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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” ENEAGRAMA COMO FORMA DE VIVER CHRISTIANE DE LUZIET SOARES MACIEL Orientador: Professora Mary Sue Carvalho Pereira Rio de Janeiro Julho / 2004

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ENEAGRAMA COMO FORMA DE VIVER

CHRISTIANE DE LUZIET SOARES MACIEL

Orientador: Professora Mary Sue Carvalho Pereira

Rio de Janeiro

Julho / 2004

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II

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ENEAGRAMA COMO FORMA DE VIVER

OBJETIVOS:

Facilitar o profissional de Recursos Hu-manos no que se refere traçar o perfil de personalidade do colaborador na sua forma de atuação no ambiente profissio-nal e familiar.

Após traçar este perfil o objetivo é per-ceber como os colaboradores atuam e pensam em relação ao seu trabalho.

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III

AGRADECIMENTOS

A minha família, aos meus colegas de turma e a minha

equipe de trabalho que direta e indiretamente contribuí-

ram para que este trabalho se concretizasse.

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IV

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu parceiro Guilherme Loja

Kropf que contribuiu na pesquisa e sugeriu o tema desta

monografia.

À Deus que esta sempre próximo para iluminar a minha.

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V

RESUMO

Os estudos mostram que o eneagrama é uma ferramenta diagnóstica

facilitadora para que o ser humano tenha chance de viver com mais tranqüilidade a

partir do momento que reconhece suas características de sua personalidade.

O autoconhecimento é a oportunidade de abandonar antigos hábitos e

histórias. Através desta descoberta o ser humano estará mais habilitado a entender o

seu papel na família, no trabalho e no amor.

Viver no ambiente com diferentes personalidades muitas vezes se torna

complicado.

Então cada um de nós pode estar dizendo a verdade, mas cada um de nós

tem uma história diferente para contar.Cada um de nós olha o próprio casamento, o

emprego e os filhos a partir de ângulos radicalmente diferentes, muitas vezes sem

perceber nisso um preconceito metódico.

Extraordinariamente o eneagrama faculta-nos olhar profundamente para

dentro do nosso própria caráter e esclarecer os nossos relacionamentos com clientes,

colegas de trabalho, familiares e amigos.

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VI

METODOLOGIA

A metodologia utilizada se destina a apoiar profissionais de Recursos Humanos para que possam identificar o perfil de personalidade dos colaboradores na empresa e no ambiente familiar.

A ferramenta eneagrama considera que cada Ser Humano vê o mundo,

através da sua lente perceptiva, e entende que nenhum dos tipos é melhor que o outro.

Através desta ferramenta existe vantagem competitiva que reside em sa ber como os colaboradores pensam, sentem e classificam as informações relaciona das ao seu trabalho, facilitando também a antecipação do processo de tomada de deci sões das pessoas de uma equipe e que na verdade pode ser fantástico fator de coesão.

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VII

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 01

CAPITULO I 02

CONHECENDO AS VARIÁVEIS DO ENEAGRAMA 02

CAPÍTULO II 12

OS NOVE TIPOS DE PERSONALIDADE 12

CAPÍTULO III 35

TIPOS NO TRABALHO 35

CAPÍTULO IV 53

DESENVOLVIMENTO PESSOAL 53

CONCLUSÃO 60

ANEXOS 63

BIBLIOGRAFIA 64

ÍNDICE 65

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VIII

INTRODUÇÃO

Eneagrama é o estudo dos nove tipos básicos de pessoas. Explica porque

nos comportamos de forma como comportamos e aponta direções específicas para o

crescimento individual. É um instrumento importante para melhorar o

relacionamento com a família, os amigos e os colegas de trabalho.

Eneagrama surgiu há muitos séculos. Não se conhece exatamente sua

origem, mas acredita-se que tenha sido ensinado oralmente nas irmandades secretas

Surfi, no Oriente Médio. O professor russo de mística, G.I Gurdjieff, introduziu-o na

Europa na década de 1920, e o Eneagrama chegou aos Estados Unidos na década de

1960.

O sistema do Eneagrama é representado por um círculo contendo a forma

de uma estrela de nove pontas. Ennea em grego significa o número nove e grama

significa “desenho”. Eneagrama significa “um desenho com nove pontas”.

O Eneagrama nos ensina que desde cedo em nossa vida aprendemos a

nos sentir seguros e a lidar com nossas situações familiares e circunstâncias pessoais,

desenvolvendo uma estratégia baseada em nossos talentos e habilidades naturais.

Trabalhando com o Eneagrama, desenvolvemos uma compreensão mais

profunda dos outros e descobrimos alternativas aos nossos próprios padrões de

comportamento. Libertamo-nos de estratégias desgastadas de encarar a vida e

começamos a ver as coisas de um ponto de vista mais abrangente.

Pessoas do mesmo tipo têm as mesmas motivações básicas e vêem o

mundo de formas fundamentalmente semelhantes. As variações dentro de um mesmo

tipo derivam-se de fatores como maturidade, tipos de personalidade dos pais, ordem

de nascimento, valores culturais e características inerentes, tais como ser

naturalmente introvertido ou extrovertido.

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IX

CAPÍTULO I Conhecendo as variáveis do Eneagrama

À medida que for aprendendo o Eneagrama, você logo começará a

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X

classificar as pessoas que conhece de acordo com os nove tipos. Aconselhamos você

a guardar para si suas classificações e ter a mente sempre aberta. Classificar uma

pessoa segundo determinado tipo com precisão é importante e deve ser feito por cada

um, segundo sua própria percepção interna. Talvez seja reconfortante saber que

milhões de pessoas usam a mesma estratégia que você para enfrentar a vida. Os

padrões de comportamento que surgem dos nove tipos, entretanto, são tão

numerosos, misteriosos e singulares quanto os indivíduos envolvidos.

1.1 - Os Tipos

1.2 - Propósito

Estabelecer a união dentro da pessoa, entre as pessoas e na criação como

um todo.

1.3 - Observador Interno:

A observação de si mesmo é uma prática fundamental da vida interior.

Concentrando a sua atenção nos seus pensamentos e nas suas atitudes é possível

identificar os padrões mecânicos de comportamento. Toda psicoterapia bem-feita

depende disso. Quando o indivíduo se põe como observador neutro de si mesmo,

seus hábitos automáticos começam a parecer separados do seu eu, ao invés daquilo

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XI

que ele realmente é. Com o tempo você descobre que a sua consciência é o seu eu

real – ela é aquele observador que fez com que você encarasse seu modo de agir de

maneira objetiva e imparcial. Naturalmente, esses momentos de consciência se

alternam com o estado automático, assim que você volta a ser dominado pelos

pensamentos.

1.4 - Amortecedores Psicológicos

Os principais obstáculos na identificação do próprio tipo são os

chamados amortecedores psicológicos, que nada mais são do que mecanismos de

defesa que nos cegam para os traços negativos do nosso caráter. Os amortecedores

nos ajudam a não sofrer atritos “facilitando a vida”. Entretanto, são eles que nos

deixam no estado letárgico, onde somos levados a agir pelo piloto automático e não

pela nossa consciência.

A grande tarefa do observador interior é desmontar esses amortecedores.

É a única maneira de ter uma vida psicologicamente madura e ser um ser humano

real.

1.5 - Traço Principal

Simultaneamente à descoberta do nosso tipo, vem a consciência chocante

de que somos restritos a um ponto de vista limitado. Pode-se dizer que cada tipo tem

um traço principal de caráter que determina as atitudes a serem tomadas. Raramente

desfrutamos do verdadeiro livre arbítrio.

O traço principal vai nortear as atitudes que seriam habituais ou

automáticas. Seus hábitos passam a assumir o controle de você. É muito importante

identificar essa tendência e estar atento para voltar a seguir em linha reta, consciente.

1.6 - As Paixões

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XII

Os nove tipos de Eneagrama correspondem a nove traços principais da

vida emocional. Podem ser chamados de paixões, que tem raiz no começo de nossas

vidas. Se a criança porém, vive em situação psicológica severa, este hábito (paixão)

vira uma obsessão, tornando difícil a auto-observação.

Como esse hábito ganhou o controle de nossas vidas? Se conseguirmos

entender isso, as paixões passam a ser aliadas para a caminhada rumo ao

desenvolvimento pessoal.

Onde colocamos a atenção, colocamos a nossa energia. A atenção fica

imersa nas preocupações que caracterizam o nosso tipo, perdemos a capacidade

essencial (inerente a criança) de reagir ao mundo como ele é. Começamos a nos

tornar seletivamente sensíveis a informação que alimenta a visão do mundo do nosso

tipo.

“Vemos o que precisamos ver a fim de sobreviver, e nos esquecemos do

resto”.

“VOCÊ SE TORNA ESCRAVO DE TUDO QUE VOCÊ NEGA”

Ninguém pode, na verdade, modificar, de maneira absoluta, nossa

personalidade. Ninguém pode virar-nos completamente de ponta-cabeça ou pelo

avesso. Temos que usar o material existente, o que já está aí. Precisamos aceitar-nos

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XIII

como somos e não como gostaríamos de ser; o que significa renunciar à auto-ilusão e

ao faz-de-conta.

1.7 - As Asas

Sua personalidade pode se misturar ou ser influenciada pelos tipos de

personalidade que se encontram a cada lado do seu. Por exemplo, um

Preservacionista (9) pode ter algumas características do Perfeccionista (1) ou do

Confrontador (8). Chamamos a esses vizinhos suas asas.

O seu tipo básico domina a sua personalidade global, enquanto que a asa

o complementa e adiciona elementos importantes e as vezes contraditórios. Devemos

leva-la em conta para nos entendermos melhor e aos outros.

1.8 - As Setas: (Direção de Desintegração e Integração)

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XIV

As linhas do Eneagrama não são estáticas, são abertas, que permitem

crescimento ou involução psicológica.

As linhas entre os tipos se conectam em uma seqüência específica. Em

uma direção significa saúde, auto-realização, ao contrário significa doença, neurose.

Desintegração: 1 > 4 > 2 > 8 > 5 > 7 > 1

9 > 6 > 3 > 9

Integração: 1 > 7 > 5 > 8 > 3 > 4 > 1

9 > 3 > 6 > 9

Estas direções são metáforas de processos psicológicos, que ocorrem em

todas as pessoas. Precisamos prestar atenção as características do nosso tipo e as

asas, sua direção de integração e desintegração. Essa mistura única somos nós.

Quando um tipo se integra, se apropria dos traços saudáveis do tipo da

direção de integração. Quando se desintegra se apropria dos trações doentes do tipo

da direção de desintegração.

O mais importante não é qual o seu tipo de personalidade, mas o quanto

usa as suas características boas e más como ponto de partida para uma pessoa melhor

e integrada.

Há uma grande diversidade individual, incluindo inteligência, talento e

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XV

experiência.

Tipos diferentes podem parecer similares – tomar atitudes semelhantes –

mas as motivações não são as mesmas.

Ex.: Vários tipos podem ser mandões. Só que dão ordem de formas e por

motivos diferentes.

8 > Dão ordens como: Faça o que eu digo porque tenho poder sobre ti e

te castigarei se me desobedeceres.

1 > Manda como: Mando porque tenho razão.

2 > Pode ser dominador, dão ordens dizendo: Você não quer me ferir,

não há razão para não fazer o que peço.

6 > Podem dar ordens exibindo uma agressividade fanfarrona.

7 > Podem exigir que cumpram as ordens.

Por aí vemos que é arriscado analisar por um único traço.

É necessário ver cada tipo como um todo, seu estilo global, seu enfoque

de vida e suas motivações básicas.

1.9 - Os Três Centros de Inteligência

Possuímos três centros de inteligência – instintivo, emocional e

intelectual. Encontrar seu “centro” é essencial para descobrir qual é o seu tipo. Cada

centro é composto de três tipos adjacentes, correspondentes aos três centros do

corpo: o coração, a cabeça e o intestino.

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XVI

1.10 - O que fazemos com os Centros?

Ü Repressão

Ü Dominação compulsiva

Ü Apoio

1.11 - O Coração ou Centro do Sentimento (Imagem)

• Prestativo (Tipo Dois) interessa-se pelas pessoas e por apóia-las. Quer

ter uma imagem agradável.

• O Bem-sucedido (Tipo Três) gosta de ser visto sob uma boa ótica,

segundo as normas socialmente aceitas.

• O Romântico (Tipo Quatro) tem uma forte necessidade de se

expressar e de ser visto como original.

1.12 - A Cabeça ou o Centro do Raciocínio (Medo)

• O Observador (Tipo Cinco) baseia-se em seus próprios recursos e

encontra segurança no conhecimento.

• O Questionador (Tipo Seis) busca alívio para o medo através da

permissão e aprovação de figuras de autoridade ou da revolta contra a

autoridade.

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• O Aventureiro (Tipo Sete) é ativo e otimista. Evita emoções

desagradáveis, inclusive o medo.

1.13 - O Intestino ou Centro Instintivo (Raiva)

• O Líder (Tipo Oito) projeta uma imagem forte e não tem medo de

expressar sua raiva.

• O Pacifista (Tipo Nove) é agradável, moldável e muitas vezes não tem

consciência de sua raiva.

• Perfeccionista (Tipo Um) vê a raiva como uma falha de caráter e tenta

conte-la. Segue estritamente padrões de comportamento e/ou tentar

melhorar o mundo.

1.14 - 1 – 2 – 6 Centro Intelectual Reprimido

Submissos a uma internalização de alguém ou algo em seu superego que

exerce uma influência dominante em sua conduta.

1 – As suas obrigações idealistas.

2 – A exigência de seu superego de que sempre sejam amorosos.

6 – A uma figura de autoridade que tem internalizado através do seu supere-go.

1.15 - 3 – 7 – 8 Centro Emocional Reprimido

Agressivos. Sua Id está orientada agressivamente para vários aspectos de

seu ambiente.

3 – Agressivos (competitivos em direção aos demais) a quem buscam

para comparar-se de forma favorável.

7 – São agressivos (condicionados) em direção ao ambiente, do qual

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procuram tirar mais satisfação para si mesmo.

8 – Agressivos (assertivos) em direção ao ambiente, tentando constantemente projetar-se no ambiente para que este seja o reflexo deles.

1.16 - 4 – 5 – 9 Centro Instintivo Reprimido

Retraído (expressão direta do ego) compen-sando de maneira característica.

4 – Dissocia-se da realidade através da imaginação.

5 – Dissocia-se da realidade através de seus processos de pensamento.

9 – Dissocia-se da realidade através de uma intensa identificação com outro.

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CAPÍTULO II Os Nove Tipos de Personalidade

2.1 - História Familiar de cada Tipo

2.1.1 - Tipo 1

Normalmente, a personalidade perfeccionista é estabelecida a partir de

pais muitos severos que puniram o filho do modo adequado quando criança. Por ter

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XX

sido punido e premiado quando devia, acabou adquirindo uma obediência e um

respeito muito grande aos pais, interiorizando o superego parental e desenvolvendo

um controle também muito grande sobre si mesmo. Outras vezes, ainda, na infância,

teve que assumir responsabilidade de adulto, a fim de compensar a imaturidade de

um membro da família.

A personalidade perfeccionista aprendeu desde cedo a negar o prazer,

principalmente quando em público, e a sua recompensa é o orgulho de poder mostrar

seu autocontrole. Foi aquela criança boazinha, obediente, que fazia tudo o que os

pais esperavam dela. Aprendeu a se comportar adequadamente e a ser correta aos

olhos dos outros, procurando não cometer erros para evitar críticas.

Para o perfeccionista, é muito dolorosos receber críticas alheias, porque

ele já é atormentado pelo próprio julgamento. A preocupação com o comportamento

correto desenvolvido na infância, quando era obrigado a aceitar os padrões adultos de

ser, fez com que passasse a atentar para cada detalhe, seja de como falar, se

comportar, se vestir ou trabalhar, ao mesmo tempo em que desenvolveu uma

capacidade crítica muito grande, que o faz sempre encontrar defeitos nos outros.

A idealização da perfeição é manifestada através de um forte e

interiorizado código de moral. Freqüentemente, é o censor do mundo, qualificando

aquilo que pode ou não ser visto pelo público em geral. Para ele, o tempo é algo que

tenta controlar obsessivamente. Não admite não fazer nada. Mesmo se estiver de

férias, sempre procurar fazer algo, como aprender a navegar ou levantar muito cedo

para visitar todos pontos turísticos. Odeia perder tempo.

Quando a raiva aparece no ponto 1, ele, em sua autocrítica, decide que

não deve senti-la. Ao reprime-la, torna-se ressentido de sua própria imperfeição.

Como é uma pessoa rígida no comportamento, esta rigidez se transporta

par ao seu corpo físico. Freqüentemente apresenta problemas de tensão muscular,

dores de cabeça, artrites e dores nas juntas. Sua tensão corporal manifesta-se

principalmente pela compressão da mandíbula.

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XXI

2.1.2 - Tipo 2

O tipo 2 caracteriza aquela criança que recebeu amor e segurança dos

adultos em troca de ter dado a eles aquilo de que precisavam. Muito cedo ainda,

desenvolveu uma habilidade natural de adaptar sentimentos de modo a corresponder

às necessidades dos adultos. Desta forma, assegurava a aprovação dos mais velhos, a

retribuição do amor, para ele algo fundamental, além de se tornar importante na vida

deles, pelo que oferecia em termos de corresponder às necessidades emocionais das

pessoas.

Desde a infância, a atitude deste tipo de personalidade é a de ajudar os

outros, procurar ser útil e sempre dizer algo que agrade; ele trabalha no sentido de

desenvolver sua sensibilidade para entender as necessidades alheias e se predispõe a

alterar suas próprias convicções para satisfazer o desejo dos outros. Uma criança para

a qual a segurança depende do que ela dá desenvolverá uma espécie de orgulho em

se tornar necessária para os outros e acabará não reconhecendo suas próprias

necessidades pessoais.

O tipo 2 é caracteristicamente feminino, embora existam também figuras

masculinas é aqui que habitam as “filhinhas do papai” ou os “filhinhos da mamãe”,

porque desde cedo aprendeu como ser a “doçura” ou a “princesinha” do papai, ou o

“homenzinho” ou o “namorado” da mamãe.

O indivíduo deste ponto acredita que é capaz de perceber os mais

profundos sentimentos das pessoas. Esta habilidade provém da forma de como ele

aprendeu a corresponder às necessidades dos outros, ora adulando ou bajulando ora

ajudando cada um nas suas carências ou preocupações mais constantes. Nunca dirá

algo que ofenda ou desmereça alguém. Por exemplo, se você estiver errado, um 8 lhe

dirá na cara: “Você está errado”. O 1 poderá dizer: “Você é imoral, e nunca deveria

ter feito tal coisa”. O 2 dirá: “Eles deveriam ser mais compreensivos com você” ou

“Ninguém tem o direito de atirar a primeira pedra”. O outro protótipo do 2 é aquele

que manipula as possibilidades para se tornar indispensável e amado, e, a partir daí,

usa suas habilidades de sedução para conseguir o que precisa.

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XXII

2.1.3 - Tipo 3

Quando criança, começou a produzir muito cedo, e foi reconhecido pelo

produto em si e não pelo que era como pessoa. Deste modo, aprendeu desde pequeno

que a forma pela qual poderia conseguir aprovação e amor seria através do

desempenho eficiente na execução de uma tarefa, e não pela capacidade do

envolvimento emocional com os outros.

Sua infância foi, assim, dedicada ao trabalho, em vez de às brincadeiras

ou ao lazer característicos desta fase. Na realidade, não teve sequer o que chamamos

de infância, pois neste período da vida trabalhava para produzir. Era a criança

precoce, que parecia e agia como uma miniatura de adulto. Por ter perdido logo

contato com os seus sentimentos mais profundos, quando adulto, em estado alterado

por drogas, álcool ou sexo, geralmente deixa escapar emoções infantis.

Curiosamente, costuma ter também a aparência muito jovem para a sua idade

cronológica.

Uma vez que era amado pelos resultados conseguidos, aplacou suas

emoções e centrou sua atenção em ter status, o que passou a ser uma garantia de

receber amor. A idéia é trabalhar duro, ganhar reconhecimento, assumir a liderança e

vencer. É muito importante evitar falhas, porque somente os vencedores são

merecedores de amor. Desde muito cedo aprendeu a vender sua imagem.

O que o mundo quer o 3 produz.

2.1.4 - Tipo 4

Na sua infância existe sempre uma história de abandono, que representa o

ponto central da sua característica. O abandono pode ser uma situação real, depois de

ter todo o cuidado e carinho dos pais, ele se vê rejeitado por qualquer motivo, ou

pode ser uma visão deturpada de alguém que, necessitando de mais afeto, se sentiu

rejeitado por não obter o que queria. O exemplo mais comum é o do abandono pelo

divórcio dos pais, se o mais amado saiu de casa. Ou, ainda, pela morte de um dos

pais quando era ainda bem pequeno.

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XXIII

De qualquer modo, a frustração por ter se sentido abandonado em criança

o acompanhará na idade adulta e representará um fator muito importante para afasta-

lo da felicidade, porque sempre lhe faltará algo para completar sua plenitude.

O medo do abandono e de ser ignorado fez com que o 4 aprendesse a

interiorizar a idéia de que o objeto de seu amor um dia o deixará. Naturalmente, o

seu humor estará sujeito ao modo como estará encarando o seu amor atual, mas, no

fundo, sempre existirá aquela dúvida: quando serei abandonado outra vez? Isso fará

com que o seu humor volte a ser melancólico e a depressão, a sua companheira.

Na literatura, este tipo é chamado de “o romântico trágico”, que

representa aquele que, tendo sucesso em todos os outros campos, está sempre voltado

para um amor passado ou pensando no amor ainda não encontrado, que algum dia

virá para trazer-lhe a felicidade que só o amor pode dar.

Enquanto o 2 conseguiu o amor dos pais, com o 4 acontece exatamente o

oposto: ele sente que perdeu este amor. Tanto o homem quanto a mulher deste tipo

têm esta experiência de perda, ou a emoção da perda de alguém muito importante

quando criança; por isso, internalizou o sentimento de que algo está errado com ele.

2.1.5 - Tipo 5

Todos nós conhecemos alguém que parece ser de pedra e tão

impenetrável quanto um castelo medieval com um fosso à sua volta e janelas no alto

das torres. Esta é a personalidade 5. nela nunca penetramos, nem ela jamais deixará

os seu muros e as suas defesas para nos encontrar.

O 5 sempre ficará seguro atrás das suas muralhas olhando de longe para o

outro. Por que ele é assim? Porque, quando criança, o seu castelo foi invadido e ele

perdeu a sua privacidade. A partir daí, adotou uma estratégia de necessidade mínima,

onde o contato foi reduzido e os sentimentos interiorizados de forma a proteger a sua

privacidade. Todo este dilema foi produzido a partir do relacionamento intenso dos

seus pais, que não davam espaço para ele ser ele mesmo. Assim, teve que se fechar

emocionalmente para se afastar daquele que não lhe dava sossego. É comum

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XXIV

encontrarmos aquele tipo de mãe ou pai que não dá um mínimo de trégua ao filho.

Ele não pode fazer nada que lá vêm eles atrás para saber o que está havendo,

sufocando qualquer iniciativa que tenha, ou inspecionando todas as suas gavetas a

fim de achar vestígios do que estava fazendo.

Como não havia lugar onde pudesse se esconder, pois um dos seus pais

estava lá, ele retirou-se para dentro da mente, pois nem no próprio quarto tinha

privacidade. Precisando escapar e não tendo para onde ir, colocou-se de tal forma

que sua emoção foi reprimida e protegida por muros resistentes.

2.1.6 - Tipo 6

As características do tipo 6 adquiridas na infância provêm do fato de ter

sido criado por pais que eram imprevisíveis na forma de lidar com ele. Assim, não

podia confiar nas reações deles. A falta de confiança na autoridade parental fez com

que se tornasse super-alerta na relação com eles, o que não significava, entretanto,

uma segurança, pois as punições eram mais devido ao estado de espírito dos pais do

que propriamente pela criança ter feito algo errado. Diante desta atitude, cresceu com

medo daqueles que tinham autoridade sobre ele. Esta memória foi trazida até a vida

adulta e fez com que passasse a suspeitar de todas as pessoas. Tenta minimizar a sua

insegurança procurando um forte protetor ou indo contra a autoridade.

Este tipo foi uma criança que cresceu vigiando cuidadosamente os

adultos, porque era tratado erraticamente por eles, e também porque, assim, poderia

se esconder caso alguma ameaça pairasse no ar. Aprendeu, então, a hesitar, a

verificar sinais de perigo, a sentir o posicionamento da figura da autoridade antes de

se direcionar.

O medo de ser machucado ou humilhado fez com que ele, ainda criança,

antes de tomar uma decisão procurasse conhecer primeiro a intenção dos outros. Por

isso, o lugar-comum do 6 criança foi se sentir sem proteção e sem um porto seguro

para onde ir. Isso causou neste adulto a sensação de estar do lado do perdedor, sem

uma figura forte para oferecer proteção.

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XXV

Na sua história, existe o bicho-papão no armário e ele se encontra só e

inseguro. A imaginação é tão prodigiosa que é capaz de assustar a própria pessoa ou

criar fantasmas para ferir alguém com seus pensamentos.

A desconfiança na figura da autoridade causou-lhe dependência em

ambos os sentidos: ou se sente fraco e com medo, e precisa de alguém com

autoridade para tomar conde dele, ou se rebela contra a autoridade “que está tentando

tirar vantagem da sua fraqueza”.

2.1.7 - Tipo 7

O tipo 7 caracteriza aquele que teve uma infância plena e cheia de

memórias agradáveis. A sua vida, embora tendo eventos desagradáveis, não

apresenta nenhuma amargura. Na verdade, o que ele mostra desde a infância e que

irá caracterizar a sua vida adulta é a capacidade de centrar a sua atenção nas

memórias positivas.

Quando o cenário de sua vida apresenta-se mal e negativo, é capaz de se

colocar à parte e negar tal situação, para não se confundir com ela. “Eu estou bem; se

a situação está mal, um dia ficará melhor”.

Recusa-se a ver a situação negativa. Ao contrário do 6, que só se lembra

das situações negativas, ele tende a se concentrar nas situações agradáveis, devido à

características de fugir do sofrimento e se mover em direção ao prazer.

Em muitos casos, aparenta ter problemas com o pai, mostrando-se muito

mais chegado à mãe. Talvez devido a esta inclinação, na vida adulta irá assumir uma

posição antimachista e abraçará as idéias feministas.

2.1.8 - Tipo 8

Na infância, para sobreviver, o tipo 8 teve que desenvolver uma couraça

protetora, ao mesmo tempo em que seu interior tornava-se forte e destemido, porque

ele teve que crescer rapidamente a fim de tomar conta de si mesmo. Desse modo,

aprendeu a transformar de imediato seus impulsos em ações, agindo sempre primeiro

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XXVI

e pensando depois. Esta característica permaneceu com ele durante toda a vida.

O mundo que habitava era dominado pelo maior e mais forte, que

controlava sua vida. Estava sempre se confrontando com situações e pessoas

arbitrárias, e desta forma desenvolveu uma força interior que carrega como um trunfo

de que sempre dispõe na hora de enfrentar uma situação adversa.

Quando criança, aprendeu que os mais fortes e os vencedores é que são

respeitados, enquanto que aqueles que mostram fraqueza não merecem consideração

e são rejeitados pelos seus pares. Logo, teve que passar a negar suas próprias

fraquezas e limitações, para parecer forte e destemido, conquistando, assim, o direito

ao respeito e admiração dos outros. É por isso que, adulto, não se intimida diante da

defesa inimiga. Na verdade, confia tanto em si mesmo que diante de uma ameaça, em

vez de retroceder, avança, pressionando o flanco com a segurança e a força de quem

está acostumado a enfrentar as batalhas.

Foi punido pelas coisas que não fez e, por este motivo, criou o senso de

que as leis são arbitrárias, tanto assim que julga que pode fazer suas próprias leis.

Além disso, na luta para se defender, acabou por achar que era mais divertido

quebrar as regras do que segui-las.

2.1.9 - Tipo 9

O tipo 9 foi aquele tipo de criança que na infância recebeu muito pouca

atenção dos pais. Não porque esses necessariamente tenham dado pouco amor ou

carinho, mas sim porque ele precisava de mais do que o que recebeu. Desta forma,

sentiu-se em segundo plano e passou a agir como um observador, retirando-se do

primeiro plano ou do centro dos acontecimentos familiares. Percebia que seus pontos

de vista ou suas vontades não eram atendidos pelos pais e que as necessidades dos

outros pareciam mais importantes para eles do que as suas próprias.

Uma vez que as suas prioridades e necessidades mais prementes nunca

foram tomadas em consideração, aprendeu a revelar suas reais necessidades, para se

dedicar as coisas menores e sem importância. De tanto desviar sua energia das

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XXVII

verdadeiras prioridades para objetivos ou coisas menos fundamentais, perdeu a noção

daquilo que realmente quer. Em conseqüência, perdeu também a noção do que é

importante ou não para ele.

Como na infância, por achar que ninguém prestava atenção nele, passou a

observar os outros, adquiriu, quando adulto, a característica de assumir a

personalidade dos que exercem influência sobre ele. Assim, é capaz de abrir mão de

sua posição numa conversa e adotar os maneirismos e as opiniões de alguém que lhe

tenha captado a atenção. Ser uma espécie de “camaleão” é uma marca registrada do

9.

Na verdade, assume as características de quem estiver mais próximo

porque não consegue definir as suas próprias. Como criança, tendia a viver através

dos pais, e, como pai ou mãe, tende a viver através dos filhos.

2.2 - Principais Traços

2.2.1 - Tipo 1 (Internalizado)

1. Esforçam-se muito para corrigir as próprias falhas.

2. Tem dificuldades em relaxar e em serem espontâneos e brincalhões.

3. Odeiam perder tempo.

4. Sentem-se frustrados porque nem eles nem os outros são o que

poderiam ser.

5. Consideram sua ética e morais superiores à dos outros.

6. Vêem as coisas em termos de certo ou errado, bom ou mau.

7. Parecem se preocupar mais do que as outras pessoas.

8. Parecem sempre apressados como se sentissem que não tem tempo

para o muito que tem a fazer.

9. Precisam se sentir responsáveis o tempo todo. São dominados pelo

tempo!

10. Precisam ser perfeitos para serem amados e reconhecidos.

Compulsão Básica (Fuga – Aborrecimento – Perfeccionismo)

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XXVIII

Fixação Psicológica (Paixão) – Raiva ou Ira

Evitam – O Mal Feito

2.2.2 - Tipo 2 (Externalizado) 1. Muitas pessoas dependem de sua ajuda e generosidade.

2. Normalmente elogiam, adulam e agradam mais do que criticam.

3. Não sentem que tenham tantas necessidades quanto os outros.

4. Necessitam serem importantes na vida dos outros.

5. Gostam de salvar as pessoas quando elas estão com problemas ou em

situações embaraçosas.

6. Sentem-se, às vezes, enganados pelas pessoas, como se estivessem

sendo usados por elas.

7. Acham mais fácil fazer as coisas pelas pessoas do que por si mesmos.

8. Consideram-se responsáveis pelas relações. São muito sedutores.

9. Ocasionalmente, experimentam um sentimento de injustiça por não

receberem o suficiente em troca do que dão.

10. São compelidos a ajudar outras pessoas mesmo contra a vontade.

Compulsão Básica (Fuga) – Atender às necessidades dos outros

- Auto-Suficiência Fixação Psicológica (Paixão) – Orgulho

Evitam reconhecer suas próprias necessidades

2.2.3 - Tipo 3 (Desconectado) 1. Se identificam com precisão e profissionalismo. Atualizados.

2. Gostam de metas definidas e saber quais as chances de alcançá-las.

3. É muito importante projetar uma imagem bem sucedida.

Normalmente tem estórias de sucesso.

4. Geralmente preferem envolver-se nos aspectos de mudança do que

naqueles de continuidade do trabalho.

5. Sentem-se invejados pelo muito que conseguiram.

6. Quando relembram o passado, tentam pensar no que fizeram de bom

e certo do que naquilo que fizeram mal ou errado.

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XXIX

7. Gostam de trabalhar em equipe e são bons chefes e líderes.

8. Acham que as aparências são muito importantes e são muito

desejados e admirados.

9. Se consideram pessoas que tem muita energia positiva. Podem se

identificar tanto com o trabalho que fazem ou com o papel que estão

desempenhando a ponto de esquecerem quem realmente são.

Compulsão Básica (Fuga) – Ser Bem-sucedido Fixação Psicológica (Paixão) – Engano ou Mentira

Evitam – Fracassos

2.2.4 - Tipo 4 (Internalizado)

1. Acreditam que a maioria das pessoas não aprecia a verdadeira beleza

da vida.

2. As artes e a expressão artística são muito importantes para

direcionarem suas emoções.

3. O meio-ambiente é muito importante para eles.

4. Possuem uma nostálgica compulsão pelo passado.

5. Boas maneiras e bom gosto são relevantes para eles.

6. Normalmente tentam parecer casuais e naturais.

7. Possuem grande atração por manifestações simbólicas.

8. Constantemente estão preocupados com o sofrimento, a perda e a

morte.

9. Acreditam que as outras pessoas não sintam tão profundamente

quanto eles.

10. Não pensam em si mesmos como pessoas comuns.

Compulsão Básica (Fuga) – Ser Especial, Original Fixação Psicológica (Paixão) – Inveja

Evitam – Sentimentos de Inferioridade

2.2.5 - Tipo 5 (Internalizado)

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XXX

1. Tentam resolver os problemas pensando.

2. Precisam de muito tempo e espaço privado. O tempo é sempre

escasso.

3. Gostam de fazer associações mentais, sintetizar e juntar idéias.

4. Preferem ficar à margem dos acontecimentos, observar as pessoas e

não se comprometerem.

5. Não conseguem manter conversas superficiais e não costumam ser

generosos.

6. Ficam embaraçados quando questionados sobre sentimentos e

normalmente respondem o que estão pensando.

7. Quase sempre deixam os outros tomarem a iniciativa.

8. Sentem-se constrangidos em pedir o que necessitam e vivem com o

mínimo de tudo.

9. Tem muita dificuldade em se auto afirmarem.

10. Guardam os sentimentos para eles mesmos.

Compulsão Básica (Fuga) – O Conhecimento Fixação Psicológica (Paixão) – Avareza

Evitam – Sentimento do Vazio

2.2.6 - Tipo 6 (Desconectado)

1. Preferem ter as coisas esquematizadas do que em aberto.

2. Gostam de estar inteiramente certos antes de agir.

3. Parecem estar sempre se defendendo e se justificando.

4. Estão sempre atentos e sensíveis às contradições.

5. A lealdade do grupo é muito importante para eles.

6. Levam muito tempo para decidir porque precisam explorar

inteiramente as conseqüências das ações.

7. Acham difícil contrariar o que diz a autoridade.

8. A tendência deles é prosperar na vida baseados no senso do dever e

da responsabilidade.

9. Consideram que sem regras definidas ou leis estritas é muito difícil

dizer o que as pessoas podem e não podem fazer.

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XXXI

10. A virtude mais importante para eles é a “prudência”.

Compulsão Básica (Fuga) – Segurança (Não Arriscar)

Fixação Psicológica (Paixão) – Medo

Evitam – A Infração

2.2.7 - Tipo 7 (Externalizado)

1. Acreditam que existem muito poucas coisas na vida que não possam

desfrutar.

2. São muitos entusiastas acerca do futuro.

3. Gostariam que as pessoas fossem menos preocupadas com a coisas.

4. Normalmente gostam de contar casos engraçados e sempre sabem a

“última piada”.

5. De uma forma geral, encaram as coisas mais pelo seu lado alegre do

que pelo seu lado negativo.

6. São consumistas e tem uma irresistível atração pelos últimos

lançamentos do mercado.

7. Acreditam que as coisas irão acabar bem.

8. Gostam de alegrar as pessoas e preferem que os vejam como pessoas

felizes e brincalhonas.

9. Evitam, sempre que podem, entrar em programações mais sérias.

10. Estão sempre interessados em tudo, mas preferem pular de uma coisa

para outra do que entrar numa em profundidade.

Compulsão Básica (Fuga) – Ser Feliz Fixação Psicológica (Paixão) – Gula

Evitam – Sofrimento (Físico ou Psicológico)

2.2.8 - Tipo 8 (Externalizado)

1. Não se incomodam muito com introspecção ou auto-análise.

2. Não tem a menor dificuldade em expressar as próprias insatisfações

com as coisas ou pessoas.

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XXXII

3. Consideram-se bons trabalhadores e acham que sabem como fazer as

coisas acontecerem.

4. Descobrem com facilidade o ponto fraco dos outros e usam isso se

forem provocados.

5. Consideram a justiça e a injustiça como pontos chave para eles.

6. Acham que as outras pessoas é que criam seus próprios problemas.

7. Costumam proteger as pessoas que estão sob sua autoridade ou

jurisdição.

8. Detestam se sentir acuados ou serem obrigados a se adaptar.

9. Normalmente se consideram não-conformistas e não conseguem

deixar as coisas como estão.

10. Sentem um prazer quase sexual no desfrute do poder.

Compulsão Básica (Fuga) – Ser Forte (Controlar)

Fixação Psicológica (Paixão) – Luxúria (Cobiça)

Evitam - A Fraqueza

2.2.9 - Tipo 9 (Desconectado)

1. Estão em paz e calmos. Fazem 2 coisas, sem importância, ao mesmo

tempo: ler/TV.

2. Necessitam de estímulo para manterem-se ativos.

3. Acham que a maior parte das coisas da vida não vale o

aborrecimento.

4. Podem ser árbritos imparciais porque para eles, em geral, um lado é

tão bom como o outro.

5. Se orgulham de serem pessoas estáveis.

6. Embora reconheçam que as pessoas possuem diferenças, acreditam

que a maioria se assemelha.

Não esperam reconhecimento, nem sucesso, nem poder, nem

admiração, gostam mesmo é que todos estejam em harmonia. –

Teimoso – concorda, só faz o que quer.

7. Geralmente não se entusiasmam demais com as coisas. Evitam

conflitos.

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XXXIII

8. Se consideram pessoas extremamente fáceis de se lidar. Dão

desculpas esfarrapadas.

Acreditam que existem muito poucas coisas no mundo que não

possam esperar até amanhã, o tempo resolve problemas. Não aceita

ordens – é melhor dar 3 opções para escolher uma.

Compulsão Básica (Fuga) – Ter Paz Fixação Psicológica (Paixão) – Preguiça (Indolência)

Evitam – O Conflito

2.3 - O Contínuo de Traços

Há uma estrutura global para cada tipo de personalidade. A análise de

cada tipo começa com a discussão de seus traços saudáveis depois regular ou

normose e de doença. Essa estrutura é o contínuo de traços, que formam o tipo de

personalidade. Para podermos entender melhor o indivíduo, devemos entender não só

os traços de seu tipo básico, mas também em que estágio do contínuo ele se encontra.

Este contínuo não é nada acadêmico, ele é utilizado intuitivamente e

demonstra na prática que todos nós estamos constantemente mudando, às vezes para

o bem e às vezes para o mal.

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XXXIV

O Contínuo compreende os níveis de desenvolvimento, que são nove ao

todo. Três para cada estado de saúde. Só quando conseguimos ficar no extremo

saudável do nosso tipo podemos mover-nos em direção à integração, assim como no

extremo da doença podemos ir em direção a desintegração (outro tipo doente em

linha). Não é possível sair de um extremo direto para outro extremo.

Esta mudança ocorre dentro do espectro de traços que constituem o nosso

tipo. As mudanças que fazemos em resposta aos estímulos diversos do dia-a-dia são

naturais, é preciso observar a tendência dessas mudanças. Em que nível tendemos a

permanecer a maior parte do tempo.

2.4 - Sinais de Alerta

Serve para indicar que estamos prestes a deixar a faixa saudável de nosso

tipo rumo à faixa média. Ele vale como indício de que estamos ficando mais

identificados com o ego e de que conflitos e outros surgirão.

1. A sensação de ter a obrigação de cuidar de tudo sozinho.

2. A convicção de que precisa convencer os outros de que está certo.

3. O surgimento do impulso de buscar status e atenção.

4. Apego aos sentimentos e sua intensificação pela imaginação.

5. Fuga da realidade e refúgio em mundos e conceitos mentais.

6. Dependência de algo exterior ao eu para orientação.

7. A sensação de que existe algo melhor em algum outro lugar.

8. A sensação de precisar pressionar e lutar para que as coisas

aconteçam.

9. Acomodação exterior aos outros.

2.5 - A Tendência Rumo a Desintegração (Com Inversão)

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XXXV

Em geral se manifesta quando vivemos um período de stress ou inseguranças crescen-tes.

1. Os metódicos representantes do Tipo Um de repente se mostram

temperamentais e irracionais no Quatro.

2. Os carentes representantes do Tipo Dois de repente tornam-se

agressivos e dominadores no Oito.

3. Os atirados representantes do Tipo Três de repente se mostram

apáticos e desinteressados no Nove.

4. Os distantes representantes do Tipo Quatro de sempre se mostram

excessivamente envolvidos e apegados no Dois.

5. Os objetivos representantes do Tipo Cinco de repente se tornam

hiperativos e dispersivos no Sete.

6. Os conscienciosos representantes do Tipo Seis de repente mostram-se

competitivos e arrogantes no Três.

7. Os dispersivos representantes do Tipo Sete de repente se mostram

perfeccionistas e críticos no Um.

8. Os autoconfiantes representantes do Tipo Oito de repente se tornam

reservados e inseguros no Cinco.

9. Os condescendentes representantes do Tipo Nove de repente se

mostram ansiosos e preocupados no Seis.

2.6 - A Tendência Rumo a Integração

Requer uma opção consciente. Quando estamos no caminho da

integração, estamos dizendo a nós mesmos: Quero estar mais plenamente em minha

vida.

1. Os irritáveis e críticos representantes do Tipo Um, tornam-se mais

joviais e espontâneos, como os representantes saudáveis do Tipo

Sete.

2. Os arrogantes e fantasistas representantes do Tipo Dois tornam-se

emocionalmente mais perceptivos e mais condescendentes consigo

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XXXVI

mesmos, como os representantes saudáveis do Tipo Quatro.

3. Os esquivos e vaidosos representantes do Tipo Três tornam-se mais

cooperativos e dedicados aos demais, como os representantes

saudáveis do Tipo Seis.

4. Os invejosos e emocionalmente turbulentos representantes do Tipo

Quatro tornam-se mais objetivos e escrupulosos, como os

representantes saudáveis do Tipo Um.

5. Os avaros e inacessíveis representantes do Tipo Cinco tornam-se mais

decididos e seguros de si, como os representantes saudáveis do Tipo

Oito.

6. Os medrosos e pessimistas representantes do Tipo Seis tornam-se

mais relaxados e otimistas, como os representantes saudáveis do Tipo

Nove.

7. Os vorazes e dispersivos representantes do Tipo Sete tornam-se mais

concentrado e profundos, como os representantes saudáveis do Tipo

Cinco.

8. Os voluptuosos e dominadores representantes do Tipo Oito tornam-se

mais afetuosos e generosos, como os representantes saudáveis do

Tipo Dois.

9. Os indolentes e desleixados representantes do Tipo Nove tornam-se

mais ativos e empenhados como os representantes saudáveis do Tipo

Três.

2.7 - A Dinâmica do Eneagrama

1. Liberação (Auto-Transcendência)

Ü Tipo 1 – Discernimento, tolerância

Ü Tipo 2 – Altruísmo, desapego

Ü Tipo 3 – Auto-aceitação, autenticidade

Ü Tipo 4 – Auto-renovação, criatividade

Ü Tipo 5 – Compreensão, revelação

Ü Tipo 6 – Auto-afirmação, coragem

Ü Tipo 7 – Gratidão, apreciação

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XXXVII

Ü Tipo 8 – Auto-restrição, magnanimidade

Ü Tipo 9 – Autoconsciência, realização

2. Capacidade Psicológica (Sentido de “Self”) Ü Tipo 1 – Racionalidade – “Eu sou razoável”

Ü Tipo 2 – Empatia – “Eu sou atencioso”

Ü Tipo 3 – Adaptabilidade – “Eu sou desejável”

Ü Tipo 4 – Autoconsciência – “Eu sou intuitivo”

Ü Tipo 5 – Observação – “Eu sou perceptivo”

Ü Tipo 6 – Envolvimento Emocional – “Eu sou amado”

Ü Tipo 7 – Responsabilidade – “Eu sou feliz”

Ü Tipo 8 – Assertividade – “Eu sou forte”

Ü Tipo 9 – Receptividade – “Eu sou pacífico”

3. Valor Social (Contribuição para os outros) Ü Tipo 1 – Princípios, Objetividade

Ü Tipo 2 – Generosidade, Serviço

Ü Tipo 3 – Ambição, Auto-desenvolvimento

Ü Tipo 4 – Individualidade, Auto-expressão

Ü Tipo 5 – Conhecimento, Especialização

Ü Tipo 6 – Comprometimento, Cooperação

Ü Tipo 7 – Praticabilidade, Produtividade

Ü Tipo 8 – Autoridade, Liderança

Ü Tipo 9 – Estabilidade, Nutrição

4. Desequilíbrio Ü Tipo 1 – Sentindo constantemente obrigações pessoais

Ü Tipo 2 – Pensando que só tem boas intenções

Ü Tipo 3 – Competindo com os outros pela supremacia

Ü Tipo 4 – Vivendo constantemente na imaginação

Ü Tipo 5 – Analisando tudo indefinidamente

Ü Tipo 6 – Tornando-se dependente de outros

Ü Tipo 7 – Crescendo através da cobiça

Ü Tipo 8 – Procurando somente o auto interesse

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XXXVIII

Ü Tipo 9 – Tornando-se acomodado e auto-anulado

5. Controle Interpessoal (Causa e Efeito) Ü Tipo 1 – Controle Emocional, métodos rígidos

Ü Tipo 2 – Intromissão, invasão, possessividade

Ü Tipo 3 – Calculismo, projeção da própria imagem

Ü Tipo 4 – Auto-absorção, retraimento

Ü Tipo 5 – Preocupação, desligamento

Ü Tipo 6 – Ambivalência, Evasão

Ü Tipo 7 – Desinibição, hiperatividade

Ü Tipo 8 – Expansionismo, dominação

Ü Tipo 9 – Desengajamento, passividade

6. Super Compensação (Comportamento ofensivo) Ü Tipo 1 – Perfeccionismo, Dogmatismo

Ü Tipo 2 – Auto-importância, indispensabilidade

Ü Tipo 3 – Narcisismo, arrogância

Ü Tipo 4 – Auto-piedade, auto-indulgência

Ü Tipo 5 – Contenção, extremismo

Ü Tipo 6 – Rebelião, autoritarismo

Ü Tipo 7 – Insaciabilidade, excesso

Ü Tipo 8 – Obstinação, combatividade

Ü Tipo 9 – Resignação, fatalismo

7. Violação (de si mesmo e dos outros) Ü Tipo 1 – Auto-retidão, intolerância com os outros

Ü Tipo 2 – Auto-decepção, manipulação dos outros

Ü Tipo 3 – Hostilidade, exploração dos outros

Ü Tipo 4 – Auto-inibição, alienação dos outros

Ü Tipo 5 – Rejeição, isolamento dos outros

Ü Tipo 6 – Auto-depreciação, dependência dos outros

Ü Tipo 7 – Impulsividade, abuso contra os outros

Ü Tipo 8 – Crueldade, violência com os outros

Ü Tipo 9 – Repressão, negligência com os outros

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XXXIX

8. Ilusão e Compulsão (Pensamentos e Comportamentos) Ü Tipo 1 – Obsessão, contradições compulsivas

Ü Tipo 2 – Autorização, coerção

Ü Tipo 3 – Malícia, duplicidade

Ü Tipo 4 – Auto-aversão, tormento emocional

Ü Tipo 5 – Paranóia, fobias

Ü Tipo 6 – Hiperativo, comportamento irracional

Ü Tipo 7 – Manias, comportamento errático

Ü Tipo 8 – Expansionismo, megalomania

Ü Tipo 9 – Dissociação, desorientação

9. Destruição Patológica (Patologia e Resultado) Ü Tipo 1 – Punição, comportamento retribuitivo

Ü Tipo 2 – Reações de conversão, problemas psicossomáticos

Ü Tipo 3 – Sadismo, comportamento psicopata

Ü Tipo 4 – Autodestruição, suicídio

Ü Tipo 5 – Psicótico, comportamento desordenado

Ü Tipo 6 – Auto-derrotado, masoquista

Ü Tipo 7 – Histérico, ataques de pânico

Ü Tipo 8 – Vingativo, anti-social, destruidor

Ü Tipo 9 – Colapso emocional, despersonalizado

2.8 - Foco Especializado de Atenção – Liderança

1. Ordem e Qualidade: É importante haver ordem entre as pessoas e nas

tarefas, tanto na vida quanto no trabalho. A operação deve seguir de acordo com

procedimentos corretos. O foco da atenção está na ordenação correta das tarefas e na

qualidade do trabalho e da honestidade entre as pessoas.

2. Necessidades e Serviços: Os dois tendem a focar as necessidades das

pessoas. Eles têm empatia com as preocupações alheias, por isso tendem a exercer

autoridade a serviço dos outros. Eles gostam da gratidão e aprovação recebidas pela

ajuda prestada.

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XL

3. Resultados e Competição: Eles focam na missão e nos resultados da

tarefa. O desejo é atingir a meta pelo sucesso que isso representa. Eles competem por

resultados e fazem uma impressão favorável.

4. Indivíduos e Distinção: O quatro foca na pessoa enquanto indivíduo.

Eles sabem o quanto é importante que as pessoas mantenham sua identidade numa

organização. Por isso, eles querem criar um clima humanístico no ambiente de

trabalho, para que cada um seja respeitado pelo seu valor e sua dignidade.

5. Estrutura e Racionalidade: O foco do cinco é na estrutura racional e

nos sistemas inteligíveis do mundo para ter certeza de que eles fazem sentido. Cada

parte do seu mundo tem que se encaixar perfeitamente no conjunto e trabalhar

sistematicamente dentro do contexto. Eles seguem a regra econômica. Não

multiplique tarefas sem necessidade. Não surpreende que os cinco queiram

economizar tempo, dinheiro e energia.

6. Relacionamento e Comprometimento: Um traço importante na vida é

como as pessoas se relacionam. O seis foca sua atenção em criar confiança,

cooperação e comprometimento entre os membros do grupo. Querem que as decisões

da autoridade sejam claras para que cada um saiba seu dever. Precisam de ordem e

estabilidade no relacionamento interpessoal.

7. Satisfação e Inovação: Os sete focam na satisfação. Eles sabem que as

pessoas precisam estar felizes com o que fazem. Gostam de ver a situação viva, se

desenvolvendo, aberta a idéias inovadoras e projetos.

8. Poder e Ação: O foco é o poder. Eles gostam de estar na posição de

autoridade para poder efetivamente mobilizar as pessoas para desempenharem tarefas

do jeito que eles querem que sejam feitas.

9. Harmonia e Rotina: Querem que a situação seja harmônica pela

estabilidade que vem com a rotina. Gostam de ver as pessoas se dando bem e

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XLI

trabalhando pela paz.

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XLII

CAPÍTULO III Tipos no Trabalho

3.1 - Algumas características dos tipos no trabalho

3.1.1 - Tipo 1

• Tendência a adiar decisões onde os riscos sejam altos.

• Sob tensão, tendem a se deslocar para tarefas secundárias.

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XLIII

• Muito sensíveis a erros e injustiças.

• Dão muito valor à forma (aparência, limpeza, simetria)

• Tendência a elaborar procedimentos complicados.

• Se respeitam a chefia, assumem responsabilidades, se não respeitam,

transferem a culpa.

• Esperam o estabelecimento de diretrizes claras e precisam de feed-

back constante.

• Quando inseguros, intensificam os controles e exigem continuamente

relatórios de andamento.

• Detestam mudanças de regras.

• Esperam reconhecimento, e, quando isso ocorre, trabalham muito

mais que o esperado.

• Dificilmente se opõem abertamente à autoridade.

• Normalmente criticam e apontam erros, mas raramente apresentam

soluções.

• Não se sentem à vontade em reuniões onde existam diferenças de

opiniões.

• Em reuniões tipo “brain-storm”, raramente apresentam contribuição

criativa.

• Em regra geral, são pouco espontâneos.

• Quando prestigiados, excelentes em tarefas que exijam precisão,

meticulosidade, responsabilidade, padronização e qualidade.

3.1.2 - Tipo 2

• São atraídos pelo poder.

• Sabem reconhecer vencedores em potencial e se colocar em posições

estratégicas.

• Preferem as autoridades que gostam deles.

• Não perdem tempo com autoridades subalternas; tentam primeiro a

adulação, se não der certo, passam por cima e vão direto à linha de

frente.

• Se estiver subordinado a uma autoridade punitiva, ou fria ou

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XLIV

indiferente, tendem a “armar” uma tomada de poder por algum rival

que o aprecie.

• Trabalham por ganhos materiais e consideração íntima de pessoas

significativas.

• Franco comando em ação isolada contra alguma autoridade respeitada.

• Alteração de comportamento, às vezes querendo estima, às vezes se

sentindo oprimido e explorado.

• Tendência a formar “círculos fechados”.

• Quase sempre são o “braço direito” de alguém, mas muito raramente

possuem eles próprios alguém como “braço direito”.

• Costumam possuir “afilhados e protegidos”, mas ninguém é

imprescindível ou indispensável para um Tipo 2.

• Em reuniões de chefias, “fecham” com quem gostam.

• Polivalentes, encontram-se em todos os tipos de trabalho onde existam

pessoas para interagir.

3.1.3 - Tipo 3

• Querem ser autoridades. Sabem priorizar e competir. Gostam de

negociar.

• São formadores de equipes e gostam de unir o grupo.

• Estão sempre “checando” símbolos de status e necessitam de símbolos

tangíveis de status para se sentirem vitoriosos.

• Passam quase que de imediato da idéia para a ação e quase todos são

polifásicos.

• Não são fanáticos por qualidade, querem mais é ver o produto pronto,

mas são muito sensíveis à forma de apresentar as coisa.

• Gostam de reuniões e aceitam outras autoridades com visões opostas.

• Geralmente são de uma cordialidade fria e de uma civilidade

impessoal.

• Não misturam sentimentos com trabalho.

• Se estiverem concentrados numa meta, suspendem qualquer tipo de

sentimento em relação à eles mesmos e aos colaboradores.

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XLV

• Atrás de uma promoção ou de um cargo mais elevado, não costumam

ter escrúpulos em aproveitar qualquer coisa que possa ser utilizada

para derrubar seus oponentes.

• Tendem a ignorar comentários negativos a seu respeito, e todo

insucesso é visto como sucesso parcial.

• Especialistas em autopromoção.

• São, talvez, os mais funcionais de todos os tipos, mas precisam

trabalhar em algo onde possam aparecer

3.1.4 - Tipo 4

• Normalmente respeitam as “grandes” autoridades, pessoas aclamadas

e muito admiradas.

• Tendem a ignorar autoridades subalternas.

• Regras e regulamentos comuns não se aplicam aos 4; eles se

“esquecem” ou desdenham. Não é desobedecer frontalmente. É

ignorar, “não entender direito”.

• Se a autoridade for punitiva ou restritiva, tendem a fraudar as regras

ou a escapar delas.

• Querem ter sempre os melhores ao redor.

• São envolventes, conseguem modificar o “clima” local e mobilizar

pessoas.

• Possuem o sentido do “elogio qualificado”, não gostam de serem

comparados.

• Quando não reconhecidos ou preteridos, podem se tornar vingativos e

rancorosos.

• Excelentes para iniciar algo novo ou reformular algo que não está

dando certo, mas tendem a sabotar as coisas quando elas se tornam

muito regulares.

• Normalmente amorais, não se preocupando muito com desvios ou

“pecados” de ninguém.

• São elitistas e possuem modelos de gestão absolutamente pessoais.

• Precisam trabalhar em algo que não seja repetitivo e onde haja espaço

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XLVI

para fazer as coisas de uma forma.

3.1.5 - Tipo 5

• Normalmente gostam de supervisionar “atrás de portas fechadas”

• Geralmente são bons em decisões de alto risco e em formulação de

políticas.

• Propensão natural ao planejamento fracionado ou projetos de longo

prazo.

• Muito sensíveis aos relacionamentos hierárquicos injustos.

• Extremamente autocríticos e poucos assertivos.

• Dificuldades de trabalhar em equipe ou dividir idéias. Com equipe ele

delega ao máximo a execução.

• Se esgotam com excessos de detalhes; se não tiverem um padrão

definido tenderão a produzir material a mais do que a menos.

• Não suportam colocar seu tempo e sua energia à disposição de outras

pessoas.

• Detestam supervisão direta e sobretudo sem aviso ou chefia que quer

constantemente ser informada.

• Preferem abrir mão de recompensas, títulos, ou símbolos de status,

desde que possam estabelecer condições para seu próprio trabalho.

• Em geral, acham difícil trabalhar em ambientes grupais abertos.

• São avessos a contatos freqüentes e à produção de modo geral.

• Dificuldades em reuniões e confrontações.

• Detestam incoerências ou serem usados sem seu consentimento.

• Devem ser utilizados como consultores, auditores e pesquisadores, e

não como responsáveis pela execução direta.

3.1.6 - Tipo 6

• Super valorizam os que tomam iniciativas, que prospera.

• Geralmente irreais nos julgamentos dos lideres – 3 passos:

1 - Idealizam e seguem o líder

2 - “Nós contra os outros”

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XLVII

3 - O líder não se comporta como o idealizado, logo, questionam e

rebelam-se.

• Tendência a descobrir características negativas nas autoridades e

características redentoras nos oprimidos.

• Estão sempre alerta para tentativas de manipulação e enxergam as

intenções não declaradas.

• Necessitam de muita clareza na cadeia de comando – quem manda em

quem.

• Precisam de oposição para se mobilizarem, e, normalmente tem bom

desempenho sob pressão.

• Possuem um excelente sentido de grupo com tendência ao

corporativismo.

• Muitas vezes desconfiam de prêmios e elogios: “O que eles estão

querendo com isso?”

• Em caso de dúvida, cumprirão estritamente as regras. Normalmente

pouco criativos e lentos nas decisões, mas bons em execução.

• Muito instáveis e com posições extremadas – ora rápidos, ora

confiáveis, ora não. Em regra geral, bastante responsáveis.

• São avessos a contatos freqüentes e à produção de modo geral.

• Clareza é a palavra-chave para se lidar com os 6, que são muito

desconfiados e sempre imaginam o pior.

3.1.7 - Tipo 7

• O mais democrático dos Tipos, procuram sempre nivelar a autoridade

– ninguém mais alto, ninguém mais baixo.

• Ferozes antiautoritários quando não tem liberdade.

• Promovem idéias muito bem, e costumam entusiasmar as pessoas.

• Trabalham bem em grupos e costumam manter um clima otimista em

seu ambiente de trabalho.

• Sedutores, escorregadios, acham que podem se safar de tudo com uma

boa conversa.

• Mais realizadores e promotores do que “homens de qualidade”.

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XLVIII

• Muito úteis nas fases preliminares de qualquer projeto.

• Perdem cedo o entusiasmo e se dispersam com muita facilidade.

Costumam deixar várias coisas pelo meio.

• Não gostam de dar ordens diretas ou fazer cumprir rotinas.

• Bons em formulação de diretrizes, políticas e estratégias.

• Rendem mais em trabalhos com variedades de tarefas e muitos

relacionamentos pessoais.

3.1.8 - Tipo 8

• Detestam serem excluídos de qualquer grupo especial.

• Gostam das coisas claras – amigos x inimigos, campos definidos.

• Quando se sentem aceitos e importantes trabalham muito além do

normal.

• São “cegos” para nuances sociais, e algumas vezes, são usados para

lutar a luta dos outros e depois são descartados como os vilões da

história.

• Precisa de espaço, e, no mínimo, um pequeno “feudo” onde possam

mandar.

• Podem abrir mão da estratégia e da política, mas nunca do controle da

operação.

• São tolerantes com relação à condutas pessoais desde que o limite do

seu poder pessoal esteja estabelecido.

• Gostam do confronto aberto e respeitam a opinião clara e direta.

• Detestam se sentirem embaraçados por saberem que estão sendo

condescendentes com eles. Normalmente é o que mais enfurece os 8.

• Quando estão dependentes do desempenho de outras pessoas, ficam

muito controladores, farão inspeções sem aviso e se tornam

inoportunos e invasores.

• Gostam de fazer regras e de quebrar as próprias regras para mostrar

poder.

• Como subordinado vai testar seus limites; como chefe vai impor

limites.

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• Pouco diplomático, dificilmente fará alianças para dividir poder.

Poderá se compor com alguém para derrubar outros, depois será de

novo cada um por si.

• Protege aqueles sob seu comando, mas exige lealdade absoluta e

dedicação exclusiva.

3.1.9 - Tipo 9

• Não tem atração por lideranças ou posições em destaque.

• Podem trabalhar muito se forem considerados, reconhecidos e,

sobretudo, quando se sentem necessários.

• Não sabem priorizar e continuamente se desviam para tarefas

secundárias.

• Quando irritados não manifestam abertamente a raiva e adotam a

postura da resistência passiva.

• Quanto mais tempo tiverem disponível, menos farão.

• Normalmente o mais importante deixam para o final. Não gostam de

decidir.

• Gostam de regras claras para promoções, gratificações e prêmios,

mesmo que não se esforcem para consegui-los. O importante para

eles é saber que existem regras, e que se tomarem determinadas

atitudes receberão o correspondente.

• Lideram melhor projetos de continuidade e que sejam previsíveis.

• Enfatizam com o emprego e não com a autoridade.

• Como patrões, não gostam de confrontos, e uma vez que a culpa esteja

estabelecida se tornam inflexíveis e não negociadores.

• Precisam de subordinados entusiasmados.

• Tendem mais para o conservadorismo do que para a inovação.

• Quando ouvidos podem salvar projetos que estejam com problemas de

pessoal.

• Bons coordenadores, facilitadores e costumam acalmar ambientes

perturbados.

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L

3.2 - Gerindo o desenvolvimento profissional

3.2.1 - Tipo 1

- Ser menos perfeccionista

• Verifique se os objetivos que você fixa para si mesmo são realistas e,

se necessário, peça a opinião de uma pessoa de confiança.

• Utilize os métodos novos, de modo a assumir pequenos riscos de erro.

• Tome consciência de que a perfeição não existe e que é simplesmente

possível fazer o seu melhor num momento dado em função das

circunstâncias.

• Faça a lista entre as tarefas que você tem a realizar e aquelas para as

quais existem critérios mais importantes do que a perfeição: respeito

às datas limite, quantidade ...

• Procure regularmente pelo menos dois bons métodos de fazer as

coisas; escolha entre eles por acaso.

- Dar atenção ao que é positivo:

• Procure sistematicamente o que há de positivo numa situação; cada

vez mais freqüentemente, faça isso antes de emitir qualquer crítica

que seja.

• Se você cometeu um erro, reflita sobre o que aprendeu; divirta-se com

isso.

• Levante a lista das qualidades e competência de seus colegas de

trabalho.

- Relaxar:

• Pratique regularmente técnicas de relaxamento.

• Desenvolva o seu senso de humor.

- Ser menos exigente com os outros:

• Verifique se o que você pede aos outros é realista.

• Cumprimente os outros por aquilo que fazem bem.

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LI

• Antes de fazer uma crítica, procure uma solução a propor.

• Aceite discutir com os colegas e subordinados outras coisas que não

sejam a estrita execução do trabalho: não é uma perda de tempo!

3.2.2 - Tipo 2

- Definir suas fronteiras

• Levante a lista das pessoas que você ajuda na empresa e decida se

cada uma delas é de sua alçada ou não.

• Antes de ajudar alguém, pergunte se essa pessoa realmente precisa de

você ou se conseguiria virar-se sozinha.

• Fique sempre atento à sua condição física: seu nível de energia, seu

cansaço ... Pare a tempo.

• Em função dos elementos precedentes, aprenda pouco a pouco a dizer

“Não” !.

• Só ajude quando lhe pedirem.

- Equilibrar o interesse pelas pessoas e o interesse pelo trabalho:

• Estabeleça uma lista das tarefas que lhe são conferidas e classifique-as

por prioridade.

• Para tomar uma decisão, separe os fatores racionais dos fatores

humano; pergunte-se que decisão se impõe em função de critérios

objetivos.

• Analise a lista das pessoas que você não aprecie por não julgá-las

suficientemente humanas. Procure suas qualidades e competências.

- Comunicar-se de maneira mais racional:

• Não relembre às pessoas o que você fez por elas.

• Policie a sua comunicação não verbal: a expressão excessiva das

emoções pode perturbar algumas pessoas.

• Apresente as suas idéias e os seus projetos, apresentando

prioritariamente os argumentos ligados ao trabalho, à produção ...

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LII

- Aceitar os feed-backs:

• Não peça aprovação aos outros.

• Se lhe fazem um comentário negativo sobre o seu trabalho, aceite-o e

procure suas razões objetivas.

3.2.3 - Tipo 3

- Moderar

• Cuide de sua saúde: o 3 é, mais do que os outros, vítima dos acidentes

ligados ao estresse.

• Respeite o ritmo das pessoas com as quais você trabalha em vez de

querer impor o seu.

- Interessar-se ao longo prazo:

• Tenha uma visão a longo prazo do seu papel na organização.

• Pergunte-se como cada projeto se integra nessa visão a longo prazo.

Estude as conseqüências do seu sucesso ou do seu fracasso no

período.

• Determine as tarefas nas quais você deve absolutamente privilegiar a

qualidade em relação à quantidade.

- Ser mais atento aos outros

• Ajude os outros, em vez de considera-los sistematicamente

concorrentes.

• Aprecie publicamente os sucessos dos seus colegas.

• Reconheça francamente o papel dos outros no seu próprio sucesso.

• Informe-se sobre as pessoas com as quais trabalha e sobre outras

carências, que o cumprimento do trabalho demanda.

• Seja paciente com aqueles que são menos orientados quanto aos

resultados do que você.

• Integre em seus projetos os interesses da equipe, da empresa, da

sociedade.

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LIII

- Identificar os verdadeiros objetivos:

• Defina os seus valores pessoais e fixe as suas prioridades em função

disso.

• Examine regularmente a lista de suas atividades e redefina as

prioridades.

3.2.4 - Tipo 4

- Moderar o efeito das emoções:

• Visto que você pode observar e dar nome às suas emoções, elas não

são você. Reflita sobre isso.

• Liste as tarefas que você tem de efetuar e avalie quais são os critérios

necessários de desempenho.

• Quando um colega lhe expõe um problema, não se contente em

manifestar empatia; tente saber que ações concretas poderão resolve-

lo.

• Toda vez que você tiver que tomar uma decisão, ponha, ao lado dos

fatores humanos, os critérios objetivos em termos de qualidade do

trabalho, de desempenho ...

- Conectar-se a seus valores:

• Levante uma lista de seus valores e princípios. Quando uma tarefa lhe

parece de repente tediosa ou banal, conecte-se aos padrões que ela

permite satisfazer.

• Frente a uma tarefa cuja banalidade é insuportável, resigne-se às

motivações e aos valores das outras pessoas que o executam.

- Comunicar-se mais comedidamente:

• Aprenda a ter comunicação não-verbal mais neutra: suas

instabilidades emocionais podem perturbar algumas pessoas.

• Aprenda a apresentar um projeto, uma idéia exprimindo apenas os

fatos.

• Receba os feed-backs negativos e procure as razões objetivas que os

provocaram.

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LIV

- Dar atenção ao que é positivo:

• Faça uma lista das suas qualidades e competências profissionais.

Alegre-se com isso. Mantenha-a em dia.

• Festeje os seus sucessos.

• Quando uma situação começa a decepciona-lo, lembre-se daquilo que

você via de positivo nela antes.

• Proíba-se de rejeitar as pessoas e os projetos depois de tê-lo atraído.

3.2.5 - Tipo 5

- Desenvolver suas capacidades de relacionamento:

• Planeje o tempo que você consagra aos relacionamentos.

• Cumprimente os colegas e os colaboradores.

• Quando você tem uma decisão a tomar ou um projeto a empreender,

levante uma lista dos fatores humanos. Observa se são ou não

contraditórios com os fatores de relacionamento. Integre-os em sua

conduta.

• Crie ou integre-se numa rede (que não seja informática!).

• Informe aos colegas e aos colaboradores os momentos em que você

está disponível.

- Aumentar o envolvimento pessoal:

• Imponha-se no sentido de tomar a palavra logo no início das reuniões.

• Estude os métodos de implantação de suas idéias e projetos.

• Se houver uma dificuldade no seu setor, ponha as mãos na massa.

• Pratique regularmente exercícios de relaxamento.

• Fique atento a seus sentimentos e emoções. Defina-os.

• Pergunte aos outros sobre o seu funcionamento e sentimentos. Situe-

os no modelo do eneagrama. Verifique as suas hipóteses pessoais.

- Dar informações:

• Difunda amplamente as informações que você possui.

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LV

• Quando você der uma instrução, justifique-a.

• Quando você responder a uma pergunta, não seja curto e grosso. Dê a

seu interlocutor todas as informações de que ele pode precisar.

3.2.6 - Tipo 6

- Dar atenção ao que é positivo:

• Frente a um projeto, faça também uma lista dos pontos positivos.

• Quando você chamar a atenção para as dificuldades potenciais,

proponha soluções ou pelo menos exprima a certeza de que vai

chegar à solução do problema.

- Clarificar a comunicação:

• Exprima precisamente quais são as suas expectativas.

• Encontre equilíbrio sobre o exercício de uma autoridade excessiva e

não delegante e a recusa definitiva do poder.

• Encontre o equilíbrio entre dependência e independência.

• Seja menos instável na fase de tomar decisões.

• Domine a sua comunicação não-verbal em caso de dificuldades, você

está predisposto a assumir um tom acusatório ou a apontar com o de-

do; parta do pressuposto de que as pessoas têm boa vontade.

- Relaxar:

• Pratique regularmente exercícios de relaxamento

• Estabeleça compromissos quando as pessoas não concordam com vo-

cê.

- Melhorar a autoconfiança:

• Faça uma lista dos seus sucessos, qualidade e competências profissio-

nais. Desfrute deles. Atualize-os

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LVI

• Aceite os feed-backs e a responsabilidade pelos seus erros. Tente sa-

ber o que pode justificar as críticas que lhe são feitas. Leve-as em

conta.

• Tome consciência de seus medos, mas não deixe de ir às últimas con-

seqüências de seus atos.

• Aprenda a exprimir a sua opinião, mesmo que ela seja diferente da-

quela do resto do grupo.

3.2.7 - Tipo 7

- Tornar-se mais realista:

• Antes de propor uma idéia, procure as suas respectivas dificuldades

potenciais; faça uma lista dos pontos positivos e dos pontos negativos.

• Equilibre, em seus centros de interesse e no emprego de seu tempo,

criatividade e tarefas concretas.

• Antes de empreender um projeto, verifique se você tem os recursos

necessários à sua realização(homens, material, dinheiro, tempo...). Se

não for este o caso, encontre as medidas concretas que lhe possibilita-

rão reuni-los.

- Ir até o fim:

• Enfrente os obstáculos e leve os seus projetos a cabo, a despeito deles,

sem procurar escapatórias.

• Defina os benefícios de suas atividades a longo prazo; prefira-os aos

prazeres imediatos

- Levar os outros mais em conta:

• Integre em seus projetos e em sua comunicação o impacto que eles

têm sobre as emoções alheias. Dê mais atenção em particular ao seu

senso de humor corrosivo.

• Aceite os feed-backs.

• Envolva-se num trabalho em grupo

• Escute as boas idéias alheias.

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LVII

- Se mais responsável:

• Caso você se encontre na posição de gerenciamento, defina o quadro

que deve ser seguido e faça com que o respeitem. Faça feed-backs

firmes e precisos.

• Ressalte e modere as suas reações anti-autoritárias.

• Reconheça os seus erros e aprenda com eles.

• Ouse enfrentar os conflitos necessários.

3.2.8 - Tipo 8

- Conhecer-se melhor:

• Cuide da saúde e do corpo. O seu nível de energia não o deixa a salvo

dos problemas; pelo contrário, ele mascara os sinais precursores.

• Fique atento as suas emoções. Defina-as e reconheça-as.

- Canalizar a energia:

• Defina os seus valores pessoais e as causa que merecem que você lute

por elas. Exerça o seu poder nesse âmbito.

• Toda vez que for possível, reserve um tempo para refletir antes de a-

gir.

• Pense como você pode agilizar o seu poder pessoal para ajudar os seus

colegas e colaboradores.

- Levar os outros mais em conta:

• Determine quais são as qualidades e as competências profissionais das

pessoas com as quais você trabalha.

• Pense em recorrer à experiência de seus colegas e colaboradores em

vez de querer fazer e controlar tudo.

• Tente saber a opinião de outras pessoas competentes antes de tomar

uma decisão. Leve-as em conta.

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LVIII

• Envolva-se num trabalho em equipe; resista à necessidade de ser o lí-

der do grupo, mesmo que os seus membros o pressionem afetuosa-

mente.

- Comunicar-se mais comedidamente:

• Aprenda a comunicar-se de maneira verbal e, principalmente, de ma-

neira não-verbal, menos autoritária.

• Conforte as pessoas. Cumprimente-as

• Seja paciente com aqueles que não têm a sua energia ou o seu ritmo.

• Aceite assumir compromissos.

3.2.9 - Tipo 9

- Situar o seu papel na empresa:

• Redija precisamente a sua missão, ressaltando os resultados que você

deve obter.

• Faça uma lista das tarefas, das responsabilidades e das decisões que a

sua função implica.

• Estabeleça prioridades e respeite-as.

• Aplique idéias e métodos novos.

- Conhecer melhor as próprias posições:

• Fique atento às suas emoções. Defina-as

• Detecte os momentos em que você tem tendência a se imobilizar ou a

se proteger através de regras. Tome consciência da raiva subjacente.

• Quando você sentir raiva por dentro, aprenda a exprimir francamente

as razões do seu desconhecimento e a dizer “Não!”.

- Comunicar-se mais claramente:

• Dê instruções suficientemente detalhadas. Garanta a seqüência neces-

sária.

• Faça feed-backs precisos, sem se esquivar das críticas necessárias so-

bre o trabalho e o desempenho.

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LIX

• Aceite os debates sem querer chegar rápido demais a um consenso.

- Privilegiar a procura de resultados:

• Faça uma auditoria do seu próprio trabalho e dos procedimentos que

você estabeleceu. Suprima todas as fontes de lentidão ou de ineficiên-

cia.

• Divida todos os projetos longos numa série de etapas curtas. Defina os

resultados a serem obtidos em cada etapa e estabeleça um calendário

realista.

• Quando você tiver de tomar uma decisão, leve em conta tanto os fato-

res humanos e o seu gosto pela harmonia, quanto o trabalho e os re-

sultados necessários. Integre mais estes últimos às suas escolhas.

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LX

CAPÍTULO IV Desenvolvimento Pessoal

4.1 - Tipo 1 – O Perfeccionista

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LXI

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Apreciar que existe mais de uma forma correta e de que as formas “erra-das” dos outros podem simplesmente ser diferenças individuais. Aceitar as “imper-feições” em mim e nos outros. Praticar o ato de desculpar a mim e aos outros. Reser-var um tempo livre para o prazer e o relaxamento. Questionar as regras rígidas e rigi-dez interna. Usar o ressentimento como pista para vontades ou necessidades suprimi-dos. Integrar as vontades e impulsos naturais em minha vida.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Meu crítico interior não aceita as melhorias como sendo boas ou rápidas o suficiente. A preocupação sobre fazer a coisa certa leva à demora ou a atenção de-masiada aos detalhes. Trabalho demais e muito pouco lazer.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento: Encorajar-me a facilitar e reservar um tempo para mim. Fornecer um ponto de vista não-julgador. Lembrar-me de que o objetivo

da vida é ser humano, e não perfeito.

4.2 - Tipo Dois – O Doador

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Descobrir que ser amado não depende de me alterar para os outros. Man-ter a clareza sobre quem é o meu verdadeiro eu. Observar e praticar tomar conta de minhas próprias necessidades e vontades. Usar a raiva e o aumento de tensão como sinais de que não estou atingindo minhas próprias necessidades. Aceitar que não sou indispensável, e que não há nada de errado nisso. Me permitir receber dos outros, quando apropriado. Praticar estabelecer limites e fronteiras, dizendo “não” a pedidos de outros, quando apropriado. Observar quando minha disposição de ajudar parece intrometida ou controladora aos outros.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Racionalizações rígidas sobre o que tenho de fazer para os outros antes

de poder fazer qualquer coisa para mim mesmo. Orgulho que me impede de admitir

minhas próprias necessidades. Sentimentos de culpa sobre ser egoísta quando dou

atenção às minhas necessidades.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

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LXII

Apreciar meu eu independente, em vez de ser seduzido ou dependente da

ajuda que eu propicio. Prestar atenção às minhas necessidades reais e perguntar sobre

elas. Me reforçar, dizendo “não” quando apropriado.

4.3 - Tipo Três – O Realizador

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Moderar meu ritmo. Deixar minhas emoções virem à tona. Perguntar-me

o que realmente é importante. Praticar olhar para dentro de mim mesmo, em busca de

minha identidade separada do sucesso e das expectativas de terceiros. Definir limites

e fronteiras no trabalho. Me permitir ouvir e ser receptivo. Perceber que o amor vem

de ser, e não de fazer ou ter.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Impaciência em lidar com os meus próprios sentimentos e os das outras

pessoas. Trabalhar e fazer demais até o ponto de fadiga e exaustão. Não reduzir a

velocidade.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

Me encorajar a prestar atenção aos sentimentos e relacionamentos. Mos-

trar que eles se preocupam comigo pelo que sou, e não pelo que fiz. Apoiarem,

quando eu lhes disser o que realmente é verdade para mim. Me mostrarem o que re-

almente importa para eles. Me lembrarem de parar e cheirar as rosas.

4.4 - Tipo Quatro – O Romântico

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Focalizar no que é positivo da vida atual, em vez do que está faltando.

Manter um curso de ação consistente, apesar da flutuação e dos sentimentos intensos.

Participar de atividades físicas e ajudar os outros, a fim de me tornar menos absorvi-

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LXIII

do em mim mesmo. Evitar reagir até as emoções intensas começarem a ceder. Apre-

ciar as experiências comuns da vida diária.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Deixar meus sentimentos fortes “dirigirem o espetáculo” e cair na inati-

vidade. Resistir a mudar “quem eu sou” por medo de perder minha individualidade.

Sentir que não serei merecedor. Sentir que o mundo irá me desapontar. Ficar absorto

em mim mesmo. Desdenhar a melhoria que não for dramática, e me tornar desenco-

rajado.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

Me encorajar a manter minha atenção no que é positivo no presente.

Honrar meus sentimentos e meu idealismo. Revelar seus sentimentos reais e reações

verdadeiras. Mostrar que eles realmente me compreendem em vez de tentarem me

mudar.

4.5 - Tipo Cinco – O Observador

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Permitir a mim mesmo experimentar sentimentos em vez de me distanci-

ar e retirar para dentro de minha mente. Reconhecer que o distanciamento e o recuo

convidam a intromissão. Agir, compreendendo que tenho bastante energia e apoio

para realiza-lo. Participar de atividades físicas. Encontrar formas de participar de

conversas, para me expressar e revelar questões pessoais.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Minimizando as necessidades, e me afastando do fluxo da vida. Perdendo

oportunidades de fazer coisas com as outras pessoas. Me isolando de meus sentimen-

tos e de me conectar a outras pessoas. Relutância em discutir e revelar assuntos pes-

soais. Análise excessiva.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

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LXIV

Respeitar minha necessidade de privacidade e espaço. Fazer distinções

claras entre solicitações e exigências. Fornecer um feed-back moderado sobre seus

próprios sentimentos e preocupações. Me encorajar a ser aberto e expressar meus

sentimentos no aqui e agora. Apreciar minha sensibilidade. Apreciar minha capaci-

dade de viver e deixar viver.

4.6 - Tipo Seis – O Legalista

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Ser e agir como minha própria autoridade. Recuperar a fé em mim, nos

outros e no universo. Aceitar que alguma incerteza e insegurança são um componen-

te natural da vida. Verificar meus medos e preocupações com outros. Reconhecer

que “ficar ocupado” é uma forma de reduzir a consciência da ansiedade. Reconhecer

que tanto a luta como a fuga são reações ao medo. Seguir em frente com ação positi-

va apesar da presença do medo.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Dúvida e ambivalência. Querer certeza demais. Ser excessivamente con-

trolador ou superprotetor. Descrença em minhas capacidades e decisões. Deixar as

hipóteses do pior dominarem meus pensamentos.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

Serem consistentes e confiáveis comigo. Serem abertos e me encorajarem

a ser aberto. Contrabalançar minhas dúvidas e medos com alternativas positivas e

tranqüilizadoras que sejam realistas.

4.7 - Tipo Sete – O Epicurista

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Observar quando a busca de opções agradáveis é uma resposta ao medo

de privação, um desejo de escapar das responsabilidades que restringem minha liber-

dade, ou uma fuga da dor. Praticar trabalhar uma coisa de cada vez até que esteja

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LXV

completa. Viver a vida mais completamente no momento presente e menos no futuro.

Apreciar mais profundamente os sentimentos e preocupações dos outros. Perceber

que é limitador buscar apenas o lado positivo e evitar o negativo.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Uma preocupação comigo mesmo e com o que desejo. A dificuldade de

aceitar qualquer coisa negativa sobre mim mesmo. Indisposição em tomar medidas

que envolvam experimentar dor ou conflito. Ser facilmente distraído e desviado dos

propósitos e compromissos mais profundos.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

Me apoiar quando eu reduzir o ritmo e manterem os compromissos. Me

mostrar suas necessidades e vontades e qual a sua importância. Me encorajar a lidar

com a dor, medo e inquietude em vez de fugir.

4.8 - Tipo Oito – O Protetor

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Observar minha intensidade e seu impacto sobre os outros. Tratar minha

intensidade como uma tentativa de mascarar minha vulnerabilidade. Tratar o que

parece com franqueza como progresso em me deixar experimentar a vulnerabilidade.

Praticar esperar e ouvir antes de agir, como forma de moderar minha impulsividade.

Aplicar somente a quantidade apropriada de força em cada situação. Acolher um

sendo de calma e tranqüilidade interior. Buscar soluções ganha/ganha. Aprender a

fazer concessões.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Minha recusa em ser controlado e seu impacto sobre os outros. Um estilo

de vida excessivo que leva à exaustão e alienação das outras pessoas. Comportamen-

tos que derrotam a mim mesmo. Negação de meus medos, fraquezas e vulnerabilida-

des. Não valorizar minha própria ternura e sensibilidade.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

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Manter suas posições. Ficarem firmes. Serem diretos. Falarem sua pró-

pria verdade. Fornecer feed-back sobre meu impacto sobre eles. Me apoiarem quando

eu revelar sentimentos mais suaves e vulnerabilidade.

4.9 - Tipo Nove – O Mediador

• Como posso ampliar meu desenvolvimento pessoal:

Prestar atenção às minhas próprias necessidades e bem-estar. Usar a raiva

como sinal de estar me sentindo descontado e lembrar que eu realmente sou impor-

tante. Observar os sentimentos que posso estar bloqueando quando me desvio das

prioridades reais para substitutos, como a TV, comida, tarefas ou serviços. Observar

quando minha reflexão prolongada me impede de definir prioridades e agir sobre

elas. Aceitar o desconforto e as mudanças como parte natural da vida. Praticar amar a

mim mesmo como amo os outros.

• O que atrapalha o meu desenvolvimento pessoal:

Sentir que não sou importante. Sentir que não mereço me ocupar de meus

próprios planos. Dar importância igual a tudo e, conseqüentemente, esquecer de mi-

nhas prioridades reais. Evitar o desconforto e a reviravolta exigidos pela mudança.

• Como os outros podem apoiar o meu desenvolvimento:

Me encorajar a expressar minha própria posição. Perguntar o que desejo

e o que é bom para mim, e me dar tempo de procurar pela resposta. Me apoiar quan-

do eu ajo com responsabilidade comigo mesmo. Permitir que eu reconheça a minha

raiva. Me encorajar a definir e manter minhas próprias fronteiras, limites e priorida-

des.

CONCLUSÃO

Para encerrar esse trabalho, selecionamos um trecho de “O VÔO DO CISNE”, do ori-ginal de theodore Dobson e Kathleen Hur-ley, ‘What’s your Type?’

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LXVII

Eneagrama descreve claramente como uma pessoa trocou sua liberdade

interna por sobrevivência num mundo egocêntrico.

Esta troca evidentemente não foi intencional, mas foi necessária.

A vantagem de reconhecer o seu modo de viver psicologicamente padro-

nizado, é que dá a você uma outra oportunidade de começar conscientemente a pen-

sar por si mesmo.

Sabendo o seu número do Eneagrama você percebe que há um conjunto

de reações padronizadas e inconscientes a um conjunto identificado de situações.

O Eneagrama descreve como respondemos mecanicamente e como não

pensamos por nós mesmos, apesar de acreditarmos o contrário.

Na verdade, temos reações extremamente mecânicas e padronizadas à vi-

da e acreditamos que nosso ponto de vista é o único ponto válido.

Por exemplo, muitas pessoas têm opiniões fortes acerca de coisas dife-

rentes e acreditam piamente que as suas opiniões são válidas.

Como é que essas opiniões se originaram?

Na família? Na escola? Na vizinhança? Na última reportagem policial? –

Sim, tudo isso e muito mais.

Todas as pessoas são uma mistura complexa de pensamentos, idéias, pre-

conceitos e opiniões de pessoas e experiências que influenciaram suas vidas.

A verdadeira liberdade é inevitavelmente limitada por valores aceitos au-

tomaticamente.

Repare como as pessoas se cercam de coisa que combinam com o seu sis-

tema aceito de valores. A escolha da vizinhança, da atividade social, do material de

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leitura, das preferências políticas, da prática religiosa, etc. tudo reforça as opiniões,

idéias, preconceitos e valores aceitos antecipadamente.

Quando colocado diante de alguém que possui uma opinião diferente a

reação automática da maioria das pessoas é negar ou tentar desqualificar a validade

da idéia dos outros e de suas crenças.

Cegamente aceitos e não examinados, seus valores são sempre ameaça-

dos por idéias crenças diferentes.

Pessoas que receiam olhar para dentro e assumir responsabilidade pelas

suas próprias faltas ou defeitos, são limitadas e tentam limitar a liberdade dos outros.

As suas mentes se fecham e, consciente ou inconscientemente, permitem

julgamentos, rumores e meias-verdades se tornarem a regra pela qual vivem suas

vidas.

O resultado é que, pessoas não conscientes conseguem que outras pesso-

as também não conscientes se agrupem em torno de causa comuns que nenhuma de-

las entende.

A liberdade interna, a única liberdade que nunca nos pode ser tomada,

ressurgirá somente quando começarmos a pensar por nós mesmos.

Sem um pensamento claro e original acerca de nossos próprios valores,

nossas vidas ficarão sempre na mesma.

A menos que busquemos entender claramente o que fazemos e por que

fazemos, a vida será um ciclo interminável de experiências repetidas.

Se nunca examinamos as nossas atitudes mentais e as carregamos inques-

tionadas através de nossas vidas, como poderemos ser de alguma forma diferentes?

Como pode alguma coisa ser diferente?

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Os mesmos preconceitos, idéias, opiniões e regras, se nunca reavaliadas e

escrutinadas irão automática e severamente restringir nossa liberdade.

Não pode haver maior prova ou evidência de que não somos livres do

que a inabilidade ou a recusa de examinar a nós mesmos, objetivamente, sem conde-

nação ou justificativa.

Como disse Sócrates, a vida não examinada não vale a pena ser vivida.

Que terrível desperdício seria viver e morrer e nunca tocar ou sentir o

gosto da liberdade de ser a pessoa que você foi criada para ser.

A liberdade é a primeira e a última realidade interna.

A maioria de nós, gasta a primeira parte de nossa vida buscando uma li-

berdade externa ilusória, portanto será necessário dedicar tudo, senão mais da segun-

da metade de nossas vidas, para reconquistar a liberdade que foi a nossa herança des-

de o começo.

Dentro da sabedoria secreta do Eneagrama existem pistas escondidas que

começam a revelar a possibilidade de neutralizar nossa fixação psicológica básica e

libertar-nos, não da nossa personalidade, mas das suas dimensões destrutivas.

A libertação requer cuidado de fazer escolhas que nos permitirão viver e

crescer debaixo da luz da consciência.

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LXX

ANEXO

ATIVIDADES CULTURAIS

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BIBLIOGRAFIA

BARON, R., WAGELE, E. Eneagrama um guia prático. Rio de Janeiro: Ediouro

S.A., 1996.

DANIELS, D., PRICE, V. A Essência do Eneagrama.São Paulo: Pensamento -

Cultrix, 1999.

NARANJO, C. Os nove Tipos de Personalidade. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.

PALMER, H. O Eneagrama no Amor e no Trabalho. São Paulo: Paulinas, 1999.

RISO, R., HUDSON, R. A Sabedoria do eneagrama. São Paulo: Pensamento-

Cultrix, 1999.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 01

CAPÍTULO I 02

CONHECENDO AS VARIÁVEIS DO ENEAGRAMA 02 1.1- Os Tipos 03

1.2- Propósito 03

1.3- Observador Interno 03

1.4 – Amortecedores Psicológicos 04

1.5 - Traço Principal 04

1.6 - As Paixões 05

1.7 - As Asas 06

1.8 - As Setas: (Direção de Desintegração e Integração) 07

1.9 - Os Três Centros de Inteligência 08

1.10 - O que fazemos com os Centros? 09

1.11 - O Coração ou Centro do Sentimento (Imagem) 09

1.12 - A Cabeça ou o Centro do Raciocínio (Medo) 09

1.13 - O Intestino ou Centro Instintivo (Raiva) 10

1.14 - 1 – 2 – 6 Centro Intelectual Reprimido 10

1.15 - 3 – 7 – 8 Centro Emocional Reprimido 10

1.16 - 4 – 5 – 9 Centro Instintivo Reprimido 11

CAPÍTULO II 12

OS NOVE TIPOS DE PERSONALIDADE 12

2.1 - História Familiar de cada Tipo 13

2.1.1 - Tipo 1 13

2.1.2 - Tipo 2 14

2.1.3 - Tipo 3 15

2.1.4 - Tipo 4 15

2.1.5 - Tipo 5 16

2.1.6 - Tipo 6 17

2.1.7 - Tipo 7 18

2.1.8 - Tipo 8 19

2.1.9 - Tipo 9 19

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2.2 - Principais Traços 20

2.2.1 - Tipo 1 (Internalizado)

20

2.2.2 - Tipo 2 (Externalizado) 21

2.2.3 - Tipo 3 (Desconectado) 21

2.2.4 - Tipo 4 (Internalizado) 22

2.2.5 - Tipo 5 (Internalizado) 23

2.2.6 - Tipo 6 (Desconectado) 23

2.2.7 - Tipo 7 (Externalizado) 24

2.2.8 - Tipo 8 (Externalizado) 25

2.2.9 - Tipo 9 (Desconectado) 25

2.3 - O Contínuo de Traços 26

2.4 - Sinais de Alerta 27

2.5 - A Tendência Rumo a Desintegração (Com Inversão) 28

2.6 - A Tendência Rumo A Integração 28

2.7 - A Dinâmica do Eneagrama 29

2.8 - Foco Especializado de Atenção – Liderança 32

CAPÍTULO III 35

TIPOS NO TRABALHO 35

3.1 - Algumas características dos tipos no trabalho 36

3.1.1 - Tipo 1 36

3.1.2 - Tipo 2 36

3.1.3 - Tipo 3 37

3.1.4 - Tipo 4 38

3.1.5 - Tipo 5 39

3.1.6 - Tipo 6 40

3.1.7 - Tipo 7 40

3.1.8 - Tipo 8 41

3.1.9 - Tipo 9 42

3.2 - Gerindo o desenvolvimento profissional 43

3.2.1 - Tipo 1 43

3.2.2 - Tipo 2 44

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3.2.3 - Tipo 3 45

3.2.4 - Tipo 4 46

3.2.5 - Tipo 5 47

3.2.6 - Tipo 6 48

3.2.7 – Tipo 7 49

3.2.8 – Tipo 8 50

3.2.9 – Tipo 9 51

CAPÍTULO 4 53

DESENVOLVIMENTO PESSOAL 53

4.1 – Tipo Um – O Perfeccionista 54

4.1 – Tipo Dois – O Doador 54

4.1 – Tipo Três – O Realizador 55

4.1 – Tipo Quatro – O Romântico 56

4.1 – Tipo Cinco – O Observador 56

4.1 – Tipo Seis – O Legalista 57

4.1 – Tipo Sete – O Epicurista 58

4.1 – Tipo Oito – O Protetor 58

4.1 – Tipo Nove – O Mediador 59

CONCLUSÃO 60

ANEXOS - ATIVIDADES CULTURAIS 63

BIBLIOGRAFIA 64

ÍNDICE 65