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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES FACULDADE INTEGRADA AVM Pos graduação Lato Sensu SIMONE MANHÃES ALBUQUERQUE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO EM EDIFICAÇÕES COMERCIAIS: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DE FACILITIES / PROPERTIES MANAGEMENT NAS ADEQUAÇÕES E MANUTENÇÕES DO SISTEMA DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS. Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES FACULDADE … · de 21 de setembro (COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico). As edificações antigas são balizadas também pelo

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

FACULDADE INTEGRADA AVM

Pos graduação Lato Sensu

SIMONE MANHÃES ALBUQUERQUE

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO EM

EDIFICAÇÕES COMERCIAIS: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DE

FACILITIES / PROPERTIES MANAGEMENT NAS ADEQUAÇÕES E

MANUTENÇÕES DO SISTEMA DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS.

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

FACULDADE INTEGRADA AVM

Pos graduação Lato Sensu

SIMONE MANHÃES ALBUQUERQUE

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO EM

EDIFICAÇÕES COMERCIAIS: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DE

FACILITIES / PROPERTIES MANAGEMENT NAS ADEQUAÇÕES E

MANUTENÇÕES DO SISTEMA DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS.

Monografia apresentada ao

Coordenador do Curso de

Gestão de Infraestrutura Predial

e Industrial – Facilities Services

da Faculdade Integrada AVM

da Universidade Cândido Mendes

Aluna da turma de 2003.

Rio de Janeiro

2014

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelas oportunidades que sempre tem me dado.

Agradeço também a empresa em que trabalho, BRPR A

Administradora de Ativos Imobiliários, pela confiança de sempre e pelo

estímulo ao contribuir para que este curso se tornasse realidade.

E a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram

para que este trabalho fosse realizado.

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DEDICATÓRIA

A amiga de ontem, hoje e sempre, Angela Gorini, que trouxe

repentinamente Facilities para a minha vida.

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RESUMO

O estudo tem por objetivo mostrar a importância da correta atuação

de facilities / properties na gestão de segurança contra incêndio e pânico em

edificações comerciais, fazendo uma análise das principais causas e

consequências dos incêndios e evidenciando os principais sistemas de

proteção e combate ao fogo que devem ser empregados na edificação.

Destaca também a intensidade de atuação da manutenção (preventiva,

corretiva e preditiva) nos equipamentos e a necessidade de se obter uma

frequência de inspeções prediais, onde as não conformidades serão

evidenciadas antes que os problemas se agravem. O trabalho possui capítulo

que trata exclusivamente sobre as fundamentações legais e normativas da

área, porém independentemente disto, as informações contidas nos demais

capítulos também encontram se dentro do panorama legal do Rio de Janeiro.

Espera se que o trabalho possa dirimir as principais dúvidas sobre o sistema de

segurança contra incêndio e pânico.

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SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................................7 Problema..................................................................................................................8 Objetivos...................................................................................................................9 Justificativa...............................................................................................................9 Metodologia............................................................................................................10

1. Capítulo 1 – Incêndios em Edificações – Causas e Consequências......................11 1.1. Contexto Histórico............................................................................................11

1.1.1. Ed. Joelma.............................................................................................12 1.1.2. Ed. Andorinha........................................................................................12 1.1.3. Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente..........................13

1.2. Causa: Eletricidade..........................................................................................13 1.3. Evolução do Fogo nas Edificações..................................................................15 1.4. Principais Métodos de Extinção.......................................................................17

1.4.1. Extinção por isolamento........................................................................17 1.4.2. Extinção por abafamento......................................................................17 1.4.3. Extinção por resfriamento.....................................................................17 1.4.4. Extinção química...................................................................................18

1.5. Consequências dos Incêndios........................................................................18

2. Capítulo 2 – Sistemas de Proteção e Combate a Incêndios..................................19 2.1. Aspectos Gerais..............................................................................................19 2.2. Medidas de Proteção.......................................................................................19

2.2.1. Proteção Passiva..................................................................................20 2.2.2. Proteção Ativa.......................................................................................25

2.3. Manutenção do Sistema de Prevenção e Combate a Incêndios.....................33

3. Fundamentações Legais e Normativas..................................................................35 3.1. Aspectos da Legislação..................................................................................35 3.2. Regulamentação Brasileira ............................................................................36

3.2.1. Regulamentação Técnica – ABNT........................................................36 3.2.2. Regulamentação Legal.........................................................................37

3.3. Panorama Geral Rio de Janeiro......................................................................38 3.4. Regulamentação Internacional........................................................................39 3.5. Seguro.............................................................................................................39

Conclusão..........................................................................................................40

Bibliografia.........................................................................................................41

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INTRODUÇÃO

Conhecida anteriormente como serviços gerais, a área de facilidades

dentro das organizações é a área que soluciona problemas, dimensiona

recursos, planeja sua aplicação, desenvolve estratégias, efetua diagnóstico de

situações, garante a qualidade de vida dos funcionários e a funcionalidade dos

ambientes, dos serviços e das instalações.

A administração de facilidades por muitas vezes era considerada a

vilã das empresas por sempre apresentar os custos necessários a realização

de atividades de meio, como exemplo, as manutenções das instalações, sendo

estas, despesas interpretadas como desnecessárias ou prejuízos.

A manutenção atualmente deve ser encarada de forma estratégica

para que se possa usufruir o bem permanentemente. Isto exige que a

manutenção seja não apenas eficiente, mas eficaz, e que seja elaborada em

termos de disponibilidade, confiabilidade, custo e qualidade.

Ela não deve apenas corrigir falhas, mas principalmente procurar as

causas, agir na aquisição de equipamentos e materiais, aprimorar

procedimentos, visualizar a facilidade de manter e buscar alcançar padrões

estabelecidos como benchmarks, para conseguir a confiabilidade do cliente,

seja proprietário ou usuário.

Desde o surgimento dos métodos preventivos, a manutenção

ganhou aspectos gerenciais, deixando de ser encarada simplesmente como

conjunto de técnicas de reparo. De fato a implantação de programas de

manutenção de técnicas preventivas exige elaboração de cronogramas,

planejamento de recursos, além do envolvimento e treinamento para a

capacitação técnica do pessoal de campo.

Em meio às inúmeras responsabilidades relacionadas a facility

management talvez uma das mais importantes seja a de prevenção e combate

a incêndios, uma vez que o propósito global da segurança contra incêndio em

edificações é a redução do risco de vidas e da propriedade, sendo o conceito

principal a segurança das pessoas.

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Problema

Como os administradores prediais podem proporcionar uma

adequada proteção contra incêndios em prédios comerciais novos e antigos?

Atualmente um dos grandes problemas da gestão de facilidades e

das administradoras de imóveis em geral, é o “desafio” das edificações antigas,

ou seja, aquelas construídas quando não havia nenhuma norma de prevenção.

Para que tais edificações estejam realmente protegidas contra incêndios, é

fundamental que se façam algumas adequações, no entanto, nem sempre as

mudanças são financeiramente viáveis sob o ponto de vista dos proprietários e

administradores. Ocorre que sempre haverá necessidade de algum

investimento para tornar a edificação mais segura.

São consideradas edificações antigas, no Estado do Rio de Janeiro,

aquelas construídas antes de 1976, ano em que foi publicado o Decreto nº 897

de 21 de setembro (COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e

Pânico). As edificações antigas são balizadas também pelo Decreto nº 35.671

de 09 de junho de 2004.

As edificações novas, na maioria das vezes, são inauguradas com o

sistema de proteção e combate a incêndios em funcionamento, enquanto as

edificações mais antigas, por não receberem todas as adequações

necessárias, costumam obter coberturas parciais. Muitas adequações são

feitas somente nas áreas privativas ou só na área comum, o que ocasiona uma

cobertura irregular e ineficaz.

Quanto às manutenções, observa se que ainda há grande

deficiência nas atuações preventivas nesta área. Muitas vezes evita se gastos

com investimentos contando se com a sorte de que nenhuma ocorrência grave

acontecerá.

Vale salientar que, pelo Código Brasileiro do Consumidor, uma

empresa contratada para administrar um condomínio comercial ou

residencial, pode ser responsabilizada pelos prejuízos que possa causar ao

consumidor e terceiros atingidos por falhas ou omissões na tomada de

providências ou medidas requeridas para a permanência das características

de segurança, conforto e funcionalidade.

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Objetivos

Objetivo Geral

O presente trabalho tem por finalidade esclarecer como Facility /

Property Management pode proporcionar uma adequada proteção contra

incêndios, não somente em novas edificações como também em prédios

antigos. Busca se estimular a reflexão e as melhores ações para obter se uma

maior e melhor cobertura de segurança contra incêndios.

Objetivos Específicos

Esclarecer que gastos com equipamentos de proteção e combate a

incêndios não devem ser vistos unicamente como custo, mas principalmente

como investimento em proteção e segurança, ou ainda, como um ato de

prevenção à vida.

Levantar as medidas de proteção viáveis para segurança contra

incêndios em edificações comerciais.

Apresentar detalhes construtivos e configurações técnicas em

conformidade com as normas técnicas vigentes.

Justificativa

A pesquisa sobre segurança contra incêndio e pânico em

edificações comerciais tem justificativas teóricas e práticas. Do ponto de vista

teórico deve se ter total conhecimento da legislação vigente para

posteriormente colocar em prática todo o conhecimento adquirido. Do ponto de

vista prático é fundamental que os responsáveis pelas edificações façam todas

as adequações e manutenções no sistema de segurança contra incêndio e

pânico de forma a manter las mais protegidas possível.

Grande parte dos proprietários, síndicos e locatários não investe

corretamente em equipamentos e sistemas de proteção contra incêndios, o que

torna vulnerável a edificação. Adequações costumam ser feitas, na maior parte

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das vezes, apenas quando são exigidas em Lei e estudos específicos na área

ainda são vistos como ações de custos elevados e com isso executadas

parcialmente.

Muitas empresas e edifícios após conseguirem o Certificado de

Aprovação (CA) do Corpo de Bombeiros deixam de se preocupar se a

construção e seus usuários estão realmente protegidos e se baseiam somente

na possibilidade do documento os amparar juridicamente.

Ocorre que, além da imposição legal, é dever social do responsável

da edificação garantir um ambiente de trabalho seguro aos usuários. O mais

importante é que o patrimônio das empresas esteja protegido e principalmente

que os usuários estejam seguros.

Em meio a tantos casos recentes de incêndios em prédios

comerciais fica evidente a necessidade de uma maior atenção ao tema.

A análise das causas desses incêndios resultou em legislações nos

Estados que passaram a regular os riscos mais prováveis de perdas humanas

e materiais nos incêndios, passando a exigir sistemas preventivos contra

incêndios (SPCI) em edificações novas e adequações possíveis em edificações

antigas.

Metodologia

O estudo proposto foi baseado em uma investigação de referenciais

conceituais teóricos, em sua maioria bibliográficos e webgráficos, porém com

dados encontrados também em documentos, artigos científicos e periódicos.

A pesquisa busca divulgar pontos principais das Normas Técnicas

visando a maior e melhor cobertura contra incêndio e pânico em prédios

comerciais, sejam eles novos ou antigos. Diante disto, possui também

fundamentação normativa, procurando assim, identificar pontos facilitadores e

limitadores inerentes ao processo de adequação e manutenção do sistema de

segurança contra incêndio e pânico.

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1. INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

1.1 Contexto histórico

Um incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, porém a

maioria dos incêndios começa com um pequeno foco, fácil de debelar.

A exposição a um incêndio pode produzir a morte, geralmente pela

inalação dos gases, pelo desmaio causado por eles ou pelas queimaduras

graves.

Na maior parte das vezes os incêndios são causados por pelo que

se chama de comportamento de risco, isto é, um conjunto de atos cometidos

pelo ser humano, por imprudência, imperícia ou negligência, que vem

desencadear a ocorrência de incêndios. O desconhecimento dos reais riscos

de incêndio e o descaso na previsão de medidas de segurança são as duas

principais causas da ocorrência de incêndios. (MELO, 1999).

Segundo constatado em laudos periciais, a maior causa de

incêndios é devido a instalações improvisadas ou sem manutenção causando

curto circuito.

O desenvolvimento tecnológico trouxe profundas modificações no

sistema construtivo de edificações. Trata se da utilização de grandes áreas

sem compartimentação, do emprego de fachadas envidraçadas e das

incorporações acentuadas de novos materiais combustíveis aos elementos

construtivos. Tais modificações, aliadas ao número crescente de instalações e

equipamentos de serviço, introduzem riscos de incêndios, que décadas atrás

não existiam. (MITIDIERI, 1998).

Incêndios sempre foram acontecimentos trágicos que deixaram e

continuam deixando conseqüências significativas nas pessoas envolvidas. No

decorrer dos anos, pode se destacar grandes ocorrências de incêndios em

edificações comerciais, tais como:

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1.1.1 Ed. Joelma – São Paulo (1974)

Causou 189 mortes e 345 feridos

O Joelma era uma construção recente que havia recebido o Habite

se da Prefeitura em dezembro de 1972.

Características da edificação: O prédio possuía 25 andares com

subsolo e térreo destinados à guarda de documentos dos escritórios; do 1º ao

10º andar, estacionamento aberto e 11º ao 25º, ocupados por escritórios. A

compartimentação dos escritórios era feita de divisórias de madeira e o forro

constituído por placas de fibra sintética fixadas em ripas de madeira. O piso era

forrado por carpete.

Principal causa: Curto circuito em equipamento de ar condicionado

no 12º andar. O fogo rapidamente se propagou pelos materiais de fácil

combustão.

O incêndio se estendeu por aproximadamente 6 horas.

Sistema Contra Incêndio existente: Edificação não possuía escada

de emergência, não havia sistema de alarme manual ou automático, não havia

qualquer sinalização de emergência para evacuação.

O temor em relação à fragilidade dos edifícios de grande altura,

frente a uma situação de sinistro, deu origem às normas e regulamentos mais

rígidos, principalmente em relação aos meios de abandono e aos sistemas de

proteção contra incêndio a serem instalados nessas edificações.

No mesmo ano do incêndio no Ed. Joelma, a Associação Brasileira

de Normas Técnicas (ABNT) aprovou a norma brasileira NB-208/74: saídas de

emergência em edifícios altos.

1.1.2 Ed. Andorinha – Rio de Janeiro (1986)

Causou 21 mortes e mais de 50 feridos. Aconteceu no horário do

almoço, o que reduziu o numero de vítimas.

Principal causa: Curto circuito no sistema elétrico no 9º andar.

Sistema Contra Incêndio existente: A escada era inadequada para a

altura da edificação, havia falta de equipamentos para combate e os hidrantes

estavam secos.

O incêndio se estendeu por aproximadamente 5 horas.

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1.1.3 Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente – Asa

Norte – Brasília (1988)

Sem vítimas fatais e 7 feridos – Provavelmente pelo fato do incêndio

ter sido na hora do almoço, quando a edificação encontrava praticamente

vazia.

Características da edificação: Edifício de 6 pavimentos, térreo e dois

subsolos, sendo os seis andares suspensos destinados a gabinetes, o térreo

com agência bancária e consultórios, primeiro subsolo funcionando como

depósito e segundo subsolo com garagens, depósito e lanchonete. Os

escritórios tinham como acabamento carpetes, cortinas, divisórias e lambris de

madeira, que são altamente combustíveis. Toda a fachada era em gaiola de

vidro.

Principais causas: Fenômeno Termelétrico

Sistema Contra Incêndio existente: Escada sem portas corta fogo,

falta de hidrantes e muitas mangueiras encontravam se furadas ou impróprias

para o uso. Não havia brigada civil, nem brigada voluntária.

1.2 Causa: Eletricidade

É a principal origem dos incêndios em prédios comerciais.

Situações não conformes em elétrica são identificadas em número

bastante alto nas edificações. As principais não conformidades encontradas

são: Instalações elétricas mal projetadas, mal executadas, subdimensionadas,

sem manutenção, com gambiarra, com falta de proteção nos circuitos, tomadas

elétricas sobrecarregadas, equipamentos elétricos apresentando faíscas ou

superaquecimento e uso inadequado de equipamentos elétricos.

Nas instalações elétricas a sobrecarga é uma das principais causas

de incêndio. O aumento da carga instalada, seja num todo de uma instalação

ou em algum circuito, deve obrigatoriamente ser acompanhado da

compensação com o aumento de sua capacidade, pois sem isso pode ocorrer

o aquecimento dos componentes da instalação e acelerar o seu

envelhecimento levando à ruptura da isolação, o que gera o curto circuito. Se a

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corrente elétrica está acima do que a fiação suporta, ocorre o

superaquecimento dos fios, podendo dar início a um incêndio. Para evitar se

isto, não se deve ligar mais de um aparelho por tomada e nem fazer ligações

provisórias. Antes da instalação de um novo aparelho, deve se verificar se não

há possibilidade de sobrecarregar o circuito.

Ações de precaução:

Não ligar mais de um equipamento por tomada

Não fazer ligações provisórias

Utilizar disjuntores nos quadros de distribuição

Utilizar fiação sempre embutida em eletrodutos

Fazer manutenções preventivas

Exemplos de condições de risco incêndio em instalações elétricas:

Tomada de aparelho de ar condicionado inadequada ou com

mau contato + aquecimento devido às condições da tomada

Tomadas de uso geral + sobrecarga + proteção

superdimensionada

Instalação aparente com cabinho paralelo + prego entre

condutores + sobrecarga + proteção superdimensionada

Instalação no entreforro com conduite de PVC + sobrecarga +

proteção superdimensionada + teto em material combustível

Soquete para lâmpadas embutido + condutor inadequado

Tomada de uso geral no piso + defeito / dano na tomada +

curto circuito + proteção superdimensionada + carpete

Condutor em sobrecarga + conduíte em PVC aparente +

proteção superdimensionada + danos na isolação + curto

circuito + material combustível

Quanto a legislação e falando especificamente sobre segurança

em instalações elétricas, temos a Norma Regulamentadora nº 10 (NR10), que

é a regulamentação legal, e a NBR 5410, que é a regulamentação técnica.

Para instalações novas e reformadas, não há dúvida de que a

legislação fornece mecanismos de proteção desejados. A NR10 exige a

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manutenção de um prontuário das instalações elétricas onde, entre outros

documentos, deverá contar os esquemas elétricos, laudos, certificados de

equipamentos e relatórios de inspeção. Os documentos técnicos, se tomarem

por referência a NBR 5410, deverão conter informações sobre resultados de

ensaios critérios para inspeção e para verificação final antes de a instalação

entrar em operação.

Para instalações existentes e não sujeitas a intervenção, a situação

já não oferece tanta clareza. A legislação não menciona a periodicidade das

inspeções e a NBR 5410, apesar de apresentar detalhadamente os

procedimentos das manutenções corretivas e preventivas, não fixa intervalo de

tempo.

De qualquer forma, está expresso na NBR 5410 que a manutenção

é uma das características gerais da instalação devendo se estimar a freqüência

e a qualidade dessa manutenção, de forma que se possa garantir a eficácia

das medidas de segurança e a confiabilidade dos componentes. A inspeção

não deve ser apenas visual. Ela inclui ensaios que atestam a rigidez dos

elementos dos circuitos, detectam falhas e comprovam o funcionamento dos

dispositivos de proteção.

1.3 Evolução do fogo nas edificações

O fogo tem sido responsável pela ocorrência de grandes catástrofes

ao longo da história. Embora possa dever se a causas naturais, como quando

associado a raios, cada vez mais resulta da atividade humana. Ele

normalmente começa pequeno, com exceção das grandes explosões, o que

possibilita que ele seja combatido de forma eficiente ainda no início para que

sejam minimizadas suas consequências.

Na primeira fase do incêndio, restrita aos primeiros 5 a 15 minutos,

havendo a detecção precoce, as chances de controle são maiores. Durante

este período os materiais vão se aquecendo lentamente até atingirem sua

temperatura de combustão produzindo a fumaça. Nesta fase, quando a

edificação normalmente ainda encontra se ocupada pela população local, é que

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a atuação dos equipamentos internos de combate a incêndios e o treinamento

dos usuários ficam mais evidentes e necessários. É neste momento que se

percebe o resultado da forte relação: Manutenção dos equipamentos X

Combate ao incêndio.

Esta é a fase de utilização dos extintores, porém, lamentavelmente é

comum que a percepção com a falta de cuidado com os equipamentos seja

detectada apenas no ato de sua utilização.

Para que esta etapa inicial de detecção do fogo não avance

negativamente é fundamental que os equipamentos preventivos (sistema de

detecção de fumaça) e extintores estejam corretamente posicionados e

sinalizados, carregados, com a manutenção de suas peças em dia e que tenha

pessoal treinado para sua correta utilização.

A segunda fase é a grande causadora de perdas de vidas humanas

e de patrimônio, pois com a energia térmica liberada a tal monta, os recursos

de combate internos da edificação já tornam se insuficientes ao combate.

Em algumas ocasiões, como no caso de um incêndio em uma sala,

ainda há a oportunidade de montagem da linha de mangueira para utilização

do hidrante, no entanto, trata se de uma operação mais complexa e que exige

treinamento específico.

Para que a operação neste caso tenha sucesso, é preciso que o

sistema de hidrantes esteja com a manutenção em dia, com bombas operando

corretamente e com pessoas treinadas para execução, seja brigada voluntária

seja bombeiro civil profissional.

A escolha adequada de elementos construtivos e de materiais

também favorece muito o controle do sinistro. As consequências mais diretas

são a redução das chamas, a minimização da velocidade de propagação das

chamas e a restrição da propagação de fumaça em casos de incêndios.

Além de se preocupar com projeto e execução da área comum, toda

administração predial deve analisar correta e atentamente os projetos das

áreas privativas, pois somente assim a edificação poderá estar protegida em

toda sua extensão. Para uma instalação adequada de carpete como

acabamento de piso, por exemplo, nunca poderá deixar de ser cobrado o

certificado da ignifugação (tratamento com produto retardante a ação do fogo).

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Outro exemplo trata se de instalação de datacenter e salas de

equipamentos eletrônicos em geral, onde deve se instalar sistema de extinção

de incêndio com gás específico. Devem ser apresentados também os laudos

de funcionamento do sistema fixo, a Anotação de Responsabilidade Técnica

(ART) do responsável técnico e os laudos técnicos do agente extintor que

declare que o mesmo não é prejudicial à saúde humana ou ao ambiente.

1.4 Principais métodos de extinção

Um incêndio é uma reação de combustão e envolve quatro

elementos: combustível, comburente, calor e reação em cadeia.

Os métodos de extinção do fogo consistem em atacar cada um dos

componentes.

1.4.1 Extinção por isolamento

Quando em situações de fogo é possível retirar ou controlar o

material combustível, que alimenta o fogo. Pode se também isolar o material

que ainda não foi atingido por este.

1.4.2 Extinção por abafamento

Quando em situação de fogo evita se que o material em combustão

seja alimentado por mais oxigênio (comburente), reduzindo sua concentração

na mistura inflamável.

Nos incêndios em edificações isso é conseguido isolando o local

com o fechamento do ambiente. Para isso, nos projetos arquitetônicos devem

ser previstas compartimentações de áreas.

Outra forma de extinção é abafando o fogo com uma espuma

aquosa que é mais leve e insolúvel na água. Tal método, reduz o índice de

concentração de oxigênio no ar com o uso de agentes extintores de gases

inertes, o mais comum é o COや. Ele atua formando uma placa protetora entre o

fogo e o ar, impedindo a propagação do incêndio.

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1.4.3 Extinção por resfriamento

Quando utiliza se um agente extintor que absorve o calor do fogo e

do material em combustão e consegue se consequentemente o resfriamento

deste. De modo geral a forma mais comum de extinguir o fogo em edificações

por resfriamento é utilizando se a água.

Pode ser através de extintores de AP (água pressurizada),

mangueiras de hidrantes e chuveiros automáticos (sprinklers).

1.4.4 Extinção química / Interferência na reação em cadeia

Quando utiliza se um agente extintor e suas moléculas se dissociam

pela ação do calor formando átomos e radicais livres, que se combina com uma

mistura inflamável resultante do gás ou vapor do material combustível com o

comburente, formando outra mistura não inflamável, interrompendo a reação

química em cadeia.

Um exemplo deste método é o extintor de pó químico.

1.5 Consequências dos incêndios

De modo geral, a análise das causas dos incêndios resultou na

elaboração de legislações nos Estados passando a exigir Sistemas Preventivos

Contra Incêndios (SPCI) em edificações novas e adequações possíveis em

edificações antigas (anteriores a regulamentação). O Corpo de Bombeiros em

geral foi o órgão, nos Estados, encarregado de fiscalizar as edificações

fazendo se cumprir as leis prevencionistas criadas.

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2. SISTEMAS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

2.1 Aspectos Gerais

Após a ocorrência de grandes incêndios no Brasil passou se a dar

maior importância à segurança das edificações, tanto com quem constrói

quanto com os responsáveis pelo uso.

Os principais objetivos do projeto de segurança contra incêndios de

uma edificação são: a prevenção ao fogo ou ao retardo de seu crescimento e

propagação, proteção dos ocupantes da edificação dos efeitos do incêndio,

minimização do impacto do incêndio e apoio às operações dos serviços de

combate a incêndio.

Para que os objetivos de segurança contra incêndio sejam atingidos,

devem ser tomadas medidas de proteção que podem ser analisadas sob dois

aspectos: proteção passiva ou preventiva e proteção ativa ou de combate.

De pouco servirão os sistemas de proteção instalados (extintores,

hidrantes, saídas de emergência, etc) se a população não souber utiliza los, ou

ainda, se não passarem por manutenções periódicas.

Segundo Telmo Brentano (2007, p.450): “A segurança contra

incêndio de uma edificação tem muito a ver com a própria cultura de segurança

dos usuários e da própria educação do povo”.

2.2 Medidas de proteção

A prevenção consiste em evitar a ocorrência do fogo através de

medidas básicas.

Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apaga los ou

mesmo saber como agir corretamente no momento em que eles ocorrem.

A segurança contra incêndio nos edifícios não pode ser obtida

através de soluções aleatórias e desiguais, pelo contrário, deve ter o sentido e

um todo, composto por um conjunto de ações coerentes, que se originam do

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perfeito entendimento dos objetivos da segurança contra incêndio e dos

requisitos funcionais a serem atendidos pelo edifício (BERTO,1998).

O nível de segurança de uma edificação não depende apenas da

quantidade de sistemas instalados, mas também da funcionalidade dos

mesmos.

2.2.1 Proteção Passiva

É aquela que atua, cumprindo sua função, independentemente da

ocorrência de incêndio.

De modo geral as proteções passivas estão ligadas basicamente à

concepção do projeto arquitetônico tais como a locação e compartimento da

edificação, as rotas de fuga e saídas de emergência, a integridade estrutural

durante o incêndio e o acabamento do interior da edificação.

São proteções passivas:

O correto dimensionamento e isolamento das proteções elétricas

O envelopamento de cabos elétricos em data centers que

reduzem a emissão de fumaça e calor em caso de sinistro.

Compartimentação horizontal e vertical

Barreira para fachadas de vidro que oferecem maior resistência

ao fogo (2 horas).

Tintas intumescentes

Normalmente usadas nas portas de compartimentação e

convencionais. Oferecem maior resistência ao fogo (2 horas).

Cortinas corta fogo e controle de fumaça

Geram estanqueidade do fogo / fumaça, isolamento térmico e

resistência mecânica.

Como a fumaça tem papel importante durante um incêndio, impedir

sua propagação livremente pela edificação é uma eficaz medida de proteção.

O controle da fumaça é obtido pela introdução do ar limpo e pela

extração da fumaça, bem como pela vedação das aberturas existentes na

edificação.

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Sinalização de Emergência

Tem por função alertar para os riscos existentes, garantir que sejam

adotadas ações adequadas à situações de risco, orientar para as ações de

combate e facilitar a localização dos equipamentos e das rotas de fuga. Sendo

assim, a sinalização de emergência e o plano de rota de fuga operam em

conjunto, por isso, deve ser feita a verificação e a manutenção periódica de

seus componentes.

A sinalização de emergência é regulamentada nas normas da ABNT:

NBR nº 13.434, 13.435 e 13.437/95. Em abril de 2004 entrou em vigor, em

substituição a estas, a NBR nº 13.434-1 (princípios de projetos) e NBR nº

13.434-2 (símbolos, mensagens e cores).

São previstos 5 tipos de sinalizações: orientação, comando,

equipamentos e emergência, proibição e alerta.

Iluminação de Emergência

Os parâmetros normativos do sistema estão estabelecidos pela NBR

nº 10.898 da ABNT

Ao ocorrer um incêndio em uma edificação, a dificuldade de

visibilidade em corredores, escadas e passagens em geral pode significar a

diferença entre uma evacuação planejada e o caos.

A iluminação de emergência é obrigatória em todos os locais que

proporcionam uma circulação horizontal ou vertical de saída para o exterior da

edificação.

O projeto de iluminação de emergência deve levar em consideração

a falta ou falha de energia elétrica fornecida pela concessionária ou o

desligamento voluntário dela.

Todo usuário deve saber como se comportar por ocasião de um

incêndio e, para isso, a edificação deve ter sistemas de sinalização e

iluminação de emergência bem instalados, bem como um sistema de combate

ao fogo adequado ao perfil dos ocupantes.

Como garantia do bom funcionamento da iluminação de emergência

é preciso que periodicamente seja feita vistoria observando se basicamente a

durabilidade da bateria.

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Rotas de fuga, saídas de emergência e porta corta fogo

Rota de fuga, em linhas gerais, é o caminho contínuo, devidamente

sinalizado e protegido, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência,

até atingir a via pública ou espaço aberto com garantia de integridade física.

As rotas de fuga e as saídas de emergência constituem a parte mais

importante da edificação a ser protegida contra o fogo e a fumaça, pois elas

permitem a evacuação dos ocupantes da edificação com segurança e o acesso

seguro da equipe do Corpo de Bombeiros.

Elas são regulamentadas pela NBR 9077 da ABNT, que especifica

localização, largura, comprimento, material de acabamento e a distância

máxima percorrida.

Corredores, escadas e saídas de emergência jamais devem estar

obstruídos ou ser utilizados como depósito, mesmo que provisoriamente. Não

pode haver, neste percurso, nenhum tipo de material inflamável.

É importante ter uma boa logística para retirada do lixo dos andares

para que a operação de recolhimento não comprometer o abandono em caso

de emergência.

Outro ponto muito relevante refere se as portas das antecâmaras e

escadas que devem ser providas de dispositivos mecânicos e automáticos, de

modo a permanecerem sempre fechadas, porém em hipótese alguma, podem

estar trancadas nem tão pouco obstruídas. Devem sempre ser do tipo corta

fogo, de modo a retardar o avanço do fogo e da fumaça para a rota de fuga

(escada). Elas devem resistir ao calor por um período de 60 minutos no

mínimo. Toda porta corta fogo deve abrir no sentido da saída das pessoas.

Importante que sejam feitas vistorias frequentes para verificação do

estado das molas, maçanetas, trincos e folhas das portas.

Em portas de rotas de fuga com capacidade acima de 200 pessoas

faz se necessário utilização de ferragem tipo antipânico, conforme NBR nº

11.785 da ABNT.

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Escada de Emergência

Também regulamentada pela NBR 9077, propõe a utilização de

escadas enclausuradas, porém esta escada não atende as condições de

segurança de estanqueidade à fumaça.

O deslocamento da fumaça é um fenômeno extremamente

prejudicial, pois a fumaça se deslocando em torno de uma porta é suficiente

para contaminar o compartimento adjacente àquele onde o fogo se declarou.

O corrimão é outro elemento de projeto que exige o máximo de

atenção. Ele deve estar presente em ambos os lados da escada e deve ser

executado em barra, cano ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e

contínua. O seu afastamento em relação às paredes, no início de cada lance,

não deve permitir a introdução (engate) do pulso, da mão, ou mesmo de peças

do vestuário. Tal possibilidade significa a retenção de uma pessoa e o

consequente bloqueio parcial do escape, sendo assim, ele deve ser fechado no

início de cada lance.

SPDA

O Brasil é um dos países com maior índice de descargas

atmosféricas no mundo. Para se evitar maiores danos causados por raio às

edificações é importante a adoção de um sistema de proteção contra

descargas atmosféricas.

Os para raios podem ser do tipo Franklin, Gaiola de Faraday ou

Esfera Rolante.

A função do SPDA é a de conduzir as correntes elétricas das

descargas atmosféricas ao solo e dissipa las com segurança, reduzindo a

probabilidade de danos. Para que a condução aconteça da forma esperada é

importante que anualmente seja feita uma medição e avaliação quantitativa de

carga (ohms) com emissão de laudo técnico e certificado de responsabilidade

por empresa especializada. É também recomendável uma vistoria preventiva

após reformas que possam alterar o sistema e toda vez que a edificação for

atingida por uma descarga direta.

De acordo com a norma técnica que trata de SPDA, NBR nº 5.419

da ABNT, todas as estruturas metálicas, inclusive as antenas de TV que

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estiverem sobre a edificação são obrigadas a estarem interligadas ao sistema

de pára raios.

Elementos que compõem o sistema de proteção: captação,

descidas, anéis de cintamento e aterramento (medição não pode ultrapassar 10

ohms).

Plano de Emergência Contra Incêndio (PECI)

É um conjunto de procedimentos preestabelecidos para atendimento

a emergência contra incêndio com o objetivo de definir passos a serem

seguidos por todos os ocupantes da edificação de modo que haja uma

resposta eficiente e segura na proteção ao patrimônio e a vida.

É primordial que todo PECI contemple os seguintes itens:

Identificação das características estruturais e de ocupação da

planta, assim como dos riscos existentes e suas medidas de controle;

Exposição dos sistemas de controle de emergências, de proteção

contra incêndios e pânico, assim como de outros recursos materiais e humanos

disponíveis;

Definição dos procedimentos básicos de atendimento as

emergências contra incêndios, assim como das responsabilidades e

procedimentos coletivos e individuais;

Bombeiro Civil

A classificação da brigada de bombeiros particulares como medida

de proteção passiva está relacionada a sua atuação enquanto detecção

humana de ocorrências e de acionamento de bombeiros militares, no entanto,

não há dúvidas de que a atuação de combate a princípio de incêndio está

englobada nas medidas ativas.

Brigada Voluntária

A instalação de equipamentos de proteção nos edifícios não garante

que, na ocorrência de um incêndio, os ocupantes tenham conhecimentos

básicos sobre a operação de tais equipamentos. A utilização dos equipamentos

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de proteção deverá ser realizada por uma equipe especializada, ou seja, pelos

integrantes da Brigada de incêndio.

A brigada voluntária é um grupo organizado de pessoas treinadas e

capacitadas para atuar na prevenção e no combate a um princípio de incêndio,

bem como na evacuação do local e na prestação dos primeiros socorros.

A organização da brigada de incêndio é feita de acordo com a NBR

14.276.

São atribuições da brigada voluntária:

- Ações de prevenção;

- Elaboração de relatórios das irregularidades encontradas;

- Inspeção geral dos equipamentos de proteção contra incêndio;

- Orientação a população fixa e flutuante;

- Avaliação dos riscos existentes;

- Realização de exercícios simulados;

- Inspeção de saídas de emergência e acessos;

- Ações de emergência;

- Combate ao princípio de incêndio;

- Recepção e orientação do Corpo de Bombeiros;

- Identificação do sinistro;

- Primeiros socorros;

2.2.2 Proteção Ativa

É aquela que está intimamente relacionada à ocorrência do sinistro,

respondendo manual ou automaticamente aos estímulos provocados pelo fogo.

São medidas de combate a incêndio.

As proteções ativas envolvem todas as formas de detecção, de

alarme e de combate ao fogo para a extinção de um princípio de incêndio já

instalado, ou para o controle de seu crescimento.

Sistema de Hidrantes

O sistema de Hidrantes é composto por reserva técnica (RTI),

bombas de recalque, rede de distribuição (tubulação), hidrantes, caixas de

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incêndio (abrigos de mangueiras), acessórios (mangueiras, esguichos e chave

storz) e registro de recalque.

É o sistema destinado a conduzir e distribuir tomadas de água, com

determinadas pressão e vazão em uma edificação. É um meio de combate

para os princípios de incêndio no qual os extintores manuais se tornam

insuficientes.

O sistema de hidrantes é destinado a ser utilizado pelos ocupantes

para dar combate ao incêndio até a chegada do Corpo de Bombeiros. Para que

isso seja possível, eles devem estar familiarizados e treinados para operar o

equipamento. Isto é importante porque no sistema de hidrantes todos os

dispositivos que devem ser utilizados por ocasião de um incêndio e que se

encontram no interior de um abrigo, como mangueiras e esguicho, não se

encontram conectados e prontos para o uso.

A norma da ABNT que dá os parâmetros sobre este assunto é a

NBR nº 13.714/2000.

Reserva de Incêndio

É o compartimento feito de concreto armado ou de metal, destinado

ao armazenamento de grande quantidade de água que, efetivamente deverá

ser fornecida para o uso exclusivo de combate ao incêndio.

Bomba de recalque

A bomba de recalque efetua o deslocamento da água no interior das

tubulações. Seu acionamento pode ser automático, através da chave de fluxo

para reservatórios elevados ou manômetros para reservatórios subterrâneos ou

manual (botoeira tipo liga / desliga).

Não se pode utilizar qualquer tipo de bomba para a função de

bomba de incêndio. Ela deve ter uma curva de características específica para

que a pressão não seja demasiadamente alta ao ser aberto um único hidrante,

e para que também não diminua bruscamente com a abertura de vários outros.

Além disto, deve ser utilizadas somente para este fim.

As instalações das bombas de recalque deverão seguir as seguintes

condições:

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- Devem ser protegidas contra intempéries, fogo, umidade, agentes

químicos e danos mecânicos;

- O funcionamento automático é iniciado pela simples abertura de

qualquer ponto de hidrante da instalação;

As bombas de recalque devem possuir uma placa de identificação

na qual poderá ser constatada a sua potência;

As chaves elétricas de alimentação das bombas devem ser

sinalizadas com a inscrição: “Alimentação da Bomba de Incêndio – Não

Desligue!”

Antes da utilização dos hidrantes em uma ação de combate a

incêndio recomenda se desernegizar as instalações elétricas. Se isso não for

feito, os bombeiros ou brigadistas podem ser eletrocutados caso a água atinja

equipamentos energizados.

A bomba de incêndio precisa continuar funcionando, com

alimentação independente do resto da edificação, através de uma entrada

exclusiva da concessionária de energia ou de um gerador.

Além da bomba principal e da reserva, o sistema deve possuir

também uma bomba jockey que é uma bomba de capacidade reduzida, com

vazão de 5 a 20 l/min, que mantém a rede pressurizada. Com isso não é

necessário que a bomba principal seja acionada frequentemente, o que

causaria picos de pressão e de demanda de energia, além de desgaste

prematuro da bomba principal.

Importante que exista iluminação de emergência na casa de

bombas.

É fundamental controlar periodicamente a regulação dos

pressostatos, bem como o ar no acumulador hidropneumático.

Inspeções visuais, manutenções e testes da partida automática

drenando se a rede são fundamentais e devem estar incluídos em uma plano

de manutenção preventiva.

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Tubulação

Consiste em um conjunto de tubos, conexões e acessórios (registros

e válvulas) destinados a conduzir a água, desde a reserva técnica de incêndio

até os pontos de hidrantes. O meio de ligação entre tubos, conexões e

acessórios deve garantir a estanqueidade e estabilidade mecânica da junta e

não deve sofrer comprometimento de desempenho se for exposto ao fogo.

A tubulação, quando aparente, deverá ser pintada na cor vermelho e

os acessórios, na cor amarelo.

Abrigo de mangueira

Compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta pintada na

cor vermelho, destinado a armazenar mangueiras, esguicho e chave storz.

Deverá ser instalado em local visível e de fácil acesso, com a informação

“incêndio” na porta.

A forma com que as mangueiras são enroladas e acondicionadas

nos abrigos é decisiva na facilidade e rapidez da operação para colocar o

hidrante em funcionamento. Além desta questão, o correto armazenamento do

equipamento também favorece para que a mangueira tenha menos danos e

com isso, uma maior vida útil.

A periodicidade anual para os testes das mangueiras deve ser

respeitada, pois isso também favorece para que o equipamento esteja em boa

condição de uso no ato da ocorrência,

Hidrante de recalque

É um prolongamento da tubulação até a entrada principal da

edificação, cujos engates são compatíveis aos utilizados pelo Corpo de

Bombeiros.

O dispositivo de recalque pode ser instalado na fachada da

edificação ou no muro da divisa com a rua, com a introdução voltada para a rua

e para baixo em um ângulo de 45 graus e a uma altura entre 0,60m e 1 m, em

relação ao piso do passeio.

É comum que com o passar do tempo a tampa da caixa de hidrante

de recalque fique emperrada e a caixa onde o hidrante esteja alojado encha de

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lama ou areia, tomando impraticável sua imediata utilização numa emergência.

Para corrigir ou impedir que tais não conformidades aconteçam uma

manutenção frequente é fundamental que ocorra.

Sistema de Sprinklers

É o sistema composto por um suprimento d’água em uma rede

hidráulica sob pressão, onde são instalados em diversos pontos estratégicos,

chuveiros automáticos, que contém um elemento termo-sensível que se rompe

por ação do calor proveniente do fogo, permitindo a descarga d’água sobre os

materiais em chamas.

Uma grande vantagem deste sistema é o fato de não necessitar de

intervenção humana direta para seu acionamento. Seu desligamento, no

entanto, é mecânico, através da válvula de corte existente nos pavimentos ou

pelo desligamento da bomba.

Possui composição básica semelhante ao sistema de hidrantes

(manancial de água (RTI), sistema de pressurização e rede de distribuição),

porém em vez de hidrantes no ponto final da rede, existe o conjunto de

chuveiros automáticos.

Importante destacar que a eficiência do sistema depende muito da

localização dos chuveiros, do correto dimensionamento da rede e da

manutenção periódica. Normalmente quando o sistema de sprinkler não

funciona é porque a válvula de alimentação de água pode estar fechada. Isso

demonstra que fazer inspeção constante é de fundamental importância para

que o sistema sempre esteja em condições plenas de utilização numa situação

de emergência.

Segundo a NR 23 “Os chuveiros automáticos (sprinklers) devem ter

seus registros sempre abertos, e só poderão ser fechados em caso de

manutenção ou inspeção, com ordem do responsável pela manutenção ou

inspeção”.

Quando um sprinkler vier a funcionar, a quantidade de fumaça no

ambiente pode já ter atingido níveis consideráveis, portanto, o sistema é muito

mais eficiente na proteção de bens do que na de pessoas.

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A norma da ABNT que dá os parâmetros sobre este assunto é a

NBR nº 10.897.

É interessante fazer anualmente o teste na rede com rompimento de

um bico de sprinkler.

Sistema fixo de Gás Carbônico (COや) É um sistema fixo de baterias de cilindros de COや e sua estrutura é

semelhante a do Sprinkler, sendo a principal diferença o tipo de agente extintor.

Seu emprego visa à proteção de locais onde o emprego de água é

desaconselhável. Normalmente locais com muitos equipamentos eletrônicos.

Como este tipo de agente retira o oxigênio do ambiente, torna a

presença humana desaconselhável durante seu funcionamento.

Sistema de Detecção e Alarme

A detecção pode ser através da fumaça, da elevação da temperatura

ambiente ou da radiação da luz de chama aberta.

A proposta do sistema de detecção é detectar automaticamente o

fogo em seu estágio inicial, a fim de possibilitar o abandono rápido e seguro

dos ocupantes da edificação.

Os detectores são conectados a uma central através de laços

(circuitos) endereçados ou convencionais. As centrais endereçadas permitem

identificar cada elemento individualmente e desta forma, o local exato de um

evento. Já as centrais convencionais são mais simples e indicadas para

ambientes menores e com menos compartimentação. Estas centrais

identificam zonas alarmadas, sendo cada zona composta por um ou mais

detectores.

Para evitar falha no sistema é preciso fazer periodicamente a

manutenção da central e a limpeza dos detectores.

As centrais de alarme também possuem a classificação endereçada

ou convencional e permitem, através dos acionadores manuais, indicar uma

situação de emergência, antes mesmo que seja detectado pelo sistema

automático de detectores. Com isto, deve se iniciar o processo de

desocupação ou a atuação da brigada de incêndio.

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A sinalização sonora pode ser composta por sirenes ou por uma

rede de autofalantes para instruções por voz, ao vivo ou através de mensagem

pré gravada.

Assim como os demais sistemas, o de alarmes também necessita

passar por manutenção preventiva de forma a evitar que só se perceba a

ineficiência do sistema no momento de divulgação da evacuação.

Extintores Portáteis

É o sistema de segurança contra incêndio básico das edificações.

De acordo com a NR 23 “Todos os estabelecimentos, mesmo os

dotados de chuveiros automáticos, deverão ser providos de extintores

portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser

apropriados à classe do fogo a extinguir”.

Tem como objetivo o controle do princípio de incêndio e como

características principais: facilidade de uso, portabilidade, manejo e operação.

Os extintores são regulamentados no Código de Obras e Edificações

dos Municípios e estão nos Regulamentos dos Corpos de Bombeiros de todo o

Brasil, tomando seu uso obrigatório nas edificações comerciais.

No Brasil, todos os extintores devem ser fabricados de acordo com a

NBR 15.808 e ter selo do INMETRO (Instituto de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia).

O tipo, a quantidade, a localização, a capacidade extintora, a

manutenção periódica e o treinamento dos usuários são elementos essenciais

para garantir a eficiência do sistema, que é balizado pela NBR 12.693 da

ABNT.

A quantidade mínima de extintores em uma edificação deve

respeitar o que for determinado no Laudo de Exigências. Obedecendo, em

princípio, a seguinte tabela:

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RISCO ÁREA MÁXIMA A SER PROTEGIDA DISTÂNCIA MÁXIMA PARA

POR UNIDADE EXTINTORA O ALCANCE DO OPERADOR

PEQUENO 250m² 20m

MÉDIO 150m² 15m

GRANDE 100m² 10m

Cuidados que deve se ter com os extintores:

Não deverão permanecer obstruídos;

Deverão estar visíveis e sinalizados;

Não deverão ser colocados na escada e/ou obstruindo rota de fuga;

Não poderão estar com o lacre rompido;

Deverão ter ficha de controle de inspeção;

Quando os extintores estiverem localizados em pilares, a sinalização

deve ser implantada em todas as faces do pilar;

Deverão ser instalados onde haja menos probabilidade de o fogo

bloquear o seu acesso;

Altura de instalação: 1,60m (máxima) e 0,20m (mínima);

Deverão possuir o selo ou marca de conformidade de órgão

competente ou credenciado;

Deverão ser instalado de modo a ser adequado à extinção das

várias classes de incêndios, dentro da área de proteção;

Deverão ser inspecionados visualmente a cada mês

O ensaio hidrostático (validade 5 anos) e a validade de recarga

deverão estar dentro dos parâmetros das Normas Técnicas Oficiais (NBR

12.692);

É necessário que a empresa de recarga de extintor tenha cadastro

no Corpo de Bombeiros. O credenciamento é estadual.

Todo extintor volta da recarga com anel de identificação preso ao

seu bojo com data em que foi carregado, data para recarga futura e número de

identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida a fim de evitar que esses

dados sejam danificados. Extintor novo não tem anel.

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Os extintores devem passar por inspeção técnica que deverá avaliar

as condições externas do mesmo e sua carga, por meio de pesagem. Se

houver perda superior a 10% da carga nominal declarada, a recarga deverá ser

efetuada. Nos cilindros de pressão injetada a pesagem deverá ser semestral.

A gestão de facilidades deve acompanhar a periodicidade da

recarga que deve ser anual e o prazo máximo de cinco anos de reteste dos

cilindros.

2.3 Manutenção do sistema de prevenção e combate

A proteção contra incêndio depende diretamente do bom

desempenho e funcionamento dos sistemas e equipamentos no momento real

de sua utilização.

Não adianta ter um sistema de proteção bem projetado e executado

se, posteriormente, o mesmo não passar por inspeções, testes e manutenções

periódicas.

Todos os administradores prediais e facilities devem ter a

preocupação constante com o perfeito funcionamento de cada sistema.

Importante ter o manual de manutenção de cada equipamento, o controle da

periodicidade da manutenção (preventiva, corretiva e preditiva) e os laudos

emitidos para evitar possíveis falhas e quebras.

A manutenção é importante para dar confiabilidade aos

equipamentos, melhorar a qualidade, aumentar a vida útil e até para diminuir

desperdícios.

A melhor forma de se descobrir os problemas antes que se tornem

graves é fazendo periodicamente check list, que serve como base de dados na

elaboração de relatórios.

Vistorias a edificação registrando as observações é fundamental

para se planejar o “tratamento predial” representado pela manutenção, visando

adequar o prédio à qualidade pretendida e à garantia da durabilidade.

Além dos diagnósticos técnicos, a inspeção predial fornece outros

dados, adentrando pela análise de risco, prognósticos preliminares e

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recomendações, constituindo o verdadeiro retrato técnico atualizado da

edificação.

Um plano de inspeção predial em sistema de segurança contra

incêndios deverá ser elaborado com embasamento nas normas técnicas e

colocado em prática. Deverá comtemplar os itens que deverão ser vitoriados,

bem como a frequência das verificações nos componentes do sistema.

A principal finalidade da inspeção predial é determinar as patologias,

eventuais anomalias e falhas de uso, operação e manutenção que prejudiquem

a qualidade e segurança do prédio.

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas edita normas

para cada dispositivo preventivo. No Estado do Rio de Janeiro, o Corpo de

Bombeiros utiliza estas normas para determinar o prazo de manutenção dos

equipamentos. No entanto, deve se ter em mente que a manutenção é uma

obrigação Legal que deve ser cumprida também em conformidade com os

manuais técnicos dos fabricantes. A política de manutenção da empresa, ou

seja, a escolha de como e quando fazê la deve atender necessidades Legais e

técnicas, valendo-se da utilização de ferramentas gerencias.

Em atenção a Resolução SEDEC nº 142, todos os serviços de

manutenção e conservação de sistemas de proteção contra incêndios no

Estado do Rio de Janeiro devem ser feitos por empresas ou profissionais

devidamente registrados no CBMERJ, através do DGST.

Implantar e praticar a engenharia de manutenção significa uma

mudança cultural para a maioria das empresas. Significa deixar de ficar

consertando continuamente, para procurar as causas fundamentais e gerencia

las.

O processo de manutenção deverá respeitar o ciclo do PDCA

A sigla PDCA significa: Plan (Planejar), Do (Executar), Check

(Verificar) e Act ( agir / atuar).

Esta forma de agir serve tanto para implantação de novas idéias

como para solução do problema.

Caso seja necessário executar adequação de qualquer sistema de

proteção contra incêndio e pânico local, o responsável pela ocupação da planta

deverá garantir que seja também acionada empresa devidamente registrada no

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CBMERJ para elaboração dos respectivos projetos, e posteriormente

instalação dos sistemas, com recolhimento de Anotação de Responsabilidade

Técnica – ART, e direcionamento para análise junto ao Corpo de Bombeiros

para obtenção de novo Laudo de Exigência e Certificado de Aprovação.

3 FUNDAMENTAÇÕES LEGAIS E NORMATIVAS

3.1 Aspectos da Legislação

Em vários países, inclusive no Brasil, existe uma preocupação

crescente sobre a resistência ao fogo das construções. Neles, as diretrizes de

segurança contra incêndios são dadas por normas prescritivas ou por normas

baseadas em desempenho.

A proteção contra incêndio no Brasil não contempla uma lei federal,

ou seja, cada Estado da federação é autônomo para legislar a respeito e os

municípios podem também legislar sobre esta questão.

Enquanto ainda não há uma lei Federal, utilizamos as ferramentas

disponíveis, que são as normas técnicas editadas pela ABNT (Associação

Brasileira de Normas Técnicas) que é o Fórum Nacional de Normalização e as

Instruções Técnicas dos Corpos de Bombeiros das unidades da federação que

as possuem.

O Corpo de Bombeiros Militar é a instituição legitimamente e

legalmente constituída para, através do poder de polícia, analisar, acompanhar

a implantação e fiscalizar o cumprimento das normas prevencionistas criadas.

Ocorre que, apesar de muitos não saberem, as normas técnicas são

de aplicação voluntária e só podem ser exigidas caso haja algum dispositivo

legal que as invoque.

Todos os Estados possuem legislação, contudo a grande maioria

não apresenta o rigor almejado e possui uma abrangência bastante limitada.

Em decorrência disto, muitos deles utilizam como base aquilo que está sendo

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trabalhado no Estado de São Paulo, no Decreto Estadual nº 56.819/2011, que

perante desastres históricos, evoluiu sua legislação com muito rigor, revelando

aos gestores de facilities a importância de implantar as normas de Segurança

Contra Incêndios na edificação. Além disso, o Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE) instituiu em nível federal a NR 23, sobre proteção contra

incêndio, estabelecendo medidas de proteção em locais de trabalho, visando à

prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores.

Em caso de inexistência de normas nacionais são usadas normas

internacionais.

3.2 Regulamentação Brasileira

3.2.1. Regulamentação Técnica - ABNT:

NBR 5.410 – Sistema Elétrico;

NBR 5.419 – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;

NBR 5.674 – Manutenção de Edificações: Requisitos para o sistema

de gestão de manutenção;

NBR 9.077 – Saídas de Emergência em Edificações;

NBR 9.441 – Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;

NBR 10.897 – Proteção contra Incêndio por chuveiro Automático;

NBR 10.898 – Sistemas de Iluminação de Emergência;

NBR 11.742 – Porta Corta Fogo para Saída de Emergência;

NBR 11.861 – Localização, Aplicações, Inspeção, Manutenção e

Cuidados em mangueiras de incêndios;

NBR 12.615 – Sistema de Combate a Incêndio por Espuma;

NBR 12.692 – Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de

Incêndio;

NBR 12.693 – Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio;

NBR 13.434 – Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico –

Formas, Dimensões e cores;

NBR 13.435 – Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico;

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NBR 13.437 – Símbolos Gráficos para Sinalização contra Incêndio e

Pânico;

NBR 13.714 – Instalação Hidráulica Contra Incêndio, sob comando,

por Hidrantes e Mangotinhos;

NBR 14.276 – Brigada de Incêndios – Requisitos;

NBR 14.608 – Bombeiro Profissional Civil;

NBR 14.880 – Saídas de Emergência em Edifícios, Escadas de

Segurança, Controle de Fumaça por pressurização;

3.2.2. Regulamentação Legal:

NR 23, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Proteção Contra

Incêndio para Locais de Trabalho

NR 10, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Segurança em

Instalações e Serviços em Eletricidade

Resolução Federal nº 218 de 29/07/1973 – Especifica competências

para cada profissional envolvido para a elaboração do projeto e para a sua

execução;

Decreto Lei nº 247 de 21/07/1975 – Versa sobre a competência do

Corpo de Bombeiros para regulamentar a segurança Contra Incêndio no

Estado do Rio de Janeiro;

Decreto nº 847 de 21/09/1976 – Estabelece o Código de Segurança

Contra Incêndio e Pânico – COSCIP;

Lei Estadual nº2780 de 04/09/1997 – Obriga os condomínios

fechados ao aumento das entradas para acesso de viaturas do Corpo de

Bombeiros;

Decreto Estadual nº 35.671 de 09/06/2004 – Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações Anteriores ao Decreto nº 847/76.

Resolução SEDEC nº 31 de 10/01/2013 – Dispõe sobre a Avaliação

e a Habilitação do Bombeiro Profissional Civil;

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3.3 Panorama Geral Rio de Janeiro

As normas de Segurança Contra Incêndio e Pânico aplicadas no Rio

de Janeiro estão consignadas no Decreto Lei nº 247 de 1975, regulamentado

pelo Decreto nº 897 de 21 de setembro de 1976 que institui o COSCIP (Código

de Segurança Contra Incêndio e Pânico), e pelo Decreto nº 35.671 de 09 de

junho de 2004.

O COSCIP normatiza as medidas de prevenção e combate a

incêndio e estipula como uma das condições necessárias para a autorização

de funcionamento das edificações a sua regulamentação perante o CBMERJ.

Esta autorização se dá, em um primeiro momento, através da aprovação de um

projeto de segurança contra incêndio e pânico, elaborada por engenheiro ou

firma credenciada no Corpo de Bombeiro Militar. Com a sua aprovação, é

expedido o Laudo de Exigências, documento que averba a aprovação do

projeto com as exigências do CBMERJ para a edificação. Após a execução do

projeto aprovado através da emissão do Laudo, é realizada uma vistoria por

oficiais da Organização de Bombeiro Militar responsável pela área onde se

localiza a edificação, para averiguação da compatibilidade do projeto com a

arquitetura e as instalações realizadas. No caso de constatação da efetiva

execução do projeto apresentado e aprovado, é emitido o Certificado de

Aprovação.

As empresas que fazem instalações e manutenções em sistemas

preventivos fixos e móveis de segurança contra incêndios devem,

obrigatoriamente, estar credenciadas no Corpo de Bombeiros. A lista com

todos os credenciados encontra se disponível no site do CBMERJ e no site da

DGST (Diretoria Geral de Serviços Técnicos).

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3.4 Regulamentação Internacional

Grande parte das normas utilizadas no Brasil e no mundo, para

prevenção de incêndios no tocante a equipamentos, sistemas e treinamentos,

são originárias da NFPA. - National Fire Protection Association dos EUA,

organismo norte americano de estudos e normatização de assuntos

relacionados a incêndios e a prevenção destes. A missão dessa associação é

reduzir as perdas devido a incêndios e a outros riscos para a qualidade de vida,

fornecendo e defendendo por consenso: código, padrões, normas, pesquisa,

treinamento e educação. Atualmente, a associação conta com mais de oitenta

e um mil membros individuais em todo mundo, e mais de oitenta companhias

americanas e organizações profissionais.

3.5 Seguro

O seguro contra incêndios é obrigatório nos condomínios, conforme

a Lei dos Condomínios e o novo Código Civil. Sua contratação deve ser em até

120 dias da concessão do “Habite se”, sendo prudente que se contrate o

quanto antes. Ele cobre a construção e não o conteúdo dos escritórios. A

proteção do patrimônio comum é um dever e um direito de todos os

condôminos e também uma obrigação do condomínio que recai sobre seu

representante legal.

As seguradoras projetam um plano de seguro para cada

condomínio, de acordo com as necessidades do prédio. O seguro deve ser

feito com base em valores reais, em função dos custos de reconstrução e

nunca no preço comercial do edifício.

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CONCLUSÃO

O trabalho apresentado não tem a intenção de esgotar o assunto,

em face a diversidade e complexidade do tema, e sim expor que dentre uma

variedade tão extensa de dispositivos de proteção e combate a incêndios não é

admissível que ainda existam edificações com coberturas precárias neste

sentido.

De modo geral, a segurança contra incêndio em edificações é uma

combinação de responsabilidades pública e pessoal. Cada um tem o seu papel

na minimização dos riscos e na maximização da segurança: legisladores,

órgãos oficiais, fabricantes, projetistas, construtores, administradores prediais,

além dos ocupantes das edificações.

Com este trabalho é possível conhecer as principais causas dos

incêndios em edificações comerciais e os métodos de prevenção e extinção do

fogo.

Evidencia se também os sistemas de proteção e combate a incêndio

registrando as normas referentes a cada proteção, seja ela passiva ou ativa.

Desta forma, o estudo realiza também um levantamento sobre as principais

legislações e normas que tratam do assunto.

A metodologia deste trabalho esclarece que o conhecimento da

teoria e da legislação vigente é fundamental para a correta escolha do sistema

de combate a incêndio a ser utilizado na edificação e que não se deve levar em

consideração apenas os requisitos mínimos que a legislação exige. Enfim, é

necessário que se tenha a consciência de que um projeto de combate a

incêndio bem realizado estará protegendo não apenas os bens materiais, mas

também o meio ambiente e a vida.

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Proteção contra incêndio por chuveiro automático. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.898/13:

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