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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE DENTRO DAS SALAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARCIA CRISTINA TELES DA MOTTA Prof ª/Mestre Fátima Alves RIO DE JANEIRO 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - avm.edu.br · do bebê pequeno de expressar-se por meio das emoções, as quais vão contagiar toda uma família com seu choro. Todas estas manifestações

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE DENTRO DAS SALAS DE

EDUCAÇÃO INFANTIL

MARCIA CRISTINA TELES DA MOTTA

Prof ª/Mestre Fátima Alves

RIO DE JANEIRO

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE DENTRO DAS SALAS DE

EDUCAÇÃO INFANTIL

OBJETIVO:

AUXILIAR O PROFISSIONAL DA

EDUCAÇÃO INFANTIL A TER UM

NOVO OLHAR SOBRE OS

MOVIMENTOS DE SEU ALUNO.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus e minha mãe,

pela oportunidade de fazer este curso.

Ao corpo docente da Instituição “A Vez

do Mestre”, em especial à

Professora/Mestre Fátima Alves pela

dedicação a esta pesquisa e seu amor

e dedicação no campo de pesquisa

sobre os movimentos do nosso corpo e

aos meus amigos de turma. Obrigada!

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DEDICATÓRIA

À Irani Teles, minha mãe e primeira professora na

universidade da vida.

Marcia Motta

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RESUMO

Iniciando através de pesquisa bibliográfica dos principais autores Piaget,

Vitor da Fonseca e Gislene Oliveira, conceituar a psicomotricidade, o que se

espera para cada etapa de desenvolvimento e como professor utiliza as

brincadeiras como forma de avaliar e desenvolver a psicomotricidade de seu

aluno.

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METODOLOGIA

A pesquisa será de cunho bibliográfico, a partir da leitura dos autores Piaget,

Fonseca e psicomotores. Será estruturada também por leitura de artigos, textos

que relatam a importância da psicomotricidade em crianças de um a três anos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

O QUE É PSICOMOTRICIDADE?

CAPÍTULO II 14

AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR NAS CRIANÇAS DE 1 A 3

ANOS;

CAPÍTULO III 18

AVALIAÇÃO E UM NOVO OLHAR SOBRE OS MOVIMENTOS DO ALUNO

CAPÍTULO IV 21

BRINCAR... UMA FORMA DE AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO MOTOR.

CONCLUSÃO 26

BIBLIOGRAFIA 28

ANEXOS 29

ÍNDICE 30

FICHA DE AVALIAÇÃO 31

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INTRODUÇÃO

Logo quando nascemos trabalhamos os movimentos do nosso corpo.

Movimentos que são estimulados e auxiliados pelos pais ou educadores,

realizado desde o nascimento até a 3ª idade.

No primeiro capítulo desta pesquisa, falará sobre o que é a

psicomotricidade? Não só no ponto de vista científico, mas principalmente a

sua importância nas escolas.

Nas escolas a psicomotricidade deveria ser uma ferramenta de muita

importância. Ela previne, intervém e auxilia nos resultados do desenvolvimento

da criança, proporcionando situações satisfatórias no processo de ensino-

aprendizagem. Como resultado a Educação Infantil acaba sendo privilegiada

com toda esta informação..

Através dos movimentos expressamos nossos sentimentos, pensamentos

e atitudes que muitas das vezes estão arquivados em nosso inconsciente.

No segundo capítulo será investigado o desenvolvimento psicomotor das

crianças de zero a três anos, o que espera em cada idade. O professor deve

estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na

posição de facilitador da aprendizagem. Nesta pesquisa será relatado através

da pesquisa bibliográfica as etapas do desenvolvimento psicomotor, com as

contribuições de estudos desenvolvidos pelos autores Piaget e Vitor Fonseca.

No terceiro capítulo será de suma importância para o professor, já o

mesmo tem seu papel principal como facilitador da aprendizagem e calca seu

trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. A idéia é que ele

estabeleça com seus alunos uma relação de ajuda, atento para as atitudes de

quem ajuda e para a percepção de quem é ajudado.

O quarto capítulo contará com um grande aliado para o desenvolvimento

e para a aprendizagem, que é a psicomotricidade através do brincar. A criança

experimenta seu corpo e o desenvolve muitas vezes através do brincar. Dessa

forma, ela libera sua imaginação, dá ênfase a sua criatividade, trabalha seus

sentimentos, interage melhor com tudo e com todos e aprende, aumentando

sua capacidade de compreensão.

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A psicomotricidade precisa ser vista com bons olhos pelo profissional da

educação, pois ela vem auxiliar o desenvolvimento motor e intelectual do aluno.

O corpo e a mente são elementos integrados da sua formação.

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CAPÍTULO I

O QUE É PSICOMOTRICIDADE?

A Psicomotricidade é uma ciência que estuda o movimento do corpo,

utilizado através do homem, em relação ao mundo externo e interno.(www.

pt.wikipedia.org/wiki/Psicomotricidade )

“Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do

discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi

necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do córtex

cerebral situadas mais além das regiões motoras. Com o

desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a

constatar-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro

esteja lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada.

São descobertos distúrbios da atividade gestual, da atividade práxica.

Portanto, o "esquema anátomo -clínico" que determinava para cada

sintoma sua correspondente lesão focal já não podia explicar alguns

fenômenos patológicos. É, justamente, a partir da necessidade

médica de encontrar uma área que explique certos fenômenos

clínicos que se nomeia, pela primeira vez, o termo Psicomotricidade,

no ano de 1870. As primeiras pesquisas que dão origem ao campo

psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente neurológico”

(SBP, 2003).

A psicomotricidade historicamente, começou a ser utilizada para

trabalhos com pessoas que apresentavam um quadro neurológico com

distúrbios motores.

Foi a partir da primeira década de XX que a psicomotricidade é ligada ao

corpo e movimento.

“O termo psicomotricidade apareceu pela primeira vez com Dupré em

1920, significando um entrelaçamento entre o movimento e o pensamento”

(Oliveira,2001,p.28)

A observação e a estimulação são os grandes aliados a esta ciência,

como podemos ver através de alguns autores.

Para Piaget, o momento motor mais trabalhado é no período sensório-

motor, que inicia no nascimento até dois anos de idade. O alcance que a

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possibilidade de movimentação traz para a criança é grande, pois o mundo se

abre para ela e a exploração e manipulação se ampliam consideravelmente.

“A inteligência sensório-motora é, pois, uma expressão que serve para

caracterizar ao mesmo tempo um processo de formação e um estado de

equilíbrio final.” (Dolle,2000,p.112)

É no período sensório- motor que a criança começa a explorar os

sentidos através dos gestos, reflexos e movimentos. O primeiro movimento é a

sucção, importante para o bebê estimular o controle de sua respiração e o

desenvolvimento ósseo-muscular e assim, no equilíbrio do posicionamento das

arcadas e da língua. A criança começa a explorar seus movimentos também

através do campo visual, no qual se desloca sua mão para pegar objetos.

Ressaltando que o processo de assimilação e a acomodação estão em

equilíbrio, a conduta é adaptada.

Wallon, pioneiro no estudo do movimento humano ressalta:

Movimento (ação), pensamento e linguagem são uma unidade

inseparável. O movimento é o pensamento em ato, e o pensamento e o

movimento sem ato.(in Oliveira,2000,p.33)

Esses movimentos são as primeiras formas de comunicação da criança

com o meio, e é a sua transformação em gestos úteis e significativos que virá a

preparar e permitir seu desenvolvimento.

A Emoção tem um papel extremamente contagiante, e poderá ser um

contágio positivo ou negativo. Este contágio, tanto parte da criança, como do

adulto que está interagindo com ela.

Um exemplo simples deste contágio, pode ser observado na capacidade

do bebê pequeno de expressar-se por meio das emoções, as quais vão

contagiar toda uma família com seu choro. Todas estas manifestações se dão

pelo movimento, e, portanto, impedir o movimento da criança poderá impedi-la

de aprender. Um olhar atento sobre a dimensão expressiva do movimento se

faz imprescindível.

A longo do tempo, a criança vai controlar seus movimentos, mas sim

como resultado da aprendizagem.

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Para Fonseca “a psicomotricidade, não é exclusiva de um novo método,

ou de uma “escola” ou de uma “corrente” de pensamento, nem constitui uma

técnica, um processo, mas visa fins educativos pelo emprego do movimento

humano.” (in Oliveira,2000, p.35)

A partir dos conceitos dos autores, podemos afirmar que a

psicomotricidade está em cada passo que damos, formando e conhecendo o

nosso corpo. Se antes era dirigida como uma forma psiquismo, hoje a

psicomotricidade invade salas de aula e o nosso dia-a-dia.

Dentro das salas de aula nos anos iniciais como uma prevenção e

reeducação desse corpo.

Sobe, desde, rola,corre... ações de muita atenção ao profissional. A

psicomotricidade como foi visto não está ligado só aos movimentos, mas a

emoção. Conforme o sujeito pensa, está naquele momento reflete em seus

movimentos. Um corpo vivido é a expressão de emoção equilibrada. E como

equilibrar este corpo? Explorando. A criança seus desejos através da

exploração, seja de uma imagem colorida, bichos diferentes... o importante

para ela é o novo. E é através do novo que ocorre o conhecimento do seu

corpo. Exemplo: Uma criança brincando com móbiles, no primeiro momento

observa, após executa o movimento de alcançar o objeto com seu braço.

Por isto a importância da apresentação de diferentes materiais seja em

cores, formas e dimensões (longe x perto).

Lembrando que a criança é única. Para Alves (2007) “o esquema do

desenvolvimento é comum a todas as crianças, mas as diferenças de caráter,

as possibilidades físicas, o meio e o ambiente familiar explicam que com a

mesma idade crianças perfeitamente “normais” possam comportar-se de

maneiras diferentes.”

A criança tem a necessidade de vivenciar, viver o concreto. É através das

vivencias que construíra a melhor maneira de manusear este corpo. Assimilar e

acomodar, como relata Piaget.

Dentro das escolas o educador tem o papel de facilitador deste processo,

já que o bebê ou a criança necessita da atenção nos primeiros anos de vida.

Um bom trabalho motor, será o resultado de uma aprendizagem

facilitada. Trabalho este que se inicia na Educação Infantil, principalmente nos

três primeiros anos de vida. Período no qual a criança inicia a sugação,

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mastigação, exploração de objetos seja visual ou pelo tato, engatilhar, andar,

falar, percepção das partes do corpo...

Quando mais está criança vivenciar, a busca por novas descobertas será

maior.

Cadê o educador proporcionar a está criança segurança e materiais.

Lembrando que para o professor o seu material é o seu “aluno”.

“Para poder educar o homem, é preciso que o ensinemos a dominar sua

própria consciência e corpo com senso de equilíbrio.” (Alves,2007, p. 138)

Estimular um movimento é muito mais que educar, é proporcionar um

momento de prazer de descoberta.

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CAPÍTULO II

AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR NAS CRIANÇAS

DE 1 A 3 ANOS

Desde quando estamos no ventre, estamos nos movimentando,

experimentando o corpo que temos. Logo quando nascemos temos que usar o

movimento da sucção, para a alimentação e sobrevivência. E é aí que temos o

primeiro contato com o desenvolvimento motor. E de suma importância o

trabalho neste momento, pois na estimulação podemos já identificar e

diagnosticar a falta de algum controle motor.

Do nascimento até o 1 ano de vida, segundo LE BOULCH (1988), “a

criança se separa da circulação materna, vive alternativamente entre a

sensação de perda provocada pela diminuição da concentração dos

metabolismos sanguíneos e a satisfação desta necessidade fundamental... O

equilíbrio deste comportamento tônico-emocional traduz a unidade do ser e é

função de atenção do meio em relação à criança. Embora esta fase da vida

não se torne consciente, é muito importante. Já que as experiências corporais

vividas ficam registradas, graças a uma verdadeira memória corporal, forma

mais primitiva do inconsciente.”

Para esta fase os principais movimentos esperados são segundo

FONSECA (1998): “sucção, explorar e sente os objetos com a boca, sustenta a

cabeça e o pescoço, sobre os braços, senta-se com apoio das mãos, fica de pé

com um apoio mínimo, bate palma, anda com uma ajuda mínima, dá alguns

passos com ajuda.”

O que se espera no desenvolvimento motor segundo FONSECA (1998):

Crianças de 1-2:

- Sobe escadas em reptação;

- Passa da posição de sentado à de pé;

- Faz rolar um bola por imitação;

- Sobe para uma cadeira normal,

- Volta-se e fica sentado;

- Põe 4 argolas num suporte cilíndrico,

- Tira/põe um prego colorido numa placa colorida;

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- Constrói torre de três blocos;

- Faz riscos com um lápis ou com uma caneta;

- Anda autonomamente;

- Desde escadas em reptação e em marcha atrás;

- Senta-se sozinho numa pequenina cadeira;

- Põe-se de cócoras e volta à posição de pé;

- Empurra e desloca brinquedos enquanto anda;

- Utiliza o cavalo de balanço ou a cadeira de balanço; sobe escadas

com ajuda;

- Dobra-se pela cintura para apanhar objetos, sem perder o equilíbrio e

imita o gesto circular.

Crianças de 2-3 anos:

- Enfia num cordel 4 pérolas em 2 minutos,

- Manipula as maçanetas das portas para a abrir,

- Salta com os pés juntos sem sair do mesmo lugar,

- Anda à retaguarda,

- Desde escadas com ajuda,

- Lança uma bola para adulto colocando a 1,5 m de distância, sem que

este tenha de se mover para a apanhar,

- Constrói torre de 5 a 6 cubos,

- Vira as páginas de um livro, uma de cada vez,

- Desembrulha um pequeno objeto,

- Dobra um papel ao meio por imitação,

- Separa e junta brinquedos

Para que ocorra o que se espera em cada fase da criança é necessário

um ambiente propicio para a vivência deste corpo.

Jogos diferentes, objetos com diferentes tipos de texturas, cones, pneus...

materias diversificados e o principal acolhimento.

O Adulto é um grande aliado nos desenvolvimento, pois é ele que vão

orientar este ser tão pequeno que necessita de muitas informações.

“A ação educativa da escola maternal será, dentro do possível, desenvolver esta

espontaneidade adaptada ao ambiente.

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Até os 3 anos, os interesses da criança estão sobretudo centrados no mundo exterior e,

em especial, sobre o aspecto práxico do movimento. É importante salientar o jogo simbólico

através do qual se observa o papel expressivo do movimento” (LE BOULCH, 1992, p.89)

O corpo e o movimento é a leitura do mundo exterior que a criança faz a

partir das vivências dos elementos que englobam a Psicomotricidade, que são

de acordo com BUENO (1998), Coordenação; Postura; Tônus; Equilíbrio;

Respiração; Esquema Corporal; Lateralidade; Percepções; Relaxamento;

Orientação e estruturação espaço- temporal e Ritmo.

Segundo ALVES (2007)...

Coordenação Geral – “ A tomada de consciência do corpo é necessária

para a execução e o controle de movimentos preciosos que vão ser

executados.” (p.56)

Coordenação Motora dividindo-se em...

Fina – “... a utilização das mãos exigindo precisão nos movimentos...”

(p.58)

Ampla – “ É a coordenação existente entre os grandes grupamentos

musculares.” (p.58)

Visomotora – “É a habilidade de coordenar a visão com movimentos do

corpo.” (p.58)

Audiomotora – “É a capacidade de transformar em movimentos um

comando sensibilizado pelo aparelho auditivo.” (p.58)

Facial - “A motricidade facial, expressiva e singular de primatas e

humanos são potentes sistemas de transmissão de mensagens não verbais.”

(p.58)

Lateralidade – “É importante na evolução da criança, pois influi na idéia

que a criança tem de si mesma. ”(p.61)

Equilíbrio – “É a base primordial de toda coordenação geral, assim como

de toda ação diferenciada dos membros superiores.” (p.60) Sendo divididos em

Estático / Dinâmico

Esquema Corporal – “... é estruturado e passa a ter consciência dele e

suas possibilidades, na relação com o meio ambiente em que vive.”(p.48)

Estrutura espacial- “... a criança percebe a posição de seu próprio corpo

no espaço. Depois a posição dos objetos em relação a si mesma e, por fim,

aprende a notar as relações das posições dos objetos entre si.” (p.69)

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Estrutura espacial- “O desenvolvimento da estrutura temporal na criança

é importante, pois, por intermédio do ritmo é que ela terá uma boa orientação

no domínio do papel, na escolarização, construindo palavras de forma

ordenada e sucessiva na utilização das letras, umas trás das outras,

obedecendo a um certo ritmo e dentro de um determinado tempo.” (p.74)

Cada etapa do desenvolvimento psicomotor tem o objetivo levar “a

criança experimentar várias situações que proporcionam o conhecimento total

do seu corpo e de suas partes, permite uma comunicação com o meio,

favorece a diferenciação das partes do corpo em relação umas às outras, o

domínio do seu corpo, sua percepção motora, sua imagem corporal, enfim, é

capaz de desenvolver progressivamente a consciência corporal e criar seu

próprio conceito de cor.” (apud ALVES, 2007, p.44)

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CAPÍTULO III

AVALIAÇÃO E UM NOVO OLHAR SOBRE OS MOVIMENTOS DO

ALUNO

“Menina segura direito esse lápis.” “Cadê os olhos, a boca...” “Segura a

tesoura desta forma, assim...”

Essas são algumas falas bem executadas dentro das salas de Educação

infantil, mas o que o professor tem feito para que seu aluno segure o lápis

adequadamente, uma tesoura... Não basta só mostrar, a criança precisa,

necessita vivências, experimentar esse corpo.

Segundo Ferreira (2008), “o psicomotricista deve ter em conta que é

necessário proporcionar à criança uma segurança sobre si mesma e na relação

com o adulto evitando criar situações desqualificadoras e valorizando as

conquistas, criando condições do desenvolver a autoconfiança na sua

expressão e percepção de si partir de seu corpo.”

Quando trabalhamos através de jogos, brincadeiras e experimentações o

desenvolvimento motor é ampliado nas crianças. Cores, diversos materiais,

salas com diversos brinquedos são estimulantes a curiosidade das crianças.

Mas a questão é, será que o professor tem proporcionado isto aos seus

alunos?

“O papel do professor de pré –escola é, ao mesmo tempo

importante e difícil, pois esse educador lida com a criança no

processo inicial do desenvolvimento, em uma etapa básica da

formação de sua personalidade. A existência de muitos educadores

permite selecionar algumas recomendações que podem favorecer o

processo de aprendizagem dos pré-escolares. O professor poderá,

claro, enriquecer as sugestões oferecidas a partir da consideração de

sua realidade e da utilização de sua criatividade.” (apud ALVES,2007,

p.127)

O professor mesmo não sendo psicomotricista, tende a ter um olhar sobre

os objetivos motores que terão nos seus alunos.

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A Educação Infantil é a primeira etapa no desenvolvimento, nela além de

ser trabalhada é nela que está a prevenção de problemas motores e

aprendizagem.

Segundo Barreto (2000), “o desenvolvimento psicomotor é de suma

importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do

tônus, da postura...”

Atividade em espaços externos com o corpo são fundamentais, simples

brincadeiras como correr, pular obstáculos... são fundamentais para os

movimentos do corpo. Jogos e brincadeiras criativas são fundamentais na

Educação Infantil, o professor para obter melhores atividades deve

primeiramente saber o que se espera no desenvolvimento motor de seu aluno,

através de leitura de textos e livros. Saber que cada criança tem seu ritmo e

limitações. E quais os objetivos que irão levar para avaliar.

“A avaliação psicomotora é de fundamental importância, ela permitirá a

você, profissional, a obtenção de dados importantíssimos relacionados ao

indivíduo que está procurando seus serviços.” (ALVES,p. 141)

É através da avaliação que o profissional identificará as necessidades do

seu aluno e com um diagnostico ajuda-lo.

Em anexo está a ficha utilizada para verificar o que os profissionais da

área de educação pensam sobre a psicomotricidade nas escolas.

A primeira questão foi respondida satisfatoriamente. Os profissionais

levantaram que a psicomotricidade é a ciência ligada ao desenvolvimento

motor.

Para alguns como ainda pe notório, muito atribui a psicomotricidade como

aulas de Educação Física ou dentro da sala como uma questão só motora fina.

Questão que através de estudo bibliográfico vai mais além. Tudo o que se faz

dentro ou fora da sala tem relação com a psicomotricidade.

E por este motivo muitos se confundem ou não sabem a quem recorrer

quando recebem um sua sala em aluno com problemas motores. A 90% dos

profissionais entrevistados encaminham para psicólogos, neurologista... Acham

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que problemas motores estão ligados ao emocional. Quem nunca escutou:” É

um reflexo de algum problema emocional.”

Graças a estudos, pesquisas no campo psicomotores a psicomotricidade

a cada dia mostra seu espaço em todas as áreas. E na Educação Infantil com

força, pois é nela a base e a descoberta desse corpo.

Hoje dentro da Educação Infantil, podemos prevenir atrasos motores e

corporais com mais facilidades. E através do brincar o mundo do faz-de-conta,

torna-se realidade de um corpo vivido e com prazer.

Cabe a cada profissional a sensibilidade e estudo que está ciência irá

proporcionar aos seus alunos.

.

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CAPÍTULO IV

BRINCAR... UMA FORMA DE AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO

MOTOR

"O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é

uma experiência humana, rica e complexa." (Almeida, M. T. P, 2000 APUD

http://efartigos.atspace.org/efescolar/artigo39.html)

Brincar é mas mais do que uma ação, o brincar é expressar os

sentimentos, transmitir ações e reações de uma forma natural do que a criança

está passado e pensando.

"... A criança deve ter todas as possibilidades de entregar-se aos jogos e às atividades

recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os

poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo deste direito". (Declaração universal

dos direitos da criança, 1959)

Dentro das escolas infantis o lema é brincar, mas cabe ao professor o

objetivo que ele quer sobre a brincadeira.

Na psicomotricidade o brincar esta além do faz- de – conta, é nela

segundo LIMA (2007,p.3):

É através do brincar que a criança desenvolve a perícia do

movimento de braços, pernas e do corpo no espaço. Noções de em

cima, embaixo, esquerda, direita, um lado, outro lado são formadas

nas brincadeiras. Brincando a criança desenvolve a rotação em eixo

do próprio corpo e lateralidade.

O ato de brincar faz com que a criança se desenvolva mais rápido e

prazeroso. No brincar também o profissional analisa melhor a onde está a

necessidade do movimento motor de seu aluno.

“É muito importante sinalizar que, na maioria dos casos, uma única

avaliação não é suficiente para detectar o distúrbio encontrado, sendo

necessário entender a avaliação como um processo contínuo.” (ALVES,p.141)

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Por isto cabe o professor não fazer só brincadeira por fazer ou quando

tem um tempo livre, mas sempre com objetivos claros. Cabe também ressalta,

que brincadeira com objetivos psicomotores não estão só nos jogos de

Educação Física, mas no dia-a-dia em cada área do conhecimento.

Para Piaget (1971), “quando brinca a criança assimila o mundo à sua

maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto,

mas da função que a criança lhe atribui.”

Na brincadeira a criança trabalha a sua imaginação, troca experiência,

convive com as diferenças, aprende regras, desenvolve os movimentos do seu

corpo de uma forma lúdica e gostosa.

Ao observar o desempenho da criança no jogo, estamos também

avaliando o desenvolvimento de sua aprendizagem.

Se a escola não compreende a memória por este prisma, corre o risco de

produzir memorização mecânica de determinados conteúdos, ou seja,

informações de curta duração. É função da escola planejar o tempo para o

aluno e o professor pensarem, aprendendo a estudar para memorizar co

significado.

Vygotsky diz que somo s o que lembramos. Através de nossas memórias,

somos avaliados e nos constituímos enquanto sujeito.

É através das brincadeiras que somos construídos, segue algumas

sugestões de jogo e atividades, baseadas na etapas do desenvolviemento

psicomotores.

EQUILÍBRIO

PNEU VOADOR

Nesta atividade a criança é proposta a fazer um desenho de pintura, se

equilibrando em pneu como balanço em movimento.

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http://www.colmagno.com.br/roda/expressao/default.htm

COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL

CARACOL- A partir de um desenho de caracol feito no chão, as crianças tem o

desafio de pular em cada casa seja com um pé, dois, intercalando...

http://adolescenciacaldasanos70e80.blogspot.com/2010/11/no-jardim-escola.html

COORDENAÇÃO MOTORA FINA

DESCASCANDO- Levar para a sala ovos de codorna, galinha e desafia-los a

retirar a casaca dos ovos.

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http://www.colmagno.com.br/Eric/Eric2006/Motor/default.htm

COORDENAÇÃO MOTORA ÓCULO MANUAL

FUTEBOL NO ALVO – As crianças terão o desafio de colocar a bola no alvo

(gol), balançando o campo e sem deixar a bola cair.

http://www.balcao.com/anuncio-bebes_e_crian%C3%A7as-

anima%C3%A7ao_de_festas_promo%C3%A7ao-rio_de_janeiro-det-5888680.aspx

ESQUEMA CORPORAL

SILHUETA- Deitar uma criança numa folha grande e desenhar seu contorno,

após deixar as crianças completarem com pintura, recorte de jornal, lã...

LATERALIDADE

COMPLETE O ROSTO- Nesta atividade propõem que os alunos completem a

figura.

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http://espacodasaladeaula.blogspot.com/2009_05_01_archive.html

ESTRUTURA ESPACIAL

COELHINHO SAI DA TOCA- Divida os participantes em grupos de três

crianças, e em círculo forme as tocas.

Duas crianças dão-se as mãos formando a toca e a outra criança ficará dentro

da toca. Ela será o coelhinho.

No centro do círculo ficarão as crianças, "os coelhinhos" que estão à procura

de tocas.

Quando alguém falar: coelhinho sai da toca.Todos os coelhinhos deverão

trocar de tocas e os coelhinhos que estão no centro procurarão uma toca.

Quem não conseguir entrar em alguma toca fica no centro, esperando nova

oportunidade.

ttp://www.redescola.com.br/kids/index.php?option=com_content&task=view&id=88&Itemid=9

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ESTRUTURA TEMPORAL

PLANTAÇÃO- Plantar feijões e observar o seu crescimento. Posteriormente, o

professor e as crianças desenharão a história da vida do feijão, passando pelas

etapas do seu desenvolvimento, da semente até a planta adulta.

http://www.donaperfeitinha.com/2010/08/plantando-um-pe-de-feijao.html

Para Winnicot (1975) ...

A criança adquire experiência brincando. A brincadeira e o

jogo são parcelas importantes da sua vida... Tal como as

personalidades dos adultos se desenvolvem através de suas

experiências da vida, assim as das crianças evoluem por intermédio

de suas próprias brincadeiras e das invenções de brincadeiras feitas

por outras crianças e por adultos. Ao eriquecerem-se, as crianças

ampliam gradativamente sua capacidade de exagerar a riqueza do

mundo externamente real.

Sabemos que a aprendizagem realizada na escola muda a visão e a

percepção do sujeito sobre o mundo lá fora, portanto, vem ao encontro de m

dos principais objetivos da educação, que é trabalhar o indivíduo para sua

inserção cultural social de forma harmônica e atuante.

A brincadeira é um grande auxiliador dessa harmonia de trabalho, pois

estabelece um problema a ser solucionado, um desafio a ser vencido, tal como

a vida , a realidade.

Quem nunca escutou a frase: É brincando que se aprende. Mas do que

aprender a brincadeira envolve a emoção, sonhos, realidades... Brincar é viver

sem medo da realidade, trazer um mundo lúdico mas perto.

Encerro está pesquisa com um trecho do texto “A Terra” de Rubem Alves:

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... coisa gostosa é brincar! Brinquedos dão

alegria:bonecas, pipas, piões,bolas, peteca, balanços,

escorregadores...

Os brinquedos podem ser feitos com os mais

diferentes materiais: madeira, plástico, metal, pano,

papel. Mas há brinquedos que são feitos com algo

que a gente não pode nem tocar e nem pegar:

brinquedos que são feitos com palavras.

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CONCLUSÃO

Depois de ler estudo, fichas de pesquisas, observações da minha própria

experiência, concluo o quanto aprendi e principalmente que nascemos já nós

movimentando.

O presente trabalho mostra o quanto é importante iniciar o trabalho com o

corpo, desde quando nascemos e principalmente dentro da Educação Infantil.

Através do corpo que conhecemos a si mesmo e ao outro. O corpo fala a todo

o momento expressando desejos, sentimentos, curiosidade, cuidados...

O papel do educador deve ser de orientar, levar, mediar, encaminhar o

aluno às descobertas que o mundo lhe oferece, ampliando suas capacidades e

potencialidades e estabelecendo princípios que nortearão estas conquistas.

Respeitar suas individualidades e seu processo de desenvolvimento,

mostrar a beleza das coisas. Cada criança mostra um ritmo, um

desenvolvimento, cadê o orientador identificar a necessidade do sujeito.

Segundo Paulo Freire (1990), ensinar não é “transferir conhecimentos” é

criar as possibilidades para a sua produção, por esse motivo podemos dizer

que a Educação psicomotora ensina, pois ela cria situações para que o

educando faça a construção do seu saber através dos movimentos do seu

corpo, formando assim a base do desenvolvimento motor, afetivo e psicológico.

Ressaltando que não existe outra ação do que o brincar, para explorar,

desenvolver e manusear este processo.

Como foi relatado é através do lúdico que podemos prevenir alterações

motoras. Brincar estimula os movimentos, a imaginação, limites... Quem não

tem guardado na memória uma brincadeira de infância?

Vygotsky diz que somos o que lembramos. Através de nossas memórias,

somos avaliados e nos constituímos enquanto sujeito.

Doces lembranças de um corpo vivido e percebido... Viva a brincadeira!

Cabe o interventor ser criativo e objetivo na proposta de brincadeira que

irá apresentar e observar sempre. A observação, um olhar diagnóstico em cada

brincadeira é uma prevenção educativa e principalmente na Educação Infantil é

o melhor caminho para o sujeito conhecer seu corpo e o professor de ajudar e

orientar seu aluno.

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Levante, crie, brinque, mexa-se, role, corra, pule, engatinhe,rasgue,

rabisque, corte... tenha prazer nas ações que envolvem o seu corpo.

Viva a Psicomotricidade como uma única forma de viver o seu corpo!

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BIBLIOGRAFIA

ALVES, Fátima. Psicomotricidade: Corpo,Ação e Emoção.3ª.ed. RJ: Wak,

2007

BARRETO, Sidirley de Jesús. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2ª

ed. Blumenau: Livraria Acadêmica, 2000

BUENO, Jocian Machado. Psicomotricidade- Teoria e Prática. SP: Lovise, 1998

DOLLE, Jean- Marie. Para compreender Jean Piaget. RJ: AGIR, 2000

FERREIRA, Carlos Alberto de Mattos. Psicomotricidade Escolar. RJ: Wad,

2008

FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade: filogênese, ontogênse e retrogênese. 2.

ed. rev. e aum. Porto Alegre: Art Med, 1998

LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora: a psicomotricidade na idade

escolar. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988

LIMA, Elvira Souza. Brincar para quê? Coleção Cultura, Ciência e Cidadania.

SP: Inter Alia, 2007

OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação

num enfoque psicopedagógico. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2000

PIAGET, Jean. Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.

WINNICOTT,D.W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora,

1975

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ANEXO

FICHA DE PESQUISA

FORMAÇÃO:____________________________________________________

TEMPO QUE ATUA NA ÁREA: ______________________________________

QUAL A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO

INFANTIL...

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

COMO VOCÊ TRABALHA O CORPO E OS MOVIMENTOS EM SUAS

AULAS...

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

PARA VOCÊ QUEM CABE O TRABALHO DE PSICOMOTRCIDADE NAS

ESCOLAS? POR QUE?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

A QUEM VOCÊ RECORRE QUANDO DETECTA DISTÚRBIOS MOTORES?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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ÍNDICE

CAPA 01

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÒRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

O QUE É PSICOMOTRICIDADE?

CAPÍTULO II 14

AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR NAS CRIANÇAS DE 1 A

3 ANOS;

CAPÍTULO III 18

AVALIAÇÃO E UM NOVO OLHAR SOBRE OS MOVIMENTOS DO ALUNO

CAPÍTULO IV 21

BRINCAR... UMA FORMA DE AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO

MOTOR.

CONCLUSÃO 26

BIBLIOGRAFIA 28

ANEXOS 29

ÍNDICE 30

FICHA DE AVALIAÇÃO 31

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: