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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE NO SETOR DE VENDAS DAS LOJAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO por Jorge André Barros da Silva Orientador Prof. Mário Luiz Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE NO SETOR DE VENDAS DAS LOJAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

por

Jorge André Barros da Silva

Orientador

Prof. Mário Luiz

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE NO SETOR DE VENDAS DAS LOJAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão Empresarial.

Por: . Jorge André Barros da Silva

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por ter a

oportunidade de estar concluído mais

uma etapa em minha vida. E não

deixando de agradecer a todos que são

tão importantes na minha vida, minha

mãe meu pai meu filho e amigos.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, namorada e filho por

terem me apoiado em todo momento.

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RESUMO

No despontar do século XXI, o fenômeno da globalização da economia tem aumentado a competitividade entre as empresas, pois devido ao desenvolvimento tecnológico acelerado, mudanças ocorrem ocorreram velozmente em todas as esferas sociais. Estas mudanças implicaram na modificação das relações humanas dentro das organizações. Neste cenário a busca pela consecução de melhores resultados tem motivado as organizações a desenvolverem sua capacidade estratégica para enfrentar as mudanças e desafios no contexto da economia globalizada. Desta forma, para superar os desafios da competitividade as empresas criam diversas estratégias, incluindo a melhoria no atendimento aos clientes. O setor varejista da construção civil recebe influência direta das mudanças econômicas e financeira e por isto estas empresas são impulsionadas a implementar suas ações para enfrentar o acirramento da competição. O objetivo deste estudo é analisar a importância do atendimento de qualidade em lojas de material de construção civil Palavras-chaves: Construção Civil; Atendimento ao Cliente; Qualidade; Satisfação.

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ABSTRACT

At the dawn of the twenty-first century, the phenomenon of economic globalization has increased competition among companies, because due to the rapid technological development, changes occur rapidly occurred in all social spheres. These changes involved in the modification of human relationships within organizations. In this scenario the search for the achievement of better results has motivated organizations to develop their strategic capacity to face changes and challenges in a globalized economy. Thus, to overcome the challenges of competitiveness, companies create a variety of strategies, including improving customer service. The retail sector of the construction industry receives direct influence of economic and financial changes and that these companies are driven to implement their actions to face the increasing competition. The objective of this study is to analyze the importance of quality service in stores of material of construction Keywords: Construction, Customer Service, Quality, Satisfaction.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 08

CAPÍTULO I - ASPECTOS DA QUALIDADE ............................................................ 10

1.1 Conceito e importância. ..................................................................... 10

1.2 Considerações históricas .................................................................. 15

CAPÍTULO II - QUALIDADE NO ATENDIMENTO .................................................... 17

2.1 Necessidades dos Clientes ............................................................... 17

2.2 Satisfação dos Clientes. .................................................................... 19

2.3 Fatores que influenciam o comportamento de compra. ..................... 23

CAPÍTULO III - QUALIDADE NO ATENDIMENTO EM LOJAS DE

MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO.......................................................26

3.1. A expansão do mercado de construção no Brasil .......................... 26

3.2 A importância da qualidade no atendimento em lojas

de materiais de construção...............................................................30

3.3.Técnicas de Treinamento ................................................................. 32

CONCLUSÃO ............................................................................................................ 35

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 37

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INTRODUÇÃO

A busca pela consecução de melhores resultados tem motivado as

organizações a desenvolverem sua capacidade estratégica para enfrentar as

mudanças e desafios no contexto da economia globalizada. Desta forma, em

busca de obter sucesso no mundo dos negócios, as empresas têm superado

diversos desafios, e para isto utilizam estratégias variadas.

No despontar do século XXI, o fenômeno da globalização da economia

tem aumentado a competitividade entre as empresas, pois devido ao

desenvolvimento tecnológico acelerado, os competidores surgem em toda parte e

rapidamente.

Segundo estudiosos da área o varejo vem assumindo cada vez mais um

papel importante no mercado mundial, como intermediário entre a produção e o

consumo.

Hoje o varejo é mais estruturado e idealizado em função do consumidor,

onde, pode-se destacar dentre seus pontos principais, a forte preocupação com o

visual merchandising, no sentido de:

• Agregar valor ao produto;

• Dar funcionalidade operacional ao estabelecimento;

• Oferecer ambiente adequado; e

• Rentabilizar os espaços.

Hoje, como se sabe, o cliente é bem mais seletivo e apesar dele se

deslocar para a loja, movido pela comunicação, ele quer decidir “vendo de perto o

produto” e “sentindo os serviços”.

Como o mundo dos negócios vem se mostrando cada vez mais

competitivo, com a globalização, esta competitividade tornou-se mais acirrada,

obrigando as empresas a buscar novos conteúdos para elaborar alternativas para

vencer. No mercado atual, os consumidores deixaram de ser apenas

compradores de mercadorias, e tornaram-se consumidores exigentes,

preocupados, interessados e formadores de opinião.

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Num momento em que a competitividade no mundo dos negócios é cada

vez mais crescente, o presente estudo se justifica apresentar elementos teóricos

para a reflexão sobre a importância da qualidade no atendimento como estratégia

para manter a competitividade.

O presente estudo te por objetivo analisar a importância do atendimento

de qualidade em lojas de material de construção civil.

A realização desta investigação científica foi elaborada a partir de uma

pesquisa bibliográfica descritiva, que visou o levantamento de informações para

obter conhecimento existente sobre o tema.

Para melhor compreensão do tema, este trabalho foi dividido em 3

capítulos. O capítulo I aborda o conceito e importância da qualidade e apresenta

um breve histórico sobre a evolução histórica do conceito de qualidade.

No capítulo II é abordado o tema qualidade no atendimento,

demonstrando o conceito de necessidades dos clientes e fatores a elas

relacionados. Ainda neste capítulo discute-se sobre o que é a satisfação dos

clientes e sua importância para as empresas e são apresentados quais fatores

influenciam o comportamento de compra do consumidor.

O capítulo III apresenta-se um breve relato sobre a expansão do mercado

de construção no Brasil. Em seguida discute-se a importância da qualidade no

atendimento em lojas .E por fim são apresentadas algumas técnicas de

treinamento que podem ser utilizadas em lojas de material de construção , que

contribuem para capacitar os funcionários ,afim de atender os clientes com

qualidade.

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CAPÍTULO I

ASPECTOS DA QUALIDADE

1.1. Conceito e importância

Qualidade é antes de tudo ir ao encontro das necessidades e

expectativas dos clientes. É importante entender que a qualidade é mais do que

um produto ou serviço que simplesmente funcionando corretamente, pois, as

necessidades dos clientes podem incluir: bom desempenho, a aparência,

disponibilidade, entrega, confiabilidade, manutenibilidade, eficiência de custo e

preço.

No âmbito da organização a qualidade está relacionada diretamente a

todos os processos e setores envolvidos no planejamento e produção de um

produto ou serviço. Conforme Oakland (1994) a qualidade é entendida como

sendo uma relação de consumo entre a organização e o mercado, cujo objetivo é

atender às expectativas dos clientes de forma satisfatória. Neste sentido,

assegurar a qualidade significa controlar todos os aspectos da produção para que

estes atendam as exigências e os requisitos especificados.

Paladini apud Nuitin e Nakao (2010, p.3):

O conceito de qualidade é a adequação ao uso. A gestão da qualidade no processo produtivo, a qual é definida como o direcionamento das ações da produção para o atendimento do cliente. A qualidade deve ser gerada nas operações do processo produtivo, enfatizando as causas dos defeitos e não apenas os efeitos das ações do processo.

Desta forma, deve-se pensar em qualidade como a representação de

todas as características de um produto ou serviço que afetam sua capacidade de

atender às necessidades do cliente.

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Figura 1 - Modelo de sistema de produção Fonte: SLACK ( 1997)

De acordo com Nuitin e Nakao (2010, p.6) o planejamento e controle da

qualidade envolvem os seguintes passos:

v Definir características de qualidade;

v Decidir como medir cada uma das características de qualidade;

v Estabelecer padrões de qualidade para cada característica;

v Controlar a qualidade em relação a esses padrões.

No processo de produção o controle de qualidade é essencial, pois, a

gestão de produção tem como foco principal gerenciar estrategicamente recursos

e sua interação com processos que produzem e entregam produtos e serviços,

visando atender às expectativas e necessidades dos clientes. A gestão da

produção deve estar integrada à estratégia da empresa como um todo, tendo um

conjunto de princípios que oriente a tomada de decisão de acordo com os

objetivos, crença, valores e missão da organização (CORRÊA; CORRÊA, 2006).

Para Conte e Durski (2007, p.2):

A implantação de programas de qualidade e produtividade, além de viabilizar a certificação da empresa como. classe mundial traz consigo a possibilidade da melhor qualidade de vida, mesmo que não haja um programa formalizado com este nome, pois possibilita benefícios aos funcionários, em termos de carreira e aprendizado profissional.

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Nos dias atuais, devido ao avanço tecnológico e à globalização da

economia a copmpetitividade exige que as emrpesas criem estratégias para

atender os clioentes com qualidade, tanto nos produtos quanto nos serviços.

Desta forma , a gestão da qualidade se torna um instrumento par que as

organizações atinjam o sucesso, visando a maximaziação dos resultados focado

no atendimento às necessiades dos clientes.

A Gestão de Qualidade permite que os empresários lidem com as

mudanças contínuas impostas pelo acelerado processo de mudanças que

ocorrem na economia globalizada. Deste ponto-de-vista se concebe a Gestão da

Qualidade Total (GQT) como uma forma de gestão que agrega valor aos produtos

e serviços da empresa, uma vez que está preocupada em desenvolver todos os

recursos organizacionais para enfrentar os desafios da competitividade. A GQT

busca sintonia entre recursos humanos, materiais e financeiros em busca do

sucesso empresarial. Nesta perspectiva a satisfação do cliente é conseguida por

meio de um processo permanente em que existe uma sinergia de recursos da

organização, inclusive entre as hierarquias, parar que haja a participação de todos

os membros com o objetivo maior de promover a melhoria contínua.

Longo (1996, p.4) afirma que:

A GQT valoriza o ser humano no âmbito das organizações, reconhecendo sua capacidade de resolver problemas no local e no momento em que ocorrem, e busca permanentemente a perfeição. Precisa ser entendida como uma nova maneira de pensar, antes de agir e produzir. Implica uma mudança de postura gerencial e uma forma moderna de entender o sucesso de uma organização.

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Figura 2- Gestão para a qualidade total Fonte: http://www.amrconsult.com/?page_id=437

Dessa forma compreende-se que a GQT deve ocorrer em um ambiente

organizacional democrático e dialógico, dentro do qual se fixarão das metas e

objetivos visando a melhoria da produtividade.

O conceito de Gestão de Qualidade Total (GQT), ou na terminologia

inglesa, Total Quality Management (TQM), é um tipo de gestão que se caracteriza pela busca contínua pela melhoria contínuas no processo de produção de bens e

serviços, tendo em vista a excelência na qualidade (MOREJÓN, 2005).

A Gestão de Qualidade Total (GQT) tem como princípio que um produto

ou serviço deve ter qualidade que satisfaça as necessidades e expectativas do

cliente. Além disto, a organização deve buscar a melhoria contínua em seu

processo produtivo, buscando eliminar também os erros e defeitos, que acarretam

aumento de custos. O treinamento e capacitação de funcionários são essenciais

para que a empresa alcance a meta de qualidade total no processo produtivo.

Conte e Durski (2007) relatam que a partir da década de 90, as Normas

ISO (International Organization for Standardization), se tornaram um modelo

internacional para a qualidade, sendo um dos requisitos básicos à implementação

bem sucedida de um processo de qualidade total. Desta forma, quando uma

empresa obtém a certificação ISO 9000, significa que está se organizando para

ter um padrão de qualidade do seu processo e, conseqüentemente, de seu

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produto, em um patamar confiável, o que resulta em garantia de qualidade para

os clientes.

As normas da série ISO 9000 dizem respeito à produção de bens e

serviços sob condições controladas, visando o planejamento e controle do

processo produtivo. Para Freitas (2011, p.1) “As normas da ISO 9001: 2008

propõem um sistema de gestão da qualidade baseado em uma série de princípios

internacionalmente reconhecidos”.

O maior controle de qualidade na produção pode ser a partir da adoção

de normas da ISO 9001, que é uma norma internacional que estabelece requisitos

para o Sistema de Gestão da Qualidade das empresas, gerando maio

confiabilidade a fornecedores e clientes. Alguns benefícios da adoção das normas

ISO 9001 para a organização são: identificar todas as necessidades dos clientes,

bem como seu de satisfação; avaliar e processos; melhoria contínua; melhora na

gestão e alcance de resultados; assegurar a confiabilidade do cliente.

De acordo com Freitas (2011) o sistema de gestão da qualidade baseado

na ISO 9001 devem levar em consideração os seguintes aspectos: a) ambiente

organizacional;b) riscos associados ao ambiente; c) mudanças no ambiente; d)

necessidades da organização; e) objetivos específicos; f) produtos fornecidos e

os serviços prestados; g) processos necessários; h)complexidade da estrutura; e

i) porte da organização.

Figura 3 - PDCA na ISO 9001 Fonte: http://www.qsp.org.br/saiba.shtml

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Os sistemas de qualidade na verdade são um desafio para as

organizações, sendo que a certificação desta é realizada através de normas

específicas.

1.2. Considerações históricas

O conceito de Qualidade passou por uma evolução histórica, sendo que

inicialmente era associada à forma e às especificações de como um produto era

fabricado. Foi a partir da crescimento da economia e das transformações no

cenário comercial é que este conceito passou a ser relacionado com a satisfação

do cliente. Posteriormente o conceito evoluiu para a visão de satisfação do

cliente. Gurgel Junior e Vieira (2002, p.1) relatam que:

A qualidade como objeto de atenção gerencial pode ser identificada desde os primórdios da atividade manufatureira, ainda no período em que predominava a produção em caráter artesanal. A observação por parte dos mestres-artesãos aos aprendizes era o principal instrumento de controle da qualidade, cujo objetivo era evitar falhas no processo de manufatura.

Embora, o aspecto histórico da qualidade remonte a épocas antigas, a

sua sistematização, ou seja, a preocupação com a qualidade de forma racional e

principalmente documentada, é fruto do século XX (JURAN, 1993).

De acordo com o estudo realizado por Gurgel Junior e Vieira (2002)

verifica-se que entre as décadas de 50 e 60 ocorreu uma evolução no

gerenciamento das empresas. Esta transformação teve início no Japão, após a

Segunda Grande Guerra. Nesta época tem início a Era da Garantia da Qualidade,

que tinha como principal meta a prevenção de problemas.

Segundo Michel e Gomes (2004, p.3) “no período de 1950 a 1960, o

controle estatístico do processo e o CCQ foram as atividades principais no sentido

de melhorar a qualidade dos produtos, através da melhoria”.

Desde a sua origem o TQC foi analisado por diversos estudiosos que

buscavam a melhoria da produtividade e o aumento da competitividade das

indústrias.

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No início do século XX o controle de qualidade avança, onde passa a

existir um supervisor que assumia a responsabilidade pela qualidade. Gurgel

Junior e Vieira (2002, p.4) salientam que:

Na atualidade, a qualidade é encarada como um conjunto de atributos essenciais à sobrevivência das organizações num mercado altamente competitivo, objeto da gerência estratégica, líder do processo, que envolve planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos e mobilização de toda organização.

Ainda baseado nas idéias de Gurgel Junior Vieira (2002), pode-se dizer

que dessa forma o controle de qualidade total ocasionou um impacto mais

acentuado sobre os processos gerenciais e técnicos dentro das empresas.

Paralelamente a esta evolução do conceito de qualidade, surgiu a visão de que o

mesmo era fundamental no posicionamento estratégico da empresa perante o

mercado. O conceito e a aplicação da qualidade passaram por diversas etapas,

como demonstra a tabela 1:

Identificação das características

Inspeção Controle Estatístico da Qualidade

Garantia da qualidade

Gestão estratégica da qualidade

Ênfase Uniformidade do produto

Uniformidade do produto com menos inspeção

Toca a cadeia de produção desde o projeto até o mercado e a contribuição de todos os grupos funcionais

A necessidade do mercado e do consumidor

Métodos Instrumentos de medição

Instrumentos E técnicas estatísticas

Programas e sistemas

Planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos e mobilização da organização.

Quem é o Responsável pela qualidade

Departamento de inspeção

Os departamentos de produção e engenharia

Todos os departamentos e a alta gerência só se envolve perifericamente

Todos na empresa coma alta gerência exercendo forte liderança

Orientação e abordagem

Inspeciona a qualidade

Controla a qualidade

Constrói a qualidade

Gerencia a qualidade

Tabela 1 - As quatro principais eras da qualidade Fonte: MARTINS ; COSTA NETO (1998)

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CAPÍTULO II

QUALIDADE NO ATENDIMENTO

2.1. Necessidades dos clientes

As pessoas manifestam preferências por determinados bens e serviços.

Devem-se entender bem os conceitos de necessidade, desejos e demanda para

entender melhor os clientes. Conforme Kotler (1993, p. 33), tais conceitos podem

ser definidos como:

• Necessidade Humana: é o estado de privação de alguma satisfação

básica,

• Desejos: são vontades para a satisfação específica das necessidades mais

profundas,

• Demanda: são desejos de produtos específicos apoiados na habilidade e

vontade de comprá-los.

O atendimento às necessidades dos clientes é determinante para a

retenção e captação de clientes. Segundo Mirshawka (1993, p. 48), a satisfação

do cliente pode ser explicada como sendo um estado no quais as necessidades

dos clientes, seus desejos e suas expectativas são atendidos ou excedidos.

Para um bom entendimento das necessidades dos clientes, devem ser

analisadas outras variáveis, que não estão inteiramente relacionadas com o

produto ou serviço. Deve-se pesquisar além das necessidades estabelecidas pelos

clientes com o objetivo de descobrir as necessidades não mencionadas e, também

avaliar os aspectos regionais e culturais “As necessidades dos clientes incluem as

necessidades culturais, que raramente são formuladas abertamente (JURAN,

2000, p. 68)”.

As pessoas têm necessidades humanas que estão estabelecidas dentro

de uma hierarquia, a partir da necessidade mais imprescindível para a menos

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urgente. Maslow (apud Kotler, 1993, p. 220) estruturou uma pirâmide para apontar

a hierarquia das necessidades.

A Teoria de Motivação proposta pelo psicólogo Abrahan Maslow, que é

muito respeitada no meio acadêmico e empresarial é a Teoria de Necessidades

Humanas. Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as

necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa

hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão as

necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades

mais elevadas (as necessidades de auto- realização).

Figura 4- Hierarquia das Necessidades Humanas de Maslow

Fonte: Faria (2008)

Vergara (2000) explica a Teoria da Hierarquia das Necessidades

Humanas apresenta como eixo a questão das necessidades humanas. Segundo a

autora para o psicólogo Maslow estas necessidades se organizam

hierarquicamente e a busca para satisfazê-las é o que motiva o ser humano.

De acordo com Vergara (2000, p. 42) “a motivação é uma força, uma

energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa”

O indivíduo age impulsionado por fatores intrínsecos, entretanto as

organizações têm a visão de que somente fatores extrínsecos é que determinam

a motivação dos indivíduos, por isso utilizam como ferramenta as recompensas e

prêmios.

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Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações

anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá

eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida ou

compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na

vida pessoal

A motivação do cliente está relacionado ao valor percebido em relação ao

produto ou serviço da empresa.

Vieira et al (2009, p.3) explica que:

O valor é o principal objetivo e regulador das ações em menor nível do consumidor, inclusive as intenções de confiança para com o provedor de serviços. [...] consumidores indicarão, por meio de comportamentos e práticas, intenções de aumentar a confiança para com o provedor de serviços caso, ao longo desse relacionamento, sejam percebidas ações que reúnam valor para este e, com isso, atingindo seus objetivos superiores. Por outro lado, o consumidor sentir-se-á motivado a se desengajar dessa relação, caso perceba a falta desse valor, abalando, assim, sua confiança para com o provedor

Medidas baseadas nas expectativas dos clientes são importantes,

Devendo ser enfatizadas as necessidades de correlacioná-las com outras

medidas internas para beneficiar a empresa na análise crítica do que deve ser

atingido para atender tais expectativas, como: durabilidade, desempenho do

produto, inovação, etc.

2.2. Satisfação dos Clientes

A satisfação do cliente é a diferença entre as expectativas do cliente a

percepção do atendimento a essa expectativa, ou seja, é aquilo que o cliente

espera da empresa. Segundo Bogmann (2000 p.121):

A satisfação pode ser definida quase que simplesmente como a extensão pelas quais as expectativas dos clientes relativas a um produto ou serviço são atendidas pelos benefícios reais que recebem.

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Normalmente, diz-se que clientes satisfeitos têm maior chance de ser um

cliente fiel, pois sua satisfação está ligada ao nível de atendimento recebido.

Estando satisfeitos, voltam à organização buscando ser bem atendidos, pois

percebem o valor do seu dinheiro para ela.

Para Kotler (2000, p.58) “a satisfação consiste na sensação de prazer ou

desapontamento resultante da comparação do desempenho percebido de um

produto em relação às expectativas do comprador.”

No sentido da satisfação do cliente, Barnes (2002, p. 59), já coloca que a

satisfação do cliente é determinada como a concordância com as perspectivas dos

clientes com relação à condição de compra, a atuação e o consumo do produto ou

serviço. Por tal motivo, torna-se imperativo atuar na área de projeto, procedendo,

junto aos clientes ao estudo metódico de suas necessidades, acarretando um

estreitamento de contato com eles.

A satisfação ou insatisfação do cliente depende da experiência contraída,

após a compra de um produto ou serviço. No caso da insatisfação, o cliente pode

detectar defeito e agir de formas diversas, tais como: não aceitar o produto

defeituoso ou ficar indiferente ao defeito.

Já para Kotler (2000, p. 58), a “satisfação consiste na sensação de prazer

ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado)

percebido de um produto em relação às expectativas do comprador”. Pode-se

então, interpretar pelas colocações desses autores que a satisfação do cliente é

um misto de percepção, avaliação e momento psicológico.

Conforme Anderson e Fornell (1994 apud Barcellos, 2000, p. 5),

“satisfação do cliente é a avaliação continua da habilidade da marca em

proporcionar os benefícios que o consumidor está buscando”.

Assim, de acordo com esses autores, uma das variáveis que mais

influencia a satisfação do cliente, segundo estudos de diversos autores, é a

expectativa: quanto maior, mais difícil será satisfazer o cliente. Outros estudos

mostram que quanto maior for seu nível cultural, maiores serão as expectativas

dos consumidores.

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Figura 5- Manifestação da Insatisfação pelo Consumidor Fonte: KOTLER (1993, p. 237).

Observa-se, pela figura 5, que negócios e dinheiro podem ser perdidos,

tendo em vista à não-reclamação dos clientes e que, assim, torna-se importante

para as organizações incentivar os clientes a cumprir seu “feedback”, tendo a

empresa, possibilidades de gerir os problemas da melhor forma. Conforme Kirkby

et al (2003, p. 17) podem ser aplicadas técnicas para um melhor entrosamento da

experiência do cliente como:

• Relatórios periódicos sobre a absorção e retenção de clientes, bem como

reclamação e satisfação,

• Um centro de excelência pode ser criado,

• Direta interação do cliente com todos os níveis de funcionários,

• Construção de mecanismos, como revisão de contas e oficinas de serviço

(workshops) para o uso das informações dos clientes na tomada de

decisão,

• Treinamento contínuo dos funcionários em como administrar seus

comportamentos como algo de valor.

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Na busca da qualidade no atendimento aos clientes, deve-se avaliar a

condição de ouvir a voz do cliente, perceber suas necessidades, desejos e

expectativas, proporcionando a sua fidelidade, retenção e admiração.

Pilares (1989, p. 16) coloca em seu livro Atendimento ao cliente a

importância que um funcionário tem dentro da empresa. Que o funcionário tenha

bem claro que ele é o elo de ligação entre o cliente e a empresa que trabalha. Já

para o cliente, o funcionário é a própria empresa.

Segundo este autor todo funcionário que atende um cliente tem a

responsabilidade de atender bem. Ele precisa ter muito cuidado com o

preconceito, procurando sempre atender o cliente da maneira que gostaria de ser

atendido. Deve haver respeito na forma de tratar, ser cortez, sincero; procurando

tratá-lo de senhor (senhora), ao menos que o mesmo explicite que prefere ser

chamado por “você”,

Ressalta ainda que ao atender um cliente o funcionário deva fazê-lo

sempre com um sorriso, isso facilita a relação com o cliente. Procurar sempre

tratá-lo pelo nome.

Gerson (2001, p. 3) em seu livro “A experiência no atendimento ao

Cliente” coloca que promover excelentes serviços aos clientes pode ser uma

diferença crítica de sua empresa.

Hoje o atendimento aos clientes não esta somente ligado em fazer um

produto de qualidade, embora isto seja uma parte muito importante desse

atendimento.

Esse autor coloca que o atendimento ao cliente envolve as atividades da

empresa e seus funcionários para satisfazê-lo. Isso fica claro que mais que

atender reclamação, providenciar reembolsos ou trocas de devoluções ou sorrir

para os clientes, o atendimento ao cliente também significa sair em busca do

mesmo, procurando fazer o possível para satisfazê-lo procurando tomar decisões

que lhes tragam benefícios.

O atendimento aos clientes se paga, ele não custa. Ele se paga de várias maneiras, a primeira das quais é a manutenção do cliente em longo prazo. Muitas empresas compreendem o custo de obter um cliente, mas não entendem o custo de perder um cliente. De fato, custa cinco a seis vezes mais conseguir um cliente novo do que fazer negócios com um cliente antigo (GERSON, 2001, p. 03)

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Esse autor deixa muito claro que um atendimento deficiente custa muito

para uma empresa. E um bom atendimento ao cliente não tem preço.

2.3. Fatores que influenciam o comportamento de compra

Segundo Karsaklian (2000, p.142), “o comportamento de compra dos

consumidores em geral, tem se modificado nos últimos tempos. Pode-se perceber

que seu comportamento difere muito do que era há alguns anos atrás”.

De acordo com Almeida (2000, p.97), pode-se afirmar que “o consumidor

é todo aquele que adquire ou consome algum produto. Todos ficam

caracterizados como consumidores visto que nesta definição não há uma

separação entre o consumidor, o comprador e o produto, pois de uma forma ou

de outra, todos estão consumindo”.

Kotler (1998, p.205) afirma que “os principais fatores que influenciam o

comportamento de compra do consumidor são os fatores culturais, sociais,

pessoais e os fatores psicológicos”. Os fatores culturais exercem a mais ampla e

profunda influência sobre o comportamento do consumidor.

Cultura Determinante fundamental dos desejos e do

comportamento de uma pessoa)

Subcultura Cada cultura consiste em subculturas menores

que fornecem identificação mais específica e

socialização para seus membros

Classe social Camadas sociais dentro das sociedades

humanas

Tabela 2 - Fatores que influenciam o comportamento de compra Fonte: KOTLER (1998)

Segundo esse autor, o comportamento de um consumidor é também

influenciado por fatores sociais como grupos de referência, família e papéis e

posições sociais. Os grupos de referência compreendem todos os grupos que tem

influência direta ou indireta sobre as atitudes ou comportamento da pessoa.

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Os consumidores geralmente tentam manter seu comportamento de compra de acordo com o que percebem ser os valores de seus grupos de referência. Existem ainda os grupos aos quais uma pessoa gostaria de pertencer chamados grupos de aspiração e o grupo de dissociação cujos valores ou comportamento são rejeitados por um indivíduo (KOTLER, 1998, p.207).

Segundo Mattar (2000, p.59) as decisões de um comprador são também

influenciadas por características pessoais, notadamente a idade e o estágio do

ciclo de vida, ocupação, situação econômica, estilo de vida, personalidade e auto-

estima.

Motivação

Motivações são estados internos que conduzem uma pessoa em direção à meta de satisfazer uma necessidade sentida. A ação é tomada para reduzir um estado de tensão e estabelecer o equilíbrio

Percepção É o significado que uma pessoa atribui aos estímulos recebidos através dos cinco sentidos – tato, olfato, paladar, visão, audição.

Aprendizagem A aprendizagem descreve as mudanças no comportamento de um indivíduo decorrente da experiência. A maior parte do comportamento humano é aprendida;

Crença e atitudes Através da ação e da aprendizagem as pessoas adquirem suas crenças e atitudes. Estas, por sua vez, influenciam o comportamento de compra.

Tabela 3 - Influências nas decisões do comprador Fonte: MATTAR (2000)

A classe social na qual o indivíduo está inserido também é fator cultural

que influencia o processo de compra. Para Kotler (1998, p.163), “classes sociais

são divisões relativamente homogêneas e duradouras de uma sociedade, que são

ordenadas hierarquicamente e cujos membros compartilham valores, interesses e

comportamentos similares”.

Os fatores culturais influenciam o estilo de vida das pessoas. Para

Churchill e Peter (2000) o estilo de vida é a maneira como os indivíduos

conduzem sua vida. Dessa forma, o indivíduo em seu processo de compra é

influenciado pelo meio cultural no qual está inserido.

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Conhecer a influência da cultura no processo de decisão de consumo é

fundamental para as empresas criarem estratégias de marketing que estejam

voltadas para atender as necessidades dos consumidores.

Em relação a isto Churchill e Peter (2005) explicam que a estratégia de

marketing requer atenção dirigida para identificação dos anseios dos

consumidores, pois a satisfação do cliente também gera lucro para as empresas.

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CAPÍTULO III

QUALIDADE NO ATENDIMENTO EM LOJAS DE

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

3.1. A expansão do mercado de construção no Brasil

No século XX as mudanças começaram a ser intensas, contínuas e cada

vez mais rápidas no mundo dos negócios.

No Brasil, a construção civil ganha grande destaque a partir da década de

50 inserida no ciclo de crescimento e desenvolvimento econômico do país. Devido

à este crescimento em 1957 foi criada a Câmara Brasileira da Indústria da

Construção - CBIC, no Rio de Janeiro , iniciado na década (Câmara Brasileira da

Indústria da Construção, 2000).

Na concepção de Barbosa Júnior (2009, p.1):

O setor da construção civil no Brasil vem sofrendo crescimentos consideráveis chegando a atingir por volta 5% do PIB brasileiro, devido à grande demanda nos últimos anos para este mercado. Com a concorrência cada vez mais equilibrada entre grandes e pequenos empreendedores, o setor estratégico destas empresas passou a dar uma maior importância para as técnicas de planejamento, controle da produção e também a qualidade dos bens e serviços oferecidos.

Na década de 90 o setor da construção civil foi responsável por mais de

70% do investimento da economia brasileira, sendo que em 1995 o montante foi

de R$ 48,05 bilhões e em 2001 foi de R$ 55,05 bilhões .Os principais fatores que

influenciaram o crescimento do setor foram: a globalização da economia,

eliminação de altas taxas de juros com o Plano Real e o aumento da

competitividade(ABIKO et al, 2003).

A idéia de qualidade chega ao setor da construção civil na década de 90,

provocando uma maior preocupação com o treinamento e capacitação dos

funcionários e motivação dos mesmos dentro das empresas. Observou-se uma

resposta muito positiva pelas empresas que investiram em programas deste tipo.

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A nova norma NBR ISO 9000:2000 enfatiza a importância dos treinamentos e a

verificação e comprovação de seus resultados.

Conforme Noro et al (2008, p.3) “o setor da Construção Civil tem

importância estratégica na economia brasileira pelo seu extraordinário efeito

multiplicador sobre os demais setores da economia e, consequentemente, sobre o

emprego, a renda e os impostos”.

A capacidade de geração de impostos confere grande importância à

cadeia produtiva da construção civil. Além disto:

O setor de construção é aquele que gera mais impostos indiretos líquidos e tem um papel importante sobre os impostos pagos por outros setores de atividade. Por outro lado, o setor da construção civil apresenta um dos mais baixos coeficientes de importação, inferior a 2% da demanda total. O setor também impacta direta e indiretamente a demanda por importação e a produção dos demais setores de atividade (ABIKO et al, 2003, p.14-15).

O efeito multiplicador do setor pode ser observado quando analisados os

segmentos que formam a cadeia produtiva, tais como a indústria de cimento,

cerâmica, material elétrico, tintas e plásticos, que cresceu 6,4% em 2006, e pelo

comércio de materiais de construção, que engloba a comercialização dos mais

diversos materiais utilizados em obras, e apresentou crescimento de 6,7% tendo

como um dos fatores impulsionadores a melhoria das condições de crédito do

país. (NORO et al, 2008).

Os dados do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

divulgou em 2006 a pesquisa anual da Indústria da Construção no Brasil,

demonstrando os seguintes dados:

Número de empresas

Consumo de materiais de construção

Receita bruta total Valor bruto da produção

109. 144 25. 457 .912* 113. 834. 170 111. 605. 134 Fonte: Adaptado dos dados do IBGE (2006) * valores em 1 000 R$

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A análise dos dados da tabela acima evidencia que o setor da construção

civil atingiu um grande crescimento no ano de 2006, tendo um número

significativo de empresas. Os dados do IBGE (2006) demonstram que a maior

concentração do setor de construção civil se encontra distribuído por regiões da

seguinte maneira:

Regiões do Brasil Número de empresas Norte 5. 063. 392 Centro-Oeste 8. 990. 136 Sul 14.263. 376 Sudeste 68. 314. 002 Fonte: Adaptado dos dados do IBGE (2006)

Devido à importância para a economia do país, este setor é denominado de

Construbusiness. De acordo com Stahl e Pacanhan (2009, p.1):

A cadeia produtiva da construção civil é denominada desde o início da década de 1990 como Construbusiness, e é composto por cinco segmentos: material de construção, bens de capital para a construção, edificações, construção pesada e serviços diversos.

Vanderley et al (2001) salientam que o termo Construbusiness foi criado

pela indústria da construção brasileira visando auxiliar a sua organização política.

Este conceito está relacionado ao macro- desenvolvimento do setor da

construção civil, incluindo a indústria de construção demais segmentos industriais

que estão indiretamente ligados a estas atividades.

De acordo com estes autores, o Construbusiness no Brasil, corresponde

a 14 % do Produto Interno Bruto (PIB) , sendo na União Européia (UE),

corresponde a 11% do PIB. Na visão de Haga e Sacomano (1999, p.2):

A indústria de construção civil vêem ganhando uma nova importância através da utilização de um novo conceito econômico chamado Construbusiness para as atividades encadeadas no processo produtivo de construção civil. Quando cada projeto de construção sai do papel para o canteiro de obras, inicia-se um processo de encadeamento de atividades produtivas que, no conjunto das atividades do setor, transforma o Construbusiness numa das mais poderosas alavancas do desenvolvimento sustentado do país.

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No ano de 2008, devido à crise mundial ocorreu uma retração neste

setor. O impacto da crise econômica mundial levou à redução de 30% para 15%

no crescimento deste setor.

O Brasil é, na verdade, um grande canteiro de obras e é também o

mercado mais cobiçado no hemisfério sul pelos investidores estrangeiros. A

indústria internacional acelera o ritmo de crescimento e de investimentos no

Brasil.

De Chiara (2010, p.1) afirma que:

Nos primeiros quatro meses do ano (2010), a venda da indústria para o comércio do setor aumentou cerca de 20% na comparação com igual período de 2009. Nas lojas, o acréscimo foi igualmente significativo e atingiu 9,5% até maio na comparação anual.

Inserido no contexto de transformações sociais e econômicas da

sociedade brasileira, o setor de construção civil apresentará nos próximos anos

um grande crescimento impulsionado também pelo evento da Copa do Mundo de

2014 que terá sua sede no Brasil, especialmente na região sudeste do país. Este

evento proporcionará o aumento de investimentos em infra-estrutura, propiciando

o aquecimento de diversos segmentos da construção civil.

Como um dos setores mais beneficiados com oeste evento, há

prospecção de a produção total neste ramo, entre 2010 e 214 seja de

aproximadamente 144,6 bilhões (CORRÊA, 2010). De acordo com Pellerano

(23009, p.1):

A construção civil promete ser o motor da economia brasileira nos próximos cinco anos. A preparação para a Copa do Mundo de Futebol deve transformar o país em um grande canteiro de obras, o que permite ao setor fazer planos para reiniciar o ciclo de crescimento interrompido em 2008 pela crise mundial. As empresas da construção civil já registram melhoras, e garantem que o segmento passará por um aumento de contratações para atender à demanda.

Os Jogos Olímpicos de 2016 também significará uma oportunidade de

crescimento para o setor da construção civil no Brasil.

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3.2. A importância da qualidade no atendimento em lojas de materiais de

construção

No terceiro milênio o modelo de gestão de recursos humanos evidencia a

necessidade de valorização das pessoas para sobreviver em espaços

competitivos gerados pela globalização e pelo neoliberalismo.

Na Era da Informação - em que já estamos aprendendo a viver - as mudanças que ocorrem nas empresas não são somente estruturais, são, sobretudo, mudanças culturais e comportamentais, transformando o papel das pessoas que delas participam (CHIAVENATO,1999, p.40).

Neste sentido, é importante que as lojas de materiais de construção a fim

de obterem sucesso, desenvolvam novas posturas em relação à administração

dos recursos humanos.

Dito em outras palavras, a Administração de Recursos Humanos - ARH

nestas empresas de material de construção civil está se diferenciando do antigo

contexto industrial clássico, no qual ela foi gerada, pois atualmente as pessoas

dentro das organizações não são mais vistas como apenas um recurso a ser

administrado.

Conforme Chiavenato (1999, p.40) na Era da Informação “a ARH está

deixando de ser a área voltada para trás, para o passado e para a tradição, e

algumas poucas vezes para o presente, para constituir-se em área aprumada

para frente, para o futuro e para o destino da empresa”.

Outra tendência da nova forma de gestão de pessoas é o novo construto

que subjaz processo de aprendizagem como fator relevante para o

desenvolvimento profissional e autônomo, embasado em experiências anteriores

que podem levar á reflexão sobre suas próprias ações presentes.

Nesta perspectiva, o treinamento de pessoas nas organizações, deixa de

ser um conjunto de treinamentos que propicia à pessoa o conhecimento sobre o

que executa e passa a ser a treinabilidade, que é a absorção da aprendizagem

tendo em vista conseqüências futuras. (BOOG, 1994).

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O treinamento vem sendo aplicado em grande parte das

organizações,para melhoria nas condições de trabalho e maior capacitação dos

funcionários, podendo levar a empresa a um potencial elevado.

A área de treinamento vem crescendo a cada dia para melhorias nas

habilidades dos funcionários nos setores operacionais e técnicos.

Dessler( 2003,p.140) define treinamento como sendo “o conjunto de

métodos usados para transmitir aos funcionários novos e antigos as habilidades

necessárias para o desempenho do trabalho.”

Segundo Dessler(2003,p.140) “treinamento também pode significar

educação complementar,porque os programas de qualidade partem do

pressuposto de que os funcionários sabem produzir tabelas e gráficos e analisar

dados”.

Para Marras(2000,p.145)”treinamento é um processo de assimilação

cultura a curto prazo,que objetiva repassar reciclar conhecimentos,habilidades ou

atitudes relacionados diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no

trabalho”.

Modernamente o treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas, inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais, e cada vez, mais valiosos (CHIAVENATO,1999, p.295):

Diante das mudanças, novos paradigmas surgem e trazem com eles

novos desafios para as lojas de materiais de construção civil. Conforme Malvezzi

apud Boog (1994, p.15) outra tendência constatada no escopo profissional é o

reconhecimento de que a aprendizagem não é um fator relacionado apenas às

condições interna dos indivíduos, mas igualmente dependente de fatores

externos. Conforme esse autora, a integração destas duas ordens de fatores

caracteriza a treinabilidade.

Desse modo, nasce uma nova configuração sobre as funções da área de

Recursos Humanos e que também existe uma nova concepção de trabalho. O

trabalho pode ser definido como um conjunto de condições materiais, sociais e

culturais, podendo atingir ou não as necessidades do trabalhador.

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Sob o paradigma de uma visão global-holística que desponta gradativamente, o trabalho dispõe de profunda dimensão que extrapola os limites sóciopolíticos, caracterizando uma relação mais humanizada entre as partes que o compõem. Esta concepção enseja uma proposta que apregoa elementos integrativos da tríade: homem, natureza e sociedade, incorporando os seguintes níveis: mente/corpo, cultura/vida e pragmática e vida instantânea. (KANAANE, 1995, p.25)

Diante do exposto, tem-se que é preciso que as lojas de materiais de

construção adotem novas concepções sobre o trabalho para que possam delinear

novas perspectivas. Para Kanaane (1995), o entendimento do trabalho como uma

forma de realização do homem é também uma forma de apreender o sentido real

que o trabalho enseja.

3.3.Técnicas de Treinamento

A maioria dos treinamentos ocorre durante a execução do próprio

trabalho. Apesar de o custo ser bem menor, este treinamento pode perturbar o

local de trabalho e os colegas, bem como um aumento nos erros operacionais.

3.3.1.Treinamento no trabalho

Com o mundo atual,as empresas devem se tornar empresas mais

competitivas em constante mudança,mostrando que elas tem aplicado

treinamento dentro da organização para melhoria de seus funcionários,por um

custo menor.Desta forma a empresa está qualificando seus empregados sem que

saiam do trabalho.

Existem vários tipos de treinamento no trabalho, o mais comum ou

familiar é o método da substituição, onde segundo Dessler (2003, p.144) “o

funcionário é treinado no cargo por um trabalhador com experiência ou pelo

supervisor”.

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De acordo com ROBBINS (2000, p.245) “os métodos populares de

treinamento no trabalho, encontra-se o rodízio de cargos e a orientação. O rodízio

de cargos envolve transferências laterais que capacitam os funcionários a

trabalharem em funções diferentes.

Os funcionários conseguem aprender uma ampla variedade de cargos e

ganham uma percepção maior da interdependência dos cargos e uma perspectiva

mais ampla das atividades da organização.Os novos funcionários frequentemente

passam a conhecer seus cargos sob a orientação de um veterano mais

experiente,com o qual fará seu aprendizado ou,como é chamado nos cargos

burocráticos,desenvolverá uma relação de preparação ou orientação.”

Devido as empresas terem que se qualificar para dar um bom

atendimento a seus clientes,o treinamento dentro da organização faz com que o

custo desses treinamentos seja menor e o desgaste do funcionário quanto a

viagem passa a não existir,com isso o empregado passa obter uma qualificação

imediata podendo aplicar em seu trabalho.

3.3.2. Treinamento fora do trabalho

Devido a concorrência e competitividade das organizações as empresas

tem procurado aplicar esse tipo de treinamento fora do trabalho,recorrendo a

pessoas profissionais nesta área para aplica-lo.

Existe uma série de métodos para treinamento fora do trabalho que os

gerentes podem desejar tornar acessíveis aos funcionários. Os mais populares

são palestras,vídeos e exercícios de simulação.

O treinamento fora do trabalho pode recorrer a consultores externos

,faculdades ou pessoal interno (ROOBBINS,2000,p.245).

Dessler (2003, p.145) nos fala do treinamento por simulação, ‘é uma

técnica de treinamento fora do trabalho no quais os treinandos aprendem no

equipamento que usarão no trabalho ou em equipamentos simulados. O objetivo

do treinamento por simulação é conseguir as vantagens do treinamento no

trabalho sem a necessidade de colocar o treinando no trabalho’.

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Os dois autores mostra algumas forma de treinamento fora do

trabalho,através de profissionais qualificados e também treinamento no próprio

instrumento de trabalho.

3.3.3. Treinamento a distancia por videoconferência.

O vídeo treinamento é uma forma de treinar vários funcionários de

localidades diferentes,onde todos podem se comunicar. DESSLER (2003, p.146)

comenta que ‘a vídeo conferencia permite que as pessoas em uma localidade

comuniquem-se ao vivo com pessoas em outras cidades ou paises ou com

grupos em varias outras cidades. Os links de comunicação são estabelecidos

pelos envios de sinais comprimidos de áudio e vídeo por meio de linhas

telefônicas ou canais de satélite. ’

Treinamento a distancia tornou-se um meio de diminuir custos e levar o

conhecimento as pessoas. Segundo Boog (2001, p. 124) o e-learning é o

aprendizado via internet. Possui vários componentes no processo como o

conteúdo, o controle e as pessoas que fazem acontecer.

Treinamento presencial tem ficado um pouco mais longe de nossa

realidade, devido à inovação dos cursos a distancias que se tornaram mais

viáveis devido ao baixo custo. Empresas devem apresentar um boa infra estrutura

para que se possa criar os intranets (rede IP).

Boog (2001, p.127) diz ”As empresas inovadoras já estão simulando

classes de aulas virtuais, livros eletrônicos. Estão oferecendo, por servidores de

web, seminários e eventos usando ferramentas de áudio e vídeo. ’ Estas

ferramentas é que compõem o treinamento a distância em rede).

Para Kanaane e Ortigoso (2001,p.56) o treinamento a distância substitui

a interação pessoal,na sala de aula,de professor e aluno,como meio preferencial

de ensino.Neste novo tempo o treinamento a distancia vem ganhando espaço

dentro das organizações,com isto levando conhecimento aos funcionários.

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CONCLUSÃO

A partir da pesquisa realizada foi possível apreender que diante da

evolução dos negócios e aumento da competitividade a qualidade na prestação

de serviços em lojas de materiais de construção civil ganhando cada vez mais

espaço, objetivando o alcance da efetividade e satisfação do consumidor.

A partir da análise empreendida neste estudo foi possível constatar que

as intensas transformações ocorridas nas últimas décadas influenciaram de modo

decisivo a gestão de pessoas dentro das organizações.

A gestão de pessoas é uma área desafiadora para os dirigentes das

organizações. A valorização das pessoas em seu ambiente de trabalho influencia

o processo de gestão, ou seja, o comprometimento das pessoas com a empresa.

Assim, a adoção de uma prática de gestão de pessoas voltadas para a

valorização do capital humano se torna um instrumento de competitividade para a

empresa.

Diante desta realidade se torna necessário que as organizações busquem

melhorias em sua capacidade de administração, pois seu sucesso ou fracasso

está diretamente relacionado à forma como administra os recursos materiais,

financeiros e humanos.

Conforme os dados consultados na literatura pode-se verificar que para

lidar com o trabalho em equipe as empresas devem adotar a nova gestão de

pessoas, buscando a valorização do capital humano, pois, as pessoas constituem

o elemento fundamental da empresa, sendo responsáveis pela inteligência do

negócio, bem como pela racionalidade nas decisões.

Os resultados deste estudo demonstram que a partir das transformações

ocorridas na sociedade o capital intelectual passou ser a fonte de riqueza das

organizações. Por esta razão na atualidade a gestão de pessoas deve ter foco

conhecimentos, habilidades, atitudes das pessoas no ambiente de trabalho.

Uma das formas das lojas de material de construção promoverem

serviços de qualidade, atendendo as necessidades dos clientes é por meio da

qualificação de seus funcionários , com treinamentos. Os treinamentos podem ser

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realizados dentro ou fora da empresa.Também podem ser realizados de forma

virtual ou presencial.

Foi possível verificar que o principio básico da qualidade é entendido

como procurar fazer o melhor, satisfazer os clientes, atendendo suas

necessidades. A realização deste estudo trouxe a compreensão de que através

da gestão de qualidade é possível administrar com competência e eficácia lojas

de material de construção.

Em síntese, compreende-se que a melhoria no desempenho, o

aprimoramento dos processos, como também a eficiência e eficácia no

atendimento ao cliente é possível com a implantação da gestão de qualidade

Na perspectiva de um processo de melhoria contínua, através da

implementação da gestão de qualidade nas lojas de materiais de construção civil

pode garantir a sua sobrevivência no mundo dos negócios.

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