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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A LUDICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR EM CRIANÇA DE 4 A 6 ANOS DE IDADE NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Por: Grazielle Cravinho Bichara
Orientadora
Profª Ms. Fátima Alves
Tijuca 2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM
A LUDICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR EM CRIANÇA DE 4 A 6 ANOS DE IDADE NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
psicomotricidade.
Por: Grazielle Cravinho Bichara
AGRADECIMENTOS
.Á Deus em primeiro lugar, aos
meus pais por todo apoio e confiança.
As minhas amigas por estarem
presentes nos momentos difíceis. Aos
meus amigos desta pós-graduação por
todos os momentos compartilhados. A
professora e orientadora Ms. Fátima
Alves pela sua ajuda. A todos que
fazem parte da minha vida.
DEDICATÓRIA
Dedico a Ti Senhor Jesus essa grande
conquista, pois tudo o que tenho e sou só
devo a Ti.
RESUMO
O trabalho tem a intenção de mostrar a ludicidade para o
desenvolvimento motor da criança de 4 a 6 anos nas aulas de Educação
Física, com a intenção de demonstrar que o brincar contribui muito para esse
desenvolvimento motor através da interação do corpo com o meio e sociedade
ampliando assim a cultura corporal do movimento. Compreender o lúdico como
um meio que facilita o desenvolvimento motor da criança através das
brincadeiras nas aulas de Educação Física e buscar o conceito sobre a sua
função na Educação Infantil é o objetivo desta pesquisa. O trabalho foi
elaborado através de bibliográfica e tem como base autores que contribuem
para a fundamentação do objetivo da pesquisa.
METODOLOGIA
A metodologia que fundamentou essa pesquisa foi bibliográfica a partir
de publicações anteriores sobre o assunto em documentos impressos como
livros, artigos e teses.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Psicomotricidade e seus fundamentos 10
CAPÍTULO II – Educação Física na aula de Educação Infantil 18
CAPÍTULO III - A Ludicidade para o desenvolvimento motor em crianças de 4 a
6 anos 20
CONCLUSÃO 32
BIBLIOGRAFIA 34
ÍNDICE 36
8
INTRODUÇÃO
A infância é a fase onde a criança inicia suas primeiras experimentações
começando assim a ter um pequeno conhecimento do corpo.
Neste conceito, será de suma importância conhecer a concepção da Educação
Infantil.
A Educação Infantil tem a função de preparar a criança para o ingresso
nas séries iniciais, por isso é preciso desenvolver todas as habilidades. Ela não
se restringe ao aspecto social e afetivo e sim, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até os 6 anos de idade.
A busca pelo saber se torna importante e prazerosa quando a criança
aprende brincando.
O brincar propõe uma maneira de aquisição para novos conhecimentos
desenvolvendo as habilidades necessárias de uma forma natural e agradável.
O lúdico tem a sua finalidade de se referir o jogo, brinquedo e
divertimento. Ao brincar a criança realiza movimentos de forma criativa e
espontânea.
O desenvolvimento motor é a junção entre fatores ambiental, hereditário
e físico que se inicia na vida fetal e se caracteriza pelos primeiros movimentos
involuntários, logo após, o bebê já desenvolve as suas primeiras formas
através dos movimentos voluntários e no período de dois a sete anos a criança
já começa expressar suas capacidades motoras através dos movimentos
locomotivos, manipulativos e estabilizadores.
O desenvolvimento motor é o segundo processo natural e progressivo
que acontece sem ter preocupação de um ambiente favorável, ela acontece
com alterações no comportamento ao longo do ciclo da vida, realizando-se
pelas necessidades do individuo e condições do ambiente.
Considerando o movimento como um meio pelo qual a criança explora
seus atos motores e vivencia várias experiências no seu caráter social, cultural,
educacional, físico e as aulas de Educação Física são muito importantes para
trabalhar com a interação de todos esses aspectos.
9
A Educação Física deve atuar como um colaborador para as habilidades
motoras usando como referência o brincar.
No capítulo I, trata-se de ressaltar a Psicomotricidade e seus
Fundamentos, sabendo-se que é o processo que ajuda a criança no seu
percurso maturativo através do desenvolvimento humano Logo depois no II
capítulo, desenvolveu-se o tema a Educação Infantil na aula de Educação
Física, que tem a função de trabalhar o desenvolvimento físico e corporal,
através das habilidades motoras, fundamentando-se na importância do
movimentar-se, contribuindo assim com a cultura corporal do movimento.
Terá como base os seguintes autores: Gallahue e Ozmun, Freire e Tani
que classificam o desenvolvimento motor como um processo permanente que
se inicia na concepção e cessa somente na morte passando por fases e
estágios diferentes para cada faixa etária.
Serão também citadas a fases física, cognitiva, afetivo-social e motora que são
importantes para ser trabalhada na Educação Física.
No terceiro e último capítulo foi feita a ligação do lúdico com o
desenvolvimento motor, sabendo-se que através da brincadeira a criança
consegue criar situações em que é explorado uma gama ampla de
movimentos, fazendo assim uma grande tentativa de executá-los de forma
prazerosa e adequada.
Enfim através deste estudo, serão apresentados benefícios do lúdico
para o desenvolvimento motor de crianças 4 a 6 anos nas aulas de Educação
Física.
10
CAPITULO I
A PSICOMOTRICIDADE E SEUS FUNDAMENTOS
Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do discurso
médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no início do
século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das
regiões motoras (Levin, 1999 p.21)
Segundo Vitor da Fonseca apud Abreu, 2006 p.1 ‘’psicomotricidade é a
evolução das relações recíprocas incessantes e permanentes dos fatores
neurológicos, psicológicos e sociais.
A psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relação afetiva, a
midiatização, a disponibilidade tônica, a segurança gravitacional e o controle
postural, a noção do corpo, sua lateralização e direcionalidade e a planificação
práxica, enquanto componentes essenciais e gerais da aprendizagem do seu
ato mental concomitante nela o corpo e a motricidade. É também construção
ou evolução do ser através da interação do corpo e suas funções motoras.
Para Bueno (1998, p. 19) psicomotricidade é uma ciência relativamente
nova que, por ter o homem como objeto do seu estudo, engloba várias outras
áreas, educacionais, pedagógicas, e saúde.
Tem por objetivo desenvolver a criança de forma plena para que não
venha ter dificuldades em sua estruturação do espaço corporal.
Portanto o esquema corporal é quando a mente representa o corpo, ou
seja, todos nós temos uma imagem corporal de si próprio dentro da nossa
mente. No desenvolvimento completo da criança a estimulação através do
movimento ou da prática corporal é fundamental, por isso a psicomotricidade
faz com que aconteçam todas essas experimentações que fazem parte da
aprendizagem natural que irá servir como base para a vida futura, ou seja,
maturidade.
A educação psicomotora visa desenvolver todas as áreas da criança
(motor, emoção, cognição) de forma completa, ela permite desenvolver-se
cuidadosamente e gradativamente, tornando importante seu início nas séries
iniciais da educação infantil.
11
1.1- A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE
‘’A psicomotricidade existe nos menores gestos e em todas as
atividades que desenvolve a motricidade da criança, visando ao conhecimento
e ao domínio do seu próprio corpo’’. (Alves 2010, p. 127)
O corpo é um grande canal para a criança se desenvolve numa forma
ampla e global, acontecendo assim uma evolução geral pra o específico.
Portanto para Bueno (1998, p.90) quando se fala em corpo temos
alguns autores que citam sua visão profissional.
Concepção de Gisele B.Soubiran
Nascida na França. Atua na área de reeducação psicomotora, trabalhou
com Ajuriaguerra e Zazzo.
Visão homem/corpo
Desenvolve psicomotricidade chamada “psicomotricidade fundamental de
base”.
Visão teórica
Defende que psicomotricidade e relaxação são fundamentais e prescindem
todas as atividades físicas
Visão metodológica
Tem base na relaxação que desenvolve pela imaginação e expressão.
Visão prática
Na sessão de reeducação psicomotora defende que a mesma deve ter 45
minutos no mínimo, dividida em oito partes,colocando aqui exemplos dessa
divisão :
*colocar-se em atitude
*agilidade e coordenação geral
*respiração
*relaxamento
*controle motor
*adaptação têmporo-espacial
Visão de avaliação
Desenvolveu um exame psicomotor onde avalia QI intelectual /QI verbal
/QI performance. É uma avaliação mais subjetiva na análise dos dados. Divide
o exame em coordenação, equilíbrio, esquema corporal, orientação espacial,
orientação temporal e linguagem.
12
Concepção de Júlio de Ajuriaguerra
Desenvolveu um trabalho profundo dentro da neurofisiologia e
neuropsiquiatria infantil. Estudou por muito tempo a criança e foi o ponto de
referência de vários outros psicomotricistas.
Visão homem/corpo
- A criança ou o homem é o seu próprio corpo
Visão teórica
- Embasa-se no estudo da neurologia do movimento humano e da gênese do
corpo.
Visão metodológica
-Amplia a visão das noções do esquema corporal e de imagem de seu corpo,
estabelecendo estudos da ilusão do membro fantasma do amputado e da
somatognosia
Visão pratica
-Reeducação da escrita: condições necessárias
Visão de avaliação
-Analisa a evolução do desenho de corpo, pois provou em testes experimentais
que a criança expressa no desenho o que sabe e sente sobre seu corpo.
Concepção de Marianne Frostig
Americana, muito conhecida na área das dificuldades escolares, mais
atuante na questão de percepção visual como um fator interveniente dessas
dificuldades.
Visão homem/corpo
- Estabelece que o desenvolvimento do homem decorra da percepção que o
individuo tem ao meio.
Visão metodológica
-Desenvolveu técnicas com exercícios baseados nas aquisições viso motores,
considerando-as básicas para o sucesso escolar.
13
Visão prática
-Sugere um programa de atividades sensório-motoras e perceptivo-motoras
que nomeia a educação pelo movimento, em que objetiva abordar os seguintes
aspectos :
*conscientização do corpo
*O instrumento de trabalho é o corpo em movimento o ambiente lúdico ajuda a
constituir outro aspecto fundamental ao nível da psicomotricidade.
Concepção de Dalila Costallat
Grande preocupação com o processo de aquisição da alfabetização.
Visão teórica
-Baseou – se muito em Guilmain que divide a atividade psicomotora em
atividade funcional e atividade de relação.
Visão metodológica
-Explora a reeducação psicomotora nas dificuldades de alfabetização e nas
deficiências.
Visão pratica
Desenvolve a reeducação psicomotora por meio da:
*adaptação de movimentos crescentes;
*consciência do corpo segmentar;
*trabalha esquema corporal, lateralidade, orientação especial, discriminação
visual e auditiva;
*atenção e memória
Visão de avaliação
-Defende que a avaliação deve ser “prévia a todo e qualquer ensino. ’’ Pois
permite perceber os diversos níveis de rendimento motor e adequar os
exercícios a idade motriz.
Concepção de Simone Ramain
Visão teórica
Utilizou-se de experiência pós-guerra para fundamentar a teoria e prática do
seu método, pelas dificuldades instaladas nos sobreviventes da mesma.
14
Visão metodológica
É organizado em dossiês como propostas sistematizadas pelas necessidades
da faixa etária, onde a base do trabalho é a atenção interiorizada”
Visão prática
-Pequenos grupos com desenvolvimento individual de habilidades manuais,
atenção raciocínio de forma progressiva, por intermédio de três momentos
interligados:
*Movimento corporal;
*Psicomotricidade diferenciada
*Estabelece que no “fazer” ocorre uma reorganização do material emocional
Visão de avaliação
-Ocorre em cima do fracasso do indivíduo em algum dos momentos acima,
com reavaliação e reeducação da atividade, repetindo a etapa equivocada.
Concepção de André Lapierre
-Estudiosos das relações, tudo como centro de atenção na abordagem
psicomotora.
Visão homem/ corpo
-- Tem uma visão do individuo, voltada para relação com o mundo com seu
corpo – metacomunicação.
Visão teórica
Defende como base do trabalho atividade motora espontânea:
Visão metodológica
-Preocupação com a expressão e a relação entre adulto e criança e entre o
indivíduo e indivíduo.
Visão prática
- Atividades com olhar nos conteúdos simbólicos que aparecem nas vivências.
Visão de avaliação
- Avalia o sistema escolar e repensa a educação:
Concepção de Vitor da Fonseca
Português estudioso dos conteúdos da psicomotricidade
Visão homem/ corpo
-Vê a evolução do homem de forma global
15
*estudou a filogênese e ontogênese do ser humano e no sentido antropológico
visão teórica
-Tem uma abordagem filosófica:
Visão metodológica
-Preocupação com integração social:
Visão prática
-Preocupação com o desenvolvimento da psicopedagogia :
Visão de avaliação
- Sugere uma bateria de testes iniciais baseadas nas experiências de
Ajuriaguerra e colaboradores, relativas a problemas de controle de atitude, de
noção de corpo, de organização espacial, de noção de simetria inversão e
inclinação de identificação de diferentes orientações (esquerda, direita, alto,
baixo e etc.) de lateralidade (olho mão e pé), de ritmo de conceitualização do
gesto, de organização perceptiva e de simbolismo.
Concepção de Jean le Boulch
Francês, seus estudos caminham da psicocinética a psicomotricidade
funcional.
Visão homem/ corpo
- Conceitua o indivíduo como personalidade que se organiza a partir da
imagem do seu corpo.
Visão teórica
- A visão de a psicomotricidade baseia-se no desenvolvimento, em que o
centro é o seu corpo:
Visão metodológica
- Baseie-se nas situações problema e no controle tônico
Visão prática
-Na pré-escola sugere jogos ritmados de coordenação fina, grafismo e espaço-
temporal:
Visão de avaliações
-A partir das atividades propostas de acordo com a faixa etária explorada,
estabelece naturalmente os parâmetros d acompanhamento dentro de uma
adequada evolução, sem estabelecer um método específico de avaliação.
16
Concepção de Pierre Vayer
Francês, estudioso do corpo e de suas relações no mundo.
Visão homem/corpo
-Seu principio fundamental baseia-se no corpo numa presença de ser no
mundo – corporeidade.
Visão teórica
- Estudou muito a corporeidade.
Visão metodológica
-Desenvolve propostas individuais e em grupo
Visão prática
- Sua abordagem é global, mas o educador não entra na relação.
Visão de avaliação
- Desenvolveu uma avaliação psicomotora de 2 a 6 e de 6 a 11 anos que
envolve: coordenação óculomanual, coordenação dinâmica (das mãos e geral),
controle postural (equilíbrio), controle segmentário (controle do próprio corpo),
organização perceptiva, organização espacial, estruturação espaço- temporal,
observação da dominância lateral, rapidez e linguagem: O instrumento de
trabalho é o corpo em movimento o ambiente lúdico ajuda a constituir outro
aspecto fundamental ao nível da psicomotricidade
1.2- DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
É um processo ordenado, regular e contínuo que envolve todas as áreas
do organismo e da personalidade. (Fátima Alves, p.87)
A criança se insere no mundo por meio dos seus movimentos, desde o
primeiro dia de vida até o ultimo, dispondo de suas capacidades motoras,
intelectuais e afetivas que se diferencia e se transforma a cada fase.
Para (Bueno1998, p.33) O desenvolvimento psicomotor caracteriza-se
pela maturação que integra o movimento, o ritmo, a construção espacial o
reconhecimento dos objetos, das posições a imagem do nosso corpo e a
palavra.
É através desse desenvolvimento que o indivíduo passa por alguns
princípios básicos como:
Desenvolvimento céfalo-caudal
Tudo ocorre de uma forma ordenada e previsível.
17
Desenvolvimento próximo-distal
Segue a direção da região central para as extremidades.
Desenvolvimento geral para específico
Os movimentos vão ser simples e generalizados no início específicos e
futuramente refinados.
18
CÁPITULO II
A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A educação Infantil teve um grande crescimento no Brasil e em todo o
mundo, devido á grande contribuição das mulheres que vão á busca de uma
melhora na renda familiar, um espaço no mercado de trabalho.
Através dessas mudanças, a criança passa por um processo que acaba
inserindo mais cedo nas creches e escolas.
Segundo o PCN (2001, p.59) ‘’Ao ingressar na escola, as crianças já tem
uma série de conhecimentos sobre o movimento, corpo e cultura corporal frutos
de experiências pessoal, das vivências dentro do grupo social em que estão
inseridas e das informações veiculadas pelos meios de comunicação. É dever
da escola trabalhar com repertório cultural local, partindo de experiências
vividas, mais também garantir o acesso a experiências que não teriam fora da
escola. Nesta fase a criança tem grande necessidade de se movimentar e
ainda está se adaptando a exigências de períodos mais longos de
concentração em atividades escolares. A aula de educação física é muitas
vezes, a única situação em que têm essa oportunidade. ‘’
De acordo com a nova LDL, no seu artigo 2º Os debates em torno da
Educação Física na Educação Infantil vêm se intensificando desde a
publicação da lei de diretrizes e bases da educação nacional (lei nº 9394/96).
A Educação Infantil, na primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 6 anos de idade em
seus aspectos físicos fisiológicas, intelectuais e social, completando a ação da
família e da comunidade.
Toda criança independente de cor, sexo, raça ou religião tem o direito de
aumentar suas descobertas e desenvolvimento, principalmente na sua primeira
etapa escolar que é a educação Infantil. No qual as habilidades motoras
precisam ser desenvolvidas.
Segundo o coletivo de autores p. 50 Dessa forma a educação física
assume um papel de facilitador, trazendo experiências novas através de um
ambiente favorável á criança e á sua faixa etária.
A Educação Física é uma prática pedagógica, que, no ambiente escolar
tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte,
19
dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que
podemos chamar de cultura corporal.
No entanto na Educação Infantil o objetivo da Educação Física é educar
a criança para o mundo e permitir que ela venha a desempenhar um papel
mais ativo em seus movimentos respeitando sempre seus interesses e
necessidades, que nessa fase se caracteriza por brincadeiras, ampliando os
seus movimentos e favorecendo assim a inter – relação da criança com seu
corpo, as pessoas e os objetivos.
O movimento para a criança significa muito mais do que mexer-se é
também liberar todos os seus gestos e expressões que estão presentes em
seus atos e habilidades motoras. Para João Freire (2002, p. 28) “A má
qualidade motora não pode desencadear automaticamente ações terapêuticas
ou educativas que desconsideram a história da criança em seu meio ambiente”
Cada criança tem a sua expressão motora própria (período pré-verbal) quando
ela age vive o prazer da ação. É importante que isso aconteça num ambiente
seguro e favorável.
Essa ação acontece através da brincadeira, nela a criança aprende o
que pode ou não ser feito que existem regras e pessoas, ou seja, ela
transforma os conhecimentos que já existem em formas de brincadeiras.
Entende-se que a educação infantil na educação física pode apresentar–
se como um espaço em que a criança brinque com a linguagem corporal com o
movimento a alfabetizando-se nessa linguagem corporal, significa criar
situações na qual a criança entre em contato com diferentes manifestações da
cultura corporal, sobre tudo aquelas relacionadas aos jogos, brincadeiras e
ginásticas.
20
CAPÍTULO III
A LUDICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS DE
4 A 6 ANOS
O lúdico proporciona a aquisição de novos movimentos e conhecimentos
desenvolvendo habilidades de forma natural e agradável. (Maluf 2003, p.9)
3.1 - CONCEITO DE LÚDICO
Segundo Ferreira 2000, p.41 “O termo Ludus Latino, que deu origem ao
lúdico, sendo um conceito amplo, abrange o Brincar e o Jogar e seu emprego
ao sofrer certo deslocamento histórico, inclui também o burlesco”.
Brincar é um recurso importante de que se valem principalmente as
crianças para lidar com o mundo fantástico. (Pimenta, 1993 p.40)
O ato de brincar indica o que há de mais sério na vida de um sujeito. O
que a criança cria é o sentido que ela pode dar a sua vida naquele momento,
não importa com quê. Por isso o brincar na infância fase do aprendizado, deve
ser valorizado ele ajuda no desenvolvimento físico intelectual e reforça os
vínculos afetivos do ser humano com o próximo. É porque a brincadeira é uma
atividade típica das crianças, e é na infância que ela se inaugura, devendo ser
pensada de forma ampla, isto é menos como uma atividade determinada e
mais como uma qualidade de relação que um indivíduo estabelece com objetos
do mundo externo.
Nesse sentido, o brincar típico da criança inclui o modo como o adulto
também pode ou não, como se vir-se-á relacionar com os objetos de seu
universo de interesse, entre eles a experiência cultural. (Rosa 1998 p.20)
É no mundo da fantasia que a criança cria seus personagens e suas
histórias vivendo situações repletas, utilizando o corpo como um instrumento
motor.
Com a brincadeira a criança desenvolve sua linguagem verbal entra em
contato com o meio pelo qual a cerca e se expressa através de seus atos e
habilidades motoras, não apenas brincando por brincar tudo tem que ter um
sentido.
21
3.2 - O DESNVOLVIMENTO MOTOR DE 4 A 6 ANOS.
Dentro desse aspecto a criança de 4 a 6 anos passa por fases
importantes para o seu desenvolvimento, é necessário que se respeite todas as
suas evoluções para que não haja no futuro complicações que afetem o seu
desenvolvimento motor.
Para Gallahue e Ozmun (2005, p.3) “O desenvolvimento motor é o
comportamento ao longo do ciclo da vida, realizado pela interação entre as
necessidades de tarefas, biológicas do indivíduo e as condições do ambiente”.
É um processo pelo qual passa por várias mudanças no decorrer da vida
e se integra aos fatores: físicos, de hereditariedade e ambiental,
correspondendo sempre ao ambiente proposto.
Entretanto, o processo de desenvolvimento pode contribuir para o
melhor desempenho motor e fazendo com que isto gere, maior resultado nas
fases do indivíduo.
Desenvolvimento é um processo que acompanha o homem através de
toda a sua existência abrange aspectos fisiológicos, psicológicos e ambientais
contínuos e estão estritamente relacionados.
Certamente que o desenvolvimento só pode ocorrer enquanto há vida,
então ele se estende e finaliza na morte e ao decorrer passa por alterações nos
aspectos, lembrando sempre que passa por fases e estágios diferentes a cada
indivíduo.
O desenvolvimento motor ocorre em três fases: fase motora reflexa, fase
motora rudimentar e fase motora fundamental, como o objetivo deste estudo se
limita a crianças da Educação Infantil na pré-escola com a faixa etária de 4 a 6
anos, será dada ênfase à fase motora fundamental.
22
Fase Motora Reflexa
Segundo Gallahue e Ozmun (2003, p.110) “Os movimentos reflexos são
reações involuntárias do corpo a várias formas de estímulo”.
Essa fase se caracteriza pelos primeiros movimentos que o feto faz, que
possui respostas involuntárias e automáticas que são controlados e através
disto formam as fases do desenvolvimento motor.
Segundo Gallahue e Ozmun (2003, p.170) “Os reflexos são as primeiras
formas de movimento humano e fornecem esclarecimento interessante sobre o
processo do desenvolvimento motor’’.
Através desta fase a criança começa a receber informações sobre o
ambiente no qual ela se encontra. As reações que ocorrem com o toque, luz e
sons são importantes, pois causam os movimentos involuntários e fazem com
que a criança conheça o meio pelo qual a cerca.
Os reflexos também podem ser classificados como um meio da criança
buscar informações, alimentos e proteção.
A partir do quarto mês de vida fetal e até os quatros da primeira infância
os movimentos que a criança tem são reflexivos devido à reação involuntária
que pode causar alterações na visão pressão, sons e estímulos táteis.
“Esses estímulos e reações formam a base para o estágio de reunião de
informações ou estágio de codificação da fase dos movimentos
reflexivos.’’(Gallahue e Ozmun 2003, p170).
Para a criança nesta fase os reflexos servem como um equipamento
primário de informações as quais armazenam, no córtex em desenvolvimento.
Existem dois tipos de reflexos: os posturais e os primitivos.
23
Os primitivos aparecem ainda na vida fetal da criança e continuam a
existir no primeiro ano de vida.
Os posturais fazem com que a criança tenha uma posição ereta em sua
relação com o meio ambiente, ele se encontra em bebês normais, nos
primeiros meses neonatais e podem até querer em alguns casos, persistir no
primeiro ano.
Entende-se então que, nessa fase motora reflexa em todo tempo ela se
caracteriza por ter os movimentos involuntários, que acontecem através de um
estímulo, sem vontade consciente.
Fase Motora Rudimentar
Gallahue e Ozmun (2003, p.192) “O domínio das habilidades motoras
rudimentares da primeira infância é o reflexo do controle motor crescente e da
competência motora, realizada por fatores intrínsecos à tarefa ao ambiente e
ao indivíduo’’.
Os bebês conseguem processar muitas informações, eles têm a
capacidade de usar e de pensar em seus movimentos de uma forma no qual
ele tenta se informar do meio em que o rodeia, é claro que cada criança tem
um tipo de reação que vai depender sempre de sua hereditariedade.
Esta fase se caracteriza por ter as primeiras formas dos movimentos
voluntários que permitem o controle postural e movimentos de manipulação
como pegar e receber e locomoção como engatinhar, rastejar.
De acordo com Gesell Apud Gallahue e Ozmun (2003, p.195) “Qualquer
forma de locomoção ou manipulação infantil é realmente uma série de ajuste
posturais intimamente realizador. ’’
24
O movimento rudimentar é biologicamente determinado por uma
seqüência, a sua velocidade faz com que essas habilidades apareçam variando
de criança para criança, devido aos fatores ambientais, biológicos que podem
influenciar fazendo com que em alguns essas habilidades se desenvolvam de
várias formas, devido a cada um.
A fase de desenvolvimento do movimento rudimentar pode ser
subdividida em dois estágios que representam altos níveis de controle do
movimento.
Estágio de Inibição do Reflexo
Inicia ao nascer e domina o movimento da criança e se influencia pelo
córtex em desenvolvimento que faz com que muitos reflexos sumam.
Estágio de Pré-controle
Por volta de um ano a criança tem um melhor controle de seus
movimentos e o seu processo cognitivo tem um ganho muito rápido das
habilidades rudimentares deste período.
Durante este estágio de pré-controle de movimento a criança aprende a
ganhar e manter o equilíbrio manipular objetos e se locomover através do meio
ambiente com um surpreendente grau de proficiência e controle.
No entanto nesta fase o bebê começa a demonstrar suas primeiras
formas de movimento voluntárias como os de estabilidade (posição de
pronação erguer a cabeça, sentar-se e ficar em pé) de locomoção (arrastar-se
engatinhar, postura ereta) e os de manipulação (alcançar, segurar, saltar).
Gallahue e Ozmun (2003, p. 196) “A estabilidade é a mais básica das
categorias de movimento porque todo movimento voluntário envolve um
elemento de estabilidade’’. Nesta fase o bebê tem que lutar contra a força da
25
gravidade, para conseguir manter uma postura ereta.O desenvolvimento das
habilidades locomotoras rudimentares fornece ao bebê o meio de explorar
rapidamente o mundo em expansão’’. Assim para acontecer às habilidades
locomotoras o bebê precisa ter desenvolvido todas as tarefas rudimentares de
estabilidade se não ele não será capaz de conseguir se movimentar livremente.
O aparecimento das habilidades manipulativas rudimentares fornece ao
bebê em desenvolvimento o primeiro contato com os objetos do ambiente
imediato’’.
As manipulações motoras rudimentares são desenvolvidas através do
relacionamento que a criança faz com o objeto. As suas primeiras formas de
manipulação são: alcançar, segurar, soltar. A criança aprende a explorar
individualmente uma variedade de movimentos estabilizadores, locomotores,
manipuladores.
Logo após os movimentos rudimentares a criança começa a viver outra
fase que é os movimentos fundamentais, que se inicia na infância.
Fase Motora Fundamental
Esta fase tem o seu inicio a partir dos 2 anos de idade e vai até os 7
anos. Nela a criança está envolvida por querer conhecer as capacidades
motoras corporais que são compostas por variados movimentos
estabilizadores, locomotores e manipulativos .
Segundo Gallahue e Ozmun (2003, p.103) “As crianças que estão
desenvolvendo padrões fundamentais do movimento estão aprendendo a
reagir com o controle motor e competência motora a vários estímulos’’.
26
A criança aprende a lidar com seus atos motores e estímulos
discretamente, tendo sempre continuamente a aceitação de mudanças em
tarefas determinadas.
“Embora relacionada à idade, a aquisição de habilidade motora
fundamentais madura não é dependente da idade, mas de numerosos fatores
da tarefa em si, do individuo e do ambiente’’. Gallahue e Ozmun (2003, p.257)
Com isso não se deve confiar apenas no aspecto maturacional para o
desenvolvimento da habilidade motora fundamental da criança. Deve-se contar
muito mais com as condições ambientais com o encorajamento, as
oportunidades para a prática de esportes, danças e etc.
O desenvolvimento da certa habilidade se envolve apenas nos
elementos básicos daquele aspecto (individualmente) não se tem a combinar
alguns movimentos fundamentais nas habilidades complexas, e isola padrões
motores que vinculam estas combinações.
De acordo com Gallahue e Ozmun (2003, p.104) “Consideramos toda a
fase de movimentos fundamentais como tendo três estágios separados mais
freqüentemente sobrepostos: o inicial (2 anos) elementar (3/4 anos) maduro
(5/6 anos)”.
O estágio inicial é o que inicia as primeiras tentativas objetivas de
desempenhar uma habilidade fundamental da criança. Ele se caracteriza por
ter uma seqüência incompleta ou imprópria fazendo o uso exagerado do corpo
e a pouca influência rítmica e coordenação.
Neste estágio os movimentos locomotores, manipulativos e
estabilizadores estão no nível inicial, por isso a criança muitas das vezes sente
um pouco de dificuldade em realizar suas habilidades motoras.
27
No estágio elementar a criança tem um melhor controle e coordenação
rítmica dos movimentos temporais e espaciais, são mais coordenados, apesar
deste estágio ainda ter os movimentos exagerados e restritos.
As crianças desta fase que têm um melhor nível de inteligência e
funcionamento físico se promovem mais rápido para o estágio elementar,
primeiramente através do processo de maturação.
A criança deve estar no estágio de amadurecimento da maior parte das
habilidades motoras por volta dos seis anos de idade para que ela
desempenhe seus movimentos de formas mecânicas coordenadas, eficientes e
controladas.
Esse é o ultimo estágio da fase motora fundamental no qual a criança
passa. Por isso deve ser observada a condição de ambiente no qual a criança
convive, para que não venha afetar ou dificultar seus desenvolvimentos nos
padrões maduros fundamentais.
Sendo assim, Gallahue e Ozmun (2003, p.269) dizem que “As condições
naturais do ambiente como temperatura, iluminação, área de superfície e
gravidade, podem influenciar tanto os aspectos quantitativos quanto
qualitativos’’.
Deve-se então avaliar todo o espaço no qual rodeia a criança, para que
não venha a ter uma resposta negativa .
Para a criança a idade não é o principal motivo do desenvolvimento das
habilidades motoras, mas sim os fatores no qual envolve o ambiente da
criança.
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Movimentos Estabilizadores Fundamentais
A estabilidade é um aspecto no qual faz com que a criança se
movimente e tenha sempre um ponto no qual ela deve explorar.
Segundo Gallahue e Ozmun (2003, p. 267) “A estabilidade é um aspecto
mais fundamental do aprendizado de movimentar-se porque todo movimento é
um elemento de estabilidade’’.
A estabilidade faz com que a criança tenha disposição para manter em
equilíbrio a relação entre ela e a força da gravidade, os movimentos de
estabilização são considerados partes essências nos padrões de locomoção e
manipulação.
As habilidades estabilizadoras da criança devem ser flexíveis, para
poder executar qualquer tipo de movimento em qualquer que seja a condição
fazendo com que ela consiga manter a relação fundamental com a força da
gravidade.
Gallahue e Ozmun (2003, p. 269) “Os movimentos axiais e não
locomotores correspondem a movimentos de orientação do tronco ou dos
membros, quando em posição estática’’.
Os movimentos axiais são utilizados pela criança para movimentar os
membros do corpo, em posição estacionária.
A rotação corporal em um só pé, a caminhada direcionada o apoio o
apoio invertido são movimentos axiais no qual a criança desenvolve na fase
motora fundamental.
Para a criança realizar a rotação corporal é necessário que ela tenha um
controle de equilíbrio excessivo, não havendo nenhuma perturbação na
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execução, se houver algum fluido nos canais semicirculares, pode resultar em
ações de rotação.
A criança pode fazer a execução deste movimento de rotação para
frente, para os lados ou para trás o corpo deve se manter na posição correta
para a execução do movimento.
No estágio inicial a criança entra em contato com a superfície; no
elementar a cabeça conduz a ação em vez de inibi-la e no estágio maduro
pode executar rolagens consecutivas controladas. Para cada execução destes
movimentos o corpo precisa ser controlado através do espaço proposto, pois
muitas das vezes ele é momentaneamente invertido.
Gallahue e Ozmun (2003, p.273) “Desvio é um padrão de movimento
estabilizador fundamental que combina os movimentos locomotores de deslizar
com rápida alteração na direção”.
O desvio acontece de uma forma no qual há uma rápida alteração de um
lado para o outro, no qual precisa que a reação seja rápida.
No estágio inicial acontece à flexão mínima de joelho; no elementar os
pés ociosamente se cruzam e no estágio maduro, o joelho fica flexionado e o
tronco levemente inclinado para frente (posição de pronação).
Gallahue e Ozmun (2003, p.274) “O equilíbrio em um só pé é
provavelmente a mensuração mais comum de habilidade de equilíbrio
estático.’’
A criança tem que sustentar todo o peso corporal em um pé só. No
estágio inicial o pé dominante conduz, seguido pelo outro pé, no estágio
elementar pode pressionar um braço contra o corpo, enquanto tenta equilibrar–
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se com o outro, e no estágio maduro ambos os braços são usados com
consciência para auxiliar o equilíbrio.
Movimentos Locomotores Fundamental
Para Go Tani (1988, p.75) “Os padrões de movimento que as crianças
apresentam nessa categoria permitem a ela espaço.”
A locomoção é essencial para o deslocamento da criança, pelo meio no
qual ela convive, através dos movimentos locomotores fundamentais a criança
pode realizar várias habilidades como: andar, correr e saltar.
Segundo Go Tani (1988, p.75) “O andar envolve uma organização
complexa de movimentos, com contínua perda e ganho de equilíbrio dinâmico,
onde há alternância de ação da perna e apoio.’’
O andar é um processo no qual se perde e ganha equilíbrio. A
conservação do equilíbrio tende a desaparecer, a partir que a locomoção
aumenta passa do andar para o correr.
No estágio inicial a criança caminha com uma exagerada flexão do
quadril e do joelho; no elementar a flexão do quadril e do joelho se diminui e os
braços se posicionam ao lado do corpo; e no maduro diminuem a flexão do
quadril e do joelho, os braços se mantêm lateralmente oscilando em um arco
vertical em posição das pernas.
De acordo com Tani (1988, p.76) “o correr é uma extensão natural do
andar e se caracteriza por uma fase com apoio e uma fase aérea sem apoio.’’
A corrida é um ato pelo qual o corpo fica fora de contato com a
superfície de apoio.
No estágio inicial a criança se apresenta sem apoio muito curta; no
estágio elementar a fase aérea é maior e o pé de apoio colocado quase sobre
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o centro da gravidade; no maduro para acontecer uma corrida mais rápida o
apoio é feito pela ponta do pé e diretamente sobre o centro da gravidade.
Tani (1988, p. 77) “O objetivo do saltar é impulsionar o corpo para frente
e/ou cima, através de uma ação efetiva dos braços para impulsão em fase de
vôo e aterrissagem.’’ O estágio inicial acontece o agachamento inicial que é
inconsistente e há dificuldade em dar impulsão com os dois pés, com pouca
extensão do corpo; no elementar a flexão do joelho excede os 90º no
agachamento preparatório havendo exagerada inclinação do tronco para frente;
e no maduro há uma flexão do joelho de 60ºa 90º no agachamento
preparatório.
Movimentos Manipulativos Fundamentais
Gallahue e Ozmun (2003, p.299) “Movimentos fundamentais
classificados como manipulativos, envolvem a aplicação de força aos objetos e
ou a recepção de força deles’’.
Essa fase se caracteriza por fazer a criança ter um relacionamento com
o objeto e é caracterizada pela forma que a criança recebe e aplica o objeto
com a força, podem-se citar atividades de chute, arremesso e quique como
manipulação desta fase.
Entende-se então neste capítulo que o desenvolvimento motor l é um processo
pelo qual a criança passa por transformações nos aspectos físicos, cognitivos,
afetivos e motores que se desenvolvem de uma forma diferente em cada
indivíduo, devendo-se o momento e o ambiente vivido.
32
CONCLUSÃO
Nas aulas de Educação Física na Educação Infantil o lúdico faz com que
a criança descubra suas necessidades e seus limites através do ato de brincar,
recriando e repensando em acontecimentos que lhes deram origem, e ao
mesmo tempo se movimenta trabalhando suas estruturas corporais,
desenvolvendo suas habilidades motoras .As situações lúdicas permitem uma
gama de movimentos no qual solicite a atenção, isso contribui para
aprendizagem da criança de forma mais alegre.
A restrição a alguns fatores como biológico, físico e de aprendizagem
afetam no processo do desenvolvimento dos padrões fundamentais de
movimento, e quando são bem relacionados favorece uma boa execução
motora, por isso devemos sempre respeitar a fase de desenvolvimento da
criança durante as atividades lúdicas para que no futuro não haja complicações
que possam afetar o seu desenvolvimento motor. O Desenvolvimento Motor é
um processo evolutivo seqüencial, que sofre várias mudanças no decorrer da
vida e se integra a fatores de hereditariedade, crescimento físico e ambiental.
De 2 a 6anos de idade a criança esta vivendo o período pré-operatório
no qual se destaca, por ser a fase simbólica o faz de conta, é o pensamento
que toma conta da mente a expressão vem através de brincadeiras no qual
encena algum momento já vivido. Sendo esse também o período dos
movimentos fundamentais, onde ela está aprendendo a lidar com o controle
motor e a competência motora de vários estímulos, passando por muitas
mudanças que melhoram as formas de movimentos locomotores, manipulativos
e estabilizadores, e que permitem uma melhor locomoção pelo meio ambiente.
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Conclui-se então que o lúdico para o desenvolvimento motor nas aulas
de Educação Física através dos jogos e brincadeiras consegue contribuir com
a exploração do movimento através de atividades que a ajudam desenvolver
suas habilidades motoras, e que expresse suas potencialidades manipulatórias,
locomotoras e estabilizadora de uma forma prazerosa e divertida nas aulas de
Educação Física na Educação Infantil preocupando-se sempre em trabalhar em
grupo estimulando a cooperação, criatividade e a ludicidade incluindo também
através de atividades corporais o conteúdo programático daquela fase, fazendo
a adequação da criança com o meio.
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BIBLIOGRAFIA
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multidisciplinar com amor e união. 3ed.Rio de janeiro :Wak, 2009.
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35
ROCHA, Dina Lúcia Chaves Brincando com a criatividade / contribuições teóricas e práticas. 1ed. Rio de janeiro.Wak, 2009. ROSA, Sanny s. da rosa :Brincar, conhecer, ensinar.1.ed.São Paulo.Cotez,1998. TANI, G Manoel, E, J ; Kokobun, Eduardo ; Proença, J, E. Educação Física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: Epu/Edusp, 1988.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPITULO I
A psicomotricidade e seus fundamentos 10
1.1 – A importância da psicomotricidade 11
1.2 – Desenvolvimento psicomotor 16
CAPITULO II
A Educação Física na Educação Infantil 18
CAPITULO III
A ludicidade para o desenvolvimento motor de crianças de 4 a 6 anos 20
3.1 – Conceito de lúdico 20
3.2 – O desenvolvimento motor de 4 a 6 anos 21
CONCLUSÃO 32
BIBLIOGRAFIA 34
ÍNDICE 36