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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO ¨LATO SENSU¨ PROJETO A VEZ DO MESTRE A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA NO DESEMPENHO DOS EMPREGADOS Por: Adriana Pereira Coutinho Orientador Prof: Carlos Cereja Rio de Janeiro Julho/2010

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · O terceiro capítulo trás a liderança como diferencial para o mercado de trabalho, abordando o termo comprometimento como fator

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO ¨LATO SENSU¨

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA NO DESEMPENHO DOS

EMPREGADOS

Por: Adriana Pereira Coutinho

Orientador

Prof: Carlos Cereja

Rio de Janeiro

Julho/2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO ¨LATO SENSU¨

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA NO DESEMPENHO DOS

EMPREGADOS

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão Empresarial.

Por: Adriana Pereira Coutinho

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais que devo tudo ao que aprendi ao que vivi

e ao que sou. Ao meu noivo Sandro pela compreensão e

ajuda, para que eu pudesse tornar em realidade o título

alcançado. Aos professores do curso de pós- graduação,

pelos ensinamentos e incentivos nas horas mais difíceis.

Ao professor Carlos Cereja, que me orientou na

realização dessa monografia e a todos os amigos, que de

alguma forma, me ajudaram e incentivaram a continuar e

vencer mais esta etapa de minha vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, os quais são

sem dúvida nenhuma a minha maior

fonte de inspiração e a Deus... O nosso

verdadeiro líder.

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“Líderes fazem com que homens

comuns façam coisas incomuns”

Peter Drucker

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RESUMO

Atualmente o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, com

isso as empresas estão em busca de pessoas com diferencial ideal para

alcançar o sucesso desejado. Muitos Líderes que atuam no mercado não estão

preparados para desempenhar o papel de desenvolver pessoas. A maioria das

empresas está em busca de líderes que tenham habilidades e competências,

que saibam equilibrar e conquistar com naturalidade o respeito das pessoas,

que desenvolve trabalhos de confiança e cooperação, que passem uma

postura positiva. Mas é muito difícil encontrar líderes com tantas habilidades e

características, pois encontramos líderes focados somente em processos e

produtos e não nas pessoas. Por esta razão faz-se fundamental um estudo

acerca da influência da Liderança no desempenho dos empregados. A

liderança tem um papel crucial para a compreensão do comportamento do

indivíduo, pois é o líder quem geralmente oferece a direção em relação ao

alcance dos objetivos. Considerando a importância da função da liderança para

obtenção de resultados satisfatórios, é fundamental que o líder, além do

conhecimento técnico específico, saiba lidar com pessoas, desenvolvendo

habilidades para exercer liderança através de um bom relacionamento

interpessoal. Os efeitos da globalização promovem mudanças rápidas, o que

faz com que as empresas necessitem cada vez mais de novos líderes

preparados para o futuro. A escassez de líderes no mercado mostra que as

práticas tradicionais de desenvolvimento de lideranças não estão funcionando,

é preciso atacar o entendimento distorcido sobre o que é liderança e como

melhorá-la.

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METODOLOGIA

O trabalho apresentado foi realizado através de pesquisa de caráter

exploratório enfatizado e estudos bibliográficos, que visa desenvolver material

publicado em livros e redes eletrônicas, de forma a levantar possíveis meios de

se atingir um melhor desempenho dos funcionários nas organizações.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

CAPITULO I

O Percurso da Liderança 12

CAPITULO II

Aspectos Fundamentais da Liderança 19

CAPITULO III

Liderança como Diferencial para o Mercado de Trabalho 33

CAPITULO IV

O Impacto da Liderança no Desenvolvimento de Equipes

de Elevado desempenho 48

CONCLUSÃO 59

BIBLIOGRAFIA 62

ÍNDICE 65

FOLHA DE AVALIAÇÃO 67

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INTRODUÇÃO

A linha histórica da humanidade demonstra que as transformações e as

evoluções acontecem desde que o homem desenvolveu os conhecimentos e

habilidades necessárias para trabalhar o meio físico, simplificá-lo e transformá-

lo segundo suas carências. Por ser criativo, ele inventou as roupas, os abrigos,

os instrumentos, as ferramentas, a linguagem e outros dispositivos que,

somados a estes, aceleraram o processo de mudança, desencadearam o

progresso e o surgimento das organizações.

Tudo isto leva a crer que a mudança é um fenômeno que vem

acompanhando o homem desde os seus primórdios, por isso as mudanças já

não nos surpreendem, o que nos causa espanto é a velocidade e a

profundidade com que elas acontecem.

Na grande arrancada rumo ao terceiro milênio, a humanidade por ser

palco das transformações cada vez mais rápidas e expressivas, encara as

mudanças como uma constante na vida do homem das organizações. A

implementação de todas as mudanças requer um novo modelo de atuação.

Dessa forma surge uma questão, qual é o papel da liderança nas empresas

para se obter o melhor desempenho dos empregados de maneira contínua, a

fim de atingir o sucesso da organização?

O interesse em trabalhar este assunto foi para melhorar o conhecimento

e técnicas de liderança e o desejo de ver um profissional desenvolver o papel

de líder dentro dos contextos da empresa, agindo no sentido de capacitar e

definir metas e desafios aos liderados, conduzindo-os na direção de atingi-los.

O objetivo do presente estudo está em passar uma visão mais profunda

do comportamento das pessoas em posições de líderes com a finalidade de

desenvolver grupos e organizações mais produtivas e eficazes.

A liderança, então, como fator influenciador no desempenho dos

empregados, impulsiona-o de maneira que este profissional exerça suas

habilidades, desenvolva sua função com eficiência, carregando em si seus

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10 interesses, motivações, auto-estima e talento para alcançar metas e

direcionamento na organização.

O método utilizado para obtenção de informações e dados necessários

ao desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa bibliográfica. Através da

seleção de autores de obras relacionadas à gestão de pessoas, bem

como trabalhos ligados à psicologia para administradores, pretendeu-se

mostrar que nas organizações, atualmente, é um desafio para os gestores

lidar com o comportamento humano.

As organizações são formadas por grupos de pessoas que precisam ser

coordenadas em seus esforços individuais, por isso, a necessidade de um

profissional que use com eficácia seus recursos pessoais no cumprimento de

responsabilidades, a fim de obter lucro e atingir as metas da organização.

Logo, é preciso que as empresas percebam que a liderança é um fator

influente e decisivo.

A psicologia, enquanto ciência disponibiliza importantes conhecimentos

sobre o assunto liderança, auxiliando os profissionais a conhecerem os

diferentes aspetos de habilidades e estudos nela inscritos para serem utilizados

na sua vida profissional.

Liderança, no desenvolver deste trabalho, não possui uma única

definição que englobe e sustente todos os aspectos contidos nessa tarefa, mas

inúmeros pesquisadores da administração apontam a sua importância no

processo de desenvolvimento e sucesso de uma organização.

A escolha desse tema é, além de tudo, pessoal. A vivência e

dificuldades enfrentadas nas empresas fizeram-nos questionar sobre o

verdadeiro papel de um líder e sua relação direta com o grupo e como auxiliá-lo

a encontrar as melhores práticas de conduta e relacionamento.

Observa-se também o grande número de profissionais não capacitados

para essa tarefa de liderar grupos, e com isso interfere diretamente na

motivação dos indivíduos que fazem parte desse núcleo.

Para se manter líder e guiar o grupo no cumprimento de suas tarefas,

tornam-se necessários conhecimentos e habilidades, principalmente

discernimento para diferenciar e adequar o estilo de liderança a ser adotado na

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11 organização. Sendo assim, torna-se imprescindível uma perfeita administração

destas variações de características, ou seja, uma liderança que funcione

como mediadora, visando que as pessoas trabalhem numa perfeita sintonia

dentro do ambiente do trabalho. E nesse sentido, justifica-se esta monografia

de resgate do papel do líder no desenvolvimento do profissional nas

organizações através de seu incentivo.

Diante das questões mencionadas, o trabalho foi dividido em quatro

capítulos, onde cada um apresenta reflexões acerca dos questionamentos.

O primeiro capítulo apresentará o Percurso da liderança ao longo do

século, com ênfase nas organizações, seu desenvolvimento, conceitos e as

teorias clássicas da administração.

O segundo capítulo aborda o tema Liderança, onde se considera a sua

trajetória, com ênfase em conceitos, tipos e teorias existentes sobre o tema,

ressalta ainda diferenças entre os termos chefia X lider, termos parecidos, mas

que trazem conotações bastante diferentes.

O terceiro capítulo trás a liderança como diferencial para o mercado de

trabalho, abordando o termo comprometimento como fator de competitividade

nas organizações.

O quarto e último capítulo mostra o Impacto da liderança como força no

desenvolvimento de equipes de elevados desempenho e a importância do

saber ouvir. Esta habilidade necessita ser continuamente desenvolvido, pois

as organizações precisam contar com lideranças fortes, comprometidas e

dispostas a enfrentar os desafios que se apresentam hoje no mercado de

trabalho.

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CAPÍTULO I

O PERCURSO DA LIDERANÇA

O mundo e as organizações estão mudando com uma velocidade

incrível. Os novos tempos exigem novas posturas e novas soluções para

problemas que, cada vez, envolvem diagnóstico, criatividade e inovação,

comprometimento das pessoas envolvidas, competências, comunicação,

motivação e liderança.

É importante destacar a diferença entre liderança e administração. De

acordo com Chiavenato (2005), os dois são semelhantes, no entanto existem

algumas diferenciações significativas. Liderança é a capacidade de uma

pessoa influenciar outras para agirem de tal forma a atingirem metas pessoas e

organizacionais, porém a administração é muito mais abrangente, sendo a

liderança parte dela, juntamente com outras funções como planejamento, a

organização e o controle.

Os tempos atuais requerem novos parâmetros para que a gerência possa

enfrentar ambientes de imprevisibilidade e instabilidade com a globalização dos

negócios. A atual administração está revolucionando conceitos tradicionais e

eliminando muitas práticas consolidadas pelo tempo.

Segundo Chiavenato (2005), cada vez mais o sucesso das organizações

em um contexto globalizado e intensamente competitivo de negócios, é

conseqüência de uma administração mais moderna, eficiente e eficaz. Para

compreendê-la melhor, torna-se necessário o conhecimento dos caminhos pelo

qual passou a teoria administrativa ao longo de sua história.

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1.1 - As Organizações e suas Influências ao longo do século

Podemos dizer que as organizações são tão antigas quanto à história

do homem. Através dos séculos as pessoas se reuniram para alcançar

determinados objetivos, primeiro em família, depois em tribos e posteriormente,

em unidades mais sofisticadas. De acordo com Robbins (2001), a construção

das pirâmides, a muralha da china, templos e navios, a criação de governos e

as próprias guerras, são provas de que as organizações já ensaiavam sua

atual estrutura, baseado no conceito de que se houvesse uma organização

entre os indivíduos os objetivos seriam realizados.

As normas administrativas e princípios de organização pública foram

transferindo-se das instituições da recém formada igreja católica para as

organizações militares.

Para Chiavenato (2004), a liderança é exercida como uma influência

interpessoal no qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o

comportamento de uma outra. Através da liderança uma pessoa influência

outras pessoas em função dos relacionamentos existentes. Portanto, sempre

se encontra um líder aquele que influência e os liderados aqueles que são

influenciados.

Chiavenato (2004, p. 32), prossegue afirmar que algumas organizações

influenciaram profundamente a administração, abrangendo assim liderança:

1.1.2 - A Influência da Igreja Católica

A organização hierárquica da igreja católica mostrava-se simples e

eficiente, pois a organização mundial operava sob o comando de um só

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14 indivíduo, o Papa, cuja autoridade lhe foi delegada de forma imediata por uma

autoridade divina superior.

A estrutura da igreja católica foi vista como uma experiência bem

sucedida, servindo de modelo para muitas outras organizações, que surgiram

posteriormente e que buscam experiências bem-sucedidas.

1.1.3 - A Influência da Organização Militar

Segundo Chiavenato (2004), assim como a igreja católica, a organização

militar serviu como referência na compreensão das organizações, primeiro,

porque possuía um princípio de unidade de comando pelo qual cada

subordinado só poderia ter apenas um superior. Segundo, porque nela surgiu a

escala hierárquica, através de níveis de comando de acordo com o grau de

autoridade e responsabilidade de cada indivíduo.

Com a amplitude que as guerras tomaram, para tornar viáveis as

batalhas por todo o continente, o comando continuou centralizado, mais houve

uma descentralização da execução.

Outra contribuição da organização militar foi o princípio de direção, onde

se pressupunha que cada soldado deveria saber exatamente o que se

esperava dele e o que deveria fazer.

Napoleão Bonaparte (apud Chiavenato, 2004), o general mais autocrata

da historia militar, acreditava que a obediência cega jamais levaria a uma

execução inteligente, ou seja, nunca deu uma ordem sem explicar seu objetivo

e certificar-se que o havia compreendido corretamente.

A disciplina também era vista como um requisito básico para a

organização. Para Clausewtz (apud Chiavenato, 2004), general prussiano que

escreveu o tratado sobre a guerra e os princípios da guerra, diz que toda

organização requer um cuidadoso planejamento, no qual as decisões devem

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15 basear-se na probabilidade e não apenas na lógica. O administrador deve

aceitar a incerteza e planejar de maneira a minimizar seus efeitos.

1.2 - Cenários e Significados das Organizações

As organizações não são recentes, existem desde os faraós e os

imperiadores da antiga China. De acordo com Chiavenato (2004), a igreja

formou a sua organização ao longo dos séculos, e desde a antiguidade os

exércitos desenvolveram formas de organizações. Com o desenvolvimento da

humanidade, um número crescente de organizações foi sendo solicitado para

atender as crescentes necessidades sociais humanas.

As organizações estão por toda a parte, encontrar-se presente desde a

primeira existência do homem que vive em sociedade, pelo simples fato de se

organizar para realizar algo. É presente tanto na sociedade como na vida

particular.

A organização é um arranjo sistemático de duas ou mais pessoas que

exercem papéis formais e partilham um propósito comum. Segundo Robbins

(2001, p.31), as organizações possuem três características comuns:

• Cada organização tem um propósito distinto, normalmente expresso em

termos ou conjuntos de metas;

• As organizações são compostas de pessoas;

• As organizações desenvolvem uma estrutura sistemática, que define papéis

formais e limita o comportamento de seus membros.

Tão grande é a importância das organizações que inúmeros cientistas

dedicaram-se a estudá-las. Um dos mais influentes pesquisadores foi Weber

(apud Maximiano, 2000), não defendeu uma receita de organização. Seu tipo

ideal não é um modelo prescritivo, mais uma abstração descritiva. No modelo

de Weber, organização formal e organização burocrática são sinônimos.

Existem três características fundamentais da burocracia segundo Max

Weber (apud, Maximiano, 2000.p.87):

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16 - Formalidade - que são as normas;

- Impessoalidade – a autoridade está ligada ao cargo que ocupam e não a

pessoa;

- Profissionalismo – os funcionários buscam uma carreira.

Mais dentro de toda a organização formal, existe a informal que segue

características do grupo primárias (famílias, amigos e vizinhos), e estão

envolvidos diretamente coma cultura e o clima organizacional.

As organizações, apesar de seu caráter lógico e racional não são

entidades totalmente mecânicas. Embora sujeitas os critérios de racionalidade,

as organizações são entidades sociais em contínuo método de

desenvolvimento, onde apresentam duas faces distintas e inter- relacionadas,

segundo Chiavenato (2004, p.130):

- Organização formal – estrutura de relações profissionais entre

pessoas, planejada para promover o alcance de objetivos globais da

organização.

- Organização informal – Rede de relacionamentos e interações que se

desenvolve espontaneamente entre as pessoas que ocupam posições na

organização formal.

De acordo com Chiavenato (2004, p.291):

As organizações são concebidas como “unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos". Incluem-se nesse conceito corporações, exércitos, escolas, hospitais, igrejas e as prisões; excluem-se as tribos, classes, grupos étnicos, grupos de amigos e familiares. As organizações são caracterizadas por um “conjunto de relações sociais estáveis e deliberadamente criadas com a explícita intenção de alcançar os objetivos ou propósitos”. Assim, “a organização é uma unidade social dentro da quais as pessoas alcançam relações estáveis – não necessariamente face a face – entre si, no sentido de facilitar o alcance de um conjunto de objetivos ou metas”.

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1.3 - Liderança: Breve Panorama Histórico

O interesse pelo assunto liderança tem uma longa história, mas seu

estudo sistemático é recente. Embora a primeira investigação empírica de

liderança tenha sido publicada em 1904, foi durante a I Guerra mundial que

esse setor recebeu impulso. No período entre as duas guerras mundiais, deu-

se maior importância à identificação de traços de liderança e ao modo como os

homens se alçam as posições de chefia. (CHIAVENATO, 2004)

Podemos comentar sobre alguns dos grandes líderes que surgiram

durante toda a história da humanidade, e que de alguma maneira interferiram

no curso dessa história e realizaram seus desejos e ideais.

Alexandre o Grande, nascido em 356 a.C. na Macedônia, filho do Rei

FelipeII, se destacou como um rapaz inteligente e corajoso. Aristóteles foi

responsável por sua educação, ensinando-o várias disciplinas como: Retórica,

política, ciências, medicina e geografia. Na arte da guerra recebeu lições de

seu pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimento de

estratégia e lhe revelou os dotes de comando.

Com apenas dezoito anos, Alexandre o grande no comando de um

esquadrão, venceu o batalhão de Tebas em Queronéia.

Depois do assassinato de seu pai, Alexandre subiu ao trono da

Macedônia e iniciou uma expansão territorial do reino. Conquistou o império

Persa, Síria e Egito. Fundou Alexandrina, cidade que converteu em um dos

grandes focos culturais da antiguidade.

Alexandre o Grande, morreu na Babilônia, e o império que com tanto

esforço edificou, e que produziu a harmoniosa do Oriente e do Ocidente,

começou a desmoronar, pois só um homem com suas qualidades poderiam

governar território tão amplo e complexo.

Mahatma Gandhi, líder passista indiano e principal personalidade da

independência da índia. Lutou pelo direito humano através de resistência

passiva, pregando a não violência como forma de luta.

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Foi condenado à prisão e libertado em 1924. Em 1930 liderou uma

marcha, para o mar, fazendo com que milhares de pessoas andassem mais de

320 quilômetros para protestar contra os impostos sobre o sal.

Foi morto em 1948 por um nacionalista hindu que não aceitou a divisão

do Paquistão. Conhecido pelo seu povo como “Mahatma” (grande alma), foi

sem duvida um dos indianos que mais influência teve no nosso dia.

Charles de Gaulle, militar e político e Francês, iniciou desde jovem a sua

carreira das armas. Foi prisioneiro dos alemães durante grande parte da I

Guerra Mundial. Tomada a França pelos alemães, fugiu para a Grã-Bretanha

onde inicia um chamado para que o povo francês continuasse na guerra

juntamente com a Grã Bretanha. Dois anos mais tarde, todos os grupos da

resistência anterior francesa o conheceram como chefe.

Em 1944, recuperada a cidade de Paris, forma o seu primeiro governo, e

após a vitória, organiza um referendo que reclama uma nova constituição.

Entre 1958e 1969 é presidente da república, e neste período, concede a

emancipação às colônias africanas.

Juscelino Kubitschek de Oliveira foi prefeito de Belo Horizonte em 1940,

onde executou obras de grandes repercussões e ganhou fama de

modernizador.

Em 1950 lançou-se ao governo de Minas gerais. O espírito conciliador

despertava inveja. Até os adversários admitiam: bastava conhecer a sua

simpatia para baixar a guarda. O jeito amável e carismático, aliado as

promessas desenvolvimentistas, explicam os milhões de votos nas eleições

presidenciais de 1955.

Tanto na sociedade quanto dentro das organizações, as pessoas

tendem a se apoiar no seu líder e no desempenho deles. A influência exercida

por líderes eficientes é demonstrada como freqüência e de forma

impressionante, em escala nacional, pela história de todos os países e pelo

passado de todas as organizações.

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CAPÍTULO II

ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LIDERANÇA

A liderança é para o administrador um tema importante, considerando o

papel fundamental que o líder exerce para influência a eficácia do grupo e da

organização.

De acordo com Chiavenato (2004), liderança é a influência pelos quais

os indivíduos facilitam com suas ações, o movimento de um grupo de pessoas

rumo a metas comuns ou compartilhadas. A liderança é encarada como um

fenômeno social e que ocorre exclusivamente em grupos sócias. Ainda

segundo o autor, a liderança é necessária em todos os tipos de organização

humana, principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos.

Ela é igualmente essencial em todas as demais funções da Administração: O

administrador precisa conhecer a motivação humana e saber conduzir as

pessoas, isto é liderar, conclui o autor.

De acordo com Stoner e Freeman (1999), liderança envolve influenciar o

trabalho das pessoas, fazendo com que os objetivos da organização sejam

alcançados. Esse termo é de fato, um dos mais importantes para o bom

desempenho de uma empresa já que os funcionários devem ser coordenados e

direcionados pelo líder. A influência do líder deve ser exercida para que os

objetivos empresariais sejam atingidos.

Existe uma característica da liderança que é de suma importância para a

eficácia do processo: a aceitação do líder pela equipe. Logo, o relacionamento

deve ser amigável com todos para influenciar o comportamento das pessoas. A

liderança envolve influência por parte do líder para afetar a conduta dos

seguidores numa situação, sempre com uma finalidade de se atingir metas

organizacionais de grupo, pessoais dos liderados e do próprio líder. Em uma

organização a liderança é reconhecida como uma profunda influência no

desenvolvimento das pessoas é uma atividade complexa que envolve uma

colaboração voluntária entre líderes e seguidores.

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Segundo Maximiano (2000, p.326):

Liderança é a realização de metas por meio da direção de colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é líder. Um grande líder tem essa capacidade dia após dia, ano após ano, numa grande variedade de situações.

A liderança ocorre em todo momento e os líderes devem estimular as a

equipe a olhar além dos seus interesses individuais em prol do bem do grupo e

da organização como um todo.

Para Wagner e Hollenbeck (1999), o uso da influência deve ser

fundamental em qualquer definição de liderança. A influência significa uma

força psicológica, uma transação interpessoal onde uma pessoa age de modo

a modificar intencionalmente o comportamento de outra. A influência envolve

conceitos como autoridade e poder abrangendo maneiras pelas quais se

provocam mudanças no comportamento das pessoas.

Liderar envolve o contato diário e próximo com as pessoas, ajudando a

guiá-las e inspira-las em direção ao atingimento dos objetivos e resultados de

equipe e organizações.

Stoner e Freeman (1999) descrevem a liderança como sendo um

processo de influenciar as atividades dos indivíduos e dos grupos para

estabelecer e depois alcançar objetivos, sendo um líder bem sucedido aquele

que é capaz de conseguir que os outros o sigam em direção ás metas

organizacionais.

A liderança é uma função das necessidades existentes em uma

determinada situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e o grupo.

O grupo tende a escolher como líder a pessoa que pode lhe dá maior

assistência e orientação para alcançar seus objetivos

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2.1- Liderança como Relação entre Líder e Chefe

É importante destacar a diferença existente entre chefiar e liderar. De

acordo com Robbins (2001), líder é o indivíduo que facilita a movimentação de

um grupo de pessoas rumo a uma meta comum. A palavra líder significa o

indivíduo que demonstra liderança nas organizações mesmo não ocupando

cargos formais de líderes.

Chiavenato (2002, p.135) diz que:

Um líder é percebido por um grupo como o possuidor ou o controlador dos meios para a satisfação de suas necessidades. Assim, segui-lo pode constituir para o grupo um meio para aumentar a satisfação de suas necessidades ou de evitar sua diminuição. O líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejados por um grupo. Assim, o líder é um estrategista que sabe indicar os rumos para as pessoas.

Para Souza e Ferreira (2000), chefe é qualquer pessoa que ocupe um

cargo gerencial. A chefia é uma condição de caráter administrativo, delegada

por uma autoridade superior vinculada ao exercício de uma função e limitada

pelas normas e regulamentos vigentes. Líder é aquele que possui a

capacidade de influenciar outras pessoas a se empenharem na busca de

determinados objetivos. Líder é o indivíduo que consegue cooperação da

organização que dirige, sabendo respeitar a figura humana, procurando

entender as pessoas, transmitindo aos seus colaboradores equilíbrio, alegria

em trabalhar, e cooperar, além de produtividade máxima.

A liderança ocorre quando há coerência entre a proposta feita pelo líder

e a recompensa esperada pelo grupo, ou problema que precisa ser resolvido

pelo grupo, criando a disposição ou motivação para fazer aquilo que o líder

propõe. De acordo com Maximiano (2000), Os seguidores consentem em

seguir o líder, pois enxergam nela a possibilidade de resolver problemas que os

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22 afeta. Quanto mais pessoas consentem em seguir o líder, maior é a sua área

de influência.

Segundo Chiavenato (2005), a liderança é um processo chave em todas

as organizações. Estas são constituídas de pessoas atuando em diferentes

atividades e níveis organizacionais, tornando-se indispensável um responsável

para cuidar do trabalho de outras pessoas, tornando-se assim, responsáveis

pelas atividades conjunta de vários indivíduos. Isso implica necessariamente

em líderes.

2.2 - Abordagens sobre Liderança

A liderança constitui um dos temas mais pesquisados e estudados nas

ultimas décadas. As teorias sobre a liderança que foi apresentada por autores

humanistas podem ser classificadas em três grupos, onde cada uma apresenta

características próprias.

2.2.1- Abordagens Baseada nos Traços de Personalidade

São as teorias que estudam a liderança em termos de estilo de

comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras

pelas qual o líder orienta sua conduta, o seu estilo de comportamento de liderar.

Os pesquisadores tentavam encontrar características significativas de

liderança utilizando duas abordagens:

- Comparando as características de pessoas que se revelaram como líderes

com características de pessoas que não se revelaram líderes;

- Comparando características dos líderes eficazes com as do não eficaz.

Megginson, Mosley e Pietri (1998, p.378) dizem que:

De acordo com a teoria dos traços, os líderes têm certos traços ou características que os fazem sobressair os seguidores. As listas desses traços poderiam ser muito longas, mas tendem a incluir: altura, energia,

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aparência, conhecimento e inteligência, imaginação, autoconfiança, integridade, fluência no uso da palavra, equilíbrio e controle mental e emocional, sociabilidade e simpatia, disposição, entusiasmo e coragem.

Os pesquisadores acreditavam que os líderes possuíam certos traços ou

características que os faziam sobressair dos seus seguidores. Esta teoria

fracassou, considerando que nenhuma combinação específica de características

distinguiu os líderes dos não líderes ou líderes eficazes dos não eficazes.

Ghiselli (apud Megginson, Mosley e Pietri, 1998,p. 372), verificou que

certas características parecem ser importantes para a realização de uma

liderança eficaz. As principais são:

• Capacidade de supervisão ou desempenho das funções básicas de

administração, especialmente liderança e controle do trabalho.

• Necessidade de realização ocupacional, incluindo procura de

responsabilidade e desejo de sucesso;

• Inteligência incluindo julgamento, raciocínio e pensamento criativo;

• Decisão, capacidade de tomar decisões e solucionar problemas de forma

competente;

• Iniciativa, ou a capacidade de agir com independência, desenvolver

cursos de ação que não são aparentes para outras pessoas, e descobri

maneiras inovadoras e novas de fazer as coisas.

2.2.2 - Abordagem Comportamental

Embora certos traços possam ajudar os líderes a realizar ações eficazes

ou desenvolver habilidades úteis, nem sempre conseguem identificar

características ou traços comuns que definem os líderes. Logo, os

pesquisadores buscam determinar apenas o que os líderes eficazes fazem

como motivam, como se comunicam, como delegam entre outras atividades.

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Essencial ao rumo desta pesquisa é a noção de estilo de liderança, que

tem o objetivo de determinar quais deles funcionam melhor.

Segundo Chiavenato (2002), A principal teoria que explica a liderança por

meio de estilos de comportamentos, sem se preocupar com características da

personalidade é a que se referem os três estilos de liderança: Autocrática,

Democrática e Laissez-faire.

- Liderança autocrática: chamados de autoritários tomam todas as

decisões. Liderança autoritária é aquela que é da exclusiva competência do líder

a determinação dos objetivos a serem atingidos pelo grupo, havendo total

exclusão dos liderados na discussão e fixação dos objetivos. O líder autoritário

decide o que o grupo deve fazer e como fazê-lo, propõe normas que devem

reger a conduta de todos os integrantes da coletividade acentuando-se sempre

as relações de dependências destes para com ele.

Na liderança autoritária os contatos interindividuais se reduzem, e

consequentemente, também se reduz a acentuar-se a influência exercida pelo

líder. A troca entre membros dá mais força ao grupo e isto tende a ser encarado

pelo líder autoritário como uma ameaça a sua posição, e por este motivo, tais

trocas tendem a ser desestimuladas, às vezes, até mesmo obstruídas por ele.

A ação da liderança autoritária no grupo é sentida como um processo

coercitivo e sua força decorrem do poder de punição de que normalmente se

reveste.

Raramente um líder autoritário dirige a culpa de qualquer insucesso para

si mesmo, prefere ter nos acontecimentos, pessoas e circunstâncias extremas,

os responsáveis diretos pelas falhas que na realidade decorrem de sua

atividade.

Quanto mais concentrada a autoridade no líder, mais autocrático seu comportamento ou estilo. Muitas formas de comportamento autocrático abrangem prerrogativas da gerência, como as decisões que independem de participação ou aceitação. Infelizmente, o estilo autocrático pode degenerar e tornar-se patológico, transformando-se no autoritarismo. Arbitrariedade, despotismo, e tirania, que representam violências contra os liderados, são exemplos de comportamentos autoritários. (MAXIMIANO, 2002, p.344)

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- Liderança democrática: caracteriza-se pela preocupação em incorporar

os próprios liderados nas tarefas de direção. Usam o envolvimento grupal para

estabelecerem objetivos e estratégias básicas e para determinar as funções dos

cargos.

Nesse estilo de liderança os processos de interação dos membros dos

grupos são incentivados, e em conseqüência, tem–se que o grau de coesão do

grupo é acentuado.

Na liderança democrática um líder escolhido democraticamente pelo

grupo tende a exercer muito mais influência no grupo do que um líder imposto ao

grupo. O grupo faz o líder em função de determinadas condições sociais, sendo

a liderança um fenômeno expressivo do momento histórico daquele grupo.

Segundo Chiavenato (2002), na liderança democrática o líder conduz e

orienta o grupo e incentiva a participação democrática das pessoas.

A liderança democrática é, sobretudo, dinâmica e transitória. Ela persiste

enquanto persistirem certos objetivos sociais. Na medida em que os objetivos

dos grupos se alteram surge uma nova liderança com competência mais

adequada ao atingimento dos novos objetivos do grupo.

- Liderança de tipo laissez-faire: Neste tipo de liderança não há realmente

um líder, sendo permitido a todos os membros do grupo fazerem o que querem.

Na tomada de decisões, na programação dos trabalhos e na divisão do

trabalho, a participação dos líderes é mínima, só intervindo quando solicitado.

De acordo com Megginson, Mosley e Pietri (1998, p. 377), “líderes de tipo

laissez-faire também são chamados de líderes de rédea solta, são frouxos e

permissivos e deixam os seguidores fazerem o que querem”.

Existe outra abordagem de liderança identificada como um estilo que é a

liderança orientada para as tarefas ou para as pessoas. Segundo essa

abordagem existe dois tipos de liderança, seguindo a teoria de Megginson,

Mosley e Pietri (1998):

- Liderança orientada para tarefas ou para a produção: Focaliza o

trabalho a ser feito. È o estilo preocupado com a execução das tarefas para o

atingimento rápido das metas. Dá ênfase a planejamento, programação e

processamento do trabalho exercendo controle de qualidade.

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- Liderança orientada para pessoas ou empregados: Estilo de liderança

voltado para os aspectos humanos dos subordinados, procurando sempre

manter a equipe atuante, com maior participação nas decisões. Tem como foco

bem-estar e os sentimentos dos seguidores e uma forte necessidade de dar

poder aos membros do grupo.

2.2.2.1- As Descobertas de Likert sobre a Liderança

Rensis Likert (apud Megginson, Mosley e Pietri, 1998) pesquisou na

abordagem comportamental em busca de princípios ou conceitos válidos de

liderança e definiu o estilo de liderança da supervisão cerrada onde reflete a

Teoria X, nas posições sobre as pessoas, onde há um controle cerrado dos

supervisores em relação aos seus subordinados que se sentem frustrados e

diminuídos. Consequentemente, os departamentos que praticam esse tipo de

supervisão tendem a sofrer alto grau de rotatividade de pessoal.

A supervisão geral, segundo Likert, reflete os pressupostos da Teoria Y,

onde salienta relações humanas e o desenvolvimento de subordinados, não

ignorando a existência da produção ou as tarefas, mais dando ênfase ao

trabalho através das pessoas, de forma que os resultados eficazes surjam

naturalmente.

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2.2.2.2 - Os Quatro Sistemas de Likert

A maior contribuição do pesquisador para a teoria comportamental foi

identificar os quatro sistemas de administração de Likert (apud Megginson,

Mosley e Pietri, 1998, p. 342) que seriam:

Sistema 1 (Explorador e autoritário): Neste tipo de sistema tem-se a

Coerção como sua principal força motivadora, toma todas as decisões

utilizando um sistema autocrático.

Sistema 2 (Benevolente e autoritário): A alta administração toma a

maioria das decisões e deixam algumas para os níveis mais baixos. Possui

atitude condescendente na comunicação com seus subordinados, induzindo o

pessoal a uma atitude subserviente diante de seus superiores.

Sistema 3 (Consultivo): Neste caso a alta administração ainda retém as

funções de direção e controle, solicitando sugestões aos níveis inferiores. Sua

comunicação entre os níveis é superior aos sistemas acima.

Sistema 4 (Grupos participativos): a alta administração assegura-se que

as melhores decisões sejam tomadas através de uma estrutura descentralizada

de um grupo participativo, que são coordenados por múltiplos membros. Há

alto grau de confiança permitindo ao superior quanto aos subordinados exercer

controle sobre a situação de trabalho.

Likert (apud Megginson, Mosley e Pietri, 1998) verificou com suas

pesquisas, que existem semelhanças na maneira de administrar em muitas

firmas japonesas com o sistema 4 onde quanto maior a proximidade deste

sistema, maior será a chance de uma empresa atingir suas metas.

A liderança é algo complexo e há vários fatores que influenciam o estilo

de liderança em diferentes países, organizações e situações. Através de

estudos e pesquisas pode-se verificar que a liderança participativa e centrada

nos empregados é a ideal.

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2.2.3- Abordagens Contingências de Liderança

A abordagem nos traços, as abordagens comportamentais são

inadequadas para explicar o que significa liderança eficaz em todas as

situações.

De acordo com Shermerhorn (1999, p.228): “Abordagem contigêncial é

definida como uma tentativa de entender as condições para a liderança de

sucesso numa ampla variedade de situações”.

A teoria dos traços não se mostrou útil uma vez que não existem

combinações que distinguem os lideres dos não lideres ou líderes eficaz dos

não eficazes. A Teoria Comportamental concentrou-se nas funções e estilos de

liderança. Alguns estudos sugerem que a eficácia de um estilo em particular

depende das circunstâncias em que ele é usado. Já a abordagem contigêncial

prescreve que o estilo a ser usado depende dos fatores como a situação, a

tarefa, a pessoa, a organização e outras variáveis ambientais. (MEGGINSON,

MOSLEY E PIETRI, 1998).

2.2.3.1- Liderança Situacional

A teoria situacional ou teoria do ciclo de vida surgiu diante da necessidade

de um modelo significativo na área de liderança. Desenvolvida por Hersey e

Blanchard (apud Stoner e Freeman, 1999), enfatizam como os líderes devem

ajustar seu estilo de liderança que varia de acordo com a maturidade dos

subordinados, por realização a sua capacidade, experiência e disposição de

aceitar responsabilidades.

O comportamento na tarefa é o grau que os líderes organizam e definem

os papéis dos seguidores, explicando suas tarefas e também quando, onde, e

como farão. Logo o comportamento do relacionamento, trata dos

relacionamentos pessoais do líder com indivíduos ou membros do seu grupo.

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29 Segundo Hersey e Blanchard (apud Megginson, Mosley e Pietri, 1998 p.389):

“As estratégicas e o comportamento do líder devem estar de acordo com a

situação, baseando-se principalmente na maturidade ou imaturidade dos

seguidores e na natureza da tarefa”.

As teorias situacionais explicam a liderança dentro de um contexto mais amplo

e partem de um princípio de que não existe um estilo ou característica de

liderança válida para toda e qualquer situação.

2.2.3.2- Modelo de Liderança de Fiedler

Este modelo demonstra que o desempenho eficaz do grupo vai depender

do ajuste adequado entre o estilo do líder e o grau em que a situação propicia

controle e influência ao líder.

Segundo Robbins (2001, p.385):

O modelo de liderança de Fiedler é um modelo pelo qual grupos eficazes dependem de uma compatibilizarão adequada entre o estilo de liderança de um líder com seus subordinados e o grau em que a situação permite ao líder controle e influência.

Fiedler (apud Robbins, 2001, p. 385) afirma que não existe um padrão de

melhor liderança que seja específico para todas as situações. Os estilos

eficazes de liderança variam de acordo com a situação. O modelo contigêncial

se divide em três fatores situacionais:

• Poder de posição do líder: Refere-se à influência exercida pelo líder de

acordo com a posição hierárquica em que se posicionam independente de seu

poder pessoal.

• Estrutura da Tarefa: É um fator importante no estilo de liderança e refere-se à

organização de tarefas

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• Relação entre líder e membros: Refere-se ao relacionamento que existe entre

equipe e líder, que muita das vezes envolve sentimentos de amizade e

admiração e em alguns casos o inverso.

A probabilidade de que se tenha uma liderança eficaz é maior quando o poder

da posição, a estruturação da tarefa e nível entre líder e membros são

combinadas na proporção correta.

2.2.3.3 - Abordagem do Caminho Objetivo

Outra abordagem importante é o modelo de liderança do caminho

objetivo, onde sugere que o propósito primordial do líder é motivar seus

seguidores, esclarecendo as metas e os melhores caminhos para alcançá-las.

De acordo com Robbins (2001, p.386):

A função do líder é ajudar seus seguidores a alcançar os seus objetivos, fornecendo a direção e o apoio necessário para assegurar que sejam compatíveis com os objetivos globais do grupo ou organização. O termo caminho objetivo é derivado da convicção de que os líderes eficazes esclarecem o caminho para ajudar os seguidores a saírem de onde estão, passarem para a realização dos objetivos de trabalho e fazerem a viajem ao longo do caminho mais fácil, mediante a eliminação de obstáculos no percurso.

Neste tipo de abordagem a motivação de um indivíduo está relacionada à

sua expectativa de recompensa, onde o líder adiciona valor contribuindo com

coisas que estão faltando a aquela situação ou que precisam ser reforçadas,

evitando assim comportamentos redundantes.

2.2.3.4 - O Contínuo da Liderança

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O primeiro modelo situacional de liderança foi proposto por Tannenbaum

e Schmidt (apud Megginson, Mosley e Pietri, 1998, p.387) baseado na lei da

situação de Mary Parker Follet, onde existem diversos caminhos alternativos

que podem ser seguidos pelos administradores ao lidar com pessoas, levando

em consideração as forças no próprio gerente, nos colaboradores e na

situação.

• Forças no gerente: incluem valores pessoas, segurança, personalidade,

confiança no subordinado por parte do administrador que utilizam essas forças

para atuar como líder.

• Forças nos subordinados: Inclui experiências, compreensão do problema,

desejo de participar de decisões e conhecimentos do trabalho.

• Forças na situação: Incluem as formas de lideranças valorizadas pela

empresa, eficiência e eficácia do grupo de subordinados e tempo que o

administrador tem para resolver algum problema.

Chiavenato (2000, p.673) diz que:

Diante dessas três forças, o líder pode escolher um padrão de liderança adequado para cada situação, de modo a ajustar suas forças pessoais com as forças dos subordinados e as forças da situação. Trata-se de encontrar a sintonia certa entre essas três forças interativas

As abordagens por traços, comportamentais e contingências, assumiram

ligeiras mudanças de direção na tentativa de buscar responder por que

algumas pessoas se saem muito bem como líderes enquanto outras não.

É possível observar que todas as abordagens descritas contribuíram de

alguma forma, onde a abordagem contigêncial se destacou por melhor explicar

o que um líder eficaz deve trabalhar para ser utilizado em sua administração.

Segundo Schermerhorn (1999), as visões acumuladas das abordagens são

reconhecidas, juntamente com um renovado interesse na liderança.

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Tendo em vista as teorias apresentadas, pode-se compreender um

pouco do comportamento humano, logo, é possível verificar alguns fatores que

podem ser utilizados por um líder para estimular ou motivar, sempre com ética

seus colaboradores.

CAPÍTULO III

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LIDERANÇA COMO DIFERENCIAL PARA O MERCADO DE TRABALHO

O Estilo de liderança vem se inovando a cada dia que passa e para que

se obtenha sucesso seria necessária uma adaptação às novas tendências, os

associado de uma organização tem que se esforçarem ao máximo para torna-

la uma realidade. Assim uma organização para se manter competitiva e

atuante no mercado de trabalho das demais concorrentes, o líder deve

estar disposto a mudanças em busca de melhores resultados.

Muitas pessoas já nascem com uma espécie de liderança natural e que

se não trabalhada corretamente, poderá levar o grupo ao insucesso, ou seja,

se o grupo não produz com eficácia e fica esperando dos resultados pode ter

certeza de que é a falta de qualidade na liderança, sendo assim o líder

moderno tem que saber principalmente motivar seus associados mesmo tendo

várias complicações nos processos, esta motivação poderia atingir diretamente

com o aumento da produtividade com qualidade desejada.

A liderança é um campo de interação, onde a Tarefa central é o

desenvolvimento de um sólido relacionamento profissional com seus liderados.

Os líderes devem atuar como agente de mudanças, fazer com que o grupo

comprometa com seu plano, mesmo podendo assumir os riscos. Deve ser um

possibilitador, ou seja, ter a função de facilitar contatos com pessoas de outros

departamentos e ajudar a desenvolver planos de ação.

Alguns fatores que são eficazes para manter a interação ou o envolvimento

da equipe de trabalho:

• Estabelecer metas válidas – definir objetivos estratégicos dentro da

empresa.

• Obter o comprometimento das pessoas – ter certeza que os liderados

cumprirão com suas metas dentro de um prazo de tempo satisfatório.

• Aceitar responsabilidades - ser responsável pelos resultados e pelos

liderados.

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• Apoiar e assistir os associados (recursos e apoio moral)

• Tomar decisões – as decisões se dão ao grupo como um todo, ou seja, o

líder delega tanta autoridade ao subordinado quanto lhe for possível.

• Comunicação – trocar informações com os liderados e superiores, a

empresa como um todo devido aos planos, progressos e problemas.

• Melhorias utilizar metodologia de qualidade total para melhoria de

processos.

Atualmente as empresa procuram processos de mudanças estruturais e

comportamentais, no intuito de melhorar a prestação de serviços e a produção

de bens, e atender às exigências do mercado consumidor, sendo assim as

empresas estão voltados hoje para lideranças que valorizam as pessoas, e

observam três pontos básicos: o comprometimento, a motivação e a

comunicação. Esse conjunto de ações leva os líderes a conhecer melhor seus

talentos dentro da empresa. Diante dessas influências externas as empresas

procura um equilíbrio diante das mudanças impostas, ocorridas no negócio e

pessoas buscando no mercado de trabalho, realização profissional,

crescimento, sobrevivência e sendo capaz de acompanhar tanta evolução.

Conclui-se que as tendências atuais levam as empresas a analisar

pessoas e talentos, cabendo aos líderes a função de administrar da melhor

forma, para que as organizações atinjam seus objetivos, e com perfis de

liderança diferenciada, em que exista uma maior dedicação do líder aos outros,

levando a um conceito de trabalho holístico do trabalho, promovendo a

idéia da comunidade e da divisão de poder. Essa competitividade e a

geração de novas metodologias de trabalham obrigam as empresas a

repensar nos perfis que estão à frente do processo de tomada de

decisão, portanto os líderes devem ser flexíveis, inovadores, criativos, pois

as ações e práticas por eles executadas caracterizam sua figura como a de

espelhos do processo dentro da empresa.

3.1 – O Novo Perfil de Liderança

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Os cenários competitivos estabelecidos por empresas globalizadas e

negócios cada vez mais especializados, exigem a permanente adequação e

atualização de conceitos e procedimentos, sobretudo, no que se refere a

gestão de pessoas. Nessa linha Chiavenato (1999) que a liderança não pode

ser sinônimo de administração. Defini-a como uma influência interpessoal

exercida em uma dada situação, sendo dirigida através do processo de

comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivo específico.

Considerando tais pressupostos atrelados a abordagens teóricas e

conceituais apresentadas nos capítulos anteriores, verifica-se que a liderança

empresarial representa fator distinto do cargo, sendo tanto o acúmulo de

atributos pessoais (firmeza, carisma, preservação, visão, etc.), quanto uma

arte, isto é, uma habilidade pessoal de convencer que algo pode ser almejado

e empreendido.

Pode-se, então, entender que certas qualidades de liderança, pelo

menos em parte, podem ser ensinadas e aprendidas na organização

empresarial. Uma das questões mais pertinentes e interessantes na

administração contemporânea diz respeito a características para a construção

de um perfil ideal do líder para o século XXI. A quantificação da produtividade a

ser desencadeada pelo líder começa pelo cliente interno e vai consolidar-se

com o cliente externo. Os clientes internos, funcionários estão normalmente

estruturados em equipes. É imprescindível que a pretendida integração ideal no

seio de cada grupo se transfira para todos os grupos ou equipe da empresa,

em suas interligações. O resultado é uma modalidade de cultura organizacional

onde se respira um clima de valorização do ser humano. Isso deve ser

creditado ao líder. As organizações dependem de seus líderes e, sem eles, não

se pode pensar em produtividade e sucesso.

Diante dos estudos sobre o tema liderança, destacam-se alguns atores,

dentre eles Drucker (1990, p.1) considerando o pai da administração moderna

que diz: ¨O líder tem que gerenciar a si próprio, conhecer as suas forças e

colocá-las em benefícios dos bons propósitos. A liderança começa, não quando

você estabelece regras para os outros, mas quando você traça regra muito

exigente para si próprio.

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TRUMAN (apud VIDAL, 2001) dizia que um líder é

alguém com a habilidade de levar outras pessoas a fazerem o que elas não querem e, ainda gostarem disso. Enfim esta frase define bem o que seja um líder motivacional, alguém capaz de conduzir um grupo com o mesmo empenho e entusiasmo pelo mesmo objetivo¨. Alguém com a capacidade de vislumbrar e desenvolver qualidade extraordinária em pessoas comuns, alocando-as nas funções certas-aquelas em que podem exercer seus talentos. Enfim, alguém capaz de inspirar as pessoas. (VIDAL, 2001, p. 512).

Como ser um líder? Um líder é por definição, um inovador. Faz coisas que outras pessoas não fizeram ou fazem. Faz coisas antes dos demais. Faz coisas novas. Transforma coisas velhas em nova. Tendo aprendido como passado, ele vive no presente com um olho no futuro. E cada líder faz isso a sua maneira. Para tanto precisam ser intuitivos, conceituais, artísticos e ter capacidade de síntese. (BENNIS, 1996, p.108)

Segundo Patrícia Próspero (2008), existe vários estilos de liderança, que

devem variar de acordo com perfil do liderado. Normalmente, os líderes têm um

estilo predominante, por isso a realização do diagnóstico do liderado constitui a

fase mais importante para o líder:

3.2 - O Efeito da Competitividade na Gestão de Pessoas

O estudo Hay Group mostra que as empresas que têm obtido vantagem

competitiva por meio da gestão de seu capital humano se diferenciam porque:

• Possuem agilidade de mudança e capacidade de agir deforma

integrada.

• Têm processos de comunicação eficazes, transparentes e multilaterais.

• São capazes de proporcionar clareza sobre as reais oportunidades de

desenvolvimento e carreira das pessoas na organização.

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• Gerenciam e reconhecem as pessoas por desempenho de maneira

satisfatória.

• Proporcionam ambientes de alta motivação e valorização das pessoas.

Sabemos que a competitividade esta presente no dia-a-dia das

empresas não é mais novidade. A questão, no entanto, é saber como as

empresas estão com essa realidade e com a competitividade impacta no

desempenho do capital humano. Na prática, podemos observar duas vertentes:

uma positiva e outra negativa. Na primeira competitividade trouxe refinamento

e foco aos processos industriais interpessoais. No segundo caso, gerou falta de

ética em determinados processos e estimulou o estresse nas pessoas devido

as constantes pressões.

3.3 - Comprometimento como Fator de Competitividade

De acordo com Sant Anna (2007), uma das habilidades fundamentais

dos colaboradores dos mais diversos setores da economia está no

comprometimento para o desempenho e o fortalecimento do trabalho eficaz,

no alcance das metas, dos valores e dos objetivos da empresa. O grande

desafio empresarial com que se deparam os líderes nas organizações do

período contemporâneo esta no atendimento e no comprometimento de seus

liderados. Em decorrência da busca por uma maior competitividade nos

negócios e de melhores índices econômico, produtivos e financeiros, o

comprometimento é um fator que pode inferir nos resultados da empresa.

Como por exemplo, um repositor de estoque de um supermercado

pode acreditar ser mais compensador organizar uma gôndola de exposição em

vez de ajudar um cliente que já está precisando de uma orientação. Em um

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38 hotel, a recepcionista pode estar mais preocupada com o colega que faltou ao

trabalho do que com o cliente que acaba de chegar para se hospedar.

É importante destacar que a ausência de normas escritas não significa

que os colaboradores de uma empresa não possuem restrições e atitudes em

seu comportamento para fortalecer o comprometimento. Para uma empresa é

tarefa árdua conquistar e manter o comprometimento de seus colaboradores e

como há no mercado funcionários que se comprometem com o desempenho

da organização, utilizando como referência o estudo de Sant Anna (2007),

apresento a seguir quatro desafios fundamentais para contribuir no

fortalecimento do comprometimento. São eles:

Nível de envolvimento - O termo envolvimento com o trabalho é uma adição recente à literatura sobre o comportamento organizacional e tem como fundamento, o grau que uma pessoa identifica-se com o seu trabalho, participa ativamente dele e considera seu desempenho como algo valioso. Preocupar-se com o ambiente de trabalho tanto por questões de melhoria e segurança, demonstra na prática o nível de envolvimento em buscar fortalecer as habilidades e as capacidades profissionais. Para intensificar o comprometimento profissional é necessário observar o nível de envolvimento com o trabalho, identificando-se com as atividades realizadas, estar disposto em exercer um esforço considerável em benefício da empresa e se preocupar com o tipo de trabalho que desenvolve.

Intensidade de esforço - Em algumas ocasiões, a intensidade de esforço está relacionada com a vontade de fazer acontecer. Quando um profissional demonstra ser comprometido, observa-se a intensidade de seu esforço para identificar e encontrar soluções para os problemas da organização, buscando a melhoria contínua no desempenho dos índices de trabalho. A intensidade de esforço requer aprendizagem constante e não se limita somente aos treinamentos, aos cursos e às palestras oferecidos pela empresa, mas se estende à iniciativa do profissional em buscar aperfeiçoamento.

Fortalecer a comunicação - A tecnologia tornou relativamente fácil enviar e transferir certos tipos de informação, entretanto,

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promover um diálogo aberto e transparente voltando à resolução de conflitos é imprescindível para fortalecer o grau de comprometimento de um colaborador com a sua atividade e o processo produtivo. Observe que a transparência na comunicação através de diálogos, reuniões e encontros, possibilita observar e apontar correções, defeitos e melhorias do cotidiano de trabalho de todos os integrantes da equipe, contribuindo com melhores índices de comprometimento.

Satisfação profissional – Como grande parte das pessoas não escolhe seus empregos aleatoriamente e tendem a buscar posições que sejam compatíveis com seus interesses, valores e habilidades, a satisfação é um termo que reflete no comprometimento de um profissional em relação ao trabalho que realiza. Perceba que ter satisfação pelo trabalho requer a convivência com companheiros, gerentes, líderes e superiores, com a obediência de regras e políticas organizacionais. Quantas vezes você já conversou com uma pessoa e percebeu pela maneira de falar, pelo tom de voz, o quanto este profissional demonstrou estar satisfeito com o desempenho do seu trabalho? Portanto, embora a satisfação com o trabalho seja mais uma atitude do que um comportamento, os pesquisadores do comportamento organizacional a consideram uma importante variável. (SANT ANNA, 2007, p.1-2).

Os quatros desafios apresentados têm como objetivo desenvolver e

fortalecer o comprometimento profissional, ratificando que são vários os fatores

que estimulam a competitividade de uma empresa (modernos aparatos

tecnológico, planejamento, inovação, parcerias), entretanto, um fator relevante

para o desempenho competitivo (comprometimento) está dividido em duas

partes: primeiro no comprometimento dos colaboradores com os clientes e os

fornecedores e a segunda parte com a missão, a visão e os valores da

empresa. Assim, o profissional estará contribuindo de maneira expressiva para

um atendimento diferenciado e para uma maior competitividade da empresa.

3.4 – Dando Importância ao Grupo

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Outra definição interessante do autor diz que lideres são os que, no

interior de um grupo, ocupam uma posição de poder que tem condições de

influenciar, de forma determinante, todas as decisões de caráter estratégico. O

poder é exercido ativamente e encontra legitimação na correspondência com

as expectativas do grupo. O efeito das características pessoais e do

comportamento de um líder, bem como das características de seguidor sobre o

desempenho do grupo, quase sempre depende do contexto no qual a liderança

esta ocorrendo.

Segundo Chiavenato (2004, p.122):

O grau em que o indivíduo demonstra qualidade de liderança depende não somente de suas próprias características pessoais, mas também das características da situação na qual se encontra. Liderança é um processo contínuo de escolha que permite que a empresa caminhe em direção a sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas. O grupo tende a escolher como líder a pessoa que pode lhe dar maior assistência e orientação (que defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus problemas) para que alcance seus objetivos.

Por tais razões, estes aspectos e conceitos sobre liderança implicam de

modo coerente o bom desempenho do líder; afinal, ele se responsabiliza pelo

bem-estar da empresa. Atualmente, as empresas procuram pessoas com

diretrizes positivas, que auxiliem na tomada de decisões e tenham percepção

constante das mudanças que o mundo globalizado impõe no desenvolver das

tarefas a serem delegadas.

Soto (2002) salienta que o líder é aquela pessoa que dirige o grupo à

consecução de objetivos, coordena-os e impulsiona-os de forma conveniente e

respeita certa autonomia.

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Em relação a este argumento, verifica-se que em tempos atuais as

empresas possuem pessoas qualificadas e preparadas para desempenharem

tão bem tais funções no ambiente de trabalho.

Este argumento pode ser ilustrado ainda pelo autor quando comenta que

o líder deve ter as ferramentas técnicas para resolver os problemas, mas

também deve ser capaz de gerar idéias criativas e oferecer um caminho

prático, transmitir confiança aos seus liderados e saber ouvir e transformar.

Dessa maneira, dar solução a um produto útil, que pode ser aplicado com

outros indivíduos da organização.

Já as análises de Guimarães (2003) ressaltam que o líder terá êxito em

sua empreitada quando partir de um plano de ação, que será através do

planejamento de metas, sob a forma de buscar-se transformar em realidade o

desejo de ser um líder de sucesso.

Analisando ainda o comentário de Guimarães (2003), nota-se que

líderes de sucesso buscam em sua essência construir ambientes agradáveis e

motivadores, de forma a gerarem efetivos resultados para a organização.

Porém, o líder que deseja aperfeiçoar o modelo de gestão praticado

poderá desenvolver um perfil de comportamento baseado na modelagem de

comportamento de

líderes de sucesso. Tais modelagens consistem em observar perfis existentes

e viabilizar a idealização e criação do novo modelo, que se acredite ser capaz

de efetivar a mudança do comportamento.

Furini (1994) lembra que o verdadeiro líder é aquele que sabe pensar,

decidir, realizar e é porta-voz dos ideais do grupo. Assim, pode-se concluir que

o líder, ao estabelecer sua meta aos liderados, estará firmando o compromisso

com a própria gestão e para com seus subordinados que com ele colaboram.

Assim, de acordo com a autora, a crença na capacidade de obter

sucesso com o

novo perfil de comportamento, permite que o líder envolva o bom desempenho

em delegar tarefas e o atingimento do estado de excelência.

Já nos estudos de Robbins (2002, P.383), pode-se identificar quatro

comportamentos de líderes, a saber:

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42 1. líder diretivo: faz com que os liderados saibam o que se espera deles,

organiza o trabalho a ser feito e fornece instruções precisas sobre como as

tarefas devam ser realizadas.

2. líder apoiador: é amigável e demonstra sensibilidade pelas necessidades de

seus liderado.

3. líder participativo: consulta os liderados e utiliza suas idéias antes de tomar

as decisões.

4. líder orientado para a conquista: estabelece metas desafiadoras e espera

que os liderados ofereçam o melhor desempenho possível

Observa-se que estes comportamentos visam mostrar que ambientes

motivadores e propícios à geração de idéias e estados de excelência, onde há

pessoas que com o líder colaboram, têm necessidade de possuir líderes

flexíveis que ativam os potenciais criativos existentes.

Porém, quando se trata do assunto liderança, deve-se entender as

necessidades das pessoas, e que uma empresa sem um líder seria uma

confusão de pessoas e máquinas.

Assim como, uma orquestra necessita de um conjunto completo, as

organizações necessitam da liderança para chegar ao seu pleno

desenvolvimento. Por tudo isso, observa-se que as empresas necessitam de

verdadeiros líderes para alcançar o êxito total e a empresa do futuro deverá

estar mais comprometida com a sua

missão, criando e mantendo uma cultura de valores para sua rentabilidade.

Vê-se que o líder do futuro é aquela pessoa que aparecerá como figura

central na organização e será um construtor da cultura organizacional.

Em relação aos estudos de Soto (2002), relata-se que os líderes

sistematicamente devem, com todo o pessoal da organização, transmitir

lealdade, confiança, vitalidade, comunicação, valores e congruências nas

condutas; assim, seus liderados terão uma relação saudável e energia para

uma melhora contínua.

Diante dessa citação, a ausência dessas técnicas de liderança,

compromete o desenvolvimento das tarefas a serem realizadas e não se atinge

plenitude nos objetivos empresariais.

Page 43: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · O terceiro capítulo trás a liderança como diferencial para o mercado de trabalho, abordando o termo comprometimento como fator

43

Nota-se que nos dias de hoje está cada vez mais diversificado o modo

como as pessoas vêem o mundo e, a partir disso, os líderes tentam mudar

esse contexto, mostrando que várias pessoas são capazes de caminharem

juntas apesar dessas mudanças.

Violin (2004, p.31) ressalta que os líderes não nascem feitos, eles se

formam ao longo dos anos e da experiência adquirida. Entretanto, precisa-se

ter características que são de vital importância para uma pessoa triunfante em

sua função, como se destacam os tópicos seguintes:

· Autoconfiança : deve-se acreditar em si mesmo e em seu próprio poder para

enfrentar as situações.

· Bom-humor: pratica-se para relaxar, quando o ambiente de trabalho está

tenso, criando-se um ambiente de cordialidade.

· Competência: o conhecimento na área da liderança, o qual ajudará a avaliar

as dificuldades que os liderados possam enfrentar a fim de dar uma orientação

adequada.

· Autenticidade: o líder deve ser ele mesmo e não querer imitar ninguém.

· Responsabilidade: delegar bem as tarefas a serem realizadas e ter boa

relação com seus liderados.

· Organização: o líder tem que dispor de limpeza, boa apresentação e

capacidade organizativa.

· Conhecimento das pessoas: tem que haver observação direta, que ajuda o

líder a chegar às conclusões corretas, para todos trabalharem em harmonia.

· Energia: deve-se possuir força e dinamismo.

· Originalidade: deve-se ter suficiente inteligência e imaginação.

· Concentração: precisa-se ser eloqüente, capaz de utilizar as palavras para

persuadir

Os estudos de Furini (1994) mostram que os verdadeiros líderes

fortalecem-se nos momentos de crise. Desta maneira, a influência do ambiente

deixa nas mentes dos liderados a marca das mensagens do líder e faz com

que a empresa invista cada vez mais em seus potenciais de percepção.

Assim, os melhores desempenhos e resultados são obtidos através da

competência emocional do líder. Tais capacidades fazem os líderes obterem

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44 êxito total em sua carreira, mas sem esquecer de suas responsabilidades de

líder, pois um bom líder tem que mostrar que é uma pessoa observadora, que

avista algo e tenta interpretar o que está percebendo, como salienta FURINI

(1994).

Além disso, este deve colocar ênfase nos pontos positivos de seus

liderados, conforme a citação abaixo:

“O líder deve ter uma sadia filosofia de vida, procurando o bem em cada

pessoa, situação ou coisa” (FURINI, 1994, p.27).

Por tudo isso, o líder de sucesso não se deixa envolver na armadilha de

emoções. Sabe ser racional e objetivo. Seu sentido de justiça e imparcialidade

faz com que responda da maneira mais adequada a cada circunstância.

3.5 - Instrumentos Essenciais no processo de Liderança e

Comunicação

Um elemento presente na característica de um bom líder é a importância

com a comunicação. A clareza e a exatidão da comunicação afetam a conduta

e o desempenho dos liderados. A incapacidade de se comunicar é uma

deficiência séria, quando se esta procurando o aprimoramento da eficácia. A

comunicação pode ser definida como “a transferência de significado, envolve

um emissor, que transmite uma mensagem, e também um receptor, que a

compreende”. (ROBBINS, 2001.p.423)

As pessoas utilizam grande parte do seu tempo realizando comunicação

para alcançarem seus objetivos pessoais e profissionais. O líder deve saber

utilizar com facilidade as vantagens da comunicação bem feita, tanto para um

relacionamento com as pessoas, quanto para atingir os objetivos

organizacionais .

Segundo Maximiano (2000), a habilidade de comunicar apresenta um

dos melhores contextos para mostrar que certas características dos líderes

podem ser desenvolvidas. A comunicação é o alicerce da liderança, visto como

Page 45: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · O terceiro capítulo trás a liderança como diferencial para o mercado de trabalho, abordando o termo comprometimento como fator

45 o requisito básico para um líder a habilidade de transmitir sua mensagem de

modo a satisfazer, inspirar ou motivar seus seguidores. Isso não significa

apenas habilidade com as palavras e o maneira de dizê-las, mas a capacidade

de transformar idéias em mensagens convincentes.

O líder deve buscar na comunicação uma forma de transmitir com

clareza e transparência todas as informações necessárias, deve tanto

transmitir, quanto receber uma informação.

Segundo Chiavenato (2004, p.129):

A comunicação é importante no relacionamento entre as pessoas e na explicação aos participantes das razões das orientações tomadas. Os subordinados devem receber continuamente dos superiores um fluxo de comunicações capaz de supri-lhes as necessidades. Mas também os superiores devem receber dos subordinados um fluxo de comunicações capaz de lhes fornecer uma idéia adequada do que está acontecendo.

O líder através da comunicação bem feita, transmite com clareza o papel

e a direção que seus liderados devem seguir, para que o sucesso seja

alcançado. É importante que um líder enfatize a comunicação em todos os

níveis e sentidos e mantenha um comportamento alinhado com as mensagens

transmitidas. A

A porta para o sucesso de uma organização é a confiança e o respeito

mútuo, e a base é uma comunicação eficaz.

• Valorizar opiniões

È importante que o líder saiba respeitar os membros de sua equipe e agir de

forma a valorizá-los não apenas como profissionais, mas também como

pessoas, sem contudo confundir com uma gerência paternalista. Usualmente o

mais simples e poderoso remédio para recuperar o desempenho consiste em

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46 fazer o empregado compreender o quanto o líder e a organização o estimam,

respeitam e apreciam o bom trabalho que ele sempre realizou.

Para Likert (apud Souza e Ferreira, 2000) que é considerado um dos

grandes teóricos da liderança, tendo contribuído significativamente para o

estudo da gerência. O líder deve dar atenção e escutar os problemas dos

colaboradores; estimular o trabalho em grupo e o intercâmbio de idéias e dar

ênfase no alcance dos objetivos e não nos meios empregados. Deve, também,

manter um eficiente fluxo de comunicação com os subordinados, de modo que

estes saibam o que está acontecendo e recebam informações sobre as tarefas

a executar.

Para Toledo (apud Souza e Ferreira, 2000), um autor contemporâneo

ressalta a importância da manutenção de um relacionamento construtivo e da

gestão participativa, ao garantir que chega muito perto da excelência quem

aprende a ver as pessoas nas suas verdadeiras dimensões. Quem consegue

amar as pessoas, tanto pela riqueza como por suas promessas intrínsecas,

quem aprende a ver e a ouvir as pessoas , a respeitá-las e a fazer parceria

com elas. “O bom gerente sabe valorizar seus subordinados e é capaz de criar

um relacionamento propício ao respeito mútuo".

• Liderança em equipe

Com as grandes mudanças que vem ocorrendo no mundo, é imprescindível

que todos os líderes busquem um constante processo de aprendizagem para

que pudessem adquirir um ótimo preparo técnico, porém, o líder não pode

esquecer de se aprimorar no relacionamento com seus liderados, pois o

trabalho em equipe é essencial.

“Cada vez mais a liderança ocorre no contexto de equipes. A medida

que as equipes ganham mais popularidade, o papel do líder na orientação dos

membros adquire maior importância” (ROBBINS, 2001. P. 408).

A maior parte das atividades humanas é realizada por equipes, não por

indivíduos. Segundo Chiavenato (2005), uma equipe de trabalho pode atingir

alto nível de desempenho em termos de produtividade e qualidade, desde que

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47 seus componentes sintam satisfação com suas tarefas, com os objetivos

traçados e com o alcance desses objetivos, com as relações interpessoais com

os demais e com a qualidade de vida no trabalho.

Para Chiavenato (2005, p.403), a eficácia de uma equipe de trabalho

depende, quase sempre, das seguintes condições:

• Grau de lealdade dos membros entre si e com o líder da equipe;

• Os membros e o líder acreditam uns nos outros;

• Os membros estão seguros para tomar decisões apropriadas;

• O elevado grau de espírito empreendedor;

• A ação inovadora e o senso de inconformismo com o presente. Ou seja, a

vontade dos membros de aprender, de melhorar, de ultrapassar e de ser

excelente.

Em uma equipe de trabalho, para poder dirigi-la, liderar e dela obter

eficiência e eficácia, é preciso selecionar, treinar, motivar, avaliar e remunerar

seu pessoal. Lidar com pessoas é uma tarefa altamente complexa e desafiante,

porem, gratificante para quem souber fazê-lo de forma a elogiar o trabalho e

dignificar o ser humano.

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48

CAPÍTULO V

O IMPACTO DA LIDERANÇA NO DESENVOLVIMENTO

DE EQUIPES DE ELEVADO DESEMPENHO

Segundo Chiavenato (1997), o líder deve ter uma acentuada habilidade

de lidar com pessoas, de conviver com pessoas, de fazer as coisas com e por

meio das pessoas, Deve saber ouvir e deve saber falar. Saber receber e saber

transmitir mensagens e idéias. Saber entrevistar e comunicar. Ter empatia e

simpatia. Apesar de todas essas facilidades no relacionamento com as

pessoas, o líder usa a sua autoridade de maneira discreta, mas firme e

absoluta, transfere e delega responsabilidades, mas mantém o controle das

coisas, assegura a ação e domina o caminho em direção aos objetivos a serem

alcançados. Além disso, sua liderança é muito mais educadora do que

controladora. Impulsiona as pessoas para frente e não freia ou inibe o seu

impacto sobre os subordinados, resiste à frustração e sabe sempre fazer um

esforço adicional para ir à frente e conduzir consegue a sua equipe. Consegue

automotivar-se pela auto-realização e consegue motivar as outras pessoas

pelos desafios e pelas recompensas.

Conforme Chiavenato (1997) é papel do líder treinar e desenvolver

continuamente as pessoas, mantendo um elevado grau de habilidades e de

conhecimento. O líder consegue a plena capacitação pessoal de sua equipe

através da comunicação e da transmissão de informações, transferência de

habilidades, mudanças de atitudes e desenvolvimento de conceitos e filosofias

de trabalho. Uma equipe altamente preparada para a inovação e para os

desafios de tarefas gradativamente mais complexas e diferentes.

Para Chiavenato (1997) deve-se analisar e planejar o trabalho de modo

a assegurar um desenho de tarefas altamente sintonizado com as capacidades

individuais dos membros de sua equipe e gerenciar as mudanças.

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4.1 - Liderança como Influenciador do Comportamento

Hoje em dia, as qualidades da liderança são conhecidas universalmente

como um elemento chave dentro das organizações. As organizações procuram

profissionais capazes de delegar tarefas em equipes ou grupos, a partir de

habilidades desenvolvidas em seu ambiente de trabalho, buscando diretrizes

que tornem qualquer membro da empresa um líder eficiente.

Segundo Wagner e Hollenbeck (1999), As primeiras abordagens para

explicar a liderança sustentavam que os líderes não eram produzidos, mas já

nasciam líderes. Mais tarde, pesquisadores influenciados por escolas de

pensamento comportamentalistas descartaram essa idéia sugerindo que

muitas características associadas à liderança efetiva podiam ser adquiridas.

As empresas realmente têm interesses em desenvolver líderes, pois

elas precisam deles como estímulo para alcançar novas metas e desafios e ter

amplitude empresarial.

Robbins (2002) salienta que liderança é a capacidade de influenciar um

grupo em direção ao alcance de objetivos. Desta maneira os líderes podem

nascer de pequenos grupos e fazer grandes revoluções na organização.

Observa-se que ocorreram tantas mudanças atualmente, e isto fez com

que os funcionários das empresas tenham uma visão mais geral e prolongada

das diversas funções e compromissos, e que provavelmente façam a empresa

progredir de maneira extraordinária em pouco tempo.

Maximiano (2000) descreve que a liderança é uma função, papel, tarefa,

ou responsabilidade que qualquer pessoa necessita desempenhar, quando é

responsável pelo desempenho de um grupo, interdependente de suas

qualidades, muitas pessoas são alocadas em posições de liderança, em que

precisam conduzir os esforços de outros para realizar objetivos.

No papel de líderes, algumas pessoas são mais eficazes que outras, ou

sentem-se mais confortáveis que outras. Algumas parecem desejar mais do

que outras desempenhar o papel da liderança. Para Maximiano (2000), o líder

é sinônimo de grande homem (ou grande pessoa), que procura projetar sua

Page 50: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · O terceiro capítulo trás a liderança como diferencial para o mercado de trabalho, abordando o termo comprometimento como fator

50 imagem por meio da propaganda ou da manipulação do comportamento de

seus seguidores potencias ou reais.

Para desenvoltura de uma boa liderança, é interessante que se

destaquem os aspectos como motivação, comunicação, percepção e

confiança, além de atuarem diretamente com o emocional.

Os estudos de Goleman, Boyatzis e Mckee (2002) ressaltam que os

grandes líderes atuam por meio das emoções. Nas organizações modernas, a

principal das muitas funções da liderança consiste em canalizar as emoções

coletivas na direção positiva das tarefas e, desta forma, a liderança influencia

emocionalmente o espírito dos liderados, pois se estiverem com suas condições

emocionais satisfeitas, serão capazes de criar e desempenhar melhor suas

atividades.

Já Goleman (2002) lembra que os líderes devem ter sua própria visão e

seus valores, sendo aptos, deste modo, a perceber as emoções do grupo, suas

competências de gestão, catalisando a sintonia da equipe.

Entretanto, esses fatores influenciam na qualidade do trabalho. Tanto o

líder como seu liderado, devem controlar suas emoções no ambiente de

trabalho, e necessitam saber muito bem suas competências sociais e pessoais,

para poderem se auto-conscientizar, para superar a preguiça e a desatenção

que por muitas vezes o acúmulo de hábitos produz.

Portanto, impulsionar o grupo liderado ao alcance dos objetivos da

empresa requer muita dedicação do líder que, por sua vez, promoverá ações

para tornar a equipe mais eficaz e preparada para os diversos desafios. Assim,

a liderança consiste na capacidade de influenciar as pessoas em diferentes

situações e contextos.

Wagner e Hollenbeck (1999, p. 244) definiram a liderança como “uso de

influência simbólica e não coerciva para dirigir e coordenar as atividades dos

membros de um grupo organizado para a realização de objetivos do grupo”.

Maximiano (2000) sugere que o estudo da liderança exige a análise de

três elementos: as motivações dos liderados, a natureza da tarefa ou missão, e

a figura do líder. Defende também que “um elemento importante em qualquer

definição de liderança é o consentimento dos liderados. Só há liderança

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51 quando os liderados seguem os líderes espontaneamente. Aparentemente a

idéia do consentimento exclui a idéia do coercitivo e manipulativo. No entanto

certos grupos baseiam-se na aceitação de um líder que é pessoalmente

autoritário ou personifica valores autoritários. Além disso, é difícil dizer se o

consentimento é produto das convicções dos liderados ou das habilidades de

persuasão do líder”.

4.2 - Poder a autoridade como influência no desempenho das

pessoas

Liderança é uma forma de poder, ou seja, a influência que uma pessoa

tem de modificar ou provocar o comportamento de um grupo de maneira

intencional. A influência é um conceito que está ligado diretamente ao conceito

de poder e autoridade.

A habilidade de influenciar subordinado e colegas por meio do controle

dos recursos organizacionais é o que distingue a posição de liderança.

Segundo Megginson, Mosley e Pietri, (1998), poder é a capacidade de

exercer influência sobre indivíduos e grupos, decisões e acontecimentos

relacionados à liderança. Autoridade é, portanto, o direito que tem uma pessoa

em virtude da posição que ocupa em uma organização, de fazer algo para

atingir os objetivos organizacionais.

A capacidade de influenciar, persuadir e motivar os liderados estão

muito ligados ao poder que se percebe no líder. Segundo Wagner e Hollenbeck

(1999, p. 276) poder de um administrador possui cinco bases:

• Poder coercitivo: é o poder baseado no medo, ou seja, o líder faz com que

a equipe cumpra as ordens estipuladas para evitar punições. O liderado

percebe que se fracassar poderá sofrer algum tipo de penalidade, por isso faz

de tudo para evitar.

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52

• Poder de recompensa: é o poder que o líder tem de oferecer recompensas,

ou seja, a equipe cumpre as tarefas estipuladas pelo líder sempre com o

objetivo de obter algo em troca, como uma recompensa.

• Poder Legitimado: é o poder relacionado à autoridade, ou seja, a pessoa que

está em um cargo maior, tem o poder sobre as pessoas. É o poder que decorre

do cargo ocupado pelo indivíduo no grupo ou na hierarquia organizacional.

• Poder de competência: é o poder baseado nas habilidades ou

conhecimentos do líder. A equipe reconhece o líder, por possuir certas

características (conhecimentos, conceitos). As pessoas obedecem porque

acreditam nessas habilidades e podem aprender ou obter vantagens dela.

• Pode de referência: é o poder baseado na personalidade do líder. O líder

com o poder de referência tem características pessoais que influenciam o

grupo. As pessoas obedecem devido à admiração, do desejo de aprovação, à

estima pessoal. Esse poder também pode ser identificado por carisma. Um

líder carismático é o que possui características especiais, e fazem com que

esse magnetismo influencie as pessoas.

Segundo Chiavenato (2000, p.557):

A verdadeira liderança decorre geralmente do poder de competência e do poder de referência do líder, ou seja, ela se baseia no poder da pessoa do líder. Quando a liderança funciona na base do poder de recompensas, do poder de coerção ou do poder legitimado, ela se baseia exclusivamente no poder da posição que a organização confere ao líder. O desafio do administrador está em saber migrar decisivamente para o poder de competência e de referência para exercer uma liderança baseada em seu poder pessoal.

Em relação à autoridade deve-se compreender bem sua natureza e seu

papel. Para os clássicos a autoridade é conceituada como um poder formal, ou

seja, o direito de dar ordens, de comandar outros, para que executem ou

deixem de executar algo, da maneira considerada, pelo possuidor dessa

autoridade, como adequada para a realização dos objetivos da empresa.

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53

De acordo com e Wagner e Hollenbeck (2002, p.256) “Autoridade é o

direito de fazer algo, ou de mandar fazê-lo, para atingir os objetivos

organizacionais”.

Ainda segundo os autores, a autoridade se distingue por três características:

1. Autoridade á alocada em posições da organização e não em pessoas. Os

administradores têm autoridade devido às posições que ocupam. Outros

administradores na mesma posição têm a mesma autoridade.

2. Autoridade é aceita pelos subordinados. Os subordinados aceitam

autoridade dos superiores porque acreditam que eles têm o direito legítimo,

transmitido pela organização, de dar ordens e esperar o seu cumprimento.

3. A autoridade flui para baixo através da hierarquia verticalizada. A autoridade

flui do topo até a base da organização, e as posições do topo têm mais

autoridade do que as posições da base.

Para e Wagner e Hollenbeck (2002) se nenhum indivíduo possuir

autoridade na organização, os empregados podem chegar e sair do trabalho

quando bem entenderem, realizar suas tarefas de qualquer maneira e não da

forma determinada pela organização.

Ao lado das bases da autoridade e das características pessoas, a forma

como o líder usa a autoridade para se relacionar com seus liderados é outro

foco importante no estudo da liderança. Poder e autoridade possuem

significados distintos, porém, diretamente ligados ao conceito de liderança.

4.3- Equipes de Alto Desempenho

Muitos estudos e teorias de gestão têm se aprofundado em avaliar o

talento humano para atingir os objetivos de uma organização, sobretudo as

equipes de trabalho. As diferentes variáveis da organização, dos grupos de

trabalho e do indivíduo refletem nos resultados de rendimento. O tipo de

gestão, as habilidades e competências do indivíduo e do grupo são

fundamentais para se obter a sinergia necessária na formação de equipes

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54 de alto desempenho.

Para se compreender a amplitude deste problema é importante

identificar os fatores determinantes que propiciam ou bloqueiam as atitudes de

disposição e flexibilidade necessárias para o trabalho em equipe, que podem

envolver desde a estrutura organizacional, suas políticas até a criação do seu

ambiente. Do individuo, consideramos suas motivações, a necessidade de

mudança, o uso do poder, as derivações de conduta e comportamento.

A competência para a aprendizagem contínua somente será validada se

houver a concentração no processo trabalho versus resultado com visão de

futuro, encarando as mudanças como desafios, e não como ameaças. A

maioria das empresas identifica a resistência das pessoas frente a mudanças e

a incoerência entre o que se diz e o que se pensa com o que efetivamente se

Faz na prática organizacional.

Equipe é um número pequeno de pessoas com habilidades

complementares que estão comprometidas com um propósito comum, com

metas de desempenho e com uma proposta em que se consideram

Mutuamente responsáveis.

Equipe de Alto Desempenho é um grupo que cumpre todas as condições

das verdadeiras equipes e reúne membros que também estão profundamente

comprometidos com o crescimento e o sucesso pessoal mútuo.

Para atingir objetivos de alto rendimento, as empresas vinculam pessoas

que se integram aos grupos, desenvolvendo uma sinergia própria para

transformá-los em equipes de alto desempenho, cumprindo esses objetivos.

Enquanto os grupos de trabalho baseiam seus resultados na somatória dos

melhores colaboradores para o seu desempenho, as equipes de alto

desempenho buscam produtos de trabalho coletivo que requerem um esforço

conjunto.

Porém, muitos obstáculos são apresentados quando uma equipe está

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55

em crise. Sensação de impotência, perda de energia ou entusiasmo, falta de

propósito, diálogos velados e sem sinceridade, reuniões improdutivas em que

se valorizam mais a agenda que os resultados, desconfiança, cinismo, relações

em corredor, ataques e acusações são aspectos que devem ser revisados

retomando o propósito comum da equipe, suas metas de desempenho com

uma proposta única, através da responsabilidade compartilhada.

Para obter acordos poderosos na equipe é preciso construir um nível de

diálogo aberto, franco e saudável tornando coerente a conversação entre o eu-

privado e o eu - equipe. Isso gera uma relação de transparência entre todos,

permitindo estabelecer acordos pautados na ética e honestidade, já que esta

transparência constrói a confiança necessária para emitir opiniões e juízos

mediante o que e como proceder, ao invés de juízos em relação à determinada

pessoa.

A forma como pensamos, sentimos e queremos algo, faz com que

sejamos um observador em ação, porém, na equipe descobrimos que há

outros que pensam, sentem, querem e atuam de modo diferente. A partir dessa

realidade devemos assumir que a relação entre os integrantes da equipe é uma

relação de observadores múltiplos, isto é, uma ação de observadores que

passam por juízos, afirmações e declarações múltiplas. Portanto, é possível

construir uma rede de proteção e compreensão aos demais enquanto

observadores em ação. Isto torna a equipe poderosa. Além de concentrar-se

no processo “tarefa versus resultado”, uma equipe de alto

desempenho deve desenvolver a clareza de objetivos, a responsabilidade

compartilhada tanto individualmente como em grupo, com o mesmo propósito e

comprometimento e uma comunicação saudável e adequada através de uma

ação conjunta. Valorizando assim, os talentos criativos para lidar com os

desafios e com visão de futuro. Para isso, se faz necessário observar as fases

de desenvolvimento da equipe, sua estrutura e as variáveis que afetam sua

dinâmica, considerando os seguintes aspectos:

- Manter a importância e o significado do propósito, as metas e a proposta;

- Criar um contexto de compromisso e confiança;

- Fortalecer o nível de habilidades;

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56 - Manejar as relações com terceiros, eliminando os obstáculos;

- Criar oportunidades para os outros;

- Atingir os objetivos esperados;

- Tomada de consciência paralela à evolução sobre a eficácia das ações

requeridas para obter as competências necessárias na realização dos

trabalhos.

Will Schutz afirma que as equipes de alto desempenho são aquelas que,

além de cumprir os objetivos, conseguem atingi-los porque a honestidade entre

os integrantes da equipe é um valor essencial, a regra número um. Permite-se

discutir os aspectos de controle que foram impedidos por falta de

disponibilidade, através da expressão livre de idéias e sentimentos, com

franqueza e profundidade.

Portanto, uma equipe de alto desempenho mantém o enfoque nos

resultados, nos objetivos comuns, tanto do indivíduo como da organização, a

administração por princípios para a tomada de decisões e soluções de

problemas, o trabalho em equipe, a integração das habilidades, o reforço do

compromisso total, o uso produtivo das diferenças de pensamento e o

desenvolvimento do indivíduo através do fazer, saber fazer e saber estar.

4.4 - A Liderança e o Saber Ouvir

No meio organizacional a liderança é de suma importância. São diversas

as características que um bom líder precisa ter, entre elas, saber ouvir e

gerenciar pessoas, saber tomar decisões (muitas vezes impopulares), saber

equilibrar razão e emoção e, também, ter carisma, mesmo sabendo que nunca

irá agradar a todos, conseguindo com isso, motivar sua equipe, dando crédito a

quem merece.

A palavra líder tem sua origem no idioma inglês leader que significa a

pessoa que toma as iniciativas e decisões num grupo, dirige e orienta os outros

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57 membros, detém o comando. Segundo Stogdill (In Bergamini, 1994), liderança

é uma função do líder.

Líder também pode ser pensado como a pessoa que influencia os outros

a atingir objetivos, orienta e motiva as pessoas a superarem obstáculos e a

moverem a organização em direção a seu futuro ideal (Bateman, 1998).

Saber ouvir é uma das muitas competências que se exige de um bom

líder. Mesmo sendo um líder visionário que é aquele que envolve uma visão

globalizada e ampla do ambiente empresarial, da empresa, seus produtos,

serviços, metas, enfim, tudo que envolve seu trabalho. Através de alinhamento

de metas e objetivos com a equipe, o profissional é capaz de visualizar as

tarefas, dividir prioridades e responsabilidades e criar regras básicas de

conduta de equipe que permitem maior integração, proatividade e

desenvolvimento conjunto dos estágios de conclusão das tarefas. O líder

visionário é capaz de compatibilizar atuação das rotinas diárias com estratégias

da organização num processo contínuo de realização de etapas e resultados.

Com isso, ele abrange o conhecimento e entendimento das estratégias de

curto, médio e longos prazos e o entendimento do impacto de suas ações.

Ainda de acordo com Martins (2003) a cultura milenar dos orientais

ensina que um dos atributos essenciais para uma melhor convivência no dia-a-

dia e nas relações do trabalho é aprender a escutar. Neste caso, escutar é ir

além do simples fator físico-mental. É interpretar muito mais que sons e

palavras: ouvir o outro. É usar da empatia, ou seja, colocar-se no lugar do seu

interlocutor. Tarefa difícil para alguns e normalmente não praticada por muitos

A habilidade de ouvir bem, como muitas outras coisas na vida, é uma

questão de simples treino. Algumas pessoas já aprenderam a ouvir e outras

ainda precisam desenvolver esta habilidade.

É preciso também saber treinar e orientar a equipe, o que requer o

estabelecimento de objetivos e padrões de desempenho claros para todos os

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58 integrantes da equipe. Ao mesmo tempo o líder ajuda as pessoas a entender

como as funções de cada um contribuem para a eficácia geral da equipe. O

verdadeiro líder também estimula a sua equipe a compreender suas atribuições

e responsabilidades no cumprimento dos seus objetivos. Por fim, o líder

demonstra claramente o seu forte comprometimento pessoal com os objetivos

da sua unidade de trabalho.

Portanto, saber ouvir é um aspecto da maturidade do líder. Maturidade

que está relacionada com os tipos de experiência que se teve em seu

aprendizado, do que quantos aniversários celebraram. Liderança tem mais a

ver com a forma de lidar com as pessoas - ouvir, motivar, compartilhar, orientar

e delegar do que quantos funcionários você tem na sua equipe. Este conjunto

de habilidades e conhecimentos necessita ser continuamente desenvolvido,

pois as organizações precisam contar com lideranças fortes, comprometidas e

dispostas a enfrentar os desafios que se apresentam hoje no mercado de

trabalho.

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59

CONCLUSÃO

A tentativa de concluir um projeto como este permitiu abrir mais

caminhos para continuar na busca das melhores práticas e definições de

liderança, procurando identificar uma fórmula para a melhor realização desta

tarefa.

As pesquisas realizadas neste estudo forneceram um material

fundamental para a compreensão dos processos organizacionais, buscando o

conhecimento e técnicas de liderança para que o profissional seja capaz de

desenvolver o papel de líder dentro dos contextos da empresa, agindo no

sentido de capacitar e definir metas e desafios aos liderados, conduzindo-os na

direção de atingi-los.

O objetivo geral do nosso estudo foi identificar a influência da liderança

no desempenho dos empregados, já que para garantir resultados é necessário

ter líderes que utilizem melhores técnicas e procedimentos adequados a

diversas situações, a fim de atingir o sucesso das organizações.

A liderança como procuramos mostrar no decorrer deste trabalho, é uma

tarefa complexa que envolve muito mais do que a simples relação entre líder e

liderados. É uma atividade que possui inúmeras atribulações que caminham

em paralelo e que apontam uma melhor ou pior relação entre os indivíduos.

A liderança não existe somente nas organizações, ela surge todas as

vezes que as pessoas trabalham em conjunto para a consecução de metas

comuns. Segundo Chiavenato (2004, p. 123) o líder apresenta características

marcantes de personalidade por meio das quais pode influenciar o

comportamento das demais pessoas.

Os líderes são grandes responsáveis em conduzir grupos de trabalho de

forma produtiva e eficaz para a empresa. Aqueles que não possuírem

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60 determinados traços de personalidades, conhecimentos e habilidades para

resolver problemas, não serão aceito pelos seus liderados de forma positiva.

Podemos afirmar que muita das ações praticadas por líderes não

surgem apenas do convívio na própria organização, mas das características

pessoais desenvolvidas ao longo da vida desse indivíduo.

A convivência com maus líderes torna os liderados um conjunto perigoso

e desmotivado, capazes de reagirem de maneira incontrolável, e que se aponta

muitas vezes para o cenário impossível de reverter. Uma vez quebrada a

capacidade das pessoas estarem motivadas, o ciclo de ação e reação pode

sofrer conseqüências desastrosa, visto que a motivação não é algo que alguém

possa falar para o outro ter, mas é necessário existir todo um ambiente e

condições capazes de gerar esse sentimento e que cada pessoa desenvolva

sua própria motivação. O líder trabalha para conseguir equilíbrio entre as

metas da empresa, as suas próprias e a do grupo. Por isso o líder precisa ser

detentor de determinadas habilidades para adotar um estilo de liderança ideal.

É mostrado o papel do líder como o de estimular os funcionários dentro

da organização, ou seja, ter a capacidade de extrair o que está dentro de cada

um. Para isso, não existe a maneira única, onde cada Gestor deve saber

reconhecer a irregularidade de cada um de seus subordinados, para que

possam incentivar cada um de maneira correta, para que se tornem satisfeitos

com o seu trabalho. Para isso é preciso que os funcionários sejam

reconhecidos não só pela execução de sua tarefa, mas também, como fontes

importantes para o alcance desse objetivo tão almejado pela organização.

Quando não ocorre esse reconhecimento a produtividade tende a cair e

conseqüentemente o seu desempenho diminui. O que se observa é que

melhorar a produtividade de uma empresa passa por questões muito mais

amplas do que meramente técnicas, pois questões emocionais e formas de

enxergar o trabalho interferem de maneira profunda na produtividade. Sendo

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61 então, cada profissional responsável por seu próprio desempenho, assim como

cada pessoa é responsável por estar integrada, feliz e equilibrada com sua

tarefa dentro da organização.

Identificamos com análise na liderança e sua eficiência, que ainda há um

longo caminho a ser percorrido na busca dos melhores modelos. Muito mais do

que simplesmente desenvolver teorias, é transmitir e compreender o que leva

um líder a tomar determinadas ações e porque muitos fracassam ao

desempenhar essa tarefa. Concluímos que de fato, ter líderes eficazes e

comprometidos é o caminho para que as organizações construam um futuro

brilhante.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 9

CAPITULO I 12

O Percurso da Liderança 12

1.1 - As Organizações e suas Influências ao longo do século 13

1.1.2 - A Influência da Igreja Católica 13

1.1.3 - A Influência da Organização Militar 14

1.2 - Cenários e Significados das Organizações 15

1.3 - Liderança: Breve Panorama Histórico 16

CAPITULO II 19

Aspectos Fundamentais da Liderança 19

2.1 - Liderança como Relação entre Líder e Chefe 21

2.2 - Abordagens sobre Liderança 22

2.2.1 - Abordagens Baseada nos Traços de Personalidade 22

2.2.2 - Abordagem Comportamental 23

2.2.2.1 - As Descobertas de Likert sobre a Liderança 26

2.2.2.2 - Os Quatro Sistemas de Likert 27

2.2.3 - Abordagens Contingências de Liderança 28

2.2.3.1 - Liderança Situacional 28

2.2.3.2 - Modelo de Liderança de Fiedler 29

2.2.3.3 - Abordagem do Caminho Objetivo 30

2.2.3.4 - O Contínuo da Liderança 31

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CAPITULO III 33

Liderança como Diferencial para o Mercado de Trabalho 33

3.1 - O Novo Perfil de Liderança 35

3.2 - O Efeito da Competitividade na Gestão de Pessoas 36

3.3 - Comprometimento como Fator de Competitividade 37

3.4 - Dando Importância ao Grupo 40

3.5 - Instrumentos Essenciais no Processo de

Liderança e Comunicação 44

CAPITULO IV 48

O Impacto da Liderança no Desenvolvimento de Equipes

de Elevado desempenho 48

4.1 - Lideranças como Influenciador do Comportamento

49

4.2 - Poder a Autoridade como influencia no Desenvolvimento

das Pessoas 51

4.3 - Equipes de Alto Desempenho 53

4.4 - A Liderança e o Saber Ouvir 56

CONCLUSÃO 59

BIBLIOGRAFIA 62

ÍNDICE 65