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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LOGÍSTICA COMO FATOR DE REDUÇÃO DO CUSTO DE ESTOQUE Por: Liz Eles de Holanda Cavalcante Orientador Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · O que no passado eram pequenos incômodos do consumidor, tornaram-se hoje em rotina de preocupação para as organizações

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LOGÍSTICA COMO FATOR DE REDUÇÃO DO CUSTO DE

ESTOQUE

Por: Liz Eles de Holanda Cavalcante

Orientador

Prof. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LOGÍSTICA COMO FATOR DE REDUÇÃO DO CUSTO DE

ESTOQUE

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Logística Empresarial.

Por: Liz Eles de Holanda Cavalcante

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por iluminar meus

caminhos, e aos meus Pais que me deram a

base para uma boa educação.

A todas as pessoas, que me ajudaram no

estudo de caso, expresso o meu

agradecimento.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho, a todos os colegas,

para quem o saber, é ser capaz de

compreender ou perceber um fato, uma

verdade, é distinguir a realidade, e o pensar é

meditar, refletir, raciocinar e definir uma

opinião com prudência e humanização.

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RESUMO

A monografia tem como objetivo principal A logística aplicada será vetor

para que os diversos setores da empresa possam elaborar um planejamento

adequado dos custos de produção e estocagem, eliminando os gastos

desnecessários. Para isso, foi desenvolvido um estudo de caso em uma

empresa do setor industrial, localizada no município de Camaçari, na Bahia. No

estudo foram apontados os problemas que levavam a empresa a possuir

estoque, bem como outros problemas decorrentes da deficiente comunicação

entre os departamentos e os setores. Na monografia foram indicadas possíveis

resoluções, com base na logística, para os problemas que levavam a

ocorrência dos custos com estoque.

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METODOLOGIA

A classificação metodológica indicada por GIL (1991; p.45-46), em que o

autor afirma que "... é possível classificar as pesquisas em três grandes

grupos: Exploratórias, Descritivas e Explicativas".

Pesquisas Exploratórias – Tem como principal objetivo, o aprimoramento

de idéias, ou a descobertas de intuições.

Pesquisas Descritivas – O objetivo principal desse tipo de pesquisa é a

descrição das características de determinada população ou fenômeno ou,

então, o estabelecimento de relações entre variáveis.

Pesquisas Explicativas – Tem como objetivo, registrar, analisar e

interpretar fenômenos.

Diante disso, a presente monografia buscará descrever a situação da

empresa ABC LTDA em nível de organização no que tange ao fluxo de

materiais e os impactos em seus diversos setores. E posteriormente serão

sugeridas melhorias para que a empresa possa atingir resultados melhores

(reduzir custos para aumentar a margem de ganho).

1.6.1 Técnica de Pesquisa

A pesquisa bibliográfica que é caracterizada como a maneira em que o

pesquisador se utiliza fontes tratadas de dados, ou seja, fontes em que outras

pessoas já discutiram trataram os dados e que tem direcionamento definido –

para que serve. Essa técnica será utilizada nesta pesquisa para que aplicada a

forma mais adequada da logística na empresa, tendo nos livros, revistas

especializadas, na Web e em diversos outros materiais disponíveis as fontes

fundamentais para embasar os possíveis resultados advindos da implantação

da logística nessa organização.

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1.6.2 Método da Pesquisa

No caso da implantação da logística na ABC LTDA, o método

selecionado foi o estudo de caso. Esse método possui a facilidade de focar

mais detidamente nos por menores de determinada organização, que devem

ser generalizadas através da indução às empresas com características

similares.

Contudo, para os fins do presente trabalho essa técnica supre de

maneira eficiente os objetivos do mesmo que é de analisar a situação real do

fluxo de materiais e gerar informações relacionadas às outras empresas. O

trabalho visa à implantação da logística nesse tipo de empresa, afim de, obter a

redução de estoque, e de uma forma generalizada reduzir os custos das

empresas similares, demonstrando assim, que a logística pode auxiliar na

redução do custo com a estocagem.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - Conceito de Logística 11

CAPÍTULO II - Gerenciamento de Estoque 17

CAPÍTULO III – A Empresa 22

CAPÍTULO IV – Melhorias para a empresa ABC 34

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46

FOLHA DE AVALIAÇÃO 48

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INTRODUÇÃO

A crescente competitividade no âmbito das empresas nos diversos

setores produtivos é uma das mais visíveis conseqüências da

internacionalização dos mercados, a globalização. Sendo esta possibilitada

pela abertura das economias em nível global, resultando na concorrência direta

entre as empresas.

No contexto empresarial global, as empresas devem continuamente

procurar reduzir seus custos e aumentar receitas para auferirem mais ganhos.

Nesse aspecto, o aumento da receita pode estar condicionado a fatores

mercadológicos, externos às empresas, o que implica dizer que a organização

tem pouca possibilidade de sozinha influenciar no preço e no volume ofertado

dos produtos para o mercado.

Por outro lado, os custos resultantes das diversas operações são tidos

como "controláveis" para as empresas. Isso, pois, a mesma pode planejar,

controlar e ajustar mais eficientemente os gastos com fatores de produção, sua

movimentação e a armazenagem. Desta forma, controlar os gastos com

matéria-prima, mão de obra, frete, seguro, energia, telefone, água, dentre

outros elementos que são utilizados na produção e comercialização dos

produtos da empresa, bem como planejar de maneira mais eficaz a estocagem

dos seus produtos.

"O estoque se caracteriza pela armazenagem e manutenção de

produtos acabados ou não, que são produzidos pelas empresas com a

finalidade de satisfazer com esses produtos os consumidores intermediários ou

finais." (DIAS 1993, p. 45)

Ainda assim, para que o controle dos custos, sobretudo com os

estoques, seja efetivo, a empresa necessita conhecer a sua estrutura e

apontar-nos diversos setores os seus custos correspondentes. Desta maneira,

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10 a empresa estará "mapeada" e os custos poderão ser distribuídos conforme a

real necessidade da organização. Com isso, a empresa poderá apontar os

locais onde os custos devem ser reduzidos. Atingindo seus objetivos de obter

continuamente resultados positivos.

Nunca a redução de custos em todas as atividades foi tão requisitada

como atualmente. Essa redução é resultante de diversas dificuldades que se

encontram no cenário econômico mundial. (CHRISTOPHER, 1999, p. 52)

Para isso, a organização busca em diversas ferramentas transformar

esses objetivos em ações tangíveis (operacionais), onde a empresa, em todos

os seus níveis, participe de forma integrada na obtenção de resultados

positivos à gestão.

Nesse trabalho será dado enfoque à logística como fator de redução do

custo de estoque. Visto que o custo com a armazenagem dos produtos é

entendido como conseqüência do não planejamento da estocagem dos

produtos.

Para isso, selecionou-se uma empresa que não possui um planejamento

de estocagem de seus produtos acabados para servir de modelo para a

avaliação da logística com o objetivo de redução do custo de estocagem.

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CAPÍTULO I

CONCEITO DE LOGÍSTICA

A palavra Logística – de origem francesa (do verbo loger: "alojar"); era

um termo militar que significava a arte de transportar, abastecer e alojar as

tropas.

Tornou, depois, um significado mais amplo, tanto para uso militar como

industrial: a arte de administrar o fluxo de materiais, da fonte para o usuário.

Logística é a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja e

implementa e controla o eficiente e efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços

e informações relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, visando

atender ao requisitos dos consumidores.

Na definição de FERREIRA (1986), Logística, do francês Logistique,

significa a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de

atividades de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento,

transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material, tanto

para fins operativos como administrativos.

Como se percebe pela definição do termo, a função da logística é

principalmente ser o elo de ligação em um processo que pode começar com

um fornecedor e encerrar com um cliente em outra ponta da “cadeia”.

Atualmente, o termo logística tem sido muito utilizado, pois o processo

de gestão da cadeia de suprimentos nas empresas pode significar a diferença

entre a empresa lucrativa e a deficitária.

A gestão do processo logístico tem sido hoje grande diferencial

competitivo, pois com o passar dos tempos os consumidores tornaram-se

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12 também mais exigentes com relação a qualidade dos produtos, tempo de

produção e ciclo de vida dos produtos, prazo de entrega e mais recentemente,

com o índice de inovações tecnológicas incorporados aos produtos.

O que no passado eram pequenos incômodos do consumidor, tornaram-

se hoje em rotina de preocupação para as organizações.

O fator preço do produto, na maioria das vezes era sequer questionado

pelo consumidor, como bem pode-se lembrar das famosas máquinas de

remarcar preços nos supermercados, pois os altos índices inflacionários, em

grande parte encobriam a incompetência administrativa das organizações e

iludiam os consumidores, pois o dinheiro perdia seu valor a todo dia.

Com a implantação do plano real e o controle da inflação sendo

conseguido, mais a vontade do consumidor em colaborar com a estabilidade da

nova moeda, restou às empresas investirem em novos processos de gestão de

custos, pois em não mais existindo taxas exorbitantes de aplicações no

mercado financeiro, os excedentes de caixa passaram a ser aplicados nas

empresas, através de novos produtos, novas máquinas e novos processos

produtivos. Após isso, a logística começou a se desenvolver, auxiliando

grandemente no processo de gestão das empresas.

1.1 HISTÓRICO DA LOGÍSTICA.

Se pararmos para analisar, observaremos que a logística esta presente

desde a época colonial onde todas as nações faziam trocas e vendas de

mercadorias através do transporte marítimo.

Mais no inicio de 1991, a logística, demostrou sua importância. Como

preparação para guerra do golfo, os Estados Unidos e seus aliados tiveram que

deslocar grandes quantidades de materiais a grandes distâncias, com tempo

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13 curto.

Meio milhão de pessoas e mais de meio milhão de matérias e

suprimentos tiveram que ser transportados através de 12 000 quilômetros por

via aérea, mais 2.3 milhões de toneladas de equipamentos transportados por

mar em questão de meses, usando recursos da logística.

Ao longo da história do homem as guerras têm sido ganhas e perdidas

através do poder e da capacidade da logística, ou a falta deles. Enquanto os

generais dos tempos remotos compreenderam o papel crítico da logística,

estranhamente, apenas num passo recente é que às organizações empresarias

reconheceram o impacto vital que o gerenciamento logístico pode ter na

obtenção da vantagem competitiva. Em parte, deve-se esta falta de

reconhecimento ao baixo nível de compreensão dos benefícios da logística

integrada (KOBAYASHI, 2000).

1.2 LOGÍSTICA EMPRESARIAL – A PERSPECTIVA

BRASILEIRA.

O conceito de logística empresarial no Brasil é bastante recente. O

processo de difusão teve inicio, de forma ainda tímida, nos anos da década de

90, com processo de abertura comercial, mas se acelerou a partir de 1994,

com a estabilização econômica propiciada pelo plano real.

O ambiente altamente inflacionário que caracterizou o país por cerca de

duas décadas, combinando com uma economia fechada e com baixo nível de

competição, levou as empresas a negligenciarem o processo logístico dentro

das cadeias de suprimento, gerando um atraso de pelo menos 10 anos em

relação às melhores práticas internacionais. Atualmente diversas empresas

brasileiras estão investindo em uma serie de ferramentas importantes para o

planejamento e controle de estoques, custos e sistema de informações

geográficas.

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A logística dos tempos modernos conta com a tecnologia e nos

possibilitam adequar os recursos disponíveis no nosso país. A meta é buscar

eficiência na alocação de recursos para movimentar ou escoar bens, na

quantidade certa que a cadeia logística pode tratar.

1.3 OBJETIVOS DA LOGÍSTICA.

Segundo a Sole (Society of Logistics Engineers), as finalidades da

logística podem ser compreendidas nos "8 Rs" a seguir:

• Right Material (materiais justos)

• Right Quantity (na quantidade justa)

• Right Quality (de justa qualidade)

• Right Place (no lugar certo)

• Right Time (no tempo justo)

• Right Method (com método justo)

• Right Cost (segundo o custo justo)

• Right Impression (com uma boa impressão)

Um dos objetivos da logística é aumentar o grau de satisfação do cliente.

A logística agrega valor entre o fornecedor e cliente, quando a fica integrada. É

fundamental obter a integração que vem do cliente objetivando o compromisso.

1.4 A TECNOLOGIA E A LOGISTICA.

A tecnologia da informação, os recursos tecnológicos materiais e os

serviços oferecidos para o processo logístico estão evoluindo constantemente

e desta forma as empresas podem fazer as suas escolhas, diante de diversas

opções, tanto de software como de equipamentos, indo em busca daquilo que

mais se adequa às suas necessidades.

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15 Dentre estes recursos disponíveis no mercado pode-se citar diversos, os

quais abrangerão as necessidades de todos os tipos de usuários como:

• Consultoria e treinamento (Assessoria, projetos, palestras e eventos);

• Recursos de movimentação e armazenagem (Balanças, revestimentos

de pisos, demarcações, faixas, portas especiais, cortinas, escadas,

rampas, produtos de segurança, alimentadores, redutores e imóveis);

• Estruturas de estocagem (Armazéns, galpões, reservatórios, tanques,

silos mezaninos, pontes rolantes, transelevadores, armários modulares,

gaveteiros, carrosséis verticais e horizontais e sistemas de estocagem);

• Serviços de logística (Operadores logísticos, armadores, desembaraço

aduaneiro, terminais diversos, armazéns gerais, motoboys, distribuição

física, transportes marítimos, aéreo, ferroviário, rodoviário, terceirização

de mão-de-obra para movimentação, gestão de embalagens retornáveis,

seguros e escoltas de cargas;

• Identificação e automação industrial e comercial (Código de barras

(etiquetas impressoras, coletores, scanners, terminais de

radiofreqüência, software), softwares (WMS, estoque, ERP, MRP, SCM,

de simulação, sistemas logísticos e otimização de cargas, de transporte

e frota, rastreadores);

• Transportadores contínuos (correias, correntes, canecas, elevadores,

assessórios para transportadores contínuos, carregadores,

transportadores diversos);

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• Embalagens, recipientes e utilizadores (Racks, caçambas, paletes e

acessórios, estrados, caixas engradados, aplicadores diversos,

cantoneiras para reforço de embalagens, estabilizadores de caixas,

embalagens (impressoras, máquinas para fechamento, separadores)

• Veículos e máquinas industriais (Empilhadeiras, carrinhos, carretas,

caminhões, carros elétricos, escavadeiras, guindastes, pás-

carregadeiras, retroescavadeiras, guinchos, rebocadores, tratores).

A combinação desses aplicativos conduz para a otimização do sistema

logístico e melhora o processo de gestão integrada dos diversos componentes,

ou seja, estoques, armazenagem, transporte, processamento de pedidos,

compras e manufatura.

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CAPÍTULO II

GERENCIAMENTO DE ESTOQUES

Segundo o Prof. Richard Barros, a administração de matérias é o

planejamento, coordenação, direção e controle de todas as atividades ligadas à

aquisição de matérias para formação de estoques, desde o momento de sua

concepção até seu uso final.

O gerenciamento de estoques é um conjunto de atividades que visa, por

meio das respectivas políticas de estoque, ao pleno atendimento das

necessidades da empresa, com a máxima eficiência e ao menor custo, através

do maior giro possível de capital investido em materiais.

Dessa forma, a gestão de estoque vem com o objetivo de otimizar o

investimento em estoques, aumentar o uso eficiente dos meios internos da

empresa, minimizando a necessidade de capital investido.

Com base na citação acima do Prof. Barros podemos analisar que a

gestão de estoque é uma alternativa de baixar custos compartilhado dados de

estoque e venda para reposição de mercadoria de acordo com a demanda.

Segundo Prof. Barros, existem 7 razões para se ter estoques, 5 razões

para não se ter estoques e 7 custos de se ter estoques.

2.1 RAZÕES PARA SE TER ESTOQUES

• Proporcionar certo nível de segurança em ambientes complexos e

incertos;

• Necessidade de continuidade operacional;

• Incerteza da demanda futura ou de sua variação ao longo do período de

planejamento;

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• Disponibilidade imediata do material nos fornecedores e cumprimento

dos prazos de entrega;

• Economias inflacionárias (benefícios em função das variações dos

custos unitários);

• Segurança contra riscos de problemas de produção do fornecedor

(greves);

• Políticas de Compras (fornecedor exclusivo, preços, etc.).

2.2 RAZÕES PARA NÃO SE TER ESTOQUES.

• São custosos, empatam considerável quantidade de capital;

• Os itens podem deteriorar, torná-se obsoletos ou perderem-se;

• Ocupam espaços valiosos.

2.3 CUSTOS DE SE TER ESTOQUES.

• Quantidade de material no estoque;

• Tempo de permanência no estoque;

• Mão-de-obra (salários) e equipamentos utilizados;

• Encargos sociais;

• Custos indiretos como: água, luz, seguro, aluguel, etc;

• Depreciação;

• Obsolescência.

Diante disso, observamos que em toda organização se deve ter uma boa

gestão de estoque para que não haja problemas futuros entre (fornecedor x

cliente).

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2.4 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUE.

Por estoques, entende-se todo e qualquer depósito de mercadoria ou

matéria-prima para produção ou venda em data futura. Na concepção de

CORRÊA et all (2000:45), “ estoques são acúmulos de recursos materiais entre

fases específicas de processos de transformação”. Logicamente, que a

definição retro está voltada muito mais para empresas industriais, onde se

concebe a transformação de uma matéria-prima qualquer em um produto,

todavia, existem também os estoques de mercadorias para revenda, que

também podem ter tratamentos diferenciados.

Algumas das razões da existência dos estoques segundo CORREA et all

(2000) são a impossibilidade ou inviabilidade de coordenar suprimento e

demanda, quer por incapacidade, pelo alto custo de obtenção ou por restrições

tecnológicas; com fins especulativos, pela escassez ou pela oportunidade; com

a finalidade de gerenciar incertezas de previsões de suprimento e/ou demanda,

na formação de estoque de segurança.

A gestão de estoque tem seu papel fundamental dentro da organização,

pois é através dela que o gestor toma as decisões corretas (KOBAYASHI,

2000).

Diante dessa concepção, a gestão de estoque ajuda na eficiência e do

controle. A informação é fundamental na gestão de estoque.

O estoque é responsável entre 20% a 30% do custo da empresa, a partir

daí (KABAYASHI, 2000) afirma que às empresas devem manter um estoque

inteligente onde as empresas devem analisar as compras dos clientes (qual o

produto que mais compra), os mix de produtos se são variados ou não.

"As empresas podem manter um nível de estoque maior dos produtos

mais vendidos" (BARROS, 2003).

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2.5 MISSÃO DO PROFISSIONAL GESTOR DE MATERIAIS.

Diante de tudo que foi analisado, podemos dizer com base no autor

(KOBAYASHI, 2000) que as missões do gestor de materiais são:

Assegurar um satisfatório padrão de qualidade no atendimento das

necessidades de seus clientes (externos e internos);

Assegurar e elevar a produtividade da empresa, administrando os

materiais, recursos e as informações relacionadas.

2.6 TIPOS DE ESTOQUE.

Os estoques podem ser classificados em diversos tipos, conforme se observa a

seguir.

• matéria-prima: esse tipo de estoque requer alguma forma de

processamento para ser transformada em produto acabado. A utilização

é diretamente proporcional ao volume de produção;

• Produtos em processo: em um processo de produção, considera-se

produtos em processo os diversos materiais que estão em diferentes

fases do processo produtivo. Corresponde a todos os materiais que

sofreram algum tipo de transformação, porém não atingiram a forma final

do produto a ser comercializado;

• Materiais de embalagem: correspondem as caixas para embalar

produtos, recipientes, rótulos etc.

• Produto acabado: compreendem os produtos que sofreram um processo

de transformação e estão prontos para ser vendidos;

• Suprimentos: neste tipo de estoque, estão inseridos todos os itens não

regularmente consumidos pelo processo produtivo. São os componentes

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21 utilizados para a manutenção de equipamentos, instalação predial,

dentre outros.

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CAPÍTULO III

A EMPRESA

A empresa ABC LTDA está localizada no Rio de Janeiro, sua atividade

principal está ligada ao setor têxtil. Funciona a cinco anos, sendo que seu

desenvolvimento traduz o crescimento do setor têxtil, dado os investimentos

ocorridos nesta organização e a evolução no nível de recursos humanos,

notadamente nos últimos dois anos.

3.1 MISSÃO DA EMPRESA.

Desenvolver, produzir e comercializar tecidos técnicos, investindo em

pesquisas e inovações com tecnologia e qualidade, buscando, desta maneira,

atender com excelência e ética as exigências do mercado e satisfazendo

plenamente as necessidades de nossos clientes.

3.2 VALORES DA EMPRESA.

• Inovação Permanente - Investimos no desenvolvimento de tecnologias

de ponta com enfoque em alta produtividade e excelência do produto,

mantendo padrões inflexíveis de qualidade, com alta produtividade,

objetivando avançar e sustentar posições no mercado.

• Integridade - Todas as nossas ações são conduzidas com honestidade,

justiça e ética, de forma a produzir relacionamentos internos e externos

respaldados em um elevado grau de credibilidade.

• Empenho e Compromisso com Resultados - Assumem riscos

inteligentes, direcionando nossas iniciativas de modo determinado,

responsável e capaz, comprometendo-nos a realizar com zelo,

persistência e responsabilidade todas as nossas atribuições frente aos

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23 clientes, que são nosso maior canal de divulgação.

• Trabalho em Equipe - Formamos uma equipe de trabalho em que

prevalecem os méritos do grupo. Sucessos e eventuais fracassos são

compartilhados, exercitando-se sempre a solidariedade, a participação,

a integração e a humildade, objetivando manter em alta a motivação e

oferecer condições de crescimento e realização profissional.

• Valorização do Capital Humano - Investimos no desenvolvimento de

talentos humanos, valorizando iniciativas, treinando e aproveitando

habilidades, oferecendo aos nossos clientes profissionais altamente

qualificados, capazes de oferecer serviços diferenciados e consolidando

relações saudáveis e justas que possibilitem contínua melhoria da

qualidade de vida no trabalho.

• Pontualidade – Buscamos excelência no atendimento e procuramos

garantir a qualidade de nossos serviços através de soluções eficazes,

com custos operacionais adequados e rigorosos cumprimento dos

prazos acordados.

• Flexibilidade – Operamos com variados modelos comerciais, a fim de

adaptarmos o fornecimento de produtos e serviços à realidade e

necessidade de cada cliente.

3.3 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ABC LTDA.

A empresa ABC está dividida em três departamentos, os quais estão

subordinados diretamente à Diretoria Geral, que por sua vez, recebe o apoio de

Órgãos Consultivos (composto por empresas de Advocacia). Os três

departamentos que compõem a estrutura organizacional da ABC são: a

Produção, o Comercial e a Controladoria. Estes departamentos estão apoiados

em diversas áreas para o melhor desempenho dos mesmos.

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• A Produção responde desde o recebimento físico da matéria-prima, a

armazenagem de todos os produtos (matéria-prima e produto acabado),

a transformação da matéria-prima em produto acabado e a liberação

física do produto vendido. Para isso, esse departamento conta com 08

setores, sendo que estes desempenham as seguintes funções:

• Planejamento e Controle da Produção (PCP) – Especifica todos os

detalhes para a produção, detalha a matéria-prima a ser utilizada,

especifica a engrenagem para a construção do produto solicitado e

ordena a quantidade do produto acabado a ser produzido.

• Expedição – Libera a matéria-prima especificada pelo PCP.

• Máquina do Processo Intermediário – Transforma a matéria-prima em

um produto intermediário para que esse possa ser utilizado na Máquina

do Processo Final. Cabe ressaltar que essa transformação intermediária

é necessária, pois a estrutura funcional da Máquina do Processo Final

não consegue fazer a produção por meio da matéria-prima da maneira

que esta é recebida do fornecedor.

• Máquina do Processo Final – Transforma a matéria-prima em produto

acabado, seguindo as especificações ditadas pelo PCP.

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• Embalagem – Embala o produto final e faz a etiquetagem do produto

final.

• Produtos – Encaminhados para serem alocados na expedição ou

mesmo para serem imediatamente liberados para o cliente.

• Manutenção – Compreende a mecânica e a elétrica da empresa, sendo

acionada tanto em nível preventivo quanto corretivo.

• Controle da Qualidade (CQ) – Responde pelas especificações (padrão

de fabricação, causas dos defeitos quando ocorrerem, separação dos

produtos não conformes).

• O departamento Comercial é ligado à venda dos produtos da empresa,

para isso possui 05 (cinco) setores de apoio:

• Vendas Nacionais – Venda dos produtos dentro do país, sendo estas a

maioria dos clientes da empresa ABC.

• Venda Exterior – Apesar de contar com uma carteira de clientes

nacionais respondendo por cerca de 90% das vendas a empresa

também possui clientes fora do Brasil, situados na América do Sul.

• Vendas por meio Eletrônico – Serviço a ser implantado para maior

agilidade no recebimento dos pedidos, além de reduzir o tempo com o

cadastramento de novos pedidos e na verificação da situação legal e

financeira do cliente.

• Desenvolvimento – Área em processo de implantação, cuja principal

atividade será fortalecer o relacionamento com clientes, descobrindo

novos produtos que satisfaçam as necessidades dos clientes.

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• Marketing – Desempenha a função de cuidar para que o produto

satisfaça às necessidades do cliente, o preço esteja em conformidade

com a realidade do mercado, esteja no lugar certo e a imagem da

empresa seja trabalhada de maneira positiva.

• A Controladoria é o departamento que trabalha com a parte burocrática

da empresa. Para isso, conta com 08 (oito) setores:

• Tesouraria – Pagamento das obrigações e recebimentos dos valores da

empresa.

• Contabilidade – Registro de todos os acontecimentos financeiros e

econômicos da empresa, além da confecção de relatórios de apoio para

que a Controladoria e Diretoria Geral possa tomar decisões mais

seguras e condizentes com a realidade da empresa.

• Setor Fiscal – Registro e Controle das obrigações fiscais da empresa

junto aos diversos órgãos governamentais (Município, Estado e União).

• Serviços Gerais – Responsável pela limpeza, transporte de documentos,

manutenção de suprimentos em geral.

• Setor Pessoal – Responde pelo registro dos empregados, legalização,

exames (admissional, demissional e periódicos), registro de entrada e

saídas dos empregados na empresa.

• Informática – Cuida do efetivo funcionamento dos computadores e da

rede da empresa.

• Analista Contábil – Análise do resultado contábil divulgado pela

Contabilidade, além de acumular o cargo de auditor contábil interno da

empresa.

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• Recursos Humanos – Responsável pelo recrutamento, treinamento e

desligamento dos empregados da empresa.

A empresa ABC mostra ser "enxuta", dado que não possui muitos

departamentos, sendo que nos departamentos, os setores desempenham

funções pontuais possibilitando um maior controle por parte das gerências

sobre os órgãos a eles subordinados.

O cumprimento das funções supramencionadas pelos respectivos setores e

departamentos poderia ter um impacto positivo para a empresa, visto que

esses setores possuiriam competência para desempenhar com eficiência suas

atividades, e conduziria a empresa a possuir reduzidos desperdícios. Contudo,

o não exercício de alguma(s) função(ões) de algum departamento poderia

trazer conseqüências adversas no resultado da empresa. Essas conseqüências

têm a possibilidade de ser maior quanto maior for à área afetada.

Nesse aspecto cabe verificar o fluxo produtivo real da empresa ABC

para que se possa inferir sobre os pontos positivos e negativos. Isso, pois, a

produção responde por grande fatia dos custos/despesas da empresa em

análise.

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Fonte: O Autor

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30 Através da análise do fluxograma acima se pode inferir que o

departamento de Produção está desempenhando a função do departamento

Comercial, no momento em que o cliente se comunica diretamente com o PCP.

Dois motivos podem ser apontados como negativos nessa situação: a

competência para receber, analisar e tratar os pedidos é do Comercial e o PCP

acaba acumulando mais uma função, contando com os mesmos empregados

para uma maior demanda de funções.

Outro fator relevante é que o Comercial e a Controladoria são os

departamentos que mantém relacionamento com os clientes, possui o cadastro

deles e também o histórico de transações destes. Nesse aspecto, a empresa

incorre no risco de liberar a produção de determinado produto e no momento

da venda o cliente adquirir somente parte ou mesmo não adquirir o produto,

conseqüentemente, a empresa ficaria com produto acabado estocado, tendo

como alternativa para comercializar tal produto vendê-lo a um preço menor do

que o acordado com o cliente. Essa possibilidade poderia ser reduzida se o

departamento Comercial (que deve possuir o histórico de vendas e o

conhecimento da capacidade produtiva do cliente) recebesse e mantivesse

contato com o cliente a fim de obter uma confirmação do mesmo acerca do

pedido do produto por ele efetuado.

Além dos problemas citados acima, cabe apontar que todo processo

produtivo – a transformação da matéria-prima em produto acabado – pode

possuir desperdícios, sendo necessária uma análise detalhada desse processo

e da estrutura organizacional da empresa, bem como o conhecimento da planta

da empresa (estrutura funcional) para que se possam apontar melhorias (se

forem necessárias) para a redução dos desperdícios ocorridos nas etapas

anteriores, posteriores e na produção propriamente dita da empresa aspecto

dois fatores serão explorados como macro causas (as deficiências

organizacionais e as deficiências estruturais da empresa) dos desperdícios. As

deficiências organizacionais podem ser interpretadas como fatores

administrativos, de dentro da organização, a falta de comunicação entre os

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31 departamentos pode ser encarada como uma deficiência organizacional. Por

outro lado, as deficiências estruturais podem ser explicadas como deficiências

ligadas a planta da empresa, a localização inadequada do galpão é uma

deficiência estrutural.

3.4 DEFICIÊNCIAS DA EMPRESA ABC LTDA.

No contexto interno da empresa existem três tipos de recursos: o

humano, o físico e o financeiro. Todos esses devem ser tratados de maneira

integrada, visto que a empresa depende de uma ótima união desses fatores.

Contudo, os recursos humanos e físicos serão tratados mais detidamente na

abordagem de causa de desperdícios na empresa, já que os desperdícios a

serem listados não têm como causadores (diretos) os setores ligados à área

financeira.

Dessa forma, "os desperdícios foram tratados como deficiências, tendo

duas formas de serem geradas: as deficiências organizacionais e as

deficiências estruturais" (RODRIGUES, 2003).

3.4.1 Deficiências Organizacionais

As deficiências organizacionais são desperdícios ligados, normalmente,

à administração da empresa e da comunicação entre os departamentos e os

setores.

Desta forma, listaram-se as seguintes deficiências:

• Falta de comunicação/informação entres os setores.

• Falta programação da chegada de matéria-prima, tendo como

conseqüência a ocorrência excessiva de hora-extra.

• Falta de programação para embarque do produto acabado.

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32 As solicitações de pedido do cliente vão diretamente para o setor da

produção.

O transporte chega fora do horário, no horário e depois do horário isso

tudo por uma falta de programação. Quando o transporte chega fora do horário

tem-se o custo com alimentação dos empregados da transportadora. Quando

chega no horário, na maioria das vezes, o produto a ser embarcado ainda não

terminou de ser produzido, embalado e etiquetado. Quando o transporte chega

depois do expediente tem-se custo com hora extra com o pessoal da

expedição.

• Estoque alto (excesso de produto não conforme).

• Falta de planejamento na manutenção das máquinas de movimentação

– empilhadeira (gerando aluguel dessas máquinas) devido ao fato de

que essa manutenção não ocorre em dias com pouca demanda pela sua

utilização.

• Produto Acabado parado no estoque a mais de ano.

3.4.2 Deficiências Estruturais

Deficiências ligadas a estrutura da empresa, ao mau planejamento na

planta, a má localização do galpão. Esses fatores são de resolução mais

demorada, visto que demandam, normalmente, mais dispêndio de recursos

financeiros, o envolvimento de mais pessoas externas à empresa e

necessidade de um planejamento acurado, visto que mudanças após o término

é mais restrita. Na empresa ABC, as deficiências apontadas foram:

• Galpão inadequado para armazenar o P.A (produto acabado) e a M.P

(matériaprima)

• Localização incorreta do galpão.

• Custo operacional alto (alto número de manuseio com o produto).

• A falta de uma rampa na expedição para fazer o carregamento e

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33 descarregamento faz com que a empresa ABC pague para outra

empresa pelo uso de sua rampa.

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CAPÍTULO IV

MELHORIAS PARA EMPRESA ABC LTDA

As deficiências apresentadas pela empresa ABC têm impacto direto no

seu custo com estocagem, visto que as deficiências organizacionais são as que

mais contribuem para a formação do custo com estoque. A falta de

comunicação entre os departamentos é uma das causas mais relevantes para

a ocorrência desse custo, dado que a não comunicação leva a produção de

produtos que os clientes podem não efetuar a sua compra, como conseqüência

o produto fica parado no galpão, imobilizando o capital investido pela empresa

na produção daquele produto.

Outro fator que deve ser ressaltado é que as mudanças devem ocorrer

gradativamente e de maneira planejada para a sua efetiva realização. Para

isso, as melhorias propostas para a empresa ABC seriam três etapas:

• As melhorias primárias

• As melhorias secundárias

• As melhorias terciárias

Além disso, é necessário analisar o impacto dessas mudanças, tendo

em vista o fluxo que vai desde o pedido de venda do produto até a chegada

deste produto ao cliente, cujo objetivo dessa análise, também, é descobrir em

que locais a empresa poderia melhorar sua performance para proporcionar ao

cliente menor tempo de entrega e maior qualidade do produto – ressalte que o

produto quando acaba de ser produzido apresenta níveis de qualidades entre

os melhores do setor.

Porém, antes discutir quaisquer tipos de mudanças na empresa, deve-se

mencionar a importância do redesenho prático das funções dos departamentos,

e que o efetivo funcionamento dos departamentos irá contribuir sobremaneira

para que a introdução seja possibilitada.

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35 Os pedidos solicitados devem passar pelo departamento comercial e

após o recebimento, envia o departamento de produção para verificá-la com o

setor de expedição se há produto e quantidade solicitada no estoque. Se

houver o produto no estoque, a Produção informa ao Comercial. Se não tiver,

verificar, na Expedição se há matéria-prima para fabricação do produto, se

houver informar ao PCP, este setor irá programar o produto a ser produzido,

informando ao departamento Comercial o prazo para a entrega do pedido. Se

não houver matéria-prima no estoque, informa ao departamento de

Controladoria, via setor de Compras para efetuar a aquisição da matéria-prima

desejada.

4.1 MELHORIAS PARA EMPRESA ABC LTDA

4.1.1 Melhorias Primárias

As melhorias primárias serão consideradas todas as mudanças

atribuídas aos aspectos organizacionais. Isso, pois, as mudanças nos fatores

em nível organizacional são mais flexíveis, dado que não estão atreladas a

altos investimentos, como nas mudanças estruturais. Além disso, conta com

um aspecto favorável, que é fato de os departamentos, apesar da pouca

comunicação formal, contam com um sistema informal de comunicação entre

os empregados muito intenso.

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Esse fato explica, inclusive, o sucesso de algumas ações entre os

departamentos, tais como: o cancelamento da produção de alguns produtos ou

mesmo a troca em tempo hábil de alguns produtos, possibilitado pela

comunicação informal. Contudo, esse tipo de comunicação é positiva para a

empresa, mas esta se dá entre pessoas e, portanto, pode estar fora do controle

da empresa.

Implantação de um quadro de aviso da chegada de matéria-prima, para

a visualização dos departamentos, sendo a atualização feita conforme a

característica de cada matéria-prima.

Implantação de um quadro aviso, exclusivamente, para o departamento

de Produção – compreendendo os setores de Expedição e Planejamento e

Controle da Produção.

Como foi anteriormente explicitado, o departamento Comercial necessita

receber o pedido de compra do produto diretamente do cliente e de maneira

formal (formulário, requisição padronizada pela empresa, contato por e-mail de

pessoas devidamente autorizadas pela empresa), essa atitude pode ser

entendida como uma ação da empresa ABC para reduzir as possibilidades de

algum pedido não se tornar uma venda.

A existência de produtos não conforme, ou seja, produtos com muitos

defeitos são gerados devido a falta de treinamento do pessoal e pela falta de

manutenção das máquinas. A solução para esse acontecimento é a empresa

dar treinamento para todos os empregados e também criar um Plano de Ação

para trabalhar diretamente com os empregados que mais deficiências estão

demonstrando, conforme o número de erros em seu horário de trabalho. Além

disso, a empresa deve planejar os períodos em que as máquinas irão sofrer

manutenção. A empresa deve estar atenta para o fato de que a melhoria da

qualidade dos seus produtos é fator de fidelização dos seus clientes.

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Outro item que a empresa necessita possuir planejamento prévio para a

sua manutenção são as máquinas de movimentação (empilhadeira), que por

diversas vezes está em manutenção nos horários mais críticos de necessidade

de sua utilização. Como conseqüência, a empresa acaba pagando o aluguel

desse tipo de máquina.

A empresa conta também com o problema de possuir produtos

acabados parados no estoque há mais de um ano. Esse problema envolve,

pelo menos, três fatores: a falta de uma confirmação formal por parte do cliente

quando do pedido do produto, a falta do planejamento na produção e a baixa

qualidade do produto. A solução para esse problema é a venda ao preço que o

mercado está disposto a pagar por esses produtos, dado a baixa qualidade e

implementar imediatamente as melhorias supramencionadas.

4.1.2 Melhorias Secundárias

A empresa deve adequar o seu galpão às características de seu

estoque. Para isso, deve mudar a localização do galpão e aumentar as suas

dimensões. Um fator relevante, é que a empresa conta com espaço no fundo

da fábrica, o que possibilitaria a construção de um novo galpão. Além disso, a

empresa sanaria um segundo problema, que é o piso inadequado para o

funcionamento da empilhadeira – o que vem proporcionando diversos

problemas para essa máquina. Outro fator crítico que deve ser resolvido com

essa construção é a sinalização adequada das áreas de trânsito de pessoas,

das máquinas e dos materiais (Matéria-Prima e Produto Acabado).

Implantação de um Sistema (ERP) onde todos os departamentos possam ter

informações que envolvam suas funções.

O alto manuseio do produto é um fator que tem origem no inadequado

lay-out do galpão. O que ocorre é que os operadores, pela falta de espaço,

constantemente mudam os produtos acabados de local, essas mudanças

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38 influenciam no risco de dano ao produto, dado que além do pouco espaço para

a armazenagem, têm-se um piso inadequado para o funcionamento das

empilhadeiras, o que facilita ainda mais os riscos de defeito nessa máquina

também.

Outro item crítico à melhoria definitiva do sistema de carregamento e

descarregamento da empresa ABC LTDA é a falta de uma rampa, o que vem

forçando a empresa pagar o aluguel do espaço de utilização da rampa em

outra empresa. Essa deficiência tem ocasionado alguns problemas, um deles é

o fato de que a empresa ABC tem que adequar o horário de carregamento e

descarregamento dos seus produtos aos horários em que a empresa que aluga

o espaço não esteja utilizando sua rampa. A solução dessa deficiência virá com

a construção adequada do galpão e consequentemente, será feita a construção

da rampa.

Uma etapa fundamental para o efetivo sucesso dessas mudanças é o

treinamento das equipes (com base na NB-443, da ABNT, 1979 – que trata do

carregamento, movimentação, fixação e contêiner) de operação das funções

ligadas ao galpão (armazenamento, carregamento e descarregamento). Isso,

pois, instrumentalizará o operador dos equipamentos para a utilização correta

dos mesmos e também será vetor para a redução do tempo para a

armazenagem e liberação dos produtos.

4.1.3 Melhorias Terciárias

O sucesso das melhorias primárias e secundárias poderá servir de base

para a melhoria terciária (combinada), que seria uma maior eficiência para a

empresa quando da combinação dos benefícios gerados pelos fatores

organizacionais e estruturais. Assim, a melhoria terciária seria um ganho maior

para a empresa devido ao esforço desta na implantação das melhorias em

nível organizacional e estrutural.

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39 Desta maneira, pode-se apontar-se duas conseqüências provenientes

da combinação das melhorias primárias e secundárias. Estas são:

Qualidade maior do produto em função do planejamento das atividades,

treinamento de todo o pessoal da empresa, manuseio de todas as máquinas,

armazenamento de todos os produtos (Produto Acabado, Produto em Processo

e Matéria-Prima) e infra-estrutura adequada.

Redução do tempo de entrega do produto ao cliente.

Essas melhorias representam à essência do que propõe a logística

empresarial, que é de facilitar o fluxo dos produtos, assim "Através de

planejamento, organização e controle efetivos para as atividades... visam

facilitar o fluxo de produtos. A Logística é assunto vital" (Ballou, 1993, p.17).

Desta forma, a empresa ABC LTDA ao implementar mudanças em nível

organizacional, que seja representada pela comunicação mais adequada entre

os departamentos, a implantação e utilização efetiva de um sistema de

armazenamento de dados que possibilite aos departamentos a consulta e

manipulação desses dados de maneira rápida e confiável, de modo que

decisões possam ser tomadas em menor tempo possível e também a maior

integração entre os setores (formalmente) inter e intra departamentos.

Além das mudanças organizacionais, as mudanças estruturais é também

fator crítico ao sucesso da empresa. Isso, pois, ficou evidente a deficiência da

empresa em pontos estratégicos, tais como: carregamento dos produtos

acabados – onde a empresa, além de alugar a rampa de uma outra

organização, tem que esperar o momento em que esta rampa esteja ociosa

para a outra empresa para que o seu carregamento seja realizado. Tendo,

esse fato, algumas conseqüências para a empresa, o atraso na entrega dos

produtos, além do custo com hora-extra do pessoal da empresa ABC LTDA, o

gasto com o aluguel da rampa e custos adicionais com a alimentação (em

muitos casos) do pessoal da empresa transportadora.

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Então, as melhorias listadas nos tópicos acima podem conduzir a

empresa a melhor competitividade, dado que no atual ambiente empresarial,

onde a concorrência em nível global marca a nova ordem do comércio, as

melhorias em nível interno podem auxiliar a empresa estar inserida entre as

melhores organizações, por ofertar um produto em tempo hábil e de qualidade

aos seus clientes.

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41

CONCLUSÃO

A busca pela eficiência dos processos é um dos fatores prioritários para

as empresas na atualidade. Esses processos podem ser considerados tantos

os produtivos quanto os burocráticos (administrativos). Nesses, as

organizações objetivam diminuir seus custos, mas essa redução nos custos

também considera os impactos gerados com as mudanças inerentes ao novo

processo de realização da mesma atividade.

De fato, a eficiência dos processos empresariais reside em utilizar os

recursos físicos, humanos e financeiros ao máximo pelo menor custo possível.

Dessa forma, no atual ambiente competitivo, as empresas precisam acabar

com os desperdícios, que ocorrem devido a deficiências em alguns

departamentos ou setores. Portanto, a busca pela redução de custos inicia-se

pela revisão nas atividades desenvolvidas pelos diversos departamentos e

setores da entidade produtiva.

A análise das deficiências da empresa pode revelar a causa de um dos

problemas mais apontados pelas organizações na atualidade que é o estoque.

Em verdade, o estoque pode ser visto como uma oportunidade, se a empresa

fizer uso deste para venda futura, ou seja, quando a empresa planeja estocar

para benefício futuro, o estoque não é problema, é oportunidade.

Contudo, essa premissa não é verdadeira para muitas empresas, e

nesse momento o estoque pode se configurar em capital imobilizado, visto que

a organização despendeu recursos financeiros para produzi-lo. Nesse caso, a

empresa necessita rever todo seu processo produtivo, e apontar os fatores que

influenciam para a ocorrência desse estoque.

Para demonstrar mais especificamente uma ocorrência de estoque não

planejado, utilizou-se a empresa ABC LTDA, que atua no setor industrial.

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42 Nessa ficou evidente dois tipos de deficiências: organizacionais e

estruturais. As deficiências organizacionais estão ligadas a problemas

administrativos da empresa, esses problemas foram os mais apontados. Por

outro lado, as deficiências estruturais estão ligadas a problemas com a planta

da empresa. Esses foram apontados com menor intensidade, contudo, pode

ser visto como problemas cuja resolução demande mais tempo para a

organização.

As deficiências apontadas são os fatores causadores dos custos com

estoque nessa empresa. Dessa maneira, a busca pela resolução desses

problemas encontra uma ferramenta bastante eficiente, a logística. Isso porque,

deverá integrar os departamentos e os setores da empresa, onde o fluxo de

informações deverá ser maior, contribuindo para a redução dos estoques, pois

os departamentos saberão que produtos deverão produzir para vender,

evitando produzir produtos que não terão saídas dentro de um prazo

determinado pela empresa.

Assim, a logística poderá contribuir diretamente para o sucesso da

empresa, até pelo fato de auxiliar no planejamento das atividades, e com isso

permitir à empresa se antecipar os possíveis problemas futuros, tais como:

atraso na chegada entrega dos produtos para os clientes, atraso na entrega do

produto por parte do departamento de produção, dentre outras ocorrências que

poderão ser mais bem administradas se houver um planejamento anterior.

Entretanto, as mudanças que devem ocorrer na empresa, tanto em nível

organizacional quanto estrutural demandarão tempo, sobretudo as correções

estruturais. Nesse tocante, a organização deverá planejar alternativas para o

cumprimento das atividades no período de transição sob o risco de não

realização dessas mudanças de maneira efetiva, e no futuro, haver o

aparecimento de deficiências similares às então ocorridas.

Porém, a implantação da logística como um fator de redução dos custos

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43 com estocagem pode contribuir para a empresa possuir um elemento

diferencial frente às suas concorrentes e também fator de sucesso junto aos

seus clientes, visto que irão usufruir produto com mais qualidade e cuja entrega

estará dentro de um prazo estipulado entre as partes (empresa e cliente).

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BIBLIOGRAFIA

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45 Guia de Logística. Disponível em: <htpp//www.guiadelogistica.com.br> Acesso

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HARRISON, Alan. HOEK, Remko van. Estratégia e gerenciamento de

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CORREA, H. L. Planejamento Programação e Controle da Produção – MRP II /

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46

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 08

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

CONCEITO DE LOGÍSTICA 11

1.1 – Histórico da Logística 12

1.2 – Logística Empresarial – A Perspectiva Brasileira 13

1.3 – Objetivos da Logística 14

1.4 – Tecnologia e a Logística 14

CAPITULO II

GERENCIAMENTO DE ESTOQUES 17

2.1 – Razões para se ter Estoques 18

2.2 – Razões para não se ter Estoques 18

2.3 – Custos de se ter Estoques 19

2.4 – A Importância da Gestão de Estoque 20

2.5 – Missão do Profissional Gestor de Materiais 20

2.6 – Tipos de Estoque

CAPITULO III

A EMPRESA 22

3.1 – Missão da Empresa 22

3.2 – Valores da Empresa 22

3.3 – A Estrutura Organizacional da ABC Ltda 23

3.4 – Deficiências da Empresa ABC Ltda 31

Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · O que no passado eram pequenos incômodos do consumidor, tornaram-se hoje em rotina de preocupação para as organizações

47 3.4.1 – Deficiências Organizacionais 31

3.4.2 – Deficiências Estruturais 32

CAPITULO IV

MELHORIAS PARA A EMPRESA ABC LTDA 34

4.1 – Melhorias para a Empresa ABC Ltda 35

4.1.1 – Melhorias Primárias 37

4.1.2 – Melhorias Secundárias 37

4.1.3 – Melhorias terciárias 38

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46

FOLHA DE AVALIAÇÃO 48

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre

Título da Monografia: Logística Como Fator de Redução de Custo de

Estoque

Autor: Liz Eles de Holanda Cavalcante

Data da entrega: 07/07/2009

Avaliado por: Conceito: