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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETOS A VEZ DO MESTRE
Por: William de Menezes Brito
Orientadora
Profª. Ms. Ana Cristina Guimarães
Rio de Janeiro
2005
1
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
GRAFOLOGIA NA SELEÇÃO DE PESSOAL
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como condição prévia para a conclusão do
Curso de Pós-Gradução “Lato Sensu” em Gestão de
Recursos Humanos.
Por: William de Menezes Brito
2
AGRADECIMENTOS
... aos amigos parentes, filhos e esposa.
3
DEDICATÓRIA
...Dedica-se a Paulo Sergio Camargo,
Meu mestre.
4
RESUMO
A grafologia na seleção de pessoal é matéria que vem se
propagando, aqui no Brasil, através dos profissionais de recursos humanos,
de forma lenta e gradual.
Procura-se através desta monografia mostrar que o espaço dado a
outros testes pode perfeitamente ser dado também à grafologia.
Resistências existem, mas nada que não seja revertido com o estudo sério e
cientifico que é à base deste trabalho, pois se acredita que a falta de
conhecimento trás a desconfiança e pelo contrário, o conhecimento trás a
segurança.
A análise grafológica não deve ser usada como o único teste para o
recrutamento e seleção de pessoal, mas com certeza trata-se de uma
ferramenta útil e confiável, devendo o grafólogo através de seu laudo somar
informações, para a devida avaliação do profissional responsável pela
admissão de pessoal.
5
METODOLOGIA
A metodologia aplicada para o desenvolvimento desta monografia,
se deu através de estudos de livros cujo autores são profundos
conhecedores e estudiosos do tema; de sites totalmente voltados para a
grafologia; de apostilas que são aplicadas em cursos de extrema
credibilidade junto aos profissionais de recursos humanos e finalmente em
artigo de revista. Enfim, um somatório de informações e conhecimentos
voltados para o estudo sério e amplo da grafologia, aqui direcionados para o
recrutamento e seleção de pessoal através desta matéria.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO …… ………………………………………………8
CAPITULO I
ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTORICOS DA GRAFOLOGIA……….. 9
CAPITULO II
ALGUMAS ESCOLAS E MÉTODOS…………………………………………14
CAPITULO III
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO PELA GRAFOLOGIA ………… ……24
CAPITULO IV
AVALIÇÃO DE POTENCIAL………………………………………… ……35
CONCLUSÃO 44 REFERÊNCIAS 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
ÍNDICE 47
7
INTRODUÇÃO
A monografia aqui apresentada visa a implementação da análise
grafológica como importante ferramenta na seleção de pessoal, chamando a
atenção dos profissionais que militam nessa área para o alto grau de acerto
e o baixo custo do teste grafológico, no recrutamento e seleção de pessoal.
Esses profissionais terão neste trabalho um alicerce forte, baseado em
conhecimentos científicos aqui dispostos de forma a suprir as primeiras
necessidades de um grafólogo iniciante na área de recursos humanos,
através dos capítulos desta monografia na forma abaixo:
No Capitulo I, encontrar-se-á os aspectos conceituais e históricos da
grafologia, onde se mostra todo o estudo e a evolução da grafologia até os
dias de hoje.
No Capítulo II, mostra-se algumas escolas e métodos, que darão ao.
grafólogo embasamento científico para a aplicação da análise grafológica
como ferramenta no recrutamento e seleção de pessoal, Todo grafólogo
deve dominar mais de uma escola ou método, quanto mais conhecimento
maior o universo de informações, devendo assim escolher a que melhor ou
melhores lhe convier e se adaptar, para a devida análise.
No Capítulo III, neste capítulo entra-se no título da matéria, ou seja, o
recrutamento e seleção pela grafologia, apresenta-se aqui formas de
recrutamento e a seleção de pessoal, tendo a grafologia como ferramenta,
demonstrando-se alguns cargos com seus perfis e as devidas características
grafológicas.
No Capítulo IV, tem-se a avaliação de pessoal, que através da grafologia
como ferramenta visa ajudar ao profissional da área de recursos humanos
na busca entre seus, já colaboradores, para uma possível promoção ou
8
avaliação de comportamento, buscando-se na escrita as características
básicas para o desejado, como assertividade, afeto, estima, liderança etc.
.
9
CAPÍTULO I
ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTÓRICOS DA
GRAFOLOGIA
.
Consta no Novo Dicionário da Língua Portuguesa, (Folha/Aurélio,
1995) a palavra grafologia com a seguinte definição: “Ciência geral da
escrita, materialmente considerada. Análise de personalidade dum indivíduo
por meio do estudo de traços de sua escrita”,
Chega-se a esta definição através de estudos que datam do
segundo século a.C, relata-se aqui várias obras e autores que elevaram a
grafologia ao grau de ciência.
Aristóteles (384-322 a.C), Demétrio de Falério (309 a.C), Dionísio e
o poeta Menandro (100 a.C) entre outros nesta época, estavam seguros de
que a escrita refletia a alma do indivíduo. (apud Camargo, 1999).
Mais adiante em Capri na Itália, em 1622, editou-se o primeiro livro
sobre grafologia, o autor Camilo Baldi, médico (1555-1635), deu-lhe o título
(Tratado sobre como, através de uma carta, chega-se ao conhecimento da
natureza e das qualidades do autor). (apud Camargo, 1999).
Outro médico na Itália, Marco Aurélio Severiano (1580-1656)
(escreveu Adivinhador ou Tratado da Adivinhação), livro em que associava
escrita a personalidade do indivíduo. ( www.grafologia-sp.com.br
29/11/2004).
Entre 1775 e 1778, Johans Gaspar Lavater, filósolo suíço, (1710-
1782) preocupado com o conhecimento do caráter, estudou problemas das
analogias entre expressões da linguagem e traços fisionômicos, de um lado
e entre expressões e a expressão da escrita de outro. Dedicando vários
capítulos de sua obra a esses/problemas. Tido como colecionador de
10
autógrafos, procurando assim preparar material de escrita para futuras
pesquisas. ( WWW.GRAFOLOGIA-SP.COM.BR 29/11/52004).
Albrecht Erlenmeyer, médico e diretor de hospital psiquiátrico, em
1879 publicou A escrita caracteres principais de sua psicologia e de sua
patologia. ( www.grafologia-sp.com.br 29/11/2004).
Wilhelm Preyer, pediatra e fisiologista a da Universidade de Iena, em
1895 publicou Contribuição à psicologia da escrita. Esses títulos estão
ligados aos fatos de que na Alemanha, procurava-se se apoiar na psicologia
cientifica. ( www.grafologia-sp.com.br 29/11/2004),
Quanto ao tipo de grafologia japonês e chinês, Lavater e como este
Goethe, Poe, Madame de Stael, Leibiniz e outros poetas, literatos, filósofos e
artistas, dos séculos XVIII e XIX, consideravam a grafia em seu todo, o que
ela neles produzia, sendo assim uma grafia intuitiva. ( WWW.GRAFOLOGIA-
SP.COM.BR 29/11/2004),
Baldi iniciara a prática da análise da escrita, procurando conhecer o
indivíduo com base nos elementos da mesma, Seu trabalho influenciaria, no
fim do século passado, o de Michon e o de Crépiux_Jamin, que fundariam a
escola francesa. Foi nesta que a escola alemã de baseou. A escola francesa
foi o ponto de partida da grafologia científica, no dizer de Pulver.
( WWW.GRAFOLOGIA-SP.COM.BR 24/11/2004).
Michom (apud, Xandró, 1998) (1806-1811), abade francês, grande
estudioso da matéria, autor de diversos trabalhos, foi que nominou o
trabalho sobre análise da escrita, de Grafologia. Este é considerado o
precursor da grafologia atual. Autor de diversas obras, entre elas (Os
mistérios da escrita. Arte de Julgar dos homens com base em seus
autógrafos). Fundou, na França, em 1871 a revista La Graphologie, ainda
hoje editada. Presidiu em 1900, o 1º Congresso de Grafologia, naquele país,
A Michom devemos o termo Grafologia, seus discípulos fundaram as mais
importantes escolas do mundo: a francesa moderna, a alemã, a inglesa e a
norte americana.
Outro francês Crépiux-Jamin médico (1858-1940) este é
considerado o pai da grafologia moderna, com ele o rigor científico chega a
esta ciência.
11
Jamin (apud Camargo, 1999) estabeleceu que a escrita apresentava
as seguintes características fundamentais: direção, dimensão, forma, ordem,
continuidade, pressão e velocidade, segundo o autor por estes elementos se
chegam as várias características da personalidade de que escreve,
A principal obra de Jamin é o ABC da Grafologia, muitos
consideram como a bíblia da matéria que teve duas edições em português.
Com Michon e Crépiux Jamin (apud Xandró, 1998), começou a
aparecer na França, a escola dos sinais isolados, Partindo de idéias de
Baldi, relacionavam elementos específicos da escrita a elementos psíquicos
também específicos e a traços de personalidade. Michon valorizava os
gestos gráficos, dando a grafia “status” de linguagem expressiva, onde o
sinal isolado seguiria as mudanças da alma, sendo mutável como ela.
Michon também dizia que toda a escrita como toda a linguagem, é a
imediata manifestação do ser íntimo intelectual e mora, essa afirmação
constitui o enunciado da ciência grafológica. Na área prática Michon,
apontou a necessidade de se obter para análise, uma escrita espontânea e
de épocas diferentes.
Jamin, (apud Xandró, 1998), fez modificações nas teorias de
Michon, Jamin definiu sinal como uma manifestação gráfica, um traço
grafológico, conseqüência de um movimento fisiológico.
Com a coexistência da grafologia intuitiva e a dos sinais isolados, o
estudo se voltou, essencialmente, não mais para o gesto que o indivíduo
deixa no papel, resultado do gesto gráfico, ma sim para o ato de execução
desse traço. Quando nasce e enquanto se faz esse gesto, através daí
chega-se à possibilidade da unificação da grafologia, pelos estudos dos
traços oriundos desses gestos. Essa consideração do movimento gráfico, do
gesto gráfico em si, apareceu e firma-se com Ludwig Klages, passando
assim para a grafologia dos nossos dias, da qual esse autor é tido como o
pai. (www.grafologia-sp.com.br 29/11/2004)
Daqui a diante aparece o traço gráfico, com referência a sua forma,
ou seja, o gesto brotando se desenvolvendo.
Klages, alemão (1872-1952), filósofo, psicólogo, cria sua própria
escola baseada nos ensinamentos de Michon e Jamin, introduziu a estes o
12
conceito de nível de forma da escrita, nível que está em função do aspecto
do conjunto da grafia, e, de outro, a noção dos sentidos positivo e negativo
dos diversos tipos de movimento gráficos. Com Klages o estudo dos sinais e
estudo do todo se unem. Klages também pregava a análise devendo ser
feita em relação ao todo, alma-espirito. Para o autor sempre que o indivíduo
sadio se exprime ritmicamente nos movimentos expressivos que executa,
assim, também o fará ao produzir seus movimentos gráficos. Entre suas
obras está, Os fundamentos da caracterologia escrita e caráter, em que
apresenta os elementos básicos da grafologia na teoria e na prática.
KLAGES( www.grafologia-sp.com.br 29/11/2004).
Max Pulver, suíço (1890-1953), filósofo, também grafólogo,
considerado um dos maiores gênios da grafologia moderna. Estabelece
ligações entre elementos grafológicos e dados da psicanálise. Entre as sua
obras está O simbolismo da escrita, publicado em 1931 e em que aparecem
os conceitos de impulso e crime da escrita, em que amplia, mediante a
grafologia o estudo do comportamento humano. Cabe aqui a lembrança de
Ana Teilard, já falecida, que trouxe para a grafologia uma análise
fundamentada na psicologia de Jung. De sua obra, no campo da grafologia
podemos citar como imperdível. Alma e a escrita, a mais conhecida e rica
em ensinamentos.( www.grafologia-sp.com.br 29/11/2004).
Na Espanha Tas, (apud Xandró, 1999), detém uma legião de autores
que se confessam seguidores dessa grande grafóloga, atualmente sua
sobrinha continua o trabalho que ela começou. Também na Espanha
Augusto Vels, realizou um bravo trabalho de ensino, tanto na interpretação
de traços como no caminho racional para chegar a descrição de
personalidade. Hoje é sem dúvidas uma da figuras mais importantes do
movimento grafológico, seguido por muitos grafólogos brasileiros.
Sobre Mauricio Xandró, posso dar o meu testemunho pessoal, pois
já tive o privilegio de participar de palestras e conhece-lo aqui no Rio de
Janeiro, renomado grafólogo, profundo conhecedor da matéria e um
desbravador de conhecimentos, um de sus livros é Grafologia para todos,
que é um marco, pois de forma simples, clara e direta apresenta a grafologia
13
na sua forma mais lúcida, onde converge seus conhecimentos e os coloca
ao alcance de todos.
No Brasil, o primeiro trabalho científico sobre grafologia data de
1900 e foi feito pelo médico baiano, Dr. José de Aguiar Costa Pinto, com
título de “A grafologia em Medicina Legal”, como tese de doutoramento
aprovada com distinção na Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia.
Existe um exemplar arquivado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. No
Final dos anos 50 é que aparecem no Brasil outras publicações sobre
grafologia, destacando-se os estudos de Artur Sab, Betina Kaertzenstein
Schownfeldt, Edison Bellintani, Cacilda Cuba dos Santos e Odette4 Serpa
Loevy e mais recentemente os trabalhos de Paulo Sergio Camargo. (apud
www.grafologiabr.hpg.ig.com.br, 17/02/2005).
Em 1977, foi fundada em São Paulo A Sociedade Brasileira de
Grafologia, SOBRAG, presidida inicialmente pelo médico psiquiatra Dr. Julio
de Gouveia, tendo como vice-presidente à psiquiatra Doutora Odete Serpa
Loevy.
Existem outras associações de grafologia no Brasil, como a
Associação de Grafologia e Perito Grafotécnicos do Rio de Janeiro, o Centro
Brasileiro de Estudos Grafológicos CBEG, com sede em Salvador BA e
atuação nacional, no que diz respeito a cursos para formação de grafólogos.
Citado acima aponto Paulo Sergio Camargo, como expoente na
matéria, aqui no Brasil atualmente, autor de diversas obras, dentre elas “A
escrita revela a sua personalidade”, este livro trata-se de um curso básico,
para todos aqueles que queiram ingressar na grafologia. Trata-se de um
senhor grafólogo a serviço da grafologia no Brasil, passos a serem seguidos.
14
CAPÍTULO II
ALGUMAS ESCOLAS E MÉTODOS
Existem alguns princípios básicos nos quais deve-se nortear para a
realização de uma análise grafológica.
Todas as escolas baseiam-se em uma orientação, trata-se de um
roteiro básico para que se analise o grafismo.
É difícil ater-se a uma única escola ou método, a maioria dos
grafólogos mesclam duas ou mais escolas, deve-se sempre seguir o que há
de melhor, por isso procura-se sempre seguir os mestres renomados como:
Jamin, Klages, Pulver, Xandró, Camargo, Vels e alguns outros.
As principais escolas são: à francesa, a alemã e a suíça,
destas se originam todas as demais.
Segundo Xandró (1999), a análise do grafismo sempre se dá em
função do ambiente gráfico, o qual definimos como positivo ou negativo, logo
no início da análise. Sobre o ambiente gráfico diz que “em um conjunto todo
estruturado, o significado de um elemento depende do conjunto”.
Em toda análise de uma escrita sempre se depara com aspectos
que se destacam mais que alguns outros. Segundo Maiani (Camargo, 1999).
Esses sinais mais chamativos são chamados de dominantes, verdadeiros
faróis para análise bem realizada.
As dominantes devem ter características bem sobressaltadas,
para merecer este título a escrita deve ser: muito inclinada bastante
pequena, exageradamente angulosa etc.
Na análise grafológica, somente as grandes espécies devem ser
consideradas dominantes, estas espécies devem ser analisadas de maneira
15
qualitativa. Podemos destacar a FORMA, ESPAÇO E MOVIMENTO, como
dados de primeira ordem a receberem o título de dominantes.
O trabalho do grafólogo na Europa principalmente na Espanha e Na
França, está embasado nestes três aspectos, que dia adia ganha mais força
entre os estudiosos.
Na grafologia sempre se tem que priorizar o conjunto, o todo.
Analisar pequenos sinais e deles tirar conclusões é por demais temerário,
trata-se de uma prática condenada por grafólogos de todo o mundo.
Daí apresenta-se um método a ser utilizado na análise grafológica. A
qualquer um está facultada a possibilidade de criar o seu laudo, sua análise
e o seu tipo de método, porém quase que obrigatoriamente, o autor deve
passar pelos seguintes detalhes, segundo Camargo (1999).
1 – O ambiente gráfico é primordial para uma boa análise.
2 – Determinar os traços qualitativos de dominantes.
3 – Executar sua orientação de acordo com a escola Francesa,
Alemã ou Suíça.
4 – Escolher qual escola adotar na sua análise, uma ou mais de
uma.
5 – O conjunto é primordial na análise de uma escrita, o detalhe não
tem importância senão tendo em vista o todo.
6 – Em caso de usar mais de uma escola, realçar os pontos comuns
entre elas.
O grafólogo deverá sempre estar focado em um método, seja este
qual for, não se desviar do mesmo, pois este lhe garantirá a certeza de uma
excelente análise grafológica.
Passando ao estudo da escrita propriamente dito, neste trabalho
daremos ênfase a escola francesa, com os seus oito grandes gestos, o que
chamamos de O ABC da grafologia clássica, formado pelo material de Jamin
(XANDRÓ, 1999, P.29).
. Dimensão da escrita.
. A arquitetura gráfica.
. Estudo das linhas.
. Tempo de execução.
16
. Relevo dos traços.
. A inclinação das letras.
. Coesão das letras.
. Estudos das margens.
Para interpretar adequadamente a personalidade, sem vacilar o
grafólogo deve dominar esse ABC perfeitamente. Esforçando-se no
aprendizado desses gestos o grafólogo se apoiará em um método seguro e
adequado que lhe permitirá descrever sem erros ou temores, o perfil pessoal
do analisado.
O material adequado para interpretação da escrita seria uma carta
que contenha um texto, espontâneo, de duas folhas, feito sem
preocupações, com assinatura, em papel sem pauta, escrito com caneta
esferográfica.Na carta se te, a obrigação de seguir determinadas regras,
como data, cabeçalho, margens, assinatura etc. Aí se vê a cortesia, cultura,
distinção e a ordem de quem escreve (apud Camargo, 1999).
Com uma só escrita captura-se o momento psicológico atual de
quem escreve. Para se ter uma maior avaliação, precisa-se de documentos
de outras épocas, para que se separe o que é acessório dos traços típicos e
perduráveis do caráter.
A seguir cita-se algumas características que se denotam na escrita,
segundo Jamin (Xandró, 1999, p. 33 e 34).
Superioridade ou sentido positivo do grafismo.
. Atividade = Letras, inclusive ponto e acentos, ligadas à letra
seguinte. Traçado rápido e ascendente. Mistura de ângulo e curvas. Pingo
do i corte do t preferivelmente normais, firmemente traçados e situados
ligeiramente à direita.
. Sensibilidade = Vibração das letras quanto à diferença no grau de
inclinação. Diferença de tamanho e direção, Nas pessoas emotivas, a
pressão às vezes é leve, pouco apoiada, e o traçado é, preferencialmente,
inclinado, Predominam as curvas.
. Moderação = Traço sóbrio, reto, moderadamente inclinado ou
invertido. Os finais das palavras são curtos ou ausentes. Margens: a da
esquerda normal ou pequena, mantendo a linha de cima a baixo. A da direita
17
existe, mas é pequena e regular. Assinatura situada no centro ligeiramente à
direita ou à esquerda. Velocidade moderada.
. Simplicidade = Maiúscula de tamanho proporcional as normais ou
ligeiramente menores. Simplificações. Espontaneidade do traçado.
. Distinção = Escrita solta, maiúscula ligeiramente elevada, margens
cuidadas, traçadas em geral de bom gosto e com certa preocupação de
clareza.
Inferioridade ou sentido negativo do grafismo.
. Preguiça ou inatividade = Linhas que caem. Traçado pesado e
muito curvo. Barra do t fraca ou ausente. Lentidão no traçado. Letras pouco
enérgicas e às vezes pouco legíveis.
. Frieza ou insensibilidade = Geralmente letras retas de noventa
graus. Predomínio da escrita angulosa. Monotonia, regularidade e ausência
de movimentos inchados.
. Paixão ou falta de controle = Letras muito inclinadas para a direita,
tombadas, mais de 135 graus. Escrita de velocidade precipitada e grandes
movimentos da caneta. Pingo do i, corte do t, e finais das palavras longos e
projetados à direita. Margens: da esquerda grande ou aumentando
progressivamente de tamanho; da direita, ausente e com letras que quase
saem do papel. Assinatura situada muito à direita.
. Complicação, presunção = Escrita alta e inchada nas maiúsculas,
que aparecem muito trabalhadas e com mau gosto. O traçado normal e
complicado.
. Mau gosto, vulgaridade: Margens descuidadas, tanto à esquerda
quanto à direita. Ausência de margens. Textos que se cruzam. Vulgaridade e
lentidão na formação da escrita. Erros ortográficos e de redação, que
aumentam essas características. Retoques exagerados. Formas rebuscadas
e extravagantes.
Outro método que se pode usar é o chamado Gêneros Gráficos,
inicialmente foram criados seis gêneros gráficos, posteriormente foi ampliado
para sete e atualmente por uma questão de praticidade estão divididos em
18
oito, que serão abaixo relacionados e discriminados dando uma visão geral e
de fácil entendimento desses gêneros, segundo (apud Cepa, 1997).
. Ordem = disciplina social.
. Dimensão = afirmação do indivíduo no ambiente em que vive.
. Pressão = necessidade de mostrar energia.
. Forma = determina a consciência reflexiva.
. Velocidade = ligada à atividade e ritmo.
. Inclinação = contato com o mundo.
. Direção = vontade em ação.
. Continuidade = exprime a condução dos atos, sentimentos e idéias.
A Ordem revela a capacidade do individuo de se organizar e se
adaptar à sociedade.
Normalmente se divide em três grupos: Distribuição, disposição e
proporção.
. Distribuição corresponde à ordem de idéias.
É a forma como a escrita é colocada ao longo do texto, à distância
entre as letras, palavras e linhas devem ser observadas.
Quanto à distribuição a escrita pode ser dividida em: clara, confusa,
ilegível, concentrada, espaçada, organizada, desorganizada, limpa e suja.
. Disposição.
Indica a ordem e o comportamento social da pessoa. Observamos o
texto na página, o tamanho das margens, cabeçalhos, assinaturas, rubricas
etc.
Pode ser dividida em: cuidada e descuidada.
. Proporção.
Mostra o equilíbrio e a ponderação de juízos do escritor.
Pode ser divida em: proporcional, desproporcional e mista.
A Dimensão indica impulsos e necessidades, o sentimento de si
mesmo e como se vê em frente ao outros, mostra também o nível de
expansão da personalidade.
19
Este aspecto é estudado de acordo com três grandezas da escrita:
zona média, que é o cotidiano, coordenação, confiança em si; tamanho dos
traços, pernas e hastes, ocupação espacial.
A dimensão se divide em: grande, pequena, baixa, alta,
sobressaltada, rebaixada, crescente, decrescente, uniforme, filiforme,
compensada e amplitude.
A Pressão sem dúvidas é uma das características da escrita mais
observada pelos grafólogos quando se realiza a análise, a pressão não se
avalia através de xerox ou fax, portando jamais analisaremos uma escrita
nestas condições.
Para o psicólogo e grafólogo suíço Pulver a pressão é índice de
produtividade criadora. “Pressão é a intensidade de energia psíquica”.
A pressão indica a Libido, a capacidade de realização e resistência
de quem escreve.
Principais tipos de pressão: firme, frouxa, média, profunda,
superficial, desigual, dura, suave, robusta, nutrida, ligeira, apoiada,
fusiforme, em relevo.
A Forma demonstra a cultura, originalidade, interesses e
preocupações de quem escreve. O ser humano é capaz de criar diversas
formas diferentes das que nos foram ensinadas, ao formar novos tipos de
letras, reestruturar a forma caligráfica que nos foi passada, está-se criando.
Formas firmes:
Com tensão = (ângulos e arcadas) – defensividade, contração.
Sem tensão = moleza, atitudes estereotipadas.
Formas rígidas:
Com tensão = inibição, formas estereotipadas, fixas, crispação.
Sem tensão = automatismo, ausência de movimento.
Principais tipos de forma: caligráfica, redonda, angulosa, simples,
ornada, complicada, extravagante, disfarçada, tipográfica, simplificada, seca
e plena.
A Ligação entre as letras nos mostra a capacidade do autor em
adaptar-se ao trabalho, a sociedade e a vida.
Estes tipos de adaptação segundo Pulver são:
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Espontânea – escrita em guirlanda.
Combativa = escrita em ângulo.
Evasiva = escrita filiforme.
Construtiva = escrita em arcos.
Principais tipos de ligação: em ângulos, arcada, guirlanda, filiforme,
bucle e mista.
A Velocidade demonstra o temo de reação e rapidez com que a
pessoa resolve seus problemas e suas tarefas. Normalmente quem escreve
com velocidade tende a ter inteligência superior e sua atividade no trabalho
acusa alto rendimento profissional.
O destinatário de uma carta pode interferir na velocidade final de
quem escreve, pois ele é o objetivo final.
Principais tipos de velocidade: lenta, pausada, rápida, precipitada,
desigualdades de velocidade.
A Inclinação é um dos aspectos mais fáceis de serem observados
na escrita, reflete o desejo e a necessidade que a pessoa tem em entrar em
contato com os demais.
Divide-se em: escrita inclinada, escrita vertical, escrita invertida e
escrita oscilante.
A Direção demonstras as variações de humor e da vontade de
quem escreve. A linha de base onde escrevemos é o caminho em que
caminhamos pelo mundo.
Os principais tipos são: escrita retilínea, escrita ascendente, escrita
descendente, escrita de linha côncava, escrita de linha convexa, escrita
sinuosa, imbricada ascendente, imbricada descendente e mista.
A Continuidade mostra a maneira que as letras são ligadas umas
as outras nas palavras, Revela o grau de perseverança, estabilidade e
constância de nosso caráter, capacidade de concatenar idéias e conduta.
Grandes rupturas na continuidade, principalmente nas letras podem indicar
nervosismo e disfunções orgânicas.
Os principais tipos são: escrita ligada, escrita desligada, escrita
agrupada, escrita combinada, escrita fragmentada, ligações desiguais,
lapsos de ligação e ligação espacial.
21
Terminados aqui os Gêneros Gráficos, a seguir destaca-se a
importância de um outro método, que são as letras-testemunho que revelam
detalhes importantes, que somados a outros dará uma bela visão da escrita
pra sua análise grafológica.
Destaca-se entre as letras-testemunhas: M, T, G, D, R e S. (CEPA
1997, P. 74),
Letra M foi uma das primeiras a ser estudada e sua importância
aumentou com o estudo do psicólogo suíço Max Pulver, que trouxe para a
grafologia a interpretação simbólica dos traços.
A letra M representa a esfera do auto-estima do eu.
A primeira perna representa o inconsciente pessoal, o valor que a
pessoa concede a si própria. Quando maior que as outras revela orgulho.
A segunda perna mostra a influência que a família e os amigos tem
sobre quem escreve.
A terceira pena é a sociedade, a importância social e profissional.
Letra T O testemunho da vontade.
A letra T reflete a vontade a força do individuo.
O traço mostra a força do EU, nosso comportamento frente ao
trabalho, família, etc.
A barra do T mostra como avançamos sobre os obstáculos.
Letra G – A Libido
Esta letra nos mostra as principais tendências sexuais e a libido de
quem escreve.
Pode-se dividir a letra G em quatro partes, a saber:
1. Oval inicial – Atitude ética e prévia.
2. Perna – Indica tensão profundidade e força dos instintos.
3. Curva – duração e retenção dos instintos, tempo de prazer.
4. Volta para a zona média, realidade, ego, etc.
Letra D – Criação e fantasia.
22
A parte oval pode-se considerar o “EU” e a perna o social, mundo das
idéias, familiar e profissional.
Alguns exemplos:
- Em curvas = imaginação e vivacidade.
- Em um só traço = originalidade, criatividade, praticidade.
- Separados = a pessoa separa o intimo do social.
- Traço único em curva = originalidade, flexibilidade.
- Em forma de S – vulgaridade
- Em ponta – dureza, tensão, respostas violentas e sem imaginação.
- Em forma de arco – capacidade didática e de realização de suas
idéias, ocultação.
Letra R – Energia
Para Xandró a letra R minúscula representa e canalização de energia,
ouros estudiosos associam esta letra entre a capacidade profissional
e desejo de perfeição do individuo em seu trabalho. Abaixo se
encontra algumas características dessa letra:
- Bem executada = capacidade de canalizar energia.
- Primeiro ângulo bem executado = canalização de energia com
persistência.
- Segundo ângulo acentuado = energia canalizada para a
realização.
- Com ângulos agudos = energia mal canalizada, repressão.
- Em forma de triângulo = canalização deficiente da energia,
vivacidade e atividade.
- Em forma de V – canalização dinâmica, aproveitamento da energia
ao máximo.
Letra S – Consciência.
A letra S é o sinal do amor próprio do escrúpulo e da consciência,
conforme abaixo:
- Fechada = consciência estreita.
- Fechada em triângulo = escrúpulos exagerados, consciência seca.
- Fechada por um pequeno traço = egoísmo oculto.
23
- Aberta = generosidade, simpatia.
Outros métodos, como o estudo da assinatura, da pontuação, do til,
da letra â, do ao, do ponto, dos números, dos signos especiais, etc.,
também são ferramentas pontuais que tem como finalidade agregar
informações para o laudo final da análise grafológica. O
aprofundamento no estudo dos métodos e das escolas dará ao
grafólogo conhecimento, para que o mesmo trabalhe com a
segurança necessária e emita um laudo que venha a contribuir para
uma boa escolha por parte da empresa, não só na hora do
recrutamento e da seleção, mas também na avaliação e
aprimoramento de seu atual funcionário.
24
CAPÍTULO III
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO PELA GRAFOLOGIA
O principal objetivo no recrutamento e na seleção de pessoal é inserir
o ser humano à empresa e não apenas e simplesmente o preenchimento de
uma vaga. Este ser humano complexo, deverá produzir para empresa o
máximo de sua capacidade profissional e social. Para isso vários testes,
dinâmicas, entrevistas, exames, provas etc. são impostos a este ser,
devendo o candidato ajustar-se ao meio, respondendo as expectativas da
empresa, havendo uma via de mão dupla que vai resultar em produtividade
e satisfação.
Taylor (apud Camargo, 1999) iniciou suas pesquisas na área de
organização de tarefas. Aos seus trabalhos seguiram-se os de Fayol, que
define a empresa como um corpo social que cumpre funções essenciais.
Os testes de avaliação de pessoal deram um grande salto durante a
Primeira Grande Guerra Mundial, quando os Estados Unidos tiveram que
recrutar mão-de-obra para suas forças armadas, em especial as do exército,
Terminada a guerra, os métodos passaram a ser utilizados pelos civis.
Odette Sewrpa Loevy (Camargo, 1999) deu grande impulso à
grafologia no Brasil, levando a análise grafológica a diversas empresas
nacionais e multinacionais.
Empresas como, Departament Of Defense, Coca-Cola, Ford Motor
Company, FBI, General Eletric, Merril Linck, Dallas Morning News, Dow
Chemical, Boing Co. Nestlé, Renault, Pegeout Motors, Time, Toyota, Xexox
(La Computer Division), St Louis Police, Olympus Camera, Roche,
SmithKline Beechan, Banco Francês-Brasileiro, Banco Real e outras utilizam
a grafologia no recrutamento e seleção de recursos humanos.(CAMARGO,
1999, p.20).
25
Para se realizar uma boa seleção pode-se utilizar a grafologia, dentre
outros testes, que não devem ser colocados de lado em detrimento da
grafologia.
A grafologia tem a possibilidade de desvendar o ser humano bem
mais profundamente que qualquer outro teste psicológico existente, a
abrangência da grafologia é imensa e interminável.
Não se cogita substituir outros testes pela análise grafológica, mas
sim somar a esses mais uma ferramenta poderosa e eficaz, somando-se,
por exemplo, aos testes de raciocínio matemático, as entrevistas do
psicólogo etc.
A grafologia vem encontrando vários adeptos em toda parte,
tornando-se assim uma das principais fases do processo de seleção o que
vem se comprovando através da diminuição do custo no recrutamento e
seleção, rapidez no processo, redução no turn-over, aumento da
produtividade, satisfação de todos os envolvidos no processo.
Fatores primordiais tem que ser analisados, na contratação de um
funcionário através da grafologia. (Camargo, 1999).
- O cargo a ser ocupado;
- O prazo para que a vaga seja preenchida;
- O tipo de seleção;
- Recursos financeiros etc.
Pode-se afirmar que a grafologia diminui em até 40% do tempo do
processo seletivo, e com um índice de eficiência de 80% maior.
Vantagens sobre outros testes: (apud Camargo, 1999),
Não requer a presença do interessado. Sem entrarmos no terreno da
ética, essa é uma facilidade para a empresa, pois conforme o tamanho da
empresa, com diversas filiais espalhadas no Brasil como em outros países,
concentrando-se assim o processo de recrutamento e seleção, tendo aí a
grafologia como ferramenta.
O material pode ser preparado sem a pressão dos testes ou provas.
26
Principais procedimentos a serem seguidos para a realização de um
processo de seleção baseado em grafologia:
Anúncio no Jornal – a empresa após o habitual solicita ao envio de
currículo, como carta manuscrita de próprio punho e assinada.
A primeira fase é separar os que não possuem as qualificações
exigidas pela empresa (idade, experiência, idiomas etc;). Nesta fase cerca
de 40% a 60% não preencherão as condições solicitadas.
Em outra fase deve-se separar as escritas conforme o ambiente
gráfico, seja este negativo ou positivo. Com as escritas de sentido positivo
em mão, escolher as de melhor nível de forma, pode-se usar outras sínteses
de orientação. Escolher por meio das características grafologicas aqueles
que se adequai ao cargo pretendido.
Separando-se as escritas conforme o ambiente gráfico e após
escolher de acordo com o nível de forma, tem-se em mãos 10 a 15
candidatos que poderão realizar a entrevista. Grafólogos experientes
chegam ao número de cinco escolhidas.
Separar os finalistas, aplicar os testes técnicos necessários e, após
uma análise grafológica detalhada, apresenta-los a quem couber para
decisão final. O grafólogo não decide, ele divide esta responsabilidade com
que de direito, o seu papel primordial é fundamentar o processo para que
este se torne um instrumento confiável para a decisão final.
A empresa não deve confiar na grafologia como único instrumento de
avaliação para a seleção de pessoal. O senso profissional deve prevalecer,
sem, contudo se esquecer do ser humano.
Deve-se aqui observar alguns cargos e suas características. O ideal
seria que o recrutador realize um fichário, com os diversos cargos e suas
características grafologicas, ao longo do tempo, pois os resultados são
gratificantes e aceleram o processo de seleção, após isto procurar na escrita
o traço gráfico que nos interessa.
Não existe uma letra para determinada profissão o que existe são
certos comportamentos peculiares a determinadas profissões, e alguns
deles são observados nos grafismos. Na escrita de militares é comum
encontrar-se golpe de sabre, pressão firme e traços de agressividade.
27
Porém estas são características na escrita de médicos, esportistas,
empreendedores, etc; daí a afirmar que se pode identificar a profissão pela
escrita analisada é um passo muito grande.
A seguir serão mostrados diversos cargos com as principais
qualidades e as características da escrita: (Camargo, 1999, p. 91).
1. Cargos de diretoria.
Liderança, profissionalismo e capacidade técnica.
Principais qualidades:
Bom nível de inteligência, julgamento objetivo, reflexão, vontade,
libido forte em progressão, energia física e mental, iniciativa,
combatividade, realismo, método, amplitude do campo de
consciência, autoridade, perseverança, habilidade política, tato,
prudência, clareza de idéias, equilíbrio, emocional, intuição, senso
de responsabilidade, justiça, franqueza, feeling, decisão,
diplomacia, firmeza de intenções etc.
Escrita – Proporcional, zona média bem estruturada, progressiva,
firme, agrupada, combinada, finais controlados, em relevo,
organizada, semi-angulosa, bom nível de forma.
2. Diretor Comercial.
Estar em sintonia com o mundo, atualizado e informado. Em nosso
país deve sempre estar pensando à frente do governo.
Iniciativa, habilidade política, impulsividade, oratória, tato, clareza
de idéias, intuição, sendo de responsabilidade, feeling, decisão,
diplomacia, habilidade para negociar, dinamismo, combatividade,
reserva, frieza etc.
Escrita – Grande, firme, lançada, progressiva, margem direita
aumentada de cima para baixo, crescente, espaçada, ascendente,
finais largos, extensa.
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3. Diretor Financeiro.
Trata das relações financeiras da empresa com bancos,
instituições e empresas.
Habilidade numérica, capacidade de síntese, precisão, observação
de detalhes, controle, autonomia, senso moral, certa rigidez de
conduta, capacidade de análise e síntese, dinamismo, organização
e método, capacidade de julgamento e objetividade.
Escrita – Pequena ou média, angulosa, bem estruturada, legível,
pernas bem executadas, rápida ou pausada, progressiva, ligada,
margens padronizadas, limpa, assinatura de acordo com o texto
pressão constante.
4. Secretária e Auxiliares.
Deve cumprir ordens, ser pontuais e eficientes.
Clareza de idéias, iniciativa, vivacidade, amabilidade, reserva
(bastante), dinamismo, entusiasmo.
Escrita – Organizada, limpa, legível, margens bem estruturadas,
caligráfica, assinatura legível, tamanho médio ou pequeno.
5. Secretária Sênior.
Cargo de grande importância e de extrema confiança, pois a
funcionária irá trabalhar com dados confidenciais da empresa e
pessoais de seu chefe.
Além do cargo de secretária normal deverá apresentar sinais de
maturidade, integridade, reserva, energia, amabilidade, calma,
senso prático, sociabilidade, disciplina, discrição, flexibilidade,
objetividade.
Escrita – Organizada, limpa, combinada, clara, página bem
estruturada, margens equilibradas, ligação em guirlandas, zona
29
média constante, oval bem estruturada e algumas quase sempre
fechadas.
6. Relações-Públicas.
Cargo que exige contatos humanos e habilidade política.
Imaginação, tato, vivacidade de espírito, capacidade de
relacionamentos, autonomia, intuição, resistência ao estresse,
organização pessoal.
Escrita – Movimentada, inclinada à direita, combinada, traços
elásticos, guirlandas, alguns ornamentos, assinatura do mesmo
tamanho ou maior que o texto, rápida, algumas ovais abertas.
7. Vendedor.
O bom vendedor não vende nada “dá satisfação ao cliente”.
Muitas vezes, o grafólogo irá encontrar na escrita de vendedores
alguns sinais de insinceridade; isto se deve a sua habilidade em
dissimular o cliente; em alguns casos, são produtos de uma
característica que visa criar situações para tirar proveito em prol de
si mesmo. Os desonestos devem ser eliminados do processo. O
sanguíneo e sempre um bom vendedor.
Fluência verbal, boa aparência, reserva, paciência, tenacidade,
tolerância, amabilidade, vivacidade, entusiasmo, diplomacia,
flexibilidade etc.
Escrita – Grande, progressiva, ascendente, ovais abertas em cima,
barras dos tt largas, finais largos, margens com algumas
desigualdades, rápida, ângulos e curvas misturados, assinatura
situada à direita, margem esquerda crescente e direita ausente,
inclinada à direita, lançada, algumas curvas e floreios.
8. Analista de Sistemas.
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O analista deve transformar o complicado em simples.
Inteligência abstrata, capacidade escrita, feeling, metódico,
capacidade para simplificar, criatividade, cultura, flexibilidade,
paciência, raciocínio mental analítico, capacidade de produzir
“insight”.
Escrita – Organizada, margens regulares, tendência à média ou
pequena, margens tipo justificado, vertical ou invertida, velocidade
pausada, bom espaçamento entre as linhas.
9. Engenheiros de Manutenção.
A especialização e o conhecimento técnico são obrigatórios.
Inteligência concreta, raciocínio matemático, vontade, capacidade
de observação, vivacidade, detalhista, liderança, organização,
capacidade de observação, lógica.
Escrita – Firme, média, em relevo, profunda, margens bem
organizadas, ligadas, retilíneas ou ligeiramente ascendentes,
pingos nos ii e barras nos tt bem executadas.
10. Marketing.
Nota-se a capacidade para lançar no mercado novos produtos e
introduzir novos conceitos.
Iniciativa, diversividade habilidades, intuição, dinamismo,
extroversão, liderança, tato, senso de oportunidade, capacidade
de avaliação, flexibilidade, agressividade (positiva), reserva.
Escrita – Pressão média, curvas, laços, guirlandas, sobressaltada,
tendência à desligada ou agrupada, linhas sinuosas, assinatura
com floreios, ligações originais.
11. Contador.
31
A honestidade tem que ser bem avaliada, pois este cargo é de
extrema confiança.
Organização, método, reserva, escrúpulos, lógico, raciocínio
matemático, adaptabilidade, honestidade, paciência, diplomacia,
tato, disciplina, constância.
Escrita – Pequena ou média, margens organizadas, distâncias
entre as linhas e palavras constantes, pontuação precisa, limpa,
assinatura igual ao texto.
12. Técnico de Qualidade.
De ser um observador, conhecer as rotinas de manutenção da
empresa.
Capacidade de observação, organização, percepção bastante
apurada, iniciativa, dinâmica, energia mental.
Escrita – Caligráfica, pontuação precisa, equilíbrio entre as zonas,
média, limpa, espaços pequenos entre as linhas, pressão
constante.
13. Psicólogo.
Atualmente, o psicólogo ocupa dentro das empresas inúmeras
funções, entre elas as de recrutamento, seleção e treinamento.
Paciência, habilidade, tato, sensibilidade, clareza, senso crítico,
objetividade, amabilidade etc.
Escrita – Bom nível de forma, curvas, guirlandas, redonda, limpa.
Organizada, combinada, pressão média, em relevo.
14. Médico.
Existem grandes variações devido à gama de especialidade.
Atualmente os conselhos de medicina obrigam que as receitas,
32
além de serem legíveis, devem ser lidas pelo paciente. É comum
aparecerem traços de agressividade na escrita de cirurgiões.
15. Propagandista Vendedor (indústria farmacêutica).
Mantém contatos com profissionais de diversas áreas,
colaborando no lançamento de novos produtos.
Boa postura, fluência verbal, persuasão, dinamismo, assimilação
de novos conceitos, extroversão, persistência, flexibilidade,
resistência a esforços de longa duração.
Escrita – Grande, ascendente, pequenas desigualdades de
margens, crescente, limpa, organizada, ligação em guirlandas, em
relevo, assinatura um pouco maior que o texto.
16. Juízes.
Cargo que se reveste de grande importância nos dias atuais. Um
juiz vai influir na vida das pessoas e na sociedade.
Decisão, energia, princípios morais e éticos bem definidos,
iniciativa, liderança,
comunicação, integridade, flexibilidade de raciocínio, fluência
verbal etc.
Escrita – Bem estruturada, grande, ligações em ângulos, traços
ascendentes, limpa, assinatura maior que o texto, organizada,
firme, profunda e em relevo.
De todas as escritas as que sofrem maiores mudanças são as dos
magistrados quando comparadas com as de antes da
magistratura, principalmente na dimensão, pois aumentam a olhos
vistos.
17. Analista de Recursos Humanos.
Atua na área de recrutamento, seleção e treinamento de pessoal.
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Criatividade, iniciativa, dinamismo, flexibilidade, organização,
planejamento a curto, médio e longo prazos, flexibilidade,
capacidade de decisão, relacionamento interpessoal.
Escrita – Tamanho médio, clara, organizada, limpa, ascendente ou
retilínea, agrupada, pontuação bem estruturada.
18. Grafólogos.
Está-se sempre ligado a outro cargo, pois a categoria ainda não é
reconhecida como profissão, pouquíssimos são os que trabalham,
ou sobrevivem somente com a grafologia.
Perspicácia, clareza de idéias, iniciativa, flexibilidade, tato,
habilidade, raciocínio ágil, percepção, criatividade, assertividade,
intuição humanista.
Escrita – Agrupada, desligada, limpa, clara, organizada,
combinadas ligeiramente ascendente, pequenas variações de
inclinação, formas e ligações originais.
Encerra-se aqui este pequena demonstração de cargos e suas
habilidades com as suas características grafológicas, sendo um
campo vasto a ser estudado, certamente outras características
podem ser acrescentadas as aqui apresentadas, quando mais
conhecimento, maior capacidade de identificar sinais da
personalidade do analisado.
Observe em sua empresa o manual de descrição de cargos e as
características desejadas, relacionem este manual com os diversos sinais
grafológicos, montando desta maneira a síndrome gráfica do cargo
desejado.
Três características ligadas a diversos cargos: (Camargo, 1999, p.99).
. Visão estratégica – escrita com grande espaçamento entre as linhas,
progressiva, ascendente.
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. Visão tática – pequeno espaçamento entre as linhas, concentrada,
pequena.
. Ambição – ou necessidade de crescimento pessoal – Quando uma
empresa contrata um funcionário para determinado posto e vai mantê-lo ali,
por muito tempo, pode estar cometendo um erro, o ser humano necessita
evoluir.
Escrita ascendente, crescente, zona superior um pouco maior, finais
ascendentes, assinatura grande etc;
A função do grafólogo não é a de decidir sobe a escolha do
profissional e sim de participar no processo de recrutamento e seleção,
através da análise grafológica.
Encerra-se aqui este capítulo sobre recrutamento e seleção tendo a
grafologia como ferramenta para este processo, a matéria é vasta e de
interminável conhecimento a ser desvendado.
35
CAPÍTULO IV
AVALIAÇÃO PELA GRAFOLOGIA
O recrutador procura sempre o melhor para sua empresa, usando
para isso diversas técnicas de avaliação do candidato, para que este seja o
ideal para o cargo a ser preenchido, dentre essas ferramentas de avaliação
encontra-se a grafologia, que simplesmente analisa o candidato e realiza o
seu perfil, esta análise deve ser isenta de preconceitos.
O acerto da grafologia depende de vários fatores:
. conhecimento do grafólogo;
. técnica ou método utilizados;
. qualidade do material a ser analisado etc.
Deve-se aqui citar Caillois: (apud Camargo, 1999, p. 102) “Ciência
infalível, ciência suspeita”.
Numa análise grafológica sempre se observa o que queremos, ou
seja, o que o nosso conhecimento permite que seja visto, se se querer
encontrar potencial, vamos procurar essas características no grafismo, mas
se não se tem conhecimento para tal, então jamais se vai “ver” potencial na
escrita.
Grafologia é uma ciência que vai além da simples prática. Ser
grafólogo é tentar crescer internamente, para a partir daí tentar compreender
a complexidade das relações interpessoais, para ajudar o próximo, entender
o ser humano e porque não uma pequena parcela de ajuda no
desenvolvimento da humanidade.
36
A seguir, alguns conceitos que serão de utilidade para o desenrolar do
assunto: (Camargo, 1999, p.103).
ASSERTIVIDADE
“Comportamento que habilita uma pessoa a agir em seu próprio
interesse, ser responsável por si mesma sem sentir ansiedade inadequada,
expressar seus honestos sentimentos confortavelmente e exercer seus
direitos sem magoar os demais”.(Alberti e Emmons)
“O comportamento assertivo consiste na expressão
honesta e aberta de seus sentimentos”.(Wolpe e Lazarus)
Existem diversos detalhes que podem localizar assertividade na
escrita.
Escrita equilibrada, ligações em guirlandas, bem estruturadas, bom
ritmo, elasticidade, margens constantes, pressão igual, proporcional, limpa,
ovais bem estruturadas, assinatura igual ao texto, legível, em relevo,
matizada etc.
MOTIVAÇÃO
Envolve diversos fatores como: necessidades, tendências, aspirações
etc.
Nem sempre a motivação vem de forma positiva, como exemplo, uma
fonte de vingança.
A insatisfação pode levar o profissional a se motivar, evoluindo
pessoalmente.
Na empresa o gerente deve conhecer seus comandados, seus
anseios e suas motivações, ajudando assim a definir as políticas de pessoal
da empresa, promovendo uma maior integração, produtividade e satisfação
interna.
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES
Foi desenvolvida por ªH. Maslow. Segundo o autor as pessoas são
motivadas por cinco tipos de necessidades:
. Fisiológica
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. Segurança
. Afeto
. Estima
. Auto-realização
Abaixo será mostrado um pequeno resuma dessas necessidades:
(Camargo, 1999).
Fisiológicas
Fome, frio e sede são determinantes na produção de uma empresa.
Temos visto inúmeros exemplos de aumento de produtividade apenas com a
melhoria do café dos funcionários.
Escrita com traços grandes na zona inferior. Desproporções e
sobressaltos e fusiforme.
Segurança
Todo trabalhador almeja segurança para si e sua família, através de
carteira assinada, plano de saúde, estabilidade, promoções etc.
A falta de benefícios pode desmotivar o funcionário.
A segurança pode trazer consigo o conformismo, onde o funcionário
não ousará em novos projetos. O conformismo pode revelar-se através de
um atracado frouxo, sem grande relevo.
A estabilidade pode causar o afastamento de tudo o que ocorre em
sua volta, tentando manter distância dos demais, a verticalidade e um certo
espaçamento entre as linhas mostram esse tipo de contato.
Escritas com torções nas pernas e hastes, tendência do grafismo à
esquerda. O mede de ir em frente, para o futuro é mostrado por sinais de
lentidão, formas estáticas, escrita convencional e/ou caligráfica,
artificialismo, escrita baixa e gestos na horizontal.
Afeto
Necessidade de relacionamento afetivo entre os membros de um
grupo.
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A escrita é convencional, sem grande pressão. Os traços são
equilibrados juntamente como conjunto branco/escuro do texto. O escritor
adapta-se sem grandes traumas às normas e aos regulamentos sociais, pois
suas necessidades de contato fazem com que ceda terreno para sentir-se
bem.
A adaptação e controlada, equilíbrio, compreensão dos fatos que não
pode mudar, paciência e moderação. Escrita sóbria, fina e algumas vezes
desligada. Pode revelar falta de espontaneidade e conformismo.
Estima
Todo ser humano deseja que seu trabalho seu reconhecido pelos
demais. Elevar o orgulho, o sentimento de realização e a dignidade do ser
humano são fundamentais para motivar as pessoas.
A escrita apresenta: ordem, proporção, claridade, simplificação e
equilíbrio.
A assinatura maior que o texto indica necessidade de mostrar-se
independente, orgulhoso, gestos voltados para o espetacular. Menor,
economia, defensividade, sentimento de inferioridade. Diferente do texto;
ambição, exigência, autoridade, prazer em ser diferente.
O amor próprio revela-se nos traços iniciais maiores, sobressaltados,
gestos iniciais longos, tendência à valorização dos traços superiores, que
mostram a procura de uma imagem ideal que nem sempre pode ser
alcançada.
Auto-realização
É um estado permanente onde as necessidades serão
supridas de acordo com suas possibilidades.
Aqui a motivação encontra dificuldades, já que os anseios e desejos
não podem ser facilmente determinados.
O espaço gráfico encontra uma boa organização, as margens estão
bem estruturadas, o escritor tem consciência de seus valores e até ponde
pode ir.
39
O livro (Motivation e personality) de Maslow cita as características das
pessoas realizadas:
. Extremamente éticas.
. Originais e inventivas.
. Comportamento natural.
. Sériias e pouco espontâneas.
. Percebem a realidade e sentem-se à vontade diante dela.
. Concentram-se nos problemas ao redor.
. Gostam de privacidade.
. São imperfeitas, como as demais.
A seguir veremos como podemos interligar certas características
acima a grafologia aplicada.
1. ZONA INFERIOR – O INFERNO
Necessidades básicas primárias. Atividade física. Alimentação,
atividades sexuais e fisiológicas. Difícil adaptação. O inconsciente
predomina. Egoísmo. Materialismo.
2. ZONA INFERIOR MÉDIA ATÉ A LINHA DE CENSURA
Necessidade de contatos físicos com os demais. Ambição, segurança
física e financeira. Materialismo.
3. ZONA MÉDIA – A TERRA
Necessidade contatos com grupos, amigos, família etc. Narcisismo e
egocentrismo. Capacidade de viver o dia-a-dia. Realista. Necessidade
de prestigio social.
4. ZONA SUPERIOR
40
Necessidade de status, independência e orgulho. Pretensões
exageradas. Exaltação e exibicionismo. Sensibilidade e irritabilidade.
Valorização do “eu”. Criatividade. Falta de realismo.
5. ZONA SUPERIOR – O CÉU
Idealismo e imaginação fértil. Aspirações elevadas. Misticismo. Falta
de realismo, complexo de inferioridade.
Passamos a características de potencialidade que podem auxiliar na
análise para o laudo final. (apud Camargo, 1999).
1. POTENCIAL DE AÇÃO
Tendência espontânea em realizar e agir de maneira correta.
Potencial de ação forte
Escrita firme, ligada, dinâmica, progressiva, boa estrutura,
Dinamismo, segurança, capacidade de realizar, vivacidade, empreendedor,
vontade de agir sem necessidade de estímulos de seus superiores.
Potencial de ação fraco
Fragmentada, frouxa, desligada, fina, flutuante, rigidez, etc.
Pouca vitalidade, lentidão, limitação, timidez e insegurança
pessoal.
2. CONTROLE DE REAÇÕES
Reações de excitação e inibição nervosa.
Impulsivo
Comportamento variável, necessidade de mudanças,
indisciplina, produtividade variável.
41
Movimento gráfico dinâmico, escrita aberta, inclinada,
irregularidades e desigualdades no campo gráfico, forma inacabadas,
dextrogiras, certa confusão no traçado, variações de pressão.
Contido
Controle de vontade e desejos. Atividade pequena, porém
constante. Seriedade, disciplinado, escrúpulos, regularidade. Constância e
estabilidade. Ritmo igual. Não demonstra seus sentimentos.
Escrita pequena retilínea, firme, regular, proporcional, invertida,
pressão forte, predomínio da forma. Caligráfica, lenta, pingos nos ii e barras
do tt exatas.
3. SOCIABILIDADE
Comunicativo, fácil contato com o mundo circundante.
Necessidade de contatos sociais. Adaptação ao meio, natureza de
fácil comunicação.
Escrita concentrada, ligada ou hiperligada, aberta, dinâmica, ligação
em guirlandas, traços iniciais em curvas.
Falta de sociabilidade
Incapacidade de sintonizar com outras pessoas, difícil contato
pessoal, desconfiança aos demais. Relaciona-se somente por
profissionalismo.
Escrita fragmentada, desligada, espaçamentos excessivos, alta
legibilidade, firme.
4. EQUILIBRIO PESSOAL
Necessidade de aceitar normas sejam estas pessoais, profissionais
ou sociais de acordo com padrões éticos e morais. Bom relacionamento com
outras pessoas, adaptação a situações que são traumatizantes para outros.
42
5. SINAIS DE INTELIGÊNCIA
Detalhes que podem ser observados quando da análise, como sinais
de inteligência.
. Formas abreviadas – ganhar tempo sendo legível
. Letra inicial desligada do resto.
. Simplificação – ganhar tempo, economizar energia.
. Escrita ligada – lógica, capacidade de sintetizar. Ligações originais
na zona superior.
. Escrita pequena – Concentração e observação. As letras minúsculas
bem cuidadas devem ser observadas como indicativo de inteligência.
Devemos observar que a escolaridade, necessariamente não
representa o grau de inteligência do indivíduo.
Na parte de inteligência emocional podemos citar o livro Grafologia
emocional (Curt Honroth), apresenta esboços das teorias hoje tão
comentadas, esse livro data quase 50 anos.
Sinais que enfraquecem a inteligência
. Dissimulação – finais voltados para trás, voltados para baixo das
letras seguintes, escrita regressiva, ganchos etc. Necessidade de esconder
o próprio “eu”.
43
. Confusão – invasão das zonas, escrita confusa, palavras confusas,
barras dos tt e outros movimentos para a esquerda e para a direita
confundindo as palavras. Mostra desordem das idéias, sentimentos e ações.
. Subjetivismo – os finais das palavras terminam na horizontal e em
direção ao início da palavra seguinte. A pessoa julga as outras pessoas.
6. SINAIS DE ANORMALIDADE
Torções, sacudidas, sobressaltos, letras deformadas, margens
irregulares, grafismo discordantes, letras s e d com forma estranha,
desorganização espacial, desarmonia, chaminés, etc.
Algumas vezes, determinadas características se colocam acima de
outras para determinados cargos, por exemplo, o cargo de contador, o
pensamento lógico e a honestidade tem a sua importância levada
para o primeiro plano.
O potencial dever ser avaliado do indivíduo para o cargo e não o
potencial do indivíduo em si. Como exemplo temos a situação:
O melhor vendedor, se promovido, pode se r o pior gerente.
A descrição do cargo deve acompanhar o grafólogo na avaliação
grafológica.
Tem-se que escolher sempre o melhor para a empresa, através de
nossos conhecimentos profissionais, conceitos éticos e principalmente
grafológicos.
44
CONCLUSÃO
Buscou-se nesta monografia enfocar o tema Grafologia na
seleção de pessoal, para que os profissionais que atuam nesta área possam
refletir sobre a capacidade desta ferramenta junto ao processo seletivo de
sua empresa, com a qual se terá uma grande redução nos custos do
recrutamento e seleção, como também se sentirão mais seguros e
confiantes na emissão de um laudo final ou na contratação de um novo
colaborador. Deve-se buscar na admissão de pessoal, não somente o
preenchimento de um cargo e sim o homem certo no lugar certo, pois é
assim que conseguiremos a cumplicidade do funcionário com a empresa,
com certeza a grafologia colabora imensamente para isto, não só no
recrutamento e seleção, como também na avaliação dos colaboradores já
efetivados na empresa.
Tornar a grafologia importante ferramenta no recrutamento e
seleção de pessoal foi o objetivo desta monografia.
“A letra é um ser vivo: é reflexo do pensamento e do
psiquismo do indivíduo, compõe o seu EU e seu Ser
Superior”. (Marguerite de Surany).
45
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Paulo Sergio, Apostila, Centro de Psicologia Aplicada de
Cursos, 1997.
CAMARGO, Paulo Sergio. A Escrita Revela sua Personalidade, ed.
Ágora, 1999.
CAMARGO, Paulo Sergio. A Grafologia no Recrutamento e Seleção
de Pessoal, ed. Ágora, 1999.
HONROTH, Curt A. Grafologia Emocional, Ediciones Troquel
Buenos Aires.
OLIVEIRA, Mauricio. Revista Veja, 07/11/2001.
XANDRÓ, Mauricio. Grafologia Elementar, ed. Pensamento, 1993.
XANDRÓ, Mauricio. Grafologia para Todos, ed. Ágora, 1997.
TEILARD, Ana. El Alma y la Escritura, Ed. Paraninfo, 1974.
WWW.GRAFOLOGIABR.HPG.IG.COM.BR, 17/02/2005.
WWW.GRAFOLOGIA-SP.COM.BR, 29/11/2004.
WWW.GRAPHOLOGY.PSC.BR, 29/11/2004.
46
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação “Lato Sensu”
Título: Grafologia na Seleção de Pessoal.
Data da Entrega: 06/04/2005
Avaliação:
Avaliado pela Profª Ms. Ana Cristina Guimarães Grau___________
Rio de janeiro, _____ de ___________________ de 2005.
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO 1
AGRADECIMENTOS 2
DEDICATÓRIA 3
RESUMO 4
METODOLOGIA 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I 9
ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTÓRICOS DA GRAFOLOGIA 9
CAPÍTLO II 14
ALGUMAS ESCOLAS E MÉTODOS 14
CAPÍTULO III 24
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO PELA GRAFOLOGIA 24
CAPÍTULO IV 35
AVALIÇÃO DE POTENCIAL 35
CONCLUSÃO 44
48
REFERÊNCIAS 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46