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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A CADEIA LOGÍSTICA Por: Cíntia Guimarães Pereira Orientador Prof. Sc. Emília Maria Mendonça Parentoni Rio de Janeiro 15/02/2008

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · amplitude de fluxos que no passado. Antes, as empresas incluíam a simples entrada de matérias-primas ou fluxo de saída de produtos

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A CADEIA

LOGÍSTICA

Por: Cíntia Guimarães Pereira

Orientador

Prof. Sc. Emília Maria Mendonça Parentoni

Rio de Janeiro

15/02/2008

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A CADEIA

LOGÍSTICA

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes – Projeto a vez do Mestre como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Logística Empresarial.

Por: Cíntia Guimarães Pereira.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida e pela benção de

poder chegar até aqui, ao meu noivo Alexander S.

Pereira por todo apoio e companheirismo desde a

faculdade até os dias de hoje e a minha amiga

Beatriz C. Marques que me incentivou e motivou

para que eu pudesse dar mais esse passo em minha

vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico este estudo a todos os meus amigos,

aos meus compadres Silvânia de Deus e Anderson

Pereira, ao meu noivo e grande companheiro

Alexander S. Pereira, à minha amiga Beatriz C.

Marques e em especial ao meu afilhado Douglas de

Deus, exemplo de garra e obstinação, sendo a prova

viva de um verdadeiro milagre de Deus em nossas

vidas.

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RESUMO

Nos dias de hoje, as empresas vem passando por grandes se

significativas mudanças e evoluções no que diz respeito a seu ambiente

organizacional, às suas estruturas físicas, aos seus processos enfim a sua

logística como um todo visando sempre o aperfeiçoamento e a excelência de

seus serviços e do atendimento à seus clientes, sendo assim, podemos

perceber o quanto a tecnologia da informação vem sendo uma grande aliada

na busca e na obtenção de melhores resultados durante todos os processos

da cadeia logística mas acima de tudo, resultados com excelência e qualidade.

Torna-se imprescindível para o alcance dos objetivos estratégicos da

organização e principalmente para a satisfação e manutenção de seus clientes

que a empresa tenha uma boa estrutura ao longo da cadeia de suprimentos

que possibilite a confiabilidade dos dados, das informações e dos processos

envolvidos desde a matéria prima até a distribuição dos bens e serviços aos

consumidor final.

Estaremos verificando no nosso objetivo geral a importância dos

sistemas de informação e da tecnologia em geral para a obtenção de

resultados rápidos, confiáveis e acima de tudo com qualidade buscando

sempre a satisfação dos clientes, sendo assim, estaremos analisando e

avaliando os principais sistemas de informação utilizados na cadeia logística,

os aspectos e os impactos principais de tais sistemas e as principais

tendências da tecnologia da informação para a cadeia logística nos dias de

hoje.

Palavras-chave: Cadeia de suprimentos; Logística; Inovação; Qualidade;

Objetivos; tecnologia; clientes.

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METODOLOGIA

O presente estudo se dará através de pesquisa científica onde a

metodologia na investigação científica será o modo técnico teórico, sendo

classificada como pesquisa bibliográfica a ser realizada por meio de livros,

periódicos, manuais de consulta, internet e qualquer outra fonte que

disponibilize um conteúdo científico.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

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CAPÍTULO I - A cadeia logística 10

1.1 – O conceito 10

1.2 – Evolução Histórica 12

1.3 - A logística de hoje e seus segmentos 17

CAPÍTULO II - Tecnologia da Informação 25

2.1 – O conceito de informática 25

2.2 – História, gerações e classificação dos computadores 25

2.3 – Sistemas de informação 33

CAPÍTULO III – Tecnologia da informação na cadeia de suprimentos 38

3.1 – Tecnologia da informação – uma visão geral 38

3.2 – Papel da informação na logística 39

3.3 – Softwares para gerenciamento da cadeia logística 43

3.4 – Logística e comercio eletrônico 55

3.5 – Tecnologias satélite e rádio freqüência 60

CAPÍTULO IV – Considerações finais 63 4.1 – Conclusão 63

4.2 – Recomendações 65

BIBLIOGRAFIA 67

FOLHA DE AVALIAÇÃO 69

ANEXOS 70

INTRODUÇÃO

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Atualmente, com o crescente avanço dos mercados, a logística passou

a Ter um papel fundamental nas organizações e consequentemente a

tecnologia da informação que vem sendo utilizada nos diversos segmentos do

mercado global, assume um papel fundamental para a cadeia logística, uma

vez que a cada momento o volume de produtos e serviços vem crescendo e se

adaptando às diferentes situações e necessidades de seus clientes e

parceiros.

Sendo assim, este estudo se justifica pelo fato de que a cadeia logística

está em constante evolução, evolução essa, que se dá pelo grande avanço

tecnológico ao qual a mesma vem se submetendo em busca do alcance da

qualidade e satisfação de seus clientes.

Fleury (2000) afirma que a Logística é um verdadeiro paradoxo, pois é

ao mesmo tempo uma atividade antiga e um dos conceitos gerenciais mais

modernos. Isto ocorre em função de dois conjuntos de mudanças, o primeiro

de ordem econômica e o segundo de ordem tecnológica. As mudanças

econômicas produzem novas exigências competitivas enquanto que as

mudanças tecnológicas possibilitam o gerenciamento eficiente das operações

logísticas, que atualmente estão cada vez mais complexas.

Temos por objetivo geral identificar a importância da tecnologia da

informação na cadeia logística para a obtenção de resultados, avaliando e

analisando os principais sistemas de informação utilizados nos dias de hoje,

seus aspectos e impactos principais e a importância dos mesmos para a

logística, visto que o avanço da tecnologia da informação nos últimos anos

permitiu que, atualmente, as empresas passassem a executar operações

complexas de forma integrada e eficaz, obtendo informações rápidas e com

alto grau de precisão, sendo eficiente não só nas entregas ao cliente, como

também em toda a cadeia logística.

O desempenho logístico está diretamente ligado a várias tecnologias de

hardware e software. Assim, considera-se como hardware desde

computadores pessoais e dispositivos para armazenagem de dados até

instrumentos de entrada e saída do mesmo, tais como: impressoras de código

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de barras, leitores ópticos etc. E software sistemas e aplicativos usados na

Logística.

Esperamos que com o grande crescimento da concorrência

mercadológica a tecnologia da informação venha a se tornar uma grande

aliada para a cadeia logística na obtenção de resultados mais precisos,

rápidos, satisfatórios e com qualidade, aumentando assim, a satisfação dos

clientes e a fidelização de seus parceiros.

CAPÍTULO I

A cadeia logística

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A palavra logística é de origem francesa – verbo loger, que significa

“alojar”, estava associada ao suprimento, deslocamento e ao acantonamento

de tropas. Na sua origem por tanto, o conceito de logística estava

essencialmente ligado às operações militares. A partir daí a logística

apresentou uma evolução continuada, sendo considerada atualmente como

um dos elementos fundamentais na estratégia competitiva das empresas.

1.1 - O conceito

Council of Logistics Management (Conselho de Gestão Logística) norte-

americano define logística como “o processo de planejar, implementar e

controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem

como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de

origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender os requisitos do

consumidor.” (Novaes, 2001, p.36), definição esta eu inclui a movimentação

interna e externa, bem como o retorno dos materiais.

“A logística é o processo que integra, coordena e controla: a

movimentação de materiais, inventário de produtos acabados e informações

relacionadas; dos fornecedores através de uma empresa; para satisfazerem as

necessidades dos clientes”. (IMAM, 2000, p 1).

Esta definição pode ser vista de 2 formas. A primeira diz respeito ao

objetivo básico da logística de que o mesmo é fornecer um nível de serviço

desejável a baixo custo. E a Segunda diz respeito à prioridade básica da

logística, que é fazer com que os produtos e as informações sejam distribuídos

rapidamente.

Segundo Ballou (1993) a Logística estuda como a administração pode

prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição a clientes e

consumidores, através de planejamento organização e controle efetivos nas

atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de

produtos.

Para Fleury (2000) a logística deve ser vista como instrumento de

marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de agregar valor por meio dos

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serviços prestados, ou seja, a política de serviços deve ser considerada como

um componente central da estratégia de marketing, que sob o ponto de vista

operacional se transforma em uma missão a ser cumprida pela organização

logística. Nessa mesma abordagem Chistopher (1997), afirma que “a missão

do gerenciamento logístico é planejar e coordenar todas as atividades

necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo

mais baixo possível” para esses dois autores a logística permite que se consiga

custos mais baixos o que pode ser um diferencial para as empresas, mas para

tanto a logística deve ser tratada como um sistema, um conjunto de “peças”

interligados, trabalhando de forma integrada para alcançar um mesmo objetivo.

Já para Dornier (2000) a definição atual de logística engloba maior

amplitude de fluxos que no passado. Antes, as empresas incluíam a simples

entrada de matérias-primas ou fluxo de saída de produtos acabados em sua

definição de logística. Essa definição se expandiu, incluindo todas as formas

de movimentos de produtos e informações.

Em sua definição mais atual, a logística moderna é denominada

Gerenciamento da cadeia de Suprimentos, ou Supl. Chain Management

(SCM), sendo a “integração dos processos industriais e comerciais, partindo

do consumidor final e indo até os fornecedores iniciais, originando produtos,

serviços e informações que agreguem valor para o cliente”. (Novaes, 2001, p

41).

Nesta nova visão, todos as pessoas ou áreas envolvidas atuam em

conjunto e de forma estratégica, visando atingir os melhores resultados

possíveis em termos de custos reduzidos e agregando valor para o cliente.

Assim, o que antes separava aos agentes integrantes da cadeia logística não

mais ocorre, pois estes passam a trabalhar com um nível de proximidade

maior, trocando informações e formando parcerias, fazendo com que a

logística seja considerada como um diferencial na busca do sucesso no

mercado global.

Atualmente, a Logística não é somente uma função empresarial

independente, mas sim um conjunto de atividades. “É uma disciplina científica

que ensina como organizar a cadeia logística e ao mesmo tempo, é um conjunto de

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atividades que abraça completamente e acompanha cada fase do ciclo da empresa,

indo do abastecimento de matéria-prima do produto até o cliente final.“ (Kobayashi,

2000, p. 231-232)

Bertaglia (2003) afirma que nunca se falou tanto em atender às

exigências dos consumidores como têm acontecido nos últimos tempos.

Porém, o mesmo autor lembra que, por outro lado, os consumidores nunca

foram tão exigentes. Desta forma, verifica-se que o objetivo de um bom

sistema logístico é movimentar e distribuir produtos de modo que estes

cheguem aos clientes de maneira rápida e econômica, satisfazendo

plenamente suas necessidades.

1.2 – Evolução histórica

A Logística tem evoluído muito nos últimos tempos, assim como

também seus conceitos, que foram sendo adaptados e renovados, porém há

algumas divergências dentre os autores no que diz respeito a sua origem e

suas fases.

De acordo com Novaes (2001), a origem do termo Logística está ligada

essencialmente às operações militares e a mesma estia dividida em 4 fases.

Para La Londe (1994), uma versão de sua origem é que a palavra Logística

deriva do termo francês “logistique”, o qual era o título utilizado pelo oficial da

armada de Napoleão responsável pelo alojamento das tropas e pela comida

para os cavalos. Considera-se que o processo logístico seja constituído de 5

fases.

Já Ballou (1993) considera que a logística seria constituída de apenas 3

fases antes de 1950 , 1950 – 1970 e depois de 1970.

Vejamos então de acordo com os autores as 5 fases mais relevantes

para a evolução do processo logístico.

A primeira teria tido início por volta do século XX, tendo sua principal

influência a economia agrária, sua principal preocupação era com as questões

de transporte para a produção de escoamento agrícola.

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A Segunda originou-se na Segunda guerra mundial estendendo-se ao

início da década de 60. Após a guerra, a industria procurou preencher

importantes lacunas de demanda existentes no mercado consumidor

(automóveis, eletrodomésticos e bebidas), aproveitando a capacidade ociosa e

novos processos de produção em série. O pensamento logístico estava

voltado para a identificação dos principais aspectos da eficiência do fluxo de

materiais, principalmente as questões de armazenamento e transporte. As

empresas apresentavam funções logísticas dispersas por toda a organização.

Considerando-a como atividade de apoio as demais áreas.

A terceira fase pode ser caracterizada como a busca inicial da

racionalização integrada da cadeia de suprimentos, mas ainda muito rígida,

pois não permitia a correção dinâmica, ou em tempo real do planejamento a

longo prazo. Esta fase vai do início da década de 60 até os primeiros anos da

década de 70. È o início da visão integrada das questões logísticas, abordando

aspectos como custo total e abordagem de sistemas. O foco deixa de recair na

distribuição física e passa a englobar um aspecto mais amplo das funções, sob

influência da economia industrial. Esta fase ainda não permitiu uma

abrangente integração, seja pela preocupação com o desempenho de funções

específicas ou pela escassez de sistemas de informações adequados para

esta integração.

A Quarta fase teve início nos anos 70 até meados dos anos 80. É

caracterizada pela integração flexível dos componentes da cadeia de

suprimentos e dois níveis: dentro da empresa e nas inter-relações da empresa

com seus fornecedores e clientes. A integração das empresas no entanto,

ocorre em um sistema duas a duas. Só na Quinta fase é que o conjunto de

empresas que forma a cadeia de suprimentos, se integram de forma mais

abrangente.

A Quinta fase que vai de meados da década de 80 até o presente,

voltada mais para uma visão estratégica, onde a logística assume um papel

gerenciador, onde se pode explorar novas vantagens competitivas, surgindo

assim, o conceito de Gerenciamento Da Cadeia De Suprimentos, voltado para

a globalização e a evolução tecnológica.

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A integração entre os processos ao longo da cadeia de suprimentos,

continua a ser feita em termos de fluxos de materiais e de informações, mas,

os agentes que estão ligados a ela participam e conjunto e de forma

estratégica, visando os melhores resultados e redução de custos, de

desperdícios e de agregação de valor para o cliente final. Há uma quebra de

fronteiras, que antes separavam os diversos agentes da cadeia logística, pois

nas outras fases, cada elemento da cadeia de suprimentos tinha um papel

bem definido: O fornecedor entregava a matéria prima para o fabricante, a

industria fabricava o produto e repassava o mesmo para o varejista que por

sua vez comercializava em suas lojas, chegando assim até o cliente final.

Nesta fase, esta separação já não ocorre com tanta nitidez visto que há uma

interdependência de relações entre os elementos da cadeia.

De acordo com Novaes (2001), as características que distinguem esta

fase das demais são: Ênfase absoluta na satisfação do consumidor final;

Formação de parcerias entre o fornecedor e os clientes ao longo da cadeia

logística; Abertura plena entre os parceiros, possibilitando acesso mútuo às

informações estratégicas e operacionais; aplicação clássica de forma sistêmica

e continuada, visando agregar o máximo valor para o consumidor final e

eliminar os desperdícios, reduzindo custos e aumentando a eficiência.

Figura 1 – Evolução da Logística

Fase do campo ao mercado

Economia agrária

Fase das funções fragmentadas

Funções logísticas dispersas

Segunda guerra até início dos

Fase da integração rígida

Começo da integração logística

Anos 60 até início dos anos

Fase da integração flexível

Integração logística flexível

70 até meados dos anos

Fase da cadeia de suprimentos

Logística como diferenciação

80 até hoje

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Fonte : Figueiredo e Arkader (2000, p. 51)

Segundo Ballou (1993), controle de custo, produtividade e controle de

qualidade passaram a ser áreas de interesse, à medida que as empresas

tentavam se equilibrar entre os produtos importados e a função Logística,

funções estas que foram mais afetadas do que as demais áreas dentro das

empresas. Os assuntos logísticos passaram a se tornar relevantes para a alta

administração das empresas, bem como os princípios e conceitos formulados

durante anos de desenvolvimento, que passaram a ser utilizado com grande

êxito.

Apesar da distribuição física ter dominado nas décadas de 50 e 60, um

elevado grau de empenho acabou levando ao que chamamos hoje de

Logística Integrada. Como se pode observar na figura abaixo, a Logística é

vista como a integração tanto da administração de materiais como da

distribuição física.

Figura 2 – Escopo da Logística empresarial

Fornecedores Fábricas Clientes

Distribuição Física Suprimento Físico ( Administração de materiais )

Logística Empresarial

• Transporte

• Manutenção de estoque

• Processamento de pedidos

• Obtenção

•Transporte •Manutenção de estoque •Processamento de pedidos •Obtenção •Embalagem protetora

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Em muitas empresas esta integração conduz a ligações muito mais

estreitas entre as funções de produção e operação, de maneira que no futuro

as áreas de produção e Logística se aproximarão muito mais em conceito e

prática.

Fleury (2000) destaca ainda que, na década de 70 até meados dos anos

80, o foco era no cliente, com preocupações quanto às questões de

produtividade e custos de estoque. Após esta época, até os dias de hoje, a

ênfase é estratégica, sendo a Logística um elemento diferenciador. Identificou-

se uma fronteira empresarial onde se podem explorar novas vantagens

competitivas, surgindo assim o conceito de Supply Chain Management

(Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos), cujo pano de fundo é a

globalização e o avanço da tecnologia da informação. Supply Chain

Management é o atual objeto de discussão em Logística, que trata do fluxo de

materiais e informações dentro e fora da empresas, com os relacionamentos

que surgem ao longo da cadeia com o intuito de assegurar bons resultados em

termos de redução de desperdício e agregação de valor.

1.3 – A logística de hoje e seus segmentos

As principais áreas inseridas na logística como ferramenta gerencial

podem ser descritas como : atendimento a clientes, localização, transportes,

armazenagem e distribuição, controle de estoques, tecnologias e sistemas de

informação.

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Vale destacar que tais áreas são vistas por alguns autores como as

principais áreas da logística devido aos impacto que suas decisões podem

causar para a empresa como um todo, sendo assim, cada área está interligada

com a outra em suas tomadas de decisão no que tange o que é melhor para o

alcance dos objetivos gerais da empresa e da logística por assim dizer.

1.3.1 – Serviço ao cliente

O serviço proporcionado pela logística nos dias de hoje é considerado

um grande diferencial entre as empresas que pretendem alcançar seu lugar no

mercado, pois a excelência em serviços tem sido um grande instrumento na

captação de novos clientes a manutenção dos mesmos diante de um mercado

tão competitivo e globalizado.

“O valor fundamental da logística é atender às necessidades dos

clientes numa base de eficiência de custo. Filosoficamente, o serviço ao cliente

representa o papel da logística no cumprimento do conceito de marketing. Um

programa de serviço ao cliente precisa identificar e priorizar todas as atividades

exigidas para satisfazer as exigências logísticas de clientes, tão bem ou melhor

que os competidores”. Bouwersox. (2006, p.76).

Segundo Ballou (2001), serviço ao cliente é um termo amplo, que pode

constituir diversos elementos, da disponibilidade do cliente à manutenção pós

venda. Já na perspectiva logística, serviço ao cliente é o resultado de todas as

atividades logísticas ou processo da cadeia de suprimentos. De acordo com o

mesmo autor (2001), os elementos essenciais de serviço ao cliente estão

agrupados em três categorias: pré-transação, transação e pós-transação.

Os elementos de pré-transação são aqueles que proporcionam um bom

ambiente para um bom serviço ao cliente, como por exemplo, a elaboração da

política de serviços ao cliente, tais como mercadorias que serão entregues

após um pedido ser colocado; o procedimento para manuseio de pedidos em

abertos e que serão devolvidos; métodos de classificação de serviços que

permitam aos clientes saber que tipo de serviço se encaixa melhor à sua

necessidade. Os elementos de transação estão relacionados direto a entrega

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do produto aos clientes ou do cliente, como exemplos podemos citar :

organizações dos níveis de estoque; seleção dos modais de transporte e

procedimentos de pedidos entre outros.

Os elementos de pós-transação referem-se ao arranjo de serviços

necessários para dar suporte ao produto em campo, como por exemplo, evitar

que o consumidor receba produtos defeituosos ou serviços inadequados, mas

vale ressaltar que mesmo aparecendo após as vendas os mesmos precisam

ser planejados nas fases anteriores.

Outro fator importante é que para que se possa atender corretamente as

necessidades dos clientes é preciso que se conheça as mesmas e que se

esteja capacitado para atende-las. Mas tal expectativas podem variar de cliente

para cliente, para isso Fleury (2000) destaca dois questionamentos importantes

que devem ser feitos na hora de se desenvolver uma estratégia de serviço ao

cliente: para quem e o que, a primeira se refere ao segmento de mercado que

está sendo atingido e a Segunda aos elementos que irão compor o serviço

prestado.

1.3.2 - Localização

A escolha da localização das instalações de uma rede logística, sejam

elas fábricas, armazéns, ou depósitos é uma das preocupações mais

importantes dos profissionais de logística nos dias de hoje diante de um

mercado tão competitivo, pois tais preocupações envolvem investimentos e

custos, pois, geram grande impactos com relação aos custos logísticos finais.

Ganhos com economia de escala na produção e redução nos custos de

transporte são itens que tem um certo destaque quando da decisão de se

instalar um centro de distribuição. De forma geral os estudos de localização

tratam do problema de minimizar custos de uma rede logística, tendo em vista

a satisfação dos níveis de serviço e o atendimento da demanda.

Bouwersox (2006) destaca ainda que antes estabeleceu-se que a

logística deveria ser gerenciada como um esforço integrado para alcançar a

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satisfação do cliente, com um custo total mínimo mas o grande desafio

moderno é o de criar valor.

“A chave para obter a liderança logística é aprimorar a arte de combinar

competência operacional com comprometimento, em relação às expectativas e

necessidades dos clientes-chave. Esse comprometimento com o cliente, em

uma estrutura de custo exata, constitui a proposta de valor logístico. É o

comprometimento único de uma empresa com um cliente individual, ou com

grupos selecionados de clientes”. Bouwersox (2006, p.47).

1.3.3 - Estoques

O estoque é muito importante para a logística pois ele mostra o

equilíbrio entre oferta e demanda, de forma que a disponibilização de produtos

necessários aos clientes pode se mantida enquanto fornece flexibilidade à

produção e à logística para a busca de métodos mais eficientes.

Segundo Ballou (2000) os estoques são pilhas de matérias primas,

insumos, produtos em processo e acabados, que aparecem em numerosos

pontos pelos canais logísticos e de produção da empresa. Estes são

encontrados em locais como armazéns, pátios, chão de fábrica, veículos e

prateleiras das lojas de varejos.

Diversos fatores tem influenciado a gestão de estoques na cadeia de

suprimentos, a fim de aumentar a eficiência com a qual as empresas operam

os processos de movimentação de materiais. As principais razões para

estocagem são a redução de custos de transporte e produção, e ajuda no

processo de marketing, uma vez que este está preocupado com o quanto

prontamente o produto está no mercado.

O bom gerenciamento de estoques significa mante-los no nível mais

baixo possível consistentemente com um equilíbrio dos custos diretos e

indiretos atribuídos ao seu nível e com a necessidade de manter um nível

adequado de disponibilidade do produto. Diversos estudos têm sido feitos

sobre gerenciamento ótimo de estoque, onde apresentam-se abordagens de

controle de estoque empurrado ou puxado, métodos matemáticos utilizados

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em diversas circunstâncias , tais como certeza e incerteza de demanda e

tempo de reabastecimento, padrões de demanda perpétua e sazonal, elos

únicos e múltiplos, localizações de estoque únicas e múltiplas, e estoques

parados em trânsito. Ballou (2001).

A utilização de métodos de controle permite garantir a disponibilidade

dos produtos. Assim, devem ser observados conceitos como just-in-time (JIT),

Kamban, sistema de planejamento de necessidades de materiais (MRP), entre

outros, que estão sendo cada vez mais utilizados.

1.3.4 - Armazenagem

Na Logística Empresarial a Administração de Materiais ( Estoques e

Armazenagem) adquirem uma importância fundamental por absorver de 20 a

60% dos custos logísticos da Organização e representar um elevado volume

de Capital Imobilizado.

A Administração de Estoques é responsável pelo planejamento,

organização e controle dos estoques, visando o menor custo total das

operações e, a Armazenagem é responsável pela manutenção da integridade

física dos estoques e sua disponibilização para a utilização no momento

necessário.

“A importância dessas operações pode ser facilmente percebida quando

os bens necessários não estão disponíveis no momento exato e correto para

atender às necessidades do mercado”. Prof Hamilton Pozo, Ph.D. Adm.

Segundo Alvarenga e Novaes (2000), no decorrer do processo logístico

surgem diversos fluxos de mercadorias em diversos pontos da rede. Nos pontos

de transição de um fluxo para o outro, entre a manufatura e a transferência, ou

entre a transferência e a distribuição, surge a necessidade de manter os

produtos estocados por um período que pode ser curto ou longo. Nestes pontos

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de interface de rede logística estão localizados os diversos tipos de instalações

de armazenagem.

Após a decisão de localização do armazém, é preciso se atentar às

decisões de planejamento relacionadas ao problema de espaço e manuseio de

materiais, essas decisões envolvem o tamanho da estrutura e o arranjo

financeiro, a configuração das instalações, o leiaute do espaço, o projeto de

docas, a seleção dos sistemas de manuseio de materiais, a substituição do

equipamento, o arranjo do estoque, os métodos de identificação de localização

do estoque e as operações de coleta do pedido.

Atualmente as empresas procuram agilizar cada vez mais a

movimentação de materiais, reduzindo o tempo entre pedido e entrega. Neste

sentido, o papel do armazém está voltado para prover a capacidade de uma

resposta rápida e funcionalidade das instalações de armazém reflete uma

missão estratégica da empresa.

1.3.5 – Transportes

Ao longo dos anos, o transporte tem se tornado essencial, representando

a maior parcela dos custos logísticos, na maioria das empresas, visto que as

mesmas em algum momento precisarão movimentar suas matérias-primas ou

seus produtos acabados.

Os cinco modais básicos de transporte são o ferroviário, o aquaviário (ou

hidroviário), o rodoviário, o dutoviário e o aéreo. A importância relativa de cada

modal pode ser medida pela quilometragem do sistema, volume, receita e

natureza da composição do tráfego. Existem entre os modais diferenças entre

custos fixos e variáveis, velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade

e freqüência, fatores estes que tornarão o modal viável ou não influenciando na

escolha do mesmo. Dependendo das características de um serviço, será feita a

seleção de um modal de transporte ou do serviço oferecido dentro de um modal.

De acordo com Ballou (2001), a seleção de um modal pode ser utilizada

para criar uma vantagem competitiva do serviço.

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Dependendo das características desejadas, pode ser a escolha de um

modal ou a integração entre eles. Nos últimos anos tem aumentado a demanda

por mais de um modal. Iniciativas como a multimodalidade e a intermodalidade

(integração de vários modais de transporte) apresentam relevância para a

redução dos custos de transporte. A integração entre os modais pode ocorrer

entre os vários modais: aéreo-rodoviário, ferroviário-rodoviário, aquaviário-

ferroviário, aquaviário-rodoviário ou ainda mais de dois modais. A utilização de

mais de um modal agrega vantagens a cada modal, caracterizados pelo nível de

serviço e custo. Combinados permitem uma entrega porta a porta a um menor

custo e um tempo relativamente menor, buscando o equilíbrio entre preço e

serviço.

1.3.6 – Distribuição

A logística de distribuição, “é o segmento da logística que trata do

deslocamento de produtos acabados desde a manufatura até produtor final”

(Novaes, 2001, p.107). Ela pode ser tanto interna( referindo-se aos

deslocamentos dentro da fábrica) ou externa ( referindo-se aos deslocamentos

entre armazéns, centros de distribuição, intermediários e consumidores finais).

Para o mesmo autor, os principais objetivos e funções dos canais de

distribuição são garantir a rápida disponibilidade do produto no mercado,

intensificar ao máximo o potencial de vendas do produto em questão, buscar a

cooperação entre os participantes da cadeia de suprimentos, garantir um fluxo

de informações rápido e preciso entre os elementos participante, e buscar de

forma integrada e permanente, a redução dos custos, analisando a cadeia de

valor no seu todo.

A distribuição física dos elementos é realizada com a participação de

alguns componentes de distribuição física, que são basicamente as instalações

físicas (CD´S, Armazéns), estoques de produtos, veículos, informações,

hardware, software, custos e pessoal.

Com relação as formas de distribuição vale destacar que a mesma pode

ser realizada de várias formas, mas, as duas principais são distribuição “um

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para um” e a distribuição “um para muitos”. Na primeira o veículo é

completamente carregado no depósito ou CD e transporta a carga para o

ponto de destino. Na Segunda também chamada de compartilhada, o veículo

é carregado no CD varejista com carga destinada a diferentes lojas e clientes e

executa um roteiro previamente planejado.

Alguns fatores influenciam a forma de distribuição e devem ser

cuidadosamente avaliados, são eles: distância entre pontos de origem e

destino, velocidade operacional, tempo de carga e descarga, quantidade e

densidade e dimensões da carga transportada, disponibilidade de carga de

retorno, valor unitário, acondicionamento, grau de periculosidade e fragilidade,

compatibilidade entre produtos de natureza diversa e custo global.

1.3.7 – Tecnologia da informação

As tecnologias e sistemas de informação atuam como elos que ligam

as atividades logísticas e permitem, junto as técnicas gerências uma

integração dos processos. De acordo com Ballou (2001), além da integração

de dados, os sistemas de informação são responsáveis pelo suporte aos

funcionários e aos métodos de soluções de problemas utilizados para auxiliar

os profissionais de logística no planejamento e nas operações.

Nos dias de hoje, a utilização de sistemas de informações modernos

torna-se essencial para a empresa que pretende se manter competitiva. A

crescente complexidade dos sistemas de gestão e o grande aumento do fluxo

de informações exigem pesadas demandas por sistemas de informação.

Para Fleury (2000) a transferência e o gerenciamento eletrônico de

informações proporciona uma oportunidade de reduzir custos logísticos

mediante sua coordenação. Além disso, permite ainda o aperfeiçoamento do

serviço baseando-se na melhoria da oferta de informações aos clientes.

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CAPÍTULO II

Tecnologia da Informação

Ao longo da história, o homem tem precisado constantemente tratar e

transmitir informações, por isso nunca parou de criar máquinas e métodos para

processá-las. Com esta finalidade, surge a informática, como uma ciência

encarregada do estudo e desenvolvimento dessas máquinas e métodos.

2.1 - O Conceito De Informática

A informática nasceu da idéia de auxiliar o homem nos trabalhos

rotineiros, exaustivos, repetitivos em geral, cálculos e gerenciamento.

Então podemos dizer que INFORMÁTICA (INFORmação autoMÁTICA),

é a ciência que estuda o tratamento automático e racional da informação.

2.2 - História, Gerações e Classificação dos Computadores

A história da humanidade já passou por várias fases. Três delas

mudaram completamente a estrutura e o modo de vida da sociedade. Por

isso, ganharam o apelido de “ONDAS”, dado por Alvin Tofler.

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(Alvin Tofler = é autor de A Terceira Onda, O choque do Futuro e outras

obras.)

A primeira onda foi a Revolução Agropecuária, que há milhares de

anos fixou o homem no campo para produzir os bens de que necessitava e,

um pouco além, para trocar pelo que não conseguia produzir (escambo).

O homem passou a viver em família, e o seu trabalho se voltava para

ela. As poucas indústrias eram manufaturas, voltadas para atender a

população geograficamente, caracterizando a produção para a prestação de

serviços, e não para o consumismo.

No final da Idade Média surgiu a segunda onda, sob a forma da

Revolução Industrial. Os homens se agruparam em torno das fábricas,

formando as cidades. Surgindo a produção para o consumo, e com isto a

propaganda. O homem com sua família vivia em função das fábricas,

passando a maior parte de seu tempo fora do lar, sendo assim à medida que

evoluíam as indústrias, involuía a valorização do eu em prol de projetos de

maior produção, maiores vendas, maior consumo. Vindo então a poluição,

desde os valores humanos até o meio ambiente. O homem estava destruindo

seu próprio universo.

Quase desapercebida entre tudo isso, ia crescendo a terceira onda: a

era da Informação e a ciência que fornecia os métodos de seu tratamento: a

INFORMÁTICA.

Através dos computadores o homem já poderia deixar todo trabalho

exaustivo de classificar, organizar, contabilizar, cadastrar, pesquisar, rastrear,

supervisionar, enfim, tarefas que exigem atenção e muito tempo para sua

concretização. Pois o computador devido a sua rapidez e exatidão, se incube

destes serviços, liberando o homem para voltar às origens participando mais

da vida do lar e dos seus, criar e produzir meios para levar uma vida mais

interessante. Ou seja o homem não vive mais em função da máquina, mais

pensa, cria e a máquina produz.

2.2.1 - As Gerações De Computadores

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É inegável que o homem vive cercados de máquinas. Existem máquinas

para transportar, para escrever, para grampear, para comunicar, para manter a

temperatura, para fazer máquinas e para uma infinidade de atividades. Todas

criadas, idealizadas e dominadas pelo homem, auxiliando-o em seu cotidiano.

O computador também é uma criação do homem, como todas as máquinas, o

computador é um sistema, ou seja: é um conjunto de elementos interligados

com a finalidade de atingir um objetivo determinado.

A matéria prima com que o computador trabalha é a informação.

Fornecemos-lhe informações que possuímos para que processe e gere uma

nova, com a qual poderemos tomar decisões, tirar conclusões, solucionar

problemas, unir outras informações e obter através dele ainda mais dados.

Primeira geração Os computadores de primeira geração são todos os

baseados em tecnologias de válvulas eletrônicas. Esta geração vai até 1959,

mas seu início é classificado em 1942 e 1951. Os computadores da primeira

geração normalmente quebravam após não muitas horas de uso. Tinham

dispositivos de Entrada/Saída primitivos, calculavam com uma velocidade só

de milésimos de segundo e eram programados em linguagem de máquina.

Considerando que só em 1951 surgiram os primeiros computadores

produzidos em escala comercial, pode-se iniciar a primeira geração com o

UNIVAC I destacando o EDVAC, o Whirlwind e o IBM 650 como computadores

típicos dessa geração. Não é difícil de imaginar a confiabilidade, a quantidade

de energia consumida e o calor produzido por 20.000 válvulas de um

computador da primeira geração.

Segunda Geração Nos equipamentos de segunda geração, a válvula foi

substituída pelo transistor, tecnologia usada entre 1959 e 1965. O transistor foi

desenvolvido em 1947 no Bell Laboratories e por William Shockley, J.Brattain.

Seu tamanho era 100 vezes menor que o da válvula, não precisava de tempo

para aquecimento, consumia menos energia, era mais rápido e mais confiável.

Os computadores da segunda geração á calculavam em microssegundos ,

eram mais confiáveis e o seu representante clássico foi o IBM 1401 e seu

sucessor o IBM 7094, já totalmente transistorizado. Entre os modelos 1401 e

7094, a IBM vendeu mais de 10.000 computadores.

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Terceira geração A terceira geração começa com a substituição dos

transistores pela tecnologia de circuitos integrados - transistores e outros

componentes eletrônicos miniaturizados e montados num único chip -, que já

calculava em nanosegundos (bilionésimos). O evento considerado precursor

da terceira geração é o anúncio em 7 de abril de 1964 da família criada por

Gene Amdahl, chamada System/360, o IBM 360, com seis modelos básicos e

várias opções de expansão que realizava mais de 2 milhões de adições por

segundo e cerca de 500 mil multiplicações. Esse fato tornou seus

antecessores totalmente obsoletos e possibilitou à IBM comercializar bem mais

30.000 sistemas.

Quarta geração A quarta geração é localizada a partir do ano de 1970

ou 1971 até hoje - considerando a importância de uma maior escala de

integração alcançada pelos CI's de LSI. Finalmente, a outra corrente usa o

mesmo argumento da anterior, mas considerando que a miniaturização de fato

com os VLSI's, definindo a quarta geração de 1975, com o advento dos

microprocessadores e dos microcomputadores.

2.2.2 - Evolução Dos Computadores

Máquina capaz de realizar várias operações matemáticas em curto

espaço de tempo, de acordo com programas preestabelecidos que atendem a

finalidades específicas. Desde o surgimento do primeiro computador mecânico,

em 1880, o objetivo foi desenvolver máquinas cada vez menores e com maior

capacidade. As partes mecânicas iam sendo substituídas por componentes

elétricos e, posteriormente, os relés, as válvulas e os transistores dando lugar

aos chips, que permitiram o avanço dos microprocessadores, base dos

microcomputadores.

Em 1880, o americano Hermann Hollerith (1860-1929) desenvolve o

primeiro computador mecânico e funda a empresa que se tornaria, em 1924, a

International Business Machines (IBM). A partir de 1930 são feitas experiências

para substituir as partes mecânicas por elétricas. A primeira máquina capaz de

efetuar cálculos complexos sem a intermediação humana é o Mark I, que surge

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em 1944 e tem 15 m por 2,5. Dois anos depois, nos EUA, um grupo conclui o

ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Computer), mil vezes mais rápido

que o Mark I. Na mesma época é estabelecida a arquitetura básica de um

computador, empregada até hoje: memória, unidade central de processamento

e dispositivos de entrada e saída de dados.

A invenção do transistor, em 1947, substitui a válvula e propicia a

criação dos primeiros modelos de tamanho reduzido e preço mais acessível.

No final da década de 50, a Texas Instruments anuncia os resultados de uma

pesquisa com circuito integrado, um conjunto de transistores, resistores e

capacitores construídos sobre uma base de silício (material semicondutor),

chamado chip. Com ele, avança a miniaturização dos equipamentos

eletrônicos. A IBM é a primeira a lançar modelos com a nova tecnologia.

No final dos anos 60, a Intel projeta o microprocessador, dispositivo que

reúne num mesmo circuito integrado todas as funções do processador central.

Primeiro PC - Em 1974, o programador americano Bill Gates (1955) adapta a

linguagem Basic dos computadores de grande porte para o Altair, o primeiro

modelo de microcomputador. Gates se antecipa a uma demanda do mercado

por softwares e, em 1975, funda a Microsoft.

O primeiro computador pessoal, o Apple I, é criado em uma garagem,

em 1976, pelos americanos Steven Jobs (1955) e Stephan Wozniak. Cinco

anos depois, a IBM lança o seu PC (Personal Computer) e contrata a Microsoft

para desenvolver o sistema operacional, o MS-DOS. Bill Gates convence

outras companhias, além da IBM, a utilizarem o seu sistema, o que permite

que um mesmo programa funcione em micros de diversos fabricantes.

Em 1983, a IBM lança o PC-XT. A arquitetura é copiada em todo o

mundo e os micros tipo PC passam a ser conhecidos pelos modelos do

microprocessador, cada vez mais potentes: 286, 386SX, 386DX, 486SX,

486DX, Pentium e Pentium Pró (lançado em 1955).

O único micro a fazer frente aos PC's é o Macintosh, que é lançado em

1984 e revoluciona o mercado promovendo o uso de ícones e do mouse. O

ícone é um símbolo gráfico que indica um comando e o mouse substitui muitas

das funções do teclado. No ano seguinte, a Microsoft lança o Windows,

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sistema operacional que utiliza também o ícone e o mouse em PC. O Windows

só alcança a partir de 1990, com a versão 3.0. Em 1995 uma nova versão

vende 7 milhões de cópias em menos de dois meses após o lançamento.

2.2.3 - Classificação Dos Computadores

Existem muitas formas de se classificar os computadores, dependendo

de suas características eles podem ser divididos em vários grupos:

• Quanto à característica de operação

• Quanto ao porte (tamanho)

• Quanto à característica de construção

• Outras classificações

Quanto à característica de operação

Analógicos - representam variáveis por meio de analogias físicas. Trata-

se de uma classe de computadores que resolve problemas referentes a

condições físicas, por meio de quantidades mecânicas ou elétricas, utilizando

circuitos equivalentes como analogia ao fenômeno físico. Os computadores

analógicos tem emprego principalmente em laboratórios e para aplicações

científicas e tecnológicas, enquanto os computadores digitais têm emprego

mais generalizado. O computador analógico "mede".

Digitais - processa a informação representando-a por combinação de

dados discretos ou descontínuos. Transforma qualquer informação,

internamente, em números (trabalha com dígitos). O computador digital

"conta".

Quanto ao porte (tamanho)

Os computadores podem ser classificados quanto ao seu porte em:

- Mainframes (ou computadores de grande porte)

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Manipulam grande quantidade de informações atendendo vários

usuários ao mesmo tempo. Especialmente voltados a aplicações comerciais.

- Supercomputadores

Utilização em laboratórios de pesquisa , centros militares e de

inteligência artificial. Muito rápidos. Avalia-se o desempenho dos

supercomputadores em termos de MIPS (milhões de instruções executadas

por segundo), cujas unidades usadas para medir a capacidade de cálculo do

computador (medida de desempenho - performance) são Gigaflops e Teraflops

(respectivamente, milhões e bilhões de operações de ponto flutuante por

segundo). Teraflops: em termos de rapidez equivale a um computador com

capacidade de 1 milhão de PCs trabalhando juntos ao mesmo tempo.

- Minicomputadores

Panorama atual da Informática: classe de computadores em extinção

(desaparecendo do mercado) em função da diminuição dos preços dos

mainframes e o aumento da potência dos supermicros.

- Supermicros

Plataforma de ambiente multiusuário e multitarefa (redes).

- Microcomputadores

Década de 70, marco importante na história da Informática, surgimento

dos primeiros microcomputadores em escala comercial. Indústria dos

microcomputadores: Aplle (Lisa e Macintosh), IBM (IBM-PC), Compaq (micros

portáteis).

Quanto à característica de construção

Quanto à característica de construção os computadores são agrupados

em gerações. A mudança de uma geração à outra se dá pela alteração da

tecnologia utilizada na construção dos computadores. Neste ponto alguns

autores discordam quando ao início exato de cada período.

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1ª Geração (1946-1954) - (1951 - 1959)

Principal exemplo desse período é o UNIVAC I, produzido em escala

comercial (15 unidades foram vendidas) tinha pouco mais que 20m2. A seguir

tem-se as principais características dessa geração.

• circuitos eletrônicos a válvulas;

• operações internas em milissegundos;

• esquentavam muito;

• grande consumo de energia;

• centenas de operações por segundo;

• quebravam com muita freqüência;

• programação em linguagem de máquina;

• dispositivos de entrada/saída primitivos.

2ª Geração (1955-1964) - (1959 -1965)

Computadores com transistores. Um transistor era 100 vezes menor que

uma válvula o que permitiu a redução do tamanho dos computadores.

Características dessa geração:

• circuitos eletrônicos transistorizados;

• Operações internas em microssegundos;

• Consumiam pouca energia que os anteriores;

• Eram menores;

• Eram mais rápidos;

• Milhares de operações por segundo;

• Linguagens simbólicas (ASSEMBLY).

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3ª Geração (1965-1974) - (1965 - 1975)

A principal característica dessa geração é a utilização de circuitos

integrados (miniaturização dos transistores e outros componentes eletrônicos).

• muito mais confiáveis (não há peças móveis);

• muito menores;

• baixíssimo consumo de energia;

• custo menor;

• escala de integração crescente (cada vez mais componentes num

mesmo chip, através de processos mais precisos de miniaturização de

componentes).

4ª Geração (1974 - hoje) - (1975)

Microprocessador (levou a criação dos microcomputadores). Este é o

principal marco dessa geração o que permitiu que a informática realmente

realizasse o seu processo de difusão, pois a partir desse ponto começou a

tornar-se acessível a qualquer pessoa a compra de um computador de uso

pessoal.

5ª Geração - projeto japonês: sistemas de computação

envolvendo inteligência artificial, sistemas especialistas e linguagem

natural.

Há autores que consideram uma quinta geração de computadores que

surge a partir do desenvolvimento de máquinas de processamento paralelo,

arquitetura Risc, computadores com inteligência artificial (sistemas

especialistas) e desenvolvimento de linguagens naturais.

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2.3 - Sistemas de Informação

Sistema de informações é um conjunto de programas que, atuando em

determinado computador, operado por usuários devidamente treinados, são

capazes de resolver as necessidades existentes numa empresa, contando com

um serviço de suporte a sistemas.

Conjuntos de componentes inter-relacionados que coletam (entrada),

manipulam (processamento) e disseminam (saída) de dados e informação,

proporcionando um mecanismo de feedback para atender a um objetivo.

Todos nós interagimos diariamente com sistemas de informação,

usamos os caixas automáticos dos bancos, os scanners de leitura de preços

dos supermercados que identificam nossas compras usando o código de

barras, e, ainda, obtemos informação em quiosques por meio de telas

sensíveis ao toque.

2.3.1 – Dados

São fatos não trabalhados ainda pelo sistema. É um registro da

informação. Representam as coisas do mundo real. Ex: o nome de um

funcionário, a quantidade de horas trabalhadas, quantidade de peças em

estoque, etc.

Tipos de Dados

Dados Representação

Alfanuméricos Letras, números e outros caracteres Imagens Imagens gráficas, fotos, etc. Áudio Som, ruídos ou tons Vídeo Imagens em movimento ou fotos

2.3.2 - Informação

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É a matéria-prima com que o computador trabalha. Fornecemos-lhe

informações que possuímos para que ele processe e gera uma nova, com a

qual podemos tomar decisões, tirar conclusões, solucionar problemas, unir as

informações e obter através dele ainda mais dados.

COMPONENTES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Entrada - É a atividade de reunir e coletar dados brutos (dados não

trabalhados)

Processamento - O processamento envolve a conversão e a transformação

de dados brutos em dados úteis.

Saída - A saída envolve a produção de informação útil, geralmente em forma

de documentos e/ou relatórios.

Feedback - É a saída utilizada para promover as mudanças na entrada ou nas

atividades de processamento. Por exemplo os erros ou problemas podem

tornar necessário corrigir dados de entrada ou mesmo modificar um processo.

Ou seja o Feedback é usado para conferir e corrigir a entrada e identificar os

problemas existentes, e consertar antes que ocorra a saída do processo, é

crítico para o sucesso da operação de um sistema.

Um sistema de informação compreende três elementos básicos:

Entrada Processamento Saída

Feedback

Dados

O processo de transformação (aplicando conhecimento pela

seleção, organização e manipulação dos dados)

Informação

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· Hardware: todo ou qualquer componente mecânico, elétrico ou eletrônico

com os quais são construídos os computadores e equipamentos periféricos

(interno ou externamente).

Exemplos: unidade de disco, impressora, teclado, monitor, memória,

processador, etc.

· Software: todo ou qualquer programa que esteja sendo processado por um

computador executando tarefas e/ou instruções das quais resulte impressão de

relatório, armazenamento de informação, transmissão de informação ou, ainda,

mostrando informação em periférico de saída. Ex: sistema operacional,

linguagem de programação, etc.

· Peopleware: pessoa que utiliza o hardware ou software, inserindo e retirando

informações do sistema.

2.3.3 - O Que Faz Um Computador?

O computador realiza tarefas de acordo com instruções que lhes são

fornecidas por um programa.

Programa

A seqüência lógica de instruções que determina ao computador o que

ele deve fazer é chamada de PROGRAMA. Não devemos confundir programa

com dados: enquanto o programa define o modo de trabalho do computador,

os dados são elementos que serão manipulados.

O programa é uma estrutura estática com uma função específica. O ato

de executar as instruções chama-se PROCESSO, que é uma estrutura

dinâmica.

PROGRAMA = seqüência de instruções PROCESSO = seqüências de ações

Estrutura de um programa

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De modo geral, um programa consiste numa seqüência de instruções

que tratam um conjunto de dados com o objetivo de obter certos resultados de

saída a partir de certos dados iniciais ou dados de entrada.

Do ponto de vista de funcionalidade, uma programa é estruturado nas

seguintes partes:

1. Entrada de dados = Formada por todas as instruções que obtêm os dados

utilizados pelo programa de um dispositivo externo, armazenando-os na

memória principal do computador. Aqui se incluem as instruções que fazem

a depuração ou validação dos dados.

2. Processamento = Conjunto de instruções que resolvem o problema a

partir dos dados introduzidos, deixando os resultados na memória central.

O dispositivo físico carregado de efetuar essa tarefa recebe o nome de

processador.

3. Saída de resultado = É constituída pelas instruções que fazem com que os

dados resultantes do processo sejam enviados para fora através de algum

dispositivo externo.

Uma classificação muito comum das linguagens de programação do

ponto de vista das aplicações, é a que mostramos no seguinte esquema:

Linguagens de

Programação

Baixo nível (Linguagem de máquina) Intermediárias (Linguagem Assembly)

Alto Nível

Gerenciamento Científicos Uso geral

Específicos

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CAPÍTULO III

Tecnologia da Informação na cadeia de suprimentos

A evolução da tecnologia de informação nos últimos anos trouxe

impactos positivos sobre o planejamento, a execução e o controle logístico.

Com isso, criou-se um ambiente favorável para inovações na área de logística,

motivadas principalmente pelo grande aumento na complexidade das

operações

3. 1- Tecnologia da informação – uma visão geral

A tecnologia da informação (TI) vem contribuindo para que a logística

torne-se mais eficiente e efetiva na geração de valor para a empresa,

destacando-se como um diferencial no mercado atual. Podemos dizer, de uma

forma resumida, que TI é a aplicação de diferentes ramos da tecnologia no

processamento de informações, ou ainda que TI é o conjunto de todas as

atividades e soluções providas por recursos de computação.

Um sistema de informação pode ser definido com um conjunto de

componentes inter-relacionados que coletam, recuperam, processam,

armazenam e distribuem informação com a finalidade de facilitar o

planejamento, controle, coordenação, análise e decisões.

Segundo Bowersox e Closs (2001), a Logística resumiu-se no fluxo

eficiente de bens ao longo do canal de distribuição desde seu surgimento. Na

maioria das vezes, o fluxo de informações era deixado em segundo plano, pois

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não era visto como um ponto importante. Além disso, a troca de informações

era feita em uma velocidade bem menor, já que muitos procedimentos

utilizavam papéis, resultando em uma transferência de informações lenta,

pouco confiável e propensa a erros.

Por isso, a TI torna-se um recurso inevitável para uma empresa

moderna. Este avanço da TI nos últimos anos permite às empresas executar

operações que antes eram inimagináveis, visando, sobretudo, obter reduções

de custo e/ou gerar vantagem competitiva.

3. 2 - Papel da Informação na Logística

O fluxo de informações é de extrema importância nas operações

logísticas, como: pedidos de clientes, necessidades de estoque,

movimentações nos armazéns, etc. Há alguns autores que apelidaram este

fluxo de informações logísticas de “Modal Infoviário”. Antigamente, este fluxo

se dava através de papéis, o que tornava a comunicação lenta, pouco

confiável e propensa a erros. A transferência e o gerenciamento eletrônico de

informações proporcionam uma oportunidade de reduzir custos logísticos

mediante sua melhor coordenação, junto a um aperfeiçoamento de serviço

(menos propenso a erros) e uma melhoria da oferta de informações ao cliente.

“Os sistemas de informação da cadeia de suprimentos dão início a

atividades e acompanham a informação referente aos processos, facilitando o

compartilhamento de informações tanto dentro da empresa quanto entre os

parceiros da cadeia de suprimentos, ao mesmo tempo que auxiliam no

processo de tomada de tomada de decisões gerências”. (Bouwersox, 2006,

p.168).

Os sistemas de informações funcionam como elos que ligam as

atividades logísticas em um processo integrado, utilizando hardwares e

softwares para o gerenciamento das operações, seja em uma só empresa

como também em toda uma cadeia de suprimentos. Basicamente, podemos

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diferir os sistemas de informações em 4 níveis funcionais ilustrados no modelo

piramidal abaixo:

Figura 3 – Níveis funcionais de um sistema de informações logístico

Sistema Transacional, representa a base das outras operações, de onde

são retiradas as informações das atividades de planejamento e coordenação.

É o local onde são compartilhadas as informações logísticas com as outras

áreas da empresa (Produção, Marketing, Finanças, ...) ou da cadeia de

suprimento.

Controle Gerência, este nível funcional busca as informações no

sistema transacional para poder gerenciar as atividades logísticas, incluindo

neste patamar as ferramentas de mensuração como indicadores em geral.

Apoio à Decisão, este patamar da pirâmide de funcionalidade dos

sistemas de informações logísticas utiliza softwares como ferramenta decisória

para as atividades operacionais e estratégicas complexas, para que estas não

sejam praticadas com embasamento somente no feeling.

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Planejamento Estratégico, as informações logísticas obtidas das três

níveis abaixo do topo entram como suporte para o desenvolvimento e para a

melhoria contínua da estratégia logística.

Bowersox e Closs (2001) afirmam que para atender as necessidades de

informação e dar o devido apoio ao planejamento e as operações da empresa,

os sistemas de informações Logísticas devem abranger seis princípios.

Disponibilidade, sabe-se que as informações logísticas devem ser

disponibilizadas em tempo real e com exatidão. A rápida disponibilidade é de

suma importância para dar resposta aos clientes e aprimorar as decisões

gerenciais.

Precisão, é necessário que as informações logísticas atendam com

precisão e revelem o status mais atualizado. Por exemplo: o grau de

conformidade entre as informações geradas pelo sistema de informações e o

estoque de uma empresa. Para que operações logísticas funcionem

perfeitamente é fundamental que o estoque real (físico) corresponda ao

estoque mostrado pelo sistema.

Atualizações em Tempo Hábil, as informações logísticas devem ser

atualizadas em tempo hábil propiciando um feed-back rápido. Atualizações em

tempo hábil diminuem incertezas, identificam possíveis problemas e aumenta a

correção das decisões.

Sistemas de Informações Logísticas Baseado em Exceções, basear-se

em exceções serve para mostrar problemas e oportunidades. Sistemas de

última geração integram regras de “exceção” que requerem atenção e/ou

decisões gerenciais. Assim, as pessoas responsáveis pelo planejamento são

capazes de concentrar seus esforços em determinadas situações que exigem

um pouco mais atenção.

Flexibilidade, os sistemas de informações logísticas devem ser

extremamente flexíveis para que desta forma consiga atender às necessidades

dos clientes. Um sistema de informação flexível deve ser capaz de lidar com

diversos tipos de necessidades e deve também fornecer dados adaptados às

necessidades específicas de cada cliente.

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Formato Adequado, todas as informações apresentadas devem conter

as melhores estruturas e ordenações possíveis, ou seja, telas e relatórios

logísticos devem ser adequadamente formatados.

Para Kobayashi (2000), o panorama de uma empresa moderna deve

atingir mercados diferentes, podendo assim responder às mudanças no

cenário mundial. E para obter vitória nesta situação não é possível ter soluções

uniformizadas, ou seja, cada empresa deve encontrar a “sua” solução,

devendo ser flexível para ter capacidade de responder a essas mudanças

constantes, de modos rápidos, contínuos e eficazes. No entanto, não podemos

deixar de citar que o uso do microcomputador gerou um impacto sobre a

logística integrada. A partir da utilização de equipamentos (hardware) e

programas adequados (softwares), foi possível obter capacidade necessária

para realizar diversos tipos de transações, controles e até obter informações

para apoiar as decisões dos usuários.

De acordo com Bertaglia (2003) a Internet está começando a afetar de

maneira considerável a maneira como os produtos são armazenados, vendidos

e distribuídos. Está realizando uma sensível mudança no modo de agir e

pensar nas empresas. Esse recurso tecnológico relativamente econômico e

simples conseguiu diminuir custos e principalmente tempo, tornando os

processos muito mais ágeis dentro da cadeia logística.

Para Kobayashi (2000), desde o começo dos anos 90, no Brasil, a

tecnologia da informação assumiu um papel importante e começou a exercer

influência de modo predominante na Logística. Tudo começou com a inovação

do sistema de gestão dos depósitos WMS – Warehouse Management System

e dos roteirizadores, sistema de otimização dos itinerários de entrega.

Segundo Novaes (2001), até algum tempo atrás, os depósitos e centros

de distribuição só conseguiam falar com os motoristas dos veículos através de

rádio, e assim mesmo só quando estavam dentro da área de alcance. Muitas

vezes, o contato era feito apenas em algumas ocasiões, quando o motorista

conseguia um acesso a um telefone. Atualmente, com o avanço da tecnologia,

as formas de comunicação podem contar com um leque de opções cada vez

mais rápidas e eficazes como: telefones celulares, pequenos computadores de

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bordo e veículos com rastreadores, na maioria das vezes dispondo de

receptores GPS (Global Positioning System). Outra ferramenta que vem sendo

muito usada em associação com a roteirização de veículos é a Internet.

3.3 - Softwares para gerenciamento da cadeia logística

3.3.1 - Sistemas ERP – Enterprise Resource Planning (Sistema de Gestão Integrada)

O sistema ERP é uma plataforma de software desenvolvida para

integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a

automatização e armazenamento de todas as informações de negócios. Um

ERP tem como objetivo integrar todos os departamentos e processos de uma

empresa em um único sistema atendendo às necessidades particulares destes

departamentos. Os ERPs acabaram com os sistemas financeiros, de recursos

humanos, de produção e estoques, substituindo todos por um sistema

modularizado que grosseiramente se parece com os sistemas isolados. As

áreas de finanças, recursos humanos, produção e estoque continuam com os

seus sistemas, porém agora eles estão interligados, e as pessoas de um

departamento podem consultar informações de outro, agilizando o trabalho.

Sendo assim, existe a possibilidade de haver um único banco de dados, uma

única aplicação e uma interface unificada ao longo de toda empresa.

“Os sistemas ERP facilitaram a integração a integração de operações e

de relatórios para iniciar, monitorar e acompanhar atividades cruciais, coo

atendimento de pedidos e processamento de reposições. Além da integridade

e consistência dos dados, os sistemas ERP ganharam popularidade

rapidamente como forma de minimizar o problema do “bug do milênio”. Os

sistemas ERP também incorporam um banco de dados integrado para toda a

corporação, conhecido como armazém de dados (data warehouse), juntamente

com as transações adequadas para facilitar as operações logísticas e da

cadeia de suprimentos”. (Bouwersox, 2006, p.172).

Os benefícios alcançados com este tipo de sistema são:

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• Integração e padronização dos dados;

• Maior confiabilidade dos dados (monitorados em tempo real);

• Revisão dos processos;

• Redução de Custos;

• Otimização do fluxo de informações;

• Nova dinâmica na tomada de decisões;

• Homogeneização das práticas operacionais e formas de gerenciamento

(filiais).

Sob o ponto de vista logístico, o principal objetivo de um sistema ERP é

atuar como um sistema transacional, solucionando problemas com a ausência

de integração entre atividades logísticas. Entretanto, nem todas

implementações de ERP consideram as atividades logísticas de maneira

integrada. Isso resulta da falta de foco na Logística, o que após o processo de

implementação pode trazer uma série de problemas para a gestão da

Logística.

É importante a implantação de um sistema de ERP que permita a

integração, coordenação e agilidade nas transações da cadeia de suprimentos

entre corporações, visto que esta área apresenta alternativas para a redução

de custos e diferenciação de produtos e serviços. Vale ressaltar que hoje

existe carência de bibliografias que avaliam este assunto. A cadeia de

suprimentos, com toda sua intensidade de transação e informação, oferece

muitas vantagens que podem ser facilmente absorvidas. A integração

empresarial é promissora nesse campo – em termos de possibilidades

operacionais mensuráveis que têm uma clara relação com a lucratividade.

Ainda mais significativo é o fato de não precisar a gestão da cadeia de

suprimentos movida a ERP ficar restrita aos limites da empresa. Benefícios

ainda maiores tornam-se evidentes quando uma empresa começa a analisar a

melhor maneira de ampliar o seu ERP para fora de suas fronteiras e utilizá-lo

como ferramenta de integração mais sólida com vendedores, fornecedores,

produtores, distribuidores, varejistas e outros parceiros comerciais.

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3.3.2 - Data Warehouse – Sistemas de suporte à decisão

Podemos interpretar o Data Warehouse como um depósito de

informações integrado, disponíveis para busca (através de filtros) e análise.

Estas informações são provenientes de diferentes fontes operacionais da

empresa (marketing, finanças, etc) e armazenadas em um só local, o banco de

dados central, onde ocorre um compartilhamento visando a maior integração

das atividades da empresa. Além dos

dados da própria empresa, o Data Warehouse também pode comportar

informações de fontes externas, tais como dados demográficos de

consumidores, informações pessoais de cada cliente, entre outras.

Data Warehouse é um grande banco de dados voltado para dar suporte

às necessidades gerenciais de informações. Os dados que compõem o DW

podem ser originados do ERP ou de outros bancos de dados operacionais

utilizados na empresa, e estão armazenados em um local diferente dos

referidos BD operacionais.

O DW permite que sejam efetuadas consultas e análises eficazes,

transformando dados esparsos em informações gerenciais, ex: Monitorar e

comparar dados de transações atuais com as passadas e prever tendências

futuras. E consequentemente promover ajustes nas operações em curso. O

principal benefício do DW é a diminuição do tempo para os gerentes

recuperarem informações. O DW deve ter somente os dados necessários para

que os gerentes extraiam as informações relativas ao processo decisório da

empresa

Permite a ao usuário efetuar consultas simples, pois possui ferramentas

com capacidade de geração de relatórios de forma rápida e fácil através da

utilização de recursos gráficos e orientação por componentes (ex. barras de

ferramentas para a estruturação de relatórios do tipo arrastar e soltar ),

geralmente as ferramentas de construção de relatórios possuem recursos para

a geração de gráficos sobre os dados analisados como mostra a figura abaixo:

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Permite a utilização de modelos estatísticos para análise de um conjunto

de dados. Os modelos neste caso são conhecidos e o usuário seleciona o

modelo estatístico que melhor se aplica à análise que deseja executar.

Benefícios da utilização do Data Warehouse

- Aumento do tempo para análise e tomada de decisão.

- Eliminação de tarefas operacionais como pesquisa e identificação dos

dados necessários ao processo decisório.

- Melhor confiabilidade das informações.

- Racionalização do fluxo de informações na empresa.

- Democratização e padronização de informações sobre o

desempenho de negócios.

- Qualidade dos dados (precisos e confiáveis).

Segurança dos dados

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• Regras - que usuários terão acesso aos dados.

• Tecnologias - como serão identificados os usuários.

• Administração da segurança - quem controla as regras e disponibiliza

acesso e senhas.

• Auditoria - prever formas de se checar freqüentemente a validade e a

consistência dos dados, consultas e relatórios gerados

3.3.3 – Sistemas CRM - Custumer Relationship Management

O CRM é uma combinação de processos de negócios e tecnologia, que

busca entender os clientes das empresas mediante várias perspectivas: quem

são eles, o que eles fazem, do que eles gostam. CRM pode ser definido

também como o planejamento, gerenciamento e operacionalização da

experiência com o cliente, aplicando-se ferramentas de TI com o objetivo de

obter fidelização e criação de valor.

O CRM deve permitir que os dados obtidos dos clientes sejam

transformados em informações que disseminadas pelas organizações

permitam que o cliente seja “conhecido” e cuidado por todos e não só pelos

operadores de Call Center.

Desta forma, a captura dos dados no ambiente transacional (ERP) e

posteriormente transmitida para o Database Marketing (DW) permite conhecer

o perfil do cliente, detectar as ameaças e oportunidades sinalizadas através de

reclamação (ameaça), pedido de mais informações (oportunidade), pedido

acompanhado de uma referência ao preço/serviço diferenciado do concorrente

(ameaça).

A proposta do CRM é desenvolver um processo contínuo e evolutivo de

conhecimento e comunicação efetiva com os clientes.

O CRM é um ciclo, onde três etapas básicas são continuamente

ativadas:

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1) Conhecimento do cliente (quem é ele, o que ele que, o que ele

compra). Esta fase demanda de DW.

2) Baseado nestas informações, planejar campanhas de marketing e

interagir com os clientes.

3) Proceder ações de marketing e vendas.

O CRM Dispõe de informações atualizadas sobre clientes exige um DW

que não é desenvolvido de um dia para o outro. Exige sistemas operacionais

que também não são implementados rapidamente. Na prática, a implantação

de CRM não uma simples aquisição de software, da mesma forma que os

ERPs, exige muita dedicação, esforço e investimento da organização.

CRM é uma forte tendência no mercado, e continuará um dos mais

lucrativos mercados de software neste início de século devido a necessidades

das empresas em melhorar a satisfação e a lealdade dos clientes.

Para atingir tais objetivos, o gerenciamento deve concentrar suas

energias na criação eficiente de novos canais de distribuição, adquirir

informações substanciais de informações sobre clientes, e organizando-as em

uma infra-estrutura adequada, de maneira a possibilitar a integração dos

processos operacionais (ex: vendas e serviços) com os destinados os

analíticos (ex: avaliação dos perfis do cliente).

Benefícios da utilização de um CRM

- Redução de custos da operação de vendas.

- Geração de novos negócios e oportunidades de negócios.

- Ganhos de competitividade através do aumento da lealdade e

diminuição da dependência de fatores relacionados com inovação de produtos

e serviços.

- Integração com ambiente multimídia (Internet)

Tipos de aplicações encontradas para um CRM

- CRM Operacional (maioria das aplicações): Trata dos aspectos operacionais

do relacionamento com o cliente (ex: Call Center para serviço de atendimento

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ao cliente, Automação de vendas para registro de clientes, oportunidades de

negócios e acompanhamento dos indicadores de vendas etc). Deve

contemplar integração com Back Office (ERP ou legados).

- CRM Colaborativo: Engloba todos os pontos de contato com o cliente,

devendo tais pontos estar preparados não só para garantir essa interação, mas

também para garantir o fluxo adequado dos dados para o restante da empresa.

- CRM Analítico: É a fonte de toda a inteligência do processo, servindo para o

ajuste das estratégias de diferenciação dos clientes, acompanhamento de seus

hábitos e identificação de suas necessidades. O aumento da competição em áreas antes monopolizadas, a

globalização da economia e novas tecnologias estão mudando o cenário de

negócios em todo o mundo. Isto exige que empresas mudem a forma de fazer

negócios para manter a competitividade em um mercado cada vez mais

agressivo. CRM é a síntese dessa mudança: sair de um mundo orientado a

produtos para um mundo orientado a clientes.

3.3.4 - SCM - Integração da Cadeia de Suprimentos (SCM)

Atualmente é difícil citar a logística sem entrarmos dentro do contexto de

Supply Chain, ou Cadeia de Suprimento. O Supply Chain aborda tudo que diz

respeito ao fluxo de produtos, informações e recursos financeiros. Os

softwares de Supply Chain Management agregam conjuntos de ferramentas de

previsão de demanda, de otimização da rede logística, planejamento de

transporte, planejamento e seqüenciamento da produção, entre outros. A

abrangência deste software é integrada com outras empresas da cadeia.

Surgem fortes evidências de que empresas da mesma cadeia de suprimentos

cada vez mais irão integrar-se aos meios de sistemas de informação,

reduzindo incertezas, duplicações de esforços e, consequentemente, o custo

com a operação. Os principais fornecedores no mercado deste tipo de software

são:

• SAP: Através do software MySap.com é líder nacional e internacional,

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detendo 36% do mercado mundial. Possui um custo elevado.

• Oracle: Através do software Oracle Supply Chain Management, é a segunda

colocada no mercado mundial, detendo 20% do mesmo. Atingiu o crescimento

através da compra de grandes empresas como Siebel e PeopleSoft

• Microsoft: O software Microsoft Navision possui menos de 5% de

participação no mercado.

• Zemeter: Seu programa, o Supply Chain Consultants é implementado em

grandes empresas como IBM, Philip Morris e a Philips. A tendência atual é que

os fornecedores de softwares ERP migrem para a abordagem de SCM, que

complementa seus poderosos sistemas transacionais.

3.3.5 - Softwares de Simulação

Os softwares de simulação realizam, através do uso de modelos, o

estudo de problemas de natureza complexa, por meio da experimentação

computacional. As principais etapas numa aplicação prática da simulação são:

1. Construção do modelo;

2. Transformação deste modelo conceitual em um modelo computacional

próprio ao processo de experimentação;

3. Teste experimental de alternativas de ação para a escolha das mais

adequadas.

As aplicações deste tipo de ferramenta na logística são diversas, como

por exemplo:

• Dimensionamento de operações de carga e descarga;

• Dimensionamento de Estoques;

• Estudo de movimentação de material;

• Sistema de Transporte;

• Fluxo de Produção;

• Serviços de Atendimento em Geral.

Como exemplos, poderíamos estar interessados em avaliar se o efeito

da implantação de um novo sistema de picking sobre o tempo de

carregamento de veículos em um Centro de Distribuição valeria a pena. Da

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mesma forma, poderíamos avaliar o efeito de diferentes políticas de estoque

sobre o nível de serviço prestado aos clientes, em termos de disponibilidade de

produto e custo de estoque.

Os principais softwares encontrados no mercado são:

• ARENA;

• AutoMod;

• Extend;

• GPSS H;

• SIMPLE ++;

• Taylor II.

3.3.6 - Sistemas de Informações Geográficas (GIS)

Fleury (2000) também destaca os Sistemas de Informação Geográfica (

SIG ), ou GIS, do inglês Geographic Information Systems, uma das tecnologias

de informação que está cada vez mais ao alcance de pequenas, médias e

grandes empresas brasileiras.

Os sistemas de informações geográficas são ferramentas que associam

banco de dados a mapas digitalizados, auxiliando no processo de tomada de

decisão. Através deste software é possível realizar análises do tipo, quantos e

quais clientes são atendidos numa certa região. Além disso, podem-se fazer

análises e gerar mapas temáticos utilizando mapas digitalizados que contêm

rodovias, ferrovias, hidrovias e informações sobre dados georeferenciados.

Existe ainda a possibilidade da aplicação dessa ferramenta a problemas de

localização, seja de pontos comercias, seja de fábricas.

As áreas de aplicação destes sistemas são diversas, como o apoio ao

marketing, localização de pontos comerciais, localização de fábricas e

CD’s/Roteamento, análise de sistemas logísticos, etc.

Alguns softwares disponíveis no mercado são:

• Arc-Info;

• DeskMapp (tem no Brasil, custando menos de R$ 1000);

• MapInfo;

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• Maptitude;

• MaxiCAD;

• Tactician.

Espera-se a longo prazo um aumento significativo da utilização destes

softwares nas empresas. Pois há um crescimento do número de variáveis,

principalmente geográficas, consideradas nas análises. Com isso o processo

decisório torna-se cada vez mais complexo, e a necessidade do uso de tal

ferramenta torna-se fundamental para a competitividade da empresa.

3.3.7 - Sistemas De Gestão De Armazéns – Wms

É um sistema de gerenciamento de depósito normalmente utilizado

para suportar o fluxo das informações de recebimento, armazenagem e

expedição de matérias primas e produtos. Permite a conexão com

impressoras de notas fiscais, coletores de dados, impressoras e leitoras de

códigos de barras e demais equipamentos utilizados na movimentação de

produtos (esteiras, empilhadeiras, balanças etc).

Os sistemas passaram a ter preocupação com a localização do material

em um “endereço” do depósito. Esta evolução permitiu o uso mais intensivo do

conceito de armazenagem dinâmica ou aleatória, onde as mercadorias

deixaram de ter locais fixos de armazenagem e passaram a ser estocadas em

qualquer lugar do depósito, já que estes locais passavam a ter uma

identificação devidamente cadastrada pelo computador. Isto possibilitou

também aumentar a quantidade dos estoques, pois a partir daí não era mais

necessário reservar espaços para o estoque máximo de cada item. Outra

vantagem do sistema é que qualquer funcionário pode colocar ou retirar

mercadorias armazenadas, não sendo mais necessário conhecer o material

para saber exatamente onde ele está armazenado.

O WMS também possibilita administrar mercadorias de diferentes

proprietários, mantendo-se a privacidade das informações das empresas que

compartilham os locais de armazenagem. Outra característica básica de um

WMS é a utilização de coleta de dados por rádio freqüência. A necessidade de

aumentar a produtividade do pessoal do armazém faz com que os sistemas

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WMS tenham a habilidade de efetuar transações on-line.Tecnologias como

códigos de barras e transações via radio-frequência permite que o WMS possa

processar todas as informações em tempo real, dispensando o uso de papéis.

Funcionalidades usualmente disponibilizadas pelos WMS:

- Agendamento de operações de docas (recebimento e expedição).

- Gerenciamento de chegada de veículos na portaria.

- Identificação de mercadorias recebidas e expedidas.

- Endereçamento automático para estocagem de materiais.

- Confirmação de estocagem nos endereços corretos.

- Controle de inventário.

- Atualização do estoque on-line.

- Separação de pedidos por rota, cliente, produto etc.

- Integração com operações de emissão de nota fiscal.

- Identificação dos volumes expedidos.

- Otimização da movimentação de equipamentos.

- Programação e gerenciamento da mão-de-obra.

Principais benefícios advindos da utilização de WMS:

- Aumento da produtividade nas operações do depósito.

- Melhorias na acuracidade dos inventários.

- Redução de custos.

- Informações em tempo real.

- Aumento na qualidade dos serviços prestados aos clientes.

Exemplos de WMS disponíveis no mercado:

- W.I.S (CET Competitividade Estratégia e Tecnologia - www.wis.com.br)

- SAGA WMS(S&A Sistemas e Automação - [email protected])

- USS-WMS (Uniconsult Sistemas - www.uniconsult.com.br)

- W.M.S (Catalyst International - www.catalystwms.com)

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3.3.8 – Sistemas Roteirizadores

Tem por objetivo gerenciar os embarques, definindo a frota com a

quantidade e os tipos e veículos necessários, a seqüência e o horário previsto

das entregas e o melhor roteiro a ser seguido pelos veículos. Permite a

utilização maximizada da frota existente ou a otimização da frota a ser

utilizada. Obedecem a parâmetros de distribuição pelos usuários, como

características da frota disponível, horário de recebimento dos clientes, tempo

médio de espera,restrições de áreas de circulação, tempo de descarga,

velocidade média dos roteiros, jornada de motoristas/ajudantes etc.

Basicamente, trabalham com a representação digital da rede viária

obtidas a partir de mapas digitalizados, devendo portanto a mesma estar

disponível para a utilização do software. Utiliza informações dos cadastros

existentes para clientes, pedidos/faturamento evitando redigitação de dados

armazenados.

Devem ser observados os seguintes cuidados na implantação de

Roteirizadores:

Tendo em vista que os referidos softwares devem ser modelados

segundo as peculiaridades de cada usuário deve ser considerado no processo

de configuração o conhecimento das equipes de vendas, motoristas e demais

profissionais da empresa ligados a atividade de distribuição.

Assim sendo, tais produtos normalmente demandam de consultoria

especializada para as respectivas atividades de instalação, configuração e

implantação.

Exemplos de roteirizadores disponíveis no mercado:

- Roadshow ( Descartes - www.descartes.com).

- Mobile cast ( Roadnet Technologies - www.roadnet.com).

- TransCad ( Caliper Corporation - www.caliper.com).

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3.4 - Logística e Comércio Eletrônico

“Comércio eletrônico é um conjunto de processos nos quais clientes,

empresas, parceiros de negócios, instituições financeiras, operadores

logísticos e outros efetuam transações comerciais utilizando tecnologia

baseada em Internet”. (Tecnologística - julho de 2000).

Com a evolução do comércio, foi possível integrar o uso de vários meios

eletrônicos como fax, Internet, telefone a toda e qualquer transação comercial.

Deste modo, verifica-se um enorme crescimento das transações virtuais,

criando um cenário de mudanças, proporcionado desafios e oportunidades

para a Logística dentro do comércio eletrônico

Novaes (2001) afirma que alguns elementos diferem o comércio

eletrônico do comércio tradicional como, por exemplo, a comunicação. Os

serviços de comunicação dão suporte às trocas de informação entre

vendedores e compradores. Outro ponto é o serviço de gerenciamento de

dados, pois no comércio eletrônico feito através da Internet, é necessário que

se criem e mantenham bases de dados para fornecer informações de vários

tipos aos clientes. E por último, a segurança. Os mecanismos de segurança

existentes hoje na Internet autenticam a fonte de informação e garantem a

integridade e a privacidade na troca de informações.

3.4.1 - Modalidades Básicas e Escopo do Comércio Eletrônico

- Business-to-Business (B2B) - Dinamiza transações entre empresas;

- Business-to-Consumer (B2C) - Dinamiza transações entre empresas e

consumidores;

- Escopo bastante diversificado, como por exemplo:

- Estabelecimento de contato inicial;

- Troca de informações;

- Suporte pré e pós venda;

- Vendas;

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- Compras;

- Pagamento eletrônico;

- Gerenciamento da distribuição e rastreamento dos produtos;

- Negócios virtuais (ex: e-learning);

De acordo com Novaes (2001), no comércio eletrônico do tipo B2C, os

gerentes de Logística estão sendo pressionados a implementar práticas

operacionais diferentes para atender novas formas de demanda dos

consumidores em função de vários aspectos

Dificuldades para tornar-se “on-line

- Conflito de canal: As operações on-line podem prejudicar o desempenho dos

canais tradicionais;

- Competição: Crescimento da competição do nível local para o nível global;

- Aceitação do canal: Risco do mercado não aceitar o novo canal;

- Lealdade: A internet é impessoal, não havendo comprometimento com

determinado vendedor;

- Preço e nível de serviço: O modelo permite fácil comparação de preços e

serviços. Os preços diminuem e é necessário aumentar o nível de serviços

para garantir a competitividade;

- Segurança: Necessidade de investimentos em segurança para a viabilização

do sistema;

- Viabilidade: Insegurança quanto a viabilidade econômica do negócio on-line.

- Logística: Necessidade de alinhar os processos logísticos com as novas

demandas do E-business. O processo não é tão simples e rentável quanto aparenta, carecendo

portanto de cuidados especiais nas etapas de criação, implementação e

manutenção. Como qualquer produto requer formulação de estratégias e

como qualquer negócio deve estar de acordo com a legislação nacional e

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internacional (internet não tem barreiras). Como este segmento de TI ainda

não está devidamente amadurecido deve haver análise criteriosa para a

decisão de sua implementação.

Considerando o volume de recursos normalmente demandados e o

tempo para retorno de investimentos na Internet, recomenda-se uma razoável

retaguarda financeira para a viabilização do empreendimento on-line. Segundo Moon (2000), além da redução dos custos logísticos, as

empresas de comércio eletrônico estão revendo a distribuição das margens de

lucro ao longo da cadeia e tentando eliminar o maior número de intermediários

possíveis. Por outro lado, os intermediários que permaneceram na cadeia de

suprimento, como transportadoras, fornecedores e operadores logísticos, têm

sido obrigados a prestar serviços de qualidade superior para conseguirem

manter suas posições no mercado.

Abaixo, apresentam-se as principais diferenças entre a logística

tradicional e a do e-commerce business-to-consumer (B2C):

Logística

Tradicional Logística do E-commerce

Tipo de Carregamento Paletizado Pequenos pacotes

Clientes Conhecidos Desconhecidos

Estilo de Demanda Empurrada Puxada

Fluxo de Estoque / Pedido Unidirecional Bidirecional

Destino dos Pedidos Concentrados Altamente dispersos

Responsabilidade Um único elo Toda cadeia de suprimento

Demanda Estável e consistente Incerta e fragmentada

Fonte: Fleury (2000)

3.4.2- Edi - Eletronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico De

Dados)

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Segundo Bouwersox (2006) embora o telefone, o fax e a conexão direta

por computador tenham possibilitado a troca de informações no passado, o

EDI e a Internet estão se tornando rapidamente os padrões para uma troca de

informações efetiva, precisa e de baixo custo.

“O EDI é definido como uma troca interempresarial, computador a

computador, de documentos comerciais em formato padrão para facilitar um

alto volume de transações. Isso envolve capacitação e prática para

intercomunicação eletrônica entre empresas, substituindo os meios

tradicionais, como correspondência, courier, ou até mesmo fax”. (Bouwersox,

2006, p.179)

A configuração típica de EDI é aquela em que diversos clientes do

serviço trocam informações entre si através de um provedor de serviço de EDI.

Este provedor recebe o nome de VAN (value-added network).

O papel de uma VAN é o de centralizar informações recebidas dos

diversos clientes e, ordenadamente aos respectivos receptores. As VANS

garantem a uniformidade das informações que trafegam entre os clientes,

evitando problemas oriundos das diferenças de protocolos entre diferentes

clientes. Disponibiliza um software de comunicação de dados, que deve ser

instalado no cliente.

De forma simplificada, para utilizar o EDI a empresa necessita de um

microcomputador, modem e linha telefônica (normalmente privativa fornecida

pela CIA TELEFÔNICA).

VAN

VAN

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Benefícios da implantação do EDI:

- Mudanças na forma de realizar negócios;

- Eliminação de tarefas;

- Ajustes em processos;

- Fortalecimento de parcerias comerciais.

- Agilidade na troca de informações;

- Redução de erros;

- Redução de custos operacionais;

- Eliminação de tarefas redundantes;

- Diminuição de digitação e conferências.

3.5 – Tecnologias Satélites e Radio Freqüência

3.5.1 – GPS (Global Positioning System) e GPRS (General Packet

Radio Service)

O GPS (Global Positioning System), que possui coberturas mundiais,

que torna possível a conexão com rastreador via celular (GSM) tornando-se

um sistema híbrido. Fornece posições automáticas, permite o envio de

comandos além da possibilidade de monitoramento feito pelo próprio cliente e

posicionamento do veículo via Internet.

Temos também a Triangulação, onde o sinal é transmitido através de

uma rede antenas, transmite e recebe as posições do veículo, sensores e

comandos, em qualquer local dentro de sua área de abrangência.

GPRS (General Packet Radio Service), que rastreia o veículo de 10 em

10 segundos. A localização dos veículos é feita através de GPS com precisão

menor do que 30 metros. Os veículos são visualizados sobre mapas digitais

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detalhados, que reproduzem rodovias, ruas e avenidas de todo o Brasil.

Monitoramento em tempo real, 24h em todo território nacional onde há

cobertura das operadoras de telefonia celular que utilizam o sistema

GSM/GPRS. Monitora os veículos de 1 em 1 segundo e repassa as

informações a central de 10 em 10 segundos.

O sistema detecta desvios de rota automaticamente, enviando alarmes

para a central. Mesmo que o assaltante tente esconder o veículo, a última

posição captada pelo GPS (de apenas 1 seg) (antes do carro ser ocultado e

retirado da área de cobertura do satélite) fica armazenada no banco de dados.

O cliente pode solicitar a instalação do sistema na empresa para facilitar a

comunicação e a Logística. O botão de pânico quando acionado, envia um

alerta para a central, informando hora e local do evento. Bloqueio remoto do

veículo através da Central, em caso de suspeita ou confirmação de roubo.

Acionamento intermitente da sirene quando o veículo é bloqueado e fazendo

comparação de rotas previstas com as rotas efetivamente realizadas. (Control

Loc Cargo, 2003).

3.5.2 - LAP (Localizador e Alarme Portátil)

LAP (Localizador e Alarme Portátil), permite que, em caso de

emergência, possa se localizar uma pessoa desaparecida, se comunicar com

as autoridades policiais caso esteja em perigo, obter ajuda médica e muito

mais através de uma comunicação de sinais emitidos para a Central de

Controle e Operação. É um aparelho portátil, que pode ser transportado dentro

da bolsa, jaqueta ou bolso. Monitora o sinal do aparelho 24 h por dia, 7 dias

por semana e possui um botão de emergência que, ao ser acionado, envia

sinal que permite que ele seja localizado e rastreado em poucos minutos. Pode

localizar e rastrear em tempo real o sinal emitido pelo LAP e ainda é utilizado

para rastreamento de cargas, pessoas, animais e para gerenciamento de

trabalhadores. É importante ressaltar que não precisa estar em locais abertos

para captar sinais. Trabalha com radio-frequência, o que permite que seja

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rastreada tanto em áreas abertas quanto em áreas urbanas, floresta, e dentro

e fora de edifícios. (Ituran, 2002).

3.5.3 - RI (Rastreador Inteligente)

O RI (Rastreador Inteligente), conhecido como Inteligência Embarcada,

é um software que configura a instalação embarcada e permite a execução das

funções dos rastreadores instalados nos veículos, bem como o monitoramento

e o controle remoto da central de rastreamento, que é responsável por realizar

os procedimentos necessários, tais como: localização e acompanhamento do

veículo e o envio de comandos de bloqueio e desbloqueio do motor. Possui

vários acessórios e módulos inteligentes de rastreamento, permitindo que

diversas funcionalidades sejam agregadas de acordo com a expansão

desejada pelo usuário. Utiliza a Internet, rede de telefonia celular e fixa e

possui acesso de alta velocidade. Se qualquer das funções programadas para

o transporte for lesada /alterada o veículo terá suas atividades bloqueadas,

sendo este um de seus benefícios. Utiliza o modo de comunicação mais barato

naquele dado local, alterando todas às vezes necessárias para o modo de

comunicação que ofereça menor custo. (OmniLink, 2003).

3.5.4 – RFDC – Rádio Frequency Data Communication (Troca de

dados por rádio frequencia)

A tecnologia da comunicação de dados por radio-freqüência, é utilizada em

áreas relativamente pequenas, como centros de distribuição, para facilitar a

troca de informações em duas vias. A aplicação principal é a comunicação em

tempo real com operadores móveis, como operadores de empilhadeiras e

selecionadores de pedidos. A RFDC permite que esses operadores tenham as

instruções e as prioridades atualizadas em tempo real, em vez de utilizarem

uma cópia das instruções impressa horas antes. As instruções em tempo real

para guiar os fluxos de trabalho oferecem flexibilidade e capacidade de

resposta, e possuem potencial de melhorar o serviço utilizando menos

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recursos. As aplicações logísticas de RFDC também incluem uma

comunicação em duas vias do ciclo de seleção do armazém, para verificação

de contagem e impressão de etiquetas.

“Capacitações avançadas de RFDC, na forma de comunicações de voz

em duas vias, estão encontrando seus caminhos nas aplicações logísticas em

armazéns. Sem exigir pessoal das operações de armazenamento para

interface com um computador móvel ou portátil, o RFDC de voz prepara os

operadores para suas tarefas com comandos audíveis e fica ao aguardo de

pedidos ou respostas verbais” (Bouwersox, 2006, p. 187).

Os sistemas de reconhecimento de voz se baseiam em palavras chaves

e padrões de voz de cada operador. O benefício principal de RFDC de voz é

uma interface mais fácil dos operadores; pois como não é exigida a entrada de

dados pelo teclado, eles têm ambas as mãos livres para tirar pedidos.

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CAPÍTULO IV

Considerações Finais

Diante de um mercado tão competitivo podemos perceber que os fluxos

de informações tem se tornando cada vez mais importante diante das

operações logísticas, tornando-se uma ferramenta de gestão cada vez mais

importante para os profissionais da área.

4.1 – Conclusão

Informações rápidas e precisas são de suma importância para que a

cadeia de suprimentos possa evoluir de maneira clara, rápida e satisfatória.

Surge então uma perspectiva de uma grande parceria que vem dando

certo: tecnologia da informação e logística, pois com a interação das mesmas

podemos alcançar resultados antes inimagináveis que resultam em economia

de tempo, recursos redução de custos e sem dúvida agilidade nas operações.

Algo relevante é que a logística com o passar dos anos assume um

papel fundamental no mercado, pois se antes a mesma assumia uma postura

em gerenciar o fluxo da cadeia de suprimentos, hoje ela assume um papel

importantíssimo que é o gerenciamento do fluxo de informações. A informação

aliada a tecnologia passa a ser a grande força motriz fazendo com que as

empresas que fazem dela uma estratégia de negócios possam Ter uma grande

vantagem competitiva.

A transferência e o gerenciamento eletrônico de informações permitem

às empresas a prestação de um serviço de maior qualidade e confiabilidade,

principalmente pelo fato de se poder oferecer a seus clientes uma informação

mais precisa e muitas das vezes em tempo real.

De acordo com Fleury (2000), atualmente três razões justificam a

importância de informações rápidas e precisas para sistemas logísticos

eficazes. Em primeiro lugar, os clientes percebem que informações sobra

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situação do pedido, disponibilidade de produtos programação de entrega e

faturas, são necessário ao seu serviço. A Segunda razão relaciona-se a meta

de redução de estoques na cadeia de suprimentos. Com a utilização da

informação, percebe-se que se pode reduzir de forma eficaz as necessidades

de estoque e recursos humanos e, em especial, o planejamento das

necessidades que utiliza informações mais recentes pode reduzir o estoque e

minimizar a incerteza em torno da demanda. A informação aumenta a

flexibilidade e permite identificar os recursos que podem ser utilizados para que

se obtenha uma vantagem estratégica.

Ao longo deste estudo podemos observar o quanto a tecnologia da

informação tem sido uma ferramenta de grande valia para a cadeia logística,

pois há alguns anos levava-se muito tempo para realizar pedidos, buscar

produtos em estoque, saber efetivamente se os estoque eram capazes de

suprir as demandas, sem se falar nas entregas que muitas das vezes não

eram satisfatórias para os clientes pois levavam muito mais tempo do que se

leva hoje.

“A acessibilidade e a capacidade cada vez maiores dos sistemas de

informação e comunicação aumentam significativamente a disponibilidade e a

precisão das informações na cadeia de suprimentos. Os avanços da tecnologia

d informação reduziram dramaticamente a incerteza entre grandes empresas,

mas ainda existem oportunidades substanciais para comunicações entre

empresas pequenas, o que atenderia a maioria dos participantes da cadeia de

suprimentos. Enquanto maiores avanços dos sistemas de comunicações

continuarão a reduzir a incerteza, é possível que as principais oportunidades

para fortalecer os desempenhos futuros se darão a partir dos sistemas de

planejamento estratégico e de análise da cadeia de suprimentos”. (Bowersox,

2006, p.191).

Atualmente os profissionais de logística estão cada vez mais tendo

recursos tecnológicos para o seu dia a dia, pois podem contar com tecnologias

de ponta que auxiliam desde uma solicitação de pedido até a entrega do

produto no cliente final, podendo Ter acesso às informações de forma segura é

rápida durante todo o processo da cadeia logística. Contam também com

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sofisticados softwares de tomada de decisão que os auxiliam na busca da

excelência de seus serviços, mas vale ressaltar que a tecnologia sem os

conhecimentos e a experiência do profissional da logística não poderia ser tão

eficaz, por isso é que se torna cada vez mais necessário que tais profissionais

estejam sempre se reciclando para que os mesmos possam continuar

utilizando a tecnologia da informação em prol do alcance dos objetivos e metas

da organização.

4.2 - Recomendações

Após o presente estudo, Verifica-se que a tecnologia da informação

tornou-se um fator indispensável para a cadeia logística sendo efetiva,

oferecendo agilidade à organização, precisão e segurança. De acordo com

Novaes (2001), é a Logística que propicia a entrega do produto certo no

momento desejado.

Fica evidenciado a importância e a necessidade de se Ter um sistema

de informações adequado que acima de tudo supra as necessidades de cada

empresa em particular, pois com o passar dos anos a cadeia logística tem

sofrido várias modificações no intuito de atender a demanda global e de se

manter no mercado.

Cada sistema tem as suas particularidades e cabe às empresas

conhecer o que o mercado tem as oferecer e optar pelo que melhor atende as

suas necessidades de negócios. Vale lembrar que para que as empresas

possam escolher o sistema que melhor se enquadra ao seu perfil, se faz

necessário que a mesma contrate uma boa consultoria que estará trabalhando

em conjunto com os funcionários da empresa buscando em primeiro lugar,

conhecer os processos da empresa e em segundo lugar estará apresentando

as opções que melhor se adaptam a mesma.

Ao escolher um sistema de informações é sempre bom que a empresa

faça uma pesquisa sobre o que há de mais moderno no mercado, analisando

as várias ferramentas de tecnologia da informação, buscando sempre a que irá

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lhe proporcionar a integração e a melhoria no desempenho de sua atividades

logísticas.

Deve-se também analisar e avaliar a competitividade, produtividade e

melhorias de desempenhos obtidos através da integração das áreas da

tecnologia da informação e a logística. Enfim, o que realmente importa é que

não só as empresas mas principalmente os profissionais de logística tenham a

tecnologia da informação como uma grande aliada no alcance de seus

objetivos, buscando sempre a qualidade e a satisfação de seus clientes.

BIBLIOGRAFIA

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes – Projeto a vez do

mestre

Título da Monografia: Tecnologia da Informação e a cadeia logística

Autor: Cintia Guimarães Pereira Matrícula: K205166

Data da entrega: 15/02/08

Avaliado por: Conceito:

ANEXOS - EVENTOS CULTURAIS

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