARA

ESTAR NO RIO EM DOIS MIL E DEZESSEIS É EDNA SANTINI, DE APENAS

DEZESSETE ANOS. ELA, QUE JÁ JOGA NA SELEÇÃO PRINCIPAL DE RUGBY

FEMININO, FALOU UM POUCO SOBRE SUAS PERSPECTIVAS:

EU JOGO DESDE OS ONZE ANOS, JÁ TENHO SEIS ANOS DE RUGBY, JÁ

FAÇO PARTE DO GRUPO DE ALTO RENDIMENTO DA SELEÇÃO

BRASILEIRA. TENHO DEZESSETE ANOS AGORA E SOU A MAIS NOVA DO

GRUPO LÁ. MEU MAIOR OBJETIVO AGORA É ME DEDICAR CADA VEZ

MAIS AOS TREINOS, PARA ESTAR LÁ REPRESENTANDO O BRASIL NAS

OLIMPÍADAS DE DOIS MIL E DEZESSEIS.

NÍCOLAS: COM BONS MOTIVOS PARA ACREDITAR QUE OS JOGOS SERÃO

BENÉFICOS PARA O BRASIL, DEVEMOS AGORA ESPERAR QUE AS OBRAS

FIQUEM PRONTAS DENTRO DO PRAZO E AINDA, QUE A SOCIEDADE E A

IMPRENSA FISCALIZEM OS GASTOS, PARA DEPOIS APROVEITARMOS

ESSE MOMENTO HISTÓRICO NO NOSSO PAÍS.

POIS É, SERÁ UM GRANDIOSO EVENTO, MAS EU ACREDITO QUE NÃO ERA

NECESSÁRIO TER UMA OLIMPÍADA NO NOSSO PAÍS PARA SE FAZER

TODOS ESTES INVESTIMENTOS QUE SÃO FUNDAMENTAIS.

AGORA, VAMOS AGUARDAR PARA VER SE TUDO DARÁ CERTO.

43

BOM, TODA SEMANA A GENTE VAI TER UM QUADRO AQUI, QUE SE

CHAMA AURÉLIO EXPLICA.

NOSSO REPÓRTER NÃO É O DICIONÁRIO, MAS VAI TIRAR DÚVIDAS

SOBRE PALAVRAS, SIGLAS E ASSUNTOS QUE ESTÃO NO NOSSO DIA A

DIA, MAS CONFUNDEM MUITA GENTE.

NÓS RECEBEMOS UM EMAIL DO FELIPE PEREIRA QUE PERGUNTA:

AURÉLIO, O QUE SIGNIFICA A SIGLA ICMS, ESCLARECE AI PRA GENTE.

ENTÃO PARA TIRAR ESSA DÚVIDA EU TRAGO NOSSO REPÓRTER

DICIONÁRIO.

AURÉLIO, EXPLICA AÍ:

AURÉLIO: BOM FELIPE, O NEGÓCIO É O SEGUINTE:

O ICMS É O IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E

SERVIÇOS. ENTENDÊ-LO É BEM FÁCIL. QUEM FAZ QUALQUER COMPRA,

PAGA 30% DE IMPOSTO SOBRE O QUE ESTÁ ADQUIRINDO. PODE SER UMA

COMPRA NO SUPERMERCADO, EM UMA LOJA DE ROUPAS, UM CELULAR

NOVO, TANTO FAZ.

O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO EM 2007 CRIOU UMA MANEIRA

DE PERMITIR QUE O CONSUMIDOR RECEBA DE VOLTA UMA PARCELA

DO ICMS PAGO, COM A CRIAÇÃO DA NOTA FISCAL PAULISTA.

O PROGRAMA É MUITO FÁCIL DE ENTENDER: NO ATO DA COMPRA, O

CIDADÃO INFORMA O SEU CPF. O NÚMERO, QUE VAI PARA A

SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO, GRAVA A QUANTIDADE E O

VALOR DAS COMPRAS. DEPOIS, VOCÊ SE CADASTRA NO SITE DA

SECRETARIA DA FAZENDA DE SÃO PAULO E APÓS ACUMULAR VINTE E

CINCO REAIS EM CRÉDITOS, DÁ PRA TRANSFERIR A QUANTIA PARA SUA

CONTA. OUTRA OPÇÃO É UTILIZAR O CRÉDITO DO ICMS PARA

DESCONTAR O VALOR DO SEU IPVA, QUE É O IMPOSTO PARA QUEM

POSSUI CARRO OU UTILIZAR O DINHEIRO PARA PAGAR A FATURA DO

SEU CARTÃO DE CRÉDITO. O SITE PARA VOCÊ SE CADASTRAR E PODER

SE BENEFICIAR DA NOTA FISCAL PAULISTA É

WWW.NFP.FAZENDA.SP.GOV.BR.

JAJÁ EU VOLTO NÍCOLAS, PARA TIRAR MAIS ALGUMA DÚVIDA DOS

NOSSOS OUVINTES.

44

VinhetaComercial Vinheta

Sonora Ana

TA AÍ, QUER ESCLARECER ALGUMA COISA, MANDE SEU EMAIL QUE O

AURÉLIO EXPLICA.

A GENTE VAI PARA O INTERVALO E VOLTA JÁ. NO PRÓXIMO BLOCO

VAMOS FALAR DE ESPORTE, COTIDIANO E MUITO MAIS.

VALE NOTÍCIAS, A INFORMAÇÃO NO SEU RÁDIO.

NÍCOLAS: O VALE NOTÍCIAS ESTÁ DE VOLTA, LEMBRANDO A VOCÊ,

QUE PARTICIPAR DO NOSSO PROGRAMA, É FÁCIL.

ESCREVA PARA VALENOTICIAS@UNIVAP.BR

NO MÊS DE OUTUBRO, UMA COMPETIÇÃO ENVOLVENDO AVIÕES E

ESTUDANTES CHAMOU A ATENÇÃO DOS JOSEENSES.

NOSSO REPÓRTER AURÉLIO MORAES FOI ATÉ O AEROPORTO

INTERNACIONAL CONFERIR O QUE ESTAVA ROLANDO POR LÁ.

AURÉLIO: SÃO JOSÉ RECEBEU ENTRE OS DIAS 22 E 25 DE OUTUBRO A

DÉCIMA PRIMEIRA COMPETIÇÃO SAE BRASIL AERO DESIGN,

ENVOLVENDO MAIS DE MIL ESTUDANTES DE DIVERSOS ESTADOS DO

PAÍS E ATÉ DO EXTERIOR, COMO MÉXICO, URUGUAI E ÍNDIA.

O EVENTO, QUE ACONTECEU NA PISTA DO AEROPORTO DA CIDADE,

SERVIU PARA ALUNOS DE CURSOS COMO ENGENHARIA, FÍSICA E

CIÊNCIAS AERONÁUTICAS APRESENTAREM AERONAVES

DESENVOLVIDAS POR ELE S MESMOS DENTRO DE SUAS INSTITUIÇÕES.

EQUIPES DO INSTITUTO TÉCNICO DE AERONÁUTICA, O ITA E DA UNIP

REPRESENTARAM A CIDADE NA DISPUTA.

O PRINCIPAL OBJETIVO ERA DESAFIAR OS ALUNOS PARA QUE FIZESSEM

AVIÕES RADIOCONTROLADOS LEVES, MAS CAPAZES DE SUPERAR UMA

BATERIA DE TESTES.

O PÚBLICO VIBROU COM CADA DECOLAGEM BEM SUCEDIDA.

PARA ANA PAULA GASTÃO, ESTUDANTE DE CONTROLE DE

AUTOMAÇÃO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ, O EVENTO NÃO

SÓ ENRIQUECE O CURRÍCULO DOS ALUNOS COMO DESENVOLVE O

ESPÍRITO DE COOPERAÇÃO EM EQUIPE.

45

Aerodesign

Sonora Ana Aerodesign 2

Vinheta

0’10

0’44

BOM, O PROJETO AERODESIGN PARA MIM É IMPORTANTE NÃO SÓ COMO

EXPERIÊNCIA PROFISISONAL E ACADÊMICA, MAS TAMBÉM COMO

EXPERIÊNCIA PESSOAL QUE PODE SER LEVADA PARA A VIDA TODA.

AURÉLIO: ANA PAULA, QUE PARTICIPOU DO EVENTO PELA SEGUNDA

VEZ, TAMBÉM CONTOU AS DIFICULDADES QUE ENFRENTOU PARA

TRABALHAR NESTE PROJETO.

E NO MEU CASO, QUE A UNIVERSIDADE NÃO TEM NENHUM CURSO

LIGADO À ENGENHARIA AERONÁUTICA É MAIS IMPORTANTE AINDA,

PORQUE VOCÊ NÃO TEM NENHUM APOIO, NENHUM PROFESSOR, SÃO

POUCOS QUE TEM ALGUM DETERMINADO CONHECIMENTO ESPECÍFICO.

ENTÃO VOCÊ TEM QUE CORRER ATRÁS, É VOCÊ QUE TEM QUE IR LÁ,

VOCÊ QUE TEM QUE TER A INICIATIVA DE PROCURAR, VOCÊ QUE TEM

QUE SABER COMO ACHAR, COMO ENTENDER AQUILO E O QUE LEVAR DE

BOM DAQUILO. NA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL MUITAS EMPRESAS

CONSIDERAM QUE NÃO SÓ O PROJETEO AERODESIGN , GUERRA DE

ROBÔS IMPORTANTE, PORQUE AS PESSOAS QUE SAEM DAQUI SAEM COM

UMA OUTRA VISÃO, SABEM LIDAR EM GRUPO E SABEM TRABALHAR EM

EQUIPE, O QUE HOJE EM DIA É FUNDAMENTAL EM UMA EMPRESA.

AURÉLIO: SÓ LEMBRANDO QUE PARA CHEGAR ATÉ AQUI, AS EQUIPES

PASSARAM POR PRÉ AVALIAÇÕES FEITAS POR ENGENHEIROS DA

INDÚSTRIA AERONAÚTICA EXTREMAMENTE CAPACITADOS.

OU SEJA, TUDO REALIZADO COM MUITA SEGURANÇA TANTO PARA

QUEM PARTICIPOU DIRETAMENTE DA COMPETIÇÃO, QUANTO PARA

QUEM FOI ASSISTIR AO EVENTO.

AURÉLIO MORAES, DIRETAMENTE DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE

SÃO JOSÉ, PARA O VALE NOTÍCIAS.

NÍCOLAS:LEGAL, ENQUANTO O AURÉLIO ESTAVA NO AEROPORTO

ACOMPANHANDO ESTA COMPETIÇÃO, A REPÓRTER NATANI FRANCO FOI

CONHECER UM ESPORTE POUCO DIVULGADO, MAS QUE TEM FEITO

SUCESSO NA CIDADE.

NATANI: MUITA GENTE, QUANDO OUVE FALAR DE ARTES MARCIAIS,

46

Sonora Kickboxing Diego

0’55

AUTOMATICAMENTE SE LEMBRA DO KARATE, DO JUDÔ E ATÉ DA

CAPOEIRA.

MAS UM OUTRO ESTILO DE LUTA TEM FEITO MUITO SUCESSO EM SÃO

JOSÉ DOS CAMPOS, O KICK BOXING.

ESSE ESPORTE, CUJA TRADUÇÃO LITERAL DO NOME É “CHUTES E

SOCOS” SURGIU NOS ESTADOS UNIDOS NA DÉCADA DE SETENTA E FOI

TRAZIDO AO BRASIL EM MIL NOVECENTOS E OITENTA E DOIS.

EM SÃO JOSÉ, OS PRIMEIROS PASSOS DA LUTA FORAM DADOS HÁ

QUATORZE ANOS.

ATUALMENTE, É POSSÍVEL ENCONTRAR NA CIDADE UMA ACADEMIA

EXCLUSIVA PARA A PRÁTICA DO KICK BOXING

O PROFESSOR DIEGO DAVID ALVES CONTOU ALGUMAS CURIOSIDADES

SOBRE ESTA ARTE MARCIAL:

O LEGAL DO KICKBOXING É QUE DESDE QUE O ALUNO ENTRA NA

ACADEMIA, ELE PODE ESTAR ENTRANDO DESDE OS CINCO ANOS DE

IDADE. EU TENHO ALUNOS DE CINCO ANOS E TENHO ALUNO DE

SETENTA E UM ANOS DE IDADE. ENTÃO ISTO AÍ NÃO DIFERENCIA,

DESDE MOLEQUE ATÉ A MAIORIDADE. A MAIORIA DAS PESSUAS QUE

PROCURAM NOSSO TREINAMENTO SÃO PARA COMPETIÇÃO. O

KICKBOXING É UMA LUTA EXCLUSIVA PARA COMPETIÇÃO, PORÉM

VOCÊ NÃO É OBRIGADO A COMPETIR. VOCÊ PODE ESTAR USANDO

COMO CONDICIONAMENTO FÍSICO. NO KICKBOXING CHEGA-SE A

PERDER EM TORNO DE SEISSENTAS A OITOCENTAS, MIL CALORIAS

HORA-AULA E ISTO AÍ É BACANA PORQUE O ALUNO GANHA UM

CONDICIONAMENTO FÍSICO MUITO ALTO. O CARDIOVASCULAR É

BASTANTE TRABALHADO, COORDENAÇÃO MOTORA E O ALUNO SE

SENTE AUTO-CONFIANTE PARA SE POR ACASO PRECISAR TER UM

CONFRONTO, ELE SABE SE DEFENDER.

NATANI: UM PONTO POSITIVO PARA QUEM PRATICA ESSE TIPO DE

ESPORTE É A MUDANÇA, NÃO SÓ FÍSICA, MAS TAMBÉM PSICOLÓGICA,

COMO CONTA A PRATICANTE JÉSSICA FERREIRA, DE DEZESSETE ANOS,

QUE ANTES DE COMEÇAR A LUTAR, NÃO FAZIA NENHUM TIPO DE

EXERCÍCIO REGULAMENTAR.

47

Sonora Kickboxing Jéssica 0’55

EU COMECEI A TREINAR KICKBOXING EM DOIS MIL E QUATRO, QUANDO

EU ERA MUITO SEDENTÁRIA. EM DOIS MIL E SEIS EU COMPETI O MEU

PRIMEIRO CAMPEONATO E DESDE ENTÃO EU NÃO PAREI. JÁ COMPETI

DEZESSETE CAMPEONATOS, TENHO QUATORZE TÍTULOS E PRETENDO

CONTINUAR.

NATANI: FICA AÍ O EXEMPLO DE COMO A PRÁTICA DE UMA ARTE

MARCIAL PODE MUDAR O HÁBITO DE UMA PESSOA, TORNANDO-A

COMPETITIVA SEM DEIXA-LA VIOLENTA.

ATÉ EU ME ANIMEI A FAZER KICK BOXING.

NATANI FRANCO PARA O VALE NOTÍCIAS

NÍCOLAS: É, EU FIQUEI AQUI IMAGINANDO A NATANI FAZENDO KICK

BOXING. ELA JÁ É GENIOSA, ESPERO QUE PRATICANDO UMA ARTE

MARCIAL POSSA CONTROLAR OS ÂNIMOS .

É UMA BOA IDÉIA HEIN.

NÍCOLAS: APROVEITANDO QUE ESTAMOS FALANDO DE ESPORTE, A

GENTE TEM RECEBIDO MUITOS EMAILS DE OUVINTES QUE ESTÃO

INSATISFEITOS COM O FUTEBOL DE SÃO JOSÉ. O ATUAL MOMENTO QUE

VIVE O FUTEBOL. UM DESSES EMAILS, QUE FOI MANDADO PELO

RANIERI MILLER DIZ QUE OS DIRETORES DO FUTEBOL DEVERIAM TER

UMAS AULAS COM O PESSOAL DO BASQUETE. ELE CITA AQUI, QUE NA

OPINIÃO DELE, ESPORTE DA BOLA AO CESTO É CEM VEZES MAIS

ORGANIZADO.

EU APROVEITEI ESTA SUGESTÃO DO RANIERI E FIZ UMA MATÉRIA

COMPARATIVA.

A CAPITAL DO VALE DO PARAÍBA POSSUI DOIS TRADICIONAIS CLUBES

ESPORTIVOS.

UM É A ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA SÃO JOSÉ, QUE DISPUTA A PRIMEIRA

DIVISÃO DOS CAMPEONATOS PAULISTA E BRASILEIRO DE BASQUETE.

O OUTRO É O SÃO JOSÉ ESPORTE CLUBE, A ÁGUIA DO VALE, TIME QUE

JÁ FOI VICE-CAMPEÃO ESTADUAL, MAS QUE HÁ DEZ ANOS ESTÁ LONGE

DA ELITE DO FUTEBOL PAULISTA.

NO BASQUETE, A BOA CAMPANHA NO PAULISTA DESSE ANO,

48

Sonora Robertnho0’55

BRIGANDO PELAS PRIMEIRAS COLOCAÇÕES E A PRESENÇA MACIÇA DO

PÚBLICO, RETRATAM O BOM MOMENTO VIVIDO PELA EQUIPE.

ALÉM DISSO, O TIME CONTA COM O AUXÍLIO DO FUNDO DE APOIO AO

DESPORTO NÃO PROFISSIONAL , DA SECRETARIA DE ESPORTES

MUNICIPAL E TAMBÉM COM GRANDES PATROCINADORES.

JÁ O FUTEBOL PASSA POR UM MOMENTO DE REFORMULAÇÃO.

APÓS CHEGAR AO FUNDO POÇO, QUANDO FOI REBAIXADO PARA A

TERCEIRA DIVISÃO PAULISTA, O TIME VOLTOU A SÉRIE A2 E TENTA SE

REESTRUTURAR.

O MAIOR PROBLEMA DISSO TUDO, É A DÍVIDA QUE O SÃO JOSÉ POSSUI,

EM TORNO DE SETE MILHÕES DE REAIS.

ATUALMENTE COM UMA ADMINISTRAÇÃO ESTÁVEL, O CLUBE VEM

CONSEGUINDO CREDIBILIDADE FRENTE AOS PATROCINADORES E AOS

POUCOS, PAGANDO O QUE DEVE. SEGUNDO ROBERTINHO DA PADARIA,

DIRETOR DE FUTEBOL DA ÁGUIA, RECENTEMENTE FOI FECHADO UM

PATROCÍNIO COM A UNIMED, QUE ALÉM DE ESTAMPAR A SUA MARCA

NA CAMISA, IRÁ DAR TODO SUPORTE MÉDICO AO CLUBE.

ELE AINDA FALOU SOBRE AS RAZÕES PARA A PREFEITURA TER MAIS

FACILIDADE EM AJUDAR AO BASQUETE DA CIDADE.

ENTÃO, SE COMENTA MUITO COM RELAÇÃO AO FUTEBOL

PROFISSIONAL DA CIDADE DE SÃO JOSÉ, PRINCIPALMENTE O SÃO JOSÉ,

POR QUE A PREFEITURA NÃO AJUDA? A PREFEITURA, É ÓBVIO QUE SE

ELA PUDESSE ELA AJUDARIA, MAS JURIDICAMENTE ELA NÃO PODE

FAZER ISSO, PORQUE É O FUTEBOL PROFISSIONAL, QUE TAMBÉM VISA

LUCRO, ENTÃO ELA NÃO PODE . ELA PODE AJUDAR O FUTEBOL NÃO

PROFISSIONAL, O BASQUETE POR EXEMPLO ELA AJUDA. POR QUE ELA

AJUDA? PORQUE NÃO É O FUTEBOL PROFISSIONAL . POR ISSO ELA PODE

AJUDAR OUTRO TIPO DE ESPORTE QUE NÃO É PROFISSIONAL. A GENTE É

MUITO COBRADO, É UMA POLÊMICA. EU ESCUTO TANTO NA CIDADE

FALAREM POR QUE NÃO AJUDAM O SÃO JOSÉ? ENTÃO É DEIXAR BEM

CLARO ISTO AÍ, BEM EXPLICADO QUE O FUTEBOL PROFISSIONAL

JURIDICAMENTE VOCÊ NÃO PODE FAZER, SE FIZER LOGICAMENTE O

PREFEITO VAI TER PROBLEMAS. AGORA, OUTRO TIPO DE ESPORTE QUE

NÃO É PROFISSIONAL ELE PODE AJUDAR SEM TER PROBLEMA JURÍDICO

NENHUM.

49

VinhetaComercialVinheta

NÍCOLAS: A EXPLICAÇÃO PARA ESSE CONTRASTE NOS RECENTES

RESULTADOS DO BASQUETE E DO FUTEBOL DE SÃO JOSÉ É JUSTAMENTE

ESSA:

A POSSIBILIDADE DE ATRAIR INVESTIMENTOS.

EM OUTUBRO DESTE ANO,A DIRETORIA DO SÃO JOSÉ PROPÔS A

PREFEITURA QUE COMPRE SEU GINÁSIO POLIESPORTIVO, O TEATRÃO,

QUE FICA NA VILA INDUSTRIAL.

COM O DINHEIRO, O CLUBE PODERIA QUITAR TODA A SUA DÍVIDA, E

ASSIM, NÃO TERIA MAIS A RENDA DE SEUS JOGOS PENHORADA.

COM ISSO, SOBRARIA UM POUCO MAIS DE VERBA PARA TRAZER

REFORÇOS, MELHORANDO A QUALIDADE DA EQUIPE.

RESTA AOS AMANTES DO ESPORTE DE SÃO JOSÉ, TORCER, PARA QUE O

BASQUETE DA CIDADE CONTINUE PROSPERANDO, E QUE O FUTEBOL

VOLTE AOS BONS TEMPOS, COMO QUANDO FOI VICE-CAMPEÃO

PAULISTA DA PRIMEIRA DIVISÃO, EM 1989.

É, OS JOSEENSES GOSTAM MUITO DE ESPORTE. E VOCÊ PODE FAZER

COMO O RANIERI MILLER.

TEM ALGUMA SUGESTÃO, CRÍTICA, MANDE UM EMAIL PARA A GENTE:

VALENOTICIAS@UNIVAP.BR

A GENTE DÁ UM TEMPINHO, VAI PRO INTERVALO, E NA VOLTA, TEM UM

ASSUNTO DE INTERESSE PRA VOCÊ, QUE USA O TRANSPORTE

ALTERNATIVO, FIQUE LIGADO NO RÁDIO.

NÍCOLAS: DE VOLTA COM O VALE NOTÍCIAS, A INFORMAÇÃO NO SEU

RÁDIO.

QUEM UTILIZA O TRANSPORTE ALTERNATIVO EM SÃO JOSÉ TEM

RECLAMADO, E HÁ BASTANTE TEMPO SOBRE A FALTA DE CATRACAS

ELETRÔNICAS NAS VANS.

AURÉLIO MORAES DEIXOU SEU CARRO EM CASA E FOI SENTIR NA PELE

ESTE PROBLEMA.

AURÉLIO: A AUSÊNCIA DE CATRACAS ELETRÔNICAS NAS VANS QUE

50

Sonora Euzébio Alternativo 0’27

INTEGRAM O TRANSPORTE ALTERNATIVO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

TEM PREJUDICADO PASSAGEIROS E MOTORISTAS.

O SERVIÇO QUE COMPLEMENTA O TRANSPORTE PÚBLICO DO MUNICIPIO

ESTÁ REGULARIZADO DESDE MIL NOVECENTOS E NOVENTA E CINCO E

ATENDE AS PRINCIPAIS REGIÕES DA CIDADE.

NO ENTANTO, QUEM VIAJA DE ALTERNATIVO SÓ PODE PAGAR EM

DINHEIRO OU VALE-TRANSPORTE DE PAPEL.

ISTO TEM CAUSADO TRANSTORNO AOS PASSAGEIROS.

MOTORISTAS DO TRANSPORTE ALTERNATIVO, QUE AGUARDAM HÁ

CINCO ANOS PELA BILHETAGEM ELETRÔNICA, ALEGAM QUE O NÚMERO

DE PASSAGEIROS CAIU CONSIDERAVELMENTE DEVIDO A ESTE

PROBLEMA.

EUZÉBIO JOSÉ EUSTÁQUIO, MOTORISTA DOS ALTERNATIVOS HÁ QUASE

DEZ ANOS, FALOU SOBRE A NECESSIDADE DESTA IMPLANTAÇÃO:

O CARTÃO, ELE FAZ FALTA PARA O PASSAGEIRO.PORQUE SE NÓS

TRABALHARMOS COM O CARTÃO E TIVERMOS SENSOR NO CARRO, A

GENTE VAI TRANSPORTAR MAIS PASSAGEIRO, PORQUE HOJE A QUEDA

NA DEMANDA DE PASSAGEIROS É EXATAMENTE POR ISSO. A MAIORIA

ESTÁ COM CARTÃO. ENTÃO, HÁ UMA TENDÊNCIA, HÁ INDÍCIOS, AINDA

NÃO TEM NADA PROJETADO, AINDA NÃO TEM NADA EM DEFINITIVO,

MAS QUE NÓS TEREMOS NOSSO SENSOR NO CARRO.

A SECRETARIA DE TRANSPORTE NÃO QUIS GRAVAR ENTREVISTA, MAS

AFIRMOU ATRAVÉS DE SUA ASSESSORIA QUE AGUARDA A

FINALIZAÇÃO DO PROCESSO DE LICITAÇÃO DO LOTE UM DO SISTEMA

DE ÔNIBUS, PARA ENTÃO COMEÇAR A IMPLANTAR A BILHETAGEM

ELETRÔNICA NO TRANSPORTE ALTERNATIVO DE SÃO JOSÉ.

NÍCOLAS: BOM, SE A SECRETARIA ESTÁ AGUARDANDO, A GENTE

ESPERA TAMBÉM. TALVEZ O PESSOAL QUE TRABALHA LÁ NÃO PRECISE

DO TRANSPORTE ALTERNATIVO, POR ISSO , ESTA CALMA TODA.

MAS NEM TUDO É MOTIVO PRA DESESPERO. A SUPER REPÓRTER NATANI

FRANCO VAI TRAZER AOS OUVINTES DO VALE NOTÍCIAS UMA MATÉRIA

MUITO INTERESSANTE SOBRE UM PROJETO CULTURAL. VALE A PENA

OUVIR.

51

Sonora Douglas 1

Sonora Douglas 2

0’37

0’22

NATANI: PROMOVER A INCLUSÃO SOCIAL DE CRIANÇAS, UNINDO

CULTURA E APRENDIZADO MUSICAL. E TUDO ISTO DE GRAÇA.

ESTA É A MISSÃO DO PROJETO GURI, QUE ESTÁ PRESENTE EM SÃO JOSÉ

DOS CAMPOS DESDE 2004.

AQUI SÃO OFERECIDAS AULAS DE INSTRUMENTOS DE CORDA COMO

VIOLÃO E CAVAQUINHO, SOPRO, CANTO CORAL, MAS UM DOS CURSOS

QUE MAIS MERECE DESTAQUE É O DE PERCUSSÃO. SÃO 40 ALUNOS

MATRICULADOS EM 4 TURMAS.

SEGUNDO O PROFESSOR DOUGLAS TADEU LAURENTIM, O CONTEÚDO

DAS AULAS É O MESMO LECIONADO EM CONSERVATÓRIOS MUSICAIS.

NESTE SEMESTRE, POR EXEMPLO, SEUS ALUNOS ESTÃO APRENDENDO A

TOCAR SAMBA, BAIÃO E XOTE. ELE CONTOU AOS OUVINTES DO VALE

NOTÍCIAS, OS OBJETIVOS DO PROJETO GURI.

BOM, O PROJETO GURI É UM PROJETO SOCIAL QUE UTILIZA A MÚSICA

COMO FERRAMENTA PARA A SOCIABILIZAÇÃO. A FAIXA-ETÁRIA

ATINGIDA É DOS OITO AOS DEZOITO ANOS. ALGUNS ALUNOS

CONSEGUEM LEVAR ADIANTE, TENDO UMA FORMAÇÃO FORA DO GURI.

A PARTIR DO MOMENTO QUE ATINGEM A MAIORIDADE, AOS DEZOITO

ANOS, FAZEM CURSOS TÉCNICOS EM CONSERVATÓRIO E ALGUNS

FAZEM FACULDADE DE MÚSICA AQUI. E ALGUNS CONSEGUEM BOLSAS

NO EXTERIOR PARA CONTINUIDADE DOS ESTUDOS.

NATANI: DOUGLAS TAMBÉM FALOU SOBRE ALUNOS, QUE APÓS

ENTRAREM NO CURSO, JÁ CONSEGUIRAM FAZER DA MÚSICA UMA

FONTE DE RENDA.

BOM, INCLUSIVE EU TENHO DOIS ALUNOS. UM TOCA EM DUAS BANDAS

DE PAGODE, JÁ CONSEGUIU UM TRABALHO ASSIM MAIS PROFISSIONAL

NA ÁREA, SENDO QUE ELE ATUA TAMBÉM NA X NOVE, EM SÃO PAULO,

NA BATERIA DE ESCOLA DA X NOVE E UMA ALUNA QUE ATUA EM DUAS

BANDAS DE ROCK, COMO BATERISTA.

NATANI: PARA QUEM FICOU INTERESSADO, A FUNDAÇÃO CULTURAL

CASSIANO RICARDO FICA NA AVENIDA OLÍVIO GOMES, NUMERO CEM,

NO SANTANA. O PROJETO GURI FUNCIONA DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA,

DAS OITO ÀS DEZOITO HORAS.

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OUTRAS INFORMAÇÕES TAMBÉM PODEM SER COLHIDAS NO TELEFONE:

TRÊS NOVE MEIA MEIA DOZE QUATRO QUATRO. É COM VOCÊ NÍCOLAS.

NÍCOLAS: TÁ AÍ, SE VOCÊ TEM CRIANÇA EM CASA, PODE PROCURAR O

PROJETO GURI, QUE NÃO VAI SE ARREPENDER.

E SE VOCÊ TEM CONTA EM BANCO, ACHA QUE TÁ PAGANDO TAXAS

DEMAIS.

NOSSO REPÓRTER AURÉLIO MORAES PREPAROU UMA MATÉRIA

ESPECIAL SOBRE ISSO.

AURÉLIO: VOCÊ QUE TEM CONTA ABERTA NOS BANCOS DEVE FICAR

ATENTO AO VERIFICAR SEU EXTRATO, PARA CONTROLAR TUDO QUE

VEM SENDO DESCONTADO.

TODA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA COBRA DIFERENTES TARIFAS, MAS

POUCOS CLIENTES SABEM PELO QUE ESTÃO PAGANDO.

ESSAS TAXAS SÃO AUTORIZADAS PELO BANCO CENTRAL, MAS POR NÃO

HAVER UMA ESPÉCIE DE TABELA, CADA BANCO COBRA AQUILO QUE

ACHA MAIS CONVENIENTE.

EXISTEM CRITÉRIOS QUE PRECISAM SER RESPEITADOS, COMO A LISTA

DE SERVIÇOS MÍNIMOS, QUE TODO BANCO DEVE OFERECER AOS

CORRENTISTAS.

UM EXEMPLO AOS OUVINTES DO VALE NOTÍCIA:

O BANCO NO QUAL VOCÊ TEM CONTA, É OBRIGADO A TE DAR UM

CARTÃO MAGNÉTICO E UM TALÃO DE CHEQUES COM NO MÍNIMO DEZ

FOLHAS POR MÊS .

ALÉM DISSO, AS CONTAS PARA RECEBIMENTO DE SALÁRIOS,

APOSENTADORIAS, PENSÕES E SIMILARES TAMBÉM NÃO PODEM TER

TARIFAS.

TARIFAS ESSAS, QUE NADA MAIS SÃO DO QUE A REMUNERAÇÃO DO

BANCO POR UM SERVIÇO PRESTADO AO CLIENTE.

ALÉM DESSAS TAXAS, O CONSUMIDOR TAMBÉM PRECISA SE

ACOSTUMAR COM OUTRAS COBRANÇAS, COMO O IOF, IMPOSTO SOBRE

OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGUROS, QUE É COBRADO

QUANDO O CLIENTE CAI NO CHEQUE ESPECIAL E O GOVERNO EXIGE

53

Sonora João Banco0’33

ZERO VÍRGULA TRINTA E OITO POR CENTO SOBRE O VALOR DEVIDO

PELO CLIENTE À INSTITUIÇÃO BANCÁRIA.

PARA NÃO SER PEGO DE SURPRESA COM TODAS ESTAS POSSÍVEIS

COBRANÇAS, O CORRENTISTA TEM QUE CONSULTAR O QUADRO

DEMONSTRATIVO DE TARIFAS, QUE DEVE ESTAR OBRIGATORIAMENTE

FIXADO NA AGÊNCIA, EM LOCAL VISÍVEL AO PÚBLICO, COM TRINTA

DIAS DE ANTECEDÊNCIA DO INÍCIO DA COBRANÇA OU DA ALTERAÇÃO

DE VALORES.

APESAR DE TODOS OS CUIDADOS AO VERIFICAR SEU EXTRATO, O

PROFESSOR JOÃO BATISTA PEDROSA, CONTA QUE JÁ TEVE MUITA DOR

DE CABEÇA COM VALORES COBRADOS INDEVIDAMENTE DE SUA

CONTA:

EU JÁ TIVE SIM PROBLEMAS COM TARIFAS DE BANCO, QUE VINHAM

DESCONTANDO NA MINHA CONTA E EU NÃO CONSEGUIA IDENTIFICAR

QUANDO ERA. QUANDO IA RECLAMAR JUNTO À AGÊNCIA ELES

INVENTAVAM UM MONTE DE COISA LÁ, FALAVAM SOBRE CPMF E

OUTRAS COBRANÇAS QUE EU ÀS VEZES NÃO CONCORDAVA. POR ISSO

QUE EU VIM A ENCERRAR A MINHA CONTA NESTE BANCO.

AURÉLIO: UMA BOA IDÉIA PARA QUEM ENFRENTA UM PROBLEMA

PARECIDO COM O DO JOÃO E NÃO CONSEGUIR RECEBER DE VOLTA O

DINHEIRO COBRADO INJUSTAMENTE DE SUA CONTA É IR AO PROCON, A

PROCURADORIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR, LEVANDO O

EXTRATO DA SUA CONTA BANCÁRIA. OUTRA DICA IMPORTANTE É

PESQUISAR OS VALORES COBRADOS POR DIFERENTES BANCOS, QUE

PODEM VARIAR ATÉ DUZENTOS POR CENTO.

NÍCOLAS: ESSAS DICAS SÃO MESMO IMPORTANTES, LEMBRANDO QUE

VOCÊ PODE SUGERIR TEMAS PARA A GENTE. AJUDAR A FAZER O NOSSO

JORNAL.

BASTA MANDAR UM EMAIL PARA VALENOTICIAS@UNIVAP.BR

NÓS VAMOS PARA UM INTERVALO AGORA, MAS NO PRÓXIMO BLOCO,

VOCÊ NÃO PODE PERDER, O ASSUNTO É POLÍTICA, E NOSSA CONVIDADA

ÂNGELA GUADAGNIN JÁ ESTÁ EM NOSSOS ESTÚDIOS PARA UMA

54

Vinheta ComercialVinheta

GRANDE ENTREVISTA.

VALE NOTÍCIAS, A INFORMAÇÃO NO SEU RÁDIO.

NÍCOLAS: ESTAMOS DE VOLTA COM O VALE NOTÍCIAS, E NÃO ESQUEÇA,

QUER MANDAR SUAS SUGESTÕES OU PERGUNTAS AOS NOSSOS

CONVIDADOS, ACESSE O EMAIL: VALENOTICIAS@UNIVAP.BR.

AGORA CHEGOU O MOMENTO DE FALAR DE POLÍTICA, UM TEMA QUE EU

PARTICULARMENTE GOSTO MUITO. SEMPRE QUE ESTAMOS EM ÉPOCA

ELEITORAL É AQUELA ENXURRADA DE PROMESSAS. MUITOS APARECEM

GARANTINDO QUE VÃO TRAZER MAIS SAÚDE, MAIS EDUCAÇÃO PARA A

CIDADE, E AS PESSOAS ESTÃO CANSADAS DE TODA ESSA LADAINHA.

PARA VOCÊ TER UMA IDÉIA, NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES PARA VEREADOR

EM SÃO JOSÉ, EM DOIS MIL E OITO, TREZENTOS E VINTE CANDIDATOS

CONCORRERAM, TREZENTOS E VINTE. É MUITA GENTE !

O ELEITOR FICA PERDIDO, SEM SABER EM QUEM OU EM QUE

ACREDITAR. VOCÊ QUE ESTÁ NOS OUVINDO, SABE QUAL A

VERDADEIRA FUNÇÃO DE UM VEREADOR? SEUS PODERES, SUAS

RESTRIÇÕES? NÃO TEM A MENOR IDEIA? ENTÃO HOJE VOCÊ VAI

APRENDER, PORQUE EU TENHO A HONRA DE RECEBER EM NOSSOS

ESTÚDIOS A VEREADORA ANGELA GUADAGNIN. ELA QUE É MÉDICA, JÁ

FOI DEPUTADA FEDERAL POR DUAS VEZES E TAMBÉM PREFEITA DE SÃO

JOSÉ, ESESTÁ AQUI PARA ESCLARECER TODAS AS NOSSAS DÚVIDAS.

VOCÊ OUVINTE, QUE QUISER PARTICIPAR DA NOSSA ENTREVISTA,

MANDE SUAPERGUNTA PARA O EMAIL: VALENOTICIAS@UNIVAP.BR.

DOUTORA ANGELA GUADAGNIN, MUITO BOA NOITE, É UM PRAZER TÊ-

LA AQUI CONOSCO, E EU QUERO COMEÇAR PERGUNTANDO: A SENHORA

FEZ MESTRADO EM POLÍTICAS PÚBLICAS PELA UNIVERSIDADE DO RIO

DE JANEIRO. MUITA GENTE ENTRA NESTE RAMO, SE CANDIDATA, MAS

POUCAS PESSOAS TÊM O INTERESSE DE ESTUDAR DE FATO A

POLÍTICA.QUERIA SABER PORQUÊ E A PARTIR DE QUE MOMENTO A

SENHORA SE INTERESSOU EM ESTUDAR POLÍTICA.

ANGELA:NICOLAS, EU ENTREI NO PARTIDO DOS TRABALHADORES EM

MIL NOVECENTOS E OITENTA E SEIS, UM ANO EM QUE O POVO

BRASILEIRO VOTOU PRA DEPUTADOS E SENADORES QUE IRIAM

55

ELABORAR A CONSTITUIÇÃO, QUE FOI AQUELA ELEIÇÃO

CONSTITUINTE. E PELA MINHA VIDA PESSOAL, PELO MEU

COMPROMISSO PELA IGREJA E NOS BAIRROS EM QUE EU TRABALHAVA

COMO MÉDICA EU PERCEBI QUE NÃO ADIANTAVA SÓ ORGANIZAR A

POPULAÇÃO SE VOCÊ NÃO TIVESSE UMA ATUAÇÃO POLÍTICA

PARTIDÁRIA. ENTÃO EU ME FILIEI AO PARTIDO SEM NENHUMA

PRETENSÃO DE SER CANDIDATA QUALQUER COISA. A VOTAÇÃO

INTERNA DO PARTIDO ME ACABOU LEVANDO A SER CANDIDATA A

PREFEITA, FUI ELEITA E DEPOIS EXERCI O MEU MANDATO, OS QUATRO

ANOS E DEPOIS FUI DEPUTADA FEDERAL COMO VOCÊ BEM FALOU, POR

DUAS VEZES E AGORA SOU VEREADORA. ENTÃO, CURSO DE POLÍTICAS

PÚBLICAS FOI NO MOMENTO EM QUE EU TAVA EXERCENDO O MEU

PRIMEIRO MANDATO DE DEPUTADA. ERA UM CONVÊNIO QUE A

CÂMARA DOS DEPUTADOS TINHA COM A FACULDADE FEDERAL DO RIO

DE JANEIRO, QUE PROPCIOU QUE VÁRIOS DEPUTADOS E FUNCIONÁRIOS

FIZESSEM ESTE MESTRADO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. EU JÁ TINHA FEITO

ANTES O MESTRADO DE SAÚDE PÚBLICA, AÍ FOI UMA

COMPLEMENTAÇÃO DESSA MILITÂNCIA, COMPLEMENTAÇÃO DE

PRIORIDADES DE AÇÃO,SAÚDE SEMPRE FOI NÃO SÓ PORQUE EU SOU

MÉDICA , MAS POR VER A NECESSIDADE E A DEMANDA DA POPULAÇÃO

,PRIORIDADE NO MEU MANDATO DE PREFEITA, NOS MEUS MANDATOS

DE DEPUTADA E AGORA COMO VEREADORA TAMBÉM. ENTÃO EU

ENTREI NA POLÍTICA PRA FAZER POLÍTICA PARTIDÁRIA, MAS SEM

ALMEJAR OU IMAGINAR QUE PUDESSE SER ELEITA PARA QUALQUER

COISA.

NÍCOLAS: LEGAL. ANGELA, NO COMEÇO DO BLOCO EU QUESTIONEI

SOBRE O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO REFERENTE AO CARGO DE

VEREADOR. A PRODUÇÃO SEPAROU ALGUMAS OPINIÕES DOS

MUNÍCIPES NAS RUAS. A GENTE VAI OUVIR E DEPOIS EU GOSTARIA QUE

A SENHORA REPERCUTISSE COMIGO ESTES DEPOIMENTOS, E

EXPLICASSE DEFINITIVAMENTE AO OUVINTE, QUAL A VERDADEIRA

FUNÇÃO DE UM VEREADOR.

SONORA 1: MEU NOME É EDUARDO RICARDO, TENHO VINTE E

ASEIS ANOS, TRABALHO DE VIGILANTE. NA MINHA OPINIÃO A FUNÇÃO

56

DO VEREADOR É ZELAR E CUIDAR DOS BAIRROS E TRAZER UMA BOA

INFRAESTRUTURA PARA ELES.

SONORA 2: EU SOU GILDO BRÁS PEREIRA, ELEITOR, POSITIVO E

INFELIZMENTE EU ACHO, EU ACHO, EU PENSO, DA MINHA MANEIRA,

QUE O VEREADOR NÃO DEVERIA TER SALÁRIO. DEVERIAM SER PESSOAS

HUMANAS, PESSOAS QUE PODEM TRABALHAR PELO SEU BAIRRO A

TROCO DE SUA BONDADE. NÃO TER SALÁRIO.

SONORA 3: MEU NOME É MIRIAM, TENHO QUARENTA E DOIS ANOS, SOU

AUTÔNOMA. EU ACHO QUE A FUNÇÃO DO VEREADOR É FISCALIZAR,

FISCALIZAR BEM. TENTAR COLOCAR PROJETOS BONS E NÃO FICAR SÓ

COLOCANDO NOME DE RUA , BAIRRO PRACINHA, PORQUE AÍ TAMBÉM

NÃO DÁ NÉ? QUATRO ANOS SÓ FAZENDO ISTO É MEIO COMPLICADO, EU

ACHO QUE ATÉ QUE ESTÃO FAZENDO MAIS ULTIMAMENTE, TÃO SE

EMPENHANDO MAIS EM SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA CIDADE.

ANGELA: OLHA, NÍCOLAS, A GENTE OUVINDO AS PESSOAS A GENTE

PERCEBE QUE HÁ UMA COMPREENSÃO EM PARTE DO QUE É PAPEL DO

VEREADOR E AO MESMO TEMPO TEM UM POUCO DE CONFUSÃO. ENTÃO

VAMOS POR PARTES. A MIRIAM DIZ QUE A FUNÇÃO DO VEREADOR É

FISCALIZAR, FISCALIZAR E NÃO SÓ FICAR DANDO NOME DE RUA. O QUE

QUE ELA COMPREENDE? O FISCALIZAR, ESTÁ CORRETÍSSIMO, PORQUE O

PAPEL DO VEREADOR É EXATAMENTE FISCALIZAR O PODER EXECUTIVO

E FAZER LEIS. ENTÃO, O EXECUTIVO TEM A DOTAÇÃO

ORÇAMENESTÁRIA GRANDE, QUE É A ARRECADAÇÃO DOS IMPOSTOS E

VAI PROMOTER POLÍTICAS PÚBLICAS, SAÚDE, ESPORTE ,EDUCAÇÃO ,

ASSISTÊNCIA SOCIAL, ESPORTE, CULTURA , QUER DIZER, ELE VAI

ELABORAR E EXECUTAR AÇÕES PARA MELHORAR A VIDA DAS PESSOAS.

VAI FAZER PRAÇA, VAI FAZER OBRA, DE INFRAESTRUTURA, DE

GALERIAS DE ESGOTO, ENFIM, POR ISTO QUE DIZ EXECUTIVO. UM

VERADOR FAZ PARTE DO PODER LEGISLATIVO, ENTÃO ELE VAI

LEGISLAR, VAI FAZER LEIS E VAI FISCALIZAR. ENTÃO CORRETA A

MIRIAM. FISCALIZAR ONDE QUE É GASTO, COMO É GASTO, SE ESESTÁ

RESPEITANDO AS OUTRAS LEIS, A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL,

SE ESTÁ RESPEITANDO A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL, QUE É A

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CONSTITUIÇÃO DO MUNICÍPIO, SE ESTÁ RESPEITANDO O PRÓPRIO

ORÇAMENTO QUE A PREFEITURA MANDOU PRA CÂMARA, ENTÃO

FISCALIZAR SE O DINHEIRO PÚBLICO ESTÁ SE O DINHEIRO ESTÁ SENDO

BEM GASTO. RECENTEMENTE, A BANCADA DO PARTIDO DOS

TRABALHADORES FEZ DENÚNCIAS GRAVES A RESPEITO DA COSTRUÇÃO

DAQUELAS CASAS DA VILA ABEL, POR EXEMPLO, QUE A PREFEITURA

PAGOU PRA EMPRESA SESSENTA E CINCO CASAS E CONSTRUIU

SESSENTA E TRÊS. AQUELA OBRA DO TEATRO INVERTIDA, QUE JÁ

TINHA SIDO PAGA ALÉM DA OBRA ERRADA, INVERTER O PROJETO, A

PREFEITURA JÁ TINHA PAGO VÁRIOS ÍNDICES QUE TAVAM NO SEGUNDO

ANDAR, ENTRETANTO A OBRA NÃO SAIU DO ALICERCE. ENTÃO ESTE É O

PAPEL DO VEREADOR, FISCALIZAR SE O GOVERNO MUNICIPAL ESTÁ

GASTANDO BEM O DINHEIRO, ESTÁ FAZENDO AS OBRAS E PRESTANDO

CONTAS DO ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO. QUANDO ELA DIZ NÃO

FAZER NADA, SÓ DAR NOME DE RUA, ELA ESTÁ CORRETA NO SENTIDO

DE FAZER LEIS. QUANDO ELA FALA NÃO SÓ DAR NOME DE RUA, PORQUE

ELA TEM A COMPREENSÃO CORRETA QUE ISTO AÍ NÃO É UMA LEI QUE

VAI ESTÁ MELHORANDO A QUALIDADE DAS PESSOAS. É LÓGICO QUE A

PESSOA QUE CEDE O SEU NOME PARA DAR O NOME DE UMA RUA É UMA

FORMA DE HOMENAGEAR ALGUÉM QUE NA CIDADE EXERCEU ALGUM

PAPEL, TEVE ALGUMA FUNÇÃO NA VIDA DA SOCIEDADE, NA VIDA DE

UM BAIRRO, QUE A SOCIEDADE QUER HOMENAGEAR. MAS O FAZER

LEIS, ENTÃO ESSA É UMA OUTRA FORMA DE ESTAR EXERCENDO SEU

PAPEL. MAS A GENTE SABE PERFEITAMENTE QUE O FAZER LEIS NO

ÂMBITO MUNICIPAL É BEM MAIS RESTRITO DO QUE NA EXPERIÊNCIA

QUE EU TIVE NO GOVERNO FEDERAL, LÁ NO CONGRESSO NACIONAL.

PORQUE TEM COISAS QUE NO MUNICÍPIO O PREFEITO NÃO PODE FAZER.

POR EXEMPLO, O PREFEITO, O PREFEITO NÃO, O VEREADOR NÃO PODE

FAZER LEI NO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO, NÃO PODE FAZER LEIS QUE

INTERFIRAM NO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO.

NÍCOLAS: MESMO QUE TENHA CUSTO ENTÃO, É ISTO?

ANGELA: CUSTO ELE NÃO PODE FAZER, NÉ? AO MESMO TEMPO ELE

PODE FAZER LEIS PARA REGULAMENTAR, PARA REGULARIZAR O

SERVIÇO QUE VAI SER PRESTADO, NÉ? MAS NÃO QUE INTERFIRA NO

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PAPEL DO EXECUTIVO. AS VEZES O VEREADOR ATÉ FAZ O PROJETO DE

LEI, MAS O PREFEITO VETA E DIZ QUE ISTO NÃO É COMPETÊNCIA E NÃO

É O PAPEL DO VEREADOR, NÉ? ENTÃO, NOS TEMOS NA CIDADE AQUI EM

SÃO JOSÉ UMA CÂMARA DE VINTE EU UM VEREADORES, SENDO QUE

DEZESSETE VEREADORES SÃO DE SITUAÇÃO, SÃO DA BASE DE

SUSTENTAÇÃO DO PREFEITO. E QUATRO QUE É A BANCADA DO

PARTIDO DOS TRABALHADORES QUE SÃO DE OPOSIÇÃO. ENTÃO COM

MUITA FREQUÊNCIA A GENTE VÊ ESTES VEREADORES QUE SÃO DE

SITUAÇÃO APRESENTANDO PROJETO DE LEI, A GENTE TEM VISTO LÁ

TODOS APRESENTAM PROJETO DE LEI, MAS COM MUITA FREQUÊNCIA

OS PROJETOS DE LEI DOS VEREADORES DA BASE DE SUSTENTAÇÃO

QUANDO NÃO INTERESSAM AO PREFEITO ELES MESMO RETIRAM DA

PAUTA, ESTÁ? E OS DA OPOSIÇÃO O PREFEITO NÃO DEIXA VOTAR.

ENTÃO ESTE CONCEITO QUE A MIRIAM EXPRESSOU NÃO É SÓ FICAR

DANDO NOME DE RUA, É AQUELA SENSAÇÃO QUE VEREADOR SÓ DÁ

NOME DE RUA. PORQUE NA REALIDADE VEREADOR FAZ PROJETO DE

LEI, MAS QUANDO É DOS VEREADORES DA SITUAÇÃO, O PREFEITO FALA

NÃO QUERO QUE ESTE PROJETO NÃO SEJA VOTADO ELES TIRAM DE

PAUTA E NÃO VOTA. AÍ VOTA ASSIM, ALÉM DE VOTAR NOME DE RUA,

UMA HOMENAGEM DE CIDADÃO JOSEENSE, TÍTULO DE UTILIDADE

PÚBLICA, ESSAS COISAS ASSIM. E QUANDO É DA OPOSIÇÃO, O PREFEITO

NÃO DEIXA VOTAR E JÁ É VETADO O PROJETO. O EDUARDO COLOCOU

UMA PREOCUPAÇÃO TAMBÉM UM POUCO DO PAPEL DO VEREADOR DE

UMA FORMA COMPLENENTAR, NÃO PRIORIESTÁRIA, QUE É FAZER

COISAS PARA O BAIRRO. NA REALIDADE NÃO É O VEREADOR QUE FAZ

COISAS PARA O BAIRRO. QUEM FAZ COISAS PARA O BAIRRO É O

PREFEITO, O EXECUTIVO É QUE FAZ COISAS PARA O BAIRRO. MAS O

VEREADOR PODE LEVAR A REIVINDICAÇÃO DO BAIRRO, ELE PODE

ORGANIZAR A COMUNIDADE DO BAIRRO, ELE PODE MOBILIZAR,

AJUDAR O BAIRRO A SE ORGANIZAR PARA EXIGIR UM DIREITO, OU UM

ATENDIMENTO OU UMA MELHORIA PARA O BAIRRO. ENTÃO O TRAZER

COISAS PARA O BAIRRO NÃO É O VEREADOR QUE FAZ A COISA PRO

BAIRRO, MAS ELE PODE PRIMEIRO LEVAR A DEMANDA, UMA

SOLICITAÇÃO DA COMUNIDADE, ELE LEVA ATRAVÉS DE

REQUERIMENTO E DE OFÍCIO PRO PREFEITO.E TAMBÉM MOBILIZAR,

ORGANIZAR PARA QUE ESTA REINVINDICAÇÃO NÃO FIQUE SÓ NO

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PAPEL, NÃO FIQUE SÓ COMO SOLICITAÇÃO. ENTÃO O EDUARDO

TAMBÉM TEM RAZÃO NESTE SENTIDO. ÀS VEZES AS PESSOAS

CONFUNDEM. EM PESQUISAS RECENTE QUE EU VI, OITENTA E SEIS POR

CENTO DA POPULAÇÃO ACHAM QUE A CÂMARA É UM BRAÇO

ESTENDIDO DA PREFEITURA, NÃO ENTENDE QUE TEM UM PAPEL DE

LEGISLAR E FISCALIZAR. JÁ O SEU GILDO, EU ACHO QUE ELE NÃO

ENTENDE COMO REALMENTE FUNCIONA A CÂMARA, PORQUE O

VEREADOR QUANDO TRABALHA PRA COMUNIDADE, OU FISCALIZANDO

O EXECUTIVO OU FAZENDO LEIS, ELE ESTÁ EXERCENDO UM TRABALHO,

ESTÁ? SE O VEREADOR NÃO TIVER SALÁRIO, COMO É QUE ELE VAI

MANTER A FAMÍLIA DELE, COMO É QUE ELE VAI SE COMPORTAR NA

SOCIEDADE? OU ELE VAI SER SUBORNADO, VAI SER CORROMPIDO, OU

ELE VAI TRABALHAR EM OUTRA COISA E AQUILO LÁ DE SER VEREADOR

VAI SER BICO.PORQUE NINGUÉM TEM CONDIÇÕES DE TRABALHAR PRA

COMUNIDADE DE GRAÇA. VOCÊ PODE SER VOLUNESTÁRIO ALGUMAS

HORAS DO DIA, SER VOLUNESTÁRIO VOCÊ FAZ TRABALHO

VOLUNESTÁRIO NA IGREJA, VOCÊ FAZ TRABALHO VOLUNESTÁRIO ATÉ

E ENTIDADE, MAS NÃO É O DIA INTEIRO. AQUILO LÁ REALMENTE É UMA

COMPLEMENTAÇÃO DA SUA VIDA, NÉ? UMA FORMA DE DOAÇÃO DO

SEU TEMPO VAGO, DO SEU TEMPO OCIOSO QUE EM VEZ DE VOCÊ ESTÁ

DESCANSANDO VOCÊ FAZ TRABALHO VOLUNESTÁRIO. AGORA, SE O

VEREADOR NÃO RECEBER SALÁRIO, O BICO VAI SER TRABALHAR NA

CÂMARA. ENTÃO ELE SÓ VAI NA HORA DA SESSÃO, ELE NÃO VAI SE

REUNIR NAS COMISSÕES, ELE NÃO VAI DAR PARECER NO PROJETO DE

LEI, ELE NÃO VAI ATENDER A COMUNIDADE, ELE NÃO VAI PODER

ATENDER AS PESSOAS LÁ NA COMUNIDADE. ENTÃO, ANTIGAMENTE

REALMENTE EXISTIA ESSA FIGURA DO VEREADOR QUE NÃO TINHA

SALÁRIO. E FOI UMA CONQUISTA, PORQUE INCLUSIVE AS PESSOAS MAIS

POBRES NÃO TINHAM REPRESENTAÇÃO DEMOCRÁTICA NA CÂMARA.

PORQUE O TRABALHADOR TINHA QUE ESTAR NO TRABALHO, NA

FÁBRICA OU NO COMÉRCIO E SETORES DA SOCIEDADE NÃO PODIAM

SER REPRESENTADOS NO PODER LEGISLATIVO. ENTÃO FOI UM GANHO

DA DEMOCRACIA QUE O VEREADOR TIVESSE UM SALÁRIO PARA PODER

SE DEDICAR INTEGRALMENTE A ESTE PAPEL, A ESTE TRABALHO.

NÍCOLAS: SÓ APROVEITANDO A DEIXA, VOCÊ CITOU AGORA A

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RELAÇÃO ENTRE O VEREADOR E O PREFEITO, A GENTE RECEBEU UM E-

MAIL AQUI DO NOSSO OUVINTE EMERSON MARQUES E ELE PERGUNTA

QUAL É A LIGAÇÃO ENTRE O VEREADOR E O PREFEITO? E ESTAR EM UM

PARTIDO DE OPOSIÇÃO ATUALMENTE ATRAPALHA O SEU TRABALHO?

ANGELA: BOM, PRA MIM ESTÁ MUITO GRATIFICANTE, PORQUE EU JÁ

FUI LEGISLADOR FEDERAL, NÉ, TANTO DE OPOSIÇÃO, QUANDO O

FERNANDO HENRIQUE ERA PRESIDENTE, TANTO QUANTO DE SITUAÇÃO,

QUANDO O LULA ERA PRESIDENTE. ENTÃO A GENTE TEM ESSA

EXPERIÊNCIA DE SER OPOSIÇÃO, DE SER SITUAÇÃO E DE TRABALHAR

COM ESSA DIVERSIDADE DE RELAÇÃO ENTRE O EXECUTIVO. O SER

VEREADOR DE OPOSIÇÃO TEM OUTRA RELAÇÃO, PORQUE VOCÊ TEM

QUE FISCALIZAR MUITO MAIS, PORQUE OS OUTROS DEZESSETE

VEREADORES NÃO TÊM ESTE PAPEL, VOCÊ TEM QUE SE PREPARAR

MUITO MAIS PARA A SESSÃO DE CÂMARA, PORQUE POR O QUE A GENTE

OBSERVA OS PROJETOS DE LEI CHEGAM NA HORA PRA VOTAR E JÁ

ENTRAM NA PAUTA, OS OUTROS VEREADORES DESRESPEITAM

TOTALMENTE INCLUSIVE O REGIMENTO INTERNO, QUE TEM PRAZO DE

EMENDA, TEM PRAZO DE LEITURA DO PROJETO, DEPOIS VAI PARA AS

COMISSÕES, AS COMISSÕES NÃO SE REÚNEM. É UMA PRÁTICA DE SÃO

JOSÉ TEM QUE EU NUNCA VI EM NENHUMA OUTRA CÂMARA DO BRASIL.

ENTÃO AS COMISSÕES NÃO SE REÚNEM, VEREADOR NÃO DÁ PARECER

EM PROJETO DE LEI, NÃO TEM RELATORIA, NÃO TEM DISCUSSÃO.

ENTÃO NA HORA DA SESSÃO SUSPENDE A SESSÃO E BOTA AO

PLENÁRIO, AO PLENÁRIO. AO PLENÁRIO NÃO É COISA NENHUMA.

ENTÃO A GENTE TEM QUE, E EU COMO LÍDER DA BANCADA DO PT, EU

TENHO O TRABALHO DE ANALISAR TODOS OS PROJETOS DE LEI QUE

VÃO PRA PAUTA, EU ESTUDO, EU ANALISO E COM ISTO EU TENHO

CONDIÇÕES DE ESTAR ME MANIFESTANDO, DE ESTAR COLOCANDO

COMO EM RELAÇÃO, CONHECENDO O QUE ESESTÁ SENDO TRATADO. DE

MODO GERAL OS OUTROS VEREADORES VÃO VOTAR SIM AO PROJETO

DO PREFEITO, SEM QUALQUER ANÁLISE, SEM SABER DO QUE ESESTÁ SE

TRATANDO. ENTÃO, AO MESMO TEMPO QUE O FATO DA GENTE SER DE

OPOSIÇÃO, A GENTE TEM OS REQUERIMENTOS DA GENTE REJEITADOS.

COM FREQUÊNCIA EU FAÇO REQUERIMENTO DE PEDIDO INFORMAÇÕES

PRA PREFEITURA E COM FREQUENCIA OS MEUS REQUERIMENTOS COMO

61

OS DOS OUTROS TRÊS VEREADORES DA BANCADA SÃO REJEITADOS. A

GENTE FAZ REIVINDICAÇÃO DE DEMANDA QUE VEIO DA COMUNIDADE

E SÃO REJEITADOS. ENTÃO ISTO É UMA CONSTANTE, OS NOSSOS

PROJETOS DE LEI SÃO REJEITADOS. ENTÃO EXIGE DO VEREADOR DE

OPOSIÇÃO UMA OUTRA ATUAÇÃO, COM MUITO MAIS CONHECIMENTO

PARA MOSTRAR A DIFERENÇA DE PROJETO. EU NÃO FAÇO OPOSIÇÃO

POR FAZER OPOSIÇÃO, EU FAÇO OPOSIÇÃO DEMONSTRANDO A

DIFERENÇA DE VISÃO, A DIFERENÇA DE PROJETO. EU VOU DAR UM

EXEMPLO PRA VOCÊ. OUTRO DIA O PREFEITO MANDOU UM PROJETO DE

LEI PRA CÂMARA, QUE ERA PRA AUTORIZAR A TERCEIRIZAÇÃO DE UMA

CRECHE, ESTÁ? ENTÃO NA NOSSA VISÃO POLÍTICA-PARTIDÁRIA,

CRECHE É UM SERVIÇO PÚBLICO QUE DEVE SER FEITO PELA

PREFEITURA. ENTÃO A GENTE CONCORDA QUE A PREFEITURA ABRA

CRECHES, AO CONTRÁRIO COBRA ISTO TODO DIA DO PREFEITO, MAS EU

VOTEI CONTRÁRIO A QUE A PREFEITURA TERCEIRIZASSE A CRECHE. AO

MESMO TEMPO, NO OUTRO DIA, PRA MOSTRAR QUE A GENTE NÃO FAZ

OPOSIÇÃO PELA OPOSIÇÃO, NÉ? É LÓGICO QUE NÓS PERDEMOS NO CASO

DESSA CRECHE QUE EU DEI O EXEMPLO NÓS PERDEMOS A VOTAÇÃO,

FORAM QUATRO VOTOS CONTRA DEZESSETE. MAS NO OUTRO DIA POR

EXEMPLO TINHA UM PROJETO DE LEI DE AUTORIA DA PREFEITURA QUE

ERA PEDINDO AUTORIZAÇÃO PRA RECEBER RECURSOS, FAZER UM

CONVÊNIO COM O GOVERNO DO ESTADO, PRA RECEBER RECURSOS

PARA A MODERNIZAÇÃO DE PRAÇAS ESPORTIVAS, COM

EQUIPAMENTOS, ERA PRA SECRETARIA DE ESPORTES. ISTO AÍ A GENTE

VOTOU A FAVOR, QUE ERA RECURSOS A FUNDO PERDIDO QUE A

PREFEITURA IA ENTRAR IMPLANTANDO ESTES EQUIPAMENTOS

ESPORTIVOS NOS POLIESPORTIVOS DA CIDADE. MAS ISTO DAÍ NÃO UMA

COISA QUE IDEOLOGICAMENTE NOS FAZ VOTAR CONTRÁRIO. NA

QUESTÃO DA CRECHE NÓS VOTAMOS CONTRÁRIO, PORQUE NÓS NÃO

CONCORDAMOS COM A TERCEIRIZAÇÃO DAS CRECHES.

NÍCOLAS: NO CASO, SE A PREFEITURA FOSSE DO PT, A SENHORA

ACREDITA QUE A OPOSIÇÃO TERIA O MESMO PROBLEMA COM OS

REQUERIMENTOS, SE A OPOSIÇÃO FOSSE DO PSDB, DOS OUTROS

PARTIDOS, A SENHORA ACHA QUE ELES TAMBÉM TRATARIAM DA

MESMA FORMA OU TRATARIAM DE UMA FORMA DIFERENTE, ISTO QUE

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A SENHORA FALOU DE NEGAR OS REQUERIMENTOS, AS INDICAÇÕES E

OS PEDIDOS DE INFORMAÇÕES?

ANGELA: BOM, EU VOU DIZER PRA VOCÊ UMA EXPERIÊNCIA QUE EU

TIVE QUANDO PREFEITA. EU NÃO TINHA MAIORIA, DIFERENTE DO QUE

TEM HOJE, NUMA CÂMARA DE VINTE E UM VEREADORES EU TINHA

OITO. COM FREQUÊNCIA É O CONTRÁRIO. OS VEREADORES DA

OPOSIÇÃO É QUE TENTAVAM IMPEDIR A PREFEITURA DE GOVERNAR.

NÓS TIVEMOS COM O ATUAL PREFEITO MUITOS PROJETOS A PROVADOS,

QUE A GENTE IA LÁ E CONVENCIA, DISCUTIA E MOSTRAVA A

IMPORTÂNCIA PRA CIDADE, NÉ, QUE OS VEREADORES ATÉ FICAVAM

NUMA SITUAÇÃO DIFÍCIL DE REJEITAR UM PROJETO QUE ERA DE

INTERESSE DA POPULAÇÃO. MAS ASSIM, A OPOSIÇÃO ERA MUITO

GRANDE, MUITO GRANDE MESMO. OS VEREADORES TINHAM UMA

CAPACIDADE DE ESTAR, AO CONTRÁRIO, DESSA QUESTÃO DE PEDIDO

DE INFORMAÇÃO. NÓS TÍNHAMOS UMA ENXURRADA DE PEDIDOS DE

INFORMAÇÃO, QUE A LEI ORGÂNICA INCLUSIVE DETERMINA PRAZO

PARA RESPONDER E QUE ERA TODA SEMANA UMA QUANTIDADE

ENORME DE PEDIDOS DE INFORMAÇÃO, QUE A GENTE FORNECIA

PORQUE RECONHECE ESTE PAPEL DO VEREADOR. MAS NÓS NÃO

IMPEDÍAMOS NUNCA, NÃO BOICOTAMOS, INCLUSÍVE NÃO TÍNHAMOS

MAIORIA. EU ACREDITO QUE EM OUTRA CIDADE QUE TENHA, QUE O

PREFEITO DO PT CONSEGUE CONSTRUIR A MAIORIA, ESSA RELAÇÃO

COM A CÂMARA PODE TER, PODE ATÉ SER QUE EM ALGUNS CASOS

QUANDO A SOLICITAÇÃO DO VEREADOR PRA PODER FAZER UMA

OPOSIÇÃO INCONSISTENTE, PODE TER ATÉ UM REQUERIMENTO DE

INFORMAÇÃO REJEITADO. EU NÃO TENHO ESSA EXPERIÊNCIA PRA

DIZER PRA VOCÊ. EU TENHO A EXPERIÊNCIA CONTRÁRIA, DE TER

VEREADOR DE OPOSIÇÃO EM MAIORIA.

NÍCOLAS: ESTÁ CERTO. A SENHORA ESESTÁ FALANDO EM PROJETO DE

LEI. RECENTEMENTE FOI APROVADO UM PROJETO DE SUA AUTORIA,

TRAZENDO O SAMU, QUE É O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE

URGÊNCIA PARA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. EU QUERIA QUE A SENHORA

FALASSE UM POUCO DOS BENEFÍCIOS QUE UM PROJETO DESSA

NATUREZA PODE TRAZER PRA CIDADE, E APROVEITASSE PARA FAZER

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UM BALANÇO DO SEU PRIMEIRO ANO COMO VEREADORA.

ANGELA: OLHA, O SAMU, É UM PROJETO QUE PRA MIM É MUITO CARO,

NO SENTIDO QUE PRA MIM COMO A SAÚDE SEMPRE FOI PRIORIDADE

DOS MEUS MANDATOS E DA MINHA ATUAÇÃO POLÍTICA, O MEU

PRIMEIRO PROJETO DE LEI COMO VEREADORA FOI O SAMU, PORQUE O

SAMU FOI IMPLANTADO PELO GOVERNO FEDERAL EM DOIS MIL E TRÊS,

QUER DIZER, NÓS ESTAMOS EM DOIS MIL E NOVE E JÁ FAZEM TRÊS

ANOS QUE ESTÁ EM FUNCIONAMENTO E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS NÃO

TINHA IMPLANTADO, AINDA NÃO IMPLANTOU. NA CONFERÊNCIA

MUNICIPAL DE SAÚDE EM DOIS MIL E SETE, SAIU COMO PRIORIDADE

NÚMERO UM DOS DELEGADOS DESSA CONFERÊNCIA A IMPLANTAÇÃO

DO SAMU NA CIDADE E O MUNICÍPIO AINDA NÃO IMPLANTOU. O SAMU É

UMA POLÍTICA QUE GOVERNO FEDERAL ILANÇOU DE URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA. ELE NÃO É SÓ TRANSPORTE DE AMBULÂNCIA. É UMA

POLÍTICA DE ATENDIMENTO, PARA AGILIZAR O TRANSPORTE, DAR

QUALIDADE NO TRANSPORTE, MAS PRINCIPALMENTE PARA MELHORAR

ESTE TRANSPORTE E REDUZIR O NÚMERO DE ÓBITOS, REDUZIR O

TEMPO DE INTERNAÇÃO , AS SEQUELAS , PELA RAPIDEZ QUE O

ATENDIMENTO É FEITO. ESSA RAPIDEZ SE BASEIA EM UM CENTRO DE

REGULAÇÃO, COM MÉDICO VINTE E QUATRO HORAS, ENTÃO

QUALQUER PESSOA QUE PASSAR MAL EM CASA, PASSA MAL NA RUA OU

UM ACIDENTE, UM ATROPELAMENTO, LIGA PARA O NÚMERO GRATUITO

DO UM NOVE DOIS. O CENTRO DE REGULAÇÃO É ACIONADO E FAZ

TODOS AQUELES QUESTIONAMENTOS SOBRE QUE TIPO DE PACIENTE, O

QUE ACONTECEU, ESTÁ PASSANDO MAL DO QUE, ENCAMINHA AÍ SIM A

AMBULÂNCIA, COM PESSOAS PREPARADAS E OS EQUIPAMENTOS

NECESSÁRIOS PARA AQUELE ATENDIMENTO. ESSA AMBULÂNCIA

CHEGA NO LOCAL DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO TANTO DO ACIDENTE

OU DO PASSANDO MAL, JÁ DÁ O PRIMEIRO SERVIÇO, O MÉDICO DE

PLANTÃO FICA MONITORANDO O TEMPO TODO PELO TELEFONE AS

CONDIÇÕES DO PACIENTE, POR ISTO A RAPIDEZ DO ATENDIMENTO

ACABA PROVOCANDO UMA REDUÇÃO DO TEMPO DE INTERNAÇÃO, DA

GRAVIDADE DOS CASOS, DAS CONDIÇÕES QUE O PACIENTE CHEGA NO

HOSPITAL E AO MESMO TEMPO A PRÓPRIA CENTRAL DE REGULAÇÃO JÁ

FAZ CONTATO COM O HOSPITAL QUE ESTE PACIENTE VAI SER

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ENCAMINHADO PRA EQUIPE DO HOSPITAL JÁ SABE QUE ELE ESTÁ

VINDO COM TRAUMATISMO, TRAUMATISMO CRANIANO, OU ESTÁ

PASSANDO MAL COM QUADRO DE INFARTE, ENFIM, QUANDO O

PACIENTE CHEGA NO HOSPITAL, A EQUIPE DO HOSPITAL, ALÉM DO

PRIMEIRO SOCORRO A EQUIPE DO HOSPITAL JÁ ESESTÁ ESPERANDO O

PACIENTE. ISTO JÁ ESTÁ COMPROVADO. NO BRASIL INTEIRO TEM MAIS

DE MIL DUZENTOS E SETENTA E DOIS MUNICÍPIOS QUE IMPLANTOU O

SAMU E JÁ ESTÁ COMPROVADO A REDUÇÃO DO TEMPO DE INTERNAÇÃO

ENTÃO O QUE PODIA FICAR UM MÊS ,UM MÊS E MEIO DESCE PRA DEZ

DIAS, DOZE DIAS A GRAVIDADE DO QUADRO, PORQUE O SOCORRO

IMEDIATO JÁ REDUZ ESSA GRAVIDADE, ACABA REDUZINDO O NÚMERO

DE MORTES E O NÚMERO DE SEQUELAS TAMBÉM, PORQUE AS VEZES O

PACIENTE SENDO TRANSPORTADO DE QUALQUER LADO, DE QUALQUER

JEITO. ÀS VEZES A PESSOA BOTA O PACIENTE NO CARRO PRA QUERER

AJUDAR E TRANSPORTA DE FORMA ERRADA, E ACABA PROVOCANDO

MAIS LESÃO ATÉ DO QUE SE O PACIENTE FICASSE AGUARDANDO UM

POUQUINHO MAIS UMA AMBULÂNCIA. ENTÃO ISTO TUDO JÁ ESTÁ

COMPROVADO. ENTÃO NÓS TIVEMOS REALMENTE, NÓS FIZEMOS NO

PRIMEIRO MOMENTO DE SOLICITAR PRA BOTAR NA PAUTA, O PREFEITO

PEDIU PRO LÍDER DO PREFEITO TIRAR DA PAUTA . ENTÃO NÓS FIZEMOS

UMA OUTRA ESTRATÉGIA, FOMOS PRA RUA PRA PEDIR UM ABAIXO

ASSINADO. NÓS CONSEGUIMOS MAIS DE DEZ MIL ASSINATURAS E

QUASE CEM PESSOAS ESTIVERAM NA SESSÃO DE CÂMARA PEDINDO A

APROVAÇÃO DO SAMU. A CONFERÊNCIA DE SAÚDE, AS PRÉ-

CONFERÊNCIAS QUE OCORRERAM NA CIDADE TAMBÉM SAIU COMO

PRIORIDADE A IMPLANTAÇÃO DO SAMU. ENTÃO NÓS CONSEGUIMOS

CRIAR NA CIDADE UM CLIMA, DA IMPORTÂNCIA DA NECESSIDADE DA

IMPLANTAÇÃO DO SAMU NA CIDADE. ENTÃO, NÃO SÓ COM OS ABAIXO-

ASSINADOS, QUANTO COM AS PESSOAS QUE FORAM PRA LÁ, QUANTO

COM A APROVAÇÃO E INDICAÇÃO NA CONFERÊNCIA DE SAÚDE, TUDO

ISTO LEVOU A APROVAÇÃO DO SAMU. AGORA A PREFEITURA JÁ FEZ A

SOLICITAÇÃO PARA O MINISTÉRIO DA SAÚDE E O MAIS IMPORTANTE,

QUE A PREFEITURA VAI RECEBER AS AMBULÂNCIAS, O CÁLCULO QUE O

MINISTÉRIO DA SAÚDE FAZ, PRA CADA CEM MIL HABITANTES UMA

AMBULÂNCIA E CONFORME A DISTÂNCIA TEM A POSSIBILIDADE DE VIR

ATÉ MAIS AMBULÂNCIAS. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS RECEBERIA SETE

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AMBULÂNCIAS-PADRÃO E DUAS AMBULÂNCIAS UTI E HOJE A CIDADE

SÓ TÊM AS TRÊS AMBULÂNCIAS DO CORPO DE BOMBEIROS DO RESGATE

DO CORPO DE BOMBEIROS E ENTÃO NÓS TERÍAMOS DOZE. COM

CERTEZA SERIA MUITO MAIS RÁPIDO. NÃO TENHO NADA CONTRA O

SERVIÇO DOS BOMBEIROS. INCLUSIVE ESTIVE CONVERSANDO COM O

PESSOAL DO RESGATE DO CORPO DE BOMBEIRO E ELES RECONHESSEM,

PORQUE JÁ TRABALHEM EM COM JUNTO EM OUTRAS CIDADES COMO

EM SÃO PAULO, ENTÃO ELES RECONHECEM A IMPORTÂNCIA DO SAMU,

MAS QUE ÀS VEZES ELES FICAM SOBRECARREGADOS, A DEMORA NO

ATENDIMENTO NÃO É PORQUE ELES NÃO FAZEM O SERVIÇO DIREITO,

MAS PORQUE TÊM TRÊS AMBULÂNCIAS E ELES NÃO CONSEGUEM FAZER

O SERVIÇO DIREITO. ENTÃO A PREFEITURA RECEBERIA AS

AMBULÂNCIAS E O RECURSO, CINQUENTA MIL REAIS, PARA FAZER,

PARA A ORGANIZAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DO CENTRO DE REGULAÇÃO.

E DEPOIS MENSALMENTE A PREFEITURA RECEBE VINTE E SETE MIL

REAIS PARA MANUTENÇÃO DA AMBULÂNCIA UTI, DOZE MIL E

QUINENTOS REAIS POR AMBULÂNCIA BÁSICA E VINTE CINCO MIL PARA

A MANUTENÇÃO DO CENTRO DE REGULAÇÃO. ENTÃO O MUNICÍPIO

ALÉM DE GANHAR TODA UMA INFRAESTRUTURA DO FUNCIONAMENTO

DE UMA POLÍTICA DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA, DO ATENDIMENTO

DE EMERGÊNCIA TERIA TAMBÉM ESTES RECURSOS PARA A

MANUTENÇÃO DESTE SERVIÇO. A PREFEITURA SAI GANHANDO EM

TODOS OS ASPECTOS E A POPULAÇÃO ENTÃO GANHA MUITO MAIS.

NÍCOLAS: ESTÁ CERTO. ANGELA, EU QUERO AGRADECER

IMENSAMENTE PELA SUA PARTICIPAÇÃO, SUA VINDA AQUI AO NOSSO

ESTÚDIOS, TENHO CERTEZA QUE ESSA CONVERSA FOI BASTANTE

ESCLARECEDORA.

ANGELA: A GENTE QUE AGRADECE O CONVITE, A OPORTUNIDADE DE

ESTAR COM VOCÊS E COM O SEU OUVINTE. UM ABRAÇO CARINHOSO A

TODOS.

NÍCOLAS: ESTÁ JÓIA, OBRIGADO. O VALE NOTÍCIAS FICA POR AQUI.

AGRADECENDO OS TRABALHOS TÉCNICOS DE VINÍCIUS FIRMINO E A

COORDENAÇÃO DE CELSO MENEGUETTI. A VOCÊ NOSSO OUVINTE, UM

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GRANDE ABRAÇO E ATÉ A PRÓXIMA.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi extremamente proveitoso, pois foi possível vivenciar a rotina da

produção jornalística durante todas as fases da produção do programa “Vale Notícias”. Desde

as entrevistas com a população, a edição das sonoras para as matéria. As etapas de produção

do programa, como a elaboração das pautas, as entrevistas com a população, a gravação e a

edição do programa tiveram um grande valor para a formação no curso de jornalismo.

Entrevistar 100 pessoas do público-alvo demonstrou que, apesar de poucos jovens

terem o costume de se informar através do rádio, eles estariam dispostos a ouvir um programa

como o proposto neste trabalho, de linguagem jovem e menos formal.

No início deste trabalho, não se sabia exatamente qual seria o rumo do programa. Se

haveria notícias do dia-a-dia, um bloco de entrevistas ou se o enfoque ficaria em matérias que

ainda não haviam sido abordadas pela mídia de São José dos Campos. Por fim, optou-se por

um modelo misto. Ficou demonstrado que, apesar de existirem programas voltados para o

público jovem, é possível produzir matérias diferentes, como as matérias esportivas

produzidas neste programa. Problemas do cotidiano que afetam esta faixa-etária,

especialmente os problemas econômicos, também podem e devem ser abordados, como a

matéria referente aos juros bancários, já que grande parte dos jovens atualmente fazem parte

da população economicamente ativa. É de se pensar, que se em um ambiente universitário

com poucos recursos foi possível montar um programa radiojornalístico com uma grande

variedade de temas, em uma grande rádio da região com mais recursos a produção de um

jornal de rádio que busque temas alternativos será bem mais fácil.

Não pode ser esquecido o período da gravação e da edição do programa, com

todos os seus percalços envolvendo por exemplo a produção da lauda com exatidão,

cronometrando o tempo das locuções e das sonoras. Todo este trabalho sem dúvidas valoriza

todo o esforço empregado na busca pelo conhecimento durante o período do curso da

faculdade.

Espera-se que este Trabalho de Conclusão de Curso inspire mais estudantes de

jornalismo no futuro e quiçá as rádios da região a darem mais destaque à produção de

matérias que fujam do ritmo cotidiano padrão da imprensa, onde infelizmente impera a leitura

excessiva de jornais e foge-se um pouco do espírito do jornalismo de se buscar e investigar

coisas novas, que ainda não foram noticiadas pela imprensa.

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BIBLIOGRAFIA

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FERRARETO, Luiz Artur Rádio- o veículo, a história e a técnica. Doravante, 2007

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