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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO “VEZ DO MESTRE” DIFICULDADE DO DÉFICIT DE ATENÇÃO NA 2ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL Por Rosangela de Jesus Medeiros Orientador: Professor Nilson Guedes de Freitas Rio de Janeiro Abril 2005

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE JESUS MEDEIROS.pdf · exaustiva pesquisa, elaboraram o Exame Neurológico Evolutivo (ENE), cujo objetivo foi o de definir os padrões

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO “VEZ DO MESTRE”

DIFICULDADE DO DÉFICIT DE ATENÇÃO NA 2ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por Rosangela de Jesus Medeiros

Orientador: Professor Nilson Guedes de Freitas

Rio de Janeiro Abril 2005

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO “VEZ DO MESTRE”

DIFICULDADE DO DÉFICIT DE ATENÇÃO NA 2ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho monográfico elaborado como requisito parcial para a obtenção de especialização em Orientação Educacional, apresentado ao professor orientador Nilson Guedes de Freitas.

Rio de Janeiro

Abril 2005

AGRADECIMENTO Agradeço, em primeiro lugar a Deus, por ter me dado a

oportunidade de concluir o Curso;

Um especial agradecimento ao Mestre Nilson Guedes de

Freitas, pela competência e dedicação, por ter me

orientado para o meu crescimento intelectual;

A todos os professores deste Curso de Especialização da

Universidade Cândido Mendes, por terem me ajudado a

construir meu saber;

Agradeço aos amigos do Curso, em especial a Marta

Maria de Souza Rosas, Sandra Argollo de Araújo e Wania

Lima Pará, pelo incentivo e cooperação no decorrer do

curso;

E, finalmente, agradeço à bibliotecária Maria Celina

Barroso, do Colégio Guido de Fontgalland, colégio no

qual leciono, pela sua grande colaboração prestada.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico aos professores e pedagogos que tanto têm lutado para uma educação de qualidade em nosso país.

“Em virtude de ter nascido para a humanidade, cada ser humano tem o direito de se desenvolver e de atingir a plenitude de suas potencialidades como ser humano”. (MONTAGA, Ashley, 2001, p.8)

RESUMO

Esta pesquisa bibliográfica procurará apresentar dificuldades que provocam o fracasso escolar em crianças portadoras de “Distúrbio de Déficit de Atenção”(DDA), tendo como questão facilitar o reconhecimento do professor, da família e da escola, sobre os sintomas do referido comportamento. Nos fixaremos em alunos da 2ª série, na faixa etária de oito anos, do Ensino Fundamental da rede particular de ensino, do município do Rio de Janeiro, realizando observações em sala, onde poderemos analisar meios para se trabalhar com alunos portadores desse distúrbio, sabendo que apenas profissionais especializados neste tipo de distúrbio poderá indicar, com mais acerto, o tratamento adequado para cada pessoa que apresenta os sintomas. Palavras-chave: Afetividade. Auto-estima. Aluno. Professor. Atenção.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .....................................................................................8

CAPÍTULO I .........................................................................................11

Histórico do Déficit de Atenção ............................................................11

CAPÍTULO II ........................................................................................17

Conceituando “Distúrbio do Déficit de Atenção”...................................17

CAPÍTULO III .......................................................................................25

Valorizar a auto-estima do educando .....................................................25

CONCLUSÃO .......................................................................................33

ANEXO ..................................................................................................35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................37

ÍNDICE ..................................................................................................38

FOLHA DE AVALIAÇÃO ...................................................................39

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo, facilitar o

reconhecimento do professor, da família e da escola sobre

os sintomas de comportamento de um aluno portador de

Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA)

Percebemos que a preocupação do professor não está,

apenas, vinculada ao processo ensino-aprendizagem. Há uma

preocupação, também, com o aluno como um todo; como um ser

em construção; o conhecimento da sua personalidade, do seu

intelecto; sua manifestação afetivo-social, para

proporcionar um bom desempenho no ensino-aprendizagem.

Passados alguns anos exercendo o cargo de professora

da segunda série do Ensino Fundamental, observamos a

dificuldade encontrada no processo de atenção. Ester

distúrbio, do qual muitas pessoas padecem, levou muito

tempo para ser reconhecido como merecedor de diagnostico e

de tratamento médico e psicológico. Inicialmente, crianças

que demonstrassem falta de atenção ou fossem inquietas,

eram rotuladas de preguiçosas ou endiabradas. Depois

constatou-se que apresentavam desatenção e impulsividaDE.

Que seriam portadoras do que se determinou chamar de DDA

(Distúrbio do Déficit de Atenção).

A maneira mais comum de se diagnosticar um caso de

DDA, é através da observação dos sintomas de comportamento

que ocorre no passar do tempo. Alguns sintomas como :

hiperatividade, impulsividade, distração, falta de

organização, esquecimento, procrastinação, são de forte

influência no comportamento da criança.

Para melhor conhecer e auxiliar o educando com

Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA), é necessário que

seja solicitada a colaboração de serviços especializados,

dentro e fora da instituição de ensino. Faz-se necessário,

também, que preparemos pais, professores e alunos para que

saibam lidar e auxiliar os portadores de DDA, visto a

atenção ser fundamental no processo ensino-aprendizagem.

Para desenvolvermos o tema proposto, nos fixaremos em

alunos da 2ª série, na faixa etária de oito anos, do Ensino

Fundamental da rede particular de ensino, do município do

Rio de Janeiro.

Teremos como procedimento metodológico a investigação

científica, a atuação profissional diária com alunos com

sintomas de DDA, o que nos indica que não podemos conduzir,

de forma homogênea os casos, sendo necessária a compreensão

individualizada da situação, para se poder planejar a

orientação mais adequada.

Em decorrência das considerações, desenvolveremos a

presente pesquisa em três capítulos.

No primeiro, abordaremos a história da gênese do

Distúrbio do Déficit de Atenção, que é possível que a

educação familiar e os regimes escolares mais severos e

rígidos, de alguma forma, tenham limitado o aparecimento

desses comportamentos, ou então, os mantivessem mais

contidos.

No segundo capítulo conceituaremos DDA, que é um

conceito bastante genérico e pode dar margens a

compreensões equivocadas, já que não existe qualquer método

laboratorial, de neuro-imagem ou neurofisiológico entre

exames complementares, capazes de confirmar o diagnóstico.

No terceiro e ultimo capitulo, veremos como valorizar

a auto-estima do educando, que é de grande importância para

a aprendizagem. Tudo o que a criança fizer de bom e de

valor, deverá ser elogiado e incentivado, para motiva-la,

promovendo um aumento de sua auto-estima, que, geralmente,

se encontra em patamar muito baixo.

Nos basearemos em teóricos como Shaywitz(1994),

Cypel(2003.

1.HISTÓRICO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO

Crianças hiperativas e desatentas sempre existiram na

humanidade sem que constituíssem um grupo reconhecido como

apresentando alterações no comportamento.

É possível que a educação familiar e os regimes

escolares mais severos e rígidos, anteriores a este século,

de alguma forma tenham limitado o aparecimento desses

comportamentos, ou então, os mantivessem mais contidos.

É difícil estabelecer, na literatura, o momento

preciso em que se determinou que essas manifestações

corresponderiam a uma condição em particular. Pode tomar-se

como ponto de partida os trabalhos de Dupré(1925) que

assinalavam o desajeitamento ou a debilidade motora nas

crianças sem lesão cerebral, chamando a atenção para a

participação do aspecto emocional no desenvolvimento dessa

função, e os de Wallon (1925), sobre L’Enfant Turbulent (A

criança Inquieta). Essas duas publicações já esboçavam, na

época, as características clínicas dessas crianças e que

reconhecemos até hoje.

Coube a Strauss e Lehtinen, em 1947, retomar o assunto

e organizá-lo em suas manifestações, procurando estabelecer

uma associação com as dificuldades no aprendizado e com

possíveis lesões cerebrais, que pudessem ter como prejuízo

funções práxicas (percepções de ordem variada). Suas

preocupações dirigiram-se à busca de um substrato orgânico

e sinais ao exame neurológico que possibilitassem a

evidência do diagnóstico.

Entretanto, os recursos existentes na ocasião, não

permitiram esse avanço, levando à conclusão de que se

tratava de um quadro de “lesão cerebral mínima”, isto é, as

alterações funcionais apresentadas pela criança seriam

devidas a pequenas lesões cerebrais.

Durante os anos que se seguiram, cresceu bastante o

interesse dos neurologistas pelo tema, cujo diagnóstico

muitas vezes se realizava em bases subjetivas e utilizando

critérios diferentes, gerando-se, como conseqüência, uma

séria confusão na compreensão do problema.

As dificuldades foram se acrescendo, até que em 1962,

em Oxford, na Inglaterra, realizou-se um Simpósio proposto

pela Spastic Society, com o objetivo de chegar-se a um

consenso sobre essa condição.Foi então cunhada a expressão

“disfunção cerebral mínima”(DCM), substituindo-se a palavra

lesão, em virtude de não terem sido achadas alterações

orgânicas investigadas pelos métodos habituais de

diagnóstico.

A DCM seria uma condição determinada por causas

variadas, semelhantes às da paralisia cerebral, mas que não

chegariam a provocar uma lesão, havendo uma “imaturidade”

decorrente com possível melhora funcional em sua evolução.

Foi cogitada, também, a existência de um fator genético,

salientando-se o predomínio no sexo masculino.

Essa qualificação nosológica da DCM foi extremamente

importante e merece ser destacada como marco histórico,

pois permitiu ao neuropediatra, que estava acostumado às

doenças clássicas do sistema nervoso e às manifestações

neurológicas mais graves, o interesse pela caracterização

de discretas alterações relacionadas com as atividades

nervosas superiores, passando a estudar, com mais

profundidade o aprendizado escolar, a aquisição da

linguagem, a atenção, as percepções, a memória e outras

funções importantes e relacionadas ao desenvolvimento da

criança.

Entretanto, os neurologistas continuavam contando com

os recursos limitados do exame neurológico convencional

para caracterizar a DCM, que se mostravam evidentemente,

insuficientes. Surgiram, assim, várias propostas de exames

neurológicos mais sensíveis, destacando-se os de Towen e

Prechtl (1970) e os de Rutter, Grahan e Yule (1970).

No Brasil, Lefévre e outros, em 1972, depois de

exaustiva pesquisa, elaboraram o Exame Neurológico

Evolutivo (ENE), cujo objetivo foi o de definir os padrões

normais de várias funções neurológicas para crianças na

faixa etária dos três a sete anos. Esse padrão passou a ser

utilizado para a avaliação de crianças encaminhadas com o

diagnóstico de DCM, sendo consideradas anormalidades ou

áreas disfuncionadas quando o indivíduo não conseguia

realizar os testes de uma determinada função proposta para

a sua idade.

O ENE foi valioso por ter permitido uma série de

investigações e a possibilidade de estabelecer correlações

entre os seus resultados e as alterações funcionais,

principalmente no interessante tema das dificuldades do

aprendizado.

Essas pesquisas utilizando o ENE nem sempre se

mostraram superponíveis, tanto em sua metodologia como em

resultados, embora algumas correlações significativas e, às

vezes, semelhantes, fossem encontradas em várias delas.

Resumidamente, pode-se concluir que, embora o ENE

mostrasse alterações nos casos de DCM, estas não eram

suficientemente específicas para caracterizar esse quadro.

Isso porque, no estudo de crianças com dificuldades no

aprendizado, um número considerável delas apresentava o ENE

normal e, paradoxalmente, outras, mesmo com o ENE alterado,

estavam bem na escola. Outra verificação é que, naquelas em

que o ENE mostrava alterações, inclusive com melhora destas

alguns meses depois, as dificuldades escolares persistiam.

É importante deixar bem destacado que, embora uma

disfunção neurológica possa determinar dificuldades no

aprendizado, na maioria das vezes, o achado de áreas

“disfuncionadas”, no ENE, não permitia essa correlação.

Criava-se, dessa forma, um dilema:seriam essas áreas

realmente disfuncionadas ou estaria ocorrendo uma variação

normal do desenvolvimento daquela função que iria maturar

algumas semanas mais tarde?

Ressalte-se que em um certo número de crianças

acompanhadas com exames neurológicos seqüenciais

trimestrais, se observavam dificuldades em algumas funções

do desenvolvimento que melhoravam espontaneamente nos meses

seguintes devido, provavelmente, a um progresso da

maturação neurológica. Como conseqüência desse fato, com

que direito se poderia dizer a esses familiares que a

criança estaria apresentando uma disfunção neurológica?

É necessário considerar-se que, falar a um leigo em

disfunção neurológica, é diferente, por exemplo, que se

referir a uma disfunção respiratória associada a uma gripe;

neste último caso, boa parte das vezes, institui-se o

tratamento, recupera-se a condição respiratória e o quadro

clínico melhora ou desaparece. Já a disfunção neurológica

carrega um estigma mais pesado e o indivíduo fica marcado

pelo diagnóstico, tanto em casa, onde muitas vezes, torna-

se protegido por não poder “ficar nervoso”, quanto na

escola, quando passa a ser menos exigido por ter “problema

na cabeça” ou “um problema neurológico”. E essa atitude

preconceituosa permanece assim por alguns anos.

Em decorrência dessa imprecisão diagnóstica e da

grande discrepância entre os quadros clínicos incluídos

como DCM, que foram gerando estigmas e encaminhamentos

terapêuticos inconvenientes e até desnecessários, essa

conceituação foi deixando de ser utilizada, embora se

verificasse um grande esforço de parte da literatura médica

norte-americana, insistindo e empenhando-se em divulgá-la.

Segundo Cypel(2003),nova tentativa para a

caracterização nosológica aconteceu em 1980, quando a

Associação Americana de Psiquiatria (APA),por meio do The

Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-

III), publicou, em sua classificação, como Atention-

Deficit-Disorders(ADD), o que antes era referido como DCM,

buscando estabelecer um critério mais rigoroso do ponto de

vista diagnóstico,baseando-se em três condições

comportamentais essenciais: desatenção, impulsividade e

hiperatividade. Ainda distinguiu dois grupos, sendo o

primeiro com hiperatividade e o outro sem essa

manifestação.

Na edição do DSM-III-R, em 1987, surgiu modificação da

nomenclatura, passando essa condição a ser referida como

“Déficit de Atenção” e/ou “Distúrbio de

Hiperatividade”(DADH), sendo classificada entre as

alterações do comportamento consideradas disruptivas.

Ainda conforme Cypel(op.cit.), mais recentemente, em

1991, o DSM-IV, fez uma reunião das propostas anteriores,

distribuindo as manifestações clínicas da DADH em dois

grupos: desatenção e impulsividade/hiperatividade. Esse é o

critério utilizado, atualmente, na maior parte dos

trabalhos científicos. Vale ressaltar, entretanto, que a

maioria das publicações sobre os vários aspectos da DADH

continuam sendo norte-americanas.

Dando seqüência a nossa pesquisa, no próximo capítulo

conceituaremos “Distúrbio do Déficit de Atenção”.

2. CONCEITUANDO DISTÚRBIO DO DÉFICIT DE

ATENÇÃO(DDA)

Como conceito, é bastante genérico e pode dar margem a

compreensões equivocadas. Até a presente data, não existe

qualquer método laboratorial, de neuroimagem ou

neurofisiológico entre os exames complementares, capaz de

confirmar o diagnóstico, como se espera de praxe no estudo

das doenças pediátricas mais freqüentes,como por exemplo,

no caso da diabete ou da broncopneumonia.

Como destacam Shaywitz & Shaywitz (1994), por se

tratar de um quadro no qual essencialmente ocorrem

alterações no comportamento da criança, passou a receber,

nos últimos anos, um interesse maior dos profissionais

interessados no estudo do psiquismo, particularmente, os

psiquiatras, por meio da participação da APA (Associação

Americana de Psiquiatria) e sua inserção no DSM (Manual de

Diagnóstico e Estatística da desordem mental). A partir

daí, como acontece com outras doenças psiquiatrias, basta-

se pela avaliação das manifestações clínicas sem,

necessariamente, ter sua confirmação por exames

complementares, ficando, então, validado como diagnóstico.

Segundo Cypel (2003, p. 19), existe maior incidência de DDA

nos meninos.

2.1. Atenção x Desatenção

Os distúrbios que prejudicam o portador de DDA são o déficit de atenção e a desatenção.

2.1.1. A Atenção

A atenção é uma função de integração de extrema

complexidade. Manifesta-se de forma eficiente na

dependência do funcionamento harmônico de todo um conjunto

de estruturas anatômicas do sistema nervoso central,

incluindo o tronco cerebral, o sistema límbico e o cérebro

propriamente dito. Participam, ainda, as funções sensoriais

por meio dos respectivos órgãos e que aportam informações

como a visão, audição, olfato, gustação e tato.

Na essência desses componentes do sistema nervoso

central, ocorre uma complexa combinação bioquímica

desempenhada por substancias conhecidas como

neurotransmissores.

O sistema nervoso funciona obedecendo ciclos de

vigília e sono, ou seja, ou o indivíduo está desperto ou

dormindo e isso, de forma sucessiva. Estando em sono, para

que ocorra o despertar, o sinal de partida é desencadeado

pela substancia reticular ascendente do tronco cerebral.,

que é uma rede complexa de neurônios e núcleos neuronais,

ocorrendo a liberação das substancias neurotransmissoras

“dopamina” e “noradrenalina”, de seus locais de síntese

e/ou armazenamento. Este seria considerado o estágio

inicial da atenção, ao qual chamamos de estado de vigília

ou alerta.

2.1.2. Desatenção

A desatenção expressa a capacidade limitada que uma

criança possui em permanecer atenta por um tempo necessário

diante de determinada tarefa para compreendê-la ou realizá-

la. Dizemos que esses indivíduos possuem curta fixação da

atenção.

Esse tempo razoável de atenção não tem medidas ou

pontuação padronizadas, sendo caracterizado de forma

objetiva por quem avalia a criança e, também, subjetiva por

meio das informações dos familiares. É uma referência e

aferição bastante profissional, exigindo que esse tipo de

opinião seja emitido por quem realmente tem experiência em

comportamento infantil, tanto normal como alterado, em suas

várias faixas etárias, para que seja o mais fidedigno

possível.

A criança desatenta, nas idades pré-escolar e escolar,

é comum a referência à desorganização para tudo,

principalmente com material da escola. Essas atitudes

acabam sendo qualificadas pelos familiares como

infantilidade e irresponsabilidade. Perdem-se objetos

(canetas, lápis etc.) e, já nas primeiras semanas de aula,

os cadernos estão sem capa e as folhas com pontas

amassadas. A escrita é trágica porque, devido à desatenção,

acompanhada da desorganização e da displicência, acaba

cometendo erros a todo instante e então apaga, escreve e

apaga e assim vai. Muitas vezes não completa a tarefa,

sendo necessário vigiá-lo e conferir, diariamente, se

realizou aquilo que foi solicitado pelo professor.

É habitual mostrar-se avesso à rotina e às regras, à

disciplina em geral, por não percebe-las ou não sentir sua

necessidade ou então por querer impor sua vontade como

forma de demonstração de poder. Se algo deve ser feito de

determinada maneira, certamente não o fará e encontrará,

teimosamente, muitas razões para justificar-se. Tem o dom

da oratória e é capaz de discutir e argumentar com

tenacidade para evitar qualquer tipo de mudança.

É comum dizer-se que esse tipo de criança parece estar

“no mundo da lua”; fica com o olhar vago, perdido através

da janela da sala, distraindo-se ou sendo solicitado por

qualquer tipo de estímulo. Atende ao ruído que vem da rua,

em seguida à tosse do colega, ao lápis do amigo que caiu no

chão três filas adiante etc. Enfim, tudo é motivo para

desconcentrá-lo. Trata-se de uma dispersão da atenção que

não se fixa em um objetivo determinado, ou seja, uma falha

em sua atenção seletiva, caracterizando o que se chama de

foco errático: desloca sua atenção para situações ou

objetos menos importantes em um determinado contexto, não

se fixando naquilo que é o mais importante.

É freqüente a queixa de que não atende ao ser chamado,

que é preciso faze-lo várias vezes, levando os pais ao

desespero. Entretanto, esse tipo de comportamento é

bastante curioso, pois quando não atende é porque, em geral

está muito interessado em outra atividade, ou seja, está

atento e concentrado em outro interesse. O que não o

impede, contudo, de atender se for chamado para algo do seu

interesse, pondo-se rapidamente pronto.

Outra situação de curta fixação surge durante a

realização de tarefas escolares em casa, onde se faz

necessária a presença de um adulto para controlar essa

inquietude.

É preciso que se faça uma distinção entre uma

desatenção Primária e outra Secundária relacionada às

circunstâncias de vida da criança.

Levine e Melmed (1982),distinguem os seguintes tipos

de desatenção:

-Primária: dificuldades de atenção e de intenção, fazendo

parte dos distúrbios psiquiátricos infantis, chamados

pervasivos; múltiplas formas de distractibilidade;

-Secundária: desatenção e intenção comprometidas como

resultado de processamento débil da informação (inabilidade

na linguagem, deficiência no processamento simultâneo ou

seqüencial, problemas de memória); ansiedade e/ou

depressão;

-Situacional: desatenção e intenção comprometidas limitadas

a situações particulares.

Crianças com déficit de atenção primária, tiveram, em

geral, alterações prévias e sérias de comportamento, com

características pervasivas associadas, a dificuldades

persistentes da atenção seletiva. A curta fixação de

atenção é observada em todo tipo de ambiente.

O déficit de atenção secundário é o tipo mais comum e

afeta um número considerável de crianças. Os componentes da

função da atenção- o despertar, a atenção seletiva e a

intenção- estão preservados. Entretanto, a atenção

globalmente fica afetada por diversos fatores: discretas

alterações funcionais interferindo na atenção seletiva,

ansiedade e depressão.

O déficit de atenção situacional ocorre,

predominantemente, em uma condição específica. Trata-se de

uma dificuldade de manutenção na escola ou mesmo durante a

realização das tarefas escolares em casa.

Por motivos didáticos, essa classificação relaciona,

separadamente, os três tipos de déficit de atenção. Na

prática poderá observar-se uma mescla destes em uma dada

criança, isto é, esses tipos não são mutuamente exclusivos.

É possível, entretanto, que em algumas delas se verifique

só um dos tipos isoladamente.

É de fundamental importância ressaltar a necessidade

da identificação de qual, ou quais tipos de déficit de

atenção estão ocorrendo, pois esse diagnóstico terá

correlação direta com a conduta a ser tomada.

2.2. Causas do Déficit de Atenção

Existem diversas causas que podem provocar a

manifestação do Distúrbio do Déficit de Atenção(DDA), como

físicas, ambientais e genéticas.

-Causas físicas:

. sofrimento fetal;

. ingestão de álcool e utilização de drogas durante a

gravidez;

. infecções do sistema nervoso central na primeira

infância;

. exposição a chumbo.

Causas Ambientais:

. desvantagem social;

. famílias numerosas e superlotação.

Origem genética:

. pode ser transmitido de pai para filho. Ocorre uma

predisposição genética que, se associada a outros fatores,

como os indicados acima, desencadeariam os sintomas.

2.3. Como reconhecer um caso de DDA

Podemos reconhecer um caso de DDA através de alguns

comportamentos característicos que apontamos a seguir:

A)A fácil distração com estímulos pouco significativos,

leva o portador de DDA a ter dificuldade em manter a

atenção em jogos, trabalhos, tarefas escolares e outras

atividades, evitando participar de tarefas que exijam

esforço mental por um período de tempo determinado;

B)O hábito de perder objetos necessários as suas tarefas ou

às atividades escolares,faz com que apresente maior

dificuldade em se organizar, com objetivos determinados,

seguir rotinas ou deveres no local das atividades.

Segundo Cypel(2003,p.57), o Déficit de Atenção(DDA), é

um diagnóstico que qualifica uma síndrome ( em medicina

corresponde a um conjunto de sinais e sintomas) que pode

estar ocorrendo em conseqüência de vários fatores e que

foram discutidos em detalhes quando se fez referência às

causas determinantes.

2.4. Trabalhando o aluno com DDA

Observamos que os alunos com DDA necessitam de uma

atenção diferenciada dos demais. Existem critérios que

citaremos a seguir:

1º)Colocar o aluno sentado bem próximo ao professor;

solicitar a realização das tarefas dentro da capacidade

demonstrada pela criança, torna mais fácil, assim, vigiá-lo

e estimulá-lo na participação e realização das tarefas.

2º)Evitar correções e comentários desabonadores

depreciativos; dar oportunidade de sair de sala caso o

aluno esteja em um dia de maior inquietude;

3º)Manter a classe organizada facilitando, por

conseqüência, a organização do aluno;

4º)Manter diálogo com profissionais que lidam com a

criança, para ter informações, trocar idéias e encontrar

estratégias que possam beneficiá-la.

É difícil encontrar-se a escola e o ambiente ideal

para a criança desatenta. Essa ambientação precisa ser

criada, organizada para cada criança individualmente, do

ponto de vista do preparo dos professores, do material e do

planejamento das atividades.

Uma das maneiras de se trabalhar o Distúrbio do

Déficit de Atenção(DDA), é valorizando a auto-estima do

educando,tema que desenvolveremos no próximo capítulo.

3.VALORIZANDO A AUTO-ESTIMA DO EDUCANDO

Valorizar a auto-estima de um portador de DDA, é de

grande importância para a aprendizagem. Segundo Cypel

(2003), é necessário, de imediato, reforçar uma atitude que

costuma ser negligenciada na lida com as crianças com

déficit de atenção ao procurarem atendimento médico. É de

fundamental importância respeitar esse indivíduo e

esclarecê-lo sobre o que está acontecendo e o porquê da

consulta. É comum chegarem ao consultório sem saberem o

motivo pelo qual os pais as estão trazendo e, mais ainda,

estes entram na sala do médico, pedindo ao filho que

aguarde na sala de espera, como se fossem contar segredos

ou barbaridades a respeito da criança.

Os pais chegam ao consultório na posição de

vitimizados pelo filho que frustra todas as suas

aspirações: mal-educado, mal vestido, descuidado, enfim,

muito diferente daquilo que aspiram. Não têm a percepção de

que seria uma oportunidade para dialogar e ajudar a criança

a refletir sobre si mesma.

Dessa forma, essa criança rejeitada em muitos

ambientes, em função de seu comportamento disruptivo e

molestador, já inicia essa busca de ajuda com uma

introdutória de rejeição.

Embora a persistência desses comportamentos

inconvenientes possa levar os pais a uma condição de

exaustão, quem está na linha de frente de todo esse

conjunto é o filho e é sobre quem recai a carga maior de

desgaste emocional.

Deve-se dizer tudo isso para a criança de maneira

inteligível, evitando atitudes mais rancorosas e

acusatórias, procurando ganhar sua confiança e adesão.

Durante a consulta, é freqüente a criança expor

comportamento irrequieto, irritante, gerando também no

medico, sentimentos de incômodo e intolerância. Mesmo

colocando limites, o medico deve procurar acolhê-la e

dizer-lhe da perturbação que está causando, sem severidade

excessiva, mostrando e esclarecendo que está a seu lado

para ajudá-la a superar aquelas dificuldades. Deverá,

também, reforçar suas qualidades com os acertos realizados

durante o exame e destacar as atividades em que se mostra

competente e que foram referidas na história.

Com os limites devidamente colocados, tudo o que a

criança mostrar de bom e de valor, deverá ser elogiado e

incentivado para motivá-la, promovendo um aumento de sua

auto-estima, que, geralmente, se encontra em patamar muito

baixo.

3.1.Os Pais

O bom encaminhamento das crianças portadoras de DDA,

depende, seguramente, da compreensão que os pais tiveram da

problemática. Devem ser esclarecidos sobre o que está

acontecendo, mostrando que pó filho atravessa um período

difícil de vida (como qualquer adulto poderia atravessar) e

salientando que a participação do casal é valiosa para

ajustar a situação.

Embora mostrando-lhes responsabilidades e, inclusive,

falhas na educação durante o desenvolvimento do filho, é

importante eximi-lo do excesso de culpa que normalmente

acontece nessas ocasiões e, ao mesmo tempo, deixá-los

vislumbrar a possibilidade de reversão o quadro, que nada

foi lesado ou perdido definitivamente. Procurar mudar o

foco de visão dos pais em relação à criança, passando a

destacar sus competências, sua inteligência e criatividade,

a facilidade em fazer amigos e outros pontos positivos; e

que não vejam ou qualifiquem o filho somente como relaxado,

irresponsável, preguiçoso, vagabundo e outros adjetivos que

servem mais para sepultar seu ego minguado.

3.1.1.Sugestões de atitudes que podem ser utilizadas no dia

a dia com a criança

1.Os pais devem manter diálogo freqüente sobre o que

se passa com o filho e, assim, adquirindo as condições de

manter coerência e estabilidade em suas atitudes;

2.Colocação de limites: é preciso mostrar a elas

claramente o que pode e o que não pode fazer;

3.Procurar incentivar atividades nas quais o filho

está bem sucedido, principalmente as não-escolares, se

estiverem ocorrendo dificuldades no aprendizado;

4.Procurar estabelecer uma rotina para as tarefas,

principalmente as escolares;

5.Entender que muito tempo já se passou na vida da

criança e que distorções foram se estabelecendo no seu

comportamento. Aliás, um complexo de distorções. Levando-se

isso em conta, é decisivo não pretender modificá-las a uma

só vez;

6.Evitar fazer ameaças rigorosas e extremadas para

corrigir determinados comportamentos que, provavelmente

vão demorar certo tempo para se extinguir. O não-

cumprimento da ameaça acaba por enfraquecer a autoridade

dos pais, favorecendo a persistência do filho naquela

atitude desafiadora.

3.2. A Escola

As escolas estão mais habituadas a trabalharem com as

crianças consideradas “normais”, ou seja, com boa produção

no aprendizado e com bom comportamento. Embora os

professores e orientadores pedagógicos estejam preparados,

quando surgem um ou dois casos em uma classe, em geral

cria-se uma situação problemática.

Os casos de DDA na sala de aula, interferem no

trabalho didático e atrapalham a atividade dos outros

alunos. Alguns professores podem não se sentir à vontade

para conviver nesse tipo de ambiente. Poderão ficar

irritados e, rapidamente, impacientarem-se, reagindo com

menos tolerância, chamando a atenção da criança em tom mais

alto de voz, excedendo-se em sua autoridade, até

desqualificando-o, o que gera, muitas vezes, insatisfação

consigo mesmo por sentir que está agindo de modo

inadequado.

E vai-se explicitando pouco a pouco, por parte da

escola, a possibilidade de uma indicação pedagógica talvez

mais adequada, sendo sugerido aos pais, procurar outro

colégio para o filho.

3.2.1. Sugestões que podem ser utilizadas nas escolas

Sabemos das dificuldades em encontrar a escola e o

ambiente ideais para a criança portadora de DDA, no

entanto, algumas atitudes podem ser tomadas visando

facilitar o trabalho didático.

1.A primeira atitude é colocar o aluno sentado bem

próximo ao professor. Será mais fácil, assim, vigiá-lo e

estimulá-lo na participação e realização das atividades;

2.O professor tentará encontrar estratégias para

motivar aquele aluno, o que, em algumas vezes, pode ficar

descuidado. Um pequeno detalhe na apresentação do material,

um acréscimo particular na didática e terá ganho a atenção

e o interesse do aluno;

3.Solicitar a realização de tarefas dentro da

capacidade demonstrada pela criança e, aos poucos, com

cuidado, solicitar algo mais. Exigências exageradas terão

respostas incompletas e desestimularão a criança, expondo-a

ao fracasso. Nesse período, quanto mais sucesso puder obter

e usufruir, melhor será. Procurar elogiar o aluno quando as

tarefas e o comportamento estiverem adequados.

4.Evitar correções e comentários desabonadores,

depreciativos. Mais eficiente será chamar o aluno para

próximo de si e mostrar-lhe como é o certo, tantas vezes

quantas forem necessárias;

5.Manter a classe organizada facilitando, por

conseqüência, a organização do aluno. Inserir rotinas com

essa mesma finalidade, para que tenha uma previsibilidade

do que vai acontecer;

6.Manter diálogo com o médico e outros profissionais

que lidam com a criança para ter informações, trocar idéias

e encontrar estratégias que possam beneficiá-la;

7.Se o aluno estiver em um dia de maior inquietude,

oferecer-lhe a oportunidade de sair da sala, ir ao banheiro

ou levar algo até a biblioteca.

3.3.Psicoterapia

A lida com os aspectos emocionais que participam da

condição da criança desatenta, é outro dos pontos

fundamentais do trabalho a ser realizado com a finalidade

de se obter uma adequação daqueles comportamentos.

Nos casos mais brandos, é possível, já no consultório

médico, fazer-se uma orientação aos familiares para as

situações mais freqüentes no dia a dia, visando a maior e

mais adequada colocação de limites, organização dos

materiais escolares, disciplina nas atividades em geral e

na rotina das alimentações. Embora com dificuldade, alguns

pais passam a exercer melhor seus papéis, conseguindo,

assim, um bom resultado.

A indicação do procedimento psicoterápico ficará na

dependência das características de cada caso, considerando-

se a idade da criança, a intensidade das alterações de

comportamento, sua relação com a estrutura familiar e o

impacto que está causando na convivência dessa família.

3.3.1. Terapia familiar:Terapia de Casal

Essas formas de terapia procuram abordar os aspectos

relacionados com a dinâmica familiar, tratando

conjuntamente os componentes da família (pai, mãe e filho)

ou então, lidando somente com o casal.

A importância da abordagem familiar é, entre outros

aspectos, não tomar a criança como sendo o único foco do

problema. Embora ela seja o elemento sintomático, a terapia

familiar a vê como fazendo parte de um sistema de

relacionamentos afetivos desarmônicos e cuja psicodinâmica

pode estar comprometendo a todos de maneira geral, muitas

vezes de modo despercebido. Portanto, todos terão de rever

sua posição na estrutura familiar.

A criança, ao ser tomada apenas como o elemento

sinalizador de que algo na família pode não estar sendo

satisfatório, vive uma experiência inédita:a de não ser o

único e eterno “problema” da casa, da escola, do prédio.

Essa nova inserção costuma favorecer um efeito

organizador para a criança, que vai adquirindo a condição

de ver e pensar sobre si mesma e sobre o meio que a rodeia,

com menos hostilidade e com carga emocional mais amenizada,

o que, de imediato, melhora sua auto-estima.

3.3.2. Terapia Cognitiva

Constitui uma atividade terapêutica que inclui

trabalhar, conjuntamente, processos cognitivos e

comportamentos da criança, utilizando-se de técnicas

operacionais.

Neste trabalho, são propostas tarefas e, no decorrer

delas, as crianças são solicitadas a pensar sobre o que

estão fazendo, ocorrendo, também, por ocasião da conclusão

dessas tarefas. Respostas rápidas e pouco elaboradas não

são incentivadas. Ao lado disso, existe o propósito de

incentivar a atenção e a intenção seletivas. A criança é

estimulada a participar, sendo motivada e tratando de fazê-

la recuperar a auto-estima.

É um trabalho com características semelhantes ao

psicopedagógico e poderá ser bem sucedido, quando a

indicação for pertinente ao caso e manuseado por

profissional experiente.

De tempos em tempos, surgem propostas terapêuticas

alternativas, mas para nós, as mais importantes são as que

valorizam a auto-estima do portador de DDA, como as citadas

acima.

CONCLUSÃO

A presente pesquisa de cunho bibliográfico, procurou

apresentar um dos tantos fatores que alteram o processo

ensino-aprendizagem.

O problema abordado foram as implicações que

proporcionam o fracasso escolar para um portador de

“Distúrbio do Déficit de Atenção”(DDA). Sustentou-se, como

hipótese, as implicações que dificultam o processo ensino-

aprendizagem para o portador de DDA, que podem ser a

atenção, o controle de impulsos e a atividade motora. O

sintoma mais exuberante é o comportamental, ou seja, o

descontrole impulsivo. Acreditamos estar bem claro a

relação processo ensino-aprendizagem para o portador de

DDA, quando nos deparamos com todos os problemas,

principalmente o estar atento, que é um sintoma difícil

para o aluno e professor. É para que a atenção possa

ocorrer, é necessário que o aluno seja bastante estimulado

pelo professor.

Procuramos, através de nossa experiência e com o

objetivo de prevenir problemas em sala de aula, citarmos

algumas sugestões como, por exemplo, proporcionar maior

encorajamento e retorno positivo; elogiar positivamente o

portador de DDA sempre que este terminar uma tarefa e fazer

uma avaliação multiprofissional;procurar aferir todas as

circunstâncias que o cercam, principalmente a familiar,

escolar e social. Somente dessa forma podemos ter uma

melhor compreensão do seu comportamento.

Deverá ser feita uma avaliação ampla e criteriosa das

condições de vida e do funcionamento da família, da

dinâmica que se estabelece em todas as relações da criança,

nos ambientes em que participa. Isso nos proporcionará

informações fundamentais para uma melhor e mais consistente

orientação.

Essas sugestões não são soluções infalíveis para quem

lida com portadores de DDA, mas podem ser analisadas para o

ensino-aprendizagem.

ANEXO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CYPEL, S. A criança com Déficit de Atenção e

hiperatividade-Atualização para os pais, professores e

profissionais de saúde. São Paulo:Lemos Editorial,

2003.

DROVET, R.C.da R. Distúrbio da Aprendizagem. São

Paulo: Editora Ática, 1990.

LEFÉVRE, AB(Coord.) O exame neurológico evolutivo.

São Paulo:Sarvier, 1972.

LEVINE, M.D.& Medmed RD. The unhappy Pediatric

Clinics of North America,1982.

RUTTER, M. GRAHAM P. & YULE, W. A

Neuropsychiatris study in chilhood-Clinics in

Development Medicine. Londow, W Heinemann Medical

BAOOKS, 1970.

SHAYWITZ, B.A.SHAYRWITZ S E.Learning desabilities

and atention disorders. In: Swaiman K. F: Pediatric

Neurology- Principles and Practice- St. Louis, 1994.

TOWEN B.C.L. & PRETCHTL, H.F.R.The neurologicl

examination of child with minor nervous dysfunction.

Clinics in Development Medicin in 38. Londow, W.

Heinemann Medical Books, 1970.

ÍNDICE

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I Histórico do Déficit de Atenção CAPÍTULO II Conceituando Distúrbio do Déficit de Atenção 2.1.Atenção x Desatenção 2.1.1. A Atenção 2.1.2. A Desatenção 2.2.Causas do Déficit de Atenção 2.3.Como reconhecer um caso de DDA 2.4.Trabalhando com um aluno co DDA CAPÍTULO III Valorizar a auto-estima 3.1. Os Pais 3.1.1.Sugestões de atitudes que podem ser utilizadas no dia a dia com a criança 3.2. A Escola 3.2.1.Sugestões que podem ser utilizadas nas escolas 3.3. Psicoterapia 3.3.1. Terapia familiar: Terapia de Casal 3.3.2. Terapia Cognitiva CONCLUSÃO ANEXOS REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ÍNDICE FOLHA DE AVALIAÇÃO

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11

11

17

17

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO “VEZ DO MESTRE”

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Título da Monografia: A Dificuldade do Déficit de Atenção

na 2ª série do Ensino Fundamental

Data da entrega: 9 de abril de 2005

Avaliação:

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Avaliado por:________________________________GRAU:_________

Rio de Janeiro, 9 de abril de 2005