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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A COMUNICAÇÃO POR UMA ÓTICA MOTIVACIONAL
Por: Luiz Henrique Freire Lacerda
Orientador
Prof. Maria Esther de Araújo Oliveira
Rio de Janeiro
2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
2
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO MOTIVACIONAL NAS
INSTITUIÇÕES
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Comunicação Empresarial
Por Luiz Henrique Freire Lacerda
3
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus pelo seu
amor tão grande, a minha esposa Kely
pelo companheirismo e dedicação, a
minha filha Letícia pela alegria e
entusiasmo, aos meus pais Neusa e
Luiz por terem me dado carinho e
exemplo de vida.
4
DEDICATÓRIA
A minha tia Neyde pela ajuda e incentivo,
seu apoio foi fundamental para manter o
foco e concluir esta caminhada.
5
RESUMO
Estuda a importância da comunicação relacionada a uma ótica motivacional
nas organizações, visando pesquisar fatores que possam contribuir para gerar
nos colaboradores a possibilidade de desenvolver suas habilidades alinhadas
aos objetivos da empresa. Aborda os conceitos relacionados a importância da
definição da Missão, Visão e Valores, fatores estes que são decisivos para o
alcance dos objetivos da instituição. A diferença que a figura do líder pode
fazer influenciando seus seguidores, gerando nos mesmos o desenvolvimento
de suas habilidades e compartilhando a habilidade de liderar. Como o clima
organizacional interfere no estado motivacional dos colaboradores. Os
objetivos desta pesquisa serão analisar a importância da comunicação como
fator motivacional em uma organização, demonstrando como uma
comunicação clara é vista pelos colaboradores, pode interferir no clima
organizacional, desenvolver o trabalho em equipe, encorajar os colaboradores
a liderar, impactando assim no resultado da organização.
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METODOLOGIA
Para realização deste estudo foi escolhido como foco o embasamento teórico,
afim de aprofundar o conhecimento acerca do tema escolhido.
A pesquisa bibliográfica vai ser o instrumento utilizado para colher informações,
e através dos livros estudados buscar conceitos e conteúdos a fim de ampliar o
entendimento do assunto. Dentre os principais autores consultados para a
realização deste estudo podemos destacar Idalberto Chiavenato, John C
Maxwell, Jack Welch e Peter F. Drucker.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Missão, Valores e Visão 11
CAPÍTULO II - A figura do líder 18
CAPÍTULO III – O Clima Organizacional 23
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA 33
ÍNDICE 32
FOLHA DE AVALIAÇÃO 33
8
INTRODUÇÃO
Segundo Chiavenato (2009) a vida das pessoas constitui uma
infinidade de interações com outras pessoas e com organizações. O ser
humano é eminentemente social e interativo. Não vive isoladamente, mas em
constante convívio e relacionamento com seus semelhantes. Devido a suas
limitações individuais, os seres humanos são obrigados a cooperarem uns com
os outros, formando organizações para alcançar certos objetivos que a ação
individual isolada não conseguiria alcançar. A organização é um sistema de
atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas. A
cooperação entre elas é essencial para a existência da organização. Uma
organização somente existe quando: há pessoas capazes de se comunicarem
e eu estão dispostas a participar e contribuir com ação conjunta, a fim de
alcançarem um objetivo comum.
Os Objetivos desta pesquisa serão analisar a importância da
comunicação como fator motivacional em uma organização, demonstrando
como uma comunicação clara é vista pelos colaboradores, pode interferir no
clima organizacional, desenvolver o trabalho em equipe, encorajar os
colaboradores a liderar, impactando assim no resultado da organização.
Maxwell (2007) nos faz refletir quanto ao seguinte questionamento
―Qual o valor que você dá à habilidade de se relacionar com os outros? (p.12)‖
Pergunte aos executivos bem-sucedidos dos grandes grupos
empresariais qual é a característica mais desejável para fazer sucesso em
cargos de liderança, e eles lhe dirão que é a capacidade de trabalhar em
conjunto. Pergunte a empreendedores o que separa o sucesso do fracasso, e
eles dirão que é a habilidade nos relacionamentos. Fale com vendedores, e
eles confirmarão que saber lidar com gente é muito mais importante do que
qualquer outro tipo de conhecimento. Sente-se com professores e
comerciantes, gerentes de lojas e pequenos empresários, líderes religiosos e
pais, e eles dirão a você que a capacidade de lidar com pessoas faz a
diferença entre aqueles que se destacam e os que ficam na mediocridade.
9
É uma habilidade de valor incalculável. Não importa o que você queira
fazer, se não é capaz de alcançar o sucesso junto com outras pessoas, então
não o alcançará!
Muita gente cai na armadilha de achar que os relacionamentos não são
prioridade. Isso não é bom, pois nossa habilidade de construir e manter
relacionamentos saudáveis é o fator mais importante para se sair bem em
qualquer área da vida. É o que determina nosso sucesso potencial. Robert W.
Woodruff, o homem cuja liderança transformou a Coca-Cola de uma pequena
produtora regional de bebidas num poderoso grupo financeiro internacional,
compreendeu a importância do fator pessoal no que se referia às realizações.
No livro Top Performance (Alto desempenho), o especialista em
relacionamentos Zig Ziglar cita o ex-diretor executivo da Coca-Cola. Zig diz que
Woodruff costumava distribuir um pequeno panfleto que criou, no qual se lia:
A vida é muito parecida com o trabalho de um vendedor. Se somos
bem-sucedidos ou não, é muito mais uma questão do quão bem motivamos os
seres humanos com os quais lidamos para comprar de nós e o que temos a
oferecer.
Sucesso ou fracasso neste trabalho é, essencialmente, uma questão
de relacionamentos humanos. Tem a ver com o tipo de reação que
provocamos nos membros de nossa família, nossos clientes, funcionários,
empregadores, colegas de trabalho e colaboradores. Se esta reação é
favorável, temos grande chance de ser bem-sucedidos. Se a reação não for
boa, estamos condenados.
O pecado mortal em nossos relacionamentos pessoais é que não
damos a eles a devida importância. Não dedicamos um esforço ativo e
contínuo a fazer e dizer coisas que contribuirão para que as pessoas gostem
mais de nós, creiam em nós, e que criarão nelas o desejo de trabalhar conosco
na realização de nossos propósitos e desejos.
O tempo todo, vemos pessoas e organizações desempenhando
apenas uma pequena parte de seu potencial de sucesso, ou falhando
totalmente,só porque negligenciam o elemento humano nos negócios e na
vida.
10
Elas não priorizam as pessoas e suas ações. No entanto, são essas
pessoas e suas reações que fazem as empresas ser bem-sucedidas ou
quebrar.
Na opinião de Chiavenato, a disposição de contribuir com ação
significa a intenção ou tendência para sacrificar o controle da própria conduta
em benefício da coordenação. Essa disposição de participar e de contribuir
para a organização varia de indivíduo para indivíduo e até nele mesmo com o
passar do tempo. Assim, o sistema total de contribuições é instável, pois as
contribuições de cada participante na organização variam enormemente em
função não somente das diferenças individuais existentes entre os
participantes, mas também do sistema de recompensas aplicado pela
organização para incrementar as contribuições. As organizações permitem
satisfazer diferentes tipos de necessidade dos indivíduos: emocionais,
espirituais, intelectuais, econômicas, dentre outros. No fundo, as organizações
existem para cumprir objetivos que os indivíduos isoladamente na podem
alcançar em face das suas limitações individuais. Com as organizações a
limitação final para alcançar muitos objetivos humanos não é mais a
capacidade intelectual ou de força, mas a habilidade de trabalhar eficazmente
em conjunto.
11
CAPÍTULO I
A MISSÃO, VALORES E VISÃO
Conforme Welch (2005), define: ―As declarações de missão
eficazes equilibram o possível e o impossível (p.13)
De acordo com Welch (2005), a declaração de missão eficaz responde
basicamente a uma pergunta: Como pretendemos vencer nesse negócio? Ela
nâo responde à pergunta ―Em que éramos os melhores nos bons tempos de
antigamente?‖ nem à pergunta ―Como podemos descrever nosso negócio de
modo a não aborrecer nenhuma unidade, divisão ou executivo sênior?‖
Ao contrário, a pergunta ‗Como pretendemos vencer nesse negócio?‖
é esclarecedora. Exige que as empresas façam escolhas sobre pessoas,
investimentos e outros recursos e evita que caiam na armadilha tão freqüente
das missões que pretendem ser tudo, para todos, o tempo todo. Essa pergunta
obriga as empresas a identificar seus pontos fortes e fracos, a fim de avaliar
onde podem atuar de maneira lucrativa no panorama competitivo.
O lucro é a palavra-chave. No final das contas, as declarações de
missão eficazes equilibram o possível e o impossível. Elas incutem nas
pessoas o senso de direção em busca do lucro e a dose de inspiração de
sentir-se parte de algo grande e importante. Na verdade, a missão é o
momento decisivo para a liderança da empresa. É o teste definitivo de
coragem.
Valores são apenas comportamentos – específicos práticos, tão
descritivos que deixam pouco espaço para a imaginação. As pessoas devem
ser capazes de usá-los como instruções de ordem-unida, pois eles são o como
da missão, o meio para um fim – vencer.
Em contraste com a criação da missão, todos na empresa devem ter
algo a dizer sobre os valores. Sim, sem dúvida, pode ser um empreendimento
12
trabalhoso. Numa pequena empresa, todos podem participar do debate, em
todos os tipos de reuniões. Nas organizações maiores, é um pouco mais difícil.
Mas sempre pode recorrer a eventos abrangendo toda a empresa, sessões de
treinamento e coisas parecidas para promover o máximo possível de debates
pessoais, e à intranet para contribuições mais genéricas.
Conseguir mais participação realmente faz diferença, gerando mais
insights e idéias, e, ainda mais importante, como conseqüência final do
processo, muito mais adesão.
A propósito, o processo em si de criação de valores deve ser interativo.
A equipe executiva pode apresentar uma primeira versão, mas não deve
passar disso, uma primeira versão. Esse documento deve ser difundido para
ser lido e mexido em toda a organização, várias vezes. E a equipe executiva
deve sair do conforto para certificar-se de que criou uma atmosfera em que
todos se sentem na obrigação de contribuir.
A clareza sobre os valores e comportamentos não adianta sem
estímulos. Para que os valores realmente signifiquem alguma coisa, as
empresas devem recompensar as pessoas que os demonstram e ―punir‖ as
que não os demonstram. A missão objetiva é ótima. E os valores que
descrevem comportamentos específicos também são formidáveis. Mas, para
que a missão e os valores da empresa realmente trabalhem juntos como uma
proposta vencedora, é preciso que se reforcem mutuamente. Parece óbvio, não
parece, que os valores da empresa devem apoiar a missão, mas é
surpreendentemente fácil que essa não seja a realidade. Desconexões entre as
partes da estrutura da empresa em geral são conseqüências mais do pecado
da omissão do que de erros de ação, mas são muito comuns. No cenário mais
comum, a ruptura entre a missão e os valores da empresa decorre de
pequenas crises no cotidiano dos negócios: um concorrente entra no mercado,
reduz os preços e você faz o mesmo, solapando a missão de competir com
base na qualidade dos serviços aos clientes. Ou a economia entra em crise e
você corta as verbas de propaganda, esquecendo-se da missão de reforçar e
estender a marca. Esses exemplos de desconexão talvez pareçam
insignificantes ou passageiros, mas essa situações podem literalmente destruir
o negócio.
13
De acordo com Chiavenato (2009) Missão organizacional é a
declaração do propósito e do alcance da empresa em termos de produto e de
mercado. A missão define o papel da organização dentro da sociedade onde
está envolvida e significa sua razão de ser e existir. A missão da organização é
definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo e
não em termos de oferecer um simples produto ou serviço. A missão está
associada com o negócio da organização. Como lembra Drucker, a pergunta
sobre qual é o negócio da organização é tão raramente feita – pelo menos de
maneira calara e direta – e tão raramente os executivos dedicam estudo e
reflexão adequados sobre ao assunto que talvez seja essa a mais importante
causa do fracasso dos negócios. A missão constitui uma maneira de traduzir o
sistema de valores em termos de crenças ou áreas básicas de atuação da
organização. Em geral, a missão está alinhada com os seguintes aspectos:
qual é a razão de ser da organização, qual é o papel da organização na
sociedade, qual é a natureza do negócio da organização, quais os tipos de
atividades em que a organização deve concentrar seus esforços no futuro.
Todas as organizações fazem alguma coisa. Muitas delas fazem a
mesma coisa, embora essa mesma coisa possa ser diversa para cada caso. O
importante é personalizar a organização e seus produtos/serviços para que
eles não sejam apenas comodities no mercado. Cada organização precisa
descrever suas competências essenciais que são muito mais amplas do que as
dos seus produtos/serviços. Isso somente é possível com o conceito de
missão.
Conforme Chiavenato (2009) a visão organizacional – ou visão do
negócio – refere-se aquilo que a organização deseja ser no futuro. A visão é
fortemente inspiradora e explica por que diariamente as pessoas dedicam a
maior parte de seu tempo para o sucesso da sua organização. Quando mais a
visão de negócios está alinhada aos interesses dos parceiros, tanto mais ela
pode atender aos seus propósitos. A visão organizacional precisa ser
inspiradora. Isso depende de:
14
Esclarecer a todos os stakeholders a direção do negócio. É preciso
comunicar um senso de direção. É o aspecto visionário da questão, ou
seja, o quadro futuro que a organização pretende alcançar dentro de
uma perspectiva de prazo que ofereça o tempo para se chegar lá e
conseguir os resultados desejados. Esse senso de direção é necessário
para que a organização desenvolva seus recursos da maneira mais
produtiva. A visão deve ser suficientemente elevada e genérica para
contemplar a todos os stakeholders sem descartar nenhum grupo de
interesse.
Descrever uma condição futura. A visão proporciona um futuro ideal da
organização e representa o ápice de seu desenvolvimento em um dado
período. Essa condição futura é o ponto aonde a organização quer
chegar. Para chegar lá, ela precisa contar com a contribuição de todos
os seus stakeholders.
Motivar os interessados e envolvidos a tomar as ações necessárias.
Deve-se comprometer todos os parceiros do negócio com uma visão
comum para que, quando concretizada, todos eles estejam satisfeitos
com os resultados. Num contexto de mutação, as pessoas são sempre
convocadas para sair de sua zona de conforto e trabalhar em condições
duras ao mesmo tempo que são estimuladas a desenvolver suas
capacidades e competências. É a visão de negócios que provoca o
entusiasmo e forças para enfrentar sacrifícios com a recompensa da
concretização futura de seus anseios.
Oferecer o foco. Sem uma visão clara, as pessoas se sentem confusas
para tomar sus decisões. Quando a visão está presente no cotidiano da
organização, seu efeito é incrível, pois faz com que as pessoas tenham
uma base comum de esforços e coordenação, o que estimula a
autonomia, embasa o empowerment e o trabalho em equipe.
Inspirar as pessoas a trabalhar em direção a um estado comum e a um
conjunto integrado de objetivos. Inspiração significa proporcionar
proposição de valor e motivação para que as pessoas encontrem um
canal voluntário que focalize suas energias, emoções e capital pessoal
par a realização da visão. A visão deve tocar as pessoas em diferentes
15
apelos quanto ao senso de realização, de pertencer, de compromisso e
habilidade de contribuir para alcançar objetivos organizacionais e
pessoais.
De acordo com Chiavenato (2009) existem objetivos organizacionais
onde a organização constitui um arranjo de componentes projetados para
cumprir um objetivo de acordo com um plano. Nessa definição existem três
pontos básicos. Primeiro, há um propósito ou objetivo para o qual o sistema é
projetado. Segundo, há um projeto ou arranjo estabelecido de componentes.
Terceiro, as entradas de informação, energia e materiais são alocadas para
que o sistema possa funcionar.
Toda organização precisa de alguma finalidade, de uma noção sobre
os porquês de sua existência e do que ela deseja realizar. Precisa definir sua
missão, seus objetivos e a espécie de ambiente interno que quer criar para os
parceiros dos quais depende para a consecução de seus fins. Sem noções
sobre sua missão e direção, ela flutuará ao sabor dos ventos, pois a
organização fará aquilo que for compelida a fazer pelas pressões transitórias
da situação. Sua vida e sua atitude serão determinadas não pelo que ela
decidiu, mas pelo que os outros decidiram.
As organizações são unidades sociais que procuram atingir objetivos
específicos: a sua razão de ser é servir a esses objetivos. Um objetivo de uma
organização é uma situação desejada que ela deseja alcançar. Dentro dessa
colocação, os objetivos organizacionais têm muitas funções, a saber:
Ao apresentar uma situação futura, os objetivos indicam uma orientação
que a organização procura seguir e estabelecem linhas mestras para a
atividade dos participantes.
Os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as
atividades de uma organização e até a sua existência.
Os objetivos servem como padrões através dos quais os participantes e
os estranhos a ela podem comparar e avaliar o êxito da organização ou
seja, a sua eficiência e o seu rendimento.
16
Os objetivos servem como unidade de medida para se verificar e
comparar a produtividade da organização ou de seus órgãos ou ainda
de seus participantes.
De acordo com Drucker (2006) há muito tempo, talvez desde o fim dos
anos 40 ou início da década de 1950- não existiam tantas técnicas inéditas de
administração como vemos atualmente: downsizing, terceirização, TQM (Total
Quality Management, Gestão da Qualidade Total), análise do valor econômico,
benchmark (referencial de excelência), reengenharia. Cada qual uma
ferramenta poderosa. No entanto, com exceção da terceirização e da
reengenharia, essas ferramentas foram desenvolvidas principalmente para
mudar a maneira de executar estratégias antigas. São as famosas ferramentas
de ―como fazer‖..
Ainda assim, ―o que fazer‖ continua sendo o desafio central dos
gestores, em especial em grandes empresas que desfrutam de sucesso de
longa data. A história é conhecida: uma outrora superstar encontra-se
estagnada e frustrada, com problemas e, não raro, em meio a uma crise
inadministrável e sem precedentes.
A causa fundamental de quase todas essas crises não é um modus
operandi deficiente, tampouco equivocado. Na verdade, na maioria dos casos,
as coisas certas são feitas, porém sem resultados. O que explica esse parente
paradoxo? As premissas que formam os alicerces da organização, e com base
nas quais a empresa é conduzida, não se encaixam mais na realidade. Essas
são as proposições que modelam o comportamento de qualquer organização,
que ditam suas decisões e definem o que a empresa considera como
resultados importantes. O ´ponto crucial dessas premissas é o mercado, a
identificação de clientes e concorrentes, de seus valores e comportamentos.
Elas definem os quesitos de tecnologia e sua dinâmica, bem como os pontos
fortes e fracos da empresa, além de determinar o que gera receita na empresa.
Em resumo, é a teoria da empresa. Toda organização, seja empresa ou não,
tem uma teoria. Uma doutrina clara, coerente e focada é um trunfo
extraordinariamente poderoso. A teoria da empresa é composta de três partes.
A primeira consiste nas premissas sobre o ambiente da organização: a
17
sociedade e sua estrutura, o mercado, o consumidor e a tecnologia. A segunda
constitui as premissas sobre a missão especificada da organização. A missão
de uma organização na precisa ser ambiciosa. A terceira são as premissas
sobre as competências essenciais para cumprir a missão da organização.
As premissas sobre o ambiente definem as fontes de receita da
empresa. A declaração de missão define o que a organização considera
importante, ou seja, como a empresa pensa em fazer a diferença na economia
e na sociedade. Por fim as premissas sobre as competências essenciais
definem em que aspectos a organização deve superar-se a fim de manter a
liderança.
18
CAPÍTULO II
A FIGURA DO LIDER
Na opinião de Vereecken (2006) Ser um líder começa com o
entendimento da sua própria identidade, não com a conquista de alguma. Este
princípio é extremamente importante. Ele constitui o firmamento sobre o qual
todas as demais coisas são construídas.Creio que a grande maioria dos
problemas e falhas presentes em nossas lideranças tem suas raízes neste
princípio. Por não sabermos quem somos, nossa liderança é imatura e
insegura; precisamos governar, manipular e controlar as outras pessoas para
que não nos sintamos ameaçados por elas.
O começo da liderança é entender quem você é e se sentir confortável
com isso. Não significa que você vai deixar de se esforçar para crescer, mas
apenas que irá entender e aceitar quem é.
Segundo Maxwell (2007) o primeiro conceito errado que as pessoas
têm sobre liderança, seria a crença de que a liderança é algo que vem
simplesmente de uma posição ou título. Mas nada poderia estar mais distante
da verdade. Você não precisa ter uma posição no topo de seu grupo,
departamento, repartição ou organização para ser líder. Se você acredita que
precisa, então aceitou o mito da posição. Um lugar no topo não fará
automaticamente de alguém um líder.A verdadeira medida da liderança é a
influência — nada mais, nada menos. Muitas pessoas se prendem ao mito da
posição. Quando as pessoas que aceitam esse mito são identificadas como
líderes em potencial e colocadas em uma equipe, elas ficam pouco à vontade
se não lhes for dado algum tipo de título ou posição que as identifique como
líderes aos olhos dos outros membros da equipe. Em vez de trabalharem para
construir relacionamentos com os outros da equipe e ganhar influência
naturalmente, elas esperam que o líder posicional as invista de autoridade e
lhes dê um título. Após um tempo, elas ficam cada vez mais infelizes até que,
por fim, decidem experimentar outra equipe, outro líder ou outra organização.
Pessoas que seguem este padrão não entendem como a liderança
eficaz se desenvolve.
19
Segundo Maxwell (2007) existe uma ferramenta de identificação da
liderança chamada de ―Os cinco níveis de liderança‖, Ela capta a dinâmica do
desenvolvimento da liderança bem como qualquer coisa que conheço e
funcionada seguinte forma:
5. Personalidade
Respeito
As pessoas seguem você em razão de quem é e do que representa.
NOTA: Esse passo se destina a líderes que passaram anos promovendo o
crescimento de pessoas e organizações. Poucos conseguem. Os que
conseguem são muito bons.
4. Desenvolvimento Pessoal
Reprodução
As pessoas seguem você em razão daquilo que fez por elas.
NOTA: É aqui que acontece o crescimento de longo alcance. Seu
compromisso com o desenvolvimento de líderes assegurará o
crescimento contínuo da organização e do pessoal. Faça todo o possível
para atingir e permanecer nesse nível.
3. Produçao
Resultados
As pessoas seguem você em razão daquilo que fez pela organização.
NOTA: É aqui que a maioria das pessoas percebe o sucesso. Elas gostam
de você e daquilo que está fazendo. Problemas são solucionados com o
mínimo esforço em virtude do momento
2. Permissão.
Relacionamentos
As pessoas seguem você porque querem.
NOTA: As pessoas irão segui-lo além de sua autoridade declarada. Esse
nível permite que o trabalho seja divertido. Aviso: Permanecer por muito
20
tempo nesse nível sem crescer fará com que pessoas altamente
motivadas fiquem inquietas
1. Posição.
Direitos
As pessoas seguem você porque têm de fazê-lo.
NOTA: Sua influência não ultrapassará as linhas da descrição de seu
trabalho. Quanto mais tempo permanecer nesse nível, maior será a
rotatividade e mais baixo será o moral.
Liderança é algo dinâmico, e o direito de liderar deve ser conquistado
individualmente com cada pessoa que você conhece. Onde você está na
―escada da liderança‖ depende de sua história com essa pessoa. E todas as
pessoas, começamos pelo último dos cinco passos ou níveis. Esse último nível
é a posição. Você só pode começar com a posição que lhe foi dada, seja ela
qual for: operário da linha de produção, assistente administrativo, vendedor,
chefe de seção, pastor, gerenteadijunto, e assim por diante. Não importa qual é
a sua posição. Desse lugar você tem certos direitos que vêm com seu título.
Mas, se você lidera as pessoas usando somente sua posição, e não faz nada
mais para tentar aumentar sua influência, então as pessoas irão segui-lo
somente porque têm de fazê-lo. Irão segui-lo obedecendo somente aos limites
da descrição de seu trabalho. Quanto mais baixa for sua posição declarada,
menos autoridade na posição você tem. A boa notícia é que você pode fazer
com que sua influência vá além de seu título e posição. Você pode ―subir‖ na
escada da liderança para níveis mais altos. Se passar para o segundo nível,
você começará a liderar além de sua posição porque terá construído
relacionamentos com as pessoas das quais deseja ser líder. Você as trata com
dignidade e respeito. Valoriza-as como seres humanos. Preocupa-se com elas,
não apenas com o trabalho que podem fazer para você ou para a organização.
Uma vez que você se preocupa com elas, elas começam a confiar mais em
você. Conseqüentemente, elas lhe dão permissão para liderá-las. Em outras
palavras, começam a segui-lo porque querem. O terceiro nível é o nível de
produção. Você passa para essa fase da liderança com os outros por causa
21
dos resultados que alcança no trabalho. Se as pessoas que você lidera têm
sucesso no término do trabalho porque você contribuiu com a equipe, então
elas irão depender cada vez mais de você no sentido de mostrar-lhes o
caminho. Elas o seguem em razão daquilo que você fez pela organização. Para
chegar ao quarto nível de liderança, você deve concentrar-se no
desenvolvimento dos outros. Conseqüentemente, esse se chama o nível de
liderança de desenvolvimento pessoal. Sua pauta é doar-se aos indivíduos a
quem lidera — ser mentor deles, ajudá-los a desenvolverem suas habilidades e
estimular a habilidade de liderança deles. O que você está fazendo, em
essência, é a reprodução da liderança. Você os valoriza, agrega valor a eles e
os torna mais valiosos. Nesse nível, eles o seguem em razão daquilo que você
fez por eles. O quinto e último nível é o nível da personalidade, mas não é um
nível que você pode tentar alcançar, pois está fora de seu controle. Somente os
outros podem colocá-lo nesse nível, e eles o fazem porque você sobressaiu ao
liderá-los desde os quatro primeiros níveis por um longo tempo. Você
conseguiu a reputação de um líder do quinto nível.
Quando entendem a dinâmica de ganhar influência sobre as pessoas
usando os Cinco Níveis de Liderança, os líderes em potencial chegam a
perceber que posição tem pouco a ver com a verdadeira liderança. As pessoas
não precisam estar no topo do quadro organizacional para desenvolver
relacionamentos com os outros e fazer com que os mesmos gostem de
trabalhar com elas, não precisam ter o título máximo para alcançar resultados e
ajudar os outros a serem produtivos ou serem o presidente ou CEO para
ensinar às pessoas que se reportam a elas a ver, pensar e trabalhar como
líderes. Influenciar os outros é uma questão de disposição, não de posição.
Você pode liderar os outros de onde estiver em uma organização. E, ao fazê-lo,
você torna a organização melhor. David Branker, um líder que influenciou os
outros do escalão médio de organizações durante anos e que, atualmente,
ocupa o cargo de diretor-executivo de uma grande igreja, afirmou: ―Não fazer
nada no escalão médio é criar mais peso para o principal líder. Para alguns
líderes, isso poderia até ser como um peso desnecessário. Os líderes que
estão no escalão médio podem ter um profundo efeito sobre uma
organização.‖Todo nível de uma organização depende da liderança de alguém.
22
O importante é que a liderança é uma escolha que se faz, não um lugar em que
se senta. Qualquer pessoa pode optar por tornar-se um líder onde estiver.
As pessoas podem fazer a diferença, independentemente de onde
estejam.
O sucesso está ao alcance de quase todo mundo. Mas também o
sucesso pessoal sem capacidade de liderança tem eficácia limitada. Sem
capacidade de liderança, o impacto da pessoa é apenas uma parcela do que
poderia ser com uma boa liderança. Quanto mais alto você quer chegar, mais
precisa de liderança. Quanto maior o impacto que pretende ter, maior precisa
ser sua influência. O que você realiza é determinado por sua capacidade de
liderar os outros.
23
CAPÍTULO III
O CLIMA ORGANIZACIONAL
De acordo com Chiavenato (2009) o clima organizacional refere-se ao
ambiente interno existente entre os membros da organização e está
intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes. O
termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedades
motivacionais do ambiente organizacional, isto é, aos aspectos da organização
que levam a diferentes espécies de motivação nos participantes. Assim, o clima
organizacional é favorável quando proporciona satisfação das necessidades
pessoais dos participantes e elevação de moral. É desfavorável quando
proporciona a frustação daquelas necessidades. Na verdade, o clima
organizacional influencia o estado motivacional das pessoas e é por ele
influenciado.
O conceito de motivação – no nível individual – conduz ao de clima
organizacional – no nível da organização. Os seres humanos estão
continuamente engajados no ajustamento a uma variedade de situações, no
sentido de satisfazer suas necessidades e manter um equilíbrio emocional. Isso
pode ser definido com um estado de ajustamento. Tal ajustamento não se
refere somente à satisfação das necessidades fisiológicas e de segurança, mas
também à satisfação das necessidades de pertencer a um grupo social de
estima e de auto-realização. A frustração dessas necessidades causa
problemas de ajustamento. Como a satisfação dessas necessidades superiores
depende particularmente daquelas pessoas que estão em posição de
autoridade hierárquica, torna-se importante para a administração compreender
a natureza do ajustamento e do desajustamento das pessoas.
O ajustamento varia de uma pessoa para outra e dentro do mesmo
indivíduo, de um momento para outro. Um bom ajustamento denota ―saúde
mental‖. Uma das maneiras de definir saúde mental é descrever as
características de pessoas mentalmente sadias. Essas características básicas
estudadas pelo autor Chiavenato (2009) são:
1 - Sentem-se bem consigo mesmas.
24
2 - Sentem-se bem em relação às outras pessoas.
3 - São capazes de enfrentar por si as demandas da vida.
Daí o termo ―clima organizacional‖ dado ao ambiente interno existente
entre os membros da organização. O clima organizacional está intimamente
relacionado com o grau de motivação de seus participantes. Quando há
elevada motivação entre os membros, o clima motivacional se eleva e se
traduz em relações de satisfação, animação, interesse, colaboração
etc.Todavia, quando há baixa motivação entre os membros, seja por frustração
ou barreiras à satisfação das necessidades, o clima organizacional tende a
abaixar-se, caracterizando-se por estados de depressão, desinteresse, apatia,
insatisfação etc., típicos de situações em que os membros se defrontam
abertamente com a organização (como nos casos de greves, piquetes etc.).
Conforme Chiavenato (2009) um modelo para estudar o comportamento
motivacional que leva em conta os determinantes ambientais da motivação.
Esse modelo baseia-se nas seguintes premissas:
1 - Todos os indivíduos têm motivos ou necessidades básicas que representam
comportamentos potenciais e somente influenciam o comportamento quando
provocados.
2 - A provocação ou não desses motivos depende da situação ou do ambiente
percebido pelo indivíduo.
3 - As propriedades particulares do ambiente servem para estimular ou
provocar certos motivos. Em outras palavras, um motivo específico não
influência o comportamento até que seja provocado por uma influência
ambiental apropriada.
4 – Mudanças no ambiente percebido resultarão em mudanças no padrão da
motivação provocada.
25
5 – Cada espécie de motivação é dirigida para a satisfação de uma espécie de
necessidade. O padrão da motivação provocada determina o comportamento, e
a mudança nesse padrão resultará em mudança de comportamento.
O conceito de clima organizacional envolve um quadro amplo e flexível
da influência ambiental sobre a motivação. O clima organizacional é a
qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que:
1 – è percebida ou experimentada pelos membros da organização.
2 – Influencia o seu comportamento.
As pessoas não vivem isoladas, nem são auto-suficientes. Elas se
relacionam continuamente com outras pessoas ou com seus ambientes por
meio da comunicação. Comunicação é transferência de informação e
significado de uma pessoa para outra. É o processo de passar informação e
compreensão de uma pessoa para outra. É a maneira de se relacionar com
outras pessoas através de idéias, fatos, pensamentos e valores. A
comunicação é o ponto que liga as pessoas para que compartilhem
sentimentos e conhecimentos. A comunicação envolve transações entre as
pessoas.
Toda comunicação envolve pelo menos duas pessoas: a que envia
uma mensagem e a que recebe. Uma pessoa sozinha não pode comunicar-se,
pois somente com outra pessoa receptora é que pode completar o ato da
comunicação. Entretanto, as organizações não podem existir nem operar sem
comunicação; esta é a rede que integra e coordena todas as suas partes.
Segundo Luz (2009) até bem pouco tempo atrás, nem os clientes
externos das empresas tinham voz e vez. Havia uma crença generalizada entre
os consumidores de que pouco adiantava reclamar de defeitos de produtos ou
de serviços. Se os clientes externos não tinham voz, o que dizer dos
funcionários das empresas, seus clientes internos?
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Só recentemente foram criados foros para atendimento exclusivo aos
clientes externos. Com o surgimento do Código de Defesa do Consumidor, a
relação entre clientes e fornecedores mudou amplamente. Foram criados
juizados especiais, como os de pequenas causas, que acenderam nos
consumidores a esperança que lhes faltava. Hoje existe uma enxurrada de
ações ajuizadas contra empresas, em função da má qualidade de seus
produtos ou serviços.
Na esteira da solução dos problemas dos consumidores, surgiu o
Procon, para agilizar sus demandas. Da mesma forma as empresas passaram
a ter maior preocupação com o atendimento das reclamações de seus clientes.
Surgiram então os SACs – Serviços de Atendimento aos Clientes – um novo
órgão que passou a ter autonomia nos organogramas das empresas.
O movimento em favor da Qualidade Total fez as empresas darem vez
aos clientes internos, ou seja, aos seus funcionários. Esse movimento tem
como pilares: o zero defeito, ou seja, produtos e serviços livres de defeitos,
realizados corretamente da primeira vez; a melhoria contínua, ou seja, tudo na
empresa deve ser continuamente aprimorado; e a satisfação dos clientes, tanto
os externos quanto os internos.
Esse mesmo movimento introduziu no Brasil, a exemplo do que vem
ocorrendo em outros países, o Prêmio Nacional de Qualidade, concedido às
empresas que se destacam no campo da qualidade. Entre os critérios usados
para a concessão desse importante prêmio, destaca-se a satisfação e o bem-
estar dos funcionários, ou seja, a preocupação com o clima organizacional.
A mudança que as empresas vêm realizando em suas estruturas, como
o downsizing, ou seja, a redução de seus níveis hierárquicos, afim de torna-las
mais ágeis, mais enxutas, menos onerosas, também, favoreceu o
aprimoramento do processo de comunicação com os funcionários, já que as
estruturas deixaram de ficar tão pesadas, tão piramidais, assumindo uma
configuração mais horizontal.
Muitas empresas estão passando por processos de fusão, aquisição,
aliança estratégica, misturando culturas que muitas vezes apresentam valores
e crenças conflitantes. Outras tantas organizações incorporam ou estão
implantando no seu cotidiano estratégias, como a privatização, a terceirização,
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a redução dos níveis hierárquicos ou a reengenharia, reduzindo drasticamente
seus quadros de pessoal.
A abertura da economia brasileira, no início dos anos 90, acirrou a
competição com a entrada de produtos e negócios estrangeiros, fazendo com
que as organizações tivessem que cortar custos para se tornarem competitivas.
A saída encontrada pelos empresários para enfrentar esse desafio foi cortar
pessoal.
A recessão da economia, bem com a excessiva busca pela automação
dos processos de fabricação e dos serviços também contribuíram para ceifar
milhares de empregos.
Diante desse cenário quantos empregados estão insatisfeitos e
inseguros em seus ambientes de trabalho? Por outro lado, a lealdade deles aos
poucos vai sendo substituída por sentimento de indiferença, desconfiança ou
insatisfação. Essa situação é ruim, tanto para eles quanto para as empresas.
Nesse dilema como fica o desempenho desses empregados? E os serviços
cuja qualidade ou quantidade dependem essencialmente de quem os faz, de
seu estado de ânimo, da sua motivação?
Não é difícil compreender por que tantas empresas apresentam
produtividade baixa, tantos desperdícios, alta rotatividade, enorme
absenteísmo, greves, inúmeras reclamatórias trabalhistas, tantos rumores,
tantos conflitos, tantas idas ao consultório médico, que acaba funcionando
como uma espécie de confessionário. São sinais de que o clima vai mal nessas
organizações.
As empresas precisam conhecer o que pensam e como se sentem
seus empregados, em relação às diferentes variáveis que afetam o clima, tais
como: o salário, o trabalho que realizam, o relacionamento entre os diferentes
setores da empresa, a supervisão, a comunicação, a estabilidade no emprego,
as possibilidades de progresso profissional, a disciplina, os benefícios, o
processo decisório, as condições de segurança do trabalho, entre outras.
Além desses aspectos internos das organizações, é indispensável
conhecer a realidade familiar, social e econômica na qual os trabalhadores
vivem fora do ambiente de trabalho. Só assim os administradores de recursos
28
humanos poderão encontrar explicações para algumas facetas do clima
organizacional, nele interferindo quando necessário.
Conclui-se pois que administrar o clima passou a ser uma ação
estratégica para todas as organizações, especialmente para aquelas que se
dizem comprometidas com a gestão da qualidade. Afinal, como se pode
alcançar a qualidade nos produtos ou serviços se não houver qualidade na vida
pessoal e profissional de quem os faz, se não houver qualidade no clima
organizacional? O mesmo se aplica à empresas voltadas para a gestão
participativa, já que a participação dos empregados, entre outras coisas,
pressupõe ouvi-lo, tanto em relação às suas preocupações pessoais quanto
profissionais.
Embora no âmbito corporativo administrar o clima seja
responsabilidade da Administração de Recursos Humanos, em cada unidade
das organizações esse compromisso passa a ser de todos aqueles que
exercem cargos de gestão, pois conhecer o grau de satisfação, as expectativas
e as necessidades da equipe de trabalho constitui um importante papel
gerencial, essencial para o sucesso das organizações e para a qualidade de
vida das pessoas que nelas trabalham.
Uma pesquisa recente encomendada pela revista MELHOR – Vida &
Trabalho à consultoria Hay Group consultou 35 presidentes de empresa de
grande porte de segmentos econômicos variados, sobre o papel da área de
recursos humanos. Oitenta e dois por cento consideraram que a função dos
recursos humanos exerce alto impacto na estratégia de seus negócios. Foi
solicitado a esses presidentes indicassem três aspectos que a função de RH
agrega mais valor aos negócios. A resposta mais citada pelos presidentes foi:
Ajudando na melhoria contínua do clima de trabalho, com foco em resultados e
que propicie inovação. Como se vê gerenciar o clima organizacional constitui
um papel estratégico para a área de recursos humanos.
A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras –
Fipecafi –, ligada à Universidade de São Paulo, comprovou que investir em
pessoas faz bem para os negócios e que as organizações com melhor
ambiente de trabalho são mais lucrativas.
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Com se vê gerenciar o clima organizacional constitui um papel
estratégico para a área de recursos humanos, indispensável ao sucesso dos
negócios e à qualidade de vida das pessoas que trabalham.
30
CONCLUSÃO
Saber aonde e como chegar é o principal desafio das organizações e
das pessoas, o imediatismo das decisões e a velocidade da tecnologia
constantemente nos levam a perder nosso foco, nossos sonhos, nos
transformamos em simples expectadores quando deveríamos ter de fato o
controle total de nossas carreiras/vidas. Nós e as instituições nos deparamos
com questões relacionadas a definição de Missão, Valores, Visão, liderança e
ambiente, fatores estes que não foram anteriormente bem definidos e que
fazem com que venhamos a perder a direção e nos depararmos com situações
que poderiam ser evitadas, portanto devemos descobrir e trabalhar nossas
potencialidades, isso fará com que estejamos motivados e com um plano bem
definido para combatermos as dificuldades que poderão surgir.
Motivação é a base da vitória e a chave que abre as portas do seu
futuro, enfrentando as adversidades com garra e persistência, com educação
e inteligência, com incentivo e, acima de tudo, disposição em ser uma pessoa
positiva, que sabe que qualidade não começa com ―algo‖, mas começa com
―alguém‖, em todos os níveis, e isso faz a diferença. A Missão, Valores e visão da empresa são essenciais para o presente
e o futuro, esses princípios bem definidos irão levar ao sucesso ou fracasso da
organização, fará com que a mesma não se perca nos modismos e aventuras
do mercado, saiba por onde caminhar, saiba qual estratégia adotar, o lugar
aonde quer chegar. De forma clara e simples criar mecanismos eficazes de
relacionamentos com foco no objetivo da empresa, direcionando as decisões
para melhorar o desempenho, gerando nos colaboradores uma visão clara de
como atingir suas metas e satisfação profissional.
Encorajar os colaboradores a liderar, mostrando que a liderança é
desafiadora e faz a diferença, liderança é a coragem de arriscar, a paixão por
fazer diferença para os outros, estar insatisfeito com a atual realidade, assumir
responsabilidades enquanto os outros dão desculpas, é ver as possibilidades
em uma situação, enquanto os outros vêem limitações, é a disposição de se
destacar na multidão, é mente aberta e coração aberto, é a capacidade de
31
esquecer seu ego em função do que é melhor, é despertar a capacidade de
sonhar nos outros, é inspirar os outros dando uma idéia daquilo com que eles
podem contribuir, é o poder de um transformado em muitos, e o de muitos
transformados em um, é o coração falar ao coração dos outros, é a integração
de coração, mente e alma, é a capacidade de se preocupar e, em se
preocupando, liberar idéias, energias e capacidades dos outros, é o sonho
transformado em realidade, gerando assim colaboradores que venham agregar
positivamente na organização.
Cuidar do clima pressupõe duas preocupações, uma de natureza social
e outra econômica. A primeira remete-se aos cuidados com a qualidade de vida
no trabalho. A segunda visa melhorara a produtividade das organizações, com
o aumento do engajamento, do comprometimento, da motivação de seus
empregados, fazendo com que as pessoas sintam-se bem consigo mesmas,
sintam-se bem em relação às outras pessoas, sendo capazes de enfrentar por
si mesmas as demandas da vida e das organizações. As pessoas constituem o
mais valioso dos recursos da organização, o capital humano, esse capital pode
valer mais na medida em que contenha talentos e competências capazes de
agregar valor à organização e torna-la mais ágil e competitiva. Reter e
desenvolver o conhecimento, oferecendo um trabalho desafiante que agregue
experiências e conhecimentos pessoais aos funcionários deve ser o principal
objetivo da empresa, pois os colaboradores que detêm conhecimentos são os
principais contribuintes para o sucesso da organização.
Por constituir em especialistas do conhecimento, a organização
moderna dever ser igualitária: um grupo de colegas e associados. Nenhum
conhecimento está acima do outro; cada qual é classificado por sua
contribuição à missão comum, e não pela superioridade ou inferioridade
inerente. Portanto, a organização moderna não pode ter uma estrutura de
chefe e subordinado, mas sim de trabalho em equipe.
Por fim a organização deve preocupar-se em enfatizar e informar aos
colaboradores que é preciso aprender a aprender , contribuir construtivamente
em tudo, desde como assegurar qualidade dos produtos até como melhorar os
processos o organizacionais, fazendo a mudança acontecer com base nos
32
princípios e valores da empresa, utilizando o recurso mais importante em nossa
vida, a motivação.
33
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos O capital humano das
organizações. 9° edição. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2009.
WELCH, Jack. com Suzi Welch. Paixão por vencer. 4° edição. Rio de Janeiro:
Elsevier Editora, 2005
DRUCKER, Peter F. Drucker O homem que inventou a administração. 2°
edição. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2006
MAXWELL, John C. As 21 irrefutáveis leis da liderança. Rio de Janeiro:
Thomas Nelson Brasil Editora, 2007
VEREECKEN, John. O Líder Vencedor. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil
Editora, 2007
MAXWELL, John C. Lider 360°. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil Editora,
2007
LUZ, Ricardo. Gestão do Clima Organizacional, 4° Edição. Rio de Janeiro:
Qualitymark Editora, 2009
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A Missão, Valores e Visão 11
CAPÍTULO II
A figura do líder 18
CAPÍTULO III
O Clima Organizacional 23
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA 33
ÍNDICE 32