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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE PSICOPEDAGOGIA
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por:
Sylvia Regina Nunes Ferreira Gomes
Orientador :
Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros
Rio de Janeiro
2006
1
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PSICOPEDAGOGIA
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho apresentado ao Departamento de
Educação da Universidade Cândido Mendes
como requisito parcial para a conclusão do
Curso de Pós Graduação de Psicopedagogia.
Por: Sylvia Regina Nunes Ferreira Gomes
Rio de Janeiro
2006
2
AGRADECIMENTOS
Ao meu marido e filhos que tanto contribuíram com incentivo e apoio,
proporcionando a realização deste trabalho.
3
EPÍGRAFE
O brincar é a principal atividade da criança na vida; através do brincar
ela aprende as habilidades para sobreviver e descobre algum padrão no
mundo confuso em que nasceu.
Janet R. Moyles
4
INTRODUÇÃO
Ao abordar o tema, A importância do lúdico na Educação Infantil, tem-se
por objetivo, analisar todos os fatores que levam a criança ao lúdico como
forma de aprendizado, e a contribuição do mesmo na construção do raciocínio
e na educação propriamente dita.
A introdução do lúdico na educação de uma criança gera de certa forma,
desafios, criando estímulos, desenvolvendo possíveis descobertas e a auto-
expressão.
É muito importante haver um tempo para a criança desfrutar na
brincadeira, levando-a a soltar a imaginação.
Partindo de uma experiência dentro da Educação Infantil,
acompanhamos a transformação da sociedade e especificamente no que se
modificou com relação às crianças, tanto no aspecto de como ela é percebida,
em seu papel social, quanto nas suas necessidades e nas formas de sua
satisfação.
A aprendizagem vem sendo observada sob uma ótica de futuro, onde
está intimamente ligada ao seu desenvolvimento da criança.
O lúdico deixou de ser apenas passatempo, brincadeira sem objetivo
pedagógico para integrar o desenvolvimento infantil, estimulando as relações
cognitivas, afetivas, verbais, psicomotoras e sociais, contribuindo de modo
significativo para expandir e enriquecer o universo infantil.
E dentro desse enfoque, é fundamental se conhecer e observar as fases
do desenvolvimento psicogenético das crianças, no que Piaget nos dá o
suporte necessário, mostrando que os primeiros anos de vida, são de
fundamental importância para a formação do ser humano. e é na fase da
infância que são estruturadas as bases de sua inteligência e personalidade.
Por outro lado, o desenvolvimento da linguagem, estimulada dentro das
fases próprias, aproveita as janelas abertas e capacita a criança a usar os
conceitos de lateralidade e direcionalidade, permitindo-a a comparar suas
próprias experiências, acompanhando a utilização das palavras como símbolo.
5 Dentro do campo educacional, a Educação Infantil, deixou de ser um local
aonde as crianças vão apenas brincar, e passou a ser um espaço privilegiado
para que elas, através das brincadeiras, alcancem seu desenvolvimento.
Através da observação de crianças na faixa etária dos 2 aos 6 anos,
buscou-se conhecer a influência das brincadeiras no seu cotidiano, como as
atividades lúdicas podem contribuir na construção do conhecimento infantil.
Ressaltamos ainda, a importância da Literatura infantil usada como recurso
didático, os jogos educativos, no desenvolvimento da criatividade e da
inteligência da criança.
6 Capítulo I
A APRENDIZAGEM
Nada podes ensinar a um homem. Podes somente ajuda-lo a descobrir as coisas dentro de si mesmo.
GALILEU
A escola antiga trabalhava a partir do falso pressuposto de que a
aprendizagem vem depois do desenvolvimento. A escola trabalharia apenas
com o desenvolvimento consolidado, o que nos anos 20, Vygotsky criticava,
afirmando que a escola ao invés de trabalhar numa ótica de futuro, trabalhava
enfocando o passado da criança. A partir de Vygotsky, sabe-se que a escola
pode atuar no sentido de que as experiências de ensino aprendizagem (seja
entre professor e aluno, seja entre alunos) possam contribuir para o
desenvolvimento das crianças.
Quando a professora oferece ou permite que sejam oferecidos recursos
auxiliares ao desenvolvimento de funções emergentes, contribui para que a
criança faça hoje com o auxílio de outro o que poderá vir a fazer amanhã, sem
qualquer ajuda externa. É o que Vygotsky denomina zona de desenvolvimento
proximal, que não só aponta o papel do professor como responsável pelo
desenvolvimento da criança, mas sim ela mesmo revelando confiança e
capacidade de se desenvolver e aprender. E mais, destaca o papel
fundamental que o coletivo pode apresentar no desenvolvimento e na
aprendizagem.
A criança na fase de 0 a 4 anos, não tem consciência de grupo, o seu
mundo ainda é muito pequeno e limitado. Dos 4 a 6 anos, ela sente a
necessidade de grupo, de tempo suficiente para desenvolver suas
potencialidades e fazer suas descobertas. Necessita de espaço e de liberdade
de ação para fazer suas atividades, criando passo a passo nas suas novas
descobertas. É importante que todas as atividades desenvolvidas tenham o
objetivo de fazer com que a criança pense e as solucione.
7 Portanto, a criança, através de suas experiências culturais, mantém com
seu grupo, relações interpessoais de colaboração. É na interação recíproca
com o outro, que se processa o seu desenvolvimento. A interação é um fator
preponderante na relação desenvolvimento-aprendizagem, crescendo
culturalmente e individualmente. Logo, por ser basicamente um ser social, a
criança necessita do outro para o seu desenvolvimento segundo Vygotsky
(1998):
“O aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são
capazes de operar somente quando a criança interage com as pessoas em seu
ambiente e quando em cooperação com seus companheiros. Uma vez
internalizados, esses processos tornam-se partes das aquisições do
desenvolvimento independente da criança.”(p.126).
1.1 – Fases do Desenvolvimento Psicogenético
Partindo de que a verdadeira educação é aquela que cria na criança o
melhor comportamento para satisfazer suas múltiplas necessidades orgânicas
e intelectuais a necessidade de saber, explorar, observar, trabalhar, jogar,
em suma, de viver, a educação não tem outro caminho senão organizar seus
conhecimentos, partindo das necessidades e interesse da criança.
A esse respeito temos que nos voltar para Jean Piaget, que em diversas
obras relatas fatos e experiências lúdicas aplicadas em crianças. Ele descreveu
as fases do desenvolvimento da criança:
Fase Pré-operatória ( de 2 a 7 anos )
Período das representações, onde a criança se expressa através da fala,
do desenho, da construção, da modelagem e do jogo. O pensamento se dá
pelas percepções e já começa a fazer relações.
Possuem pensamento egocêntrico, uso de fantasias, pensamento
mágico e criador. Gostam de brincar de faz de conta, inventar histórias,
situações, personagens imaginários e gostam de conviver com outras crianças.
Aprendem a conviver em grupo e suas primeiras noções de socialização,
respeito ao próximo, são assimiladas nas brincadeiras com os amigos.
8 Dentro desta, Piaget descreveu:
Fase Sensória – motora (1 a 2 anos aproximadamente)
Nessa fase, a criança desenvolve seus sentidos, seus movimentos, seus
músculos, sua percepção e seu cérebro. Olhando, pegando, ouvindo,
apalpando, mexendo em tudo o que encontra ao seu redor, ela se diverte e
conquista novas realidades. Em sua origem sensório-motora, o jogo para ela é
assimilação do rel ao “eu” e caracteriza as manifestações de seu
desenvolvimento.
O bebê brinca com o corpo, executando movimentos como, estender e
recolher os braços, as pernas, os dedos, os músculos. As brincadeiras físicas
satisfazem à criança porque suprem as suas necessidades de seu crescimento
e combinam os movimentos simples com as atitudes naturais, anulando as
combinações anormais dos músculos e realizando o aperfeiçoamento.
As brincadeiras dos bebês, não são simples estímulos ao
desenvolvimento físico. Ao brincar, incorpora-se ao cérebro, através dos
sentidos (ouvir, sugar, pegar, ver) impressões verdadeiras que vão aflorar no
desenvolvimento cognitivo.
Piaget lembra muito bem que, quanto mais a criança ouve e vê, mais ela
quer ver e ouvir, pois as informações enviadas ao cérebro geram sempre novas
conexões que as mantém sempre ativas. É tão significativa essa relação, que a
criança aprende milhares de informações e até uma língua complexa, apenas
por ouvi-la.
Montessori (1990) nos faz um alerta:
“Sabemos encontrar pérolas nas conchas das Ostras, ouro nas montanhas e
carvão nas entranhas da terra, mas estamos desapercebidos dos germes
espirituais das criativas nebulosas que a criança oculta dentro de si quando
vem a este mundo” (p.30)
9 Apesar da dedicação de muitos estudiosos, sabemos ainda muito pouco
sobre o quanto pode uma criança pode aprender e quanto ela já traz consigo,
antes mesmo de iniciar a vida escola.
A criança nessa fase, necessita do adulto por inteiro, pois dele,
dependerão seu crescimento e sua relação social.
Fase Simbólica (de 2 a 4 anos aproximadamente)
É a partir dos 2 anos, praticamente, que a criança passa a se definir e a
se estruturar como um ser diferenciado. Além dos movimentos físicos, a
criança passa a exercitar intencionalmente, utilizando as mãos. Adora rasgar,
pegar no lápis, mexer com as coisas, encaixar objetos nos lugares, montar e
desmontar coisas, dando aos exercícios uma intenção inteligente e uma
evolução de sua coordenação.
Os exercícios motores dos músculos amplos e finos, passam a ser
dirigidos e aplicados, segundo uma ordem “intencional”, provocando-lhe
manifestações psicomotoras. Essas manifestações, são expressões de puro
simbolismo, representado pela mente. Ela brinca de casinha, motorista, cavalo-
de-pau, dança, etc. como forma de expressão do mundo que viu e interiorizou.
Na fase do “faz de conta”, imita tudo e a todos. O jogo simbólico, se explica
pela assimilação do “eu”, ele é o pensamento na sua forma mais pura, por isso,
ela gosta de participar de todos os tipos de brincadeiras que evidenciam
movimentos corporais, imitações e pequenas descobertas.
As brincadeiras das quais participa, são verdadeiros estímulos ao
desenvolvimento intelectual. Quanto mais informações recebe, mais registro
ocorrerá em seu cérebro. Piaget (1973) afirma que:
“As crianças jogando, chegam a assimilar as realidades intelectuais que, sem
isso, permaneceriam exteriores à inteligência infantil. É por isso que pela
própria evolução interna, os jogos se transformam pouco a pouco em
construção adaptada, exigindo sempre mais do trabalho afetivo, a ponto de,
nas classes pequenas de uma escola ativa, todas as transições espontâneas
ocorrem entre o jogo e o trabalho” (p.158).
10 Experimentando, vendo, manipulando os objetos, a criança descobre a
possibilidade de dar forma ao mundo de acordo com as suas impressões,
passando não a só evocar e registrar fatos na memória, mas recriá-los.
Wallon (1995) especialista em Educação Infantil, relata:
“Acontece freqüentemente de a criança interromper-se surpreendida por um
dos seus próprios gestos, os quais ela só parece perceber em suas
conseqüências. É”. a mudança sobrevinda em seu campo de atividade ou de
percepção que parece fazê-la descobrir, e em seguida repetir, o movimento
que constitui a causa.”(p.52)”.
Nessa fase a brincadeira se torna uma diversão de riscos gratuidade, na
qual o prazer opõe-se à curiosidade, por isso adora ouvir histórias, brincar de
esconde-esconde, adivinhações e contar suas próprias histórias.
Todavia, exatamente porque a imaginação trabalha apenas com
materiais contidos na realidade, é preciso que eles participem do maior número
possível de estímulos que reforcem e ampliem horizontes.
Atividades como canto, exercícios físicos, histórias, montagens,
descobertas, encaixes, contato com a escrita (letras), adivinhações, são
indispensáveis para o seu desenvolvimento.
As crianças gostam de estar junto ao adulto e a outras crianças. É a fase
do “egocentrismo”, na qual elas são o centro de tudo e tudo está voltado para o
seu “eu”. Por isso, apegam-se as suas coisas e não abrem mão delas. Nos
jogos e nas brincadeiras, não conseguem coordenar seus esforços para o
outro, e os jogos com regras não funcionam. Mas estar junto com outras
crianças, participar de atividades apresentadas pelos pais, executar pequenas
tarefas, como arrumar objetos, são importantíssimas para o crescimento
intelectual e social. Da mesma forma, o relacionamento sadio, alegre, afetuoso
que recebe, é indispensável para o seu equilíbrio emocional.
Fase Intuitiva (de 4 a 6/7 anos aproximadamente)
11 É a fase em que, sob as formas de exercícios psicomotores e
simbolismo, a criança transforma o rel em função das múltiplas necessidades
do “eu”. Os jogos passam a ter uma seriedade absoluta na vida das crianças,
um sentido funcional e utilitário.
Os jogos de que as crianças mais gostam, são aqueles em que seu
corpo está em movimento, elas ficam contentes quando podem movimentar-se,
e é essa movimentação, que torna seu crescimento físico natural e saudável.
Da mesma forma que correr, pular, trepar, nadar, arremessar, são
exercícios que estimulam o desenvolvimento dos músculos amplos, atividades
como pegar, rasgar, rabiscar, modelar, pintar, bordar, costurar, amassar,
desenvolvem e estimulam os movimentos finos, sendo necessários e
obrigatórios para o processo de alfabetização.
A criança imita tudo e tudo quer saber, fase dos “porquês”. O
desenvolvimento mental, segundo Piaget, é uma construção contínua
comparável à de um grande edifício que se torna mais sólido a cada novo
conhecimento.
Piaget afirma ainda, que é muito difícil ensinar a uma criança as
operações, ela as elabora por si, através de suas próprias ações, jogando,
brincando, chegando a assimilar as realidades intelectivas, o que de outro
modo seria impossível de acontecer.
É importante relembrar que todos os jogos de que as crianças
participam, que inventam, ou pelos quais se interessam nessa fase, constituem
verdadeiros estímulos que enriquecem os esquemas perceptivos (visuais,
auditivos e sinestésicos), operativos (memória, imaginação, lateralidade,
representação, análise, causa, efeito), funções estas, que, combinadas com as
estimulações psicomotoras (coordenação fina), definem alguns aspectos
básicos da “prontidão” que dá condições para o domínio da leitura e escrita.
Nessa fase a criança reúne-se com as outras para brincar, mas age
ainda, sem observas as regras. No jogo, todas ganham e todas perdem, e no
final acabam sempre em discussões.
12 Até aos seis, sete anos aproximadamente, é a fase em que a criança
define praticamente grande parte de seu desenvolvimento físico, mental,
afetivo (equilíbrio emocional e social). A participação e a postura do adulto, são
importantíssimas para ela, pois adora movimentar-se, e a família, bem como a
escola, não pode querer imobiliza-la com determinações que castrem esse tipo
de ação. Ela adora ajudar os pais, participando de pequenas tarefas, ouvir
histórias, desenhar, “escrever”, brincar com brinquedos que possa operar,
montar e demonstrar. Sabemos que todas as crianças, independente do seu
nível sócio-econômico e cultural, são capazes de ações inteligentes, como:
investigar, experimentar, observar, comparar, analisar, duvidar, inventar,
perguntar, registrar, responder, refletir, formular, descobrir hipóteses e assim
contribuir o seu conhecimento a respeito do mundo.
A – Conhecimento físico: a criança descobre a natureza, percebe a
forma do seu objeto, identifica cores, formas e tamanhos, brinca com papéis
rasgando-o, amassando-o, dobrando-os, vai extraindo dos próprios objetos, as
informações de que necessita para conhecê-los.
B – Conhecimento Social: dá-se principalmente através da observação
do contato interpessoal, da leitura e da escrita. A interação social vai
possibilitar à criança assimilar a sua cultura (nomes das coisas), bem como se
apropriar dos conhecimentos de outros.
C – Conhecimento Lógico: quando estabelecemos a correlação entre os
elementos do mundo físico e social. É a partir da comparação entre eles, que
descobrimos relações de semelhanças e diferenças, chegando à classificação
do mundo ao redor. Se uma criança brincar com duas caixas de tamanhos
diferentes, chegará a uma descoberta do grande para o pequeno, pois ela fará
uma comparação entre as duas. Em manusear vários objetos, ela percebe que
alguns deles, possuem características comuns, como, descobrindo as cores
primárias, vermelho, amarelo e azul, assim formando uma coleção,
classificando-os.
Os três tipos de conhecimento, desenvolvem de maneira
interdenpedente e devem ser ativados com igual intensidade.
13 A ludicidade e a aprendizagem não podem ser consideradas como
ações com objetivos distintos. O jogo e a brincadeira são, por si uma situação
de aprendizagem. As regras e a imaginação, favorecem a criança
comportamento além dos habituais. Nos jogos ou brincadeiras a criança age
como se fosse maior que a realidade, e isto, inegavelmente, contribui de forma
intensa e especial para os eu desenvolvimento.
1.2 – O Desenvolvimento da Linguagem
Ao nascer, um bebê é capaz de ouvir e identificar as nuances entre
fonemas de todas as línguas. Entre o sétimo e o décimo mês de vida, porém,
os sons articulados pela criança já correspondem fonemas da língua materna.
Segundo Vygotsky, a linguagem tem um importante papel no
desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistematiza suas
experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento.
O brincar desafia a criança a se expressar, quando pede a ela que:
dramatize, construa, cante, modele, e essa expressão culmina-se na auto-
realização, pois com desafio cumprido dá pra ver que a proposta do brincar
teve seu objetivo conquistado. Não importa o brinquedo, quanto mais simples,
mais fantasia exige e quanto mais sofisticado, torna-se um desafio. O
importante é que a criança tenha oportunidades, que mesmo brincando
interaja, faça escolhas e tome decisões. Contar histórias, pôr músicas para
tocar, agarrar, beijar, brincar com a fala, são estímulos que ajudam o
aperfeiçoamento das ligações neurais das regiões sensoriais do cérebro. É um
processo que dura até os dois anos, quando então se ligam os circuitos da
compreensão, chamada de “intelectual” das frases. A criança começa a
trabalhar os sentidos das palavras, a verbalizar raciocínios. Nessa idade,
quanto mais vocábulos a criança ouve, mais rica será a sua expressividade
lingüística na fase adulta.
Contar histórias, pôr músicas para tocar, agarrar, beijar, brincar com a
fala, são estímulos que ajudam o aperfeiçoamento das ligações neurais das
14 regiões sensoriais do cérebro. É um processo que dura até os dois anos,
quando então se ligam os circuitos da compreensão, chamada de “intelectual”
das frases. A criança começa a trabalhar os sentidos das palavras, a verbalizar
raciocínios. Nessa idade, quanto mais vocábulos a criança ouve, mais rica será
a sua expressividade lingüística na fase adulta.
Aos três anos, ocorre a emancipação, a criança classifica, identifica,
compara, tem capacidade de usar as palavras como símbolo, coloca-se no
mundo dos adultos. Pergunta: “O que é isso? Como se chama isso?”
Aos quatro anos pergunta: “Como? Por quê?” Usa o pronome “eu”.
Até os cinco anos, as crianças desenvolvem a percepção de formas, e
os circuitos neurais da linguagem que já vinham amadurecendo, entram em
rede com a habilidade motora. É quando ela fala: “Eu vou abrir a porta!”, vai e
abre.
A linguagem organiza as ações que passam a ser intencionais,
iniciando-se a fase dos jogos simbólicos. Para Piaget (1993):
“O Jogo simbólico ou jogo de imaginação, representa o tipo mais característico
do pensamento egocêntrico no qual a criança procura satisfazer se EU através
de uma transformação da real em função dos seus desejos. A função simbólica
resulta de uma diferenciação entre os significantes e os significados.” (p.113).
A partir dos cinco ou seis anos, é o momento do desenvolvimento, em
que o cérebro dela começa a se especializar. O hemisfério, esquerdo e o
direito, passam a ocupar-se de funções diferentes e bem definidas. Estão
abertas as janelas do sentido de lateralidade e direcionalidade. A criança
aprende a usar os conceitos de esquerda e direita, em cima e embaixo, para
um lado e para o outro, que ela até pode ter adquirido antes, mas só agora
servem para que ela se localize.
É o momento de orientar o corpo no espaço, dançar, praticar esportes,
como lutas, natação, são excelentes para essa faixa etária.
Portanto, é preciso ressaltar que o processo de construção da linguagem
é um processo discursivo, marcado por uma rede de interação que integra a
15 criança ao seu meio sócio-histórico-cultural. A construção e a apropriação de
conhecimentos sobre a escrita, não é um processo gradual de transformações
isoladas, mas sim totalizador, em que desenvolvimento e aprendizagem
constituem uma unidade dialética.
16 Capítulo II
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A escola ocupa um papel muito importante na vida da criança, aonde
também vai se obter uma fonte de estimulação e desenvolvimento da
criatividade, proporcionando à criança a aprendizagem. A escola exerce um
papel de criar, incentivar e ensinar de uma forma que favoreça o
desenvolvimento na busca de um processo de autoconstrução para a sua
realização.
A ação educativa não se restringe ao caráter técnico, ou seja, didático,
mas ela se torna importante pela realização dos aspectos de desejo, prazer,
diálogo, respeito, empatia, afetividade presentes e promovem o fortalecimento
da autonomia e auto-estima positiva da criança. Essa realidade é dinâmica, a
Educação Infantil tem um espaço lúdico garantido. Esse espaço torna
importante na vida da criança, pois é a partir desse conceito que a criança vai
ser estimulada em situações para aprendizagem.
Desde cedo a criança dedica boa parte de seu tempo à brincadeira O
motivo que a impulsiona para tal atividade é exaustivamente descrito por
muitos pesquisadores de diferentes escolas filosóficas, alguns olham e enfoca
sua observação pela psicologia cognitiva, outros pela sociologia, antropologia,
etc.
Na antiga Grécia, um dos maiores pensadores, Platão, afirmava que os
primeiros anos de vida da criança, deveriam ser ocupados com jogos
educativos.
Todas as leituras das brincadeiras apresentam contribuições
diferenciadas que nos ajudam a compreender o desenvolvimento e as
aprendizagens que ocorrem no indivíduo na sócio-cultura.
Froebel, discípulo de Pestalozzi, estabelece que a pedagogia deve
considerar criadora e despertar, mediante estímulos, as suas faculdades
próprias para a criação produtiva. Na verdade como Froebel, se fortalecem os
17 métodos lúdicos na educação. O grande educador faz do jogo uma arte, um
admirável instrumento para promover a educação para as crianças.
Piaget cria em diversas de suas obras, fatos e experiências lúdicas
aplicadas em crianças, e deixa transparecer claramente seu entusiasmo por
esse novo processo. Para ele, os jogos não são apenas uma forma de
desabafo ou entretenimento para gastar energias das crianças, mas sim meios
que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Montessori constitui a referencia obrigatória de toda a reflexão
pedagógica sobre o ensino na Educação infantil. Tendo encontrado em Froebel
a idéia dos jogos educativos, ele remonta a necessidade desses jogos para a
educação de cada um dos sentidos. Os jogos sensoriais estão ligados ao seu
nome.
É brincando que a criança conhece a si e ao mundo. Uma vez
reconhecida que o brincar exerce um papel determinante no desenvolvimento
infantil, cabe a escola não desconhecer o tão valioso recurso. Enquanto a
criança brinca, correndo atrás de uma bola, rolando pelo chão ou simplesmente
pulando corda, estará explorando o espaço á sua volta e vivenciando a
passagem do tempo. Dá a necessidade de colocar na escola atividades
lúdicas, com a finalidade de ativar o processo ensino-aprendizagem.
Torna-se importante lembrar que o lúdico não está se referindo somente
algumas brincadeiras, pode ser através de leituras, onde a criança, aprende em
função da fantasia, mas fazendo parte da sua própria realidade. Durante a
leitura da história, as crianças se divertem e até se identificam com ela. Uma
das formas de ensinar criativamente, é incentivar a curiosidade e permitir que
elas valorizem suas idéias e percepções para o seu desenvolvimento potencial
criador. O lado divertido desse processo lúdico é, que elas experimentem
abordagens diferentes, algumas reais, fantasiosas e imaginativas no uso do
conhecimento.
A criança na Educação Infantil, precisa desenvolver suas fantasias e
imaginação, sua sociabilidade, o domínio das angústias e medos que
aparecem ser misturados na fantasia com a realidade. A criança poderá então
18 explorar questões que talvez encoraje, por causa da sua curiosidade e
independência.
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para a
resolução dos problemas que a rodeiam.
A criança para ter um desenvolvimento adequado de sua física,
emocional e intelectual, precisa brincar, por isso cabe a escola, a Educação
Infantil, ter consciência que o brincar é indispensável para que a criança
adquira um desenvolvimento completo, para soltar sua imaginação, e
desenvolva a criatividade. Através da brincadeira a criança experimenta,
inventa, descobre, exercita e ainda confere suas habilidades.
Há necessidade de um espaço na escola para a criança desenvolve
todos esses aspectos, e cabe ao professor levar a sério do ato de brincar,
estimulando seus alunos, gerando autoconfiança e iniciativa. Pois quando esta
criança se tornar um adulto, nesse mundo competitivo de hoje, ela terá que
possuir ao menos, quatro qualidades, são elas: iniciativa, autoconfiança,
curiosidade e criatividade.
A atividade lúdica infantil, torna o pensamento mais flexível e através
dela, podemos analisar situações e assim, compreender e até talvez ajudar a
criança no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, mas o educador deverá
estar apto aos objetivos que se destina, que são os resultados dessas
atividades.
O educador terá que estar emocionalmente preparado para as situações
que podem vir inesperadamente como rejeição, raiva, tristeza, agressividade,
etc. O lúdico não vê só questões positivas, ele também trata das questões
negativas de sentimento, não podemos interpretá-lo como só de forma
prazerosa, e sim compreender seus momentos de angústia e medos, portanto
faz necessário que o educador esteja aberto e se sinta atraído pelo novo.
Os pais muitas vezes querendo dar o melhor para seus filhos, acabam
escolhendo escolas que só priorizam o conhecimento do tipo tradicional, não
criando espaços para os alunos da Educação infantil.
19 Dirigentes de estabelecimentos de ensino, comprometidos apenas com
o lucro, muitas vezes cedem os apelos dos pais, massificando seus alunos, só
com conteúdos, deixando de lado o lúdico que é tão importante nessa faixa
etária.
Professores desatualizados, desconhecem ou fingem não conhecer a
importância do brincar na construção do conhecimento da criança, não só o
aluno, mas como um ser que precisa se desenvolver os aspectos motores,
cognitivos e emocionais.
O espaço lúdico da criança, a sua hora de brincar merece maio atenção,
é preciso diminuir a agenda dos “mini-executivos”, pois brincando a criança
expressa a maneira genuína de ser e se relaciona afetivamente com o mundo,
com as pessoas e com os objetos.
Por isso, os brinquedos são meios intermediários entre a realidade da
vida que a criança não pode abarcar e a sua natural fragilidade.
A construção do conhecimento pode e deve ser prazerosa, logo brincar
é coisa séria.
2.1 - A Importância da Literatura Infantil
A leitura muito mais que mera decodificação de Sinai, é o processo de
adentrar-se ao texto, esse mundo de sentimentos, idéias e valores. O leitor, e
em nosso caso, o ouvinte, já não concebido apenas como receptor passivo
do texto, mas como o que produz o sentimento, interage com o texto,
individual e socialmente, relacionando-o ao contexto. Dessa forma,
repensamos as idéias vinculadas às obras de literatura: questão de gênero,
raça, posição social, diferenças e semelhanças entre papeis.
Contextualizamos a literatura infantil, resgatando a historiado texto para as
crianças no mundo e no Brasil, o papel de Monteiro lobato, as cantigas de
roda, parlendas, as brincadeiras infantis e os contos de fadas.
20 Livros com gravuras são uma atividade importante para as crianças na
Educação infantil. Os livros devem ficar em exibição, de fácil acesso, para
que as crianças possam manipulá-los e explora-los.
O cantinho dos livros, torna-se parte das horas de recreação ou de
trabalho incluído no plano de aula. As crianças folheiam os livros, examinam as
figuras, encontram fotografias de objetos e assim buscando novos
conhecimentos.
Esse cantinho também pode ser usado como um lugar de pesquisa e
criatividade, onde as crianças podem trazer objetos e com eles montarem
dramatizações, partindo do texto.
O trabalho com textos também auxilia na construção da moralidade
infantil. Piaget, in Correia (1993) afirma que as noções de cooperação ou moral
da autonomia que “deve ser procurada sobretudo nos movimentos íntimos da
consciência ou nas atividades sociais pouco fáceis de definir nas conversações
com as crianças...” Isso significa que, por intermédio da identificação das
noções sobre os princípios morais, que subjazem ao julgamento infantil, é que
se torna possível detectar o nível a qual a criança se encontra.
Esse trabalho como o processo de construção, elaboração, estruturação
e evolução da noção de justiça, pode ser desenvolvido em sala de aula, por
intermédio de alguns textos da literatura Infantil, nos quais as atividades dos
protagonistas sejam possíveis de serem analisadas, questionadas e julgadas.
Sendo o ato de contar histórias, considerado como uma das atividades
pedagógicas que devem ser desenvolvidas em sala de aula diariamente, o
educador da Educação Infantil, pode selecionar textos com o objetivo de
desenvolver um trabalho voltado para a construção da moralidade infantil, por
intermédio principalmente da classificação dos valores sociais e morais, que
irão permear todo o julgamento das crianças, no que se refere às ações dos
personagens.
Ao realizar essa atividade, o professor estará atuando de forma positiva
no processo da construção da autonomia moral, proporcionando aos alunos
oportunidades de se tornarem conscientes de seus próprios valores. Inicia-se,
21 desse modo, um processo de descentração de sua própria perspectiva,
por meio da qual o educando poderá vir a compreender a diferença entre os
seus valores individuais e os valores do grupo, evoluindo no processo de
construção da moralidade.
Torna-se esclarecer que, para Piaget, o fato de submeter um problema
moral à apreciação da criança significa abordar o assunto de forma indireta, na
qual o objeto de estudo não pode ser, de forma alguma, a conduta moral ou ato
moral do sujeito, mas sim, tão somente o juízo do valor moral emitido pela
criança.
A análise do pensamento da criança, diante de uma situação hipotética,
não significa que tal fato possa vir a representar uma ação real do indivíduo,
diante de uma circunstância concreta.
Ao propiciar aos alunos situações-problema, cuja solução implique o
julgamento moral, num clima de confiança e respeito mútuo, supõe-se que o
educador está atuando no sentido de criar condições para que a criança
progrida na construção das estruturas do raciocínio moral, as quais estarão
disponíveis nos momentos de julgar uma situação hipotética ou situação real.
Ao provocar a reflexão sobre os conflitos cognitivos e morais, propicia-se
ao grupo, a oportunidade de argumentar, discutir e questionar os diferentes
pontos de vista sobre um mesmo problema, procurando coordenar as
diferentes perspectivas.
Piaget (1993), da mesma forma como considera que pode haver um
atraso do julgamento moral teórico, em relação ao julgamento moral prático,
também considera a possibilidade de não existir um a relação entre um e o
outro. Afirma que :
“A teoria moral da criança seria, assim, apenas um simples palavreado,
sem relação com suas avaliações concretas. Além disso, e a
eventualidade é mais importante ainda no domínio moral que no
domínio intelectual. É, talvez, para agradar o adulto que a criança
interrogada dá esta ou aquela resposta e não para satisfazer a si
mesma.” (p.113).
22 A literatura infantil é um canal aberto para exploração do lúdico,
passaporte para mundos mágicos e janela para a descoberta de valores.
2.2 – Os Jogos
O ato de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, pois este sempre
manifestou uma tendência lúdica, isto é, um impulso para o jogo.
O brincar é uma forma de comportamento característica da infância e
pertence a um conjunto de atividades que compõem a noção de jogo. A noção
de jogo implica em certa diversidade, onde cada grupo de jogos possui uma
característica interna. É importante que seja diferenciado o termo brincar do
brinquedo. A brincadeira é uma atividade lúdica da criança. O brinquedo é o
objeto com o qual a criança brinca. Para que a brincadeira e o jogo possam a
ter todo o valor de mediação, é necessário que preencham quatro critérios: ter
sentido experimental, ter valor de estruturação, criar condições de
relacionamento e ser atividade lúdica, isto é, proporcionar prazer.
Brincar, jogar e manusear brinquedos faz parte do mundo da criança.
Estas atitudes estão presentes desde o início da humanidade. Pelo jogo, o
indivíduo mergulha num clima lúdico dentro do qual a realidade tem conteúdo e
simbologia própria das crianças. Brincar e jogar são atividades naturais,
espontâneas e necessárias para a formação do indivíduo, que construirá seu
mundo através das atividades lúdicas “... Enquanto a criança está
simplesmente brincando, incorpora valores, conceitos e conteúdos.” (Lopes,
199, p.160).
O jogo supõe relação social e interação, por isso, a participação em
jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito mútuo,
solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade,
iniciativa pessoal e grupal. É jogando que o indivíduo aprende o valor do grupo
como força integradora e o sentido da competição e da colaboração consciente
e espontânea.
O papel mais importante do jogo na educação, é fazer com que a
criança encare a aprendizagem de forma lúdica e prazerosa.
23 O aprender “brincando” proporciona um significado especial a cada
conhecimento adquirido por esta criança.
O ato de jogar no processo de ensino aprendizagem, tem objetivo
abrangente, pois possibilita a internalização das regras, o estímulo à atenção, a
disciplina, autocontrole, as habilidades perceptivas e motoras, além de
proporcionar a fixação de determinados assuntos referentes as diversas
disciplinas desenvolvidas no ambiente escolar.Sua função no processo de
aprendizagem constitui poderoso recurso estimulador do desenvolvimento
integral do aluno.
Para cumprir seus objetivos dentro de uma educação lúdica, os jogos
precisam, na sua concepção prática, atuante e concreta, estimular as relações
cognitivas, afetivas, verbais psicomotoras, sociais, a mediação socializadora do
conhecimento e a provocação para uma reação ativa, crítica e criativa dos
alunos.
Apresenta-se a seguir uma relação de objetivos a serem alcançados
com as técnicas de jogos pedagógicos:
- Controlo e agilidade motora (Coordenação motora fina e grossa)
- Memorização
- Lateralidade
- Criatividade
- Atenção
- Percepção auditiva e visual
- Raciocínio lógico-matemático
- Espírito de cooperação
- Senso de responsabilidade
- Comunicação oral
- Interpretação de texto
- Desenvolvimento da linguagem escrita
24 - Desenvolvimento da linguagem oral
- Socialização
Inúmeras são as técnicas e jogos que propiciam o alcance destes
objetivos:
- Exercícios rítmicos envolvendo todo o corpo
- Apanhar ou atirar a bola
- Andar sobre a tábua estendida no pátio
- Andar sobre uma linha traçada no chão
- Jogos com bolas
- Jogos requerendo ação pronta
- Exercícios respiratórios
- Exercícios imitativos (pular como um sapo, andar igual a um
cachorro, etc.).
- Brincadeiras de roda
- Canções acompanhadas de palmas
- Jogos com blocos de madeira (encaixe e construção)
- Desenho usando moldes e vazados de cartolina
- Arrumação de contas num cordão
- Dobradura, alinhavos em cartão
- Modelagem
- Pintura com dedo, pincel, etc.
- Escrita de palavras com dedo em bandeja com areia
As técnicas de ensino não devem ser fins, mas meios de educação.
25
CONCLUSÃO
Aprendizado e desenvolvimento caminham juntos. E juntos também
devem caminhar os atores do teatro social, pois a interação é fator
preponderante na relação desenvolvimento-aprendizagem. Desta forma, se
processa a apropriação da linguagem que se transforma no canal que permite
sua expressão prática e criadora.
A literatura Infantil, é uma importante ferramenta na construção do
conhecimento infantil, permitindo através deste processo, adentrar-se ao texto,
mundo dos sentimentos, idéias e valores.
Privilegiando o tempo e o espaço para os jogos e brincadeiras infantis,
estaremos proporcionando o contexto social indispensável para o
estabelecimento e reorganização das relações emocionais. E mais do que,
apenas diversão, serão meios para enriquecimento do desenvolvimento
intelectual. A utilização de métodos lúdicos na Educação Infantil, alcançam
suas verdadeiras dimensões, são admiráveis instrumentos para promover-se a
educação das crianças.
Esta nova dimensão deve ser bem compreendida e explora pelos pais e
mestre, que realmente se preocupam com o futuro da educação de nossas
crianças.
É no brincar que vamos acompanhar o desenvolvimento da criança,
onde ela vai vivenciar experiências e adquirir conhecimentos através de uma
linguagem dos objetos concretos e imaginários, havendo um vínculo entre os
aspectos cognitivos e emocionais, sendo a sua maneira de estar fazendo parte
do mundo em que vive.
A construção do conhecimento pode e deve ser prazerosa, então
conclui-se que BRINCAR É COISA SÉRIA.
26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEARLEY e HITHFIELD, R. Guia prático para entender Piaget. São Paulo:
Iluasa, 1976.
GOTTMAN, John, Inteligência Emocional e a Arte de Educar nossos
Filhos. 21. ed. Objetiva, 1997.
KAMII, Constance e DEVRIES, Rheta. A Teoria de Piaget e a educação pré-
escolar. Lisboa: Socicultur, 1976.
MIRANDA, Niconor. O Significado de um Parque Infantil. 9.ed. BH: Itatiaia,
1990.
PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1969.
PIAGET, Jean Y otros. Los años postergados. La primeira infância. Buenos
Aires: Paidós – Unicef, 1975.
PIAGET, Jean. A Formação do Símbolo na Criança: imagem, jogo e sonho,
imagem e representação. Rio de Janeiro, 1978.
PICKARD, P.M. A criança aprende Brincando. São Paulo: Iluasa, 1976.
RIZZO, Gilda. Educação pré-escolar. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986.
27 ZAGURY, Tania. Educar Sem Culpa. 15.ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
ZAGURY, Tânia. Limites Sem Trauma. 20.ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
28 SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS...........................................................................................2
ÉPIGRAFE ......................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
CAPÍTULO I ....................................................................................................... 6
A APRENDIZAGEM .......................................................................................... 6
1.1 – Fases do Desenvolvimento Psicogenético .............................................. .7
1.2 – O Desenvolvimento da Linguagem ..........................................................13
CAPÍTULO II .....................................................................................................16
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................................16
2.1 – A Importância da Literatura Infantil ..........................................................19
2.2 – Os Jogos ..................................................................................................22
CONCLUSÃO....................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 26
29 FOLHA DE ASSINATURA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
TÍTULO DO TRABALHO
A Importância do Lúdico na Educação Infantil
Rio de Janeiro, de de 2006.
________ ______________________________________.
Matrícula Sylvia Regina Nunes Ferreira Gomes
30 FICHA DE AVALIAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
___________ - Sylvia Regina Nunes Ferreira Gomes
Matrícula
TÍTULO DO TRABALHO
A Importância do Lúdico na Educação Infantil
Professor Orientador
Carlos Alberto Cereja de Barros
1. Conteúdo
Nota _____
2. Forma
Nota _____
3. Nota Final __________
Rio de Janeiro, ___________ de _________________ de 2006.
________________________________
(assinatura do professor orientador)