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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Atividade de psicomotricidade e sua aplicabilidade como
conduta fisioterapêutica no envelhecimento e aos portadores
da doença de Alzheimer.
Por: Sônia Pabst
Orientador
Profª: Edla Trocoli
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Atividade de psicomotricidade e sua aplicabilidade como
conduta fisioterapêutica no envelhecimento e aos portadores
da doença de Alzheimer.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em psicomotricidade.
Por: Sônia Pabst
AGRADECIMENTOS
Aos professores e colegas que direta
ou indireta contribuíram para a
elaboração deste trabalho e pelas
horas agradáveis, durante a execução
do curso.
DEDICATÓRIA
Ao meu esposo Daniel Marcelo que
sempre está presente, se dedicando e
valorizando cada passo da minha vida
e ao meu filho Juan que muito
compreensivo, pelas horas
indisponíveis.
RESUMO
Este estudo busca uma forma de conscientização e mostrar a
aplicabilidade e a importância do profissional fisioterapeuta e o psicomotricista
em um programa de desenvolvimento psicomotor a fim de evitar ou amenizar
as alterações e intercorrências proporcionadas pelos processos evolutivos de
perdas físicas, fisiológicas, cognitivas e emocionais levadas pelo
desenvolvimento da senilidade e dos portadores de Alzheimer, favorecendo um
processo saudável ou menos limitante e sofrido para os portadores da doença
de Alzheimer e os seus familiares, favorecendo o processo de socialização e
integração.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva e qualitativa a fim de provar a
relação existente com a atividade física e as atividades psicomotoras como
políticas preventivas ao processo de envelhecimento celular, reduzindo as
limitações, gastos financeiros para a família e as instituições de saúde e as
autoridades governamentais. Será realizada uma revisão bibliográfica em
livros e artigos onde abordaremos primeiramente das alterações do processo
de envelhecimento na terceira idade e posteriormente abordaremos as
alterações encontradas nos indivíduos portadores da doença de Alzheimer, e
será desenvolvido um programa com condutas de exercícios terapêuticos,
proporcionando uma melhor qualidade na terceira idade, que será abordado de
forma mais detalhada nos capítulos subseqüentes.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Aspectos biológicos do envelhecimento 11
CAPÍTULO II - Mal de Alzheimer 23
CAPÍTULO III - Equipe multidisciplinar na doença de Alzheimer e no processo
de envelhecimento 30
CAPÍTULO IV – Exercícios psicomotores para terceira idade e portadores da doença de Alzheimer 35
CONCLUSÃO 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54
ÍNDICE 56
8
INTRODUÇÃO
Os países do terceiro mundo vêm apresentando um declínio crescente
nas taxas de mortalidade bem como de fertilidade. Essas duas vertentes
proporcionam a base demográfica para o envelhecimento populacional. Esses
fatores são determinantes por diversas alterações como melhoria das
condições de vida: como saneamento básico, assistência básica a saúde, etc.
Segundo Ramos (1987) em sua pesquisa mostra que a expectativa de vida
passou de 57 anos para 70 anos, o que se percebe é que a cada década a
pirâmide etária terá a sua base cada vez mais estreitada se tornado de forma
mais similar, como é representado nos países desenvolvidos.
É com esse pensamento que se verifica a grande necessidade de
amenizar as alterações do envelhecimento, proporcionando uma melhora na
qualidade deste envelhecer, processo que inicia com o nascimento e acaba
com a morte.
A fisioterapia e a psicomotricidade vem ganhando a cada ano uma
maior atribuição ao que concernem suas atividades no programa de saúde
reflexões dentro da sua prática profissional com uma visão não meramente
reabilitadora como forma de tratamento quando as limitações ou incapacidades
já se encontram instaladas e como forma de promoção de saúde, como uma
busca do equilíbrio do ser humano, devendo, portanto romper o estreito limite
da assistência meramente curativa. O fisioterapeuta é visto hoje, bem como
outros profissionais da área de saúde como agente multiplicador e promotor da
saúde e bem estar do indivíduo entre os serviços e a população visando maior
promoção e prevenção da saúde, melhorando assim a qualidade de vida da
população e em especial dos idosos.
A busca da integralidade da assistência e a criação de vínculos do
compromisso e responsabilidade compartilhados entre os serviços de saúde e
a população podem ser efetivas com o PSF (Programa de saúde da Família)
(Souza 1999).
9
O treinamento associativo de todos os atores participante do espetáculo
onde a população precisa fazer parte integrante, e não mero espectador,
trabalhando de forma atuante, integrando e aplicando técnicas, e recurso
orientados e oferecidos por cada profissional e equipe de atuação. É desta
forma que precisamos ver as políticas públicas de saúde onde estão inseridos
os programas de saúde do idoso. Favorecendo um processo de
envelhecimento saudável e feliz.
É necessário que se tenha consciência das novas políticas de saúde e
se tenha com o objetivo ação de forma integrada e não dissociadas entre todos
os profissionais da área da saúde levando o favorecimento possível para
melhor, qualidade de vida é preciso ver o indivíduo de forma integral e não
fragmentada muito menos visto como um corpo em sofrimento.
Este trabalho aborda a importância das atividades psicomotoras para
amenizar as alterações causadas pelo processo de senilidade que o individuo
tende a caminhar. É com esse pensamento que se verifica a grande
necessidade de amenizar as alterações do envelhecimento, proporcionando
uma melhora na qualidade deste envelhecer, processo que inicia com o
nascimento e acaba com a morte.
Diversas são as literaturas que falam do processo temporal de
desenvolvimento do ser humano bem como sua capacidade motora, física e
psíquica. Em nosso estudo não nos fixaremos em estudar esta fase de
desenvolvimento inicial, visto que pode ser obtido em diversas fontes de
referências, citaremos as diversas alterações decorrentes do processo do
envelhecer, que primeiramente abordaremos as divisões e classificações
etárias.
O envelhecimento não é a velhice, e sim depende de como encaramos
o processo da idade e de que forma trabalhamos ao longo da nossa vida para
chegar nesse processo com qualidade. É necessário admitirmos que o
processo de envelhecimento seja um processo natural e fisiológico e não
encará-lo com amargura. É altamente produtivo aceitarmos este processo
como uma passagem natural do tempo e preparar para um envelhecimento
feliz.
10
No primeiro capítulo faremos uma abordagem das alterações fisiologias,
cognitivas, psicossociais e antropométricos causados pelo processo
ontogenético. E abordaremos o efeito da atividade física no processo de
envelhecimento. No segundo capítulo veremos que a doença de Alzheimer é
uma doença que apresenta características genéticas, evolutiva onde ocorre
degeneração das células neuronais de forma evolutiva apresentando perda das
características cognitivas, memorização, reconhecimento espaço-temporal,
esquema corporal, e as alterações motoras bem como as independências
funcionais para as atividades de vida diária.
No terceiro capítulo serão abordadas as condutas de tratamento para os
portadores de Alzheimer em uma visão multidisciplinar, onde cada integrante
desta equipe possui uma função preponderante para o tratamento das
alterações que irão surgindo, onde daremos o enfoque a psicomotricidade além
de apoio aos cuidadores, onde de certa forma são essenciais para o processo
diário. Será elaborado um programa de conduta de atendimento psicomotor.
No quarto capítulo veremos que a psicomotricidade como parte
integrante da equipe multidisciplinar deverá estabelecer a inter-relação do
desenvolvimento nos transtornos da integração somato-psíquica. Com o
objetivo proporcionar ao indivíduo através do seu corpo em movimento uma
relação do seu mundo interno e externo, onde este corpo é a origem das
aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Proporcionar um movimento
organizado e integrado, como resultante de sua individualidade, sua linguagem
e sua socialização. Desenvolveremos atividades psicomotoras como condutas
de tratamento e de atividades de vida diária.
Considerando estes aspectos, esta pesquisa visa, através de revisão
bibliográfica de diversos autores, analisar as alterações desenvolvidas no
decorrer do ciclo da vida, deixando características em relação à diminuição dos
aspectos motores, postura equilíbrio, as atividades de vida diária, bem como os
fatores sociais e emocionais.
11
CAPÍTULO I
ASPECTOS BIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
1.1 - Características Iniciais
Envelhecer não significa fim do mundo, dos sonhos e das expectativas,
significa viver, viver é mover e dar alegria, esperança e harmonia a processo
da senilidade. O envelhecimento é um processo contínuo e inevitável, onde
forma apenas mais uma das etapas da vida que deverá ser vivida com
objetivos e prazeres. As alterações que apresentam com a idade deverão ser
combatidas com medidas de reabilitação ativas e preventivas e a fisioterapia
em conjunto com a psicomotricidade apresenta esta proposta.
Todo idoso tem seus aspectos de valorização de experiências próprias é
neste aspecto da valorização do idoso que se desenvolvem diversas pesquisas
e propostas de trabalho para a promoção da saúde. É neste âmbito da
integração que o idoso tem a capacidade de desenvolver suas capacidades,
motoras, físicas, psíquicas e emocionais além de uma grande socialização.
Deste modo torna-se compreensível a importância de todos os profissionais
das áreas de saúde de forma integrada proporcionando para estes uma melhor
qualidade de vida, neste momento onde as perdas muitas vezes são
inevitáveis.
A geriatria e a gerontologia são ramos da medicina onde o foco, é o
estudo, a prevenção e o tratamento de doenças e das incapacidades bem
como as alterações que surgem com o avançar da idade. O século XX foi para
os avanços da medicina em busca de condutas e procedimentos que
favoreçam o tratamento do idoso modificando assim o perfil da morbidade,
além de observar um aumento no somatório de conhecimentos nesta área de
atuação da medicina.
12
Para Schüller Perez (1994) o envelhecimento é um quadro específico do
processo fisiológico e natural do ser humano, vem de forma lenta, progressiva
e inevitável, caracterizado pela diminuição da atividade fisiológica e adaptação
ao meio externo acumulando-se processos patológicos com o passar dos anos.
As causas do envelhecimento podem ser individuais (como genética, estilo de
vida, tabagismo, álcool, doenças crônicas, sedentarismo ou dietas
inadequadas) ou ambientais (exposição de agentes químicos, físicos e
biológicos). Além deste envelhecimento fisiológico observa-se também na
atualidade o aumento das degenerações do sistema nervoso como a doença
de Alzheimer onde pretendemos aprofundar nossa pesquisa.
A teoria da retrogênese, citada nos estudos de Victor da Fonseca é a
teoria onde aborda as mudanças do desenvolvimento neuropsicomotor, ele faz
um estudo dentro do desenvolvimento filogenético e a evolução das espécies
bem como o processo do envelhecimento, onde ocorrem mudanças nas
habilidades e capacidades de forma inversa ao processo de desenvolvimento
natural da espécie, onde o indivíduo de forma progressiva acaba retornando
aos estágios menos evoluídos deste processo, por mudanças degenerativas e
do próprio processo de envelhecimento que observamos também na doença de
Alzheimer.
1.2- Classificação Etária
O envelhecimento cronológico deve ser diferente do envelhecimento
funcional, trata-se de uma questão não meramente temporal mais sim
funcional, psíquica e social. A maneira pela quais as pessoas passam e
encaram as características e as mudanças do envelhecimento ao longo da vida
e que as classifica como velhas. “A velhice não deve ser vista como a espera
da morte ou fim dos projetos e da expectativa”. (Cacilda Velasco 2006)
13
A classificação etária está dividida em 1ª idade do nascimento até os 28
anos, 2ª idade dos 29 aos 56 anos, 3ª idade 57 aos 84 anos e velhice acima de
85 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o envelhecimento
cronológico se dá a partir dos 60 anos. Contudo, os indivíduos envelhecem ao
longo do seu desenvolvimento e não a partir dos 60 ou 65 anos. O
envelhecimento é um processo contínuo, complexo, multifatorial e individual.
1.3 – Ciência do Envelhecimento
A ciência que estuda o envelhecimento é denominada de geriatria e
gerontologia, que em conjunto atuam sobre múltiplos aspectos do fenômeno do
envelhecimento e suas complicações.
A gerontologia aborda os aspectos que podem ser não orgânicos e
orgânicos. Os aspectos não orgânicos englobam todo o contexto que vai da
adaptação social, familiar, econômico, legais, psicológicos éticos e político, já
as mudanças orgânicas representa, as alterações físicas, clínicas,
psicoemocionais estudado por diversos profissionais, médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc.
Esses diversos profissionais deverão trabalhar de forma harmônica
buscando a melhor qualidade para este processo.
1.4 – Teorias do desenvolvimento das alterações celulares e
estruturais do envelhecimento
Vários pesquisadores definem envelhecimento como o que acontece
com o organismo com o passar do tempo, várias mudanças ocorrem ao longo
do tempo durante todo o processo de envelhecimento, algumas destas
mudanças são bastante evidentes e contrapartida outras sem grandes
alterações, mas é necessário lembrar que o envelhecimento apresenta
características universais, independentemente de terem ou não efeito deletério
14
sobre a vitalidade. O termo senescencia surge então para descrever as
mudanças que ocorrem num organismo, relacionado com a idade.
Existem diversos fatores que determinam a qualidades deste
envelhecimento como: a genética (esta sim não podemos modificar é pré-
determinado), estilo de vida é dependente diretamente pelo o que o indivíduo
cultiva ao longo da vida como controle alimentar, usa de tabaco e drogas e
álcool, exposição de agentes externos como irradiação, altas temperaturas
substância químicas e tóxicas, etc.; e realização de exercícios físicos e
avaliações periódicas. Diversas teorias abordam as alterações celulares e
estruturas que determinam o envelhecimento. Iremos bordar algumas destas
teorias e algumas das alterações já estudadas e definidas por diversos
pesquisadores. Estas alterações determinantes destes processos ocorrem por
fatores intrínsecos e por fatores extrínsecos.
1.4.1 - Fatores Intrínsecos
A teoria genética acredita que todos os indivíduos são programados
geneticamente o seu tempo de vida é como se houve um sistema já
programado para este processo, isto é o cronômetro que inicia a sua contagem
no momento do nascimento e de acordo com a genética familiar a
predisposição genética familiar facilita a vida por períodos mais longos, em
contrapartida existem outras características de raça onde esta etapa já não é
tão longa assim, segundo Pearl a teoria da “velocidade da vida” é que o nosso
organismo é formado por um conjunto de reações metabólicas e determina que
a longevidade seja inversamente proporcional à taxa metabólica, determina a
oxidação de componentes bioquímicos, responsáveis pelo aumento da lesão
interna das células e tecidos que resultam num aumento do desequilíbrio
interno e por fim a morte.
Existem pesquisas que mostram que o nosso corpo existe uma
capacidade limitada de sofrer divisões celulares (mitose celular), também
programadas geneticamente e que varia com a longevidade da espécie.
15
Atualmente com as pesquisas do genoma humana, tentam-se mapear
os genes determinantes das doenças orgânicas como as neoplasias e
hipertensão arterial, etc., porém, a investigação da gerontogenese tem
permitido identificar genes responsáveis pelo desenvolvimento de doenças
associadas à idade, mas não genes específicos do fenômeno de
envelhecimento como acontece em organismos mais simples.
Verifica-se que ao longo de toda a nossa vida a maior parte das células
do nosso corpo sofre processos de renovação celular a duplicação celular,
contudo falhas neste processo podem ocorrer e cabe ao nosso sistema
imunológico, entretanto essas células poderão sofrer um processo de mutação
e diferenciação celular a partir da replicação do DNA (onde carreia as
informações e o código genético) e quanto menor são os erros ocorridos nesta
replicação ou da capacidade das enzimas reparadoras do DNA de reconhecer
tais modificações, menor serão as mudanças provocadas e este acúmulo das
mutações impossibilita de manter a fidelidade do material genético, a célula
começa a evidenciar características do envelhecimento. (Johnson, 1993)
Como os hormônios produzidos pelas glândulas são essenciais para
manutenção da homeostasia, na teoria neuro-endócrina, Finch acredita que o
nível do envelhecimento é determinado pelo decréscimo dos níveis hormonais
do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal que controlam o sistema reprodutor, o
metabolismo e outros aspectos fundamentais do organismo. Como podemos
evidenciar que a baixa de o estrogênio quando a mulher entra na menopausa
não irá afetar apenas a capacidade reprodutora feminina, mas atingem também
outras funções como incontinência urinária, a absorção de nutrientes, o
metabolismo ósseo e mineral proporcionando osteoporose, mudanças na
pressão sanguíneas e a função cardiovascular, a memória e a cognição,
progredindo assim para as doenças degenerativas relacionadas coma idade.
A teoria imunológica aborda as alterações imunológicas associadas à
idade, ocorrendo um declínio em aspectos da proteção imunológica devido
menor produção de anticorpos, diminuição desta forma a resposta das células
T e a resistência às infecções proporcionando o surgimento de novas doença.
16
Já a teoria dos Radicais Livres, mostra que em função de reações
químicas que ocorrem em todo processo de digestão de alimento produção de
energia para as células são produzidas as toxinas formando os radicais que
favorecem ao mal funcionamento celular e conseqüente morte celular, As
células nervosas são alvos destes radicais livres, uma vez que estas células
não se reproduzem, o número delas acaba reduzindo e concomitantemente as
conexões sinápticas, por isso hoje nova condutas médicas como as utilizadas
pelos médicos ortomolecular e gerontologistas indicam a utilização de
vitaminas como a E para eliminação ou amenizar a quantidade de radicais
livres e conseqüentemente as alterações causadas pelos mesmos.
1.4.2 - Fatores Extrínsecos Cristofalo (1994), sugere que o acúmulo progressivo das lesões
proporciona um declínio fisiológico progressivo, que determinará o fenômeno
de envelhecimento. É importante que o idoso se torne o mais ativo e
independente possível. Idoso parado é sinônimo de debilidade e
conseqüentemente de doença e morte. É necessário que as intervenções
sejam a nível primário da saúde, mantendo este idoso saudável.
Os fatores extrínsecos são bastante amplos que podem ser
subdivididos alterações causadas por agentes físicos, químicos e biológicos.
1.4.2.1- Agentes Físicos:
Radiações (os indivíduos que se tornaram expostos a algum tipo de
irradiação se tornam mais susceptíveis a desenvolverem doenças neoplásicas,
que favorecem o desenvolvimento de doenças, mas não do envelhecimento).
Altitudes (a hipóxia em altitudes favorecem o desenvolvimento de doenças
cardíacas e doenças vasculares cerebrais, favorecendo o surgimento de
doenças e não envelhecimento), temperaturas elevadas podem levar
desidratação, hipertemia, etc. Poluição (a contaminação por monóxido de
17
carbono predispõe o indivíduo a desenvolver doenças cardiopulmonares e
levam o alto índice de mortalidade).
1.4.2.2- Agentes Químicos
Substâncias químicas que estão presentes no ambiente podendo ser
vapores, gases e líquidos que em contato com o corpo seja por via oral, por
contato de pele ou tecido, por inalação podem proporcionar o surgimento de
doenças podendo ser letais, proporcionando incapacidades físicas temporárias
e permanentes.
Essas substâncias químicas podem ser explosivos, líquidos inflamáveis ou não,
como por exemplos solventes, gases como monóxido de carbono, resíduos
industriais, etc.
1.4.2.3- Agentes Biológicos
Podem ser causado por qualquer organismo vivo que altere o equilíbrio
celular e orgânico presentes no ambiente como microorganismos (vírus,
bactéria, fungos etc. vermes parasitas, animais peçonhentos, répteis venenos,
animais marinhos veneno.
1.4.2.4 - Alimentação
As características qualitativas dos alimentos são fatores pré-
determinantes ao desenvolvimento de doenças crônicas com: cardiopatias,
diabetes, obesidade, hipertensão arterial, etc. Portanto um controle alimentar é
fundamental para aumento da sobrevida do indivíduo.
18
1.5 - Principais alterações anatômicas apresentadas com o processo de envelhecimento.
Com a idade ocorrem alterações antropométricas com alterações de
peso, estatura e massa corporal. Apesar de alto componente genético nos
fatores determinantes de alterações de peso, estatura dos indivíduos, fatores
como dieta, atividade física, doenças também influenciam para as alterações.
A diminuição da estatura devido à compressão vertebral e a desidratação
dos discos intervertebrais, além de alterações posturais com aumento da cifose
torácica e aumento ainda de alterações metabólicas como redução da
densidade óssea que determina o aparecimento de micro-fraturas de corpo
vertebral levando acunhamento vertebral e conseqüentemente perda da
estatura.
Já a perda de peso é um fator multifatorial que envolve mudanças hormonais,
uso de medicamentos, depressão, estresse, alterações da dentição, doenças
gastrointestinais, alcoolismo, etc. com as mudanças de peso o índice de massa
corporal também modifica. Observa-se que indíviduos com índice de massa
corporal alta aos 50 anos possui maior incidência a morbidade da mesma
forma que indivíduos com massa corporal baixa após os 60 anos.
Em relação à pele, com a idade a elastina modifica a sua estrutura
molecular perdendo a elasticidade do tecido ocorre à diminuição da espessura
da pele e aparecem às rugas, a pele torna-se seca, áspera e pálida.
Os sinais neurológicos do envelhecimento ocorrem diminuição de
ramificações e conexões sinápticas, diminuição dos reflexos da sensibilidade e
da percepção corporal, diminuição da capacidade intelectual, alterações de
atenção e memória, além de sinais neuroftálmicos, perda auditiva de forma
progressiva, diminuição dos sentidos do olfato em menor extensão do paladar,
bem como velocidade e redução da atividade motora, tempo de reação
retardado, prejuízo da coordenação fina e agilidade, força muscular reduzida,
adelgaçamento dos músculos, além de atrofia cerebral que é acompanhada de
perda de peso e volume os sulcos cerebrais se tornam mais evidentes,
aumento dos ventrículos e redução do volume cortical e substância branca,
aparecimentos de placas senis surgem regiões com placas claras que
determinam processo de degenerativos e por fim morte neuronais.
19
Dentro das alterações do sistema músculo esquelético, podemos citar
diminuição do tônus muscular, com redução das áreas de secção transversa
dos músculos, diminuição da mobilidade articular, e redução da flexibilidade
muscular.
Já os aspectos das funções viscerais, o idoso apresenta volume do
coração aumentado, freqüência cardíaca diminuída, diminuição do volume e
débito cardíaco, redução do volume pulmonar e, portanto capacidade de
expansibilidade pulmonar.
1.6 - Aspectos do envelhecimento – social, psíquico e
emocional.
Dentro dos aspectos sociais observa-se muito o isolamento do idoso, por
vezes os familiares retiram tarefas antes executadas pelos patriarcas, como
mecanismos de proteção para reduzir sobrecargas, mas torna com que o
indivíduo se sinta cada vez mais incapaz, é como alguém que passa a dar
trabalho para o quadro familiar e não mais um colaborador das atividades
diárias. Neste sentido é fundamental que o idoso se sinta ativo e participante
da rotina diária, mantendo desta forma um ser integrante do contexto familiar evitando desta forma quadros de depressão.
Naturalmente o entusiasmo e a motivação tendem a diminuir, é preciso
criar estímulos bem maiores para fazê-lo empreender uma nova ação, para
lutar contra fatores internos e externos que ameaçam a vida. Por isso, os
benefícios ao idoso, ocasionado através da prática regular de exercícios físicos
e das atividades psicomotoras, transcendem os aspectos fisiológicos e
contemplam o ser humano em sua globalidade, atendendo também suas
necessidades sociais e psicológicas.
Com o envelhecimento observa-se além dos fatores citados a redução
do tempo de reação ou velocidade de processamento de informações declinam
lentamente ao logo da vida, reduzindo a capacidade cognitiva como redução da
aprendizagem e processo de memorização fato este bastante presente nos
indivíduos que apresentam a doença de Alzheimer, onde abordaremos no
20
próximo capítulo. As alterações cognitivas que surgem estão relacionadas com
o declínio de três recursos fundamentais do processo cognitivo: a velocidade a
que a informação pode ser processada, a memória de trabalho e as
capacidade sensorial e perceptual.
Dentro das características da personalidade a transição para idoso é
acompanhada por modificação importante ao nível da afetividade e do caráter,
acentuando alterações já existentes intensificando os traços. No idoso passa a
ser comum as argumentações repetitivas, o indivíduo se torna opiniástico, auto-
centradas e rígidas e muitas vezes conservadoras no seu pensamento.
1.7 – Efeitos do envelhecimento sobre as alterações cognitivas
Dentro das alterações comuns e visíveis no processo de envelhecimento
é a redução da capacidade de memorização, de adquirir e reter novas
informações, como a capacidade de lembrar nomes, mesmo que sejam de
pessoas muito próximas, no Alzheimer é comum esquecer o nome do próprio
cuidador. As alterações do esquecimento senescente benigno, que é presente
em graus diferenciados nos idosos, pode muitas vezes dificultar se esta perda
é pelo processo de envelhecimento ou característica inicial do processo de
Alzheimer.
1.8 – Prevenção de doenças nos idosos
São vários fatores que devem ser observados como condutas
preventivas podem citar:
Corrigir os hábitos deletérios (alimentações não balanceadas, inatividade
física, tabagismo, obesidade, uso de drogas);
Fazer diagnósticos e tratamentos adequados a doenças;
Usar medicamentos de forma racional sem abusos e evitar auto-
medicação;
Equilibrar os ambientes emocionais;
21
Ampliar a rede de suporte emocional;
Não deixar que o idoso crie expectativas frustrantes;
Adequar o ambiente doméstico, diminuindo os riscos de acidentes;
Educar os cuidadores de idosos e reconhecer e sinalizar a problemática;
1.9 - Atividade Física na Terceira Idade
A velhice pode ser vista como o apogeu de uma vida ou como a
decadência de um indivíduo. O ser humano não deve ser visto como um
produto onde seu prazo de validade está se esgotando e sim como um
indivíduo que apresenta suas limitações, porém com grande capacidade de
experiência e maturidade par discernir entre as melhores atitudes a serem
tomadas.
A atividade física é importante para melhorar as condições
cardiovasculares, musculoesqueléticas, além de favorecer o processo de
socialização e mantendo o indivíduo ativo por maior tempo possível afastando
assim as condições patológicas ou com que o mesmo conviva de foram mais
harmoniosa com estas condições. A atividade física com exercícios bem
planejados e orientados de acordo com cada condição do indivíduo é
responsável pelas maiores e melhores qualidades de vida. Várias pesquisas
têm demonstrado que atividade física seja ela qual for, quando bem orientada
trará benefícios.
1.10 – Favorecimento dos Exercícios Físicos
Os exercícios físicos favorecem:
Manutenção da massa magra, isto é músculos, torna o idoso mais apto a
manter as condições de carregar objetos, subir e descer escadas, sentar e
levantar-se de diferentes alturas, etc.
22
Manutenção do metabolismo basal alto, evitando a obesidade.
Prevenção de doenças crônicas e degenerativas tipo a hipertensão arterial,
cardiopatias, doenças metabólicas como osteoporose, etc.
Desenvolve a auto-estima aumentando a vaidade e vontade de viver,
fortalecimento o sistema imunológico.
Melhorando a capacidade cardiopulmonar
Fortalece os músculos e mantém a mobilidade articular.
Melhora da auto-estima
Redução de insônia
Segundo Casagrande (2006) a manutenção da correlação atividade física,
estilo de vida e qualidade de vida são fatores inseparáveis para o processo do
envelhecer. Sem atividade física seja qual forma, melhora do estilo de vida seja
com exercícios controle alimentar, não permitirá que o indivíduo mantenha a
sua qualidade de vida e qualidade deste envelhecer.
Uma rotina de atividades leves e coletivas torna o indivíduo mais sociável e
prestativo é importante mantê-lo consciente enquanto cidadãos. A construção
de uma boa velhice vai se dando ao logo da vida. Uma velhice tranqüila é o
somatório de tudo quanto benefício o organismo obteve ao longo do processo
de vida “o corpo é a dimensão concreta de nossa existência, e quando ele
muda, muda também nossa dimensão interna, a maneira como relacionamos
com o mundo” (Silene Okuma, Londrina 2006 – por Casagrande 2006).
23
CAPÍTULO II
Mal de Alzheimer
2.1 - Características Gerais
Na medida em que a população envelhece as doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) também aumentam significativamente nos idosos.
Dentro das DCNT, destaca-se a demência, que é uma síndrome de se
caracteriza por um declínio gradual nas funções cognitivas, mudanças na
personalidade e deteriorização nas atividades da vida diária da pessoa
acometida. As demências são identificadas como progressivas e
degenerativas, repercutindo na situação de dependência e perda de autonomia
do idoso (Pavarini 2008). Da mesma forma que surge a demência também se
observa o aumento dos diagnósticos da doença de Alzheimer.
O Mal de Alzheimer ou doença de Alzheimer foi descrita pela primeira
vez, em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer é uma doença
neuropsiquiátrica degenerativa, progressiva atualmente incurável, mas que
possui tratamento, que permite melhorar a qualidade de vida a saúde e retardar
a perda das capacidades conectivas, tratando os sintomas e controlar as
alterações de comportamento e proporcionar conforto.
No mundo o número de portadores é cerca de 25 milhões, com cerca de
aproximadamente um milhão de casos no Brasil (estes diagnosticados
corretamente, sem contar com os casos de demência e esclerose que são
diagnosticados erroneamente).
È uma patologia que afeta a substância cerebral e caracterizada por
morte neuronal e perda das funções cognitivas, bem como distúrbios afetivos e
comportamentais e causados por alterações da memória e comportamento.
Já Cotran et al (1991) a doença de Alzheimer (Doença degenerativa do córtex
cerebral) é uma anomalia que geralmente se manifesta clinicamente sob a
forma de comprometimento das funções intelectuais mais elevadas e através
de distúrbios do afeto. Enquanto Bear et al (2002) afirmam “que a doença de
24
Alzheimer caracteriza-se pela desestruturação do citoesqueleto dos neurônios
do córtex cerebral.
A doença de Alzheimer vai evoluindo com comprometimentos físicos,
cognitivos e psicossociais de forma evolutiva, bem como na terceira idade. Os
efeitos do envelhecimento na aptidão física e a capacidade funcional (Parahyba
ET AL. 2005; McGUIRE ET AL, 2007) têm sido bastante exploradas nas
literaturas científicas. Um dos efeitos do processo de envelhecimento no ser
humano é a diminuição da atividade física. Os efeitos benéficos da prática
regular da atividade física no mesmo processo têm sido amplamente estudados
(MATSUDO et al., 2000; NELSON et al., 2007).
2.2 – Causa A causa é desconhecida sabe-se que está relacionada com o acúmulo
de proteína a beta-amilóide.
2.3 – Sintomas Cada paciente poderá ter modificações em relação à característica do
desenvolvimento da doença, porém existem características que são comuns a
eles. Primeiramente os idosos relatam perda da memória que podem ser
confundidos com problemas da senilidade ou problemas de estresse,
aparecem esquecimentos de forma progressiva irritabilidades e apresentam
episódios se agressividade, falhas no humor com oscilações do temperamento,
falhas na linguagem, perda de memória em longo prazo perda do raciocínio e
da capacidade cognitiva limitação do sistema musculoesquelético e
desligamento da realidade.
25
2.4 - Evolução da Doença
Acredita-se que não exista um fator específico causador da doença de
Alzheimer, como fatores hereditários e genéticos, e sim que seja um conjunto
de fatores predisponentes para o desenvolvimento da patologia, contudo a
doença é um quadro idade-dependente, isto é, ela surge com o avançar da
idade. Acredita-se que em nível da escolaridade também seja um fator
indicativo, pois quanto maior o nível de formação e desenvolvimento da
capacidade intelectual e quanto maior as atividades cognitivas menores são as
probabilidades do desenvolvimento da patologia, uma vez que a própria
plasticidade neuronal favorece a capacidade e a manutenção das condições
neuronais e a formação de novas sinapses.
É de fundamental importância diagnosticar a doença de forma correta e
não como outras patologias demências como, por exemplo, a depressão.
Embora a patologia não tenha cura o diagnóstico de forma correta e precisa
deverá ser feito para iniciar o tratamento medicamento de forma precoce, não
permitindo a evolução de forma acelerada.
2.4.1 – Primeira fase ou fase inicial
O início é lento e surgem primeiramente com episódios de esquecimento
que podem não ser valorizados pelo indivíduo ou pela família (perda da
memória de curto prazo), os indivíduos de bom nível intelectual acabam por se
adaptarem e criarem mecanismos para burlar as dificuldades principalmente
como a memória, utilizando alguns arsenais para estes episódios, como utilizar
cadernos de anotações. Pode apresentar também perda da memória espacial e
temporal como aonde o indivíduo estacionou o carro.
26
Os episódios de esquecimento esporádicos podem acontecer
principalmente quando o indivíduo realiza uma determinada tarefa sem
manutenção da sua atenção, ao realizar duas ou três atividades ao mesmo
tempo. Apresenta também dificuldade semântica, além do esquecimento de
palavras para formação de sentenças e perda da flexibilidade no pensamento
principalmente em situações abstratas.
A doença de Alzheimer na maioria das vezes intensifica
comportamentos prévios do indivíduo, podendo se tornar mais agressivos ou
apáticos e inexpressivos. Podem surgir também alterações do sono.
2.4.2 – Segunda fase ou fase intermediária Esta fase perdura por um período maior que a fase inicial, onde os
processos degenerativos e a morte neuronal se tornam presentes.
Inicia a dificuldade de operacionalizar determinados comportamentos que eram
comuns. Iniciam as apraxias que é a dificuldade de coordenação dos
movimentos que podem ser dos mais simples aos mais complexos, as
agnosias que é a dificuldade de percepção pelos órgãos sensoriais como tato
visão, audição, exemplo reconhecimentos de objetos, sons, faces (reconhecer
pessoas, mesmo as presentes no dia-a-dia).
Presença de afasia passa também a ser constante como: limitações da
fala redução do vocabulário, da escrita e de concatenar a fala com a escrita,
etc.
Nesta fase iniciam as alterações do sistema musculoesquelético como
redução do tônus diminuição da força muscular, comprometendo as amplitudes
articulares, instalando as posturas adaptativas, apresentando limitações
também na marcha, no equilíbrio e consequentemente na postura.
O indivíduo começa a ter limitações de atividades básicas como higiene
pessoal apresentando característica de desleixado.
Também se observa os ataques de humor, podem vir associados de surtos
psicóticos.
27
Apresenta também grande perda de orientação espacial e temporal, sem
ter noção de idade anos e fatos acontecido, isto é morte de pai e mãe,
apresenta episódios como pro exemplo o pai estar chamando (apesar de este
já ter falecido por vários anos).
2.4.3 - Terceira fase ou fase final ou terminal
Nesta última fase o indivíduo já se encontra completamente dependente
dos familiares, a linguagem aparece de forma bastante resumida, com
dificuldade de expressão. Mas leses podem responder e percebe-se o
entendimento pelas expressões emocionais.
Grande limitação motora, nesta fase já tende estar acamada,
necessitando de ajuda para atividade mais básica como levar comida a boca. A
agressividade e irritabilidade podem ainda assim estar presente.
Nesta etapa começam a surgir outras patologias em função do indivíduo
estar mais acamado, principalmente afecções respiratórias, que são estas que
muitas vezes trazem novas complicações levando o indivíduo a óbito.
Apresentam também quadro associados de incontinência urinária e fecal.
2.5 – Histopatologia Richard (1991) observou, utilizando análise histológica, que durante o
processo de envelhecimento pode estar ocorrendo diversas alterações, as mais
importantes são a diminuição de células, alterações dendríticas, placas senis, e
emaranhados neurofibrilares, apresenta neurônios anormais, degeneração
neurofibrilar, degeneração granulo-vacuolar e acúmulo de lipofucsina. Estas
lesões predominam no córtex pré - frontal e parieto-temporal, núcleo ceruleus,
substância negra. Ocorre uma redução progressiva do consumo de oxigênio e
de glicose, diminuindo as funções cognitivas, decorrentes dos diversos circuitos
cerebrais semelhante ao processo que ocorre na doença de Alzheimer.
28
Apresenta placas de esclerose espalhadas pelo córtex cerebral, que
demonstram os locais de lesões neurológicas permanentes, onde ocorrem a
morte neuronal.
2.6 – Fisiopatologia Segundo pesquisas a doença inicia no tronco encefálico em um local
denominado de núcleo dorsal da rafe e não no córtex que é centro de
processamento de informações e armazenamento de memória.
Caracteriza-se por perda progressiva da memória, apresenta atrofia
generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo,
mas também em regiões parieto-occipitais e frontais.
O quadro de sinais e sintomas está relacionado com a perda de
neurotransmissores e das transmissões sinápticas.
2.7 – Prevenção Não existem grandes comprovações que o controle alimentar ou
inclusão de algumas vitaminas podem impedir o desenvolvimento do mal de
Alzheimer, porém estudos mostram que ler escrever, disputar jogos de
tabuleiros, completarem palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais ou
socialização regular também podem atrasar o início ou a gravidade da doença.
È importante manter as capacidades cognitivas realizar e manter atividades
para manter a independência funcional.
2.8 – Tratamento O tratamento visa amenizar os sintomas, proteger o sistema nervoso e
retardar o máximo possível à evolução da doença. O inibidor da
acetilcolinesterase é a principal droga hoje licenciada para o tratamento, que
atua inibindo a enzima responsável pela degradação da acetilcolina que é
produzida e liberada por algumas áreas do cérebro.
29
Segundo Forlenza o tratamento da doença de Alzheimer se dará em
quatro níveis: 1º terapêutica específica, que tem como objetivo reverter o
processo patofisiológico que conduzem a morte cerebral, 2º abordagem
profilática, visa retardar o início da demência ou prevenir o declínio cognitivo
adicional, uma vez iniciado o processo, 3º tratamento sintomático, que visa
restaurar mesmo que parcial ou temporário as capacidades cognitivas, as
habilidade funcionais e o comportamento, 4º a terapêutica complementar que
visa o tratamento das manifestações não cognitivas como: distúrbios do osso,
agressividade, etc.
Antiinflamatórios podem servir como proteção contra demência em
usuários crônicos. Em 2008 um estudo conseguiu desenvolver um meio de
reverter alguns sintomas com uma injeção de etanercepte na medula espinal,
atuou inibindo o fator de necrose tumoral alfa, resultando em melhores
cognitivas e comportamentais.
Além do tratamento médico, é necessário apoio de uma equipe
multidisciplinar, onde cada profissional poderá de forma integrada e dentro das
suas áreas de atuação proporcionar uma conduta mais completa de tratamento
para o idoso e os portados da doença de Alzheimer.
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CAPÍTULO III EQUIPE MULTIDICIPLINAR NA DOENÇA DE
ALZHEIMER E NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
3.1 - Funções de uma equipe multidisciplinar na doença de Alzheimer
É de fundamental importância a integração de vários profissionais da
saúde ou não como profissionais capacitados ao tratamento e apoio aos idosos
e aos portadores da doença de Alzheimer. Cada profissional como suas
habilidades específicas e suas áreas de atuação proporcionando o suporte e a
integração necessária.
Faz-se um resumo destes profissionais atuantes e sua importância.
3.1.1 – Médico Os médicos responsáveis pelo processo saúde e doença a atenção
tratamento a este paciente são neurologias, e geriatrias. Apresentam uma
formação variável com objetivo de orientação e prescrição de terapia
medicamentosa e controle e tratamento na evolução da doença.
3.1.2 - Enfermeiro O profissional enfermeiro trabalhará com aspecto de desenvolvimento da
promoção da saúde avaliação da assistência e sistematização do cuidar
visando orientações a familiar e cuidadores além de abordagem de interações
medicamentosas.
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3.1.3 - Fonoaudiólogo As alterações fonoaudiológicas incluem amplo espectro de distúrbios de
comunicação e deglutição que contribuem para a perda da funcionalidade e
independência dos idosos. Entre elas a disfagia é um sintoma freqüente e traz
riscos de desnutrição e pneumonia aspirativa. O objetivo do profissional
fonoaudiólogo é trabalhar as alterações causadas no processo de deglutição,
alimentação, audição, além de trabalhar os aspectos da motricidade da fala e
os aspectos cognitivos.
3.1.4 - Nutricionista Os idosos e os portadores de Alzheimer apresentam uma perda
importante de peso corporal, por diversos fatores, desde dificuldade de um
programa ideal do cuidador em elaborar os alimentos até fator dom a própria
distração a lentidão no processo de alimentação. Comprometendo hábitos
alimentares adequados. Tudo isso pode fazer com que o desequilíbrio
nutricional acarreta perda de peso de déficit nutricional. Este profissional visa
junto com os cuidadores e familiares elaborar um programa de alimentação
favorecendo o ganho ou manutenção do peso corporal.
3.1.5 - Assistente Social
O assistente social auxilia no processo de orientação familiar, adaptação
do contexto domiciliar, social, realizando apoio, visitas a residência,
encaminhamento de profissionais, etc.
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3.1.6 – Psicólogos O psicólogo irá trabalhar as alterações dos problemas psicoemocionais,
mentais e de personalidade, analisando os diversos tipos de comportamentos
com objetivo de ajudar cada um na busca do autoconhecimento. Prevenindo e
tratando os problemas presentes ou os que poderão aparecer como processo
do envelhecimento, dando um suporte ao idoso e a família, buscando o
equilíbrio por meio da segurança emocional, confiança em suas possibilidades.
3.1.7 – Psicomotricista É o profissional da área de saúde e educação que pesquisa, avalia,
previne e trata do Homem na aquisição, no desenvolvimento e nos transtornos
da integração somato-psíquica, que busca proporcionar ao indivíduo um
ambiente emocional e físico mais adequado e favorável possível. A meta
principal é fazer com que o paciente se sinta capaz, de modo que continue a
tentar para realizar as atividades por si só e fazer de forma segura, através de
atividades e exercícios.
3.1.8 - Cuidadores e familiares Visa ajudar a família a lidar melhor com a sobrecarga emocional e
ocupacional. È importante orientar a família sobre a doença e sua evolução,
dar recursos para favorecer as atividades do dia a dia.
3.1.9 – Fisioterapeuta O objetivo dos profissionais é proporcionar ao indivíduo a independência
funcional dele por um período maior possível, mantendo sua autonomia,
mantendo o indivíduo ativo e independente.
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A função do fisioterapeuta entra desde o período de organização
ergonômica e orientação familiar até o trabalho para manutenção das
estruturas musculoesqueléticas e cardiorespiratórias.
É importante proporcionar o retorno do indivíduo às suas condições
anteriores, isto é, das pré-incapacitantes permitindo recuperação de seu papel
dentro do contexto social. A reabilitação é o objetivo final da fisioterapia.
As técnicas e atividades serão utilizadas as mesmas que são realizadas
com os indivíduos na terceira idade, porém deve ser ter o cuidado de
observação das fases em que o indivíduo se encontra dentro da evolução da
patologia. Como a patologia é de caráter evolutivo, mesmo com o processo de
reabilitação, devido à perda das conexões sinápticas e a morte neuronal as
perdas vão se tornando mais evolutivas, e devemos evoluir o programa de
conduta terapêutica, respeitando a individualidade e as condições física,
cognitivas, sociais e emocionais da cada indivíduo.
Dentro das características citadas anteriormente, também podemos
observar diminuição da sensibilidade corporal, percepção espacial e temporal,
perda do equilíbrio e coordenação motora e perda de força muscular e
planejamento motor.
Durante as sessões deve-se observar a sincronia e a coordenação dos
movimentos para realização das atividades além de dar períodos de descanso,
para que não haja grande sobrecarga da capacidade pulmonar.
Todo o processo de tratamento deverá ser evolutivo e respeitando a
possibilidades do indivíduo e observando como o mesmo responde em relação
às condutas de tratamento.
Na reabilitação para terceira idade devemos lembrar que os ganhos são
bastantes evidentes e progressivos, fazendo com que com o passar das
sessões os benefícios se tornam ainda maiores, desta forma o indivíduo tenha
recuperado muitas vezes funções já perdidas. Na doença de Alzheimer é
necessário lembrarmos que é um quadro evolutivo e degenerativo, portanto
nem sempre com toda a conduta terapêutica teremos regressão do quadro,
mas proporcionaremos uma qualidade de processo de envelhecimento e
degenerativo.
34
3.1.9.1 - Objetivos da conduta fisioterapêutica
Diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da doença
Evitar e diminuir complicações provenientes da inatividade
Manter as capacidades funcionais do indivíduo
Manutenção da sua independência
Manter arco de movimento e força muscular
Evitar contraturas e retrações musculares
Orientação sobre posturas corretas
Trabalhar a capacidade respiratória
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CAPÍTULO IV
EXERCÍCIOS PSICOMOTORES PARA TERCEIRA IDADE E PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER
4.1 - Psicomotricidade A psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem
através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e
externo está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem
das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Apresenta como concepção um
movimento integrado e organizado, visando à individualidade e as experiências
vividas pelo sujeito.
Uma das propostas da psicomotricidade é o ser humano mais
humanizado mais equilibrado física e psiquicamente, integrado no seu contexto
psico-social. È necessário à busca da auto-estima e a valorização do idoso e
do portador da doença de Alzheimer. È através das atividades motoras,
cognitivas e sócio-afetivas buscamos esta integração.
È importante encorajar o idoso a redescobrir o seu próprio eu, seu
próprio espaço e seus sonhos e objetivos, pois eles ainda são existentes. A
psicomotricidade contribui para este processo de redescoberta, ao
encorajamento do idoso para que ele tenha dentro do seu contexto social o seu
espaço de transformação e criar novos comportamentos e reencontrar dentro
do seu meio familiar e social as condições que julguem necessárias para a sua
felicidade e produtividade. É comum o idoso perder a sua motivação por
perderem os seus objetivos, acreditando na inércia e o isolamento como a
única forma e inerente aos dias que os restam. È necessário realimentar suas
novas possibilidades as novas descobertas, aproveitar para realizar aqueles
sonhas que nunca saíram do desejo.
36
A educação psicomotora deve ter dupla função, preventiva e terapêutica.
A psicomotricidade é abrangente e pode contribuir de forma plena para com os
objetivos desejados. A harmonia do desenvolvimento com todos os seus
componentes são tão importantes para desenvolver a maturação no contato
com o mundo e experimentando as relações com o corpo e o mundo.
Os aspectos abordados e trabalhados dentro da psicomotricidade são:
equilíbrio corporal, tônus muscular, lateralidade, percepção espaço-temporal,
imagem Corporal, coordenação motora global e fina.
Iniciaremos a nossa conduta de aplicação psicomotora tomando estes
critérios da psicomotricidade e enfocaremos as condutas aplicadas também
aos portadores de Alzheimer.
4.2 - Conduta terapêutica utilizada na picomotricidade:
Exercícios de:
Alongamento
Exercícios de estimulação do esquema corporal e imagem corporal
Exercícios de atenção e concentração
Exercícios lateralidade
Exercícios orientação espacial
Exercícios orientação temporal
Coordenação motora fina e grossa
Exercícios de equilíbrio corporal
Caminhada
Dança
Toque
Relaxamento
Etc.
Serão abordados exercícios individualizados para cada atividade
psicomotora.
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4.2.1 – Equilíbrio corporal Todos os movimentos se apóiam num estado de tensão que no fundo é
o meio pelo qual se torna possível o equilíbrio mecânico indispensável para
que se tenha a coordenação entre os movimentos de vários segmentos
corporais, entre si e o todo. O equilíbrio é à base de sustentação do corpo, ele
é dependente da capacidade de manter a estabilidade contra as forças físicas
que atuam no nosso corpo, como a ação da gravidade. Para manutenção do
equilíbrio e da postura são necessárias as respostas neuromotoras eficientes, a
parte da visão e audição de forma íntegra e bom tônus muscular. Como estes
indivíduos apresentam como passar do tempo alterações em todas estas
respostas, acarreta desajustes na manutenção deste equilíbrio comprometendo
as habilidades corporais.
Para atividades de equilíbrio corporal, devemos lembrar que o trabalho
deverá sempre respeitas as etapas de desenvolvimento neuropsicomotor, isto
é da postura mais simples para as mais complexas, do equilíbrio de tronco, da
parte próxima para distal e sentido céfalo-caudal.
Iniciaremos trabalho em postura sentado, quatro apoios, ajoelhado, semi-
ajoelho e de pé.
4.2.1.1 – Sentado Em superfície rígida, iniciar movimentos lentos de cabeça, membros
superiores e posteriormente membros inferiores. Realizar todos de forma
individualizada e após de forma associada. Depois realizar os mesmos
exercícios sentados em superfícies mais instáveis como na bola.
Exercícios:
Rotação da cabeça para direita e esquerda
Flexão e extensão de cabeça
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Flexão e extensão de ombros (unilateral e bilateral)
Abdução e adução de ombros (unilateral e bilateral)
Abduzir e aduzir do membro inferior (unilateral e bilateral)
Flexão e extensão do membro inferior (unilateral e bilateral)
4.2.1.2 - Ajoelhado Manter a postura e após associar movimentos de cabeça, membros
superiores e inferiores.
Exercícios:
Ajoelhado Rotação da cabeça para direita e esquerda
Flexão e extensão de cabeça
Flexão e extensão de ombros (unilateral e bilateral)
Abdução e adução de ombros (unilateral e bilateral)
Caminhar para o lado - Abduzir e aduzir do membro inferior
Caminhar para frente - Flexão e extensão do membro inferior.
4.2.1.3 – Semi-ajoelhado Da mesma forma que anteriormente iniciar movimentos
individualizados e após associar, cabeça, membros superiores e inferiores. Exercícios:
Movimentar cabeça para direita e esquerda, para cima e para baixo.
Elevar braço direito e depois esquerdo e associando os dois.
Abduzir os braços alternadamente e depois de forma associada;
Sentar no calcanhar da perna que está de apoio;
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4.2.1.4 – Em Pé Iniciar movimentos individualizados e após associar, cabeça, membros
superiores e inferiores.. Iniciar equilíbrio estático e após dinâmico. Criar
obstáculos para dificultar o equilíbrio e a marcha.
Exercícios:
Rotação da cabeça para direita e esquerda
Flexão e extensão de cabeça
Flexão e extensão de ombros (unilateral e bilateral)
Abdução e adução de ombros (unilateral e bilateral)
Andar em cima de uma faixa
Andar cruzando as pernas
Andar unindo calcanhar e ponta dos pés
Colocar bambolês no solo e colocar um pé dentro de cada bambolê.
Desenhar diferentes figuras geométricas e cada indivíduo deverá entrar
na figura de acordo como comando verbal do instrutor.
Saltar com um pé
Saltar com os dois pés
Andar com apoio no calcanhar
Marcha para frente, para os lados e de costas.
4.2.2 – Tônus muscular Ganho de força muscular deverá ser feito de forma ativa, se possível
movimento contra a ação da gravidade, caso o idoso não tenha esta
capacidade realizar o movimento eliminando a ação da gravidade, porém de
forma ativa ou ativa assistida.
Realizar movimento para todos os grupamentos musculares, membros
superiores, membros inferiores, tronco, quadril e cabeça.
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4.2.2.1 - Decúbito dorsal
Flexão de coxo-femoral
Flexão de ombro
Flexão de punho e dedos
Extensão de punho e dedos
Flexão de tronco
Extensão de joelho
4.2.2.2. - Decúbito lateral
Abdução de coxo-femoral
Adução de coxo-femoral
Abdução de ombro
Rotação lateral de ombro
4.2.2.3. -Decúbito ventral
Extensão de tronco
Extensão de coxo-femoral
Flexão de joelho
Abdução de escápulo-umeral
4.2.3 - Imagem Corporal
A imagem corporal diz respeito à consciência de si própria e como o
indivíduo domina este corpo em relação ao seu mundo interno e externo,
manifesta aos sentimentos. O indivíduo delimita as noções espaciais pela
consciência corporal. O sujeito no mundo se expressa e concretiza suas ações
pela expressão e atividades corporais.
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O corpo permite a comunicação não verbal. E nos idosos o corpo
manifesta as alegrias, frustrações as inquietudes e aos portadores de
Alzheimer , quando a expressão verbal estiver limitada , é por meio desta
comunicação corporal que nos dará uma opinião em relação às questões
pessoais.
A absoluta imagem do corpo é função da organização das emoções, o que
naturalmente implica e exige a relação com o outro, isto é implica um
determinado tempo e momento. (Fátima Alves)
O conhecimento do próprio corpo não depende unicamente do
desenvolvimento cognitivo, mas também da percepção, formada de sensações
visuais, táteis, cinestésicas e da contribuição da linguagem.
Exercícios
Fazer imitação de gestos diante do orientador – mão na cabeça, mão
nos ombros, joelhos;
Com venda nos olhos, tatear o colega e identificar quem é o colega e
reconhecimento das partes corporais;
Através de solicitação de identificação de partes do corpo, o indivíduo irá
reconhecer em si próprio e no colega;
Desenhar a sua representação corporal e os membros da família;
Brincar de espelho, fazer imitação dos passos e do movimento do outro;
4.2.4 – Lateralidade A lateralidade do corpo está relacionada com a dominância do
hemisfério cerebral que é determinada durante o período de maturação e
desenvolvimento cerebral, esta dominância em relação ao dimídios corporal é
determinada pelo desenvolvimento desta maturação. É bem certo que ambos
os hemisférios trabalharão de forma coordenada e sincronizada para que as
atividades atuem de forma harmônica e precisa.
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Os termos lateralidade e dominância cerebral se aplicam para designar
as condições do indivíduo, isto é se ele é destro, sinistro (canhoto) ou
ambidestro.
Exercícios
Colocar a mão no contorno da mão que está desenhada em cartolinas
ou na parede - mão direita com direta e esquerda com esquerda;
Colocar pés sobre contornos desenhados no solo
Lançar bola com a mão direita e esquerda
Chutar a bola com pé direito e esquerdo
Fazer imitação de gestos, levantar braço direito e depois o esquerdo,
elevar perna direita e depois esquerda, etc.
Fazer trabalhos manuais
Dar corda no despertador
Pentear o cabelo
Bater tambor.
Quicar a bola com a mão direita e depois com a esquerda.
Passar a bola por trás das costas e voltá-la à frente do corpo sem deixá-
la cair no chão;
Passar a bola por baixo das pernas, fazendo quique da bola no chão
com a mão direita e com a mão esquerda;
Jogar a bola de uma mão para outra;
4.2.5 - Estruturação Espacial Através do espaço a das relações espaciais e que estruturamos os
movimentos corporais, estabelecendo relações com os objetos o ambiente,
comparando-as, combinando-as. É com essas relações espaciais conseguimos
reproduzir os movimentos corporais. Esta estruturação espacial se torna
comprometida na terceira idade a partir do momento que o indivíduo limitação a
sua percepção viso-espacial reduz as experiências vividas.
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Exercícios
Entrar e sair de círculos desenhados no chão ou uma casa ou cabana,
obedecendo ao comando verbal. Podendo ainda associar a percepção
de
cores, por exemplo, quem está com a fita vermelha do lado de fora,
quem está com a fita azul do lado de dentro.
Distribuir fitas de cores variadas aos integrantes desde que tenham
cores repetidas, eles deverão formar em duplas de acordo com o
comando verbal unir os integrantes de fitas azuis, amarelas... Formar
trios e quartetos, etc.
Rolar uma bola sobre uma linha desenhada no solo. Associar batidas de
palmar ao passar em determinado ponto definido pelo fisioterapeuta.
Realizar atividades simples que necessitem uma seqüência ordenada de
ações como arrumar uma mesa, escovar dentes, etc.
Colocar uma bola em diversas posições em relação uma caixa de
papelão. Seguindo a orientação verbal;
Formar figuras com palitos de sorvete;
Trabalhar com recortes de papel e criar um desenho, a partir deste
recortes e depois relatar sobre o seu desenho;
Iniciar uma seqüência de histórias aonde cada integrante vai criando
fatos para a história;
Colocar cubos e figuras geométricas em posições determinadas;
Modificar a posição dos cubos de acordo com a orientação verbal – o
cubo vermelho em baixo do cubo amarelo, etc.;
Apresentar um mapa de atividades e o participante deverá reproduzir a
atividade representada no mapa – pegar a bola colocar dentro da caixa
e a bandeira da caixa entregar ao colega que está sentado a sua direita,
etc.;
Compor quebra-cabeça;
Brincar de “escravos de Jô”
Ordenar objetos atendendo a um determinado ritmo, forma e cor;
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Jogar a bola ao colega e apará-la obedecendo ao comando verbal, em
cima, em baixo, direita esquerda;
Completar desenhos mantendo a seqüência.
Arrumar gravuras obedecendo à ordem dos fatos;
Completar a forma de acordo com os modelos;
Mostrar em uma folha em branco onde posicionar os objetos que estão
alocados em uma gravura;
Unir pontos para formar uma gravura exatamente igual a do modelo;
Realizar exercícios de simetria em papel quadriculado;
Desenhar tiras de papel quadriculado, modificando sinais e cores;
Apanhar no armário determinado material;
Separar objetos de acordo com a forma e cores;
Nomear as figuras que vê, estando elas entrelaçadas ou superpostas;
Reconhecer figuras em imagens de fundo estruturado;
Colorir um desenho com as mesmas cores do desenho original.
Diversos exercícios podem ser criados, seguindo os exemplos citados
acima. O importante é avaliarmos ao portador de Alzheimer a fase em que ele
se encontra da doença e não realizar tarefas onde ele não tenha capacidade
de realizar para que não crie falsas expectativas ou frustrações, que irá limitá-lo
ainda mais.
4.2.6 - Estruturação temporal
O desenvolvimento da estruturação temporal garante experiências de
localização dos acontecimentos passados e a capacidade de projetar-se para o
futuro, fazendo planos e decidindo sobre a sua vida. Ela insere o homem no
tempo permite as condições de identidade do indivíduo, é importante por
intermédio do ritmo é que ela terá uma dominância do seu papel no contexto
social. Permite a consciência e da interiorização dos ritmos motores corporais,
percepção dos ritmos externos.
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Desde o nascimento os ritmos corporais devem ajustar às condições
temporais impostas pelo ambiente, levando uma organização do indivíduo em
relação ao meio. É necessário o entendimento do ritmo objetivo subjetivo,
motor, auditivo e visual.
4.2.7 - Associação de idéias Exercícios:
Dizer palavras de um determinado assunto;
Dizer uma palavra e identificar uma música que tenha a palavra;
Dizer os produtos que são comprados em determinadas casas
comerciais, remédios, alimentos, tijolos, etc.;
Dizer o que se pode guardar em um determinado compartimento;
Dizer onde se usa um determinado objeto;
Identificar um animal e o seu habitat;
Identificar os utensílios de determinadas profissões;
Dizer o que se pode fazer com determinados objetos;
Dizer onde determinadas pessoas trabalham;
Organizar álbuns com gravuras separadas de assuntos;
Organizar a frase correspondente com a figura;
Dizer o nome do produto fornecido por animais;
Relacionar ações que acontecem na rua e na casa;
Apontar a palavra ou desenho que não faz parte da gravura;
Dizer o quê pertence a uma determinada pessoa.
Exercícios de socialização anotar, transmitir recados ou telefonemas, ler
uma reportagem no jornal e revista.
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4.2.8 - Compreensão e Raciocínio Entende-se por raciocínio as formas de pensar que envolvam a
resolução de problemas: coletando dados. Levantando hipóteses, selecionando
e criando soluções. Manifesta o modo como o pensamento se organiza e
depende de como a compreensão é adquirida.
O pensamento é uma forma cognitiva complexa que ocorre em estágios
mais avançados do desenvolvimento, corresponde ao processamento de dados
fornecidos pela atividade perceptiva, envolvendo uma série de etapas que
culminam com uma solução.
Exercícios:
Cumprir ordens simples as mais complexas
Fazer desenhos sobre histórias ouvidas
Identificar gravuras e frases;
Reunir cartões que se relacionam;
Fazer jogo da velha
Jogar jogo como “ligue quatro”, sudoku, etc.;
Dizer certo e errado nas frases apontadas;
Resolver problemas aritméticos;
Responder adivinhações;
Dispor de palavras soltar e formar frases;
Completar histórias com palavras que faltam;
Completar histórias de acordo com o sentido;
Decifrar enigmas;
Classificar objetos de acordo com alguns critérios estabelecidos;
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4.2.9 - Memória
Memória é a capacidade de registrar, fixar e recordar estímulos
sensoriais, cognitivos, afetivos para serem resgatados em qualquer situação
onde estas informações são exigidas. Desempenha um papel importante no
armazenamento de conhecimentos, bem como em sua evocação.
Exercícios:
Jogar jogo da memória
Enunciar todos os objetos de uma determinada gravura
Repetir a seqüência de palavras citadas, frutas, números, carros, etc.;
Dizer o que foi acrescentado ou retirado da figura;
Colocar objetos na mesma ordem apresentadas anteriormente;
Escrever objetos e gravuras observadas anteriormente;
Caminhar sobre desenhos ou linhas feitas no chão, apagar e repetir o
movimento;
Repetir frase em graus diferentes de complexidade;
Olhar uma cena e repetir a pergunta sobre ela;
Apontar na mesma ordem, três ou mais gravuras;
Fazer um movimento corporal e reproduzir;
Transmitir recados;
Reproduzir histórias simples;
Responder perguntas de acordo com a história ouvida;
Escolher entre três sentenças a que tem relação com uma figura vista ou
fato ocorrido
4.2.10 - Coordenação motora geral e fina
A tomada de consciência do corpo é necessária para a execução e o
controle de movimentos precisos que vão ser executados. Os dois elementos
são dependentes e vão se aprimorando progressivamente, para se conseguir
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os movimentos coordenados, é preciso alcançar a plena dissociação de
movimentos, dissociação esta que implica certo grau de maturação
neuromotora e manutenção de força muscular. Como nestes indivíduos a perda
do tônus se torna progressiva, isto vai comprometendo o refinamento e
destreza dos movimentos.
Podemos dividir a coordenação motora global diz respeito às atividades
dos grandes músculos, já a coordenação motora fina é a habilidade e à
destreza manual mais precisa e refinada.
Exercícios:
Realizar atividade que envolva: visão, braços e mãos, como rolar com
uma bola, enrolar uma corda, arremessar um saquinho, passar um
objeto ao colega ao lado;
Acompanhar com os olhos um objeto sem movimentas a cabeça;
Enfiar contas e sementes chapinha furadas;
Perfurar com um alfinete grosso o contorno de uma figura;
Fazer dobraduras, tecelagem e alinhavos, etc.;
Cobrir desenhos tendo cuidado de não ultrapassar o contorno
Fazer colagens com papel, purpurinas, etc.;
Pintura em papel e materiais madeira, tecido, etc.;
Seguir com uma caneta o contorno do desenho
Seguir com um lápis o pontilhado;
Copiar desenhos simples usando papel vegetal;
Colar barbantes com cola em uma superfície de desenhos;
Enumerar desenhos da esquerda para direita;
Realizar atividades criadoras;
Realizar movimentos como abotoar, desabotoar, amarrar, dar nó, dar
laço, tirar o laço e o nó fechar e abrir um zíper;
Criar pulseira com clips e miçangas.
49
4.2.11 - Atenção
Exercícios:
Fazer passeios de observação e após comentar o que viram e qual foi à
atividade ou paisagem que mais agradou e por quê;
Mostrar gravuras com diversos desenhos e objetos, e depois perguntar
aonde este localizado determinado ou objeto, ou o quê o personagem da
figura estava fazendo;
Bater palmas em quanto ouve um determinado som, parando ao cessar
o estímulo;
Repetir as batidas de mãos e pés que o orientador for realizar;
Andar em círculos, obedecendo às ordens, usando movimentos
imitativos;
Reconhecer de olhos fechados às vozes dos colegas;
Andar de olhos fechados, em direção a som da voz de um participante
ou apito.
4.2.12 – Percepção A percepção é o ato ou efeito de conhecer os objetos em suas
qualidades e relações. Implica na integração de estímulos e a atribuição de
significados ao mesmo tempo, as interpretações pessoais a cerca dos
diferentes objetos, isto é dá sentido a tudo que o nosso sistema sensorial capta
de informações. As percepções podem ser diferenciadas de acordo com os
órgãos dos sentidos.
50
4.2.12.1-Percepção tátil
Exercícios:
Reconhecer objetos;
Reconhecer texturas;
Reconhecer pessoas;
Unir dois a dois pedaços de papeis de mesma textura;
Separar objetos de mesma forma e cor e textura;
Retirar objetos de um saquinho sem a utilização visual;
Reconhecer entre cartões os que são de mesmo material.
4.2.12.2 - Percepção Gustativa
Exercícios:
Reconhecer diferentes sabores de frutas e bebidas;
Reconhecer pelo sabor o tempero dos alimentos;
Reconhecer o alimento mais doce, salgado, azedo.
4.2.12.3 - Percepção Auditiva
Exercícios:
Reconhecer sons mais graves e agudos;
Reconhecer sons mais altos e baixos;
Reconhecer a voz de algum cantor e identificar o músico;
Reconhecer a voz de familiares;
Reconhecer ritmos e reproduzir os ritmos diferenciados;
51
4.2.12.4 - Percepção Olfativa Exercícios:
Reconhecer diferentes cheiros;
Juntar dois a dois fracos de mesmo odor;
Reconhecer pelo odor diferentes frutas, flores e condimentos;
Cheirar embrulhos e identificar seu conteúdo;
4.2.13 - Terapia de orientação da realidade
Estimular o resgate de informações por meio de figuras, fotos música, jogos
e outros estímulos relacionados à juventude. Resgata emoções vividas.
52
CONCLUSÃO
Projeto proposto busca nova fundamentação teórica, visando
demonstrar a correlação do tema citado em relação ao método de prevenção
de alterações provenientes do processo fisiológico do envelhecimento
presentes nos indivíduos que apresentam com o prolongamento da vida,
tornando este processo menos sofrido, alegre e feliz onde hoje torna tão
limitante para uma parte da população e às vezes até mesmo incapacitante,
fazendo com orientação um trabalho preventivo e não apenas curativo.
Ser idoso é conviver com mudanças, físicas, mentais sociais e
emocionais muitas vezes difíceis de disfarçar. A terceira idade é uma etapa de
vida onde para muitos se dão conta do tempo e buscam a qualquer custo à
felicidade muitas vezes ainda não encontrada e reavaliação de condutas e
atitudes ao longo da vida. Há desejo e disponibilidade de se fazer aquilo que
não havia dado tempo durante toda uma vida. Porém na sociedade em que
vivemos não vemos todos os idosos com esse perfil, onde muitos passam a
não se sentirem valorizados e excluídos, sendo um peso para família e
sociedade, diminuindo a auto-estima e surgindo processos depressivos.
O envelhecimento depende naturalmente do passar do tempo, mas o
ritmo desse processo pode ser determinado individualmente, e é nesse aspecto
que abordaremos pontos relevantes de como a atividade física e a
psicomotricidade favorecem nos ganhos físicos, emocionais tornando esse
processo do envelhecer se menos doloroso e sofrido e sim prazeroso e alegre.
Promovendo à velhice de bem-estar, qualidade de vida, plenitude, saúde,
alegria prazer e acima de tudo felicidade.
O Projeto proposto busca nova fundamentação teórica, visando
demonstrar a correlação do tema citado em relação ao método de prevenção
de alterações provenientes do processo fisiológico do envelhecimento
presentes nos indivíduos que apresentam com o prolongamento da vida,
tornando este processo menos sofrido, alegre e feliz onde hoje torna tão
53
limitante para uma parte da população, e às vezes até mesmo incapacitante,
fazendo com orientação um trabalho preventivo e não apenas curativo.
Uma vez que pesquisas continuam e que trabalhos entusiásticos e
relevantes ainda estão em andamento poderemos, portanto concluir meios e
condutas que sejam pertinentes para tragam pontos favoráveis para a saúde
do idoso.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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e atos normativos das profissões do fisioterapeuta. Porto Alegre: CREFITO 5;
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Família.Secretária de políticas de saúde. Departamento de Atenção Básica.
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56
ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÒRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
ASPECTOS BIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO 11
1.1 - Características Iniciais 11
1.2 - Classificação Etária 12
1.3 - Ciência do Envelhecimento 13
1.4 - Teoria do Envelhecimento e das Alterações Celulares e Estruturais do
Envelhecimento 13
1.4.1 - Fatores Intrínsecos 14
1.4.2 - Fatores Extrínsecos 16
1.4.2.1 - Agentes Físicos 16
1.4.2.2 - Agentes Químicos 17
1.4.2.3 - Agentes Biológicos 17
1.4.2.4 - Alimentação 17
1.5 - Principais Alterações Anatômicas Apresentadas com o Processo do
Envelhecimento 18
1.6 - Aspectos do Envelhecimento – social, psíquico e emocional 19
1.7 - Efeitos do Envelhecimento sobre as Alterações Cognitivas 20
1.8 -Prevenção de Doenças nos Idosos 20
1.9 - Atividade Física na Terceira Idade 21
1.10 - Favorecimento dos Exercícios físicos 21
57
CAPÌTULO II
MAL DE ALZHEIMER 23
2.1 - Características Gerais 23
2.2 - Causa 24
2.3 -Sintomas 24
2.4 – Evolução da Doença 24
2.4.1 – Primeira Fase ou Fase Inicial 25
2.4.2 – Segunda Fase ou Fase Intremediária 26
2.4.3 – Terceira Fase ou Fase Final ou Terminal 26
2.5 – Histopatologia 27
2.7 – Prevenção 28
2.8 – Tratamento 28
CAPÍTULO III
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA DOENÇA DE ALZHEIMER E NO
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 30
3.1 – Funções de uma equipe multidisciplinar na doença de Alzheimer
30
3.1.1 – Médico 30
3.1.2 – Enfermeiro 30
3.1.3 –Fonoaudiólogo 31
3.1.4 –Nutricionista 31
3.1.5 – Assistente Social 31
3.1.6 – Psicólogos 32
3.1.7 – Psicomotricista 32
3.1.8 – Cuidadores e Familiares 32
3.1.9 – Fisioterapeuta 32
3.1.9.1 – Objetivos da Conduta Fisioterapêutica 34
58
CAPÌTULO IV
EXERCÌCIOS PSICOMOTORES PARA A TERCEIRA IDADE E
PORTADORESSA DOENÇA DE ALZHEIMER 35
4.1 – Psicomotricidade 35
4.2 – Conduta Terapêutica Utilizada para a Psicomotricidade 36
4.2.1 – Equilíbrio Corporal 37
4.2.1.1 – Sentado 37
4.2.1.2 – Ajoelhado 38
4.2.1.3 – Semi-ajoelhado 38
4..2.1.4 –Em Pé 39
4.2.2 – Tônus Muscular 39
4.2.2.1 – Decúbito Dorsal 40
4.2.2.2 – Decúbito Lateral 40
4.2.2.3 - Decúbito Ventral 40
4.2.3 –Imagem Corporal 40
4.2.4 – Lateralidade 41
4.2.5 – Estruração Espacial 42
4.2.6 –Estruturação Temporal 44
4.2.7 – Associação de Idéias 45
4.2.8 –Compreensão e Raciocínio 46
4.2.9 – Memória 46
4.2.10 –Coordenação Motora Geral e Fina 47
4.2.11–Atenção 49
4.2.12 – Percepção 49
4.2.12.1 Percepção Tátil 50
4.2.12.2 – Percepção Gustativa 50
4.2.12.3 – Percepção Auditiva 50
4.2.12.4 – Percepção Olfatória 51
4.2.13 –Terapia de Orientação da Realidade 51
CONCLUSÃO 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS 54
ÍNDICE 56