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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS Por: Rafael Augusto Peçanha de Carvalho Orientador Prof. Ms. Alessandra – D.S.c. Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · como pura aplicação de senso ... além de serem dependentes de tecnologia, não conseguem aplicar ... humanos pode ser compreendida

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS

Por: Rafael Augusto Peçanha de Carvalho

Orientador

Prof. Ms. Alessandra – D.S.c.

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Empresarial.

Por: Rafael Augusto Peçanha de Carvalho

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por me ajudar em todos os momentos e pela certeza de tê-lo sempre comigo. Aos professores que me ministraram o Curso de Pós – Graduação em Gestão Empresarial, contribuindo para meu crescimento e amadurecimento profissional. Em especial, a minha orientadora, pela atenção e colaboração para elaboração deste trabalho. Em particular ao meu pai, que não está mais comigo, mais que sempre foi uma pessoa que demonstrou amor, confiança e orgulho quanto ao meu potencial. A minha mãe, irmão e sobrinha que eu os amo e sempre estão presentes em todos os momentos da minha vida.

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DEDICATÓRIA

A memória do meu pai que sempre acreditou no meu potencial e habilidades, a minha mãe que com muito sacrifício e carinho me criou e me ajudou dando força nos momentos de dificuldades, ao meu avô e avó que transformaram este sonho em realidade e a Firjan, que indiretamente foi à empresa que contribuiu para que eu fizesse mais um Curso de Pós Graduação.

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RESUMO

Este projeto visa apresentar a Administração de Rh, como o grande

diferencial exigido no mercado atual, enfatizando que o treinamento nas

organizações hoje é de suma importância para o desenvolvimento de seus

funcionários, usando-o como um instrumento para aumentar a produtividade e

a rentabilidade, obtendo assim o sucesso da empresa.

A competitividade deixa claro que o grande diferencial apresentado

hoje nas organizações são seus funcionários. Estes são os únicos que podem

aumentar sua fatia no mercado. Em contrapartida, o desenvolvimento passou a

ser um instrumento altamente valorizado pelas empresas. A princípio o

conhecimento está nas pessoas, mas também pode estar na organização,

desde que esse conhecimento seja difundido por todos, através de um

processo de aprendizagem organizacional. Desta forma acredita-se que o

trabalho em tese não contribuirá apenas para as empresas, ele terá uma

grande colaboração para a sociedade em geral, pois o que importará é o

efetivo valor do aprendizado intenso, que rege o dia-a-dia de cada indivíduo.

O homem nasce, iniciando-se em um intenso processo de descobertas

e aprendizagem. Os primeiros ensinamentos ocorrem entre seus familiares e

no próprio meio social que nos cerca, dando seqüência à escola, que é

responsável por uma parcela significativa destes conceitos. A empresa vem

propiciar um desenvolvimento educacional mais definido. Nela as pessoas

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aprendem e aplicam seus conhecimentos, visando atingir objetivos específicos

e predefinidos de interesse mútuo.

Desta forma está claro que o homem se educa por intermédio do

contato com outros homens e de sua interligação com o meio. Portanto, cabe a

academia propiciar , na formação do profissional, a capacidade de mudanças,

no aspecto comportamental, inovando seus objetivos e preceitos, para que os

indivíduos venham a aderir a uma nova postura perante a sociedade e a si

mesmos.

No ambiente de aprendizagem, toda uma vida e todos os aspectos da

exigência cotidiana transformam-se em agentes de Educação, contudo, leva-

se em conta todas as dimensões do ser humano e coloca a aprendizagem à

disposição de todos, para que o indivíduo possa atingir seu pleno

desenvolvimento.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................9

CAPÍTULO 1 – GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS........12

1.1. Gestão Estratégica................................................................................12

1.2. Planejamento Estratégico.....................................................................17

1.3. Alguns Modelos de Estratégia...............................................................19

1.3.1. Matriz BCG..............................................................................20

1.4. Modelo de Porter...................................................................................23

1.5. Gestão de Pessoas...............................................................................25

CAPÍTULO 2 – GESTÃO POR COMPETÊNCIAS..........................................32

2.1. Métodos Tradicionais de Avaliação de Desempenho...........................35

2.2. Pontos Críticos e Desvantagens dos Sistemas tradicionais.............. ...39

2.3. Tendência Contemporânea: A Avaliação por Competências ...............42

2.4. A Avaliação por Competências.............................................................43

CAPÍTULO 3 -PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL.47

3.1. Pressupostos Básicos e objetivos da DO......................................... ...49

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3.2. O Processo do DO................................................................................52

3.3. Detalhamento e Análise do processo de D.O. .....................................55

3.4. Levantamento das Necessidades de Treinamento...............................68

CAPÍTULO 4 - O INDIVÍDUO E A ORGANIZAÇÃO........................................71

4.1. Teoria de Motivação dos Funcionários.................................................71

4.2. Satisfação no Trabalho e Comprometimento com a organização........74

CONCLUSÃO..............................................................................................................78

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................82

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INTRODUÇÃO

Há dois tipos genéricos de reação quando se fala em Gestão

Estratégica de Recursos Humanos no âmbito de uma organização. Ou as

pessoas consideram sua atividade um mistério, com processo decisório

centralizado e vivenciado sobre critérios desconhecidos, ou assumem que

não se consegue gerenciar qualquer tipo de unidade sem gerenciar as

pessoas que alí trabalham. Também se verificam duas atitudes possíveis

perante o conhecimento desta área: ele pode ser visto como composto de

ritos e de conhecimentos técnicos (ou mágicos), a menos que seja percebido

como pura aplicação de senso comum e, quem sabe, como a tentativa de

fornecer alguns conceitos de auto-ajuda aos trabalhadores de uma

organização.

Qualquer pessoa, que pertença ou não a uma organização, trabalha

com Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Na seleção de um

trabalhador para o serviço doméstico, na compra de café numa padaria, na

educação dos filhos, em tudo isso está envolvida uma série de conteúdos

afeitos ao conhecimento administrativo. Desde os primórdios das chamadas

"teorias da administração", entre os princípios de Henri Fayol, há o de pagar

a cada um segundo a tarefa que realiza e o de tratar igual o que é igual e

diferente o que é diferente, ambos entre as consideradas primeiras leis da

Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Embora antigos, embora façam

sentido, embora considerados superados, nenhum deles é tão aplicado o

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suficiente no dias de hoje, nem (ou principalmente) no setor da saúde.

A Gestão Estratégica de Recursos Humanos tem um componente de

"leis e normas" de caráter idealmente objetivo, mas, ao mesmo tempo, se

assenta sobre relações interpessoais, que, em qualquer caso, se baseiam

em sensações e percepções. É sempre difícil aceitar o componente

emocional contido nas relações e reações humanas. Isso se torna

particularmente delicado quando se discute gestão, diante do conteúdo de

conhecimento (mesmo que não científico) atribuído a essa área. Nos anos

90, o conceito de "inteligência emocional" buscava fornecer conteúdo de

conhecimento ao que antigamente se chamava pejorativamente de

"emocional". Nos primeiros anos do século XXI, na área de saúde, começa-

se a ter claro que a auto-estima dos trabalhadores influi na maneira pela qual

eles conseguem oferecer de fato o "cuidado" àqueles que querem ensinar,

tratar, reabilitar.

O objeto da Gestão Estratégica de Recursos Humanos são as

pessoas e suas relações dentro da organização. No entanto, certamente não

é esse o seu objetivo. É sempre necessário esclarecer o formulador dos

objetivos que se quer atingir. Neste texto, está sendo considerado

basicamente o ponto de vista da organização, aqui entendida como a

administração do município (e não os seus cidadãos). Nessas condições,

pode-se dizer que a administração de recursos humanos serve para manter a

organização produtiva, eficiente, eficaz, a partir da mobilização adequada das

pessoas que ali trabalham.

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As pessoas que trabalham na maioria das organizações representam

seu recurso crítico, ou seja, aquele sem o qual elas não conseguem realizar o

seu trabalho. Isso é particularmente verdadeiro nas organizações de saúde

que, além de serem dependentes de tecnologia, não conseguem aplicar essa

tecnologia sem contar com recursos humanos adequados. Ou seja, a

avaliação final do desempenho da área de recursos humanos será dada em

função dos resultados obtidos pela organização. A definição dos resultados

esperados deve ser dada pelos formuladores das políticas da organização,

ou seja, pelo secretário municipal (ou até do prefeito). Assim, a gestão de

recursos humanos tem importante componente estratégico.

Gestão de pessoas deve, na organização, ser objeto de interesse (se

não de atuação) de todos os que nela trabalham, gerentes de recursos

humanos, de outras áreas ou com qualquer outro tipo de atividade. Seja por

lidar com suas vidas, seja por lidar com o funcionamento da organização, tem

um componente universal não desprezível. A administração de recursos

humanos pode ser compreendida como um subsistema de uma organização,

pois pessoas realizam o trabalho das organizações.

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CAPÍTULO 1 – GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS

HUMANOS

1.1 . Gestão Estratégica

A estratégia nasceu principalmente após a 1ª Grande Guerra (1914-

1918), foi ajustada pela sociedade civil e aplicada nas atividades públicas e

empresariais, nasceu da necessidade dos primeiros generais da antiguidade:

antes de travarem armas com o inimigo eram obrigados intuitivamente, a fazer

uma avaliação da força presumível do inimigo, do objetivo a conquistar e de

sua própria força. São opções de cursos de ação que exércitos, organizações

e mesmo pessoas avaliam e adotam para atingir seus objetivos (DAY, 1990).

Para que se possa pensar em estratégia é necessário:

• Que haja objetivos claros e definidos a serem alcançados;

• Que exista uma variedade – mesmo que pequena – de opções para

alcançar esses objetivos, só pode haver pensamento ou raciocínio

estratégico se houver opções. Caso haja apenas um caminho a ser

seguido, a racionalidade estratégica não é aplicável.

Segundo AURÉLIO (2002), estratégia significa:

1. Arte militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas,

navios e/ou aviões, visando a alcançar ou manter posições relativas e

potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados

objetivos;

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2. Arte militar de escolher onde, quando e com que travar um combate ou

uma batalha;

3. Arte de aplicar os meios disponíveis com vista a consecução de objetivos

específicos, e;

4. Arte de explorar condições favoráveis com vista a consecução de objetivos

específicos.

Basear nessas definições permite fazer a seguinte afirmação:

estratégia é, antes e acima de tudo, uma arte. É claro, porém, que as

características do ambiente vão influenciar as escolhas estratégicas. Na

realidade, o número de opções se amplia ou se reduz tanto em função dos

meios disponíveis – ou fatores internos (também pode-se chamar de variáveis

controláveis). Consequentemente, a arte do estrategista é a sua capacidade de

escolher uma opção, considerando o ambiente interno e externo. Pode-se

ainda dizer que a arte do estrategista consiste em utilizar uma forma de pensar

que não pode ser totalmente racional uma vez que, nesse sentido, até mesmo

toda a racionalidade de modelos matemáticos é falível, nem totalmente

intuitiva. Ele combina tais formas de pensar na busca de escolher a melhor

alternativa frente a um leque (amplo) de opções, esta é a sua verdadeira arte.

E outra característica dessa arte é que o estrategista não conta, a priori, com a

garantia absoluta de sucesso. Mas pode, a posteriori, ser avaliado pela sua

capacidade em atingir os objetivos previamente definidos. Mesmo quando em

relação a situações não – militares, é mais fácil visualizada quando se pensa

na questão da guerra (DAY, 1990).

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Para o autor, a atividade da guerra sempre esteve presente na

história da civilização humana. As tribos, os clãs, os reinos, os impérios,

envolviam-se constantemente com a atividade guerreira. As guerras remontam,

portanto, aos primórdios da civilização, quando grupos humanos iniciam seu

processo de sedentarização. Esses grupos estabeleciam moradias fixas,

trabalhavam a terra e criavam instrumentos para facilitar o trabalho. Os

nômades, ao verem os bens dos povos fixos, passavam a desejá-los e

entendiam que o único meio para obtê-los eram o roubo ou assalto. É possível

afirmar, inclusive, que a origem da guerra está no roubo, na obtenção de bens

pela apropriação indevida da posse alheia. A idéia de que a guerra é um dos

meios mais eficientes para se conseguir aqueles bens que se deseja

permaneceu, e ainda permanece, no inconsciente coletivo da humanidade. Em

conseqüência, esses grupamentos humanos, que posteriormente formariam os

Estados, classificar-se-iam como empreendedores, já que procuravam através

de uma ação ampliar a posse de bens. Se assim considerarmos, devemos

vislumbrar a guerra como seu principal empreendimento. Quando mais tarde

os Estados começaram a ter maior unidade e amplitude, passaram a se utilizar

de outras “razões” para iniciar uma guerra. Mas, mesmo que encobertos por

motivos religiosos, ideológicos ou nacionalistas, os fatores determinantes para

que buscassem a guerra sempre estavam atrelados ao desejo de conquista de

novos territórios, seja para realmente mantê-los, seja para usá-los em

negociações sobre acordos e tratados, que resultariam em mais riqueza e mais

poder. Segundo o general Clausewitz (apud. BUZZELL, 1991): “A guerra é o

elemento que melhor convém ao espírito humano em geral”. É nela que se

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sobressaem aspectos como valentia, amor à pátria e sentimento de unidade,

entre outros.

Podia ser rápida ou demorada, com preocupações sobre a

situação posterior à guerra ou não, mas a realidade é que ela sempre foi uma

constante na história da humanidade, e ainda está presente nos dias atuais.

Por tão envolvidos com a questão da guerra, era natural que os Estados se

preocupassem em possuir exércitos fortes e ter grandes chefes militares. Às

vezes, a figura do chefe militar misturava-se com a do chefe político (DAY,

1990).

Segundo o autor, se considerar que o ambiente no qual as empresas

atuam está se tornando cada vez mais turbulento, sujeito a mudanças que

embora sejam de menor amplitude, são cada vez mais freqüentes, pode-se

inferir que a tecnologia de gestão precisou evoluir tanto quanto a tecnologia de

extermínio em massa. As ações das empresas no mercado podem mesmo ser

analisadas como uma guerra travada com novas e potentes armas, recursos

(principalmente financeiros), produtos, serviços, conhecimento, tecnologia, etc.,

envolvendo vários combatentes, organizações, na tentativa de atingir o objetivo

de conquistar novos territórios: a fidelidade e a lealdade do consumidor.

Ainda para o mesmo autor, a informação é o insumo básico da

estratégia, designa o conjunto de conhecimentos relativos ao inimigo e ao seu

país e, por conseqüência, a base sobre a qual se fundamentam as próprias

idéias e os atos, mas não deixa de reconhecer que a dificuldade consiste em

conhecer realmente o inimigo, pois “as notícias que nos chegam em tempo de

guerra são quase sempre contraditórias e, na maior parte, também falsas.

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Tudo o que se pode pedir a esse respeito ao oficial é um certo discernimento,

que só se adquire graças à competência psicológica e profissional e à

capacidade de julgamento” (BUZZELL, 1991).

Nos dias atuais, o que acontece, porém, é uma avalanche de

informações. Várias das informações de que as empresas necessitam estão

disponíveis e são facilmente obtidas. Empresas de capital aberto são

obrigadas por lei a divulgar seu balanço patrimonial e demonstrativo de

resultado do exercício, por exemplo. Outras mais não são difíceis de serem

encontradas. Sobre os clientes surgem em todos os lados. Bancos de dados

desnudam as pessoas com quase todas as informações de que uma empresa

necessita: idade, sexo, endereço, profissão, etc. (OLIVEIRA, 1991).

O autor enfatiza também que, a internet surge com a grande promessa

de democratização da informação e esta tornar-se-á acessível a todos os

mortais que possuam ou tenham acesso a um computador e que este esteja

ligado à “grande rede”. Antigamente a sociedade era formada de bens e

recursos tangíveis, a sociedade industrial, para onde a fonte de poder e,

consequentemente, a posse dos bens e recursos, é intangível, a informação.

Hoje há uma sociedade do conhecimento, em que o grande desafio das

empresas é exatamente transformar informação em conhecimento e, com isso,

fornecer bens e serviços adequados para clientes adequados.

Com cada vez mais informações disponíveis, o planejamento possibilitaria não

só um maior conhecimento acerca de si mesmo, mas também dos outros

elementos presentes no “campo de batalha” empresarial. Desse modo, todas

as empresas que fazem planejamento estariam aptas a vencer todas as

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batalhas. Mas, como a “vitória” nos negócios não é para todos, novamente

destaca-se a importância de se fazer a melhor opção.

Obter todas as informações possíveis ajuda, mas não é garantia de

empresas vencedoras. É preciso que essas informações forneçam apoio ao

processo de tomada de decisões estratégicas de uma empresa, ou seja, que

auxiliem os estrategistas a fazerem as melhores opções de rumo, tendo em

vista as características do mercado e seus próprios recursos; com o tempo, foi

racionalizada, metodizada e chamado de planejamento estratégico

(HOOLEY,1996).

1.2. Planejamento Estratégico

Faz-se necessário a definição de planejamento segundo PORTER

(1986): é a formalização do que se pretende que aconteça em um determinado

momento no futuro, com desenvolvimento de processos, atitudes

administrativas e técnicas, que proporcionam uma situação viável de avaliar as

implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos

empresariais que facilitarão a tomada de decisão, de maneira mais rápida,

coerente, eficiente e eficaz, reduzindo a incerteza envolvida no processo

decisório, provocando o aumento da probabilidade de alcance dos desafios,

objetivos e metas estabelecidas para a empresa. Corresponde ao conjunto de

providências a serem tomadas pelo executivo, para situações em que o futuro

tende a ser diferente do passado, entretanto, a empresa tem condições e

meios de agir sobre as variáveis e fatores de modo que possa exercer alguma

influência. É um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela

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empresa independentemente de vontade específica de seus executivos, um

processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se

estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando um grau de

interação com o ambiente, atuando de forma inovadora e diferenciada, de

modo geral, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa, seu prazo

é mais longo, sua amplitude é mais ampla, seus riscos são maiores, suas

atividades tem fins e meios, e uma flexibilidade menor.

Ainda segundo PORTER (1986), a elaboração do planejamento

estratégico nas empresas se define como um todo “aonde se quer chegar?” e

depois se estabelece “como a empresa está para chegar na situação

desejada?”

O planejamento estratégico busca, portanto, uma relação entre os

recursos da empresa e as ameaças e oportunidades que o ambiente pode

proporcionar tendo em vista o médico e o longo prazos, define além disso, as

formas básicas de atuação de uma empresa. Mas elas precisam de alguns

indicativos que, tendo em vista as atividades cotidianas, as garantam no rumo

indicado pelo planejamento, normalmente pela alocação de recursos

calculados para atingir determinados objetivos, num ambiente competitivo e

dinâmico, define-se normalmente pela alocação de recursos calculados para

atingir determinados objetivos, num ambiente competitivo e dinâmico PORTER

(1986).

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1.3. Alguns Modelos de Estratégica

Deve-se observar alguns resultados antes de se iniciar o trabalho de

construção de estratégias:

• Avaliar o ambiente interno e externo.

• Analisar se a estratégia é necessária e útil.

• Verificar se ajudará a obter sucesso nas relações competitivas e nas de

mercado.

• Integrar todas as áreas da organização de forma que alinhe todas as

ações.

A força ambiental incontrolável pela organização que cria obstáculo à

sua ação estratégica, mas que poderá ou não ser evitada desde que

conhecida em tempo hábil é denominado ambiente externo (ameaças). Esta

força pode afetar o desempenho organizacional, devido as suas condições

adversas. Devem ser eliminadas , minimizadas ou evitadas. As ameaças

permitem a organização saber “até onde pode ir”, implica, assim, as limitações

que devem ser superadas, num determinado espaço de tempo. Procurar fixar

dentro das limitações das quais deve agir, limitações bem fixadas trazem a

vantagem de se poder concentrar o pensamento nos problemas mais agudos

da organização, também favorecem a descoberta de oportunidades. Com

limitações bem definidas, há maior probabilidade para se descobrir as coisas

corretas a serem feitas.

A força ambiental incontrolável pela organização que pode

favorecer a sua ação estratégica, desde que conhecia e aproveitada

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satisfatoriamente enquanto perdura, é chamada de ambiente externo

(oportunidades). São variáveis que podem ensejar ocasiões favoráveis à

organização, sendo preciso estar atento a esta realidade para captá-las e

transformá-las em objetivos rentáveis.

Há também o ambiente interno (forças) que são características

que podem influenciar positivamente no desempenho da organização, este

ambiente avalia qual o comportamento atual da organização e sua necessária

adequação para que a estratégia represente um caminho para a ação, também

estabelece paralelos de comportamento e estilos que ao mesmo tempo

apontam para o desejado e mostram um certo rumo de ação a seguir.

Um método que auxilia na identificação das potencialidades e das

debilidades de uma organização, é importante para melhor entendimento do

ambiente organizacional e para construção de estratégias de manutenção,

construção, desenvolvimento e sobrevivência, é chamado Matriz Swot

(Strength – Força, Weakness – Fraqueza, Opportunity – Oportunidade, Threat

– Ameaça).

As características do ambiente externo (Fraquezas) pode

influenciar negativamente no desempenho da organização, é uma situação

inadequada que proporciona uma desvantagem operacional no ambiente.

1.3.1. Matriz BCG

Desenvolvido por uma consultoria gerencial, a Matriz BCG (Matriz

do Boston Consultíng Group) data de pelo menos 25 anos. Usando este

modelo, uma organização classifica cada uma das suas UENs (Unidades

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Estratégicas de Negócios) e, às vezes, produtos maiores, de acordo com dois

fatores: sua parcela de mercado relativa concorrência e a taxa de crescimento

da área na qual a UEN opera.

A Boston Consulting Group percebeu que as empresas, em todo

o mundo, tinham necessidade de avaliar os seus negócios de forma

profissional e concluir sobre o posicionamento estratégico de cada

produto/negócio, em quais deveriam investir, quais deveriam ser mantidos ou

sacados do portfólio, que tipos de lançamento deveriam ser feitos, aonde

lançá-los, e outras perguntas mais precisavam ser respondidas. Assim sendo,

criou uma forma de análise de portfólio baseada numa matriz, que chamou de

BCG, cujos quadrantes denominou de: vaca leiteira, estrela, oportunidade e

bicho de estimação (ou cachorros).

Como forma de explicar melhor a sua utilização é só imaginar

uma empresa que há muitos anos possui um produto que possui um produto

com grande participação em um mercado de alto crescimento (exemplo:

telefone celular). Este produto, para manter a sua participação neste mercado

crescente, precisa que seja reinvestido, em si próprio, todos os seus ganhos e,

se for possível, receber ainda recursos extras. Este produto maravilhoso é

denominado na matriz BCG de estrela. Com o passar do tempo o ritmo de

crescimento do seu mercado irá reduzir e ele se tornará, então, um excelente

gerador de caixa, ou seja, uma nova vaca leiteira, uma terceira empresa cujo

produto possui pouca participação em um mercado de alto crescimento. Ele é

uma grande oportunidade e à medida que for crescendo sua participação no

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mercado passará a gerar mais caixa e poderá, no futuro próximo, ser uma

estrela. Este produto é chamado na matriz BCG de oportunidade. Necessita de

grandes somas de recursos para o seu desenvolvimento e representa o futuro

da empresa. Por fim, imagine uma empresa cujo produto está em um mercado

de baixo crescimento e no qual ele tem baixa participação, ou seja, não gera

caixa e não tem futuro, só consome energia e recursos. Este produto é

denominado na matriz BCG de bicho de estimação. Gostamos dele e só por

isto ele existe. Comercialmente não haveria nenhuma razão para mantê-lo.

Evidentemente que se for analisado uma única empresa, será

observado que no seu mix de produtos existirá produtos vacas leiteiras,

produtos oportunidades, produtos estrelas e produtos bichos de estimação. É

muito importante ter esta visão geral. Empresas que só possuem produtos

vacas leiteiras poderão não ter futuro. Empresas líder em um mercado de

baixo crescimento (exemplo: cristais artesanais). Este produto proporciona

excelentes ganhos e não necessita de grandes investimentos. O importante é

apenas mantê-lo dentro de um bom nível de competitividade, haja visto que

raramente surgem, neste tipo de mercado, novos concorrentes. Este produto é

denominado na matriz BCG de vaca leiteira. É bom gerador de caixa, não

exige o reinvestimento de todo o seu lucro, mas há um porém, o seu futuro

pode não ser muito longo. Assim sendo, é preciso ter na empresa novos

produtos que no futuro sejam os novos geradores de caixa.

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Esta é a mais uma visão estratégica de negócio. Neste mundo de

alta competitividade não dá para olhar os negócios de forma amadora. É

necessário ampliar as expectativas para se obter sucesso.

1.4. Modelo de Porter

Segundo PORTER (1991), pode-se considerar que:

Embora o meio ambiente relevante seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é a industria ou as industrias em que ela compete. Assim considerando, a análise da estrutura industria deve refletir sobre cinco forças competitivas básicas: ameaça de novos entrantes; ameaça de produtos ou serviços substitutos; poder de negociação dos fornecedores; poder de negociação dos compradores; rivalidade entre as empresas existentes.

No entanto, nenhuma análise do ambiente estará completa sem levar

em consideração a política governamental. PORTER (1991) então, considera

que “para os propósitos da análise estratégica é, em geral, mais esclarecedor

considerar como o governo afeta a concorrência através das cinco forças

competitivas básicas.

Essas forças, em conjunto, vão determinar o grau de concorrência em

uma indústria e, consequentemente, o potencial de lucro final da mesma, que é

medido em termos de retorno a longo prazo sobre o capital investido.

A estratégia nunca é um fim em si mesmo. Ela deve indicar à empresa

a direção que deve ser tomada. Segundo PORTER (1991), o seu

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desenvolvimento é, em essência, “o desenvolvimento de uma fórmula ampla

para o modo como uma empresa irá competir, quais deveriam ser suas metas

e quais as políticas necessárias para levar-se a cabo estas metas”. Assim, “a

estratégia é uma combinação dos fins (metas) que a empresa busca e dos

meios (políticas) pelos quais ela está buscando chegar lá”

Já tendo verificado anteriormente que PORTER (1986) baseia sua

análise do ambiente na estrutura industrial e na análise das cinco forças

competitivas básicas, pode-se inferir que, para ele, “uma estratégia efetiva

assume uma ação ofensiva ou defensiva de modo a criar uma posição

‘defensável’ contra as cinco forças competitivas”.

Forças Competitivas Segundo PORTER (1986):

• Grau de rivalidade: Concorrentes diretos. Quanto maior concentrada,

maior a possibilidade dos concorrentes reconhecerem sua

interdependência mutua. Fontes de poder de Barganha: Custos de

mudança; Diferenciação de insumos; Concentração de fornecedores;

Presença de insumos substitutos; Importância do volume para os

fornecedores; Impacto dos insumos sobre os custos ou diferenciação;

Ameaça de integração para frente/trás; custo em relação as compras

totais.

• A ameaça de entrada: Concorrentes em potencial. Barreiras à entradas:

Economias de escala; Identidade da marca; Requisitos de capital;

Diferença entre produtos exclusivos; Custos de mudança; Acesso a

distribuição; Curva de aprendizado exclusiva; Acesso aos insumos

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necessários; Projeto de produtos de baixo custo; Política governamental;

Retaliação esperada.

• A ameaça de substitutos: Produtos os serviços que podem vir a

substituir os nossos produtos.

• Poder do comprador: O tamanho e a concentração dos clientes devem

ser analisados.

• Poder do fornecedor: Deve-se ter uma visão semelhante a anterior.

1.5. Gestão de Pessoas

A Gestão de Pessoas vem passando por um amplo processo de

transformação, na medida em que os sistemas tradicionalmente utilizados

como referencial - centrados em cargos - vem demonstrando fragilidades

diante do ambiente turbulento e mutável pelo qual vem passando as

organizações.

No contexto em que mudanças ocorrem a todo o momento, a

organização precisa estar alinhada em torno de definições estratégicas claras,

sustentadas por uma gestão com amplo envolvimento e participação. Uma

organização que pretende ter de si mesma uma visão estratégica precisa levar

em conta que há um fluxo de conhecimentos que afeta a produção como um

todo. É preciso, portanto, estabelecer um compromisso com a força de

trabalho, baseado em respeito mútuo em uma comunicação aberta, ou seja,

com o envolvimento dos clientes internos e externos.

O momento atual exige ampla transformação, uma nova "filosofia de

gestão", o que implica uma grande mudança no paradigma anterior. Torna-se

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fundamental ao gestor aprender a criar novas formas organizacionais em torno

de equipes e processo. As duas formas principais de modelos de sucesso

atualmente é a GESTÃO POR COMPETÊNCIAS E O DESENVOLVIMENTO

DE VERDADEIROS LÍDERES. Ao estabelecer um modelo de gestão por

competências, faz-se necessário adotar algumas atitudes básicas relacionadas

as ações gerenciais:

1. Conscientização de que cada tipo de organização necessita de

pessoas com perfis específicos e que cada posto de trabalho existente na

empresa tem características próprias e deve ser ocupado por profissionais que

apresentem um determinado perfil de competências.

2. Reconhecimento de que aqueles que ocupam funções de

liderança são responsáveis pela oferta de oportunidades que permitam o

desenvolvimento e a aquisição de novas competências.

3. Crença de que sempre haverá a demanda para o

desenvolvimento de novas competências e o que hoje é exigido para a boa

execução de um trabalho, poderá agregar novas exigências amanhã.

Estas premissas devem ser difundidas até que façam parte da cultura

geral e serem internalizadas nas atitudes e comportamento de todos.

Segundo o site http://www.webartigos.com, pelo fato das pessoas

constituírem um grupo de vital importância para o funcionamento de qualquer

instituição empresarial, é imprescindível que os gestores primeiramente

elaborem um planejamento de gestão de pessoal. É necessário efetuar um

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levantamento das necessidades em termos de recursos humanos na empresa.

Iniciando com a quantidade de oportunidades disponíveis, o nível de

capacitação dos indivíduos e finalizando com o capital dedicado a este

investimento.

O planejamento se torna indispensável não somente pelo intuito de

atrair pessoas compatíveis com as oportunidades disponibilizadas pela

organização, mas também visando que seja concretizado o objetivo principal

da instituição.

O planejamento de gestão de pessoal tem que alinhar a realidade

social aos objetivos da empresa. O mercado disponibiliza mão-de-obra em

excesso, mas cabe aos profissionais da área de gestão de pessoas da

organização, saber filtrar aqueles que possuem o perfil da empresa. Em outras

palavras, a maioria não usufruiu um acesso à educação, por este ser muito

restrito em nossa sociedade e também pela atual situação econômico-

financeiro na qual se enfrenta.

A gestão de pessoas auxilia na percepção do indivíduo que compõe a

empresa, como é o seu comportamento, os seus anseios e as sua

necessidades. Os indivíduos, diferentemente das máquinas ao vivenciarem a

rotina diária podem oscilar muito em relação aos seus objetivos profissionais.

Para uma boa manutenção da gestão de pessoas em uma empresa,

os gestores têm que estar sempre atentos as repentinas mudanças do

cotidiano.Os executivos têm que voltar a sua atenção para as necessidades

dos indivíduos que compõe a sua empresa. Pois, os funcionários são os

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principais responsáveis pela execução de planejamentos e atingimento de

metas.

Propiciar boas condições de trabalho que objetive a qualidade de vida

do colaborador é essencial não só para o funcionário desempenhar bem as

tarefas que lhe são atribuídas, mas também para auxiliar como fator de

motivação para o trabalho. Os indivíduos tendem a se desmotivar muito

rapidamente, seja pelas condições oferecidas para desenvolver o seu trabalho,

pelas atividades que exerce, pelo salário que recebe ou pelo relacionamento

com os colegas.

Tendo em vista a retenção de talentos, os executivos vinculados à

gestão de pessoal devem desenvolver ferramentas motivacionais para os seus

funcionários. A falta de motivação para o trabalho constitui em média quarenta

por cento o indicador de rotatividade de pessoal de uma empresa. Por isso,

fazem-se essenciais a análise do ambiente propiciado ao indivíduo e a suas

pretensões profissionais.

Os administradores de RH trabalham com executivos, subordinados e

outros empregados para planejar futuras contingências, e escolher

informações relevantes para suas previsões e estabelecimento de objetivos,

tomam descisões e então avaliam os resultados (MILKOVICH, BOUDREAU,

2000).

Hoje, tem-se uma quantidade enorme de informações disponíveis, mas

o tempo necessário para identifica - las, processa-las, analisá-las e escasso.

Portanto, os executivos precisam descobrir um meio de escolher entre milhares

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de informações aquelas importantes para ajuda-los a estabelecer suas metas,

tomar as descisões e avaliar o progresso. O planejamento de RH faz isso,

tanto formal como informalmente, em todos os níveis da organização, de

maneira contínua.

O planejamento deve criar o elo entre as condições externas à

organização e as condições do quadro de pessoal com as decisões sobre as

ações.

De acordo com Milkovich e Boudreau (2000), o planejamento é a

tomada de decisão baseada nas informações, que envolve gasto de recursos

para se atingir um objetivo. Ele e necessário para superar as tendências

humanas de conviver com a incerteza, onde a pessoa não consegue fazer

sempre a melhor escolha, ou tomar sempre a melhor decisão.

O planejamento funda-se em quatro questões principais:Onde estamos?

"Primeiro precisamos saber onde nos encontramos para então saber aonde ir".

Onde queremos estar? "Definir aonde queremos estar, estabelecer metas e

identificar a distância entre nossa situação atual e aquela pretendida".

Como Chegaremos lá? "Para chegar ate o ponto pretendido, é preciso gastar

recursos em atividade de RH".

• Quais foram os resultados? "Medir os resultados para avaliar o

sucesso no atingimento dos objetivos originais".

Os Recursos Humanos precisa estar totalmente vinculado a

organização, sendo o planejamento um meio de integrar empregados e

executivos na tomada de decisões em que ambas irão ver melhores

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resultados. Para Welch, (1993, p.86-93), você obtêm maior produtividade

"quando as pessoas estão envolvidas e entusiasmadas com o seu trabalho", o

presidente da empresa precisa acreditar que "as pessoas são a chave de tudo

e precisa tornar-se cada vez mais valiosa ou ele não terá a menor chance".

Segundo Milkovich e Bondreau (2000), o planejamento deve ligar as

ações às conseqüências, sem um plano, você não pode saber se esta

caminhando na direção certa. Se as contrações estão sendo feitas de acordo

com a capacidade exigida para expansão dos negócios no mercado ou a

necessidade de identificar a oportunidade de corte de gastos voltada para a

redução dos custos da produção. Sem o planejamento as ligações entre as

ações e os resultados podem não ficar clara. O processo de recrutamento e

seleção pode ser julgado pela velocidade com que as vagas são preenchidas,

ainda que não necessariamente com as pessoas, mas adequadas. A

remuneração pode enfatizar a redução da folha de pagamento, porém pode

ocasionar a saída dos melhores talentos da organização.

De acordo com Anthony et al (1996), as características da

administração estratégica de recursos humanos: explicitamente

reconhece os impactos do ambiente organizacional externo; reconhece o

impacto da competição e da dinâmica do mercado de trabalho; apresenta

foco no longo prazo; enfatiza a escolha e a tomada de decisão; considera

todas as pessoas da empresa, e não apenas o grupo de executivos ou de

empregados operacionais; está integrada com a estratégia corporativa e

com as demais estratégias funcionais.

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Sem foco na estratégia, não há como alinhar a gestão de pessoas

com os objetivos organizacionais. E para conseguir foco, precisa delegar.

Como diz Peter Drucker, “o mais importante é identificar o que não fazer”.

E no caso do RH tradicional, há muitas atividades, principalmente

operacionais, que podem ser delegadas, terceirizadas ou simplesmente

eliminadas. Tomar essa decisão significa liberar tempo para que os

profissionais de Recursos Humanos invistam no seu foco principal, nas

pessoas.

Como resultado, percebe-se muito mais gente feliz em relação as suas

vidas profissionais, pessoais, afetivas, familiares e sociais. Pessoas mais

abertas e disponíveis para o novo, para conhecimentos diversos, pessoas

não resistentes, sem amarras, com a energia positiva, com o coração e a

mente abertos para receber o diverso, uma organização produtiva e

saudável.

CAPÍTULO 2 - GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

A Avaliação de Competências é um processo que busca auxiliar na

estruturação de uma visão mais objetiva do potencial de cada funcionário, por

se tratar de uma avaliação sistemática, que envolve não só o funcionário, mas

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também os supervisores ou aqueles que estejam familiarizados com os

métodos de trabalho e com as metas da organização.

A Avaliação de Desempenho foi originalmente estruturada para

mensurar o desempenho e o potencial do funcionário, tratando-se de uma

avaliação sistemática, feita pelos supervisores ou outros hierarquicamente

superiores familiarizados com as rotinas e demandas do trabalho. Ela é

tradicionalmente definida como o processo que busca mensurar objetivamente

o desempenho e fornecer aos colaboradores informações sobre a própria

atuação, de forma que possam aperfeiçoá-la sem diminuir sua independência

e motivação para a realização do trabalho. O desempenho reflete-se no

sucesso da própria organização e talvez por isso é característica mais obvia a

ser medida.

Observa-se que em muitas empresas o desempenho e a produtividade

da equipe são muito valorizados, porém poucos funcionários parecem

apresentar o perfil e o desempenho esperado. Segundo GIL (2001), é

necessário para uma organização que ela mantenha um sistema de Avaliação

de Desempenho tecnicamente elaborada. Sendo esta, uma maneira de evitar

que a avaliação seja feita de forma superficial e unilateral, do chefe em relação

ao supervisionado.

No entanto na visão de SCOTT (1998), a Avaliação de desempenho

deveria preocupar-se com o nível habitual de desempenho no trabalho atual,

em determinado período, a contar desde a ultima avaliação.

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Avaliação do pessoal é a apreciação sistemática de um subordinado

segundo um trabalho feito, suas aptidões e outras qualidades necessárias à

boa execução de seu trabalho; esta ligada, freqüentemente, mas não

necessariamente, as vantagens financeiras a titulo de encorajamento.

CHIAVENATO (1981), nos coloca que a Avaliação de Desempenho é

uma sistemática apreciação de desempenho do indivíduo no cargo e de seu

potencial de desenvolvimento.

Em muitas organizações a Avaliação de Desempenho é tratada como

um procedimento de grande importância na gestão de recursos humanos.

Muitos gestores vêem na avaliação de desempenho um conjunto de vantagens

proveitosas para a melhoria da produtividade, sendo um meio para

desenvolver os recursos humanos da organização, pois torna possível

identificar o grau de contribuição de cada empregado para organização,

identificar os empregados que possuem qualificação superior à requerida pelo

cargo, identificar em que medida os programas de treinamento tem contribuído

para a melhoria do desempenho dos empregados, promover o

autoconhecimento e o autodesenvolvimento dos empregados, além de

fornecer subsídios para definir o perfil requerido dos ocupantes dos cargos,

remuneração e promoção, e também para elaboração de planos de ação para

desempenhos satisfatórios.

CHIAVENATO (1981) através da avaliação podem ser observadas e

avaliadas competências como: visão estratégica, planejamento, organização,

responsabilidade, acompanhamento, liderança, delegação, tomada de decisão,

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solução de problemas, iniciativa, proatividade, criatividade e inovação,

orientação a resultados, autodesenvolvimento, administração de conflitos,

capacidade de negociação, flexibilidade e adaptação a mudanças,

competências interpessoal e trabalho em equipe.

A avaliação de desempenho é um instrumento utilizado pelas

organizações há muito tempo, percebe-se que em muitas organizações há

uma preocupação crescente em implantar algum sistema de avaliação, que

vise conhecer a extensão em relação a cada um dos colaboradores, tais como

identificar problemas de integração, supervisão, motivação, sub

aproveitamento do potencial e outros.

2.1. Métodos Tradicionais de Avaliação de Desempenho

Para CHIAVENATO (1981) avaliação de desempenho, muitas vezes,

pode servir de base às políticas de promoção das organizações. O processo é

efetuado periodicamente, normalmente com caráter anual, e consiste na

análise objetiva do comportado do avaliado no seu trabalho, e posterior na

comunicação dos resultados. Tradicionalmente compete aos superiores

avaliarem os seus subordinados, estando à avaliação sujeita a correções

posteriores para que os resultados finais sejam compatíveis com a política de

promoções. A seguir estaremos apresentando alguns dos métodos

tradicionalmente utilizados para avaliar desempenho.

Métodos da Escala Gráfica: É o método de Avaliação de desempenho

mais utilizado, divulgado e simples. Exige muitos cuidados, a fim de neutralizar

a subjetividade e o pré-julgamento do avaliador para evitar interferências.

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Trata-se de um método que avalia o desempenho das pessoas através de

fatores de avaliação previamente definidos e graduados. Utiliza um formulário

de dupla entrada, no qual as linhas em sentido horizontal representam os

fatores de avaliação de desempenho; enquanto as colunas em sentido vertical,

representam os graus de variação daqueles fatores. Os fatores são

previamente selecionados para definir em cada empregado as qualidades que

se pretende avaliar.

Método da Escolha Forçada: Consiste em avaliar o desempenho dos

indivíduos por intermédio e frases descritivas de determinadas alternativas de

tipos de desempenho individual. Em cada bloco, ou conjunto composto de

duas, quatro ou mais frases, o avaliador deve escolher, forçosamente, apenas

uma ou duas alternativas, que mais se aplicam ao desempenho do empregado

avaliado. As frases podem variar, porem basicamente existem duas formas de

composição: 1- os blocos são formados por duas frases de significado positivo

e de duas de significado negativo. O supervisor ou avaliador, ao julgar o

empregado, escolhe a frase que mais se aplica e a que menos se aplica ao

desempenho do avaliado. 2- Os blocos são formados apenas por quatro frases

com significado positivo. O supervisor ou avaliador, ao julgar o empregado,

escolhe as frases que mais se aplicam ao desempenho do avaliado.

Método de Pesquisa de Campo: é feito pelo chefe, com assessoria de

um especialista (staff) em Avaliação de Desempenho. O especialista vai a

cada sessão para entrevistar a chefia sobre o desempenho de seus

respectivos subordinados. Embora a Avaliação seja responsabilidade de cada

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chefe, há uma ênfase na função de staff em assessorar da maneira mais

completa.

Métodos dos Incidentes Críticos: Baseia-se no fato de que no

comportamento humano, existem certas características extremas, capazes de

levar a resultados positivos. Uma técnica sistemática, por meio da qual o

supervisor imediato observa e registra os fatos excepcionalmente positivos e

os fatos excepcionalmente negativos a respeito do desempenho dos seus

subordinados. Focaliza tanto as exceções positivas como as negativas no

desempenho das pessoas.

Método de Comparação aos Pares: consiste em comparar dois a dois

empregados de cada vez, e se anota na coluna da direita, aquele que é

considerado melhor, quanto ao desempenho.

Pode-se ainda, utilizar fatores de avaliação. Assim, cada folha do

formulário seria ocupada por um fator de avaliação de desempenho.

Método de Frases Descritivas: é um método que não exige

obrigatoriedade na escolha de frases. O avaliador assimila apenas as frases

que caracterizam o desempenho do subordinado (sinal “+” ou “s”) e aquelas

que realmente demonstram o oposto de seu desempenho (sinal “-“ ou “n”).

Método da Auto-Avaliação: é o método por meio do qual o próprio

empregado é solicitado a fazer uma sincera análise de suas próprias

características de desempenho. Pode utilizar sistemáticas variáveis, inclusive

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formulários baseados nos esquemas apresentados nos diversos métodos de

avaliação do desempenho já descritos.

Método de Avaliação por Resultados: liga-se aos programas de

Administração por Objetivos. Este método baseia-se numa comprovação

periódica entre os resultados fixados (ou separados) para cada funcionário e

os resultados efetivamente alcançados. As conclusões a respeito dos

resultados permitem a identificação dos pontos fortes e fracos do funcionário,

bem como as providências necessárias para o próximo período. É considerado

um método prático, embora seu funcionamento dependa sobremaneira das

atitudes e dos pontos de vista do supervisor a respeito da avaliação do

desempenho.

Também CHIAVENATO (1981) propõe a Avaliação por objetivos:

Neste método de avaliação o gestor e o colaborador negociem os objetivos a

alcançar durante um período de tempo. Os objetivos devem ser específicos,

mensuráveis e estar alinhados aos objetivos da organização. Periodicamente o

gestor e o colaborador devem se reunir e discutir o nível de desempenho,

podendo ser renegociados os objetivos. O colaborador precisa estar motivado

para apresentar planos, propor correções e sugerir novas idéias. Em

contrapartida o gestor deve comunicar o seu agrado (ou desagrado) perante os

resultados alcançados e propor também correções. A avaliação vai assim

tomando forma através da análise do desempenho do colaborador. O

desempenho deve estar, contudo, limitado aos objetivos negociados. O gestor

nunca deve ter em conta aspectos que não estavam previstos nos objetivos, ou

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que não tivessem sido comunicados ao colaborador. Deve ser permitido ao

colaborador apresentar a sua auto-avaliação e discuti-la com o gestor.

Quando chega o momento do gestor comunicar a avaliação dos seus

colaboradores, tanto um como o outro, têm consciência dos resultados que

foram alcançados e se foram satisfeitos, ou não, os objetivos. Desta forma, o

colaborador sabe de antemão o que se espera dele, e sabe se a avaliação que

lhe foi atribuída é justa ou não, pois já recebeu previamente o feedback do seu

gestor. Por outro lado, não poderá pôr em causa a avaliação dos colegas, pois

os objetivos são negociados individualmente.

A política de progressão de carreiras, ou de aumentos salariais,

também pode estar incluída neste processo, podendo os colaboradores e o

gestor negociar mediante o alcance dos resultados esperados. Em todo e

qualquer passo da Avaliação de Desempenho é fundamental que as

informações sejam corretas e reais, para que se possa, ao final, obter

resultados reais sobre os empregados.

Métodos Mistos: é muito comum organizações que se caracterizam

pela complexidade de seus cargos, recorrerem a uma mistura de métodos na

composição do modelo de Avaliação de Desempenho.

Como se pode ver existem diversos métodos de Avaliação de

Desempenho, tanto nos aspectos relacionados com a própria avaliação e com

as prioridades envolvidas, quanto na sua mecânica de funcionamento, pois há

uma tendência de cada organização ajustar os métodos ‘as suas

peculiaridades e necessidades’.

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Observa-se que o leque de desvantagens é grande e pode

comprometer os efeitos que se pretende com a avaliação de desempenho.

2.2. Pontos Críticos e Desvantagens dos Sistemas tradicionais

Muitas das metodologias de avaliação evidenciam sua precária

objetividade, provocando efeitos negativos. A subjetividade do processo pode

ser atribuída a várias causas: julgamento, avaliadores, processo, política da

organização e inflexibilidade do método.

Além disso, há o erro de julgamento, que é uma das causas freqüentes

da subjetividade da avaliação. Pode existir um erro constante, em que o

avaliador tende a avaliar exageradamente alto ou exageradamente baixo, ou

ainda a classificar todos os colaboradores de igual forma. Pode dar-se um erro

de viés, em que uma característica do colaborador, por ser avaliada demasiado

alta, influência a apreciação global. O julgamento não meditado por parte do

avaliador, provocado por pressa, aversão à discriminação, ou outros motivos,

penaliza os colaboradores injustamente avaliados. E pode ocorrer o erro de

prestígio, em que o avaliador tende a dar importância a determinadas

características, fugindo ao peso dos parâmetros estabelecidos.

No que diz respeito aos avaliadores pode também ocorrer ambigüidade

na avaliação provocada por falta de informação ou informação errônea sobre

os colaboradores. Nem sempre o avaliador está presente para observar o

comportamento dos colaboradores, fato que pode provocar uma desigualdade

injusta de avaliações. O método para medir o desempenho pode não ser

adequado, os parâmetros especificados podem não estar de acordo com o que

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se espera do trabalhador, e a falta de feedback deixa o colaborador sem noção

do que se espera dele.

A política da organização também condiciona o efeito da avaliação, em

muitas organizações a avaliação de desempenho é apenas um mero ritual,

sendo considerada uma perda de tempo. Noutras, a avaliação de desempenho

serve para definir a remuneração, e em alguns casos apenas para atribuir um

pequeno prêmio aos colaboradores melhor avaliados.

De fato, o que se passa entre os colaboradores é que a desigualdade

e as injustiças da avaliação de desempenho tiram a credibilidade de todo o

processo e geram desmotivação. Este efeito assume dimensões consideráveis

quando a avaliação de desempenho está associada à política de progressão

de carreira. É comum a uniformidade de avaliações individuais ao longo do

tempo, o que condiciona a progressão global dos colaboradores. Enquanto uns

colaboradores vão sendo promovidos gradualmente, outros que têm as

mesmas competências nunca são promovidos, criando um fosso nas equipes

de trabalho. Esta desigualdade pode ser responsável por comportamentos

altamente desmotivados naqueles que obtiveram baixa classificação e por

outro lado, desconforto naqueles que obtiveram melhor avaliação.

A acrescentar a estes efeitos negativos há ainda a questão da

periodicidade da avaliação de desempenho. Apesar de esta ser

tradicionalmente anual, existe a tendência de avaliar o desempenho como uma

característica inerente ao avaliado, e não a considerar apenas o período

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estabelecido. Desta forma gera-se a uniformidade das avaliações individuais,

referida acima, que se prolonga ao longo do tempo.

É claramente constatável que qualquer das formas de avaliação até

então apresentadas implicam em processos permeados pela subjetividade de

ambos, avaliador e avaliado.

Os métodos até agora apresentados, considerados tradicionais,

possuem uma característica comum que é olhar quase que exclusivamente

para o cargo e tarefas que o funcionário desempenha, desconsiderando as

competências pessoais. Tendências atuais apontam para a necessidade de

mudanças nos parâmetros das avaliações, onde o mais importante a ser

considerado é entendermos que a apreciação de um fato sempre sofre

influencia dos valores e crença de quem julga.

Para SOUZA (2002) a base da avaliação como vinha sendo praticada,

está em conceitos mecanicistas onde o dogma central é a insistente busca do

padrão e da objetividade, percebidos pelos dirigentes como indispensáveis

para exercer o controle sobre os resultados empresariais.

Entretanto, o panorama atual caracteriza-se pelas contínuas mudanças

de padrões de comportamento pessoal, profissional, cultural e organizacional.

Para manter sua competitividade as organizações necessitam reformular seus

modelos e práticas de gerenciamento de desempenho. Essa nova abordagem

implica em mudar a ênfase da avaliação passiva para centrar-se na análise ou

avaliação ativa do desempenho.

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2.3. Tendência Contemporânea: A Avaliação por Competências

Para VROOM, ( 1997) o primeiro passo nesta nova abordagem

consiste na reformulação do papel dos funcionários no sistema de avaliação.

Eles devem fazer uma auto-avaliação, identificando não apenas seus pontos

fracos, mas seus pontos fortes e seus potenciais. Deixam de ser objetos

passivos e passam a ser agentes ativos da avaliação de seu desempenho.

Os talentos humanos nunca foram tão assediados e valorizados

quanto nesta década. As empresas voltam-se cada vez mais para a

identificação da “prata da casa”. Afinal o que é mais vantajoso? Investir

naqueles que já estão engajados na cultura e nos empreendimentos em

andamento, que têm potencial para ir mais além, ou contratar mais pessoas

para ocupar as funções novas e cargos vagos? É evidente que em algumas

ocasiões, injetar “sangue novo” pode ser tão saudável quanto estratégico para

a efetivação de mudanças. Porém, torna-se cada vez mais comum reconhecer

os méritos dos colaboradores que se destacam no dia-a-dia de trabalho e dar-

lhes a oportunidades para ampliar seu campo de desafios. O retorno reflete-se

na motivação das pessoas e no aumento do nível de competitividade da

empresa que valoriza o potencial de suas equipes.

2.4. A Avaliação por Competências

A premissa básica é a de que o funcionário sabe ou pode aprender – a

identificar suas próprias competências, necessidades, pontos fortes, pontos

fracos e metas. Assim, ele é a pessoa mais capaz de determinar o que é

melhor para si. O papel dos superiores e da área de RH, passa a ser o de

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ajudar o funcionário a relacionar seu desempenho às necessidades e à

realidade da organização.

Esse novo modelo desperta dúvidas e uma delas é sobre a

conceituação do que são competências. Por ser um termo amplamente

utilizado e com diversas conotações, escolhemos a definição de LEBOYER

(1997) “Competências são repertórios de comportamentos que algumas

pessoas e/ou organizações dominam, o que as faz destacar de outras em

contextos específicos”. É importante ressaltar que o conceito destaca a

excelência, o que torna necessário estabelecer um processo sistematizado,

com metodologias específicas, passível de mensuração e comparação de

performances entre os vários colaboradores de uma instituição, quando se

deseja identificar pessoas dentro do perfil desejado.

GRAMIGNIA (2002) refere que é possível pensar a avaliação de

desempenho por competências como um poderoso meio de identificar os

potenciais dos funcionários, melhorar o desempenho da equipe e a qualidade

das relações dos funcionários e superiores, assim como estimular aos

funcionários a assumir a responsabilidade pela excelência dos resultados

pessoais e empresariais.

A gestão por competências é sistema gerencial que busca impulsionar

os funcionários na competência profissional, acrescentando capacidades e

aumentando as já existentes. Competências são aqui entendidas como as

capacidades, os conhecimentos e as características pessoais que distinguem

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os profissionais de alto desempenho daqueles de desempenho regular em

determinada função.

O gerenciamento baseado em competências ou Gestão por

Competências é uma ferramenta que identifica as competências essenciais, as

habilidades e conhecimentos determinantes da eficácia profissional e também

as lacunas de qualificação do funcionário para tarefas específicas e fornece

recursos para aperfeiçoar suas capacidades. O resultado é um quadro de

funcionários mais talentosos e mais produtivos.

PRAHALAD(1997) afirma que na maior parte das vezes, é a percepção

do gerente sobre o funcionário que define a competência do mesmo. Se for

uma percepção correta é ponto a favor do funcionário. Na maior parte das

vezes, contudo, a percepção do gerente é incompleta. Ou, então, não

compreendida pelos funcionários. Ou, ainda, as percepções dos outros podem

ser diferentes. Isso pode tornar confuso e traiçoeiro o progresso de um

funcionário pelo labirinto do desenvolvimento profissional, que é por si mesmo

repleto de obstáculos. Também existem outras dificuldades, por exemplo,

como os funcionários aprendem o que é necessário para ser eficaz? Muitos

através de tentativa e erro, outros de suposições e até por boatos e lendas. O

resultado é que cada funcionário possui uma visão diferente e só parcialmente

correta sobre o que é preciso para ser eficaz no trabalho.

O gerenciamento baseado nas competências representa uma

mudança cultural em direção a um maior senso de responsabilidade e

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autogestão dos funcionários. É também uma maneira simples de melhorar o

desempenho.

O primeiro passo é definir as competências técnicas, conceituais e as

interpessoais, dentro de cada função. É importante salientar que definir

competência não é definir tudo aquilo que o funcionário faz, mas determinar

quais capacitações devem ser fomentadas, protegidas ou diminuídas.

Para pensarmos em implantar um modelo de avaliação que toma por

base as competências pessoais é imprescindível que tenhamos consciência da

agilidade, mobilidade e inovação que as organizações precisam para lidar com

as mudanças constantes, ameaças e oportunidades emergentes.

São essas mudanças que levam a própria empresa a rever muitas de

suas estratégias organizacionais e também a levam a pensar em quais são as

competências necessárias ou desejáveis aos profissionais que integram seus

quadros no momento presente e também no futuro. As pessoas e seus

conhecimentos e competências passam a ser a base principal da empresa.

Assim, as pessoas deixam de ser “recursos” e passam a ser tratadas como

seres dotados de habilidades, conhecimentos, atitudes, sentimentos, emoções,

aspirações, etc.

No modelo de Gestão por Competência a avaliação é apenas uma

ferramenta que auxilia o funcionário a clarear para si mesmo e para a

organização, quais as competências que possui e quais deverão buscar

desenvolver ou incrementar. Esse processo deverá sempre estar alinhado as

competências essenciais da própria organização.

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A avaliação inicia-se pelo mapeamento, que irá permitir colher dados

relativos às competências necessárias para o bom desempenho das atividades

e perfil do funcionário quanto a estas competências, categorizando-as em três

blocos, que são: Competências Conceituais (conhecimento e domínio de

conceitos e teorias que embasam as técnicas); Competências técnicas

(domínio de métodos e ferramentas específicas para determinada área de

trabalho) e Competências interpessoais (permitir que as pessoas se

comuniquem e interajam de forma eficaz. Atitudes e valores pessoais).

CAPÍTULO 3 - PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

ORGANIZACIONAL

O medo do desconhecido é inerente ao ser humano, podendo ser

associado como perda ou oportunidade. Em uma organização a capacidade de

adaptar-se as inovações está diretamente relacionada à sua produtividade e

competitividade no mercado. Na década de sessenta um grupo de cientistas

sociais dedicou-se a estudar a possibilidade de se implantar programas de

mudança de forma planejada que reduzissem seus impactos e reflexos

negativos na organização. Deste estudo resultou a Teoria do DO –

Desenvolvimento Organizacional . O presente artigo trata dos enfoques

considerados relevantes para a implantação de um programa de mudança com

base nos pressupostos de DO – Desenvolvimento Organizacional.

A velocidade com que ocorrem as mudanças na era atual, exige das

organizações maturidade suficiente para reagir e adaptar-se a essas

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mudanças. Neste contexto, surgem indagações do tipo: como lidar com um

processo de mudança organizacional? Quais os estudos científicos que podem

contribuir para a compreensão dos aspectos comportamentais inerentes ao

processo de mudança? Existe algum estudo que comprove a possibilidade de

se implantar um processo de mudança planejada, que minimize os impactos

causados na produtividade organizacional relacionados ao comportamento

humano?

De acordo com Handy ( 1992) as empresas de hoje, necessitam se

transformar de forma consciente em empresas de aprendizagem, locais onde a

mudança seja uma oportunidade, onde as pessoas possam crescer à medida

que trabalham. Essa transformação citada pelo autor, tem relação com a

capacidade da organização permanecer competitiva em suas diversas fases no

mercado em que atua, assim como diante das exigências que lhe são

impostas, tanto pelas forças endógenas ( internas da organização), quanto

pelas forças exógenas ( externas da organização).

O Treinamento e Desenvolvimento lidam com a mudança das pessoas,

isto é, com a aprendizagem no nível individual. Ao tratarmos com a

aprendizagem em níveis de toda uma organização nos referimos ao

Desenvolvimento Organizacional (DO).

Desenvolvimento Organizacional é um esforço a longo prazo, apoiado

pela alta direção, no sentido de melhorar os processos de resolução de

problemas e de renovação organizacional, aumentando assim a eficácia da

organização em resolver seus problemas e alcançar seus objetivos. O DO é

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uma abordagem especial de mudança organizacional na quais os próprios

funcionários formulam a mudança necessária e a implementam, muitas vezes,

através da assistência de um consultor interno ou externo.

3.1. Pressupostos Básicos e objetivos do DO

O DO baseia-se nos conceitos e métodos das ciências do

comportamento. Visualiza a organização como um sistema total e

compromete-se a melhorar a eficácia da organização em longo prazo,

mediante intervenções construtivas em processos e estruturas organizacionais.

O conceito de Desenvolvimento Organizacional (DO) está ligado aos

conceitos de mudança de capacidade adaptativa da organização à mudança.

Os especialistas em DO adotam um conceito behaviorista de organização.

Para Lawrence e Lorsch “organização é a coordenação de diferentes

atividades de contribuintes individuais com a finalidade de efetuar transações

planejadas com o ambiente”. Estes autores adotam o conceito tradicional de

divisão do trabalho ao se referirem as diferentes atividades e à coordenação

existente na organização. As contribuições de cada participante à organização

variam em função das diferenças individuais. Este conceito leva em

consideração o fato de que toda organização atua em determinado meio

ambiente, e a deixa vulnerável a uma adaptação para sua existência e

sobrevivência, deduzindo-se que ela deve ser estruturada e dinamizada em

função das condições e circunstâncias que caracterizam o meio em que ela

opera.

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No entanto Bennis nos chama a atenção para as diferenças entre os

Sistemas Mecânicos, onde enfatiza o conceito tradicional da organização,

considerando o relacionamento de cima para baixo, onde o comando é de uma

hierarquia rígida, como tomadas de decisão centralizada, com soluções de

conflitos por repressão e/ou hostilidade, etc. e o Sistema Orgânico, que

prioriza o relacionamento entre os grupos, credibilizando a reciprocidade, onde

compartilha-se a interdependência e responsabilidade, que impactua com o

controle na solução de conflitos mediante negociação, para a solução dos

problemas. Segundo Bennis, os Sistemas Orgânicos permitem uma

conscientização social dos participantes, tornando as organizações

coletivamente conscientes dos seus destinos e da orientação necessária para

melhor se dirigir a eles.

Bennis aponta quatro condições básicas que deram origem ao DO:

1. Uma transformação rápida e inesperada do ambiente organizacional;

2. Um aumento do tamanho das organizações, fazendo com que o volume

das atividades tradicionais da organização não seja suficiente para

sustentar o crescimento;

3. Uma crescente diversificação e gradativa complexidade de tecnologia

moderna, exigindo integração entre atividades e pessoas especializadas

e de competências diferentes;

4. Uma mudança no comportamento administrativo, em virtude de um novo

conceito de homem, baseado num crescente e maior conhecimento de

suas complexas e mutáveis necessidades, um novo conceito do poder,

baseado na colaboração e na razão, o qual substitui um modelo de poder

baseado na coação e na ameaça, e um novo conceito de valores

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organizacionais, baseados em ideais humanísticos-democráticos, o qual

substitui o sistema de valores despersonalizado e mecanístico da

burocracia.

Para mudar as organizações é necessário mudar sua cultura, Isto é,

mudar os sistemas dentre os quais as pessoas trabalham e vivem. Cultura

organizacional significa um modo de vida, um sistema de crenças, expectativas

e valores, uma forma de interação e relacionamento de determinada

organização.

O ambiente geral que envolve as organizações, é mutável e dinâmico,

exigindo delas uma elevada capacidade de adaptação como condição básica

de sobrevivência. O DO é uma resposta às mudanças. As mudanças

científicas, tecnológicas, econômicas, sociais, políticas, etc influenciam o

desenvolvimento e o êxito das organizações, sejam elas empresas industriais,

empresas de serviços, organizações públicas, hospitais, bancos,

universidades, etc. Na realidade as mudanças podem ocorrer dentro de várias

dimensões e velocidades. Elas podem ser restritivas e específicas, como

podem ser amplas e genéricas. Elas podem ser lentas, vagarosas,

progressivas e incrementais como podem ser rápidas, decisivas e radicais.

Tudo depende da situação da empresa e das circunstâncias que a cercam e

da percepção da urgência e da viabilidade da mudança.

Toda organização é um sistema social. O DO enfatiza a interação mais

estreita e democrática entre pessoas e organização para alcançar a

administração participativa. O DO parte do pressuposto de que é plenamente

possível que as metas dos indivíduos se integrem com os objetivos da

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organização, num plano em que o significado do trabalho seja estimulante e

gratificante e comporte possibilidades de desenvolvimento pessoal.

Desenvolvimento Organizacional (DO) é um programa de problemas e

de renovação de uma organização, mediante uma administração mais

colaborativa e efetiva da cultura desta organização com assistência de um

agente de mudança ou catalisador, e com o uso de teoria e da tecnologia de

ciência do comportamento organizacional. No coração do DO estão os

aspectos da vitalização, energização, atualização, ativação e renovação das

organizações.

3.2. O Processo do DO

O DO constitui a aplicação de técnicas das ciências comportamentais

para melhorar a saúde organizacional, por meio da habilidade de confrontar

com as mudanças ambientais, melhorar as relações e incrementar a

capacidade de solução dos problemas.

Para isso, criou-se um processo, que consiste em 3 (três) etapas, a

saber:

1- Colheita e análise de dados, onde se determina os dados necessários e

métodos utilizáveis para sua colheita dentro da organização. Esta é uma das

atividades mais difíceis do DO. Inclui técnicas e métodos para descrever o

sistema organizacional, as relações entre os seus elementos ou subsistemas e

as maneiras para identificar problemas e assuntos importantes.

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2- Diagnóstico Organizacional, onde através das análises dos dados

colhidos, passa-se à sua interpretação e diagnóstico, identificando

preocupações e problemas e suas conseqüências, estabelecendo prioridades

os alvos e objetivos. No diagnóstico verifica-se as estratégias alternativas e os

planos para sua implementação.

3- Ação e intervenção, onde acontece a implementação do processo do DO.

Esta fase de ação planejada seleciona-se a intervenção mais apropriada para

solucionar um problema particular organizacional. Esta não é a fase final do

DO, uma vez que este é contínuo. A avaliação fecha o processo que funciona

como um circuito fechado. O resultado da avaliação implica em alteração do

diagnóstico, o que leva os novos levantamentos, novo planejamento, nova

implementação e assim por diante. Com isso o processo ganha uma dinâmica

própria, passando a desenvolver-se sem necessidade de interferência externa.

As características do DO pressupõe das seguintes definições:

a) A focalização de toda a organização, para que com isso consiga-se

envolver a organização como um todo, e assim a mudança ocorra

efetivamente. Como toda grande mudança, a empresa necessita de todas as

partes trabalhando em conjunto para resolver os problemas e as oportunidades

que surgem.

b) Orientação sistêmica, que está voltado para as interações entre várias

partes da organização, ao qual se afetam reciprocamente, para as relações de

trabalho entre as pessoas, bem como para a estrutura e os processos

organizacionais. A ênfase, é no modo como as partes se relacionam e não em

cada uma dessas partes isoladamente.

c) Agente de mudança, utilizando um ou mais agentes, que são pessoas que

desempenham o papel de estimular e coordenar a mudança dentro de um

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grupo ou dentro da organização. Geralmente, o agente principal de mudança é

um consultor de fora da empresa, para que possa operar independentemente,

sem vinculações com hierarquia ou políticas da empresa. Porém, o Diretor de

RH geralmente é um consultor in-house, onde coordena o programa com a

administração e o consultor externo, para detectar e conduzir as mudanças

necessárias ao aumento da competitividade organizacional.

d) Solução de problemas, não apenas discutindo-o teoricamente. Focaliza os

problemas reais e não os artificiais. Para isso, utiliza a pesquisa-ação, que é a

característica fundamental do DO.

e) Aprendizagem experiencial, onde os participantes aprendem pela

experiência no ambiente de treinamento como resolver os problemas humanos

com que se defrontam no trabalho. O DO ajuda a aprender com a própria

experiência, a solicitar ou recongelar novas aprendizagens e a responder

perguntas que rondam a cabeça das pessoas.

f) Processos de grupo, como discussões em grupo, confrontações, conflitos

intergrupais e procedimentos para cooperação. Há um esforço para melhorar

as relações interpessoais, para abrir os canais de comunicação, construindo

confiança e encorajando responsabilidades entre pessoas.

g) Retroação, para que os participantes tenham dados concretos que

fundamentem suas decisões. A retroação fornece informação de retorno sobre

seu comportamento e encoraja as pessoas a compreender as situações em

que se envolvem e a tomar ação auto-corretiva para serem mais eficazes

nessas situações.

h) Orientação contingencial, onde não é seguido um procedimento rígido e

imutável. É flexível e pragmático, adaptando as ações para adequá-las as

necessidades específicas e particulares. Os participantes discutem as

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alternativas e não se baseiam em apenas uma única maneira de abordar os

problemas.

Desenvolvimento de equipes, cujo objetivo é construir equipes de

trabalho dentro da organização. Enfatiza os grupos, sejam eles pequenos ou

grandes. Propõe cooperação e integração e ensina como ultrapassar as

diferenças individuais ou grupais.

Em teoria, o DO é um esforço coordenado pelos membros da

organização (geralmente com a ajuda de consultores externos) para descobrir

e remover barreiras atitudinais, comportamentais, procedurais, políticas e

estruturais ao desempenho eficaz do sistema sócio-técnico, ganhando no

processo crescente consciência da dinâmica interna e externa do sistema, de

modo a aumentar futuras adaptações e permitir mudanças para melhor.

3.3. Detalhamento e Análise do processo de D.O.

Hiráclito, filósofo grego, nos anos 500 a. C já afirmava que nada há

permanente, exceto a mudança, e que por trás do fluxo e do conflito que a

mudança pode causar, há um princípio diretor, uma força organizadora que

chamou de logus , que significa razão ou lógica, afirmava também que é esse

Logus que transforma o conflito e a mudança em beleza e prazer.

Entretanto para vivenciar o processo de mudança, dentro das organizações em

beleza e prazer, como se referiu o filósofo é necessário à aplicação de técnicas

cientificamente elaboradas, que proporcionem minimizar os efeitos negativos

deste processo.

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Mudança, para Ximenes ( 2001) é o ato de tornar-se diferente do que

era hoje, já para Ribeiro (1997), mudar significa re-significar coisas, pessoas,

e, sobretudo, a própria existência. Não é um ato da vontade apenas, é um ato

integrado, envolvendo a pessoa na sua relação com o mundo como uma

totalidade consciente.

Como afirma Moscovici (2003) toda mudança provoca resistência e

que em geral, as pessoas sentem medo do novo, do desconhecido, do que

não lhes é familiar, diz ainda que essa percepção de ameaça provoca certo

desequilíbrio interno que, por sua vez, deflagra reações diversas para

recuperação do estado interior de equilíbrio.

O processo de mudança é complexo e tem merecido a atenção de

estudiosos e pesquisadores ao longo dos tempos, e, nos dias atuais, cada vez

mais é necessário saber lidar com as inovações tecnológicas e os impactos

vertiginosos e turbulentos que podem causar no cotidiano de uma organização.

Para Eckes (2001) um padrão bastante comum entre as pessoas é que a

maioria delas associa mudança a perdas e quando isso acontece, fica evidente

porque existe resistência às mudanças, cita que existe um componente

biológico na resistência, exemplificando que o organismo reage diante de um

transplante de coração, mesmo que este signifique a diferença entre a vida e a

morte, o corpo tenta rejeitá-lo, ou seja, resistir a essa mudança, optando pela

manutenção do coração velho e doente.

Na mesma obra, o autor relata que se a mudança está associada a

perda , em um processo de mudança organizacional, as pessoas só a

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aceitarão se duas coisas forem mostradas a elas: primeiro que haja uma

necessidade de mudança (senão a organização poderá morrer): segundo que

haja um ganho para o indivíduo afetado pela mudança ( o que eu ganho com

isso), para que este resolva ser apoiador da mudança.

Na década de sessenta um grupo de cientistas sociais nos Estados

Unidos, realizou pesquisas que resultaram na definição de procedimentos para

implantação de um processo de mudança nas organizações. Este estudo foi

conceituado de D.O – Desenvolvimento Organizacional, tendo como

pressuposto básico que toda mudança dentro das empresas, seja de natureza

pública ou privada, deve ocorrer de forma planejada.

French e Bell citados por Chiavenato ( 2003,pág. 450) definem DO como

esforço de longo prazo, apoiado pela alta direção, no sentido de melhorar os

processos de resolução de problemas.

Os modelos de D. O . vêem a organização como um sistema social

que interage entre si, e que para ocorrer mudança não basta mexer na

estrutura é necessário considerar quatro variáveis básicas: ambiente,

organização, grupo e individuo e exploram a interdependência dessas variáveis

para alcançar objetivos.

A origem do DO _ Desenvolvimento Organizacional é atribuído,

segundo Chiavenato (2003, pág. 440 e 441)) entre outros fatores, a

necessidade em se estabelecer um programa coerente de mudança que

abrangesse toda a organização; aos estudos sobre motivação que apontaram

que os objetivos individuais nem sempre se conjugam com o da organização,

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muitas vezes causando no individuo alienação e distancia dos objetivos

organizacionais e a pluralidade de mudanças, como transformações rápidas e

inesperadas.

Conforme Araújo (2000) trabalhar o processo de mudança

organizacional é uma alteração significativa que deve atingir os componentes

comportamental estrutural e tecnológico, afirma que na implantação de um

programa que tem por objetivo mudança organizacional, são essenciais:

suporte da alta administração; consciência sobre o impacto do processo de

mudança; não expectativa por resultados plenos e imediatos; congruência

entre os objetivos da mudança e os valores da empresa e controle dos

resultados. Segundo Marras( 2000,pág.300) o desenvolvimento organizacional

de uma empresa deve estar sustentado na análise dos seguintes fatores:

1- Interação de interesses ( individuais/organizacionais);

2- Saúde organizacional ( no sentido macro);

3- Momento organizacional;

4- A análise e o gerenciamento das mudanças.

Para Chiavenato (2003) a grande invenção do final do século XXI foi a

inovação , que passou a modificar a vida da sociedade, das organizações, do

homem e da sua visão de mundo e que D.O veio como resposta às mudanças

e a inovação, tendo como tarefa básica mudar a cultura e o clima da

organização.

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Para Raymundo (1982) DO, surge com a idéia de intervir na

organização, em busca de uma melhoria no rendimento do trabalho grupal

associado com a perspectiva de uma elevação do nível de qualidade de vida

nesse ambiente. DO se encaixa na organização que apresenta um cenário

carente de mudanças, incapaz de se auto diagnosticar e formular um programa

de renovação, abre suas portas para um agente de mudanças, que atue como

um “facilitador” dessas mudanças necessárias e que essa figura é a do

consultor.

Kotter, citado por Chiavenato (2003) relata que são necessárias oito

etapas para a implantação do programa específico de DO, que resumidamente

podem ser assim definidas:

1 – Decisão da alta direção em utilizar DO e a escolha de consultor

externo para coordenar o processo;

2 – Diagnostico inicial onde a direção da organização reune-se com o

consultor externo para definir o programa ou modelo de DO adequado;

3 – Levantamento de dados ;

4 – Retroação de dados e confrontação;

5 – Planejamento de ação e solução dos problemas;

6 – Desenvolvimento de equipes;

7 – Desenvolvimento intergrupal;

8 – Avaliação e acompanhamento.

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Entretanto, Castilho (1999) alerta que não basta falar de mudança, é

preciso levar o grupo que compõe a organização a estruturar seu caminho, de

modo a se ter uma visão compartilhada e articulada, para que isto se reverta

em um ambiente em que as pessoas sintam que estão fazendo as mudanças

acontecerem.

DO tem como tarefa básica mudar a cultura e o clima da organização.

O clima da organização é um conjunto de valores e atitudes que refletem o

relacionamento e o comportamento das pessoas em determinado grupo. Já a

cultura organizacional de uma organização está relacionada a sua

historicidade, baseada nas crenças formadas no convívio diário, na aceitação

dos padrões de resoluções de conflitos e problemas, nas normas e padrões de

comportamentos aceitos pelo grupo.

Segundo Moscovici (2003) para compor a cultura e o clima de uma

organização as pessoas que compõem o grupo trazem seus valores, sua

filosofia e orientação de vida e que a interação permite conhecimento mútuo e

identificação de alguns pontos comuns que servirão de base para a elaboração

de normas coletivas, tácitas e explicitas, na interação do grupo.

A cultura do grupo pode ser associada a um iceberg, onde a parte visível pode

ser identificada como as normas formais da organização, como o desenho da

estrutura, as normas e manuais de procedimentos, já a parte não visível deste

iceberg é o que deve merecer atenção mais detalhada , pois nela podem estar

ocultos os componentes informais que direcionam e influenciam o

comportamento do grupo.

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O clima de grupo, por sua vez, conforme Moscovici (2003).tem uma

relação circular com os componentes do funcionamento e da cultura grupal,

influenciando-se e sendo por eles influenciados constantemente. Como afirma

Chiavenato ( 2003), a organização é um sistema com características próprias

típicas da sua cultura e clima organizacional, precisando ter capacidade

inovadora como: adaptabilidade; senso de identidade; perspectiva exata do

meio ambiente e integração entre seus participantes.

Como afirma Nadler (1993) num processo de mudança o estado de espírito,

atitudes e valores básicos da organização, estão em jogo. Se esses aspectos

menos concretos não forem explorados, o progresso desejado pode não ser

alcançado.

Para Souza (1978) a análise do conjunto da cultura e do clima

organizacional fornecem indícios que podem discernir sobre quais as técnicas

e abordagens adequadas a serem aplicadas de acordo com o momento em

que vive a organização. Kotter (1997) alerta que as atitudes de resistência às

mudanças podem estar localizadas de forma individual, mas que isto é, muitas

vezes mais provável de se encontrar nos grupos, ou seja as resistências

podem estar localizadas em departamentos ou grupos de pessoas que temem

perder status ou poder.

As atitudes a que se refere Kotter, podem ser analisadas através do

conhecimento dos estudos realizados por Schutz, citado por Moscovici (2003)

e Castilho (1999) podendo ser aplicado nas organizações. Os estudos de

Shultz consideram que o grupo passa por três fases: inclusão, controle e

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afeição Este estudo pode contribuir para facilitar a aplicação de um programa

de DO. As três fases podem ser assim identificadas:

1-) Fase de Inclusão: Nesta fase, cada membro procura seu lugar,

através de tentativas para encontrar e estabelecer os limites de sua

participação, o quanto vai dar de si, o quanto espera receber, como se

mostrará ou que papel desempenhará primordialmente, para o alcance dos

objetivos propostos;

2-) Fase de Controle: Encontrando o seu lugar, cada membro passa a

interessar-se pelos procedimentos que levam às decisões, ou seja pela

distribuição do poder no grupo e controle das atividades. É uma fase de jogo

de forças, competição por liderança, discussões sobre metas e métodos,

atuação no grupo e formulação de normas de conduta dentro do grupo. Cada

um busca atingir um lugar satisfatório às suas necessidades de controle,

influência e responsabilidade. Esta pode ser uma fase de grandes conflitos,

momentos de tensão, divergência de valores, medo de perda de status. Essas

situações tendem a reduzir quando os membros do grupo começam a

compreender, de fato e de direito, seu papel e sua responsabilidade para o

alcance dos objetivos que justificam a existência deste grupo. Se nesta fase o

grupo não chegar a um equilíbrio de valores pode evoluir para a entropia, ou

seja, para o desgaste e até sua extinção.

3-) Fase de Afeição : Uma vez estabelecido, razoavelmente as

normas de controle, os participantes começam a expressar e buscar

integrações emocionais. Cada um procura conhecer as possibilidades de

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intercâmbio emocional, comprometimento com resultados produtivos e

eficazes.

Essas três fases, nem sempre são nitidamente distintas, pois os membros do

grupo não estão necessariamente no mesmo estágio. Cada um tem seu ritmo

próprio em um processo de integração, cabendo ao consultor/facilitador e aos

demais membros do grupo o cuidado em promover condições satisfatórias

para que todos sintam-se valorizados e importantes em seu papel como

integrante deste grupo.

Chanlat (1996, p.125-126) comenta que certamente não se pode

transformar tudo de uma só vez e sem algum embaraço. Mudar para muitos

pode significar novas oportunidades, assim como para outros pode significar o

medo do desconhecido. Magalhães, (1997) descreve os vários estados que se

pode refletir através do comportamento em um processo de mudança:

insatisfação; inquietação; curiosidade; aprendizagem; inovação; atuação;

renovação. Ainda para Magalhães, na mesma obra, as características básicas

para pessoas aptas a lidar com mudanças são: positiva: focada; flexível,

organizada, proativa.

O processo de mudança comportamental aplicado em DO, segue os

estudos de Kurt Lewin, psicólogo social, citado por Chiavenato (1998) onde

refere que este processo ocorre em um campo dinâmico de forças que atua

em vários sentidos, e que para acontecer mudança, passamos por quatro tipos

de aprendizagem: mudança na estrutura cognitiva (conhecimento); mudança

na motivação( gostar ou não gostar de ); mudança na ideologia, caracterizada

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pela afiliação de diferentes grupos e controle da musculatura ( controle dos

movimentos corporais).

Kurt Lewin, na mesma obra, afirma que o desenvolvimento do

processo pode ser evidenciado, por qualquer mudança para melhor, por menor

que seja, detonada por uma força interna ou externa à pessoa, ou seja, a

passagem de uma situação A para outra situação B, e que para ocorrer

mudança comportamental nas pessoas deve-se considerar três fases:

1- descongelamento : momento de desequilíbrio, dúvidas e incertezas

diante do novo, da introdução de novas idéias;

2- Incorporação: aceitação de novas idéias e conceitos, mudança de

percepção, exteriorização da aceitação de novas idéias através de atitudes;

3- Congelamento: nesta fase o equilíbrio é reestabelecido, as novas

atitudes prevalecem às atitudes anteriores. Durante esta fase as novas

atitudes devem ser constantemente exercitadas, para que atitudes anteriores

não venham a se manifestar novamente.

O consultor de DO, deve não só conhecer, mas também saber lidar

com os aspectos que permeiam o comportamento individual e do grupo em um

processo de mudança que para Gramigna (1995 ) o caminho a percorrer,

passa por cinco estágios até alcançar a situação desejada, frisando que é

importante lembrar que ninguém muda ninguém. Mas, que se pode contribuir,

através de estímulos que contribuam para a mudança do foco de percepção e,

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assim sensibilizar para a mudança comportamental. Os cinco estágios

descritos pela autora são:

O primeiro estágio - está ligado ao nível de informação a que cada

um tem acesso e à forma como ela é percebida e sentida internamente. Se for

ao encontro da necessidade pessoal e considerada como um valor,

possivelmente será transformada em conhecimento. A informação vem de fora

e passa a ser conhecimento quando é internalizada.

O segundo estágio - está ligado diretamente aos valores e crenças

pessoais e atinge emoções e os sentimentos, abrindo ou não as portas da

motivação. (...).O ser humano, de um modo geral, tende a buscar situações de

conforto. Mudar qualquer coisa que exija algum esforço para sair da rotina,

rumo ao desconhecido, constitui um desafio que muitos evitam, preferindo

continuar na situação menos ameaçadora: a permanência. Outros conseguem

abrir a chave da motivação e avançam para o terceiro estágio, caminhando

rumo à transformação.

O terceiro estágio - é aquele no qual as pessoas procuram

desenvolver habilidades necessária para implantar a mudança. (...). Algumas

pessoas nesse estágio precisam buscar novas informações e novas

tecnologias.

O quarto estágio - caracteriza-se pela ação individual. Após perceber,

sentir, pensar e decidir vem a ação. Fecha-se o ciclo da mudança individual.

O quinto estágio - complementa o processo de desenvolvimento. Acontece

quando o agente de mudança arregimenta novos adeptos às suas práticas. A

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ação, antes individual, passa a ser conjunta, com cada pessoa engajada no

processo e agindo em prol da transformação, não apenas individual mas,

também do grupo.

Assim, segundo Gramigna, na mesma obra, os três últimos estágios

são mais demorados, tendo em vista as várias dificuldades de contexto:

pressões de grupos que não admitem sair de suas rotinas, dificuldades de

obtenção de informação e conhecimentos que possam melhor habilitar a

pessoa para a ação individual a as naturais resistências dos grupos a

mudanças.

Em um processo de mudança organizacional, quando o grupo ainda

não atingiu a maturidade suficiente para dar e receber feedback, conforme nos

afirma Castilho(1999) não é raro o grupo partir para sentimentos de hostilidade

e agressão à figura do consultor/facilitador do processo, impingindo-lhe toda

responsabilidade por tudo que não foi suficientemente esgotado no grupo ou

pelo grupo, como objetivos, metas, falta de comprometimento das pessoas.

Procura, assim, se eximir de toda responsabilidade pelo que tenha sido vivido

ou realizado pelo grupo e transfere sua parte as figuras de autoridade.

Os estudos de DO apontam às organizações uma forma de implementar

mudança planejada, entretanto nenhuma técnica deve ser usada como receita

infalível, pois são instrumentos e meios de obter resultados. De acordo com

Handy (1992) as empresas de hoje, necessitam se transformar de forma

consciente em empresas de aprendizagem, locais onde a mudança seja uma

oportunidade, onde as pessoas possam crescer à medida que trabalham. Para

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Araújo(2001.pág.40) sensibilizar é a palavra chave. Sensibilizar é tornar o

indivíduo integrante de um processo de mudança, é permitir o sim e o não, a

crença e a descrença. É fazê-lo entender as razões e os porquês das

mudanças.

Essa transformação, tem relação com a capacidade de a organização

permanecer competitiva em suas diversas fases no mercado em que atua,

assim como diante das exigências que lhe são impostas, tanto pelas forças

endógenas (internas da organização), quanto pelas forças exógenas (externas

da organização).

Para Araújo (2001,pág 122) há momentos em que a reestruturação

terá de ser imediata, pois as turbulências ambientais não aguardam pelo

processo adaptativo das organizações, mesmo porque o poder que as

empresas têm sobre o ambiente não é tão forte a ponto de impedir certos

acontecimentos ambientais. Daí a necessidade da Organização estar

preparada para, a qualquer instante, alterar sua configuração. E convém

lembrarmos que os processos adaptativos cada vez mais têm menos tempo

para os ajustes exigidos pelas empresas.

Motta (2002, pág. 252) afirma que parece incontestável que estamos

em plena era da mudança. (...) Concomitantemente, alterações profundas vão

sendo verificadas no sistema cultural. Na mesma obra, relata que seria

ingênuo imaginar que em uma época de mudanças e de valorização dessas

mudanças, as microestruturas que compõem a sociedade não precisassem

mudar.

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3.4. Levantamento das Necessidades de Treinamento

É a primeira etapa do treinamento e corresponde ao diagnóstico

preliminar do que deve ser feito. Uma avaliação de necessidades é conduzida

para determinar quais funcionários precisam de treinamento e que conteúdo

ele deve ter. É comum o desperdício de recursos específicos ao se treinar as

pessoas erradas ou apresentar o conteúdo indevido. Essa avaliação pode

garantir que os recursos de treinamento sejam bem empregados em áreas em

que seja demonstrada a necessidade de treinamento. Uma necessidade de

treinamento é uma área de informação ou de habilidades que o indivíduo ou

grupo precisa desenvolver para melhorar ou aumentar a sua eficiência, eficácia

e produtividade no trabalho.

De acordo com Goldstein (1993), a avaliação das necessidades deve

considerar três níveis: a organização, o trabalho e a pessoa.

O nível da organização se refere aos objetivos das empresas e como

eles são cumpridos com relação ao desempenho de seus funcionários. Uma

análise dos objetivos da organização pode fornecer indicações do tipo de

treinamento necessário. Por ex.: se uma empresa tem como meta minimizar os

defeitos de produção, seria razoável treinar os supervisores em princípios de

controle de qualidade. Se o objetivo for maximizar a produtividade, o

treinamento deveria envolver princípios de eficiência.

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O nível de trabalho diz respeito à natureza das tarefas envolvidas em

cada atividade. Uma análise do trabalho pode ser utilizada para identificar as

tarefas principais e, então, o passo-a-passo necessário para cada tarefa.

O nível da pessoa refere-se a como os candidatos a um emprego ou

atuais funcionários são capazes de desempenhar suas tarefas. Em outras

palavras, , ele avalia o nível de CHAOS das pessoas ao invés do trabalho.

Uma comparação dos CHAOS de pessoas e trabalhos sugere as áreas que

potencialmente tenham maiores necessidades de treinamento. Por ex.: As

organizações não esperam contratar secretárias que necessitem de

treinamento em informática básica, porém podem contado contratar as que

necessitem de uma treinamento especifico em um Software.

Ford e Wroten (1984) desenvolveram um procedimento para

determinar a extensão com que um programa específico atende às

necessidades de treinamento. É de certa forma como uma análise de trabalho,

exceto pelo fato de que é o treinamento que está sendo avaliado, e não o

trabalho.. Para conduzir esta análise, especialistas no assunto revisam o

conteúdo de um programa de treinamento e preparam uma lista dos CHAOS

que estão sendo considerados. Um grupo separado de especialistas revisa a

lista de CHAOS e prepara uma pontuação referente à importância de cada um

para o trabalho em questão. Esse procedimento pode identificar a eficiência

com que os componentes do programa correspondem às necessidades de

treinamento do trabalho.. Programas podem ser adotados ou modificados com

base neste procedimento.

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Além dos métodos de levantamento de necessidades, existem

indicadores que pontam necessidades futuras (a priori) e passadas (a

posteriri), a saber:

Indicadores a Priori: são eventos que, se acontecerem, provocarão futuras

necessidades de treinamento, facilmente previstas, como:

a) Expansão da empresa e admissão de novos empregados;

b) Redução do número de empregados;

c) Mudança de métodos e processos de trabalho;

d) Substituições ou movimentação de Pessoal;

e) Faltas, licenças e Férias de pessoal;

f) Mudanças nos programas de trabalho ou de produção;

g) etc..

Indicadores a posteriori: são os problemas provocados por necessidades de

treinamento ainda não atendidas, como:

a) problemas de produção;

b) Comunicações deficientes;

c) Problemas de pessoal;

d) etc..

Na medida em que o treinamento focaliza estas necessidades e

carências e as elimina, ele se torna benéfico para os funcionários, para a

organização e sobretudo para o cliente. Caso contrário, representará um

desperdício ou simples perda de tempo.

As necessidades de treinamento se referem as carências no

desempenho atual e passado e a possibilidade de alcançar o novo patamar de

desempenho futuro que se pretende alcançar.

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CAPÍTULO 4 - O INDIVÍDUO E A ORGANIZAÇÃO

4.1. Teoria de Motivação dos Funcionários

Muitos fatores motivam as pessoas ao trabalho, a necessidade de

ganhar dinheiro com certeza é um deles, mas existem outros que podem ser

tangíveis, como benefícios, ou intangíveis, como o senso de realização. As

Teorias de Motivação explicam porque as pessoas se empenham no trabalho,

além de outros tipos de comportamento relacionados que não envolvem o

desempenho. A maioria das teorias, contudo, tem mantido seu foco na questão

do desempenho no trabalho, por ser ela a variável principal dentro da

psicologia organizacional.

A motivação é um conceito em psicologia que tem sido intensamente

discutida há pelo menos um século, mas ainda é difícil definição. A motivação

é geralmente descrita como um estado interior que induz uma pessoa a

assumir determinados tipos de comportamento. Vista por uma perspectiva, ela

tem a ver com a direção, intensidade e persistência de um comportamento ao

longo do tempo. A direção refere-se à escolha de comportamentos específicos

dentro de uma série de comportamentos possíveis: por exemplo, um

funcionário pode decidir ir ao trabalho em um determinado dia, em vez de ligar

para empresa dizendo estar doente e fazer alguma outra coisa, como assistir

televisão, fazer compras ou visitar um amigo. A intensidade se refere ao

esforço que uma pessoa empenha na realização de uma tarefa. Se a um

funcionário é dada a tarefa de varrer o chão, ele pode empenhar um grande

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esforço varrendo com força e rapidamente ou não querer se esforçar, varrendo

vagarosamente. A persistência diz respeito ao contínuo engajamento em um

determinado tipo de comportamento ao longo do tempo. Os funcionários

podem fazer horas extras para concluir tarefas que eles estejam motivados a

completar.

Vista por outra perspectiva, a motivação refere-se ao desejo de adquirir

ou alcançar algum objetivo, ou seja, a motivação resulta dos desejos,

necessidades ou vontades. Algumas pessoas são altamente motivadas a

ganhar dinheiro, e presume-se que esse alto grau de motivação pode afetar o

comportamento para tal aquisição.

As teorias apresentadas vêem a motivação dos funcionários a partir de

perspectivas muitos diferentes. Duas teorias da necessidade preocuparam-se

com os tipos de coisas que as pessoas são motivadas a alcançar, como o seu

sustento ou reconhecimento. Tanto a teoria da hierarquia das necessidades,

quanto a teoria ERC (significando existência, relacionamento e crescimento)

classificam as necessidades dos seres humanos em um pequeno número de

categorias. Ambas acreditam que o comportamento das pessoas está

direcionado para a satisfação de suas necessidades. A teoria dos dois fatores

afirma que vários aspectos relativos ao trabalho referem-se a uma de duas

categorias da necessidade. A primeira diz respeito à natureza do trabalho em

si, e a segunda refere-se a recompensas, como o pagamento.

A teoria do reforço vê o comportamento como resultado de

recompensas ou reforços. Ao contrário das teorias da necessidade, ela

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descreve a motivação como o resultado de influências ambientais, em vez de

motivos gerados internamente. A teoria da expectativa, assim como a teoria do

reforço, procura, relacionar recompensas ambientais ao comportamento; mas,

ao contrário da última, ela se preocupa com os processos cognitivos humanos

que explicam por que as recompensas podem levar a determinados

comportamentos.

A teoria da auto eficácia se preocupa em estudar como a cresça das

pessoas em suas próprias habilidades pode afetar o seu comportamento. De

acordo com essa teoria, a motivação para uma tarefa está relacionada ao fato

de a pessoa acreditar ou não que é capaz de concluir a tarefa com sucesso.

A teoria da eqüidade difere das demais por se concentrar nos valores

pessoais, em vez de nas necessidades, crenças e reforços. Essa teoria

presume que as pessoas valorizam universalmente a justiça em suas relações

sociais no trabalho. Presume-se que os funcionários sejam motivados a corrigir

a situações em que existam injustiça ou desigualdade.

A teoria da fixação de metas explica como os objetivos e as intenções

pessoas podem levar a um determinado comportamento. Assim como outras

teorias, ela entende que a motivação começa no próprio indivíduo, mas

também demonstra como as influências ambientais podem moldar a motivação

e o comportamento.

Mesmo que estas várias teorias vejam a motivação a partir de

perspectivas diferentes, elas não necessariamente levam as previsões

diferentes sobre o comportamento. Partes dessas teorias podem se

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complementares e tem havido um grande esforço para integrar características

de algumas delas. Por exemplo, Locke e Latham (1990) combinaram aspectos

das teorias da expectativa e da auto-eficácia com a teoria da fixação de metas.

E particular eles vêem a auto-eficácia como um elemento importante para o

comprometimento com um objetivo. Uma pessoa com baixa auto-eficácia no

que se refere a alcançar um objetivo tem pouca probabilidade de se

comprometer com ele.

Talvez a melhor maneira de resumir o status de cada uma das terias é

indicar o quanto cada uma tem encontrado sustentação em descobertas de

pesquisas no campo organizacional. A teoria da hierarquia das necessidades,

a ERC e a dos dois fatores apresentam pouca sustentação, apesar de

apresentarem alguns resultados positivos em suas previsões. A teoria da

eqüidade obteve sustentação melhor. As teorias da expectativa e do reforço

obtiveram boa sustentação na literatura da pesquisa.

4.2. Satisfação no Trabalho e Comprometimento com a organização

Apesar de as pessoas estarem satisfeitas com seu trabalho de forma

geral, isso não significa que elas estejam felizes com todos os seus aspectos.

Se você está trabalhando no momento ou se já trabalhou antes, certamente

teve sentimentos diferentes com relação a diversos aspectos de seu trabalho

no momento, como seus companheiros, seu salário, a natureza do trabalho,

seu supervisor. A satisfação no trabalho refere-se aos sentimentos das

pessoas com relação a esses diferentes aspectos.

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Uma das principais tarefas realizadas pelos psicólogos organizacionais

é avaliar a satisfação dos funcionários no trabalho para que, assim, as

empresas possam tomar medidas para melhorá-la. Os pesquisadores dessa

área têm estudado exaustivamente as causas e conseqüências da satisfação

no trabalho desde que surgiu a psicologia organizacional. Essa é, sem dúvida,

a variável mais estudada nesse setor da Psicologia, apesar da aparente maior

importância do desempenho no trabalho para o funcionamento das

organizações. Muita dessa popularidade, como veremos, é resultado da

relativa facilidade com que a satisfação pode ser avaliada.

Outra razão para essa popularidade é que a satisfação no trabalho é a

variável central em muitas teorias que lidam com os fenômenos

organizacionais, como os fenômenos organizacionais, como a natureza do

trabalho, a supervisão e o ambiente de trabalho. A satisfação no trabalho tem

sido apresentada como a causa de importantes realizações das organizações

e dos funcionários, do desempenho no trabalho à saúde e longevidade.

A satisfação no trabalho é uma variável de atitude que reflete como

uma pessoa se sente com relação ao trabalho de forma geral e em seus vários

aspectos. Em termos simples, satisfação no trabalho é o quanto as pessoas

gostam de seu trabalho.

Existem dois enfoques para o estudo da satisfação no trabalho: o

global e o de facetas. O enfoque global trata da satisfação como um

sentimento único e geral em relação ao trabalho. Muitos estudos avaliam a

satisfação geral e muitas descobertas refletem esta variável. O enfoque

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alternativo é o das facetas, ou seja, os diferentes aspectos do trabalho, como

as recompensas (salários, benefícios), outras pessoas relacionadas a ele

(supervisores e colegas), as condições de trabalho e a natureza do trabalho

em si. Esta última abordagem mencionada permite uma visualização mais

completa da satisfação no trabalho. Normalmente, um indivíduo tem níveis

diferentes de satisfação em relação a essas várias facetas; ele pode estar

muito insatisfeito com o salário e os benefícios, mas estar feliz com a natureza

do trabalho e os supervisores.

A satisfação no trabalho é quase sempre avaliada perguntando-se às

pessoas como elas se sentem em relação ao seu trabalho, por meio de

questionários ou entrevistas. Dezenas de escalas podem ser utilizadas em um

questionário, e a satisfação é geralmente avaliada dessa forma. Às vezes,

mais frequentemente na prática do que em pesquisas, os funcionários são

entrevistados sobre a sua satisfação. Podem ser encontrados ainda uns

poucos casos em que a satisfação no trabalho foi avaliada solicitando a

opinião de supervisores (por exemplo, Spector, Dwyer e Jex, 1988) ou

observadores (Glick, Jenkins e Gupta, 1986) que estimassem a satisfação de

outras pessoas.

De todas as escalas de satisfação no trabalho disponível, o índice

descritivo do trabalho (Smith, Kendall e Hulin, 1969) tem sido a mais popular

entre os pesquisadores e também a mais completa e cuidadosamente

validada. Esta escala avalia cinco facetas: Trabalho, Salário, Oportunidades de

promoção, supervisão e colegas de trabalho. Apesar de a relação entre as

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características e a satisfação no trabalho ser coerente entre amostragens nos

Estados Unidos e em outros países ocidentais, ela não é universal. Pearson e

Chong (1997) não foram capazes de encontrar os mesmos resultados na

Malásia. As cinco características principais não tiveram relação com a

satisfação no trabalho de um grupo de enfermeiras.

Os pesquisadores argumentam que na cultura asiática pode ser mais

importante concentrar-se nos relacionamentos entre companheiros de trabalho

e supervisores como forma de alcançar uma grande satisfação, do que na

natureza das tarefas. Contudo, um estudo conduzido em Hong Kong, um local

com forte influência da cultura ocidental, encontrou relações similares às dos

Estados Unidos entre as características e a satisfação no trabalho (Wong, Hui

e Law, 1998). Obviamente, devemos ser cuidadosos quanto à generalização

de resultados de um país para outro e não assumir que o que tem sentido em

um lugar também o terá em qualquer outro.

Infelizmente, os estudos que têm utilizado metodologias diferentes dão

menos sustentação à idéia de que essas cinco características resultam em

satisfação no trabalho. Por exemplo, Spector e Jex (1991) utilizaram

questionários e técnicas de análise de trabalho para avaliar as características

em uma amostragem de funcionários que representava uma grande variedade

de trabalhos. Apesar de as medidas das características do trabalho obtidas

com os questionários serem correlatas à satisfação, os dados da análise do

trabalho não foram.

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As organizações preocupadas com o conflito família/trabalho têm

tomado medidas para ajudar seus funcionários. Duas das medidas mais

frequentemente utilizadas são o horário de trabalho flexível e as creches no

local de trabalho. Os horários flexíveis permitem que o indivíduo ocupe parte

de seu tempo para lidar com exigências externas ao trabalho, como levar uma

criança doente ao médico. As creches no local de trabalho facilitam a vida dos

pais ao permitir que eles levem as crianças com eles para o trabalho. Os pais

podem visitar seus filhos durante os intervalos e estão próximos, em caso de

doença. Scandura e Lankau (1997) pesquisaram gerentes, homens e

mulheres, sobre horários flexíveis e as atitudes no trabalho. O horário flexível

foi associado a uma maior satisfação no trabalho, tanto para homens como

para mulheres que tinham filhos vivendo com eles, mas não para homens e

mulheres sem filhos.

Essas pesquisas também ligaram a satisfação no trabalho a diversos

comportamentos dos funcionários. A falta de satisfação parece ser a causa da

rotatividade dos funcionários. A falta de satisfação parece ser a causa da

rotatividade dos funcionários, sendo apenas modestamente relacionada ao

desempenho no trabalho e a ausência, apesar de não estar claro se a

satisfação é a causa de ambos. Existem evidências de que o desempenho

pode ser a causa da satisfação. A satisfação no trabalho foi até mesmo

relacionada à saúde dos funcionários, mas serão necessárias mais pesquisas

para nos dizer especificamente como as atitudes no trabalho podem afetar a

saúde.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que, a Administração de Recursos Humanos, destaca-se e

tem grande importância, por apresentar um grande diferencial exigido no

mercado atual, enfatizando que o treinamento nas organizações hoje são de

suma importância para o desenvolvimento de seus funcionários, usando-o

como um instrumento para aumentar a produtividade e a rentabilidade,

obtendo assim o sucesso da empresa.

A competitividade deixa claro que o grande diferencial apresentado

hoje nas organizações são seus funcionários. Estes são os únicos que podem

aumentar sua fatia no mercado. Em contrapartida, o desenvolvimento passou a

ser um instrumento altamente valorizado pelas empresas. A princípio o

conhecimento está nas pessoas, mas também pode estar na organização,

desde que esse conhecimento seja difundido por todos, através de um

processo de aprendizagem organizacional. Desta forma acredita-se que o

trabalho em tese não contribuirá apenas para as empresa, ele terá uma

grande colaboração para a sociedade em geral, pois o que importará é o

efetivo valor do aprendizado intenso, que rege o dia-a-dia de cada indivíduo.

O homem nasce, iniciando-se em um intenso processo de descobertas

e aprendizagem. Os primeiros ensinamentos ocorrem entre seus familiares e

no próprio meio social que nos cerca, dando seqüência a escola, que é

responsável por uma parcela significativa destes conceitos. A empresa vem

propiciar um desenvolvimento educacional mais definido. Nela as pessoas

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aprendem e aplicam seus conhecimentos, visando atingir objetivos específicos

e predefinidos de interesse mútuo.

Desta forma está claro que o homem se educa por intermédio do

contato com outros homens e de sua interligação com o meio. Portanto, cabe a

academia propiciar , na formação do profissional, a capacidade de mudanças,

no aspecto comportamental, inovando seus objetivos e preceitos, para que os

indivíduos venham a aderir a uma nova postura perante a sociedade e a si

mesmos.

No ambiente de aprendizagem, toda uma vida e todos os aspectos da

exigência cotidiana transformam-se em agentes de Educação, contudo, leva-

se em conta todas as dimensões do ser humano e coloca a aprendizagem à

disposição de todos, para que o indivíduo possa atingir seu pleno

desenvolvimento.

Nesta era de rápidas transformações as organizações precisam

atender ä demanda por mudanças e adaptações que são exigidas pelo

mercado, conforme Tomei ( 1996,pág. 131) a competitividade das

organizações pode ser traduzida pelo binômio produtividade e qualidade ,

tornando-se o ponto crítico para a sobrevivência, o crescimento e a

perpetuação das empresas, levando-se em consideração que seus resultados

dependem da qualidade do desempenho dos seus Recursos Humanos.

É certo que a implantação de um programa de DO como técnica de mudança

planejada exige o suporte da alta administração, entretanto é um trabalho

cooperativo, conforme afirma BARNARD ( 1960, pág. 217.) esta ação

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cooperativa é um trabalho de liderança, mas é da organização como um todo.

Pode – se considerar este suporte como um disparador indispensável as

forças que proporcionem a disponibilidade do grupo em contribuir para o

alcance dos objetivos propostos. Acima de tudo o grupo precisa estar

consciente da importância do programa e seus objetivos, sensibilizar e

preparar a organização para o processo de mudança pode ser a chave para

sua competitividade e estabilidade no mercado.

As pessoas com suas atitudes, conhecimentos e habilidades são o

principal alicerce das organizações. Neste novo contexto, as pessoas deixam

de ser recursos e passam a ser tratadas como seres vivos, dotados de

inteligência, sentimentos, aspirações. A cada dia, e cada vez de forma mais

intensa, as pessoas se voltam para a busca de desenvolvimento de suas

competências. As novas relações de capital e trabalho e também a

necessidade de garantir seu grau de empregabilidade requerem das pessoas

uma perfeita integração entre desempenho e potencial, ou seja: não basta ter

potencial é preciso colocá-lo em ação.

CHIAVENATO (1981) define competências como as características

das pessoas que dão a sustentação de vantagens competitivas, relacionadas

ao trabalho gerencial e profissional, elas ajudam na organização e no objetivo

estratégico do negócio.

A Avaliação de Desempenho por Competências mostrou-se como uma

ferramenta gerencial efetiva para incrementar a gestão do desempenho,

alcançando um maior nível de profundidade e ajudando a identificar causas do

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desempenho deficiente, possibilitando estabelecer uma perspectiva de

desenvolvimento com a participação ativa do funcionário e, talvez o mais

importante, fornecer indicadores e critérios objetivos para cada colaborador

buscar a maximização de seu desempenho profissional.

A implantação da Avaliação de Desempenho por Competências

mostra-se positiva, aumentando o estímulo e motivação para o trabalho, pois a

objetividade, clareza e transparência contribuem na obtenção dos objetivos e

resultados individuais e conseqüentemente, também nos resultados da

organização.

O desenvolvimento profissional não significa coagir os funcionários a

adotar as metas da organização, nem sequer manipular seu comportamento.

Muito pelo contrário, o desenvolvimento exige um relacionamento no qual cada

um possa assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento de seu próprio

potencial de forma planejada e colocada em ação.

Assim, pode-se pensar na avaliação de desempenho por

competências como um importante meio para identificar os potenciais dos

funcionários, melhorarem o desempenho da equipe e a qualidade das relações

dos funcionários e superiores e servir de estímulo nos esforços para alcançar

resultados positivos e satisfatórios para o indivíduo e para a organização.

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