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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A DISLEXIA E A APRENDIZAGEM
Por: Angélica Galdino da Silva Rosa
Orientador
Prof. Dra. Carly Machado
Niterói
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A DISLEXIA E A APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Psicopedagogia.
Por: Angélica Galdino da Silva Rosa
3
AGRADECIMENTOS
...Aos meus pais que sempre me
apoiaram, ao meu esposo, amigo e
companheiro de todas as horas e aos
professores e amigos que contribuíram
para realização desta monografia.
4
DEDICATÓRIA
...Dedico este trabalho ao meu querido
esposo, Wilson e a minha filha amada
Geovana. Pessoas especiais em minha
vida. Amo muito!
5
RESUMO
A evasão escolar é muito grande hoje em dia, muitas vezes por causa
de dificuldades de aprendizagem que podem ser solucionadas ou trabalhadas
de forma que ajude o aluno portador desta dificuldade. Este trabalho
monográfico visa esclarecer as duvidas sobre algumas dificuldades de
aprendizagem relacionadas à dislexia, aos professores e pais, que tem alguém
próximo com tais dificuldades, e também mostrar meios que possam ajudar no
desenvolvimento dos mesmos.
6
METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho monográfico será utilizada a
metodologia de levantamento bibliográfico, pesquisas em sites e revistas
especializadas, com intuito de ajudar os profissionais da educação e pais, em
respeito à dislexia e a aprendizagem de disléxicos.
7
SUMARIO
Introdução.........................................................................................................08
Capitulo 1 – Dificuldades da leitura e da escrita...............................................09
1.1 – História da Dislexia.........................................................................10
1.2 – Dislexia...........................................................................................10
1.3 – Disgrafia..........................................................................................12
1.4 – Discalculia.......................................................................................15
1.5 - Dislalia............................................................................................16
1.6 - Disortografia...................................................................................17
Capitulo 2 – Fatores causadores da dislexia e a aprendizagem de
disléxicos...........................................................................................................19
2.1 – Causas físicas................................................................................21
2.2 – Causas de má-formação congênita...............................................21
2.3 – Fatores que influenciam a dislexia.................................................22
2.4 – A dislexia como fracasso inesperado.............................................22
2.5 – A dislexia e a escola.......................................................................24
Capitulo 3 – A intervenção psicopedagogica.....................................................27
Conclusão .........................................................................................................34
Referências bibliográficas..................................................................................35
Anexos...............................................................................................................37
Indice.................................................................................................................40
8
INTRODUÇÃO
O tema deste trabalho de pesquisa é A dislexia e aprendizagem.
A questão central é como ajudar no processo de aprendizagem, os
alunos com dislexia. O tema sugerido é de fundamental relevância, pois, este
trabalho foi criado devido ao grande número de crianças com dificuldade no
aprendizado e da vasta evasão escolar. Uma das maiores e mais conhecida
dificuldade no aprendizado é a dislexia. Os professores têm um papel muito
importante no processo de identificação e descoberta dessa dificuldade, devem
observar e auxiliar o aluno no seu processo de aprendizagem, através de aulas
dinâmicas e motivadoras, não colocando rótulos e oferecendo a eles
oportunidades de descobrir seus potenciais, porém na maioria das vezes, os
professores não possuem formação específica para fazer tais diagnósticos, que
devem ser feitos por profissionais capacitados, tais como, psicólogos, médicos
e psicopedagogos.
O psicopedagogo por ser um profissional capacitado deve ajudar o
disléxico a ter um reencontro consigo mesmo.
Beneficiar o disléxico através do controle emocional durante a leitura e
ajudar para que tenha uma boa imagem de si mesmo e consiga viver e
conviver com as dificuldades.
O psicopedagogo pode dar possibilidades ao disléxico de obter o
reencontro com a leitura e criar um sistema de comunicação com a escola e a
família.
São, portanto, objetivos desta pesquisa, ajudar no processo de
aprendizagem, os alunos que possuem dislexia; Conhecer o que é dislexia;
Evidenciar os fatores causadores da dislexia; Ajudar no processo de
aprendizagem os alunos que são portadores de dislexia.
Ajudar os pais e professores de alunos que são disléxicos, através de
informações sobre o que é, e como pode ser trabalhada a aprendizagem com
crianças disléxicas.
9
Capitulo 1 – Dificuldades da leitura e da escrita.
A evasão escolar esta presente nos dias de hoje, muitas ocorrem
pelo fato do aluno ter que trabalhar para ajudar a família e acaba desistindo
dos estudos, existe também adolescentes que engravidam e param de estudar
para cuidar de seus bebes e não voltam a estudar. Mas dentro de todos os
problemas existentes, o motivo maior da evasão escolar são as dificuldades de
leitura e de escrita apresentada pelos alunos, e que na maioria das vezes o
educador não esta capacitado a ajudar, a trabalhar com os alunos que
apresentam tais dificuldades.
Essas dificuldades não são doenças, mas muitas vezes já
nascem com as crianças, é genética, porem também podem ser adquiridas no
decorrer dos estudos, por um trauma vivido, e quem tem nunca deixara de ter.
Este capítulo falará de algumas dificuldades de aprendizagem,
relacionadas a leitura e a escrita, que são as seguintes: dislexia, disgrafia,
discalculia, dislalia e disortografia.
1.1 – História da Dislexia
De acordo com a página da internet,
http://psicanalistasmentesana.blogspot.com/2009/04/um-pouco-sobre-
dislexia.html, pesquisada em 06 de fevereiro de 2010, a dislexia, identificada
pela primeira vez por BERKLAN em 1881, o termo 'dislexia' foi cunhado em
1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Ele usou o
termo para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade no
aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava
habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos.
Em 1896, W. Pringle Morgan, um físico britânico de
Seaford, Inglaterra publicou uma descrição de uma desordem específica de
aprendizado na leitura no British Medical Journal, intitulado "Congenital Word
Blindness". O artigo descreve o caso de um menino de 14 anos de idade que
não havia aprendido a ler, demonstrando, contudo, inteligência normal e que
realizava todas as atividades comuns de uma criança dessa idade.
10
Durante as décadas de 1890 e início de 1900, James Hinshelwood,
oftalmologista escocês, publicou uma série de artigos nos jornais médicos
descrevendo casos ATA Thales similares.
Um dos primeiros pesquisadores principais a estudar a dislexia
foi Samuel T. Orton, um neurologista que trabalhou inicialmente em vítimas de
traumatismos. Em 1925 Orton conheceu o caso de um menino que não
conseguia ler e que apresentava sintomas parecidos aos de algumas vítimas
de traumatismo. Orton estudou as dificuldades de leitura e concluiu que havia
uma síndrome não correlacionada a traumatismos neurológicos que provocava
a dificuldade no aprendizado da leitura. Orton chamou essa condição
por strephosymbolia (com o significado de 'símbolos trocados') para descrever
sua teoria a respeito de indivíduos com dislexia. Orton observou também que a
dificuldade em leitura da dislexia aparentemente não estava correlacionada
com dificuldades estritamente visuais. Ele acreditava que essa condição era
causada por uma falha na laterização do cérebro. A hipótese referente à
especialização dos hemisférios cerebrais de Orton foi alvo de novos estudos
póstumos na década de 1980 e 1990, estabelecendo que o lado esquerdo
do planum temporale,uma região cerebral associada ao processamento da
linguagem é fisicamente maior que a região direita nos cérebros de pessoas
não disléxicas; nas pessoas disléxicas, contudo, essas regiões são simétricas
ou mesmo ligeiramente maior no lado direito do cérebro.
Pesquisadores estão atualmente buscando uma correlação neurológica
e genética para a dificuldade em leitura.”
1.2 – Dislexia
“O termo “dislexia” tem origem do grego, o prefixo “dis”
que significa distúrbio, “lexia” do latim leitura e do grego,
linguagem, portanto, caracteriza-se por dificuldades na
leitura e na escrita.”
(SILVA, Ana Lucia, 2006, pag. 03.)
A dislexia é caracterizada, mais frequentemente, pela dificuldade na
aprendizagem da leitura precisa e fluente, e na fala. É um defeito de
11
aprendizagem da leitura caracterizada por dificuldades na correspondência
entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes,
identificados de forma incorreta. (DUBOIS, 1993). Disléxicos apresentam
dificuldades na associação do som à letra, também trocam letras, por exemplo:
trocam o b com d, ou até mesmo escrevê-las na ordem inversa, como "ovóv"
para vovó. Apesar da dislexia envolver o processo da fala e da escrita no
cérebro, ela não é um problema visual. Ela atinge também o sentido espacial
do disléxico, fazendo-o confundir a direita com a esquerda. Esses sintomas
podem se confundir com características de vários outros fatores de dificuldade
de aprendizagem, tais como disgrafia, deficiência de atenção.
De acordo com Simaia Sampaio (2010), é necessário que, antes de
dizer se a criança é disléxica, é necessário observar outros fatores que podem
estar envolvidos no prejuízo da leitura e da escrita e que podem ser
confundidos como dislexia, tais como “carência cultural, problemas emocionais,
métodos de aprendizagem defeituosos, saúde deficiente, imaturidade na
iniciação da aprendizagem.”
A criança passa por um processo de desenvolvimento da leitura e da
escrita, o primeiro nível é o que se chama de nível icônico, que é aonde a
criança se utiliza de rabiscos para a sua escrita “no qual ela representa o seu
mundo por desenhos.”
Aos poucos a criança começa a trocar de desenhos por letras, mas as
letras ainda não têm um sentido sonoro e sim o tamanho do objeto. Um
exemplo com dois animais, um elefante, por ser grande tem que ter muitas
letras, já uma formiga, é pequena, então possui poucas letras, este nível é
chamado de realismo nominal.
Quando a criança percebe que necessita das letras para escrever ela
entra no nível pré-silábico.
Quando tudo vai bem, e que a criança começa a perceber que cada letra
tem um som, ela entra no nível silábico. Quando começa a formar silabas entra
no nível silábico-alfabético e quando inicia o processo de formar palavras é que
estar entrando no nível alfabético.
12
A capacidade da criança perceber todo esse processo é chamada de
consciência fonológica.
Simaia Sampaio cita Capovillla para melhor explicar:
“...tais habilidades são muito importantes para permitir a
leitura por decodificação fonológica. Isto explica porque
procedimentos para desenvolver consciência fonológica
são to eficazes em melhorar o desenvolvimento da leitura
de crianças em alfabetização.(2000,p. 18).”
É uma dificuldade que torna lenta a aquisição da leitura. Para se
constatar a dislexia, é necessário rejeitar algumas situações que não podem se
confundir. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD): A criança
não pode ter nenhum tipo de bloqueio emocional que a impeça de aprender;
não pode ser nova demais para ser alfabetizada, tem que ter maturidade; deve
ter estudado no mínimo dois anos, com uma didática apropriada. Ou seja,
somente por volta de 8-9 anos pode-se afirmar se a criança é disléxica ou não.
A dislexia pode ser caracterizada em uma incapacidade quase total em
aprender a ler, até uma leitura quase normal, mas silabada, sem
automatização. É apresentada entre 7 a 10% da população.
A criança disléxica não consegue perceber o todo. O trabalho com ela
precisa ser fonético e repetitivo, pois tem muita dificuldade na fixação dos
fonemas. É necessário um plano de leitura, dando inicio com livros muito
simples, porem motivadores, aumentando gradativamente a complexidade só
quando for possível.
1.3 - Disgrafia
“É a dificuldade ou a ausência na aquisição da escrita. O
individuo fala de forma normal, em muitos casos
consegue ler, mas não consegue transmitir informações
visuais ao sistema motor. E, possivelmente, tem graves
problemas motores e de equilíbrio. Ao contrário do que
muitos afirmam, não é apenas letra feia ou letra de
médico.
(OLIVIER, 2010, P. 39).
13
O termo disgrafia refere-se à dificuldade de escrita. Pode-se dizer que
a disgrafia é dividida em dois tipos, ou seja, em disgrafia específica, e em
disgrafia motora. Na disgrafia especifica não se estabelece uma relação entre o
sistema simbólico e as escritas que representam os sons, as palavras e as
frases. Essa é denominada somente de disgrafia. A segunda ocorre quando o
sistema simbólico não é afetado, não esta no jogo e sim a motricidade. Esta é
denominada de discaligrafia, entende-se que não é somente o resultado de
uma alteração motora, mas também de fatores, o que altera a forma da letra.
A disgrafia é a dificuldade para escrever ou representar (“desenhar”) as
letras, sinais ou conjuntos gráficos num espaço determinado. A escrita de uma
pessoa com disgrafia pode ser vagarosa e dificultosa, sem deixar de parecer
mal-feita ou feia. Pode haver confusão com as letras e sílabas e o
espelhamento (letras ao contrário), ou ainda, da direita para a esquerda. É uma
alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores, já
que para haver uma escrita adequada, é preciso haver, também o
desenvolvimento de elementos vitais, tais como:
1- Coordenação viso motora (para que sejam possíveis os movimentos
precisos e finos exigidos no desenho gráfico das letras )
2- Linguagem (para compreender a relação entre as linguagens oral e escrita)
3- Percepção (que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres
numa situação espacial determinada, com cada letra dentro da palavra, das
palavras na linha e no conjunto do papel, assim como a direção de cada
traço e da escrita em geral)
Podemos identificar a disgrafia através das seguintes características:
- Traços pouco precisos e incontrolados
- Falta de pressão com debilidade de traços ou traços muito fortes que
vinquem o papel
- Grafismos não diferenciados nem no tamanho, nem na forma.
- Desorganização, irregularidade e falta de ritmo dos signos gráficos.
- Desorganização do conjunto escrito
- Realização incorreta de movimentos
“Exemplos de alguns indicadores de Disgrafia:
- Inversão de letras - ne x en; areonautas x aeronautas
- Inversão de sílabas - penvasa x pensava
14
- Inversão de números - 89 x 98; 123 x 213
- Substituição de letras - gogar x jogar; irnão x irmão
- Substituição de sílabas - ponta x pomba
- Substituição de palavras e substituição de números - menino x ninho; lindo x
grande; 3225 x 325
- Casos especiais de agregado: - Por reiteração: quando se agrega uma
mesma letra, sílaba, palavra ou número (passassada por passada).
- Por translação: pode ser prospectiva ou retrospectiva.
- Prospectiva: Ex: "toma tosopa" por "toma sopa".
- Retrospectiva: Ex. "mea aproximei" por "me aproximei".
- Omissão de Letras - tabém x também
- Omissão de sílabas - prinpal x principal
- Omissão de palavras - por não voltar... x por favor, não voltar
- Omissão de números - 32 x 302
- Dissociação de palavra - ci ne x cine
- Contaminação de letras - fortese x fortes
- Contaminação de sílabas - sedeitou x se deitou
- Contaminação de palavras - haviaúma x havia uma
- Ignorância de uma grafia (dificuldade para evocar e representar uma grafia) -
resíduo agráfico num sintoma disgráfico.”
(Alguns destes dados foram retirados da Internet: www.nib.unicamp.br -
acessado em 04/12/2001.)
A dificuldade de escrever em forma legível, denomina-se com o termo
disgrafia motora (discaligrafia). Alguns dos indicadores da discaligrafia são: a
micrografia, a macrografia e até ambas combinadas; distorções ou
deformações; dificuldades nos enlaces; traçados reforçados, filiformes,
tremidos; inclinação inadequada; aglomerações, etc.
A criança com disgrafia consegue falar e ler a sua dificuldade toda é na
hora de escrever de acordo com os padrões motores para escrever letras,
números ou palavras. Pode acontecer a dificuldade motora ou apenas a
integração (neste caso a criança vê a figura, mas não consegue fazer os
movimentos para escrever as letras).
15
Na maioria das vezes, estas crianças são hipotéticas, desequilibradas,
disárticas, ou seja, tem a fala lenta. Os graus de comportamento são alteráveis.
Não se deve procurar a perfeição por essa criança, pois para ela a
perfeição será inatingível e sim deve-se comparar as suas próprias obras para
obter um parâmetro da sua melhor produção.
O professor deve trabalhar com esse aluno para que haja a
conscientização dele próprio, para que de o melhor de si, e ajudá-lo sempre de
forma positiva para que a alcance.
1.4 - Discalculia
“A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que
acarreta dificuldades em matemática. Este transtorno não
é causado por deficiência mental nem por déficits visuais
ou auditivos, nem por má escolarização.”
(SAMPAIO, 2010, P. 119).
A Discalculia é a incapacidade de entender, compreender o mecanismo
do cálculo e a solução dos problemas.
É bem mais raro de acontecer e quando acontece vem acompanhado
de síndromes.
A discalculia na maioria das vezes é confundida com uma estruturação
imprópria do raciocínio matemático, por causa do uso por professores de uma
didática inadequada e muitas vezes o excesso de conteúdos.
Muitos professores de séries iniciais exigem que seus alunos
compreendam as operações matemáticas sem a forma concreta, isso não tem
condições, o aluno precisa estruturar demoradamente a construção do número
e o raciocínio de situações problema. Se isto não lhe é permitido e lhe são
exigidos logo números grandes e situações problema abstratas, ela não é
capaz de compreender e usa a estratégia da mecanização, que lhe impede a
aprendizagem verdadeira.
A Discalculia manifesta-se como a falta de habilidade em lidar com
números, símbolos matemáticos e operações matemáticas. Em alguns
indivíduos, a dificuldade não se resume apenas na falta de entendimento da
matéria, mas também na dificuldade em assimilar a representação gráfica de
números (trocas, inversões e omissões) e de símbolos usados na matemática.
16
As lesões no lobo parietal inferior, região vinculada à visualização
espacial mental, e no lobo temporal, podem resultar em discalculia. O lobo
parietal é um centro de convergência de diversas funções cerebrais, incluindo
principalmente as memórias visual e espacial.
Características:
- Dificuldade na memória de curto prazo (prejuízos nas adições e subtrações)
- Dificuldade na memória de longo prazo (prejuízos na tabuada e na
evocação de algoritmos (série de passos) de operações matemáticas
básicas)
- dificuldade para formar imagens mentais dos problemas matemáticos
1.5 - Dislalia
Jussara de Barros diz que:
“Dislalia, é a dificuldade na emissão da fala, apresenta
pronuncia inadequada das palavras, com torças de
fonemas e sons errados, tornando-as confusas.
Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato,
flacidez na língua ou lábio leporiano.”
A dislalia é um distúrbio da fala e a sua característica é a dificuldade em
pronunciar as palavras.
O portador da dislalia não pronuncia corretamente as palavras, ele omite
ou acrescenta fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os
ordenadamente.
A dislalia é caracterizada por falhas na articulação, que pode ser de
origem orgânica (lábio leporino, defeito na arcada dentária, freio da língua curto
(língua presa), ou de origem funcional (a criança não consegue, não sabe
mudar a língua e os lábios de posição.
Quando a dislalia não é por causa orgânica, ou seja, não se encontra
nenhuma alteração física, e sim de causa funcional, na maioria das vezes é
apresentada em filhos caçulas, ou até mesmo em filhos únicos, que conservam
a forma de pronuncia infantil, pode-se pensar também em hereditariedade,
imitação ou até mesmo alterações emocionais. Observa-se também nos
17
deficientes mentais uma dislalia, às vezes tão grave ao ponto da linguagem ser
entendida apenas aos familiares.
Até os quatro anos de idade, cometer erros de linguagem é normal, mas
depois disso a criança pode ter sérios problemas se continuar falando errado. A
troca de fonemas (sons das letras) - dislalia pode afetar também a escrita.
Pode-se usar como um exemplo de caso clássico de um portador de
dislalia que é o personagem Cebolinha da Turma da Mônica.
“A dislalia, como todos os problemas da fala, interfere no aprendizado da
língua escrita. Para evitá-la, o professor de pré-escola deve ajudar a criança a
usar seus órgãos fonoarticulatórios de maneira adequada.”
1.6 - Disortografia
Muitas vezes a disortografia acompanha a dislexia, mas pode também
vir sozinha.
A autora Simaia Sampaio, cita os autores José e Coelho (2002, p. 96),
dizendo que,
“até a 2ª série, é comum que a criança, ao escrever, faça
confusões ortográficas, porque sua relação com os sons e
palavras impressas, ainda não está dominada por
completo. Porém, após essa fase, se as trocas
ortográficas persistirem, é importante que o professor
esteja atento, já que pode se tratar de uma disortografia.”
A disortografia é a impossibilidade de visualizar a forma correta da
escrita das palavras. Na maioria das vezes a escrita da criança é
incompreensível, pois ela segue os sons da fala. Com essa criança, não tem
resultado quando se trabalha por repetição, isto é, mesmo que escreva a
palavra cem vezes, ela continuará escrevendo de forma incorreta. É necessário
que o professor se utilize de formas diferentes para trabalhar com esse aluno,
ele deve trabalhar usando a lógica quando isso é possível, a conscientização
da audição em outros casos, como por exemplo: em "s"e "ss", "i" e "u" etc.
18
Um indivíduo disortográfico pode cometer grande número de erros por
diversos fatores:
- Erros nas percepções visual e auditiva
- Falhas na atenção
- Aprendizagem incorreta da leitura e da escrita
Pode-se observar se um aluno é disortográfico através de um simples
ditado de palavras ou frases, onde se apresentam trocas relacionadas à
percepção auditiva. Por exemplo: F por V (faca/vaca). Isso ocorre no lobo
temporal.
Já na escrita espontânea, quando o aluno produz uma redação, ou
realiza uma interpretação de textos lidos ou ouvidos, nestes casos há também
o envolvimento das áreas visuais (lobo parietal e occipital). Consiste numa
escrita não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros, que se
manifesta logo que se tenha adquirido os mecanismos da leitura e da escrita.
Após alguns estudos sobre as dificuldades de aprendizagem
relacionadas à leitura e a escrita, serão abordados os fatores causadores da
dislexia e a aprendizagem de disléxicos no próximo capitulo.
19
Capitulo 2 – Fatores causadores da dislexia e a aprendizagem de
disléxicos.
As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas. A dislexia é
hereditária, portanto, uma criança disléxica tem alguém da família que também
é disléxico, o pai, ou o avô, ou o tio, ou um primo que também é disléxico.
Os disléxicos processam as informações em uma área diferente de seu
cérebro, diferente de outras pessoas que não sofrem de dislexia, os disléxicos
tem o cérebro perfeitamente normal. Parece que a dislexia resulta de falhas
nas conexões cerebrais.
Existem tratamentos que ajudam a tratar de pessoas que tem a
dislexia. Estes tratamentos buscam estimular a capacidade do cérebro de
relacionar letras aos sons que as representam e, posteriormente, ao significado
das palavras que elas formam. Alguns pesquisadores acreditam que quanto
mais cedo é tratada a dislexia, maior a chance de corrigir as falhas nas
conexões cerebrais da criança.
De acordo com a Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento da CID (Classificação Internacional de Doenças) 10, tal
patologia se caracterizaria como:
“[...]um comprometimento especifico e significativo no
desenvolvimento das habilidades da leitura, o qual não é
unicamente justificado por idade mental, problemas de
acuidade visual, ou escolaridade inadequada. A
habilidade de compreensão da leitura, o reconhecimento
de palavras na leitura, a habilidade de leitura oral e o
desempenho de tarefas que requerem leitura podem estar
todos afetados. Dificuldades para soletrar estão
frequentemente associadas a transtorno especifico de
leitura e muitas vezes permanecem na adolescência,
mesmo depois de que algum pregresso na leitura tenha
sido feito [...] Crianças com transtorno específico da
leitura seguidamente têm uma historia de transtornos
específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem, e
uma avaliação abrangendo funcionamento corrente da
20
linguagem, muitas vezes revela dificuldades
contemporâneas sutis. Em adição a falha acadêmica,
comparecimento escolar deficiente e problemas com
ajustamento social são complicações assíduas,
particularmente nos últimos anos do primário e do
secundário. A condição é encontrada em todas as
linguagens conhecidas, mas há incerteza se a sua
freqüência é afetada ou não pela natureza da linguagem e
do manuscrito.
(Organização Mundial da Saude, 1993, p. 240)
Para melhor entender a causa da dislexia, é necessário conhecer, de
forma geral, como funciona o cérebro. Diferentes partes do cérebro exercem
funções específicas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, está mais
diretamente relacionada à linguagem; nela foram identificadas três sub-áreas
distintas: uma delas processa fonemas, outra analisa palavras e a última
reconhece palavras. Essas três subdivisões trabalham em conjunto, permitindo
que o ser humano aprenda a ler e escrever. Uma criança aprende a ler ao
reconhecer e processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela
passa então a analisar as palavras, dividindo-as em sílabas e fonemas e
relacionando as letras a seus respectivos sons. À medida que a criança adquire
a habilidade de ler com mais facilidade, outra parte de seu cérebro passa a se
desenvolver; sua função é a de construir uma memória permanente que
imediatamente reconheça palavras que lhe são familiares. À medida que a
criança progride no aprendizado da leitura, esta parte do cérebro passa a
dominar o processo e, conseqüentemente, a leitura passa a exigir menos
esforço.
O cérebro de disléxicos, devido às falhas nas conexões cerebrais, não
funciona desta forma. No processo de leitura, os disléxicos recorrem somente à
área cerebral que processa fonemas. A conseqüência disso é que disléxicos
têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas, pois sua região cerebral
responsável pela análise de palavras permanece inativa. Suas ligações
cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e,
portanto, a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que já tenha
21
lido ou estudado. A leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda
palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida.
2.1 - Causas físicas
“Alterações nos cromossomos 6 e 15 – A dislexia
caracteriza-se como distúrbio, que também pode ser
causado por células fora do lugar,células com funções
diferentes ou má-formação no arranjo dos neurônios. Esta
afirmação caiu no esquecimento, pois levantou-se a
hipótese da alteração hemisférica.”
(OLIVIER, 2010, P. 55).
Até hoje os cientistas não chegaram a uma conclusão sobre as causas
da dislexia.
Existem pesquisas recentes que indicam fortes evidências de cunho
neurológico para a dislexia, alguns pesquisadores apontam a genética como
fator causador e existe também outro fator que vem sendo estudado que é a
exposição do feto a doses exageradas de testosterona (hormônio masculino)
durante a formação do feto (gestação).
Acredita-se que de acordo com essas teorias, a dislexia pode ser
explicada por causas físico-químicas (genéticas ou hormonais) durante
a concepção e a gestação.
2.2 - Causas de má-formação congênita
De acordo com a pesquisa realizada na Wikipédia, nessa teoria as
causas da dislexia têm origem numa má-formação congênita que devem ser
corrigidas por meio de cirurgia e tratamentos medicinais. Seguindo essa teoria:
Muitas dessas causas têm a ver com alterações do sistema
craniossacral que precisam ser detectadas e corrigidas.
Muitas outras causas se referem ao sistema proprioceptivo que é um
sistema que tem sido descurado pela medicina até muito recentemente.
Muitas outras causas têm a ver com o sistema fascial (fáscia), que é
um sistema ainda não muito falado mundialmente.
22
2.3 - Fatores que Influenciam a Dislexia
Na Wikipédia diz que os movimentos oculares padrões são
fundamentais para a leitura eficiente.
São as fixações nos movimentos oculares que garantem que o leitor
possa extrair informações visuais do texto. No entanto, algumas palavras são
fixadas por um tempo maior que outras.
Por que isso ocorre? Existiriam assim fatores que influenciam ou
determinam ou afetam a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de
palavras, a saber:
§ familiaridade,
§ freqüência,
§ idade da aquisição,
§ repetição,
§ significado e contexto,
§ Regularidade de correspondência entre ortografia-som ou
grafema-fonema, e
§ Interações.
2.4 - A Dislexia como Fracasso Inesperado
Um dos ramos da Psicolingüística Educacional é Dislexiologia que
estuda a dislexia, que é uma síndrome. A ciência da dislexia, Dislexiologia, é
um termo criado pelo professor Vicente Martins (UVA), referindo-se aos
estudos e pesquisas, no campo da Psicolingüística, que tratam das dificuldades
de aprendizagem relacionadas com a linguagem escrita (dislexia, disgrafia e
disortografia).
De acordo com Jean Dubois et al. (1993, p.197), a dislexia é um defeito
de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na correspondência
entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes,
mal identificados.
23
Para a lingüística a dislexia não é uma doença, e sim um fracasso
imprevisto (um defeito) na aprendizagem da leitura, ou seja, uma síndrome de
origem lingüística.
A síndrome disléxica, para os lingüistas, são várias e dependem do
ponto de vista ou da análise do investigante.
A contribuição da Psicolingüística na análise lingüística e cognitiva, diz
que muitas das causas da dislexia resultam de estudos comparativos entre
bons leitores e disléxicos. Pode-se indicar as seguintes: Hipótese de déficit
perceptivo; Hipótese de déficit fonológico, e Hipótese de déficit na memória.
Os estudiosos da área de Psicolingüística concentrada à educação
escolar apresentam a suposição de déficit fonológico como justificativa do
aparecimento de disléxicos com confusão espacial e articulatória.
Então, são considerados como sintomas da dislexia, relativos à leitura
e escrita os erros por confusões na proximidade especial, confusão
de letras simétricas; confusão por rotação e inversão de sílabas.
E os erros de confusões por proximidade articulatória e sequelas de
distúrbios de fala, confusões por proximidade articulatória; omissões
de grafemas, e omissões de sílabas.
Algumas características lingüísticas, envolvendo as habilidades de
leitura e escrita, mais marcantes das crianças disléxicas, é a acumulação e
persistência de seus erros de soletração ao ler e de ortografia ao escrever; a
confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o;
c-o; e-c; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u; etc; a confusão entre letras, sílabas ou palavras
com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; b-p; d-b; d-p;
d-q; n-u; w-m; a-e; a confusão entre letras que possuem um ponto de
articulação comum, e, cujos sons são acusticamente próximos: d-t; j-x;c-g;m-b-
p; v-f e inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los;
som-mos; sal-las; pal-pla.
Outras perturbações da aprendizagem que podem acompanhar os
disléxicos, são as alterações na memória, as alterações na memória de séries
e seqüências, a orientação direita-esquerda, a linguagem escrita, a dificuldades
24
em matemática, a confusão com relação às tarefas escolares, a pobreza de
vocabulário e a escassez de conhecimentos prévios (memória de longo prazo).
A atuação de professores não qualificados, preparados para o ensino
da língua, ou seja, um professor ou professora, sem formação superior, que
não tem conhecimento da fonologia aplicada à alfabetização ou conhecimentos
lingüísticos e metalingüísticos aplicados aos processos de leitura e escrita, que
vai para dentro de sala trabalhar sem nenhum apoio pedagógico, tendem a
formar crianças com tendência à inversão, com deficiência de memória de
curto prazo, com dificuldades na discriminação de fonemas (vogais e
consoantes), com vocabulário pobre, com alterações na relação figura-fundo,
com conflitos emocionais, com deficiência em se relacionar com o meio social,
crianças com dislalia e ate mesmo crianças com lesão cerebral
No caso da criança em idade escolar, a Psicolingüística
define a dislexia como um fracasso inesperado na
aprendizagem da leitura (dislexia), da escrita (disgrafia) e
da ortografia (disortografia) na idade prevista em que
essas habilidades já devem ser automatizadas. É o que
se denomina de dislexia de desenvolvimento.
(http://psicolinguistica.letras.ufmg.br/site/)
Pode-se denominar como dislexia adquirida, tais dificuldades, no caso
de um adulto, quando ocorrem depois de um acidente vascular cerebral (AVC)
ou traumatismo cerebral.
“Suas causa tmabem podem ser acidentais, como uma
anoxia, AVC e outros já citados. É, portanto, um distúrbio
que deve ser diagnosticado e tratado primeiramente por
um psicopedagogo e, posteriormente, por uma
equipemultidisciplinar, também já citada.”
(OLIVIER, 2010, P. 59).
2.5 – A dislexia e a escola
“o professor tem também papel fundamental na
assessoria a este aluno disléxico. Para estimulá-lo em
aulas de criatividade, não exigir bom desempenho em
25
aulas muito teóricas, não ridicularizá-lo nem permitir que
seus colegas o ridicularizem por não acompanhar a
classe.”
(OLIVIER, 2010, P. 67).
No Brasil a grande maioria das escolas, não oferecem suporte para as
crianças e adolescentes com dislexia, algumas nem conhecem ou reconhecem
o problema.
Esses alunos são tratados como crianças normais, porém o baixo
rendimento não é por causa de bagunça ou falta de atenção, mas sim por
causa da dislexia, e a escola que não tem profissionais capacitados, peca na
hora de avaliar.
Na educação escolar, a dislexia é tratada como dificuldade
de aprendizagem, é um distúrbio de leitura e de escrita que ocorre na
educação infantil e no ensino fundamental.
A criança tem dificuldade em aprender a ler e escrever, ela não
consegue escrever corretamente sem erros ortográficos, mesmo tendo
o Quociente de Inteligência (QI) acima da média.
“A dificuldade de aprendizagem relacionada com a
linguagem (leitura, escrita e ortografia), pode ser inicial e
informalmente (um diagnóstico mais preciso deve ser feito
e confirmado por neurolingüista) diagnosticada pelo
professor da língua materna, com formação na área de
Letras e com habilitação em Pedagogia, que pode vir a
realizar uma medição da velocidade da leitura da criança,
utilizando, para tanto, a seguinte ficha de observação,
com as seguintes questões a serem prontamente
respondidas:
§ A criança movimenta os lábios ou murmura ao ler?
§ A criança movimenta a cabeça ao longo da linha?
§ Sua leitura silenciosa é mais rápida que a oral ou
mantém o mesmo ritmo de velocidade?
§ A criança segue a linha com o dedo?
26
§ A criança faz excessivas fixações do olho ao longo
da linha impressa?
§ A criança demonstra excessiva tensão ao ler?
§ A criança efetua excessivos retrocessos da vista ao
ler?
Para o exame dos dois últimos pontos, é recomendável
que o professor coloque um espelho do lado posto da
página que a criança lê. O professor coloca-se atrás e
nessa posição pode olhar no espelho os movimentos dos
olhos da criança.”
(Mabel Condemarín l989, p. 55)
27
Capitulo 3 – A intervenção psicopedagogica.
De acordo com o tipo de dislexia, a intervenção pode ser
psicopedagogica ou fonológica, e essa intervenção vai variar de acordo com o
tipo de dislexia, se for fonológica, ou lexical, ou mista.
De acordo com Sanchez, existem, dois tipos de intervenção
psicopedagogica. De forma global a primeira intervenção, refere-se a pessoa
do disléxico e tem em vista três objetivos.
O primeiro objetivo é levar o disléxico a ter um novo encontro com ele
mesmo. Obtendo mudanças na forma de motivacionar a leitura, favorecendo
um controle emocional durante a leitura, ajudando o disléxico a ter uma boa
imagem de si mesmo e conscientizando que ele tem essa dificuldade, mas que
ele precisa aprender a conviver com tais dificuldades.
O segundo objetivo é dar possibilidades ao disléxico para que ele tenha
um reencontro com a leitura, iniciando com textos curtos, de interesse dele e
que sejam lidos conjuntamente, dando a possibilidade da leitura despertar no
disléxico coisas boas, sentimentos positivos.
O terceiro objetivo é criar um vinculo entre a escola e a família do
disléxico.
A segunda intervenção apontada por Sanchez, refere-se aos déficits
específicos do disléxico, ajudando a melhorar a sua capacidade para operar
com as regras que relacionam fonologia – ortografia e trabalhando a
compreensão de textos.
Analisando o papel do psicopedagogo e da escola, reproduzindo o
caso da Joana, uma menina, que aos 15 anos e 9 meses, estava cursando o 2º
grau, cuja dislexia foi diagnosticada aos 9 anos e 5 meses, quando a escola ia
reprová-la novamente na 2ª série.
Joana foi encaminhada por uma psicóloga que atendia uma tia da
menina. Esta sensível psicóloga suspeitou que a menina tivesse dislexia pelas
dificuldades enfrentadas pela menina na alfabetização. A testagem psicológica
(WISC) evidenciou adequadas condições intelectuais. Encaminhou à
neuropediatra que encontrou “quadro compatível com dislexia”. Sugeriu
avaliação psicopedagógica para confirmação do diagnóstico.
28
Joana cursou a 1ª série em 1993 e passou para a 2ª “pois estava
quase no estalo”. Teve aulas de reforço na escola, mas foi reprovada ao final
do ano.
Enquanto repetia a 2ª série, iniciou tratamento psicopedagógico (de
orientação psicológica) em março de 95 que durou todo o ano. Conforme relato
pessoal da psicopedagoga, ela achava que Joana não aprendia por bloqueio
(problemas com suas histórias pessoais) e, portanto passou o ano inteiro
fazendo atividades livres, desenhos dela e da família, histórias e jogos. Para
esta profissional Joana não escreveria textos porque “história para ela era
coisa ruim”.
Ao final do ano estava ameaçada de ser reprovada, mas a mãe
conseguiu, invocando uma lei, que ela fizesse provas em março/96. Por esta
razão estava sendo avaliada para ajudar a decidir se ela repetiria a 2ª série ou
iria para a 3ª. Joana não queria fazer novos testes na escola com medo de ser
reprovada.
Este é o relato de sua vida escolar feito em 2000:
Minha historia escolar
Quando tinha 6 anos, enterei na primeira sere, mesintir mal. Porque
meus colegas sabião, ler e escrever e eu não. A profesora me pasou, fiquei
felis mas não sabia ler nem escrever
Sigundasere la foi rum rodei pela primeira ves e nova mente rodei
soque ai fui para outro colejio chamado ... fis CI uma clase especia para otipo
de problema que eu tina e otros tipos de problemas mas o meu era deslequicia.
Do CI pasei para a terseira sere gostei de fazer a terceira sere.
Depoi a quarta sere e umpoco mas complicado a materia mas foi bom
tambem porque quando tinha duvidas perguntava e sempre me explicarão.
Quinta sere foi bom cadaves aprendendo adorei terfeito a quinta sere
Sesta sere Mais matérias mais coisas para aprender e cadaves mai
gostado de aprender.
Sai do ... e fui para o .... fis supletivo pasei so que tive que prestar
bastante a tensão porque estava fasendo na metade do ano dua seres setima
e oitava.
29
Pasei para a escola .... e fis na outra metade o primeiro ano do sigundo
grau.
E agora estou terminando a outra metade do segundo grau foi bom
terpasado portodas as seres e espero continua gostando e apredendo cadaves
mais.
Observação: Foram omitidos os nomes das escolas freqüentadas por
Joana .O trabalho psicopedagógico com Joana foi o seguinte:
A) A família e Joana foram informadas do quadro diagnóstico.
Freqüentemente é importante para o disléxico saber o porquê de suas
dificuldades. Devemos usar o “rótulo” dislexia somente quando isto vai em
benefício do paciente. Não se deve ter pressa em classificar mas, sim, em
intervir.
Para Joana parece ter sido importante, pois ela disse para a
professora: “Graças a Deus descobriram o que eu tenho: Dislexia”.
B) Foi indicada troca para uma escola que lida muito bem com a
inclusão onde ela cursou uma classe intermediária. A escola foi orientada no
manejo das dificuldades de Joana:
• Não pretender que alcance um nível leitor igual aos dos outros
colegas.
• Valorizar sempre os trabalhos pelo seu conteúdo e não pelos
erros de escrita.
• Sempre que possível, realizar avaliações oralmente.
• Destacar os aspectos positivos em seus trabalhos.
• Diminuir os deveres de casa, envolvendo leitura e escrita.
C) A psicopedagoga trabalhou um ano com as habilidades nucleares
da leitura: reconhecimento de palavras e compreensão. Partiu de um trabalho
com consciência fonológica necessário para a reconstituição do sistema de
correspondência fonologia/ortografia, visando maior precisão e rapidez na
30
decodificação. Buscou ampliar o vocabulário visual-gráfico e, paralelamente,
realizou leitura conjunta.
Ao final do ano fez uma reavaliação psicopedagógica, em que se
constata um progresso na escrita ortográfica. Ao mesmo tempo, contudo, foi
observada uma persistência destas dificuldades, o que é característica do
disléxico.
D) No ano seguinte foi indicado trabalho com Amiga Pedagógica
Qualificada que fazia atendimento domiciliar. Este profissional é um professor
orientado por psicopedagogo (atualmente psicopedagogos estão fazendo este
trabalho) que trabalha sob a supervisão dos profissionais que atendem o caso.
Auxilia nos temas de casa, realiza atividades específicas de leitura e escrita,
buscando facilitar sua vida escolar.
E) Em quase todos os anos subseqüentes, Joana foi reavaliada para
determinar prioridades de atendimento e orientação às escolas. Neste sentido
fez:
• Avaliação e tratamento ortóptico (para facilitar a amplitude de
convergência);
• Avaliação e tratamento otorrinolaringológico em função de
resfriados freqüentes que interferiam na escrita da nasalidade
• Avaliação e tratamento emocional no início da adolescência
• Avaliação do processamento auditivo (fará no corrente ano)
O trabalho com a escola deve ser continuado. Os professores
necessitam de ajuda para usar estratégias especiais para os disléxicos sem
que isso implique “favorecimento” de qualquer ordem.
Ainda estamos longe de um ideal de proposta de intervenção escolar.
Somente ir nas escolas e fazer prescrições tem se mostrado insuficiente. Como
refere Sanchez, 2003 temos que aliar às propostas prescritivas às descritivas.
Necessitamos idéias e conhecimentos que orientem as ações, isto é,
prescrições, mas também descrições do que realmente se faz e se quer fazer.
31
Segundo o autor se queremos que ocorram mudanças e inovações a
investigação deve cumprir os seguintes requisitos:
- Apresentar argumentos que justifiquem uma inovação (no caso uma
nova abordagem no caso de alunos disléxicos)
- Encontrar evidências que justifiquem esta inovação
- Descrever as práticas realizadas habitualmente
- Descrever as dificuldades experimentadas pelos professores que
querem a mudança.
Faltam investigações mais científicas e racionais sobre a dislexia,
baseadas em métodos de avaliação e tratamento mais vigorosos. Neste
sentido, estamos empenhadas em reavaliar os disléxicos que atendemos
desde 1969 e verificar se as dificuldades nas operações nucleares
relacionadas à leitura e escrita se mantém ao longo dos anos. De 20 casos
selecionados, já revimos quatro. Ainda é cedo para apontar tendências.
Estamos apenas iniciando um caminho para auxiliar pessoas como
Joana a continuar “gostando e aprendendo cada vez mais.”
(Esta historia é verídica, mas o nome foi alterado para preservar a
imagem da aluna e da escola. Retirada www.andislexia.org.br)
“Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima
valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu
processo de aprendizagem através de instrumentos que
ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na
seriação, classificação, habilidades psicomotoras,
habilidades espaciais, contagem.
Recomenda-se pelo menos três sessões semanais.
O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um
objeto de interesse da criança.
O neurologista irá confirmar, através de exames
apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para
tratamento. Um neuropsicologista também é importante
para detectar as áreas do cérebro afetadas. O
32
psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os
exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica.”
(http://www.psicopedagogiabrasil.com.br - Simaia Sampaio - 05/07/10)
O acompanhamento e o tratamento deve ser realizado por algum
especialista, um profissional capacitado.
O tratamento tem que ser individual e freqüente, ou seja,
acompanhamento.
Os materiais usados no tratamento devem ser interessantes e que
estimulem a capacidade do disléxico, fazendo com que ele tome gosto e prazer
pela leitura. Quando for utilizar jogos e brinquedos, dar preferência aos que
tenham letras e palavras, para ambientalizar o disléxico com a leitura.
De acordo com Suely Mesquita, o psicopedagogo deve utilizar os
seguintes recursos para trabalhar com o disléxico:
Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo,
com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das
letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.
Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos,
aumentando gradativamente conforme seu ritmo.
Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais
importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra
língua.
O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de
graves complicações emocionais.
Substituir o ensino através do método global (já que não consegue
perceber o todo), por um sistema mais fonético.
Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda
no mesmo tempo que os demais.
Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto
ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.
Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou
outro não a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se
sinta estimulado.
33
Nunca criticar negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou,
porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras
correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.
Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não
conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e/ou não
conseguir ler as instruções.
“O papel do psicopedagogo é fundamental para que ele
possa orientar as escolas e sugerir intervenções que
melhorem a qualidade de vida desse aluno, sua auto
estima e seu desempenho acadêmico. Ainda temos muito
trabalho pela frente!!”
(http://www.dislexiadeleitura.com.br - Suely Mesquita - 07/05/10)
34
CONCLUSÃO
A dislexia é um distúrbio da linguagem, sendo da leitura e da escrita,
vimos também alguns distúrbios que estão associados a dislexia e que podem
vir juntos ou não da dislexia, que são:
A disgrafia, que é a dificuldade de escrita;
A discalculia, que é a dificuldade de fazer cálculos, ou seja, na
matemática;
A dislalia, que é a dificuldade na emissão da fala; e
A disortografia, que é a impossibilidade de visualizar a forma correta da
escrita das palavras.
Existem dois tipos de dislexia, a hereditária e a adquirida. A hereditária
vem de berço, é herdada de alguém da família, ou seja, pode procurar que
algum parente tem. A adquirida é quando a pessoa tem algum problema, AVC
(Acidente Vascular Cerebral) ou um traumatismo cerebral.
Mas, apesar de todas as dificuldades que a dislexia e seus
acompanhantes podem trazer e causar, um bom acompanhamento com um
profissional especializado ajudará muito um disléxico na sua trajetória escolar.
Existem muitas pessoas pelo mundo, que fizeram muito sucesso (em
anexo) e eram disléxicos, mas não deixaram que as suas dificuldades os
atrapalhassem.
Portanto, professores, pais, diretores de alunos disléxicos, procurem
ajuda, procurem conhecimento e lutem para que os seus disléxicos sejam no
futuro pessoas brilhantes e famosas, e façam que a grande evasão escolar se
torne extinta, pois queremos um mundo melhor.
35
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de
leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre:
Artes Médicas
DUBOIS, Jean et alii. (1993). Dicionário de lingüística. SP: Cultrix.
JOSÉ, Elisabeth da Assunção e COELHO, Maria Teresa. Problemas de
aprendizagem.
MARTINS, Vicente. A dislexia em sala de aula . In PINTO, Maria Alice Leite.
(Org.). Psicopedagogia: diversas faces, múltiplos olhares. São Paulo: Olho
d"áGUA, 2003.
OLIVIER, Lou de. Disturbios de aprendizagem e de comportamento.2008 – 12ª
edição, Ed. Atica.
PALACIOS, MARCHESI (Org). Desenvolvimento Psicológico e Educação.
Porto Alegre, Artes Médicas, 1995
SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de aprendizagem.
SANCHEZ, Emilio. Estratégias de Intervenção nos problemas de leitura - in
COLL,
DISLEXIA – Cérebro, Cognição e Aprendizagem – da Associação Brasileira de
Dislexia.
WWW.wikipedia.com
www.andislexia.org.br - Sônia Maria Pallaoro Moojen -Fonoaudióloga e
psicopedagoga
36
http://www.brasilescola.com/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm -
Jussara de Barros
http://dislexicosaibaseusdireitos.blogspot.com/search/label/DISLEXIA
http://psicanalistasmentesana.blogspot.com/2009/04/um-pouco-sobre-dislexia.
HTML: www.nib.unicamp.br -acessado em 04/12/2001.
www.andislexia.org.br
http://www.dislexiadeleitura.com.br - Suely Mesquita - 07/05/10
http://psicolinguistica.letras.ufmg.br/site/
37
ANEXOS
Alguns disléxicos bem sucedidos:
§ Alyssa Milano(Atriz Americana)
§ Anderson Cooper (journalist and anchor of CNN)
§ Agatha Christie
§ Alexander Pope
§ Albert Einstein
§ Amy Lowell
§ Anwar Sadat
§ Auguste Rodin
§ Beryl Reid (atriz inglesa)
§ Britney Spears
§ Bruce Jenner
§ Bruno de Assis Sartori
§ Charles Darwin
§ Cher (cantora)
§ Cyndi Lauper (cantora americana)
§ Rei Constantino da Grécia
§ Ratinho
§ Daniel Radcliffe
§ David Bailey
§ David Guetta
§ Dexter Manley
§ Don Stroud (ator/campeão mundial de surf)
§ Duncan Goodhew (campeão de natação)
§ Francis Bacon
§ Franklin D. Roosevelt
§ George Washington
§ General George S. Patton
§ Greg Louganis
§ Gulinho
§ Hans Christian Andersen
§ Harry Belafonte
§ Harvey Cushing (pai da cirurgia neurológica moderna)
38
§ Henry Winkler
§ Jackie Stewart (piloto de corridas)
§ Jewel (cantora)
§ Joss Stone (atriz e cantora de soul)
§ John Rigby (dono de parque temático)
§ Joyce Bulifant (atriz)
§ Keanu Reeves (ator)
§ Lawrence Lowell
§ Lewis Carroll (autor)
§ Leslie Ash (atriz inglesa)
§ Breno TV
§ Lord Addington
§ Loretta Young
§ Leonardo Da Vinci
§ Margaret Whitton
§ Margaux Hemmingway
§ Mark Stewart (ator/filho de Jackie Stewart)
§ Mark Twain
§ Michael Barrymore (comediante)
§ Michael Hesetine
§ Michelangelo
§ Mika(cantor)
§ Napoleão Bonaparte
§ Nelson Rockefeller
§ Nicholas Brady (US Secy Treasury)
§ Nicholas Bush (Filho do ex-presidente dos EUA)
§ Nicholas Parsons (Ator inglês)
§ Nicola Hicks (Escultora Inglesa)
§ Noel Gallagher
§ Oliver Reed (Ator Inglês)
§ Orlando Bloom (Ator Inglês)
§ Ozzy Osbourne (Cantor inglês)
§ Pablo Picasso
§ Patrick Dempsey (ator americano)
39
§ Paul Stewart (Piloto de corridas/Filho de Jackie Stewart)
§ Peter Scott (pintor)
§ Phil Harris (do Harris Queensway)
§ Robin Williams[19]
§ Richard Chamberlain
§ Richard Rogers (Arquiteto inglês)
§ Rob Nelson (Jogador de baseball profissional)
§ Robin Williams
§ Roy Castle (Ator inglês)
§ Salma Hayek
§ Sarah Miles (Atriz inglesa)
§ Scot Adams (Cartunista americano)
§ Sir Joshua Reynolds
§ Stanley Antonoff, D.D.S.
§ Steve Jobs
§ Stephen J. Cannell
§ Susan Hampshire (Atriz inglesa)
§ Thomas A. Edison
§ Tom Cruise
§ Tom Smothers
§ Vicente Martins (Professor universitário)
§ Vincent van Gogh
§ Winston Churchill
§ Walt Disney
§ Whoopi Goldberg
§ Willard Wiggins (Escultor)
§ William Butler Yates
§ Woodrow Wilson
§ Jamie Oliver (cozinheiro britânico)
40
ÍNDICE
Folha de rosto..................................................................................................02
Agradecimentos...............................................................................................03
Dedicatória.......................................................................................................04
Resumo............................................................................................................05
Metodologia......................................................................................................06
Sumario............................................................................................................07
Introdução.........................................................................................................08
Capitulo 1 – Dificuldades da leitura e da escrita...............................................09
1.7 – História da Dislexia.........................................................................10
1.8 – Dislexia...........................................................................................10
1.9 – Disgrafia..........................................................................................12
1.10 – Discalculia..................................................................................15
1.11 - Dislalia.......................................................................................16
1.12 - Disortografia..............................................................................17
Capitulo 2 – Fatores causadores da dislexia e a aprendizagem de
disléxicos...........................................................................................................19
2.6 – Causas físicas................................................................................21
2.7 – Causas de má-formação congênita...............................................21
2.8 – Fatores que influenciam a dislexia.................................................22
2.9 – A dislexia como fracasso inesperado.............................................22
2.10 – A dislexia e a escola..................................................................24
Capitulo 3 – A intervenção psicopedagogica.....................................................27
Conclusão .........................................................................................................34
Referências bibliográficas..................................................................................35
Anexos...............................................................................................................37
41
Indice.................................................................................................................40
Folha de avaliação............................................................................................42
42
43
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – INSTITUTO A VEZ DO
MESTRE.
Título da Monografia: “A DISLEXIA E A APRENDIZAGEM.”
Autor: ANGÉLICA GALDINO DA SILVA ROSA
Data da entrega: 20 DE AGOSTO DE 2010.
Avaliado por: PROF. DRA. CARLY MACHADO Conceito:________