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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A GESTÃO E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NO CICLO PRODUTIVO Por: Alice Cristina Holanda De Souza Orientador Prof. Carlos Cereja RIO DE JANEIRO 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · e problemas, a tendência é que ao longo de sua experiência, este se sinta frustrado e desanime com o passar do tempo

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A GESTÃO E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NO CICLO PRODUTIVO

Por: Alice Cristina Holanda De Souza

Orientador

Prof. Carlos Cereja

RIO DE JANEIRO

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A GESTÃO E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

NO CICLO PRODUTIVO

Apresentação de monografia ao Instituto a Vez do Mestre – Universidade Cândido Mendes, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial.

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RESUMO

O trabalho em questão tem o intuito de contemplar o desafio do gestor

em relação a sua forma de liderança. Considerando a diferença entre os tipos

de chefia e mostrando a importância do bom relacionamento interpessoal entre

o gestor e o colaborador, aborda a questão da liderança, indicando que o perfil

do gestor deve ser de contribuição à equipe, transmitindo confiança e apoio,

para uma boa interação entre os colaboradores e a empresa. A harmonia no

ambiente organizacional se faz importante para qualquer empresa, pois permite

o desenvolvimento das equipes, propicia a troca de informações e a motivação

das pessoas, a fim de atingir o desejável ciclo de bom desempenho na

produção.

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METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com base em

autores que analisaram a importância da psicologia nas relações humanas,

bem como as estratégias da administração de pessoas dentro do ambiente

organizacional. Os principais autores utilizados na realização deste trabalho

foram Gilnei Mourão Teixeira, Herberto Tavares, Carl G. Jung e Jo-Ellan

Dimitrus.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I

O FOCO NO INDIVÍDUO 9

CAPÍTULO II

FORMAS DE GESTÃO 13

CAPÍTULO III

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO 22

CAPÍTULO IV

O NOVO GESTOR EM DESENVOLVIMENTO 26

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 38

WEBGRAFIA 39

ANEXO 1 40

ÍNDICE 41

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INTRODUÇÃO

O cenário organizacional das empresas mudou consideravelmente ao

longo dos anos devido às mudanças do mundo: a todo o momento surgem

novas visões econômicas, tecnológicas, políticas e sociais. As oportunidades

são crescentes e há necessidade de implantar novos procedimentos e

estratégias dentro das empresas.

Uma “nova” forma de gestão está sendo estudada e implantada nas

organizações, com o fim de gerar um bom relacionamento entre os gestores e

os colaboradores, propiciando a motivação e a harmonia organizacional, para

um bom desenvolvimento na produção das empresas.

A finalidade deste trabalho é discutir sobre a deficiência na comunicação

entre o gestor e o colaborador, identificando elementos estressores no

ambiente de trabalho. Demonstrando, assim, que as motivações dos

colaboradores são diferentes e que para isso o gestor deverá ter empatia e

flexibilidade.

Qual a importância do relacionamento interpessoal para um gestor? A

falta de comunicação, a omissão, comodismo e o apego à escala hierárquica

são características de gestores que não se adaptaram à nova realidade do

mercado de trabalho. Isso, muitas vezes, torna estes gestores um fator

desmotivacional para sua equipe. Quando um profissional não recebe um

retorno de seu desempenho e não sente que pode dialogar, compartilhar idéias

e problemas, a tendência é que ao longo de sua experiência, este se sinta

frustrado e desanime com o passar do tempo. Neste tipo de situação, não há

chances de mudança nem crescimento e isso inibe a proatividade, a

criatividade e pode acarretar na diminuição da produção do profissional.

Quando toda uma equipe se sente presa a procedimentos e políticas

que não condizem com a operação produtiva da empresa e à realidade do

mercado atual, o desempenho da organização é prejudicado. Manter-se ligado

a padrões antiquados e às burocracias, limita as equipes e a própria

organização.

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Para um bom desenvolvimento da empresa, o gestor tem o desafio de

contribuir com a motivação dos colaboradores, saber sanar as dificuldades,

administrar conflitos e valorizar as parcerias internas para obter melhores

desempenhos.

A figura de autoridade não mais cabe como autoritária, o líder de hoje

deve mobilizar as pessoas, definindo e explicando as normas e objetivos da

empresa e não fazer com que sejam procedimentos acatados simplesmente.

Saber lidar com pessoas diversas, com diferentes opiniões e fazer com

que elas interajam, colaborem umas com as outras e desempenhem um bom

trabalho, é o grande desafio do gestor. Para isso, é necessário que sua

capacidade de comunicação, sua análise, bom senso e conduta estejam

sempre em desenvolvimento, permitindo e influenciando a produtividade de sua

equipe.

O gestor deve estar sempre traçando novas estratégias, se atualizando

e o mais importante: saber ser líder e motivar sua equipe. Por isso, é

necessário que desenvolva o diálogo, a troca de informações e o espírito de

coletividade. Um gestor deve saber liderar com empatia, ter flexibilidade,

reconhecer que cada profissional possui qualidades e limitações diferentes e

integrar as equipes de forma a obter um bom relacionamento interpessoal entre

todos. Isso proporciona a harmonia organizacional, onde os desafios e as

idéias podem se desenvolver de forma a contribuir com o crescimento da

empresa.

No Capítulo I há uma breve análise do histórico da gestão de pessoas e

a transformação do ciclo produtivo das empresas, para que seja possível

acompanhar paralelamente o desenvolvimento das organizações empresariais

e o interesse nas relações humanas.

Nos Capítulos II e III são apresentadas as diferentes formas de gestão,

mostrando que a liderança não é característica de todos elas e

complementando com novas estratégias a serem traçadas pelo gestor-líder.

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Um novo tipo de gestor é apresentado no capítulo IV, um líder que não

tem um estilo de liderança fixo, ele lidera com equilíbrio, tem empatia, transmite

confiança e tem diálogo com os colaboradores, motiva sem perder a

credibilidade e seriedade e traça estratégias permitindo o desenvolvimento do

trabalho com objetividade e eficácia.

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CAPÍTULO I

O FOCO NO INDIVÍDUO

As revoluções, a tecnologia, a globalização e muitos outros elementos

geraram e ainda vão trazer muitas alterações comportamentais na política, na

economia, na cultura e nos valores das sociedades. Vivemos em um mundo

em constante transição, transformação e evolução. No mercado de trabalho e

nas estruturas organizacionais não é diferente. A renovação, atualização e a

adaptação se fazem extremamente necessárias para o bom desenvolvimento

das empresas. Antigamente, o poder e a liderança eram considerados pela

sociedade elementos similares. Por conta da cultura e valores oriundos da

primeira civilização, na Mesopotâmia, no século XIV a.C., o foco sempre foi o

poder.

Nas transmutações dos valores culturais do mundo ocidental, a

sociedade foi se desenvolvendo e novos interesses foram surgindo com o

surgimento de novas tecnologias, assim como aconteceu na Revolução

Industrial, onde o foco era a produção/capital.

O crescimento das indústrias gerou um aumento das riquezas e foram

surgindo as grandes fábricas e o desejo de aumentar cada vez mais a

produção e capital. A melhor forma que foi encontrada para manter o bom

desempenho do trabalhador foi o incentivo através do dinheiro. Este

trabalhador ficou preso num ciclo de administração padronizado, baseado

apenas na remuneração, onde era considerado que todos os funcionários eram

iguais e que tinham as mesmas necessidades: a famosa administração

científica de Frederick Taylor (1856-1915). Mas ao longo do tempo, repensou-

se sobre os dias longos e cansativos de utilização dos esforços humanos, pois

o trabalhador começou a ter outra importância no processo de produção, com a

implantação de máquinas e tecnologia.

Alguns estudos foram muito marcantes para a propensão de novos

horizontes dentro do ambiente de trabalho, sobretudo para a análise

comportamental e integração social dos funcionários.

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A Teoria das Relações Humanas foi um deles. A experiência de

Hawthorne em 1930, realizada por Elton Mayo1, fez testes dentro de uma

indústria - localizada na cidade de Hawthorne, a fim de verificar elementos que

influenciassem na produção de forma positiva ou negativa. Porém, esta sofreu

críticas por ser considerada limitada e não ser muito imparcial nas conclusões.

A partir da Teoria das Relações Humanas, surgiu a Teoria

Comportamental, iniciada por Herbert Alexander Simon2, em 1950. Uma teoria

com mais conteúdo, que abrangia conceitos mais amplos, que focou mais no

indivíduo, sua aprendizagem, a motivação e tomando a consciência de que o

funcionário é um tomador de decisões, que possui reações e tem estímulos de

acordo com o que lhe é apresentado dentro do ambiente organizacional.

A partir daí, surgiu a mais famosa teoria sobre motivação: a Teoria da

Hierarquia das Necessidades, de Maslow3, no final da década de 50. Este

estudo aponta as necessidades dos seres humanos em escala de prioridade, a

fim de compreender as motivações das pessoas.

Conforme Figura 1 – Pirâmide de Maslow do Anexo 1, podemos

observar um comparativo do estudo, em relação ao ambiente organizacional:

1 - Necessidades fisiológicas: são as necessidades biológicas ou básicas,

que exigem satisfação para garantir a sobrevivência do indivíduo.

2 - Necessidade de segurança: considerando que as pessoas buscam

proteção de qualquer perigo real ou imaginário. Assim como as necessidades

fisiológicas, as de segurança estão intimamente ligadas aos nossos instintos de

sobrevivência.

1 Cientista social, australiano. Escreveu três livros, que baseiam-se nas experiências realizadas

em Hawthorne, que deu origem à Teoria das Relações Humanas. 2 Economista, norte americano. Doutorado em Ciências Políticas. Ganhou o Prêmio Nobel de

Economia em 1978, por suas pesquisas realizadas de "tomada de decisões dentro das organizações econômicas”

3 Abraham Maslow, norte americano. Doutor em psicologia, autora da principal teoria sobre motivação.

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É um quesito importante dentro do ambiente organizacional, pois as

pessoas precisam ter segurança quanto à sua permanência na empresa.

Quando há uma gestão autoritária, pode ser intimidante para o colaborador e

gera insegurança.

3 - Necessidades sociais: a interação com outras pessoas faz parte de nossa

natureza social. O indivíduo visa companheirismo, afeto, amizade e amor.

No quadro social da empresa, entra o fator importante do bom

relacionamento interpessoal. As pessoas que não se integram, não são

participativas e colaboradoras podem ser consideradas hostis, mal humoradas

e isso acaba causando resistência quando apresentam idéias ou tentam

negociar. Quando isso ocorre, o indivíduo gera frustrações e fica desmotivado

e/ou agressivo nas suas relações.

4 - Necessidade de estima: relacionadas ao reconhecimento e à aprovação e

à integração do indivíduo dentro do grupo. Estas necessidades envolvem a

autoconfiança e auto-estima. É aonde se constituem os valores, senso de

responsabilidade, a necessidade do prestígio, da consideração e do poder.

Quando o corre a frustração dentro desse quadro, a não-satisfação

implica na fraqueza, sentimento de inferioridade, dependência e desânimo, que

geram reflexos negativos na capacidade de produção do indivíduo.

5 Necessidade de auto-realização: são as necessidades que impulsionam o

indivíduo, que podem elevar potencial, superar limites, que o faz buscar se

tornar aquilo que ele pode ser.

Esta necessidade é a que impede o comodismo, que faz o indivíduo

sonhar e mostrar seus talentos. E que dentro do ambiente organizacional faz

com que as pessoas se empenhem a fazer bons trabalhos, gerar resultados

positivos. É a parte onde o gestor deve mais trabalhar, para impulsionar e

motivar o colaborador de forma que ele vislumbre o sucesso.

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O fato é que, fora as necessidades fisiológicas, o gestor deve procurar

sempre estimular suas equipes e conhecer a motivação de cada integrante,

para que possa trabalhar em cima das necessidades latentes das pessoas.

Mas também, deve estar sempre atento para analisar a diferença entre falta de

motivação, carência de alguma das necessidades, da insubordinação,

acomodação e falta de empenho.

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CAPÍTULO II

FORMAS DE GESTÃO

Nos dias de hoje, encontramos muitas versões de tipos de

administração. Algumas têm o foco somente nos resultados, onde não há

interesse no indivíduo.

Temos também uma nova forma de gestão de pessoas surgindo, que

está ligada à liderança, onde o gestor organiza, une as equipes, planeja e

motiva, conduzindo os colaboradores a fim de gerar um bom desenvolvimento

da produção.

Abaixo podemos observar alguns tipos característicos de gestão, de

acordo com o site Administradores (http://www.administradores.com.br) :

Tipos de Líderes:

A) Autoritário - aquele que determina as idéias e o que

será executado pelo grupo, e isso implica na obediência

por parte dos demais. É extremamente dominador e

pessoal nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada

membro do grupo. Conduta condenável, esta postura e

não é válido este tipo de comportamento. É uma pessoa

ditadora e soberana, o que comanda o grupo só

pensando em si, não aceita as idéias de outro membro do

grupo é uma pessoa déspota também subestimando e

diminui o grupo.

Consequência: A reação do grupo de modo geral fica

hostil e se distancia por medo.

B) Indeciso- Não assume responsabilidade, não toma

direção efetiva das coisas, vive no jargão “deixa como

esta ,para ver como é que fica”.

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Consequência: A reação do grupo é ficar desorganizado,

gera insegurança e atritos, é como um barco sem leme,

não sabe para onde vai.

C) Democrático- É o líder do povo, pelo povo, e para com

o povo, preocupa-se com participação do grupo, estimula

e orienta, acata e ouve as opiniões do grupo, pondera

antes de agir. Aquele que determina, junto com o grupo,

as diretrizes, permitindo o grupo esboçar as técnicas para

alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo

em suas críticas e elogios. Para ele, o grupo é o centro

das decisões. Acreditamos que a ação do líder

democrático é de suma importância para o progresso e

sucesso de uma organização. Tal como um sacerdote,

que posso dar o exemplo de Moisés do Egito (quando

estava com o povo defendia Deus, quando estava com

Deus defendia o povo).

Consequência: A reação do grupo é de interação,

participação, colaboração e entusiasmo.

D) Liberal - Aquele que participa o mínimo possível do

processo administrativo. Dá total liberdade ao grupo para

traçar diretrizes. Apresenta apenas alternativas ao grupo.

Consequência: A reação do grupo geralmente é ficar

perdido, não ficando coeso.

E) Situacional - É aquele que assume seu estilo de

liderança dependendo mais da situação do que da

personalidade. A postura deste líder brota ante as

diferentes situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui

um estilo adequado para cada situação.

Consequência: A reação do grupo é de segurança e

motivação por certo tempo.

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F) Emergente - Diz respeito aquele que surge e assume o

comando por reunir mais qualidades e habilidades para

conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados a

uma situação especifica. Por exemplo, num caso

extraordinário, onde determinadas ações devem ser

traçadas de imediato.

Consequência: O grupo reage bem, participa, colabora,

sabendo que se houver emergência, o líder saberá o que

fazer.

2.1 - Analisando os tipos de gestão.

O conceito de empresa de acordo com o Dicionário Aurélio é

“Associação de pessoas (ou pessoa) para a exploração de um negócio;

companhia, organização, sociedade...”. Baseando-nos nesta definição,

podemos constatar que uma empresa é formada por pessoas, que exercem

uma função/atividade com o fim de produzir algo - bens e/ou serviços. Cada

empresa tem uma missão, cultura e valores diferentes, assim como seus

funcionários. Cada um com seus valores, culturas, personalidade, sonhos,

desejos, habilidades, necessidades, distintos. Como, então, administrar e fazer

com que todos estes elementos interajam entre si, de forma equilibrada,

obtendo uma boa produtividade e os resultados desejados?

As mudanças recorrentes por conta da globalização pedem que as

empresas tenham capacidade de se adaptar às novas realidades, pois o

mundo anda em constante desenvolvimento, gerando oportunidades e

competitividade, apresentando novas tecnologias e novas áreas de estudo. E

as empresas dependem dos gestores para mantê-las funcionando. Cabe a

estes o cumprimento das ações necessárias para que as organizações possam

permanecer no mercado.

Quando o gestor é autoritário ou simplesmente omisso, que faz cumprir

as tarefas e nada mais, as pessoas não se sentem à vontade para sugerir, não

tentam negociar, levantar questões e possíveis problemas. Não há troca,

somente ordens a serem cumpridas. A grande questão é que não existe

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motivação em um ambiente onde simplesmente se executa a tarefa, onde não

há liberdade de escolha. A insegurança, frustração e tensão são constantes

sentimentos dos funcionários.

Se a diretriz da empresa é a centralização, a imposição e

relacionamentos verticais entre as hierarquias, muitas vezes vemos grande

produtividade, mas as tarefas são cumpridas somente quando solicitadas, não

existindo proatividade e criatividade. As decisões vêm obedecendo à escala de

subordinação. Os gestores não se preocupam com a motivação e não estão

abertos para diálogos e sugestões. A chefia usa a centralização, o

autoritarismo, tem atitudes enraizadas, burocratização dos processos.

Nestes casos, os gestores se sentem superiores por conta da hierarquia

e, muitas vezes, intimidam ou desmotivam os colaboradores. Resultados

conseguidos através da coação são mantidos apenas enquanto houver o total

controle, o que não é uma situação ideal e não é funcional, pois não dura por

muito tempo.

Em contrapartida, o enfoque no indivíduo e a percepção de sua

importância no ciclo de produção trouxeram uma nova forma de gerir as

equipes, onde a liderança e a motivação são consideradas primordiais para o

bom desenvolvimento do trabalho dos colaboradores, tal como Teixeira (FGV

Editora, 2010, p.59) exprime:

Entretanto, com relação ao mundo das organizações,

possuidor de uma lógica baseada em valores que lhes

são comuns, como racionalidade, produtividade,

lucratividade, eficiência, eficácia e outros de conotação

utilitária, os efeitos dessas trocas culturais se fazem sentir

com rapidez e objetividade.

[...] suas novas realidade e exigências, repercutem em

todos os aspectos conceituais e funcionais das

organizações, mas se refletem, de modo especial sobre

seu elemento ser humano.

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Daí a necessidade de se repensar a gestão de pessoas,

não apenas no campo de conhecimentos específico, mas,

sobretudo porque gente é o elemento vivo e vitalizador da

organização.

Este gestor sabe que seu papel é motivar, estimular a criatividade, as

novas idéias e a produtividade. Mostra abertura para ouvir, considerar,

ponderar e sabe desenvolver sua capacidade de gestão de pessoas,

integrando a cultura corporativa às estratégias competitivas e estratégias

funcionais, gerando o equilíbrio entre elas e, assim, consegue alinhá-las de

forma a melhorar, acrescentar e manter a produtividade de sua(s) equipe(s).

As alterações relacionadas à inovação tecnológica, econômica, novas

condições sociopolíticas legais, mudanças demográficas, novos estudos e

conceitos, surtiram um novo efeito nos padrões de comportamento, que está

alterando a estrutura das organizações. As empresas que não seguem esta

mesma transição tentem a fadar ao fracasso. O gestor deve ter a percepção

para sentir todas estas mudanças e fazer com que a empresa acompanhe a

transição, sem que haja um impacto negativo, para que a mesma mantenha o

equilíbrio.

Mesmo que estejam enraizadas aos seus valores e culturas antigos, as

organizações têm que tentar se adaptar. Novas tecnologias, como o caso dos

computadores, celulares, internet e sistemas integrados, são quase primordiais

para a realização do trabalho hoje em dia.

A comunicação está sendo praticamente imposta na estrutura

organizacional e esse é o caminho. As mudanças vêm para facilitar o diálogo, a

organização e a interação dentro das empresas, de forma que, ficar estagnado

com antigas sistemáticas atrapalha a estratégia de desenvolvimento.

Para isso, os gestores em geral devem ter a consciência de que

precisam preparar e estruturar a empresa para tal desenvolvimento. Logo, as

pessoas deverão estar orientadas e motivadas para serem flexíveis e agir

conforme a necessidade.

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2.2 - Características da liderança

Até no reino animal, os grupos da mesma espécie tendem a ter um ou

alguns poucos líderes, pois é uma forma de inteligência emocional. Nem

sempre um gestor é líder. A liderança é uma característica pessoal e não se

transfere. Para alguns, é uma característica natural, mas pode ser ensinada e

aprendida. Vem do autoconhecimento, da auto-motivação, para que, assim,

possa transmitir inspiração e comprometimento aos demais. O líder deve estar

em sintonia consigo mesmo, com o mundo e, principalmente, com as pessoas.

“Um líder é um vendedor de esperança.” (Napoleão Bonaparte)

O líder precisa ter empatia, flexibilidade, ser construtivo, ter o objetivo de

fortalecer sua equipe, incentivar a proatividade, saber demonstrar apoio aos

seus colaboradores, sem perder a credibilidade e ter senso de coletividade.

Geralmente, podemos caracterizar a personalidade do indivíduo como

sendo de natureza extrovertida, visto que ele se relaciona de modo objetivo e

prático com os elementos exteriores.

O tipo extrovertido deve agradecer sua “normalidade”,

por um lado, à circunstância de acomodar-se quase sem

dificuldades sérias às condições dadas, não tendo,

naturalmente, outra pretensão que não seja a de esgotar

as possibilidades que lhe são objetivamente dadas, [...]

fazer ou produzir aquilo que de momento é preciso, evitar

toda a novidade que não seja de uma convincente

evidência.

(JUNG, 1974, p.392)

Se o papel do líder é motivar, estimular a criatividade, as novas idéias e

a produtividade, ele deve saber ouvir, considerar e ponderar. Os colaboradores

devem reconhecer o estilo do gestor aberto, emocional. Porém, este deve

manter sempre a impressão de segurança, de firmeza e seriedade, a fim de

evitar indisciplinas.

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A empatia é um aspecto fundamental para quem lidera pessoas. Ela

representa a capacidade de compreender o estado de espírito ou a emoção de

outro indivíduo, bem como saber se colocar no lugar da pessoa. Cada um tem

uma motivação, valores, sonhos, pensamentos e culturas diferentes.

O gestor deve saber lidar com os diferentes tipos de personalidade, para

que possa conhecer o potencial de cada indivíduo, pois uma equipe é feita de

pessoas e as dificuldades e as necessidades de cada um não são iguais. Cada

pessoa tem características e competências próprias, as quais devem estar de

acordo com a organização. É nesta parte que entra o líder: a figura que vai

inspirar, cativar, incentivar e coordenar cada um em relação às suas

atribuições.

[...] Os grandes líderes são emocionalmente inteligentes e

têm consideração pelas pessoas: buscam viver em total

consciência sobre si próprios, os demais, a natureza e a

sociedade. Os grandes líderes encaram a incerteza do

mundo de hoje com esperança: eles inspiram os demais

com sua clareza de visão, otimismo e profunda crença em

sua habilidade de transformar sonhos em realidades – e

na de seu pessoal. Os grandes líderes encaram o

sacrifício, as dificuldades e os desafios, como também as

oportunidades, com empatia, compaixão pelas pessoas

que lideram e aquelas que servem.

(BOYATZIZ, 2006, p. 03)

A tendência é que cada vez mais, o gestor tenda a desenvolver sua

capacidade de gerir pessoas integrando a cultura corporativa às estratégias

competitivas e estratégias funcionais, para gerar o equilíbrio entre elas e,

assim, alinhá-las de forma a melhorar, acrescentar e manter a produtividade.

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Para o gestor, é necessário ter a visão crítica da situação apresentada

na empresa, quem são as pessoas que compõem a(s) equipe(s) e qual o

resultado a ser alcançado. Após essa análise, o gestor pode delinear o foco e

estruturar cada um desses elementos, acrescentar novos cenários, formular

objetivos e implementar estratégias, para manter o alinhamento da

funcionalidade, detectando as mudanças e mobilizando o desenvolvimento de

acordo com o fluxo das variáveis.

Numa recente publicação, o jornal O Globo4 mencionou uma nova

tendência de liderança, na qual o bom relacionamento interpessoal com o

colaborador e a flexibilidade são os pontos principais:

“Liderança Compartilhada:

• Incentivo: Compartilhar novas conquistas, estimular

novas idéias e inspirar a equipe para maximizar

resultados são habilidades essenciais.

• Transparência: Deixar o funcionário por dentro do

que acontece na empresa e convidá-lo para participar de

processos de tomada de decisão faz com que ele se sinta

parte do time. Reconhecimento: Reconhecer o esforço e

a dedicação da equipe, mesmo quando o resultado fica

abaixo do esperado, ajuda a manter o grupo motivado e

comprometido.

• Foco no indivíduo: Conhecer as necessidades e

limitações de cada integrante da equipe é fundamental

para que o líder defina que tipo de abordagem deve

adotar.

4 Paula Dias. O Globo, Rio de Janeiro, 11 de Julho de 2010. Caderno Boa Chance,

páginas 1-3.

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• Intimidade: Excesso de intimidade com o

funcionário pode fazer com que ele perca o foco nos

resultados, acreditando que ter um bom relacionamento

com o chefe é o que importa. Neste caso, o líder deve

deixar claro qual é o papel de cada integrante da equipe

no processo. “

Ainda complementando, Teixeira apresenta, da seguinte maneira, o

papel de um gestor:

Ø Dimensionar a quantidade de pessoas para o

desenvolvimento dos programas de trabalho.

Ø Atribuir aos colaboradores trabalhos diversificados e

desafiadores, estimulando a atuação interdisciplinar e

multifuncional.

Ø Discutir, negociar e renegociar com os colaboradores

os contratos de metas e resultados.

Ø Avaliar competências e resultados, em parceria com

os colaboradores e outros avaliadores.

Ø Promover a capacitação dos colaboradores numa

perspectiva de educação continuada.

Ø Atuar, como parceiro, no planejamento de carreiras

dos colaboradores.

Ø Decidir sobre promoções e outros tipos de mobilidade

dos colaboradores.

Ø Liderar equipes e pessoas.

Além das acima citadas, podemos incluir outras habilidades importantes,

já mencionadas anteriormente, como: capacidade de administrar conflitos,

estimular o trabalho em equipe, ter empatia, saber dialogar e ter flexibilidade.

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CAPÍTULO III

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

O diálogo e a transparência nos processos de definição de metas são

fatores primordiais na gestão de uma equipe. Muitas vezes encontramos perfis

automatizados, quase robóticos em um grupo. O gestor deve incentivar sua

equipe de modo a pensar, criar, questionar sobre “o que fazer” e “por que

fazer”. Esse é o início da atividade geral de formação de atitudes.

De acordo com Dimitrius (Alegro, 2000. p138):

Cada um de nós tem a capacidade de fazer

perguntas significativas e realmente ouvir as respostas –

se quisermos. O problema é que nós ficamos ocupados

ou preguiçosos ou acostumados demais, e tentamos

parar de fazê-lo. [...]

E embora nós não possamos ter a expectativa de

manter o interesse intenso que sentimos quando

conhecemos alguém, muitas pessoas perdem o interesse

de um modo surpreendente.

Você nunca entenderá verdadeiramente as pessoas

se não souber fazer boas perguntas e ouvir as respostas.

E sem entendê-las, você não conseguirá prever o

comportamento delas, nem saberá como suprir as

necessidades delas ou se essas necessidades combinam

com a suas.

Uma equipe deve saber e ter a motivação para executar uma tarefa e

conhecer o projeto da empresa. Organizações muito grandes geralmente

correm esse risco, onde a burocracia, centralização, falta de comunicação e a

acomodação fazem com que as pessoas trabalhem de modo automático,

gerando uma rotina que, a longo prazo, desmotiva, pois muitas vezes o

indivíduo não conhece o resultado de seu trabalho conseguido através do

esforço da equipe e da empresa como um todo.

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Citando Teixeira,

A concepção sistêmica, amplamente conhecida,

preconiza a organização e o funcionamento da empresa

como um sistema social aberto.

Por sua vez, a concepção estratégica, para assegurar o

caráter estratégico da gestão de pessoas, exige:

Ø A formulação de estratégias e políticas que

considerem as oportunidades e ameaças do ambiente

externo e interno, a realidade organizacional e a visão de

futuro da empresa, os ideais factíveis, os valores e

crenças da organização, e os desafios e problemas

críticos;

Ø A preparação para atuar num mundo de maior

incerteza e ambigüidade;

Ø A ênfase em estratégias, políticas e objetivos, em

lugar de enfatizar normas e procedimentos;

Ø Atuações mais proativas;

Ø Ações e decisões no sentido de fazer com que os

colaboradores, mediante suas competências e

comprometimento com a missão da empresa, constituam,

realmente, um forte diferencial competitivo.

Quando um resultado não for o esperado ou quando um objetivo não for

alcançado, a análise do gestor deve ser feita partindo das reflexões do grupo

como um todo, inclusive dele mesmo. Mesmo que o resultado se apresente

abaixo do esperado, um líder deve saber reconhecer os esforços e ajudar a

manter a equipe unida e motivada para uma recuperação saudável.

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A chamada liderança situacional é interessante para a gestão, onde se

identifica o peso e o significado dos problemas para agir. Tudo dependerá da

avaliação do gestor sobre a forma de liderança para cada funcionário. Ele deve

saber que a estratégia é adotar as competências gerenciais com equilíbrio,

saber quando é necessário ser mais rígido ou quando optar pela gestão mais

aberta.

A Teoria Situacional surgiu diante da necessidade

de um modelo significativo na área de liderança, onde

defini-se a maturidade como a capacidade e a disposição

das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu

próprio comportamento. Portanto, entende-se como

Liderança Situacional o líder que comporta-se de um

determinado modo ao tratar individualmente os membros

do seu grupo e de outro quando se dirigirem a este como

um todo, dependendo do nível de maturidade das

pessoas que o mesmo deseja influenciar.

A Liderança Situacional não só sugere o estilo de

liderança de alta probabilidade para os vários níveis de

maturidade, como indica a probabilidade de sucesso das

outras configurações de estilo, se o líder não for capaz de

adotar o estilo desejável. Estes conceitos são válidos em

qualquer situação em que alguém pretende influenciar o

comportamento de outras pessoas. Num contexto geral,

ela pode ser aplicada em qualquer tipo organizacional,

quer se trate de uma organização empresarial,

educacional, governamental ou militar e até mesmo na

vida familiar.

(http://www.maurolaruccia.adm.br/trabalhos/lider2)

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Além disso, a tendência é que um novo tipo de colaborador se apresente

no ambiente organizacional, com mais conhecimento, menos mecânico no

trabalho, que se adapte a diferentes rotinas, que esteja apto a trabalhar com

menos dependência e mais autonomia. Este novo profissional que se mantém

atualizado, busca novas ferramentas e inovações, deve alterar a percepção do

gestor, que terá a tarefa de gerir com atitudes, ter mais ação e usar mais a

mente do que se prender às antigas burocracias e estratégias.

Cada vez mais, a imposição ou a fixação unilateral

de objetivos, metas e parâmetros de trabalho se torna

incompatível com as necessidades e os valores das

pessoas na organização. Por isso, a negociação passa a

ser uma função vital da gestão de pessoas, como meio de

assegurar maior participação dos empregados, aumentar

o seu comprometimento com a missão da empresa,

minimizar conflitos e assegurar a eficácia organizacional.

Essa negociação deverá ser feita não só em nível

individual, como também, grupal, e estar presente em

todo o processo de gestão de pessoas. (TEIXEIRA, 2010,

p.87)

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CAPÍTULO IV

O NOVO GESTOR EM DESENVOLVIMENTO

Uma estratégia a ser traçada pelo gestor é delegar responsabilidade e

liderança aos profissionais que estão na base. Após a estruturação, de traçar

as os planos e aplicá-los, o gestor pode dar a liberdade ao colaborador. Assim,

o seu papel passa a ser mais de monitoração e não de cobrança. A partir daí, o

gestor passa para a fase de auditoria, avaliação, para verificar a eficácia do

processo. Além disso, analisa e fica atento às mudanças, às ameaças e

oportunidades externas e internas que podem e vão aparecer.

Ao aferir resultados, medir e registrar a proficiência dos projetos, as

informações levantadas podem ser apresentadas aos colaboradores, para que

as equipes acompanhem os processos sob sua responsabilidade e que

possam propor melhorias e o refinamento dos mesmos.

O gestor, mesmo que não tenha muito tempo de experiência na

empresa, deve conhecer o funcionamento da mesma como um todo. Ele deve

estar sempre com a intenção de aprender como indivíduo e no coletivo. Até

porque, quando coordenando uma equipe, às vezes é necessário se unir a ela

para a realização de tarefas.

De acordo com Duarte Júnior, no artigo Horizontalização organizacional

e confiança (site RH.com.br) democratizar o acesso à base de dados da

produção, com o devido resguardo para não se perder a confidencialidade de

informações estratégicas, permite a “desverticalização” das estruturas

organizacionais, diminui a estrutura hierárquica, a fim de substituí-la por outras

formas de força e poder: a força do conhecimento, da troca, da informação e

pode agregar valor e qualidade ao ambiente sócio-estrutural.

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A intenção é descentralizar e reduzir as burocracias, a fim de manter

uma comunicação direta, a interação entre as pessoas, gerando um ciclo de

confiança, onde todos se sentem responsáveis pelo desenvolvimento e

sucesso da empresa. Isso é possível, considerando que, quando é traçada a

estratégia e se conhece a meta do projeto, o gestor treina a equipe para que

ela possa desenvolver seu papel, de acordo com a visão de futuro e assim, os

colaboradores se comprometem com os objetivos. O autor chama de

“realocação da confiança”, onde a confiança nos processos é substituída pela

confiança nas pessoas.

Não é necessário impor o poder formal para obter qualidade de

planejamento e decisões. A integração entre gestores e colaboradores otimiza

as atividades e contribui com a realização da tarefas e ajuda a alcançar

melhores resultados.

Saber ouvir e ponderar sobre as opiniões de quem está na operação, é

extremamente importante para que se possa implantar melhorias e auxilia o

cumprimento das tarefas. O colaborador que está na frente da linha de

produção, deve ser instruído a ter uma visão de melhoria no desempenho do

trabalho, pois é ele quem trabalha diretamente com a venda, com o cliente e/ou

com o produto.

Cabe ao gestor saber administrar o clima organizacional, pois este é um

elemento extremamente mutável, é um fenômeno que pode ser alterado em

curto tempo. A cultura da organização, por outro lado, é um sistema de ciclo

contínuo que contém valores e expectativas da empresa e é formada e/ou

alterada somente a médio e curto prazo. De acordo com Teixeira (2010, p.67):

“[...] se baseia em percepções e opiniões que as pessoas têm da organização

na qual trabalham, em determinado momento ou numa dada situação.”

Por conta disso, o gestor deve sempre trabalhar a motivação, influenciar

positivamente e fazer críticas construtivas. O clima organizacional exalta o grau

de satisfação das equipes dentro de muitas variáveis, como por exemplo,

mudanças comportamentais do mercado que podem influenciar na produção.

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Portanto, o gestor deve estar preparado para lidar com a relação entre

as ameaças externas e o clima da empresa, para que não deixe que o último

seja influenciado negativamente e não desmotive os colaboradores. Deve

trazer incentivos para que a empresa continue seu desenvolvimento, traçando

estratégias para não causar grandes impactos na produtividade.

4.1 – A influência do emprego na vida do indivíduo

Por conta das pressões e cobranças pela obtenção de produtividade,

resolução de problemas e todas as demais preocupações, impostas ao

trabalhador nesta nova realidade das organizações, é muito comum que se

deixe de perceber e agir em benefício do bem-estar do indivíduo e até mesmo,

o bem-estar coletivo.

A sociedade está começando a entender a responsabilidade do mundo

corporativo na vida das pessoas. O estresse, doenças físicas, mentais e

afastamentos vêm sendo prevalentes no panorama de muitas empresas devido

a fatores como: modernização, globalização, redimensionamento do quadro de

empregados, etc.

Os gestores devem estar atentos às consequências das mudanças

organizacionais em relação aos seus funcionários. O relacionamento

interpessoal e a socialização no ambiente de trabalho são influentes na visão e

comportamento do colaborador, pois o conjunto de valores, crenças e atitudes

acabam variando em função das experiências e fatores situacionais dentro do

contexto corporativo.

A preocupação com o bem-estar dos colaboradores é de fato uma

necessidade dentro da gestão, a fim de preservar a qualidade de vida dos

mesmos. Pois podemos considerar que, dentro do quadro social, desde cedo

as pessoas são preparadas para trabalhar. Estuda-se bastante com o objetivo

de se obter “o bom emprego” e, muitas vezes, o trabalho acaba sendo uma das

atividades mais relevantes dentro da vida do indivíduo.

Ao longo do tempo, as aspirações e o estilo de vida são influenciados

pela função e pela empresa onde se trabalha. O dinheiro não é o único fator

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que motiva o trabalho: a estabilidade, oportunidades de crescimento e o

relacionamento interpessoal são muito relevantes para as pessoas. Portanto, é

necessário que elas tenham contatos sociais positivos e atividades que tenham

significado para elas, pois o trabalho é um elemento importante na construção

do indivíduo e de sua vida.

4.2 - Visão e análise de desenvolvimento:

Segundo Teixeira, mapear o cenário organizacional é uma medida

importante para que se possa identificar as forças e fraquezas atuantes a fim

de analisar o potencial de eficácia e para traçar as estratégias necessárias para

o quadro que se apresenta.

Implementação e Controle Estratégico

As vias operacionais mais comuns para a implementação

e controle da estratégia são as indicadas a seguir:

v Programa de objetivos

É o conjunto de resultados desejados que,

obrigatoriamente, precisam concretizar-se no horizonte

temporal do plano estratégico. Deve conter indicadores de

resultados observáveis e analisáveis; o que realizar, a

gradação do que deve ser realizado, o alvo ou objetivo da

realização de uma qualificação de como realizar o

pretendido, indicando ênfases e restrições.

v Conjunto de macroações

Expressa como os objetivos serão atingidos, dentro dos

limites estabelecidos pela política da organização e pelas

escolhas estratégicas.

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v Projetos estratégicos

São iniciativas específicas, de grande magnitude e efeito

duradouro, com início, meio e fim previstos no horizonte

temporal do plano estratégico, que exigem gerenciamento

diferenciado e prioridade de alocação de recursos. Os

projetos e os programas garantem um foco específico nas

estratégias que exigem ações fora do cotidiano

operacional das organizações. Estratégicos, táticos,

operacionais, os projetos são classificados de acordo com

o grau de impacto que os seus resultados trarão para a

organização. Projetos estratégicos impactam diretamente

no futuro da organização, criam uma nova realidade,

desenvolvem novos padrões de desempenho para a

organização, alinhados com a visão de futuro. Projetos

táticos impactam as etapas intermediárias no caminho

desse futuro, podendo ser entendidos como

sustentadores do desenvolvimento, enquanto os projetos

operacionais tratam das questões mais imediatas.

v Indicadores de desempenho

São relações numéricas que resultam de medidas

quantitativas e caracterizam a situação ou o estado de um

processo ou seu resultado – produto ou serviço.

v Plano de metas

Define os alvos quantitativos, com prazos e valores. As

metas são as etapas necessárias para se atingir os

objetivos da organização, segundo a estratégia aprovada.

v Plano de ação

Os planos de ação auxiliam a estabelecer períodos de

tempo para observação e acompanhamento das

atividades e os resultados requeridos para atingir um

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objetivo específico, e a implementar uma solução. É uma

estratégia da organização que identifica o suporte para

essas atividades e o compromisso com elas.

Um plano de ação bem estruturado possui determinadas

características, como as seguintes:

- Deve ser adaptado à organização, encaixando-se na

sua cultura e no seu estilo gerencial. Um plano que seja

percebido como estranho à cultura organizacional tem

pouca ou nenhuma chance de implementação bem

sucedida;

- É um método ou uma ferramenta, um meio, não um fim

em si mesmo. Um bom plano é nada mais do que um

mapa, não um destino. Visto como destino, o plano levará

à desmotivação, na primeira vez em que seja preciso se

desviar dele. Esse problema pode ser uma desculpa fácil

para abandoná-lo e não realizar nenhuma ação;

- É orientado para resultados. O plano é expresso em

termos de uma série de atividades e resultados

específicos, observáveis e mensuráveis, não por

processos teóricos. O atingimento dos resultados é

mensurável e um fator motivadores poderoso;

- É dinâmico, flexível e pode ser ajustado de acordo com

as mudanças de condições, ainda que continue

focalizando resultados desejados;

- É mensurável e gerenciável, significando que os

resultados do plano podem ser medidos. Portanto, há

uma força definida de determinar que o resultado foi

atingido. Além disso, um bom plano ajusta-se aos

sistemas gerenciais de sua organização. [...]

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O levantamento e a construção da base de conhecimento corporativa

devem levar em consideração os fatos geradores. Deve ser um trabalho com

transparência e não questionar hierarquias e responsabilidades. A análise deve

ser feita em cima dos processos, eventos e omissões para que seja possível

tomar as devidas ações e traçar as estratégias necessárias, com base nas

informações do desempenho anterior.

Identificar os pontos críticos dentro das variáveis que podem afetar o

clima organizacional e o desempenho da empresa e implementar formas de

ação é de suma importância, tendo em vista que a necessidade de renovação

dos processos pode levar a considerar a reestruturação das diretrizes de

desenvolvimento .

Novas metas propostas, um novo modelo estrutural e contexto

processual, contrapondo às soluções ortodoxas, contribuem com a criação das

condições administrativas da gestão. Desta maneira, há uma valorização que

promove a alavancagem do paradigma corporativo.

Na perspectiva de reconstrução do processo de avaliação em

articulação à redefinição da metodologia, permitir o desenvolvimento do

profissional é uma questão-chave. Este desenvolvimento está ligado a

múltiplas questões: o conhecimento como processo e à interação social. A

ativação desta linha motivacional pode gerar um novo equilíbrio entre o

individual e o coletivo do profissional.

Este tipo de relação permite que o gestor conheça cada vez melhor o

seu pessoal e estimule a busca da colaboração, pois existe um limite para

aquilo que as pessoas podem fazer sozinhas.

No mundo de hoje, alcançar algo substancial é um trabalho de equipe, é

necessário o espírito de coletividade. Portanto, quanto mais profissionais

capacitados estiverem envolvidos na resolução de certos problemas ou no

desenvolvimento de uma idéia, maiores são as chances de sucesso para

chegar a uma resposta.

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A insatisfação é uma pode ser uma grande geradora de novas idéias.

Por isso, saber ouvir sua equipe é um fator primordial para o gestor. Ter

diálogo e estar aberto a opiniões estimulam o colaborador a visualizar novas

oportunidades e chances para um melhor desenvolvimento de um projeto, ou

até mesmo o crescimento da própria empresa.

Para isso, o autoconhecimento é muito importante. Saber seus defeitos

e limites, fazer uma busca constante de conhecimento, principalmente com a

troca de informações e idéias. Ter autoconfiança e estimular a sua equipe a

fazer o mesmo para contribuir com o fortalecimento. Isso gera um ambiente

positivo, que promove e mantém o bom fluxo das idéias e gera motivação.

O líder deve ter um interesse sincero pelo colaborador e sua função, e

não simplesmente para se encaixar à cultura da organização ou atender à

expectativa da empresa. Quando há sintonia e transparência, as críticas são

aceitas e a tendência é gerar a transformação, a renovação.

Quando há um desafio pela frente, pode gerar um estresse em toda a

equipe e a tendência é utilizar rotinas que acabam sendo defesas para

demonstrar controle da situação. Utilizar as mesmas estratégias nem sempre é

gera um retorno positivo. O que deve ser feito é aceitar e abordar o problema

em questão para criar estímulos e reagir.

Outra questão de muita importância é a forma como se dá a troca de

informações. Trocar, interagir e compartilhar a base de dados para que a

mesma possa estar em constante evolução.

As informações devem ter:

• Propósito: para obter resultados com uso eficiente dos recursos.

• Qualidade: para não gerar incertezas e ruídos e propiciar uma boa

tomada de decisão

• “Timing”: pela rapidez e oportunidade desta informação, pois se a

mesma for apresentada fora do tempo, pode perder sua importância.

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O gestor deve sempre estar aberto e disposto a investir o seu tempo em

sua equipe e nas opiniões dos colaboradores. Pois suas observações podem

trazer informações que agreguem e contribuam para o processo.

Além de saber ouvir, a capacidade de dar retorno ao colaborador,

proporciona que o mesmo também analise suas ações, correlacionando-as

aos objetivos e resultados, auxilia o seu aprendizado. Assim fica mais fácil

implementar e empreender novas ações e proporciona à equipe clareza e foco

na realização dos processos.

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CONCLUSÃO

O intuito deste trabalho é esclarecer que, nos dias de hoje, com a

incessante mutação do cenário organizacional, a prática de gestão de pessoas

está relacionada à humanização da estrutura organizacional. O desafiador

cenário globalizado traz a necessidade de renovação e adaptação à nova

forma de gestão.

Os problemas da qualidade das informações entravam o processo

produtivo e acarretam em prejuízos progressivos às organizações. A interação

e comunicação devem ser estratégias primordiais para o gestor. O sistema de

informação deve ser desenvolvido e evoluir com a organização.

O gestor não deve utilizar o método empírico. A característica da

administração atual é o senso de coletividade. A liderança é uma questão de

empatia. É necessária a busca sincera de conhecer o perfil de cada

colaborador, para que possa ser trabalhada a sua motivação. Ser transparente

objetivo a fim de estabelecer um bom relacionamento e transmitir e estabelecer

confiança com a equipe.

Mostrar resultados, compartilhar os sucessos e os problemas, dialogar,

diminuir a padronização dos relacionamentos verticais entre as hierarquias,

direcionar os esforços, inspirar e transformar são os objetivos básicos para um

líder. O comprometimento entre as equipes é uma das consequências da

gestão inovadora/estratégica.

Adequar estruturas é a questão com o maior nível de dificuldades para o

gestor, pois envolvem aspectos importantes dentro da organização: interesse

humano e a política.

O grande desafio é não manter a padronização da prática administrativa

a fim de manter estabilidade e sim, selecionar e aprimorar os processos de

acordo com as novidades apresentadas pelo mercado e atualizar a

organização dentro das mutações tecnológicas e sociais, proporcionando o

desenvolvimento da produtividade.

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Parte da função do gestor é motivar a harmonia no ambiente

organizacional e saber lidar com os conflitos é fundamental para manter o

desenvolvimento. Saber servir de exemplo, ter tenacidade, persistência,

iniciativa e promover uma constante manutenção do processo, que engloba a

interação entre as pessoas e o sistema operacional.

As empresas e seu desempenho estão ligadas diretamente aos

fenômenos externos, sejam eles as mudanças no padrão social, econômico e

tecnológico mundial ou a simples competitividade de mercado. Uma equipe em

estruturada está preparada para se adaptar a novas condições e não se

sentem perdidas quando se deparam com ameaças ou novas oportunidades.

O gestor não precisa ser o ditador das ações, não deve centralizar o

desempenho em si, deve ser o condutor que estimula as novas idéias, a

criatividade, que com sua estratégia motiva, ajuda a adaptação e mantém a

interação entre as pessoas para que o resultado final seja satisfatório.

O modelo de administração participativa considera os colaboradores

como parceiros internos. São eles que estão ligados diretamente ao processo,

que possuem responsabilidades e quem fazem o uso das técnicas da

operação. Portanto, suas opiniões e idéias devem ser utilizadas como

ferramentas estratégicas para o desempenho e desenvolvimento da

organização.

Não há dúvidas de que os pequenos desafios do dia a dia são bem

solucionados por quem executa o processo, quem está na frente da linha de

produção. Equipes bem treinadas na aplicação das metodologias estruturadas

produzem um trabalho de interação e integração e ajudam a formular um

modelo operacional condizente com as necessidades e objetivos da empresa.

Os profissionais motivados tornam-se participativos e adquirem

qualificação e agregam valor à suas habilidades quando são bem liderados.

Assim, eles trabalham para a constante renovação e ajudam a manter a

funcionalidade da unidade administrativa das organizações.

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As equipes são parte da base de conhecimentos corporativa e cada

colaborador deve compreender os objetivos estratégicos, entender o

significado da visão corporativa para colaborar com informações precisas e

construir junto com o gestor um caminho a ser desenvolvido, já que o mercado

atual anda em constante transformação.

A saúde mental se faz muito importante na qualidade de vida dos

indivíduos e na sua capacidade de produzir. A ansiedade, depressão e

desmotivação geram um alto custo para as organizações. Cabe ao gestor

proporcionar políticas e instrumentos para o bem-estar coletivo, para que o

desempenho das pessoas constitua um diferencial e que elas possam estar em

constante desenvolvimento, juntamente com a empresa.

A razão das mudanças comportamentais é a busca de aperfeiçoamento,

o profissional muda e se adapta para se aprimorar e melhorar em todos os

aspectos da sua vida.

O foco do gestor deve ser agir no presente, mas principalmente, manter

as equipes funcionais em longo prazo, para que estas possam estar

preparadas para desafios diversos e não percam a motivação, a produtividade

e a qualidade dentro deste interminável ciclo de desenvolvimento.

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BIBLIOGRAFIA

Teixeira, Gilnei Mourão; Silveira, Aristeu Coelho; Neto, Carlos Pinheiro dos

Santos Bastos; Oliveira, Gercina Alves. Gestão estratégica de pessoas. Rio de

Janeiro: Editora FGV, 2010.

Tavares, Herberto JG. Modelagem Estratégica de Organizações. Rio de

Janeiro: Fábrica de Livros SENAI, 2002.

Dimitrius, Jô-Ellan. Sonia Augusto. Decifrar pessoas.São Paulo: Allegro, 2000,

Jung, Carl G. Tipos psicológicos. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1967.

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39

WEBGRAFIA

Giu Coejus. Liderança e Líder, http://pt.shvoong.com/books/1736859-

lideran%C3%A7a-lider/ > acessado em 21/07/2010

Daniel Vinícius de Andrade Ramilo. A gestão participativa como modelo de

gestão,http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-gestao-

participativa-como-modelo-de-gestao/44006/ > acessado em 23/07/2010.

Alexandre Rodrigues Medeiros. Liderança.

http://www.maurolaruccia.adm.br/trabalhos/lider2.htm > acessado em 26/Jul.

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ANEXO 1

Figura 1 – Pirâmide de Maslow

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I 9

O FOCO NO INDIVÍDUO 9

CAPÍTULO II 13

FORMAS DE GESTÃO 13

2.1 - ANALISANDO OS TIPOS DE GESTÃO. 15 2.2 - CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA 18

CAPÍTULO III 22

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO 22

CAPÍTULO IV 26

O NOVO GESTOR EM DESENVOLVIMENTO 26

4.1 – A INFLUÊNCIA DO EMPREGO NA VIDA DO INDIVÍDUO 28 4.2 - VISÃO E ANÁLISE DE DESENVOLVIMENTO: 29

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 38

WEBGRAFIA 39

ANEXO 1 40

ÍNDICE 41