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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Por: Carlos Roberto de Freitas Borel Orientador Prof. Francisco Carrera Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …55 anos e com a força de um jovem iniciante. A cada pesquisa buscou-se determinar a forma mais correta e sem viés atingir

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

Por: Carlos Roberto de Freitas Borel

Orientador

Prof. Francisco Carrera

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em GESTÃO AMBIENTAL.

Por: . Carlos Roberto de Freitas Borel

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao amigo e Prof Luiz Alfredo

Guimarães que durante todo o curso se

colocou como companheiro nas

pesquisas realizadas, já que eu tinha

mais de 25 anos fora dos acentos

universitários.

4

DEDICATÓRIA

A Valmiro Borel e Marieta de Freitas Borel

meus queridos pais (In memoriam) e Ilza

e weligton eposa e filho pelo constante

incentivo.

5

RESUMO

Este trabalho tem como objeto de estudo todo um projeto de ocupação

da região da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, principal causa da

poluição das águas desta região.

A grande incidência das construções que foram se formando ao longo

dos rios, lagos e praias com total descaso do poder publico, a partir de uma

abordagem histórica, tendo como ícone principal à ocupação urbana que

ocorre desde o inicio com o chamado plano Lucio Costa. Com a formação dos

grandes empreendimentos (empresas e condomínios) a falta de planejamento

na área de saneamento básico, nos leva a uma busca frenética de soluções,

antes que o mal seja irreversível com um impacto ambiental muito grande.

Como foco do nosso trabalho e com a pretensão de ajudar nessa busca

e propor mecanismos que possam minimizar os problemas advindos dessas

construções executadas sem regulamentações ambientais.

Com o conhecimento de que toda esta região, seus rios, lagos e praias

estão sofrendo impactos, portanto, sugerimos soluções em meio a todos estes

acontecimentos.

Palavras-chaves: conflitos sócio-ambientais, impactos urbanos e

saneamento básico.

6

METODOLOGIA

O caminho percorrido na construção da presente monografia teve como

pesquisa os livros indicados e toda uma web grafia (mecanismo moderno de

busca).

A vida profissional na área de saneamento trouxe-me experiências

práticas de mais ou menos 20 anos, a despeito de uma vida árdua com meus

55 anos e com a força de um jovem iniciante.

A cada pesquisa buscou-se determinar a forma mais correta e sem viés

atingir o tema proposto. Os caminhos de minhas andanças foram de pedras,

mas espero estar de uma forma ou outra contribuindo para o bom uso da água

e sua sustentabilidade como um todo.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Política de Recursos Hídricos 10

CAPÍTULO II - Poluição da Água 16

CAPÍTULO III – Gestão de Recursos Hídricos 20

CONCLUSÃO 23

ANEXOS 26

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31

WEB GRAFIA 33

ÍNDICE 34

8

INTRODUÇÃO

Em meio à dificuldade de conseguir em pesquisa detalhada, e que me

pudesse satisfazer, sobre poluição das águas. Como pequeno empresário

do ramo de saneamento tendo um foco de trabalho extenso na região da

Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá. Conhecendo os

entraves e diversidades dos gigantescos Condomínios com faturamento

maior que muitos Municípios do Rio de Janeiro, me voltei especificamente

aos Grandes problemas por eles gerados.

As informações sobre a região, documentos sobre a história denuncia o

descaso das autoridades publicas deste patrimônio cercado por RIOS,

LAGOAS, PRAIAS E SERRA. Outro fato é sua localização que antes de

toda está ocupação era um local tipicamente interiorano (Área Rural), onde

não se apresentava característica de crescimento em escala das grandes

Metrópoles. Uma área de bastante verde, de baixadas ricas em fauna e

flora. Suas águas sangravam em meio às serras sem contaminação

descendo, e, formando os rios e lagoas mantendo com qualidade os

aqüíferos subterrâneos de toda aquela região. Na medida em que a classe

de media e alta renda viram-se apertada pelo crescimento populacional da

zona sul, e com a possibilidade de mudanças para zona oeste, sobre tudo

para baixada de Jacarepaguá, onde se insere a região da Barra Tijuca

(XXIV Região Administrativa). A expansão da malha urbana na Barra da

Tijuca deveu-se, sobremaneira, aos investimentos em infra estrutura

batizado pelo plano piloto do arquiteto e urbanista Lucio Costa (1969), cuja

proposta era elaborar o ordenamento do uso do solo, segundo uma visão

global que articulava o novo centro de negócios da Barra da Tijuca, ao

centro histórico da cidade do Rio de Janeiro e ao novo centro de santa cruz,

ligando a cidade de leste a oeste. Assim sendo, a região surgia como futuro

core da cidade, reestruturando o espaço da cidade e, nomeadamente,

9

direcionando a migração populacional rumo à Zona Oeste (Cardoso, 1989). 1

O trabalho visa mostrar, primeiramente através de um contexto histórico,

como surgiram os bairros, relacionando e destacando sua importância na

construção de um novo. Demonstrar o seu crescimento urbano até os dias

de hoje, com todas suas implicações no que tange ao saneamento e seus

impactos, poluição das águas e todos os problemas dimensionado.

A antiga vida rural do complexo lagunar de Jacarepaguá, conhecida como

lugar de calmaria e água boa, não pode ficar de fora dessa nova história,

pois teve uma contribuição mesmo que indireta deste sonho.

1 Instituto Municipal Pereira Passos (1999)

10

CAPÍTULO I

POLITICA DE RECURSOS HIDRICOS

A política de Recursos Hídricos (RH) no Brasil considera água um recurso

vulnerável, finito e escasso em quantidade e qualidade.

O uso indiscriminado e o desperdício fazem parte da nossa cultura, que

entende que água é uma riqueza natural e barata.

O Brasil ostenta uma posição privilegiada com 8% da água doce disponível

no planeta, posição que está em risco se governo e sociedade juntos não

garantirem saúde aos nossos rios, lagos riachos, córregos e nascentes,

águas subterrâneas entre outros mananciais.

A partir dos anos 70 a ocupação urbana da região da Barra da Tijuca, vem

se destacando como espaço pontual, para grandes investimentos do capital

público, sobre tudo privado, com importante desenvolvimento

socioeconômico.

Com ausência de sistema de saneamento ambiental regional para coletar e

tratar efluentes domésticos tudo tem contribuído para impactos ambientais

sérios, resultando na poluição das águas e seus conflitos, principal entrave

ao desenvolvimento sustentável da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá.

Uma paisagem que era habitacional rural, com a expansão imobiliária

destinada a classe media alta oriunda da zona sul, conflitando com a

favelizaçao do seu entorno onde reside a população de baixa renda, sem o

mínimo preparo de educação ambiental, lixos esgotos in natura, lançados a

uma velocidade muito grande poluindo os corpos hídricos de toda sorte,

sem tempo hábil para que a natureza possa absorver todo este mal.

11

A ocupação desordenada nos preocupa quando bairro e a própria cidade

não cumpre a legislação é neste meio termo que surgi novos loteamentos

que avançam desvairadamente em direção as áreas rurais e compras de

terras no mínimo desconfiáveis provando a total falta de controle do uso do

solo. Este crescimento desorganizado acarreta problemas desastrosos ao

meio ambiente.Alem dos problemas urbanos rotineiros,tais como enchentes,

poluição lixos, etc.O problema ambiental é preocupante,principalmente as

ações de degradação de toda vegetação nativa ocasionando erosões,com

isto as lagoas e rios estão totalmente açoriadas forçando os limites naturais.

Breve Histórico

Em 1934 criado o código das águas (lei de direito da água no Brasil).

Transformação do Ministério do Meio Ambiente da Amazônia legal em

Ministério do Meio Ambiente dos recursos hídricos e da Amazônia legal.

Em 1988 a Constituição Nacional determina:

A- Que todos os corpos de água passam a ser de domínio publico.

B- Que rios e lagos que banhem mais de um Estado sejam de

responsabilidade da União,

C- Que as águas superficiais ou subterrâneas fluentes, e emergentes e em

deposito sejam de responsabilidade dos Estados.

Em 1937 Lei de organização administrativa (9433), que cria o conselho

nacional de recursos hídricos, e a secretaria dos recursos responsável pela

elaboração do plano de recursos hídricos (de longa duração), pela outorga

de direito ao uso em águas da União, pelo treinamento de técnicos no

Brasil, pelo treinamento de técnicos pelo desenvolvimento de tecnologias de

estudos técnicos-cientificos.

12

Objetivos da Lei:

Utilização adequada ao uso da água.

Assegurar a qualidade e disponibilidade da água para o futuro.

Promover a prevenção e a defesa deste patrimônio diante do risco de

acidentes hidrológicos.

Atualmente em face das dificuldades, o poder publico aparece com:

Plano municipal de Saneamento básico considerando todo espaço a ser

contemplado principalmente quando se tem em foco os aspectos

socioambientais Devendo-se priorizar ações e programas emergenciais, que

sejam tratados como intervenção com destaque à drenagem urbana

causadoras de enchentes pontuais. O abastecimento de água, esgotamento

sanitário, coleta e destinação final de resíduos solido.

Os poderes públicos Estadual e Federais representado pelos órgãos afins e

relacionados com saneamento básico e meio ambiente deve elaborar

programas e investimentos urgentes a fim de estancar a poluição hídrica do

complexo lagunar da baixada de Jacarepaguá especialmente das lagoas da

Tijuca e do Camurim.

Documento denominado “Plano de Legado urbano ambiental e olimpíadas

Rio 2016(Plua2016), que traduzem um compromisso a ser realizado, as

quais serão apresentados:

Saneamento ambiental, o pela 2016 entra com ações prioritárias de seu

plano macro quatro temas emergenciais, qualificados como ações

estruturantes:

A- Transporte e sistema viário.

B- Habitação e desenvolvimento social.

C- Meio ambiente.

D- Saneamento ambiental totalitário.

13

Objetivos principais de saneamento ambiental da baixada de Jacarepaguá.

Acabar com as áreas de enchentes, recuperarem a mata ciliar e áreas de

encostas desmatadas através de reflorestamento.

Desenvolver um programa de educação ambiental no entorno das lagoas

(comunidades causadoras). População diretamente atingida pelas

inundações periódicas. As obras trarão benefícios diretos, o funcionamento

das redes de micro drenagem permitindo o funcionamento adequado do

sistema de esgoto sanitário da região.Como objeto de pesquisa detectamos

que o Plua2016 em tempo de inclusão deve ter como legado benefícios

diretos aquela região,o presente e o futuro da natureza agradece.

O empreendimento prevê:

1- A canalização de 42 rios, aumentando sua capacidade de escoamento na

cheia.

2- Reflorestamentos de áreas degradadas da bacia em suas encostas,

recuperando o eco sistema

3- Reacentamento da população de áreas de riscos com mostras de

educação ambiental.

Programa de melhoria da qualidade das praias.

A eliminação das línguas negras e pontos de poluição por esgotos, através

da contenção do processo de degradação ambiental das praias,

promovendo a melhoria da qualidade da água e da areia, mediante

realização de intervenções de forma integrada.

Com a possível construção de galerias de cintura nas praias para recolher

as águas de chuva que chegam, e redes de esgotos sanitários, recuperação

das elevatórias e monitoramento constante por órgão ambiental do Estado.

Assim sendo o sistema lagunar de Jacarepaguá deve melhorar a qualidade

de suas águas.

14

Com o acelerado processo de degradação ambiental do sistema lagunar, se

faz necessário conter este processo, de modo que a poluição por esgoto e

lixo seja estancada, como fonte de pesquisa a Cedae nos informou que

prevê implantação de quatro ÚTEROS nos seguintes rios. Rio das pedras,

Anil, Arroio Pavuna e Pavuninha, associado a um programa de reciclagem

com expectativa de redução de 90% da poluição do sistema lagunar.

Conceito de desenvolvimento sustentável

Desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do

presente, sem comprometer a possibilidade de vida das gerações futuras.

Dois momentos são primordiais:

1. Atendimento das necessidades dos pobres do mundo, que não podem

ser tratados como exclusos.

2. Tecnologia e organização social no meio ambiente.

Em seu sentido mais amplo a estratégia de desenvolvimento sustentável,

visa promover a harmonia entre os seres humanos, humanidade e natureza.

As instituições políticas e econômicas nacionais e internacionais, ainda não

conseguiram e talvez não consigam superar este grande impasse.

Desenvolvimento sustentável requer participação integral do povo no

processo decisório, ainda sistema econômico capaz de gerar excedentes e

know-how técnico em bases confiáveis e constantes.

Sistema social que possa resolver as tensões causadas por um

desenvolvimento não equilibrado.

Sistema de produção que respeite a obrigação de preservar a base

ecológica do desenvolvimento.

Desenvolvimento sustentável se refere principalmente às conseqüências

dessa relação na qualidade de vida e no bem estar da sociedade presente e

futura.

15

CAPÍTULO II

POLUIÇÃO DA ÁGUA

Com a introdução de partículas estranhas ao ambiente natural, bem como

induzir condições em um determinado curso ou corpo de água, direta um

indiretamente, sendo por isso potencialmente nocivo a fauna, flora, bem

como populações humanas vizinhas a tal local ou que utilizem essa água.

Hoje em dia a poluição da água é questão a ser tratada em um contexto

global. Considera-se que esta é a maior causadora de mortes e doenças por

todo o mundo e que seja responsável pela morte de cerca 14000 pessoas

diariamente.

A água é geralmente considerada poluída quando está impregnada de

contaminantes antropogênicos, não podendo, assim ser utilizada para

nenhum fim de consumo estritamente humano, como água potável ou

mesmo para o banho, ou então quando sofre uma radical perda de

capacidade de sustento de comunidades bióticas (capacidade de abrigar

peixes, por exemplo).

Fenômenos naturais, como erupções vulcânicas, algas marinhas,

tempestades, terremotos, são causa de uma alteração da qualidade da

água disponível em sua condição no ecossistema.

Há três formas principais de contaminação de um corpo ou curso de água, a

forma química, física e biológica.

1- Química a que altera a composição da água e como esta reagem.

2- Física ao contrario da química não reage com água, porém afeta

negativamente a vida do ecossistema.

3- Biológica consiste na introdução de organismo ou microorganismos

estranhos àquele ecossistema, ou então no aumento danoso de

determinado organismo ou microorganismo já existente.

Além dessas formas, temos duas categorias de como se dá a poluição:

16

a- Poluição localizada, onde a fonte origina-se de um ponto especifico, por

exemplo, uma vala ou um cano de esgoto in natura, fato este denunciado

amplamente nos condomínios e seus entornos do complexo lagunar de

Jacarepaguá. Impurezas lançadas por despejo de uma determinada

empresa, sem o devido tratamento.

b- Poluição difusa é a não localizada sua origem não é de uma única fonte.

É geralmente de acumulação do agente poluidor em uma área ampla. A

água da chuva recolhida de áreas industriais e urbanas, estradas bem como

sua conseqüente utilização é geralmente categorizada como poluição não

localizada.

Como principais contaminantes da água, pode-se citar:

- elementos que contenha CO2 em excesso (como fumaça industrial, por

exemplo)

- contaminação térmica

- substancias tóxicas

- agente tenso ativo

- compostos orgânicos biodegradáveis

- agentes patogênicos

- partículas sólidas

- nutrientes em excessos (eutrofização)

- substancias radioativas

Como recurso hídrico indispensável, torna-se cada vez mais importante a

conscientização sobre a melhor forma de tratamento da água como

sustentáculo da vida no planeta. Ainda mais se pensarmos que a maioria

das comunidades espalhadas pelo planeta possui pouca consciência sobre

a melhor forma de tratamento de um de seus recursos mais importantes.

17

Dificuldades no setor de saneamento básico.

A falta de cuidado com os dejetos no que tange as residências,

principalmente as de classes pobre sem o devido conhecimento técnico,

vem caracterizando as valas negras abertas sem o devido cuidado,

trazendo as doenças múltiplas.Os moradores do entorno da Barra, Recreio,

Jacarepaguá abandonado pelo poder publico, não conhecem ou fazem de

qualquer maneira suas instalações sanitárias.

Fossa séptica

Conceito: são benfeitorias complementares às moradias. Nada mais são

que tanques enterrados que recebem os esgotos (dejetos e águas servidas),

retêm a parte sólida e deflagram o processo biológico de purificação da

parte liquida (efluente). Para que o processo biológico de purificação esteja

completo e os riscos de contaminação eliminados, é preciso que esses

efluentes sejam infiltrados no solo.

Importância: são fundamentais no combate a doenças, verminoses e

endemias (como cólera, por exemplo), pois evitam o lançamento dos dejetos

humanos diretamente nos rios, lagos ou mesmo superfície do solo. O

tamanho da fossa séptica depende do numero de pessoas da moradia. Ela

é dimensionada em função de um consumo médio de 200 litros diários de

água por pessoa. Sua capacidade, entretanto, nunca deve ser inferior a mil

litros.

Sumidouro—poço sem laje de fundo que permite a penetração de efluente

da fossa séptica no solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros

dependem das quantidades de efluentes e tipo de solo, o que o morador

simples não tem nenhum conhecimento. Vale apena ressaltar que mesmo

com o pouco espaço da sua construção um pequeno sumidouro de 1 m de

diâmetro com 3m de profundidade, feito com blocos de cimento ou anéis pré

moldados de concreto devia ser utilizado.

18

Construção de Sumidouro

A construção de um sumidouro começa pela escavação da cavidade no

local escolhido, a cerca de 3m da fossa séptica e um nível um pouco mais

baixo, a fim de facilitar o escoamento dos efluentes por gravidade. A

profundidade deve ser de 80 cm maior que altura final do sumidouro.

19

CAPÍTULO III

GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Quando em 2008 um grupo expressivo de especialistas da área de gestão

ambiental, reuniu-se para um ciclo de conferencias, o foco principal era

gestão dos recursos hídricos. O objetivo foi o de refletir juntos aos

representantes e os comitês de bacias hidrográficas, e demais pessoas para

discutir aspectos institucionais ambientais com os técnicos de

planejamento,e de gestão dos recursos hídricos a partir da visão dos

agentes Estaduais envolvido no processo. O foco a cobrança pelo o uso da

água e a regularização das outorgas com o reenquadramento dos corpos

d’água. A ISO 14000 deve ser uma ferramenta de trabalho utilíssima.

A partir da década de 90 com os comitês de bacias hidrográficas em pleno

Desenvolvimento, contando hoje com mais de 150, constituídos e

espalhados por cerca de 20 Estados brasileiros, nas mais diversas bacias

hidrográficas. Todos com funções deliberativas, eles podem e devem

orientar as ações que envolvam gestão dos recursos hídricos nas bacias

hidrográficas.

O fórum dos comitês entra com a concessão ou licença do poder público,

para todos que tenham interesse em fazer uso das águas de um rio, lago e

águas subterrâneas.

Outorga

É o direito de uso ou interferência de recursos hídricos, é um ato

administrativo de autorização ou concessão, mediante o qual o poder

público faculta ao outorgado direito ao uso da água por determinado tempo,

com finalidade expressa no documento. É documento da política estadual

de recursos hídricos, essencial à compatibilidade entre os anseios da

20

sociedade com responsabilidade e deveres que deve ser exercidas pelo

poder concedente.

A lei 7.663/91 instituiu ao DAEEE coube a responsabilidade de cadastrar e

outorgar o direito de uso dos recursos hídricos e aplicar sansões previstas.

A cobrança real pelo uso da água em todas as bacias, precisa ser bem

sucedida, e todos os envolvidos deve receber orientação educacional

ambiental, para ter ciência de como as coisas são feitas, e o papel de cada

um neste novo quadro.

Classificação das águas no Brasil

Agencia Nacional de águas (ANA), divulga um relatório que mostra que a

qualidade da água em apena 4% de 1747 pontos de medição é considerada

ótima, já em 9% a Categoria é ruim ou péssima. Diversos lugares do Brasil

foram avaliados. A pesquisa leva em consideração vários aspectos, tais

como: disponibilidade hídrica, qualidade da água e gestão dos recursos

hídricos. Segundo a ANA, 4% dos pontos monitorados a água está em ótima

condição, 7% boa, 16% regular, 7% ruim e 2% péssima. Os números são

comparados a análise de 2008, a sua atuação foi em pontos diferentes de

medição, segundo os técnicos especialistas da área, a má qualidade da

água se concentra nos grandes centros urbanos.

O diagnostico atualizado da ANA, segundo o sit Portal Brasil, apresentada

pela ministra do Ambiente, Isabela Teixeira, e o diretor Vicente Andreu, a

situação atualizada da água no Brasil, em aspectos como disponibilidade

hídrica, qualidade da água, e gestão de recursos hídricos, registra-se

melhorias de qualidade. Na ultima década em algumas bacias brasileiras o

tratamento da malha de saneamento receberam investimentos em

tratamento de esgotos. A qualidade da água nas bacias brasileiras, e os

resultados da avaliação obtida, apontam para um conjunto de bacias criticas

21

onde há maior potencial de ocorrências de conflitos pelo o uso da água, que

devem merecer maior atenção por parte dos gestores de recursos hídricos.

Água

Em um planeta de quase 8 bilhões de habitantes, todos se associando a

padrões de consumo impostos por novos produtos, resultado de uma

tecnologia que avança como nunca. A utilização da água é muito grande,

com isso toda a fonte existente sofre pressão. Desta forma os interesses

são conflitantes, com urgência em aumentar o a disponibilidade de água. O

respeito à água e sua valorização atinge todas as culturas e religiões. O

controle da água deve ser uma realidade inquestionável, pois a crise da

água, e, sobretudo a distribuição, conhecimento e recursos.

Falar de água é referir-se a um elemento natural, sem está preso a qualquer

uso ou utilização por sua vez, o termo recurso hídrico é a própria água como

bem econômico passível de utilização com tal fim (Rebouças 1999).

22

CONCLUSÃO

A região do complexo lagunar da baixada de Jacarepaguá, da XXIV

administração abrangendo Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, vem se

caracterizando como lugar que vem promovendo diversos impactos

ambientais.

Grupos sociais diferentes responsáveis pela construção do lugar,

desde a década de 70 não se preocuparam com ambiente, atingindo em larga

escala os recursos hídricos.

A velocidade fenomenal de ocupação gerada pelo produto imobiliário,

que não se deu conta do tamanho dos problemas ambientais, tais como: rios,

lagoas e mares, atingido, mais a precariedade nos serviços de saneamento

conduziu à poluição hídrica de toda está região.

Não havendo um programa de adoção de um sistema em rede para

coleta (recebimento, destino final e o tratamento de esgotos), os impactos

foram visíveis.

Hoje toda essa problemática vem sendo amplamente divulgada, assim

sendo, o trabalho de melhoria vem acontecendo, haja vistos, as obras que

estão em andamento.

Não importa se é uma maquiagem política com nome de PAC, ou a

copa de 2014 e as olimpíadas de 2016, o que vale é o legado positivo que

ficará em toda aquela região.

Espera-se que o exemplo negativo do poder publico, que não deu a

devida importância aos investimentos na região, não se repita, pois gerou

conflito sócio ambientais.

23

O gigantismo urbano e a valorização do m2 favoreceram os agentes

imobiliários. Mesmo com as intervenções do Estado, os interesses dos grandes

incorporadores tendem aumentar, ainda que haja solapamento da qualidade

dos recursos hídricos na região.

Contudo, para minimizar os diversos impactos e problemas e conflitos

sócio ambientais anteriormente identificados, é importante entender o espaço

urbano, político, econômico e social que se engendram formando uma malha

invisível e indivisível.

Há esperança na qualidade ambiental de toda região da Barra da

Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá com a interferência dos

técnicos e gestores ambientais, propondo ações conjuntas e integradas que

viabilizem a melhoria da qualidade ambiental, não apenas dos rios, lagoas,

mais em todo complexo da baixada de Jacarepaguá.

Os céus anunciam a Glória de Deus e o firmamento (terra, rios, lagoas,

serras e mares), anunciam o trabalho de suas mãos.

24

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Águas do Mundo;

Anexo 2 >> Vai faltar água boa para o consumo, alerta ONU; Anexo 3 >> Poluição do mar da Barra da Tijuca Rio de Janeiro;

25

ANEXO 1

ÁGUAS DO MUNDO

Sites:

http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/aguas-do-mundo/

No Dia Mundial da Água, Olhar Sobre o Mundo traz uma galeria de fotos que

tratam da questão da água pelo mundo. Em pouco tempo, não teremos água

suficiente para abastecer a população do planeta. Segundo a ONU,

atualmente, 1 bilhão de pessoas não dispõem de fonte de água confiável. Em

2025 serão cerca de 3 bilhões nessa situação.

Neste artigo tem publicado diversas fotos que ilustram o tema.

26

ANEXO 2

VAI FALTAR ÁGUA BOA PARA O CONSUMO, ALERTA ONU

Site: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,vai-faltar-agua-boa-para-o-consumo-

alerta-onu,527639,0.htm

Karina Ninni, especial para O Estado - 22/03/2010

O consumo mundial de água está aumentando - mesmo em países onde a população cresce pouco - e as reservas de água boa estão cada vez mais ameaçadas pelas atividades humanas. Esse é o diagnóstico de dez entre dez especialistas. "O aumento do consumo está conectado ao crescimento econômico dos países. Quanto maior o PIB, maior o consumo", afirma Eduardo Mendiondo, do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade

Federal de São Carlos. Mendiondo trabalha com um indicador chamado "pegada hidrológica", que mede o consumo total de água per capita ao ano - incluindo a água embutida nos produtos que consumimos. Ele acaba de fazer o cálculo para a realidade do País: "A pegada hidrológica de um brasileiro médio é de 1.340 m³ per capita ao ano. A de um norte-americano é de 2.500." O cálculo faz sentido já que, segundo dados da ONU, o consumo em países desenvolvidos é em média seis vezes maior do que nos países em desenvolvimento. Hoje, mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso a fontes confiáveis de água no mundo. Em 2025, boa parte do planeta estará em situação de stress hídrico, ou seja: a água disponível não será suficiente para os diferentes usos que o homem faz dorecurso, como a agricultura, que é, de longe, a atividade

27

que mais consome água. Até lá, 3 bilhões de pessoas sofrerão com escassez de água, segundo a ONU. Saneamento Na América Latina e na África, a ameaça ainda é o lançamento de esgoto sem tratamento nos rios. Isso inclui o Brasil, onde apenas 48% do esgoto doméstico é tratado, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). No final do ano passado, durante a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, o governo lançou o Compromisso pelo Saneamento Básico, que prevê o aumento de 80% do volume de esgotos tratados no País até 2020, e de 45% no total da população atendida com coleta de esgoto. À medida que a água doce disponível sofre com a degradação pela poluição, cresce o desafio de garantir acesso ao recurso para a população. Isso porque, excluindo a água congelada dos polos, a água doce representa apenas 0,6% do total disponível no planeta. Destes, 98% estão contidas em aquíferos e apenas 2% nos rios e lagos. Esse cenário preocupante ganha mais atenção no dia de hoje, data escolhida pela ONU para celebrar o Dia Mundial da Água.

28

ANEXO 3

POLUIÇÃO DO MAR DA BARRA DA TIJUCA RIO DE

JANEIRO

Blog Giro Informativo – 20/05/2011 Site: http://giroinformativo.blogspot.com/2011/05/poluicao-no-mar-do-rio-de-janeiro.html Vista aérea de uma mancha na mar da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, proveniente das águas poluídas que vêm do canal da Joatinga. Absurdo. Foi constatado que, antes da conclusão do emissário submarino, 1/3 da vazão do Canal da Joatinga correspondia a esgoto líquido. Apesar de haver rede de coleta de esgoto, não existe tratamento e muito menos disposição adequada dos efluentes. O esgoto é levado diretamente para um canal ou rio que deságua nas lagoas. O lodo orgânico resulta em mau cheiro em razão da formação do gás sulfídrico no sedimento do fundo das lagoas. Além disso, a matéria orgânica lançada nas lagoas provoca a eutrofização, que é a produção excessiva de algas, principalmente no verão. Com a poluição, o paisagismo da região é destruído, a vegetação às margens dos rios é sufocada pelo acúmulo de lixo e há uma depreciação do valor imobiliário da região. A perda da coluna d’água afeta a navegabilidade e perde-se o potencial de lazer e de esportes, como por exemplo, navegação à vela da classe Laser

29

Proliferação de doenças As lagoas do complexo são locais de prática de esportes e pesca, expondo a risco de diversas doenças aqueles que entram em contato com a água. O assoreamento e a eutrofização, em conjunto, possibiliutam a formação de aguapés, que acumulam água limpa, favorecendo a proliferação do mosquito da dengue. Isso é uma vergonha.

30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

SMAC, Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Qualidade Ambiental -

Primavera, Verão, Outono 2002. Rio de Janeiro: SMAC, 2002.

RODRIGUES, Alexandre Corrêa. Da lama ao caos: diagnóstico dos impactos

ambientais provocados pela poluição por efluentes domésticos na lagoa

de Marapendi (Barra da Tijuca – RJ). 2000. 59p. Monografia (Graduação

em Geografia). Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Rio de Janeiro.

IPP, Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos. Condições físico-

químicas e bateriológicas da Lagoa Rodrigo de Freitas e das lagoas do

Complexo Lagunar de Jacarepaguá, por ano, segundo os pontos de

coleta – 1996/2001. Rio de Janeiro: IPP, 2001a. (Armazém de Dados/

Indicadores Ambientais).

REGINALDO DIAS - Gestão Ambiental - Responsabilidade Social e

Sustentabilidade - A obra apresenta estudo de caso esclarecedor da relação

entre cidadania ambiental emergente e as empresas, discutindo os efeitos da

ampliação do debate ecológico na tomada de posição das pessoas e as

organizações não governamentais.

LUIZ DI BERNARDO, ANGELA DI BERNARDO DANTAS, PAULO EUARDO

NOBUEIRA VOLTAN - Tratabilidade de Água e dos Resíduos Gerados em

Estações de Tratamento de Água - Atualizar o conhecimento sobre os ensaios

de tratabilidade de água e dos resíduos gerados nos processos e operações

unitárias.

31

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS E CARLA GALBIATI - Gestão e Educação

Ambiental - Água, Biodiversidade e Cultura - Volume 1

32

WEB GRAFIA

1 - Tratamento de Água - http://www.infoescola.com/geografia/tratamento-de-

agua/.

2 - EcoD Básico: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) -

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/ecod-basico-mecanismos-

de-desenvolvimento-limpo.

3 - Agência Nacional de Águas - http://www2.ana.gov.br/.

4 - EcoD Básico: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) -

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/ecod-basico-mecanismos-

de-desenvolvimento-limpo.

5 - Gabriela da Costa Silva - Processo de Ocupação Urbana da Barra da Tijuca

- www.fec.unicamp.br/~parc/vol1/n1/parc01silva.pdf.

6 – INEA (Instituto Estadual do Ambiente) – www.inea.gov.br.

http://200.20.53.7/Ineaportal/Conteudo.aspx?ID=04D67426-5787-4FBE-

B7BA-ACAFB12E75AF.

7 – PMSB – Plano de Saneamento Municipal do Rio de Janeiro -

http://200.141.78.79/dlstatic/10112/1259157/DLFE-

210137.pdf/13HIERARQUIZACAODASAREASDEINTERVENCAOPRIORIT

ARIAS.pdf.

33

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS 10

Breve Histórico 11

Conceito de desenvolvimento sustentável 14

CAPÍTULO II

POLUIÇÃO DA ÁGUA 15

Dificuldades no setor de saneamento básico. 17

Fossa Séptica 17

Construção de Sumidouro 18

CAPÍTULO III

GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 19

Outorga 19

Classificação das águas no Brasil 20

Água 21

CONCLUSÃO 22

ANEXOS 24

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 30

WEB GRAFIA 32

ÍNDICE 33