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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O Processo de Envelhecimento e os Benefícios
Trazidos pela Psicomotricidade Visando a Qualidade de
Vida dos Idosos
Por: Sandra Pimenta Ferreira Lima
Orientadora
Profa. Me. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU”
AVM FACULDADES INTEGRADA
O processo de Envelhecimento e os Benefícios
Trazidos pela psicomotricidade Visando a Qualidade de
Vida dos Idosos
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção
do grau de especialista em Psicomotricidade
Por: Sandra Pimenta Ferreira Lima
Rio de janeiro
2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus
que iluminou o meu caminho durante esta tão desafiadora
caminhada.
Um agradecimento muito especial ao
“Meu Zé”, meu amor, meu companheiro e melhor amigo. Presente
de Deus para a minha vida.
À minha orientadora, professora
Fátima Alves, pela dedicação, carinho, paciência e ajuda nesse
processo de conclusão.
Também agradeço a todos professores
que me envolveram com seus saberes e exemplos.
DEDICATÓRIA
Dedico a minha mãe Dalícia
Pimenta Ferreira que hoje é uma
linda estrela que brilha no céu e
quem abaixo de Deus me deu a
vida. Quero agradecer-lhe por
tudo em tão pouco tempo de
convivência, (apenas 16 anos) e
te dizer minha bússula que serei
eternamemte sua fã e que as
saudades também serão eternas.
Muito Obrigada mãe.
Por Tudo!
RESUMO
A presente monografia visa mostrar a importância da
Psicomotricidade na vida dos idosos e a melhoria na qualidade de
vida dos mesmos. Durante a pesquisa o idoso foi analisado num
todo, mas teve como objetivo principal a preservação de suas
capacidades funcionais e o bom estado emocional objetivando
evitar o surgimento de doenças. Enfocamos o aspecto natural como
o ciclo biológico do ser humano, como também o aspecto
psicossocial; através do estudo da fisiologia do envelhecimento e da
atual visão sobre o idoso na sociedade. Pois em épocas atrás a
vida dos idosos significava apenas a presença de doenças, a
fraqueza física e também cognitiva, a dependência e a solidão,
levando-os a uma situação de isolamento. Concluímos que a
Psicomotricidade é grande promotora de longevidade, saúde, bem-
estar promovendo melhorias na qualidade de vida possibilitando o
ressurgir no espaço social.
Palavras Chaves: Psicomotricidade, Idosos, Qualidade de Vida e
Inclusão.
METODOLOGIA
Este estudo tem por base a metodologia bibliográfica,
consultas em sites e também consta de uma pesquisa em campo
elaborada através de entrevista e preenchimento de um
questionário investigativo realizada com um grupo de idosos do
CMS Dr. Garfield de Almeida.
SUMÁRIO
Introdução 08
CAPÍTULO I
A Fisiologia do Envelhecimento 10
CAPÍTULO II
Possíveis Doenças na Terceira Idade e
suas Dificuldades nas Atividades Cotidianas 27
CAPÍTULO III
A Aplicação da Psicomotricidade nos Idosos
e o Ganho em qualidade de Vida dos mesmos 42
Considerações Finais 60
Referências Bibliográficas 64
Anexos 66
Índice 68
8
INTRODUÇÃO
“ O intervalo de tempo entre a juventude e a
velhice é mais breve do que se imagina. Quem
não tem prazer de penetrar no mundo dos idosos
não é digno da sua juventude”
- Augusto Cury –
O envelhecimento corresponde a um período em nossa vida
onde ocorrem muitas mudanças em diversos aspéctos, como:
alterações na fisiologia humana, acompanhadas de surgimento de
algumas incapacidades e muitas das vezes acompanhadas de
doenças de ordem degenerativas, e ou de ordem emocionais.
Nascemos, vivemos e morremos, se este processo ocorrer
de forma natural, o viver o dia a dia nada mais é do que caminhar
para a velhice, onde depararemos com várias perdas e diversas
limitações. Nosso corpo não será mais o mesmo, estará tomado
por cansaço e fraqueza, teremos inúmeras dificuldades , até mesmo
de movimentos.
No capítulo I veremos A Fisiologia do envelhecimento, ou
seja, o chegar da velhice, onde começam acontecer as perdas
físicas, sociais e também psicológicas. Tudo isso interfere em seu
convívio social que sofre grande transformação por conta de tantas
perdas sociais, e muitas vezes acrescidas de dependências
financeiras, resumindo-se que toda esta transformação em sua
9
estrutura física, biológica e financeira age diretamente ao seu
emocional.
O capítulo II ressaltará as possíveis doençass na terceira
idade e consequentemente devido a elas, o surgimento das
dificuldades nas atividades cotidianas.
O capitulo III abordará a aplicação da Psicomotricidade nos
Idosos, e o Ganho em Qualidade de Vida dos Mesmos
A pesquisa terá como objetivo principal a busca de maiores
conhecimentos, de atitudes que refletirão em qualidade de vida,
conhecer os procedimentos e atividades que venham facilitar as
AVD’s (Atividades de Vida Diárias) dos idosos, tornando-os assim
mais independentes, mais seguros e consequentemente mais
felizes.
Esta pesquisa buscará ver os benefícios da psicomotricidade
aplicada aos idosos, como proposta de melhoria de vida nos
âmbitos: corpo, mente e alma o que fecharia com chave de ouro a
nossa proposta de Melhoria de Qualidade de Vida na Vida dos
Idosos.
10
CAPÍTULO I
A FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
“O corpo humano é uma das grandes
maravilhas da Criação. A sua estrutura, a função e a
interação dos seus órgãos, os processos que se
desenvolvem silenciosamente em seu interior, a perfeita
comunhão corpo-alma-mente... têm fascinado a todos
desde os tempos imemoriais. É o mistério que a própria
vida possui”.
(O Maravilhoso Corpo Humano-Seleções do Reader’s
Digest-2001. P.6)
As manifestações somáticas do envelhecimento são
geralmente bem evidente e facilmente observáveis, porém pouco se
sabe sobre a origem desse fenômeno comum a todos os seres
vivos, havendo muitas dicordâncias quanto a verdadeira natureza e
dinâmica do processo.
A maioria dos gerontologistas define o envelhecimento como
a redução da capacidadede de sobreviver. De fato, o
envelhecimento pde ser conceituado como um processo dinâmico e
progressivo onde há modificações tanto morfológicas como
funcionnais, bioquímicas e psicológicas que determinam
progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao
11
meio ambiente, ocasionando maior vulneralidade e maior incidência
de processos patológicos que terminam por levá-lo à morte.
Diversas teorias têm sido propostas para explicar o
envelhecimento, algumas não apresentam qualquer base científica,
outras ainda não foram testadas, enquanto um certo número delas
não mostra pontos de vista válidos do processo de envelhecimento.
Atualmente considera-se que os mecanismos do envelhecimento
devem se relacionar com a capacidade de sintetizar proteínas. Elas
correspondem habitualmente a cerca de 15% dos componentes do
organismo e são responsáveis não só pela constituição das
estruturas dos órgãos, tecidos e de enzimas, mas também são
componentes dos sistemas bioquímicos relacionados à produção de
energia. (Geriatria – Fundamentos, Clínica e Terapêutica, Eurico
Thomaz de Carvalho Filho e Matheus Papaléo Netto - Atheneu
2004- Belo Horizonte, p.1).
1.1- PROCESSO DO ESTUDO DO ENVELHECIMENTO
Por se tratar de um processo comum a praticamente todos os
seres vivos, o envelhecimento deveria ter suas bases fisiológicas
melhor conhecidas, à semelhança dos outros fenômenos orgânicos
que caracterizam a consepção, o desenvolvimento e a evoulção dos
habitantes deste planeta, em especial do ser humano.
Muitos fatores impediram o progresso deste conhecimento,
mas o mais importante, foi a maneira que o envelhecimento natural
12
foi erroneamente caractetrizado como um estado patológico, o que
estimulou muito mais a tentativa de combatê-lo do que entendê-lo.
Esta falsa patogenia foi, sem dúvida, uma das principais razões
para que se sentissem mais atraídos pela geriatria os interessados
em descobrir e/ou comercializar as “fórmulas de rejuvenescimento”
ou algum “elixir de longa vida” do que aqueles que, com suas
pesquisas, poderia já ter esclarecido questões que permanecem
sem resposta até momento atual. (Geriatria - Fundamentos, Clínica
e Terapêutica- Eurico Thomaz de Carvalho Filho e Matheus
Papaléo Netto - Atheneu-2004 – Belo Horizonte, p. 31,32).
Envelhecimento é comum a todas as pessoas e não é induzido
por doenças. Envelhecimento é um processo biológico! NÃO É
DOENÇA!!! (A Fisiologia do Envelhecimento – Oliveira, Eliane
Maria de Jesus – www.buzzero.com –p.334)
1.2- CONCEITOS E DIFERENÇAS ENTRE GERIATRIA E
GERONTOLOGIA
A diferença entre gerontologia e geriatria é que a gerontologia
estuda o comportamento , o processo de envelhecimento,
personalidade e conduta dos idosos, que para realização de
estudos será levado em consideração aspectos como ambientais e
culturais do evelhecer.
Por outro lado a geriatria limita-se ao estudo de doenças
relacionadas com a velhice e seus possíveis tratamentos. (A
13
Fisiologia do Envelhecimento – Oliveira, Eliane Maria de Jesus –
www.buzzero.com – p. 8)
1.3- OBJETIVOS DA GERIATRIA E DA GERONTOLOGIA
O objetivo da geriatria é prolongar a vida de forma saudável
do idoso devendo entender as necessidades do paciente
analisando e encaminhando o idoso para um especialista.
A gerontologia tem como objetivo estudar o processo de
envelhecimento em diversos campos como o psicológico e social.
Cabe ao profissional desta área cuidar da qualidade de vida do
idoso, criar programas educativos voltados para o idoso entre
outros. (Camacho, Alessandra Conceição Leite Funchal-
gerontologia-enfermagem-//http: ww.scielo.br).
1.4- ORIGEM E DEFINIÇÃO PARA PALAVRA FISIOLOGIA
Fisiologia (physis+lógos+ia) lida com as funções das partes do
corpo, isto é, como elas trabalham.
Fisiologia é a ciência que estuda o funcionamento da matéria
Viva, investiga as funções orgânicas, processos ou atividades vitais.
(A Fisiologia do Envelhecimento- Oliveira, Eliane Maria de Jesus
www.buzzero.com , p.9)
14
1.5- ENVELHECIMENTO POPULACIONAL
O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, hoje, faz parte
da realidade na maioria das sociedades. O mundo está
envelhecendo. Tanto isso é verdade que estima-se que no ano de
2050 existam cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos
e mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em
desenvolvimento.
O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de
alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da
fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida.
(A Fisiologia do Envelhecimento- Oliveira, Eliane Maria de Jesus
www.buzzero.com , p.327, 328).
1.6- PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO
A Organzação Pan Americana de Saúde (OPAS) define
Envelhecimento como “ um processo sequencial, individual,
acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração
de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma
espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer
frente ao estresse do meio ambiente, portanto, aumente sua
possibilidade de morte.
O envelhecimento pode ser compreendido como um processo
natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos
15
indivíduos. (A Fisiologia do Envelhecimento- Oliveira, Eliane Maria
de Jesus www.buzzero.com , p.329, 330).
Segundo Flávia S. Rolim e Vera Aparecida M. Forti, o primeiro
momento de envelhecimento para o idoso é relacionado à idade,
onde não apenas ele pode se sentir velho mas o que o rodeiam
passam chamá-lo e tratá-lo de velho. Neste momento, a idade o faz
desviar do rumo algumas vezes diante de certas situações . De
certa forma, a lentidão surge. Isso é o que chamamos de
senescência e, quando essa velhice chega acompanhada de
algumas desordens, comprometimentos patológicose mentais,
chamamos de senilidade. Quando achamos que o idoso está
caduco, é quando dele apresenta senilidade ( A Psicomotricidade e
o Idoso – Uma educação para a Saúde – Fátima Alves – WAK
EDITORA- 2013, p.59 ).
Dois grandes erros devem ser continuamente evitados:
primeiro – considerar que todas as alterações que ocorrem com a
pessoa idosa sejam decorrentes de seu envelhecimento natural, o
que pode impedir a detecção precoce e o tratamento de certas
doenças. Segundo – tratar o envelhecimento natural como doença
a partir da realização de exames e tratamentos desnecessários,
originários de sinais e sintomas que podem ser facilmente
explicados pela senescência . (A Fisiologia do Envelhecimento-
Oliveira, Eliane Maria de Jesus www.buzzero.com , p.331,332).
16
1.7- PRINCÍPIO DA FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
Envelhecimento é um processo contínuo, lento, no qual
ocorrem modificações no organismo em vários aspectos, que
determinam diminuição da capacidade de adaptação do indivíduo
ao meio ambiente; ocasionando maior fragilidade frente aos
processos patológicos tornando-o mais suscetível às doenças, que
terminam por levá-lo a morte.
Envelhecimento é comum a todas as pessoas e não é
induzido por doenças.
Envelhecimento é um processo biológico! NÃO é doença!
O envelhecimento, aspiração de qualquer sociedade, só
representará uma conquista social quando for traduzido por uma
melhor qualidade de vida. Todo didadão tem direito ao acesso a
serviços adequados às necessidades de saúde individuais e
coletivas. É nesse contexto que um novo olhar volta-se para a
Saúde do Idoso como uma das atuais prioridades das Políticas
Públicas de saúde. (A Fisiologia do Envelhecimento- Oliveira, Eliane
Maria de Jesus www.buzzero.com , p.333, 334, 335).
Doença: é um conjunto de sinais e sintomas específicos que
afetam um ser vivo, alterando o seu estado de saúde. O significado
é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor, padecimento”.
(www.significado.com.br/doença)
17
Saúde: ter saúde é viver com uma boa disposição do corpo e da
mente, a OMS (Secretaria Mundial de Saúde) inclui na definição de
saúde, o bem estar social entre os indivíduos.
1.8- SINTOMAS COMUNS NO ENVELHECIMENTO
Sintomas: alterações da percepção normal que uma pessoa
tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações,
podendo ou não consistir-se em um indício de doença, sinônimo
(ameaço, prenúncio, sinal, , anuncio, indício, indicação,
probabilidade etc.). (www.dicionárioinformal.com.br/sintoma).
Deve-se dar ênfase apenas àqueles sintomas que adquirem
um significado particular com o passar dos anos ou que se tornam
muito mais frequentes nesta fase da vida. Alguns sintomas mais
frequentes:
Fadiga é uma queixa extremamente comum no
idoso.Caracteriza-se por incapacidade de mobilizar energia
necessária para as atividades habituais, associada à necessidade
de descansar e dormir.Ela pode até certo ponto, ser considerada
como ocorrência normal do envelhecimento, porém deve-se estar
atento porque pode ser muito sutil o momento em que passa a ser
indicativa de uma doença doença orgânica ou psíquica.
Perda de Peso esse exige avaliação criteriosa. Sabe-se que,
em decorrência do envelhecimento ocorrem alterações na
proporção entre o tecido gorduroso e o tecido muscular no
organismo, além da redução da massa óssea. A partir dos
18
cinquenta anos o peso corpóreo tende a se reduzir devido à
diminuição de peso das estruturas ósseas, aliada a uma atrofia
global da musculatura esquelética. Sendo assim, só se valoriza a
perda do peso quando é acentuada e principalmente quando há
grandes perdas em curto espaço de tempo. Tal situação sugere a
presença de enfermidade específica, como, por exemplo, neoplasia,
quadro infeccioso grave, descompensação diabética,
hipertireoidismo etc.
Cefaléia é também uma queixa frequente, cujas causas no
idoso pertencem a um espectro particular de afecções. A
localização da dor pode ser uma boa indicação de sua etiologia: em
região ocipital, é bastante sugestiva de contratura muscular,
provocada por vícios posturais, que levam a estiramento muscular e
ligamentar, ou por espondilartrose cervical.
Distúrbios do Sono constituem problemas que perturbam
bastante os idosos e que devem ser abordados com atenção. Sabe-
se que a necessidade de sono é variável de pessoas para pessoa e
que há um padrão geral de sono que evolui ao longo da vida. Há
uma grande desorganização na infância, com períodos curtos e as
vezes variáveis de sono e vigília. O envehecimento torna esse
padrão meos organizado, sem chegar porém, a retornar à situação
da infância. Na velhice, o período noturno de sono tende a sofrer
um encurtamento, enquanto surgem períodos de sonolência
durante o dia.
Aterações Psíquicas Ocorrem as alterações da memória e
os quadros de confusões mentais, o que deve ser visto com grande
19
importância na vida dos idosos.Já é bem definido um declínio de
funções mentais acompanhando o envelhecimento normal. A
capacidade de aprendizado reduz e a memória para fatos recentes
apreseta diminuição sensível, ao passo que para fatos remotos é
preservada ou mesmo chega a parecer mais viva. Informações
abstratas são prejudicadas mais precocemente que as concretas.
Estes fenômenos são considerados normais.
Tontura Tontura e sensação vertiginosa são problemas
comuns aos idosos, assim como a dificuldade para caracterizá-las e
estabelecer sua etiologia. A vertigem está habitualmente
relacionada as alterações funcionais e/ou lesão de estruturas
vestibuares. Pode ser idiopática ou relacionadas a problemas
circulatórios, neoplásicos, degenerativos etc.
Síncope consiste na perda súbita e transitória de consciência
cerebral por falta de irrigação cerebral que, no indivíduo idoso, torna
obrigatória a investigação de arritmias cardíacas, de hipotensão
ortostática e os distúrbios locais dos vasos por serem as causas
mais prováveis nesta fase.
Quedas são também motivo de grave preocupação. A
manutenção de uma postura ereta está vinculada à atuação
harmoniosa de um complexo de fatores: ação muscular
antigravitacional , propriocepção, informações visuais e do sistema
vestibular, e a integração de todos eles no sistema nervoso central.
O processo de envelhecimento compromete todos os componentes
deste sistema de forma variável, de indivíduo para indivíduo. Sendo
o corpo humano um sólido de grande massa, com centro de
20
gravidade alto e base estreita, fica claro que há vários
predisponentes presentes para levar o indivíduo e ter quedas
frequentes.
Alterações Auditivas o zumbido, ou seja, a audição
constante de um ruído que na realdade não existe´e um outro
eventofrequente. Pode ser desencadeado por problemas locais do
ouvido, até por uma simples rolha de serume, ou por alterações
sistêmicas, podendo até ser parte do quadro de uma
descompensação diabética. Deve er lemrada a presbiacusia, que é
a surdez que pode acompanhar o envelhecimento, mesmo sem a
presença de afecções otorrinolaringológicas específicas, mas
simplesmente como somatório de alterações degenerativas de todo
aparelho auditivo humano.
Dispnéia a dispnéa é outra queixa que exige cohecimento e
cuidado em sua abordagem para saber diferenciar se se trata de
uma resposta normal, proporcional à idade, ou de um processo
patológico
Alterações urinárias é outra categoria de sintomas muito
referidanesta idade são as queixas urinárias: terenção, urgência
miccional e , em particular, incontinência urinária. Esta é
considerada de forma errônea como um fenômeno normal do
evelhecimento
Alterações Digestivas o aparelho digestivo humano sofre
alterações variadas e algumas delas intensas com o passar dos
anos, a queixa digestiva mais comum no idoso é a prisão de ventre
21
ou obstipação intestinal. Ela é determinada, como quase todos os
problemas da idade avançada, por vários fatores associados:
diminuição do tônus da musculatura da parede abdominal,
aproximação do gradeado costal das cristas ilíacas, o que acentua
a fraqueza dos músculos anteriores do abdômen; redução da
atividade física, como a deambulação; redução da quantidade de
líquidos ingeridos, devido a menor sensação de sede.
Queixas Osteoarticulares as queixas osteoarticulares são
extremamente frequentes entre pacientes de idade avançadae,
dado o seu comportamento habitual de serem pouco
características, frequentemente acabam sendo esquecidas num
contexto clínico em que, são raro, vários problemas têm que ser
investigados, preocupando=se com o possível diagnóstico de um
neoplasma ou outra doença potenciamente grave que polariza a
atenção.
EXAME FÍSICO O exame físico do paciente idoso apresenta
particularidades únicas, exigindo abordagem adequada, mas
também razoável soma de conhecimentos a respeito da fisiologia
do envelhecimento e do efeito doas anos sobre as doenças. De
forma similar a anamnese, é ecessário dar atençao aos detalhes e
ter em mente mesmo diagnósticos diferenciais que pareçam
inicialmente menos prováveis, já que quanto mais avançada a
idade, mais confusos e atípicos são os quadros clínicos das
doenças.
Peso e Altura quando se determinam peso e altura de um
idoso, é importante saber que a altura provavelmente é menor do
22
que a que ele alcançou ao final de sua fase de cvezesrescimento. A
sua coluna vertebral sofre sofre encurtamento por redução da altura
das vértebras e dos discos intervertebrais e também aumento de
todas as suas curvaturas, que se refletem sobre a altura do
indivíduo,m reduzindo-a. Esses fenômenos podem estar
acentuados na presença de doenças, como por exemplo,
osteoporose. A altura do idoso que não deve ser negligenciada ou
feita apenas uma vez, mas periódicamente repetida.
O peso corporal mofifica-se ao longo dos anos como resultado
de modificações às vezes opostas do poso dos diversos tecidos.
Reduz-se o peso dos músculos e ossos, aumenta a proporção de
tecido adiposo, que sofre também uma redistribuição, passando a
ser mais abundante na região abdominal. Há aumento ponderal até
próximo dos 50 anos, para mulheres, e 60 anos, para os homens,
seguido de lento e gradual decréscimo
Sinais Vitais os sinais vitais merecem atenção especial. A
temperatura varia dentro da mesma faixa de normalidade do jovem.
A frequência cardíaca sofre um decréscimo sem fugir da faixa de
normalidade, mas de forma similar à temperatura, pode não ser
detectada taquicardia em uma situação clínica na qual esta seria
esperável, inclusive como mecanismo compensatório diante de uma
mudança rápida de postura. A pressão arterial deve ser tomada
com cuidado e tendo em mente as diversas peculiaridade de seu
comportamento no geronte. Vale a pena assinalar o quanto é
frequente no idoso em uso de vários medicamentos, que estes
podem alterar os sinais vitais, como poe exemplo, os antitérmicos
23
(queda da temperatura), os beta-bloqueadores (redução da
frequência cardíaca) ou anti-hipertensivos alfa-bloqueadores
(hipotensão-postural).
Pele a pele também deve merecer atenção. O descoramento
como sinal clínico de anemias pode ser difícil de avaliar, sendo as
mucosas capazes de fornecer impressões fidedigna. A pele senil
mostra efeitos combinados de ação ambiental, especialmente da
radiação solar, e da ação do tempo de intensidade variável.
Portadores de pele clara costumam ser mais afetados pelos dois
fatores. Durante o exame de pele pode-se avaliar o grau de higiene
do paciente e, quando se trata de indivíduo dependente, da
quakidade dos cuidados que recebe. Sinais de coçadura, antes de
serem atribuídos a prurido senil, sugerem exame mais cuidadoso,
tendo em mente, inclusive, o diagnóstico de escabiose.
Hidratação O estado de hidratação é de difícil determinação
no geronte, pois o turgor da pele perde o valor devido ás alterações
senis desta, que fazem com que a elasticidade esteja
extremamente reduzuda; a língua e mucosa oral estão
habitualmente menos úmidas por diminuição natural da secreção
salivar. A mucosa conjuntival pode estar menos brilhante pela
redução do número de células caliciformes, responsáveis pela
integridade do filme lacrimal. No entanto, estar ciente do estado de
hidratação do organismo do geronto é extremamente iportante
porque ele é mais sujeito ao desiquilíbrio hidrossalino, com risco
maior de complicações.
24
Cabeça Ao examinar boca e orofaringe, não se deve esperar
achados frequentes de hiperemia ou hipertrofia de amígdalas. É
importante observar as condições dos dentes, quando resentes, e o
estado das gengivas, pois alterações de arcadas dentárias são
extremamente frequentes. Em caso de uso de próteses, nunca deve
ser esquecido que sob elas podem estar ocultas lesões, até mesmo
de natureza neoplásica. .
Pescoço O exame físico do pescoço do idoso deve ser alvo
cde exame cuidadoso. O hábito de palpar a glândula tiróide deve
ser incluído na rotina habitual, sempre lembrando que elas muitas
vezes têm acesso dificultado por mudanças anatômicas, tanto
fisiológicas como determinadas por doenças.
Tórax a caica torácica do idoso torna´se mais fixa, com menor
capacidade de expandir-se e de dimnuir de volume, o que reduz a
função de “fole”, interferindo com a fisiologia pulmonar e alterando a
pressão intratorácica. As clavículas se deslocam na direção
cefálica, dificultando o acesso a estruturas do pescoço como a
tireóide. Na inspeção do tórax nota-se aumento da cifose torácica e
alargamento do diâmetro ântero-posterior. Modifiações assimétricas
sugerem processos patológicos.
Pulmões As modificações torácicas descritas podem
difivcultar a expresão clínica das doenças pulmonares, mas, como
as pneumopatias do idoso costumam ser extensas e provocar
manifestações claras, o exame físico é uma ferramenta muito útil.
25
Abdômen O abdômen do idoso pode ser extremamente fácil
de ser examinado devido a natural redução da musculatura da
parede. Ocorre, porém, que é grande o número de idosos obesos,
situação em que a palpação abdominal torna-se muito precária e o
examinador é obrigado a se socorrer bastante da percussão. Na
aus~encia de obesidade, a palpação de todas as estruturas é
amplamente facilitada.
Aparelho Osteoarticular O aparelho osteoarticular deve ser
cuidadosamente avaliado no idoso. Considerando-se que a
inatividade e a imobilidade são os piores inimigos do geronte por
acarretarem complicações por vezes graves e é muito mais difícil
reverter quadros estabelecidos ou eventualmete avançados. As
mãos costumam ser a porção do sistema osteoarticular que
primeiro dispertam atenção. Alterações de cotovelo têm o mesmo
valor em qualquer fase da vida. Os ombros são sede frequente de
dores nos idosos. Sua mobilidade, presença de crepitação e pontos
dolorosos merecem atenção. Dores nos joelhos também são uma
queixa frequente, sendo comum a osteoartrose nessas articulações,
principalmente em pessoas obesas ou reviamente submetidas a
meniscectomia. A coluna vertebral deve ser avaliada com muita
atenção. Sua mobilidade normalmente se reduz, o que, em região
cervical, pode dificultar a pesquisa de irritação meningeana. Além
da redução da mobilidade observa-se acentuação nas curvaturas
fisiológicas, porém, se esse fenômeno for muito acentuado, deve-se
pesquisar um possível encunhamento patológico de vértebras.
Também é indispensável a procura de pontos dolorosos à
compressão. A evolução normal do tecido ósseo ao longo da vida
26
leva a uma osteopenia considerada normal na idade mais
avançada. Este fenômeno predispõe o idoso a fraturas mais
frequentes diante de traumas considerados menores.
Conclusão Abordar clincamente o idoso exige o emprego de
técnicas adequadas, que permitam obter informações não só
detalhadas, mas também precisas. O essencial para se avaliar
pessoas de idade avançada é conhecer o processo de
envelhecimento em toda sua complexidade, porém nunca se
satisfazer com a explicação de que “é normal para a idade”
qualquer sinal ou sintoma, queixas vagas ou inespecíficas não
devem ser deixadas de lado. Lembrar-se sempre, o quanto é
frequente a associação de diagnósticos nesta fase da vida.
(Geriatria – Fundamentos, Clínica e Terapêutica- Eurico Thomaz de
Carvalho Filho e Matheus Papaléo Netto – Atheneu 2004 – belo
Horizonte, p. 41 a 50).
27
CAPÍTULO II
POSSÍVEIS DOENÇAS NA TERCEIRA IDADE E SUAS
DIFICULDADES NAS ATIVIDADES COTIDIANAS
Alguns idosos apresentam uma boa reserva funcional
física e cognitiva possibilitando-os uma velhice saudável e atuante
na vida. No entanto, ainda temos uma parcelaconsiderável da
população idosa que têm uma fragilidade na reserva funcional,
sendo mais acometidos ´por doenças crônicas e degenerativas.
É bom lembrar que não se deve aceitar um sintoma que
incomoda e gera desconforto, não é normal, assim como não é
normal sintomas não serem valorizados que podem ser o início de
doenças graves e se não receberem tratamento adequado e
imediato podem levar a óbito. O idoso como qualquer outra pessoa
não deve conviver com inconvenientes, com sintomas
desagradáveis. Devem-se prevenir problemas comuns e buscar
ajuda.
Vamos acabar com aquela frase típica que muitos se
utilizam: “NORMAL NA MINHA IDADE”, nem sempre. A
prevenção ainda é o grande foco para o padrão de saúde das
pessoas e das pessoas idosas. ( A Psicomotricidade e o Idoso -
Uma Educação para a Saúde- Alves,Fátima – WAK 2013, P.55)
28
2.1 – SIGNIFICADO DE DOENÇA E SAÚDE
Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que
afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde. O
significado é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor,
padecimento”. (www.significado.com.br/doença)
Em geral, doença é caracterizada como ausência de saúde,
um estado que ao atingir um indivíduo provoca distúrbios das
funções físcas e mentais. Pode ser causada por fatores exógenos
(externos, do ambiente) ou endógenos (internos, do próprio
organismo).
Diferentes ciências se dedicam ao estudo das doenças, entre elas:
a patologia estuda as doenças no geral, relacionadas à medicina e
outras áreas; a ciência médica estuda as doenças dos humanos.
Em geral, ao examinar um doente, o profissional observa os
sinais e sintomas e os associa a uma determinada doença, solicita
exames diversos e a partir dos resultados informa um diagnóstico,
que será a base para o tratamento. Dependendo do contexto,
alguns conceitos, tais como anormalidade, desordem, patologia,
perturbação etc... são utilizados como sinônimos de doença.
(www.significados.com.br/doença).
Saúde: ter saúde é viver com uma boa disposição do corpo e
da mente, a OMS (Secretaria Mundial de Saúde) inclui na definição
de saúde, o bem estar social entre os indivíduos.
29
2.2 - AS DOENÇAS EM IDOSOS
As doenças podem ser perigosas para a saúde, mas com o
público idoso o cuidado precisa ser redobrado.
Com a melhora nas condições de vida, avanço nas pesquisas
e os progressos na medicina , as pessoas estão vivendo mais, um
fato cada vez mais evidente. Se por um lado isso é bom, porque
significa aproveitar a vida por mais tempo, significa também que
mais pessoas estão sujeitas às doenças associadas ao
envelhecimento. (idosos.com.br/artigo/doenças).
2.3 – PREVENÇÃO CONTRA DOENÇAS EM IDOSOS
NÃO FUJA DO MÉDICO!!!
O Ministério da Saúde recomenda que os idosos façam visitas
pelo menos uma vez por ano ao médico e realize exames e utilizem
vacinas como forma preventiva de identificar e combater as
doenças em sua fase inicial facilitando o tratamento e a proteção da
saúde.
VACINAS:
- Tétano- a cada 10 anos;
- Gripe- anualmente;
- Pneumonia- a cada 5 anos
30
EXAMES:
- Aferir a pressão arterial anualmente
- Colesterol sanguíneo – anualmente
- Glicemia- anualmente
- Presão Ocular – anualmente
- Urina – anualmente
- Ginecológico (femenino) – anualmente
- Próstada (masculino) – anualmente
(Fonte: Ministério da Saúde, publicação 23/06/2002-
www.saudeemmovimento.com.br/conteudo).
A construção do envelhecimento é o primeiro aspecto
preventivo que devemos levar em consideração.
Quem envelhece mal, corre o risco de ser um idoso infeliz e
cheio de doenças.
Não devemos negar a velhice, isto é um dos piores
comportamentos.
Ainda sobre prevenção, devemos considerar que não ficamos
velhos de uma hora para outra, precisamos de uma vida toda para
que isso aconteça; portanto é necessária a Manutenção da Saúde
em todos os aspectos da vida humana: físico, social, psíquico e
espiritual (Fisiologia do Envelhecimento- www.buzzero.com p.
11,12)
31
2.4 - AS DEZ PRINCIPAIS DOENÇAS DOS IDOSOS NO BRASIL
De acordo com o IBGE, três em cada quatro idosos têm
alguma doença crônica, ou seja, uma doença de curso arrastado,
boa parte delas incuráveis. As doenças infecciosas e os acidentes
continuam a ser importantes, mas a maior parte da carga de
doença da terceira idade no Brasil é por causa das doenças
crônicas não transmissíveis, como o diabetes mellitus e as
consequências da hipertensão arterial. (Medicina de Família e
Comunidade- http://leonardof.med.br/2010/10/06).
Essas são as dez doenças que mais prejudicam a saúde dos
idosos brasileiros:
01 – Infarto, angina e seus amigos (11,8%) – A doença cardíaca
isquêmica consiste no entupimento (ou, muito raramente, num
espasmo) das artérias coronarianas, que levam o sangue ao
coração.
02 – AVC (9,9%) – A doença cerebrovascular consiste não apenas
no derrame (AVC) mas também em outras formas menos
dramátricas, mas que também prejudicam a autonomia do idoso.
03 – Diabete mellitus (5,9%) – Essa doença dispensa
apresentação, com o envelhecimento da população, espera-se um
aumento cada vez do número de diabéticos. Devendo cada vez
mais procurarmos informações de como prevenir o diabetes
mellitus.
04 – Enfizema Pulmonar e Bronquite crônica (5,6%) – Como o
grande vilão é o fumo, espera-se que ao longo das próximas
32
décadas o problema comece a diminuir, como consequência do
combate ao tabagismo.
05 - Mal de Alzheimer e outras demências (4,2%) – Não é
normal o idoso ficar gagá. O esquecimento pode ter outras causas
além da demência; o mais comum é uma depressão, mas também
pode ser uma doença no corpo.
06- Perda de audição (3,3%) – Isso não é bem uma doença, é uma
condição crônica. Algumas pessoas realmente perdem a audição
com a idade, e o aparelho de audição pode ajudar muito na
reintegração dessas pessoas à sociedade. Mas às vezes a coisa é
mais simples: ouvido entupido por cera. (Dica: não use cotonete
dentro do ouvido!).
07 – Doença cardíaca hipertensiva (3,3%) – repare que a
hipertensão não apareceu até agora. Se fosse só a pressão ficar
alta, não haveria problema algum. Mas uma pressão arterial
elevada por anos a fio pode causar uma série de doenças; já
citamos o infarto e o derrame, mas o próprio músculo do coração
pode adoecer, causando a doença cardíaca hipertensiva . Num
grau mais avançado, isso vira insuficiência cardíaca, ou seja,
coração inchado.
08 – Pneumonia (2,7%) – Muita gente não sabe, mas a vacina
contra a gripe (suína ou comum) também previne pneumonoa; esse
é um dos motivos dos idosos a receberem. Outra forma de prevenir
a pneumonia é cuidar de outras doenças, para que a pessoa não
fique acamada ou de outra forma debilitada.
33
09 – Osteoartrose (2,6%) – Esse é o tipo mais comum de
reumatismo; ao contrário do que muita gente acha, não é a mesma
coisa que osteoporose.
10 – Catarata (2,2%) – O olho humano tem uma lente, chamada
cristalino, por onde a luz passa para chegar até a retina. Com a
idade o cristalino fica cada vez menos transparente, mas o
tratamento cirúrgico só deve ser feito se a catarata estiver
incomodando a pessoa.
Os números entre parênteses representam a participação da
doença na carga total de doença dos idosos brasileiros, medida em
anos de vida perdidos, com um ajuste para o grau de incapacidade
dos doentes que estão vivos, e levando em consideração o número
de pessoas afetadas.
A maioria das doenças da lista pode ser prevenida e/ou
adiada com um estilo de vida saudável e tratamentos
adequados, mas geralmente não é possível evitar completamente
a doença, e uma vez que a pessoa tenha, é para sempre. Nesse
contexto, é importante privilegiar ações preventivas e de
tratamento e recuperação que preservem a autonomia da
pessoa idosa, ou seja, que permitam à pessoa continuar
desempenhando suas atividades sem depender da ajuda dos
outros. (Medicina de Família e Comunidade –
http://leonardof.med.br/2010/10/06/ as-10-principais-doencas-dos-
idosos-no-brasil/).
34
2.5 – DOENÇAS COMUNS EM IDOSOS, FATORES DE RISCO,
SINTOMAS E PREVENÇÃO
Segundo o Ministério da Saúde as doenças mais comuns
apresentadas por idosos são:
Doenças Cardiovasculares: infarto, angina, insuficiência cardíaca
Fatores de Risco: pouca atividade física (sedentarismo), fumo,
diabetes, alta taxa de gordura no sangue (colesterol) e obsidade
(gordura).
Sintomas: Falta de ar, dor no peito, inchaço, palpitações.
Prevenção: pratica de atividades físicas de forma sistemática, não
fumar, controle de peso, colesterol e diabetes.
Derrames (Acidentes Vascular Cerebral-AVC)
Fatores de Risco: pressão alta (hipertensão arterial), fumo,
sedentarismo, obsidade e colesterol elevado.
Sintomas: tontura, desmaio, paralisia súbita,
Prevenção: praticar atividades físicas de forma sistemática, não
fumar, controlar a pressão arterial, peso e colesterol.
Câncer:
Fatores de Risco: fumo, exposiçaõ ao sol, alimentação
inadequada, obesidade, casos na família, alcoolismo.
Sintomas: depende do tipo de cãncer, um dos sintomas mais
comuns é o emagrecimento inesplicável.
35
Prevenção: consultar o médico pelo menos uma vez por ano para
fazer exames preventivos, evitar exposição ao sol em excesso e
não fumar.
Pneumonia:
Fatores de Risco: gripe, enfizema e bronquites anteriores,
alcoolismo e imobilização na cama,
Sintomas: febre, dor ao respirar, escarro, tosse
Prevenção: praticar atividades físicas de forma regular e
sistemática, boa alimentação, vacinação contra gripe e pneumonia.
Enfizema e bronquite Crônica
Fatores de Risco: fumo, casos na família, poluição excesiva
Sintomas: tosse, falta de ar e escarro
Prevenção: parar de fumar, manter a casa ventilada e aberta ao
sol.
Infecção Urinária
Fatores de Risco: retenção urinária no homem e na mulher
incontinência urinária.
Sitomas: ardor ao urinar e vontade frequente de urinar.
Prevenção: consultar um médico e tratar a infecção e sua causa.
Diabetes
Fatores de Risco: obsidade, sedentarismo, casos na família.
36
Sintomas: muita sede e aumento do volume da urina
Prevenção: controlar o peso e a taxa de açúcar no sangue
Osteoporose
Fatores de Risco: fumo, sedentarismo, dieta pobre em cálcio, nas
mulheres o risco é sete vezes maior.
Sintomas: Não há sintomas, em geral, é descoberta pelas
complicações (fraturas).
Prevenção: praticar atividades físicas de forma regular e
sistemática, não fumar, comer alimentos ricos em cálcio.
Osteoartrose
Fatores de Risco: obsidade, traumatismo, casos na família.
Sintomas: dores nas juntas de sustentação (joelho. Tornozelo e
coluna) e nas mãos.
Prevenção: controlar o peso e praticar atividades físicas
adequadas. (Ministério da Saúde, publicação 23/06/2002-
www.saudeemmovimento.com.br/conteudo).
2.6 – DIFICULDADES NAS ATIVIDADES COTIDIANAS
A terceira idade é uma fase natural da vida e, o processo de
transformação traz algumas dificuldades como: limitações do corpo,
menos vitalidade e rapidez (corpo e mente), há mais tempo
disponível, acostumados a fazer, não sabem o que é ser. É a hora
37
de uma manutenção da saúde em todos os aspectos da vida
humana: físico, social, psíquico e espiritual. Aspecto Físico:
alimentação “somos o que comemos...”, visitas regulares ao médico
(prevenir, diagnosticar e tratar possíveis doenças), prática regulares
de exercícios (sempre de acordo com as limitações físicas e com
orientação). Aspecto Social: convívio familiar (troca de
experiências, amizades, lazer, atividade sexual). Aspecto
psíquico: o envelhecimento psíquico não ocorre somente com a
passagem do tempo e sim, da falta de sentido pela vida. O
amadurecimento é conquista individual e se traduz pela
modificação dos valores de vida. Aspecto Espiritual: para que
vivemos? (Fisiologia do Envelhecimento – Oliveira, Eliane Maria de
Jesus, Buzzero.com, p. 13,14,15.16.17).
2.6.1 – PRINCIPAIS DIFICULDADES NO IDOSO
Aparelho Locomotor, uma das principais dificuldades
apresentadas no idoso é de ordem locomotora. O aparelho
locomotor é formado por ossos, articulações e músculos, sendo
responsável pelas sustentação e pela movimentação do corpo.
Divide-se em: tronco, pernas e pés (membros inferiores); e braços e
mãos (membros superiores).
A locomoção é fundamental para a saúde de todo ser
humano, e principalmente para o idoso. A falta de locomoção pode
causar : aumento da osteoporose, úlceras de pressão – feridas de
atrito, por passar muito tempo na mesma posição; prisão de ventre;
38
redução da força e do tônus muscular; aumento dos riscos de
infecções e embolias. (Fisiologia do Envelhecimento – Oliveira,
Eliane maria de Jesus – Buzzero. Com, p. 80)
Os idosos que se movem sozinhos podem e devem fazer os
movimentos de forma correta para maior conforto e segurança.
Como por exemplo, para mover-se na cama: 1- flexionar os
joelhos, apoiando os pés sobre a cama e virando as pernas para o
lado que pretende girar, 2- entrelaçar as mãos e levantá-las,
esticando os cotovelos simultaneamente, 3- finalmente rodar a
cabeça para este mesmo lado; para sentar: a maioria dos idosos,
mesmo tendo boa saúde e independência para locomover-se, sofre
de problemas nas articulações e no sistema circulatório, de falta de
vigor muscular e coordenação motora, principalmente para a
sustentação do tronco. Os apoios para os braços são essenciais,
para a maior comodidade e para facilitar os movimentos de levantar
e sentar; o encosto deve proporcionar um bom apoio para as
costas, os ombros e a cabeça, deixando o idoso realmente
confortável; o material do estofado do assento deve ser firme, para
facilitar a movimentação do idoso, e de fácil lavagem. Postura
correta do idosos sentado: apoiar completamente os pés no chão,
evitando que eles fiquem pendurados, caso seja preciso, colocar
um suporte como um banquinho ou almofada; distribuir o corpo para
que sente com a postura correta, manter as costas completamente
apoiadas no encosto; manter quadris, joelhos e pés formando um
angulo de noventa graus. Levantar: muitos idosos necessitam usar
bengalas ou se apoiar em qualquer outro objeto para se levantarem
do assento. Isto pode ser muito perigoso, além de difícil e
39
incômodo. Nestes casos o idoso deve inclinar a cabeça e o tronco
para frente com os pés apoiados no chão e ligeiramente separados,
segurar os braçoa de apoio do assento com as mãos e dar impulso.
Ficar de Pé: a maioria dos idosos tendem a ficar curvados quando
estão em pé. Por isso, deve-se sempre policiá-los e conscientizá-los
da importância de manter a postura ereta; ou seja: 1- colocar os pés
afastados, com um ligeiramente à frente do outro, 2- posicionar os
quadris paralelos ao tronco ereto, ainda que com uma ligeira flexão,
e os pés apoiados no chão. Andar: o andar nos idosos pode ser
dificultado por diversos fatores, como doenças físicas ou psíquicas
e o próprio envelhecimento, entre outros. Em muitos casos o idoso
deve usar bengalas ou muletas como auxílio para caminhar. Os
meios mais usados são: triplé e bengala de quatro pés: são
recomendadas ara pessoas com idade mais avançada e com muita
instabilidade. Muletas: consideradas de uso simples, mas em
muitos casos oferecem a estabilidade necessária. Bengala: é o
meio mais utilzado, deve ser usada do lado oposto ao lado lesado,
e funciona como uma extensão do braço. Andadores: eles podem
ou não possuir rodas, é necessário fazer pressão com as mãos,
segurar nos punhos e posicionar o aparelho próximo ao corpo,
porque se o idoso ficar longe do andador favorece o risco de
quedas. Os andadores são recomendados em situações mais
graves, quando o grau de instabilidade é alto. Caso o idoso não
precise de ajuda para andar, mesmo assim ainda precisa de
orientação sobre sua postura ao andar, que deve ser ereta e
acompanhada do balançar dos braços, devemos lembrá-lo que
40
deve levantar os pés para andar, colocando primeiro o calcanhar e
depois a ponta dos pés.
(Fisiologia do envelhecimento – Oliveira,Eliane Maria de Jesus –
Buzzero.com, p.81,82,83,85,86, 88, 94,95, 96,97,98,99,100).
Função Cognitiva: assim como o aparelho locomotor, a
atitude mental das pessoas idosas tende a diminuir quando elas
não se mantêm ativas. É necessário insistir na capacidade de
adaptação do cérebro e suas funções.
Quando a atividade mental é exercida regularmente, o
cérebro se mantém em seu melhor estado e os neurônios
permanecem ativos.
A exploração de novas áreas do conhecimento e a realização
de projetos que requeiram o exercício do raciocínio aumentam as
conexões dos neurônios e ajudam a reservar a capacidade mental
em bom estado, mesmo em idades avançadas. (Mente Positiva –
Como desenvolver um estilo de vida saudável - Melgosa, Julián –
Casa Publicadora Brasileira – Tatuí – SP – 2010. p. 124).
Em relação aos Aspectos Psíquicos e Espirituais: é muito
importante a percepção do indivíduo sobre sua posição no mundo,
no contexto da cultura e no sistema de valores nos quais ele vive e
em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações.
Algumas mudanças que afetam diretamente o idoso nos
Aspectos Psíquicos e Espirituais: aposentadoria, muitas vezes
acompanhada de perdas financeiras; ausência de ocupações e
41
interesses; dificuldade de reinserção no mercado de trabalho, saída
dos filhos da companhia dos pais – “o ninho vazio”; morte do
cônjuge, amigos e familiares; declínio do vigor físico e da saúde;
dificuldades de adaptação as novas tecnologias e costumes.
Lidar com as modificações e perdas vão requerer do idoso
uma estrutura pessoal, sócio familiar e econômica equilibradas na
vivência dessas fases. E a estrutura de cada um pode ser a
diferença entre uma velhice bem ou mal sucedida. Com um olhar
mais cuidadoso é preciso atentar para alguns sinais que essas
experiências causam ao idoso, podendo revelar estados
depressivos ou mesmo a própria doença a DEPRESSÃO. Ela está
entre o quadro de transtornos mentais na população, atingindo
aproximadamente 20% dos idosos, sendo que 2% apresentam
depressão grave. (Fisiologia do Envelhecimento ´Oliveira, Eliane
Maria de Jesus – Buzzero.com, p. 362, 363, 364, 365 e 366).
42
CAPÍTULO III
A APLICAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE E A MELHORIA NA
QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS
Tenhas sempre presente que a pele se enruga,
O cabelo embranquece,
Os dias se convertem em anos;
Mas o que importa não muda;
A tua força e convicção não tem idade;
O teu espírito é como qualquer teia de aranha,
Atrás de cada conquista vem um novo desafio;
Enquanto estiveres vivo, sente-te VIVO;
Se sentes saudades do que fazias, volte a fazê-lo;
Não vida de fotografias amarelecidas...
Continua quando todos esperam que desista;
Não deixe que enferruje o ferro que existe em ti.
Faz com que, em vez de pena te tenham respeito.
Quando não conseguires correr atrás dos anos, trota.
Quando não conseguir trotar, caminha.
Quando não conseguires caminhar, usa uma bengala.
43
Mas nunca te detenha !!!
( Madre tereza de Cacutá).
“ A Psicomotricidade é um caminho que abre
possibilidades aos idosos de encontrarem outras formas
de fazer, outras maneiras de pensar, outros sonhos a
realizar..., aprendendo a envelhecer com felicidade e
prazer”. – Cacilda Velasco –
“ Não se deve deixar o olhar matar aquilo que
seremos, deve sim olhar-se no espelho e ver como
ficamos, como realmente somos”. – Fátima Alves –
Quando falamos em psicomotricidade, duas dúvidas surgem
em algumas pessoas: - O que é isso? - Será alguma doença?
Não Psicomotricidade é uma Ciência.
A psicomotricidade já tem mais de meio século de existência,
como ciência reconhecida pela organização Mundial de Saúde.
Muitos foram os estudiosos que se dedicaram ao estudo dos
envolvimentos motores e psíquicos nos mutilados do pós-guerra.
Poderíamos destacar Wernicke, que realizou abordagens das
desordens psicomotoras; Dupré montou equipe de pesquisa para
estudo da relação motora e psíquica; Ajuriaguerra, analisou a
44
integração neuro-psíquica-social; Wallon, enorme contribuidor com
estudos sobre a função tônica e acrescentaríamos muitos outros
nomes como: Germaine Rossel, Vauer, Hurtado, Costallat, Le
Bouch, Chazaud, Negrine, Piaget. Destacamos dois autores de
livros, difundidos nos meios educaconais brasileiros, que são os
responsáveis das afirmações, que consideramos verdadeiras
“definições” para entendermos Psicomotricidade: Vítor da Fonseca
- “Não há movimentos para homens, mas homens que se
movimentam; assim como nõ há objetos para homens, mas homens
que os utilizam”. André LAPIERRE- “O corpo em movimento é
precisamente vida; essa é a única expressão verdadeira da
criança”.
Atualmente, a Psicomotricidade se conceitua como ciência da
educação, pois diferente das diversas escolas psicológicas
(condutistas, evolutista, genética, etc.) ela visa a representação e a
expressão motora, através da utilização psíquica e mental do
indivíduo.
PSICO - intelectual (cognitivo) - mental
- emocional (afetvidade – o querer)
MOTRICIDADE - movimento - ação - ato – gesto
Daí uma definição conhecida como bastante abrangente:
“Psicomotricidade é a realização de um pensamento, através de um
ato motor coeso, econômico e harmonioso, exigindo para isso uma
afetividade equilibrada. (Revista Bio Sport - Ano II - número 10 -
Fevereiro/1997 - Artigos Publicados – Cacilda velasco).
45
3.1 – IDOSO EM NOSSA SOCIEDADE
Se tomarmos como visão futura que a longevidade pode e
deve ser saudável, vamos verificar que é inevitável envelhecer, mas
é possível retardar esse processo por intermédio de todos os
mecanismos atuais das pesquisas científicas apresentadas pela
medicina atual.
Os “proto humanos”, há 5.000.000 anos, viviam, em média,
15 anos; já, na Roma Antiga, 400 anos A.C, a expectativa de vida
era de 19 anos; na Idade Média , séculos XIV-XVI, 30 anos; no
final do século XIX, 47 anos; no século XX, 50 anos; nos dias
atuais, 84 anos, e a previsão para 2025 é de 103 anos e, para
2080, 200 anos. Portanto, precisamos nos preparar para esse
desafio.
A maior parte do que hoje se sabe sobre envelhecimento é
fruto de pesquisas realizadas nestas últimas décadas. Toda esta
evolução do conhecimento modifica conceitualmente o
envelhecimento, respondendo nõ apenas a uma nova gama de
interesses profissionais, mas, também, às necessidades originadas
por uma verdadeira explosão demográfica da população dos idosos.
Algumas pesquisas apontam que, atualmente, temos perto de
600 milhões de idosos no mundo e teremos 2 bilhões em 2025.
Hoje, no Brasil, temos cerca de 14 mihões e, em 2025, esse
número chegará aos 33 mihões de pessoas com 60 anos ou mais,
colocando-nos em sexto lugar no ranking dos países com maior
número de idosos. Este é o grupo que mais cresce no país em
46
função da queda de mortalidade e da redução do índice de
fecundidade. Hoje a expectativa de vida do homem está por volta
dos 64 anos e, da mulher, 72 anos. Apesar disso, no rasil,
envelhecer não é uma tarefa fácil, pois nosso país não oferece ao
idoso estrutura social para um envelhecimento digno e saudável.
Não é necessário apenas maior interesse em conhecer o
envelhecimento, mas há também, e princialmente, uma enorme
necessidade de que ele seja rápido e amplamento compreendido
em todas as suas nuances orgânicas, psíquicas e sociais, visto que
o atendimento a idoso já se coloca entre os principais problemas de
saúde pública, não apenas nos países desenvolvidos, mas também
naqueles em desenvolvimento , como o nosso. (Revista Empresário
Fitness – Melhor Idade – Cacilda Gonçalves).
3.2 – PSICOMOTRICIDADE NA TERCEIRA IDADE
Desde o nascimento, o ser humano passa por diferentes
etapas em seu desenvolvimento, como a infância, adolesc~encia, a
idade adulta e o envelhecimento. Cada uma destas etapas
apresenta características e exigências específicas, que fazem com
que durante toda a vida o indivíduo necessite se adaptar a
constantes mudanças em sua cognição, bem como na estrutura e
no funcionamento do seu corpo. Na terceira idade isso não é
diferente, visto que o envelhecimento é um processo contínuo e
inevitável e que traz consigo transformações e declíneos em
algumas habilidades, fazendo com que o indivíduo necessite se
readaptar constantemente.
47
A Psicomotricidade , que se entende pela ciência que estuda
o homem através do seu corpo em movimento em relação ao seu
mundo externo e interno, visa auxiliar o indivíduo idoso na busca
pela adaptação nas diferentes etapas deste processo, contribuindo
para a prevenção, habilitação, reabilitação e socialização do
mesmo.
A psicomotricidade exerce seu papel principalmente na
prevenção e na conservação das capacidades destes indivíduos, a
fim de retardar perdas em suas capacidades, e de que este
mantenha uma adequada estruturação e organização espacial, uma
boa imagem corporal, controle postral, etc. , proporcionando
capacidades e habilidades para uma participação ativa na
sociedade bem como uma maior autonomia. Visa também trabalhar
com o objetivo de potencializar as habilidades individuais,
auxiliando-os a lidar melhor com suas limitações e favorecendo a
relação consigo mesmo, com o otro e com o mundo que o cerca.
Possibiluta ainda um maior conhecimento de seu corpo, de suas
possibilidades e habilidades, visando uma melhor qualidade de
vida. ( http://www.apaejundiai.org.br/psicomotricidade-na-terceira-
idade/).
3.3 – PROBLEMAS DA TERCEIRA IDADE
A idéia tradicional da pessoa idosa que vive sem entusiasmo,
sem atividades, esperando o dia da morte, é coisa do passado.
48
Hoje, os anos da aposentadoria são cheios de atividades e
oportunidades.
O período da terceira idade é objeto dos planos mais
cobiçados. Muitos esperam ansiosamente a chegada do dia da
aposentadoria para poder realizar projetos que no momento não
podem pôr em prática. Mas, com a idade, crescem os riscos de
saúde e aparecem problemas para os quais é necessário estar
preparado. Ao se pretender o bem-estare a longevidade, é muito
importante que as pessoas de mais idade sigam um programa de
exercícios físicos moderados e adequados à sua idade. Isso
pode ser alcançado mantendo uma vida ativa durante esta
grandiosa fase da vida antes tratada como velhice, incapacidade,
ou mesmo viver esperando a morte chegar. ( Mente Positiva –
como desenvover um estilo de vida saudável – Dr. Julian Melgosa –
Casa Publicadora Brasileira – Tatuí, SP – 2010, p, 122).
3.4 – ATIVIDADES PARA A TERCEIRA IDADE COMO
ESSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO
Segundo Okuma (1998), estudos em gerontologia
têm demonstrado que a atividade física aliada a
outros aspectos tais como hereditariedade,
alimentação adequada e hábitos de vida
apropriados, podem melhorar em muito a
qualidade de vida dos idosos.
49
Para a velhice, a Ideologia para um modelo de contrução social é a
autonomia,
O idoso quer, precisa e deseja fazer e decidir por si próprio.
Isso é independência de que ele necessita para realizar suas
tarefas do cotidiano sem necessariamente precisar de ajuda.
A idéia é oferecer ao idoso oportunidades por meio de
atividades para que ele se conscientize que a idade não
necessariamente representa um fim iminente.
Atividades e sus práticas facilitam reuniões com momentos
privilegiados de encontro e prazer. Ver e ser visto é importante para
o idoso. Mostrar o que sabe e ainda realizar para aqueles que já
não acreditam. Ao realizar as atividades em grupo, percebe-se a
oportunidade de trocas, críticas, discussões, olhares. Eles tomam
posições e se formam grupos de cumplicidade.
A cultura brasileira, particularmente a cultura carioca, a
partir da valorização de determinadas práticas, transforma o
que é “natural”. O corpo, em um corpo distinto: “o corpo”.
(GOLDENBERG, 2008, p.22) -
( a Psicomotricidade e o Idoso – Uma Educação para a Saúde
– Fátima Alves – WAK EDITORA – RJ – 2013, P.104)
50
3.5 – COMO APOIAR A TERCEIRA IDADE NO RESGATE DA
AUTONOMIA.
(...) com o declínio das apitidões físicas, o impacto do , mas, hábitos
de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco
ativas. Os efeitos associados à inatividade e a má adaptabilidade
são muito sérios. Podem acarretar em uma redução no
desempenho sério, na habilidade motora, na capacidade de
concentração, de reação e de coordenação, gerando processos de
autodesvalorização, apatia, insegurança, perda da motivação,
isolamento social e a solidão.
(TAKAHSASHI, 2004)
(A Psicomotricidade e o Idoso – Uma Educação para a Saúde –
Fátima Alves – WAK EDITORA – RJ – 2013, p.105)
A família, os amigos e vizinhos podem ajudar muito os idosos,
assegurando-se de que foram tomadas todas as medidas de
segurança necessárias. Uma vez prevenidas, as pessoas de idade
devem guardar na memória uma parcela de autonomia e
responsabilidade. O segredo não está em fazer todas as coisas
para que elas não façam nada, mas ao contrário, deixar em suas
mãos áreas de responsabilidade e cuidado , de modo que assim
possam se sentir estimuladas a continuar vivendo como pessoas
úteis,
51
Também é importante a atitude e a opinião que todos temos a
respeito dos idosos. Nossos sentimentos para com eles são
percebidos e afetam sua saúde física e mental. De fato, isso
realmente pode influenciar em sua longevidade. (Mente Positiva –
como desenvolver um estilo de vida saudável – Dr. Julián Melgosa
– Casa Publicadora Brasleira – Tatuí, SP – 2010).
3.6 – A IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO COGNITIVA PARA A
SEGURANÇA DE AUTONOMIA
A atitude mental das pessoas idosas tende a diminuir quando
elas não se mantêm ativas. É necessário insistir na capacidade de
adaptação do cérebro e suas funções.
Quando a atividade mental é exercida regularmente, o
cérebro se mantém em seu melhor estado e os neurônios
permanecem ativos.
A exploração de novas áreas do conhecimento e a realização
de projetos que requeiram o exercício do raciocínio aumentam as
conexões dos neurônios e ajudam a preservar a capacidade mental
em bom estado, mesmo em idades avançadas. E assim é possível
sim darmos autonomia e responsabilidades aos idosos com
segurança. (Mente Positiva – como desevolver um estilo de vida
saudável – Dr Julián Melgosa – CASA PUBLICADORA
BRASILEIRA - Tatuí, SP – 2010).
52
3.7 – PREVENÇÃO DE ACIDENTES CASEIROS
Mesmo já sabendo da importância de dar responsabilidade e
autonomia aos idosos; também sabemos que as pessoas idosas
perdem a agilidade das reações e acuidade dos sentidos. Isso
aumenta a probabilidade de acidentes em casa, A maioria dos
acidentes domésticos poderá ser evitada se estes simples
conselhos forem seguidos: na cozinha . Mantenha ao alcance das
mãos os utensílios de uso frequente . Se cair água ou outro líquido
no chão, limpe imediatamente . Cozinhe em fogo brando, isso
causa menos risco e previne a ocorrência de incêndios . Mantenha
os panos de cozinha afastados do fogo . Deixe livres as superfícies,
com espaço suficiente para colocar uma caçarola com água quente
. Se usar gás, peça a um técnico que faça revisões periódicas nos
tubos que conduzem o combustível ao fogão . Ao acabar seu
trabalho, sempre confira os botões do fogo para certificar-se de que
tudo foi desligado. No banheiro . utilize tapetes de borracha no
interior e na saída da banheira ou box do chuveiro . Instale barras
de segurança na parede da banheira ou do box do chuveiro . Nunca
use tapetes deslizantes que possam fazer escorregar . Não tranque
a fechadura do banheiro . Não utilize o aquecedor de água em
temperatura muito alta . Se alguma tomada estiver solta ou dela sair
faíscas, mande consertá-la imediatamente. O banheiro é um local
de alto risco de eletrocução No Quarto . Coloque o interruptor de
luz ao seu alcance enquanto estiver deitado . A cama deve ter a
altura ideal: nem muito alta, nem muito baixa . Os fios de lâmpadas
ou telefones devem ser embutidos na parede e nunca ficar expostos
em lugares de passagem . Mantenha ventiladores e aquecedores
53
afastados de cortinas, colchas, etc. . Não fume, muito menos na
cama . Evite o uso de travesseiros e cobertores elétricos .
Mantenha um telefone próximo à cama. Muitas chamadas de
emergência são feitas do quarto e essa comunicação pode salvar a
vida da pessoa idosa. ( Mente Positiva – Como desenvolver um
estilo de vida saudável – Dr. Julián Melgosa – CASA
PUBLICADORA BRASILEIRA – Tatuí, SP, p.122,123).
3.8 – A APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES PSICOMOTORAS
Alves, Fátima afirma que o corpo deve ser idealizado e
valorizado no intuito de realizar-se por meio das atividades para que
este corpo se sinta bem e produtivo. E que o idoso ativo vive
melhor, e os problemas da saúde são os que mais o angustiam,
pois, quando a saúde fica debilitada, vem o receio de tornar-ze
dependente, transformando-se em uma pessoa apática e sem
perspectiva.
As atividades promovem uma desmobilização das
articulações e aumentam o tônus muscular, motivando o idoso no
seu dia a dia e fazendo-o diminuir a tensão psíquica. Essas
atividades evidenciam significados evidenciam significados
subjetivos que implicam no dia a dia do idosos de um modo geral.
(A Psicomotricidade e o Idoso – Uma Educação para a Saúde –
Fátima Alves – WAK EDITORA – RJ, 2013, p. 105).
Alves, Fátima diz ainda que o profissional tem de ter a
sensibilidade e o conhecimento para traçar atividades com objetivos
54
compatíveis para a execução de formas prezerosa, natural e de fácil
compreensão. Muitos idosos se apresentam alheios às atividades
físicas porque elas não se desenvolvem no seu meio ambiente e,
por tanto, não há estímulo para que esse idoso pratique. Quando o
idoso vivencia, a cooperação, a determinação e a iniciativa dele
derrubam a barreira de isolamento social e o fazem participar com
mais entuiasmo e motivação nas ações propostas e se adaptam
melhor às condições de vida. Antes mesmo de o idoso atingir uma
fase onde as alterações de ordem motora, perceptiva, cognitiva e
socioemocional impliquem ou alterem sua capacudade de vida, faz-
se necessária a intervenção ocupacional direcionada por meio da
educação, reeducação e terapia psicomotora, e isso pode acontecer
por meio de atividades.
A melhor forma para trabalhar a postura e coordenação
motora é dialogar com o corpo harmonicamente, propiciando um
funcionamento normal do organismo, e toda atividade deve ser
enfatizada no esquema corporal.Os exercícios devem ser
programados e devem considerar alguns aspectos
importantíssimos. ( A Psicomotricidade e o Idoso – Uma
Educação para a Saúde – Fátima Aves – WAK EDITORA – RJ,
2013, p. 105,106).
3.8.1 – SUGESTÕES PARA OS EXERCÍCIOS
* Todo programa de at ividades deve ter o conhecimento prévio de
um médico, de preferência que já acompanha o idoso;
55
* Quando na posição em é, deve-se considerar o equilíbrio, j´´a que
esse equilíbrio no idoso é instável devido as alterações ósseas;
* Faz-se necessária uma reorganização do equilíbrio devido às
mudanças de posição nos seguimentos corporais;
* As atividades devem ser realizadas com pequenas flexões para
evitar o estresse postural;
* Qualquer atividade deve respeitar as limitações articulares dos
membros;
* O apoio do pé as descer uma escada ou um plano elevado é
prescindível para que não haja traumatismos na coluna;
* A tontura é causada muitas vezes quando o idoso movimenta sua
cabeça, tanto com os movimentos rotativos quanto com os de
inclinação, e isso também pode acarretar desgaste na sua coluna;
* Quando se faz uma atividade com as pernas afastadas, deve-se
obedecer ao alinhamento dos pés e dos ombros para não
sobrecarregar a musculatura do baixo abdômem;
* Todo exercício tem de fazer com que o idoso se sinta confortável
e que não seja incomodado;
* Toda flexão deve ser feita em etapas, para evitar possíveis
alterações;
* Quando se utiliza de exercícios com cadeiras, observar
atentamente se o idoso está corretamente apoiado;
56
* Ao realizar as atividades no chão, sentados ou deitados, devem
ser feitos em colchonetes devido à sensibilidade corporal e de
temporal que o idoso apresenta;
* A se sentir mal apoiado, deve-se oferecer
3.9 – QUALIDADE DE VIDA DO NOVO IDOSO
Para alcançarmos uma boa qualdade de vida na terceira
idade, se faz necessário a manutenção da saúde em todos os
aspectos da vida humana: o físico, o social, o psíquico e o
espiritual.
Aspecto Físico: alimentação – “somos o que comemos”, vistas
regulares ao médico visando prevenir, diagnosticar e tratar
possíveis doenças; prática regulares de exercícios (sempre de
acordo com as limitações físícas e com orientação.
Aspecto Social: convívio familiar (troca de experiências, amizades,
lazer, atividade sexual.
Aspecto Psíquico: o envelhecimento psíquico não ocorre somente
com a passagem do tempo e sim, da falta de sentido pela vida.
O amadurecimento é conquista individual e se traduz pela
manifestação dos valores da vida. – PARA QUE VIVEMOS? – .
57
3.10 – CONCEITO REFERETE À QUALIDADE DE VIDA DO
IDOSO DIANTE SEIS CATEGORIAS
1- Relacionamentos Interpessoais: manter os vínculos com a
família, contribuindo se possível com a educação de filhos e mesmo
neto, atenção para com os amigos e vizinhos (pessoas próximas).
“É necessário uma interação do idoso com o meio em que vive
tendo em vista um bom relacionamento a nível geral”.
2- lazer: é preciso haver momentos de lazer para o idoso, fazer o
que mais lhe dá prazer em nível de bem estar e satisfação.
“Passear, estar com a família em ambientes satisfatórios, fazer uma
terapia ocupacional incentivando o aumento do círculo de amizade”.
3- Saúde: bons hábitos saudáveis, adaptação nos ambientes
frequentados, alimentação, sono, assim como um programa de
exercícios físico poderá ser lançado explicando as inúmeras
adaptações músculo-ósteoárticulares que acontecem com os idosos
que relatam menos dificuldades nas tarefas da vida diária. “É
preciso atenção exclusivamente observadora voltada às
necessidades do idoso, aos sintomas e queixas que podem surgir
devido à existência de uma determinada patologia”.
4- Equilíbrio Emocional: para se ter quaidade de vida é preciso a
princípio paz interior, tranquilidade e satisfação ambiental.
“motivação para uma terapia ocupacional, bom humor e manter a
estabilidade emocional, embora esteja vivenciando situações
desagradáveis”.
58
5- Ambiente: moradia que disponha tranquilidade, bem-estar e
acima de tudo segurança e satisfação. “segurança ambientes não
poluídos, ar livre”.
6- Conhecimento: É preciso manter a mente aberta para os
assuntos relacionados ao mundo atual, ao dia-a-dia das pessoas
explorar criatividade, realizar leituras. “Estimular a capacidade
mental”. (Qualidade de Vida Científica – fisioweb.com.br).
QUEM É O VELHO?
- Velho é aquele que tem diversas idades: a idade de seu
corpo, da sua história genética, da sua parte psicológica e da sua
ligação com a sociedade,
- É a mesma pessoa que sempre foi, Se foi trabalhador, vai
continuar trabalhando; se foi uma pessoa alegre, vai continuar
alegrando.
- Se foi uma pessoa insatisfeita, vai continuar insatisfeita; e se
foi ranzinza, vai continuar ranziza.
- O velho é um mais: tem mais experiência, mais vivência,
mais anos de vida, mais doenças crônicas, mais perdas, sofre
mais preconceitos e tem mais tempo disponínel.
- No momento em que utiliza mais sua experiência, a vivência
adiquirida ao longo de sua vida, aprende conviver com suas
doenças crônicas e próprias de sua idade, elabora suas perdas
não esquecendo de seus ganhos, dribla os preconceitos e
aprende a utilizar seu tempo.
59
- Ele continuará curtindo a vida, gozando as coisas boas e sendo
feliz. FAZER PLANOS PRA AMANHÃ É VIVER.
(Fisiologia do Envelhecimento – www.buzzero.com p. 9,10)
60
Considerações Finais
Foi possível concluir, através deste estudo, que durante o
processo de envelhecimento ocorrem grandes perdas, e também o
surgimento de algumas doenças e que a inatividade pode causar
grandes prejuízos aos idosos, acelerando o decréscimo de suas
capacidades funcionais e assim tornando-os mais dependentes,
incapacitando-os para as tarefas do dia a dia.
O estudo também mostrou-nos que a atuação da
psicomotricidade de maneira contínua e regular, pode propiciar aos
idosos uma autonomia para o desempenho das atividades diárias e
consequentemente melhor qualidade de vida.
Constatou-se, ainda, os benefícios das atividades físicas,
principalmente no aumento gradual da força, da resistência
muscular, na diminuiçao das quedas, no bem estar e na saúde geral
dos idosos.
Concluímos portanto que para se beneficiar de uma velhice
saudável, é importante que, aliado às atividades físicas, haja um
acompanhamento neuro-psico-motor oferecendo estímulos para
que os idosos incorporem hábitos saudáveis no seu cotidiano e
tenha uma boa interação na sociedade em que vive, participando se
possível de projetos e programas elaborados pelo governo e pelas
comunidades.
Sobre a pesquisa de campo: Foi realizada com o grupo de
idosos do C.M.S Dr. Garfield de Almeida, que tem como nome
(Viver e Vencer). Este é composto por 20 idosos, sendo 17 do sexo
61
femenino e 3 do sexo masculino; usamos nomes de flores para que
no momento das entrevistas se sentissem mais à vontade dentro do
anônimato. Os nomes usados para as mulheres foram: Rosa,
Margarida, Adália, Dama da Noite, Onze horas, Girassol, palma,
Coroa Imperial, Tulipa, Orquídia, Iris, Crisantemo, Acácia, Amarilis,
Amor Perfeito, Azaléia e Begonia e para os homens: Cravo, Lírio e
Jasmim e assim aconteceu a entrevista através de um questionário;
este presente em anexos. Dados colhidos: referente as idades,
variou entre 65 a 82 anos; em relação a nível de escolaridade,
tivemos como resultado que quinze possuem o primeiro grau, (o
que eles relatam como primário e ginásio) e 5 possuem o segundo
grau, (o que também relatam como científico), 19 têm filhos e netos
e apenas 1 não, este é o único solteiro, os outros dois homens do
grupo são viúvos e entre as mulheres 14 são viúvas e 3 são
casadas; em relação a exercerem alguma atividade remunerada
apenas 1 homem de 66 anos que é o solteiro, exerce a função de
jardineiro em um condomínio residencial, e nas mulheres há dois
casos uma senhora de 65 anos que é costureira e outra de 70 anos
que ainda trabalha como cozinheira em um comércio de quentinhas.
Todos tem sua fonte de renda, suas aposentadorias e no caso das
mulheres as 14 viúvas também recebem pensão. Ainda foi
observado que a maioria além de se manter ainda ajuda
financeiramente seus filhos e netos. Sobre o tempo que estão no
projeto, a variação foi de 4 meses à 3 anos. Alguns também
participam de outras atividades, como uma senhora que canta no
coral da igreja, 3 senhoras participam como grupo de apoio no
próprio posto de saúde, no projeto: Posso Ajudar?, Há duas que
62
tomam conta de seus netos para as filhas trabalharem, 4 (sendo 2
homens e 2 mulheres participam de trabalhos voluntários junto à
Igrejas Evangélicas e também temos uma senhora que além de
hidroginástica, também está fazendo um curso de informática, ou
seja, de digitação. Sobre o caminho pelo qual chegaram até este
trabalho, obtemos o seguinte resultado: 12 vieram por
aconselhamento médico. 3 por convites de amigos e 5 procuraram
o posto por terem se interessado através de programa de televisão,
reportagens falando de Bem Estar e Qualidade de Vida na terceira
idade. Nos itens: 1) fatores que cotribuíram para a decisão de iniciar
o projeto de qualidade de vida , 2) benefícios identificados pelas
práticas executadas no grupo, 3) malefícios identificados em
decorrência das atividades físicas e motoras e 4) Sobre as
mudanças biológicas, sociais e psicológicas de correntes desde a
iniciação no grupo, obtemos como resposta que: todos decidiram
iniciar o Projeto de Qualidade de Vida pelos motivos: na parte
emocional: sentiam muita soldão, falta de atenção até mesmo dos
familiares, o que os levavam a um quadro depressivo, relatam
também dificuldades para dormir. Já na parte física, chegando aos
100% , foi por conta de dores no corpo, grande parte relatam estas
dores nos joelhos e costas, dificuldades de locomoção, alterações
no equilíbrio, níveis altos de glicose e colesterol no sangue e
obsidade, o que os prejudicam em sua atividades cotidianas. Sobre
os malefícios, foram apenas 2 casos de relato de dores nos joelhos
e pernas após o inícios dos exercícios físicos, o que foi logo
resolvido pelo professor de educação físoca que providenciou
imediatamente mudanças em seus exercícios físico. E finalizando
63
foi unânime a opinião que foi a melhor decisão em suas vidas, todos
confirmam a melhoria na qualidade de vida, relatam serem bem
mais felizes agora, que realmente sentem ter uma vida social, que
dificilmente se sentem deprimidos, adoram os passeios e as
festividades promovidas pelo posto de saúde e coordenadas pela
Assistente Social Márcia Alves. Relatam ainda ter mais disposição e
grande melhora na parte motora e cognitiva, o que os ajuda
bastante no desenvolvimento de suas atividades diárias.
Atingimos assim, tanto através da Pesquisa Bibliográfica
como da pesquisa de campo a resposta da nossa proposta do
projeto de pesquisa que era a de mostrar os Benefícios Trazidos
Pela Psicomotricidade Para a Qualidade. de Vida dos idosos
64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
01 - O Maravilhoso Corpo Humano – Seleções de Reader’s
Digest – 2001.
02 - Geriatria – Fundamentos, Clínica e terapêutica, Eurico
Thomaz de carvalho Filho e Matheus Papaléo Netto –
Atheneu 2004 – Belo Horizonte – 2004.
03 - A psicomotricidade e o Idoso – Uma Educação Para a
Saúde – Alves, Fátima – Wak Editora – Rio de Janeiro –
2013.
04 - Mente Positiva – Como Desenvolver Um Estilo de Vida
Saudável – Melgosa, Julian – Casa Publicadora Brasileira
– Tatuí – São Paulo.
05 - Revista Bio Sport – Ano II – Número 10 – fevereiro/1997 –
Artigos Publicados – Cacilda Velasco.
06 – Revista Empresário Fitness – Melhor Idade – Cacilda
Velasco.
65
SITES PESQUISADOS
www.apaejundiai.org.br /psicomotricidade-na-terceira-
idade.
www.avm.edu.br A Psicomotricidade Aplicada a terceira
Idade – por daniele Lima Gonçalves.
www.Buzzero.com (A Fisiologia do Envelhecimento-
Oliveira, Eliane Maria de Jesus).
www.dicionárioinformal.com.br / sintoma.
www.idosos.com.br / artigo / doenças.
www.leonardof.med.br /2010/10/06.
www.saudeemmovimento.com.br / conteudo.
www.scielo.br (Camacho, Alessandra Conceição Leite
Funchal – Gerontologia – Enfermagem.
www.significado.com.br / doença.
Ministério da Saúde, publicação 23/06/2002.
Qualidade de Vida Científica fisioweb.com.br.
66
Anexo
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DE CAMPO
Pseudônimo .............................................................................
01) Data do preenchimento do questionário? ___/___/___
02) Sexo: ( ) Masculino ( ) Femenino
03) Estado Civil: ________________
04) Idade ____ anos
05) Nível de escolaridade: ________________
06) Tem filhos/as? (S/N) _____ Quantos? __________
07) Com quem reside atualmente? __________________
08) Exerce alguma atividade remunerada? Qual?
___________________________________________
09) Além da participação no grupo de atividades físicas e
estimulação cognitiva, exerce alguma outra atividade? (ex:
coral de igreja, grupos de apoio, trabalhos artesanais,
trabalhos voluntários, hidroginástica, cursos, cuidador de
netos, filhos, etc? ___________________________
10) Há quanto tempo está no projeto? _____________________
67
11) Enumere os fatores que contribuíram para sua decisão de
iniciar no projeto de qualidade de vida (atribua grau de
importância aos fatos:________________________________
12) Qual foi o caminho para você chegar até este trabalho? 1)
Aconselhamento Médico? 2) Convite de Amigos 3) Outros
__________________________________________________
13) Também atribuindo ao grau de importância, enumere os
benefícios identificados pelas práticas executadas no grupo
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
14) Cite os malefícios identificados em decorrência de suas
atividades físicas e motoras: __________________________
15) Elaborando um pequeno texto, disserte sobre as mudanças
biológicas, sociais e psicológicas decorrentes dede a sua
iniciação no grupo:
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
(www.avm.edu,br A Psicomotricidade Aplicada a terceira Idade –
por Adelaide Lima Gonçalves).
68
ÍNDICE
CAPA 01
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – A Fisiologia do Envelhecimento 10
1.1 – Processo do Estudo do Envelhecimento 11
1.2 – Conceitos e Diferenças entre Geriatria e
Gerontologia 12
1.3 – Objetivos da Geriatria e da Gerontologia 13
1.4 – Origem e Definição para Palavra Fisiologia 13
1.5 – Envelhecimento Populacional 14
69
1.6 – Processo Natural do Envelhecimento 14
1.7 – Princípio da Fisiologia do Envelhecimento 16
1.8 – Sintomas Comuns no Envelhecimento 17
CAPÍTULO II – Possíveis Doenças na Terceira Idade
e suas dificuldades nas atividades Cotidianas 27
2.1 – Significado de Doença e Saúde 28
2.2 – As Doenças dos Idosos 29
2.3 – Prevenção Contra Doenças em Idosos 29
2.4 – As Dez Principais Doenças dos idosos no Brasil 31
2.5 – Doenças Comuns em Idosos, Fatores de Risco,
Sintomas e Prevenção 34
2.6 – Dificuldades nas Atividades Cotidianas 36
2.6.1 – Principais Dificuldades nos Idosos 37
CAPÍTULO III – A Aplicação da psicomotricidade e a
Melhoria na Qualidade de Vida dos idosos 42
3.1 – Idoso em Nossa Sociedade 45
3.2 – Psicomotricidade na Terceira Idade 46
3.3 – Problemas na Terceira Idade 47
3.4 – Atividades na Terceira Idade como Essência e
Motivação 48
70
3.5 – Como Apoiar a Terceira Idade no Resgate da
Autonomia 50
3.6 – A Importância da Função Cognitiva para a
Segurança e Autonomia 51
3.7 – Prevenção de Acidentes Caseiros 52
3.8 – A Apicação das Atividades Psicomotoras 53
3.8.1 – Sugestões para os Exercícios 54
3.9 – Qualidade de Vida do Novo Idoso 56
3.10- Conceito Referente à Qualidade de Vida dos
Idosos diante seis categorias 57
Considerações Finais 60
Referências Bibliográficas 64
Anexo 66
Índice 68
71