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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A RELEVÂNCIA DO CAPITAL INTELECTUAL E DA GESTÃO DO CONHECIMENTO DENTRO DOS PRECEITOS DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA Por: Geni Rosemar Martins Orientador Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · gerenciamento que possibilitem a captação do conhecimento presente na organização. O tema é a Educação Corporativa

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A RELEVÂNCIA DO CAPITAL INTELECTUAL E DA GESTÃO DO

CONHECIMENTO DENTRO DOS PRECEITOS DA EDUCAÇÃO

CORPORATIVA

Por: Geni Rosemar Martins

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A RELEVÂNCIA DO CAPITAL INTELECTUAL E DA GESTÃO DO

CONHECIMENTO DENTRO DOS PRECEITOS DA EDUCAÇÃO

CORPORATIVA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Pedagogia

Empresarial.

Por: Geni Rosemar Martins

AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares e ao meu companheiro Marcos Aurélio,

que em nenhum momento mediram esforços para a realização

dos meus sonhos.

DEDICATÓRIA

Aos meus pais Benjamim e Auxiliadora, meus grandes

incentivadores, minhas irmãs Rosylene e Miriam que sempre

estiveram ao meu lado nos momentos mais difíceis, aos meus

filhos Raphael e Philipe. E, a estes deixo uma mensagem para

toda a vida: Nunca acreditem quando alguém lhes disser que

não serão capazes de grandes feitos e realizações!

Enquanto houver vida, há tempo de transformar toda uma

história.

RESUMO

A presente monografia demonstrará como a Educação Corporativa,

uma questão que está inserida no contexto de Gestão Empresarial, é um

elemento diretamente influente na atuação do desenvolvimento e

gerenciamento que possibilitem a captação do conhecimento presente na

organização.

O tema é a Educação Corporativa. O objeto de estudo se constitui na

relevância do capital intelectual e da gestão do conhecimento dentro dos

preceitos da educação corporativa, no Contexto da Gestão Empresarial no

mercado de trabalho.

O modelo da Educação Corporativa adotado deve estar alinhado com

as estratégias organizacionais e a cultura organizacional. Deve estimular a

motivação ao aprendizado desenvolvendo as competências críticas essenciais

em seus colaboradores.

METODOLOGIA

A metodologia deste TCC é feita através da leitura e análise das fontes

e bibliografias consultadas e apresentadas para a confecção do trabalho.

Utilizou-se o método analítico porque ele possibilitou à visualização do

caráter sociológico, econômico, e empreendedor em termos quantitativos

concernentes a educação corporativa.

Sendo assim, a utilização do método analítico se justificou porque a

analise permitiu comprovar a utilização dos elementos norteadores do trabalho

a partir dos quatro questionamentos básicos apresentados para a construção

do mesmo.

O tema selecionado para elaboração do trabalho viabilizou a utilização

do Método Analítico de maneira clara e objetiva, e desta forma demonstrou

que a educação corporativa também é um fato social.

A metodologia empregada foi feita através da leitura e análise das

obras bibliográficas consultadas para realização e erudição da pesquisa. Este

método possibilita uma exposição clara e objetiva sobre o caráter sociológico,

psicológico e comportamental que envolve as questões sobre a Educação

Corporativa. E também em relação a pesquisa bibliográfica em livros baseado,

significativamente, nos seguintes autores: Marisa Éboli e Eleonora Jorge

Ricardo.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Educação Corporativa: transformação do conhecimento

em vantagem competitiva

12

CAPÍTULO II - Gestão Empresarial no mercado de trabalho 17

CAPÍTULO III - A importância do capital intelectual e da gestão do

conhecimento dentro dos preceitos da educação corporativa 23

CAPÍTULO IV - A chegada ao mercado sem qualificações adequadas para

atuação competitiva 26

CAPÍTULO V - A Educação Corporativa alinhada às estratégias empresariais e

a cultura organizacional 28

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

ÍNDICE 39

FOLHA DE AVALIAÇÃO 40

“O verdadeiro perigo não é que os computadores comecem a pensar

como seres humanos, mas que os seres humanos comecem a pensar como

computadores.”

Sydney J. Harris

8

INTRODUÇÃO

É fato que desde o início das relações humanas até os dias de hoje, o respeito às

regras comunitárias se tornou imperativo, ensejando a preservação do interesse comum

e a normatização do bem estar social. Cada indivíduo que vive em sociedade tem

consciência de que pelo convívio social se submete às regras normativas.

Essas regras visam atender às necessidades das relações humanas e

impulsionam a adaptação gradativa dos indivíduos em sociedade. O sítio onde se delimita

o espaço desta monografia é o mercado direcionado às questões tangíveis à Educação

Corporativa. Delimitasse também nos casos ilustrativos baseados nos Princípios de

Sucesso e as melhores práticas de mercado.

O tema é a Educação Corporativa. O objeto de estudo se constitui na relevância

do capital intelectual e da gestão do conhecimento dentro dos preceitos da educação

corporativa, no Contexto da Gestão Empresarial no mercado de trabalho.

A presente monografia demonstrará como a Educação Corporativa, uma questão

que está inserida no contexto de Gestão Empresarial, é um elemento diretamente

influente na atuação do desenvolvimento e gerenciamento que possibilitem a captação do

conhecimento presente na organização.

A problemática está diretamente relacionada ao seguinte questionamento: Seria a

Educação Corporativa relevante por utilizar a transformação do conhecimento em

vantagem competitiva, gerando capital intelectual para as organizações, já que os adultos

chegam ao mercado sem qualificações adequadas para atuar em um ambiente que

9

valoriza cada vez mais competências associadas à capacidade de abstração e síntese,

soluções de problemas, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, além da

utilização eficaz de ferramentas modernas e inovadoras?

O modelo da Educação Corporativa adotado deve estar alinhado com as

estratégias organizacionais e a cultura organizacional. Deve estimular a motivação ao

aprendizado desenvolvendo as competências críticas essenciais em seus colaboradores.

A relevância desta monografia se constitui no ponto de vista acadêmico, uma

contribuição informativa, pois servirá como um elemento adicional na fonte de consulta de

pesquisas sobre as Universidades Corporativas no que se concerne a relevância do

Capital Intelectual, e da Gestão de Conhecimento no Contexto da Educação Corporativa.

Na medida em que o tema foi pesquisado e trabalhado, se pôde vislumbrar sua

relevância através da análise dos dados apresentados nas bibliografias consultadas.

Toda a bibliografia utilizada para a construção da monografia representa um dos

meios mais eficazes de prevenir argumentos tendenciosos que tenham caráter de opinião

pessoal. Torna-se relevante citar que os processos que são relatados neste trabalho

possuem a intenção de contribuir como fonte de pesquisa para trabalhos futuros e por

isso utilizou as citações dos autores como forma de erudição do discurso.

No ponto de vista social a relevância se faz porque o tema Educação Corporativa

evoca uma necessidade de compreender os mecanismos de convivência e poder

gestacional, que conduzem as possibilidades reais de usar transformação do

conhecimento como vantagem competitiva, gerando capital intelectual para as

organizações.

10

O tema Educação Corporativa se torna pertinente por ser congruente às idéias

que defende, que vai de encontro aos estudos apresentados bibliograficamente por

Marisa Éboli em “Educação Corporativa no Brasil, Mitos e Verdades”, Andrea Teixeira em

“Universidades corporativas x educação corporativa: o desenvolvimento do aprendizado

contínuo”, Thomas Davenport em “Conhecimento empresarial: como as organizações

gerenciam seu capital intelectual”, Eleonora Jorge Ricardo em “Educação Corporativa

Fundamentos e Práticas”entre outros autores utilizados para a construção deste trabalho.

No campo da originalidade, esse trabalho se constrói como original pelo ponto de

observação utilizado para sua construção, por apresentar a relevância da Educação

Corporativa como elemento primordial para o estabelecimento de melhoria na atuação do

desenvolvimento e gerenciamento de forma que se possibilitem a captação do

conhecimento presente na organização.

Ao que se concerne a viabilidade, a pesquisa se constituiu de maneira viável por

estar em fácil acesso na Biblioteca Nacional da cidade do Rio de Janeiro, no Arquivo

Nacional da cidade do Rio de Janeiro.

Os objetivos utilizados para a realização deste trabalho, de forma geral, é

investigar o tema Educação Corporativa é:

1 – Identificar teorias, conceitos e melhores práticas sobre a aprendizagem de

adultos no ambiente organizacional.

2 – Contribuir, de forma qualitativa com o conjunto de estudos relacionados à

Educação Corporativa Gestão Empresarial sobre o Comunicação Interna, em particular

ao que se refere `relevância do capital intelectual e da gestão do conhecimento dentro

11

dos preceitos da educação corporativa, no Contexto da Gestão Empresarial no mercado

de trabalho.

Por objetivos específicos se tem:

1- Avaliar as limitações, desafios e perspectivas da Educação Corporativa no

Brasil.

2- Demonstrar a relevância o capital intelectual e da gestão do conhecimento

dentro dos preceitos da Educação Corporativa .

Sendo assim, esta monografia se objetiva no ato de subsidiar o conhecimento do

indivíduo sobre os dados analisados apresentados, visto que o mercado é apenas mais

um sítio de relações sociais entre os indivíduos.

O referencial teórico de pesquisa utilizado na construção deste trabalho, de forma

central, são as obras de Marisa Éboli ao que se concerne a Educação Corporativa no

Brasil, Mitos e Verdades e a Eleonora Jorge Ricardo ao que se concerne à Educação

Corporativa Fundamentos e Práticas.

12

CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO CORPORATIVA: TRANSFORMAÇÃO DO

CONHECIMENTO EM VANTAGEM COMPETITIVA

A Educação corporativa se constitui como elemento de fundamental

importância ao mercado de trabalho por constituir um veículo primordial na pretensão de

se atingir uma qualificação através de estratégias que possam proporcionar, de maneira

mais clara e objetiva, a educação de funcionários gerando competências essenciais

inovadoras disseminando conhecimento.

“É um guarda-chuva estratégico para o desenvolvimento e a

educação de funcionários, clientes e fornecedores, buscando

otimizar as estratégias organizacionais, além de um laboratório de

aprendizagem para a organização de um pólo permanente. ”

(MEISTER, 1999, p.8).

A Universidade Corporativa está diretamente associada ao conhecimento, e

principalmente no modo que ele é construído e difundido, por isso, é uma questão que

está inserida no contexto de sociabilização do mercado.

Ao construir um questionamento buscando um caminho para melhorar a

qualidade do trabalho, de forma que se tenha uma estratégia para se obter

desenvolvimento, se torna necessário criar um campo de organização estratégica que

mensure os fatores positivos e negativos para se obter um diagnóstico que atinja às

necessidades do mercado através de uma capacitação.

13

A Educação Corporativa demonstra, de forma clara e objetiva, que há uma

necessidade crescente de imbuir na educação do adulto conteúdos e práticas que

estabeleçam conteúdos e práticas voltados a atender as necessidades do mercado, de

acordo com a necessidade urgente do próprio mercado, apresentando ao docente uma

condição empreendedora, processando conteúdos atuais, de maneira diversificada com

situações próprias, e projetos específicos.

Há a necessidade de se obter um devir, ou seja, a busca incessante por novos

conhecimentos para que os mesmo sejam atualizados. Buscar e atualizar conhecimentos

se torna tão importante quanto a atuação do profissional e sua capacidade de agir no

ambiente de mercado onde ele atua.

Meister discursa que a empresa que implanta uma Universidade Corporativa tem

um efetivo interesse em tornar-se um pólo de educação permanente de hoje. Sendo

assim, esse tipo de educação é uma educação dirigida e estrategicamente elaborada

para os seus públicos transmitindo informações, medidas, ordens, por veículos

diversificados, com o objetivo de se obter valorização no mercado. (MEISTER, 1999, p.2)

As empresas, ao criarem universidades corporativas, estão

preocupadas em desenvolver pesquisas e ações para obter

respostas para suas atividades-fim, ou seja, estão procurando

treinamento e desenvolvimento para seus profissionais nos assuntos

de seu interesse operacional e estratégico. Por outro lado, não

poderíamos deixar de analisar que este contexto de educação

permanente gera uma população de clientes que crescem

continuamente: os adultos profissionais/adultos. Nesse sentido,

surge um grande mercado para as universidades corporativas,

consórcios educacionais, universidades virtuais e empresas de

treinamento especializado. A educação do aluno adulto torna-se um

14

grande e diversificado negócio. (QUARTIERO E CERNY, 2005,

p.34-5)

Todo e qualquer tipo de relação que a Universidade Corporativa exerce entre os

profissionais direcionados ao mercado de trabalho visa o desenvolvimento a partir de

estratégias estabelecidas mediante a um estudo de interesse que atenda a esse mercado

em particular. É preciso possuir um foco, direcionamento já que a Educação corporativa

tende a atender a um mercado diversificado, porém com objetivos próprios.

A educação através da Universidade Corporativa é uma forma dos adultos,

profissionais/alunos, funcionários, clientes, de terem mais informação, de terem um

treinamento especializado para saciar a necessidade urgente do mercado, que muitas

vezes não são disponibilizados pela educação formal. Sendo assim, a Universidade

Corporativa possibilita a esse público-alvo uma qualificação que cumpra com as

exigências de uma determinada empresa, de acordo com as exigências do mercado.

A Universidade Corporativa é estratégica, é solicitada por uma administração

altamente qualificada. Por isso apresenta a defesa por uma aprendizagem continua,

renovada, de forma que possa absorver novas competências de cunho estratégico, com o

objetivo de se obter uma organização precisa, com proveito positivo, afinal assim é

possível saber com mais rapidez a opinião, as insatisfações e necessidades urgentes da

empresa, garantido vantagens que acirrem a competitividade às empresas de maneira

positiva para empresa onde se vá atuar.

Quando se propõe em dizer que alguns profissionais não estão lidando de forma

importante como se deve lidar com educação empresarial recebida, isso quer dizer que o

tipo de educação foi adquirida de forma menos elaborada. Na Universidade Corporativa a

15

educação empresarial surge como substituta direta da educação tradicional em

determinadas circunstâncias, pois representa usualmente relações que pertencem a um

organograma estratégico renovado, busca de um conhecimento que atente para as novas

regras ditadas pelo mercado.

1.1 - Transformação do conhecimento em vantagem competitiva

Para se obter sucesso, os gestores das organizações devem, em

primeiro lugar, dirigir suas atenções para a necessidade de

comunicação de seus colaboradores. Compreender a importância

desse processo de comunicação para que flua de forma eficiente,

no momento oportuno, de forma que seja atingido o objetivo

pretendido. (MARCHESI, 2005, p.24)

A comunicação efetiva só se estabelece em clima de verdade e autenticidade.

Caso contrário, só haverá jogos de aparência, desperdício de tempo e, principalmente

uma anti-comunicação no que é essencial/necessário. Porém não basta assegurar que a

comunicação ocorra, é preciso que essa comunicação seja transformada em

conhecimento e que esse conhecimento proporcione uma vantagem competitiva.

Ao transformar o conhecimento em vantagem competitiva se permite determinar

o retorno do investimento. O conhecimento precisa ser mensurado afim de evitar a

escolha por processos de medição simplistas que não se incorporem aos desafios da

empresa. Essa estratégia cria subsídios ao ambiente competitivo.

Dessa forma, manter um quadro profissional competitivo, proporciona um

ambiente de aprendizagem contínua. Ao organizar seu próprio conhecimento o adulto

profissional/aluno é capaz de fazer a transferência do conhecimento obtido para

16

situações e problemas com que possa vir a se deparar, e consequentemente acaba por

criar competências positivas para a competitividade no mercado.

Assim, é necessário perceber que o processo de gerir um conhecimento pelo

veículo educacional funcionará de maneira eficaz dependendo do meio ao qual este

esteja inserido.

17

CAPÍTULO II

GESTÃO EMPRESARIAL NO MERCADO DE TRABALHO

Investigar, pesquisar, concorrer, traçar metas e objetivos, cumprir essas metas,

estabelecer um conhecimento que influencie na eficácia da qualidade do trabalho de

forma que se possa contribuir qualitativamente com a Gestão Empresarial. Essas ações

acabam por descrever um panorama empreendedor, pois se fez necessário refletir sobre

o assunto mensurado os elementos que possibilitassem a eficácia da qualidade do

trabalho, o desenvolvimento, para obtenção de uma melhor Gestão Empresarial.

A boa educação proporciona melhorias no convívio dos colaboradores e integra-

os ao cotidiano do trabalho. Por isso, o papel dos recursos humanos nas organizações

empresariais, está intrínseco à Gestão Empresarial onde administrar juntamente com as

pessoas, adultos profissionais/alunos, na condição de parceiros do negócio é um

importante fator integrante da competitividade nas empresas.

Um bom Gestor Empresarial consegue transmitir aos adultos profissionais/alunos

que o objetivo da empresa é o objetivo de cada pessoa que dela participa: ter bom êxito.

Repensar as condições de trabalho com a finalidade de atender às necessidades do

mercado se constitui como um desafio diário do profissional da área de Gestão

Empresarial.

O gestor examina as relações entre objetivos, meios e fins (métodos, técnicas e

regras selecionados), verificando se estão sendo formuladas e mantidas as estruturas

18

lógicas, diferenciando, portanto, o conhecimento crítico e construtivo inerente às relações

do mercado estabelecidas.

A cada dia fica mais clara a percepção de que a gestão é um dos componentes

essenciais das estratégias de desenvolvimento e eficiência no mercado. Uma boa gestão

requer um planejamento, comprometimento e colaboração de todas as pessoas

envolvidas no ambiente de mercado.

No ambiente organizacional o convívio obriga uma intensa interação entre as

pessoas, por isso é urgente que se tenha um planejamento para se estabelecer uma

organização espacial que permita um melhor fluxo na comunicação. O papel dos

Recursos Humanos neste ponto é dissolver as situações contraditórias e demonstrar a

necessidade do planejamento e sua aplicabilidade prática de forma a atingir a eficiência

dentro da empresa.

Os tempos e os lugares de trabalho passaram a não depender mais da natureza,

mas das regras empresariais e dos ritmos da máquina humana que moverá o trabalho,

marcando o homem como espécie diferenciada por ser ele uma imprescindível

engrenagem que proporcionará o trabalho.

A síntese dialética onde as transformações qualitativas ocorrem por

meio de elementos presentes numa determinada situação , são de

suma importância na apresentação da linguagem por ser ela o

principal elo de comunicação entre os colaboradores, e na

progressão do saber. (LIMONGI-FRANÇA, 2007, p.42)

A cada dia fica mais clara a percepção de que a gestão empresarial é um dos

componentes essenciais das estratégias de desenvolvimento da sociedade. E é nessa

síntese dialética descrita por Limongi-França que pode se entender que o mal uso da

19

educação empresarial no ambiente de mercado apresenta desde problemas com a

formação inicial e continuada do profissional à pouca disponibilidade de recurso e de

estrutura verticalizada dos sistemas gerenciais.

É da competência do gestor proporcionar aos colaboradores experiências de

aprendizagem eficazes e inovadoras, indo de encontro às dificuldades de cada um e

atualizando, tanto quanto possível, os meios de trabalho que os colaboradores utilizam.

Há razões para acreditar que os métodos tradicionais de gestão empresarial

sejam inadequados. A utilização de técnicas de instrução inovadoras e atraentes, que dá

ênfase à compreensão qualitativa dos princípios físicos, deve ser encorajada. Não são de

admirar falhas na realização dos trabalhos se os conceitos mais complexos e difíceis de

visualizar, como o impulso e o trabalho, forem só apresentados verbal ou textualmente.

A realização de experiências motivadoras facilita o processo de aprendizagem

dos colaboradores para que reflita de uma determinada maneira no ambiente de mercado

possibilitando assim uma melhoria na qualidade do trabalho.

O gestor sabe que desempenha um papel insubstituível na estruturação,

organização do ambiente de mercado e por isso deve oferecer um grande número de

possibilidades para ajudar a resolver os problemas que surgem e devem ser prontamente

solucionados. (LUPETTI, 2007, p. 31)

O papel do Gestor Financeiro é de suma importância para as organizações, e

deve facilitar a compreensão tanto do mapa estratégico corporativo quanto dos processos

e sistemas que contribuem para a implementação da estratégia que possibilite uma boa

fluência na divulgação do conhecimento.

20

Muitas questões pendentes poderiam ser resolvidas por meio de uma estratégia

organizacional que inclua contatos, reuniões de integração, avaliação, análise, controle

de feedback.

Para que se estabeleça uma boa comunicação no ambiente de mercado é

urgente que haja uma troca de informações sobre o trabalho realizado, por isso é

necessário haver uma maior e melhor cooperatividade com a equipe

fortalecendo,estruturando o relacionamento entre as pessoas gerando um ambiente

organizado.

É nesse ponto de relacionamento entre as pessoas que se chega ao

relacionamento interpessoal, que interfere diretamente no desempenho do trabalho em

grupo.

No ambiente organizacional é importante saber conviver com as pessoas, até

mesmo por ser um cenário muito dinâmico e que obriga uma intensa interação como os

outros, inclusive com as mudanças que ocorrem no entorno, seja de processos, cultura

ou até mesmo diante de trocas de lideranças.

“Nas organizações a comunicação apresenta diferentes formas que

variam de acordo com os elementos contexto e tipo de comunicação

a ser usado. A comunicação se divide m dois itens: comunicação

verbal e comunicação não verbal. No primeiro item a comunicação

envolve participação, transmissão e trocas de conhecimento e

experiências”. (KELLER, 2006, p. 58)

A contribuição dos pares e a forma como eles são tratados ajudam o colaborador

a atingir suas metas e desenvolver suas atribuições de maneira eficaz. Para isso, é

necessário saber lidar com a diversidade existente na empresa, respeitando as

21

diferenças e as particularidades de cada um, com isso, é possível conquistar o apoio dos

demais e fazer um bom trabalho, afinal, ninguém trabalha sozinho.

Os gestores entre a experiência do trabalho e aprendizado dos colaboradores

desenvolvem o pensamento que o possibilite a enfrentar os problemas típicos

relacionados ao ambiente em que convivem e às situações vivenciadas. Um ambiente

simulado com preocupação e planejamento pode ajudar a resolver os entraves que

surgem no ambiente de mercado.

A junção de simulação das situações com experiências reais fornecem um

ambiente particularmente rico do ponto de vista empresarial que ajuda a substituir idéias

comuns por idéias científicas.

Esse caráter empreendedor da parte do gestor empresarial diretamente

relacionada ao gestor de recursos humanos transcende à eficiência dando uma dimensão

mais ampla de desenvolver as várias qualidades humanas, daí a idéia de uma gestão

empresarial por competências.

Partindo da proposta de qualidade de trabalho a partir da melhoria da

comunicação interna, é imperativo que os gestores discutam e assumam o seu papel de

ator principal do ambiente de trabalho, deixando de ser mero executor de programas

impostos pela tradicionalidade, atentando para a inovação, criando assim uma nova

identidade no mercado de trabalho.

A elaboração de um ambiente de trabalho eficaz deve ser de interesse e de

construção coletiva. Isso, por outro lado, não implica em inventar novas regras, mas que

22

haja uma ação articulada com vistas aos problemas e desafios da equipe, do mercado

em si, e que se construa de fato um ambiente privilegiado das relações sociais.

Nesse sentido é interessante ressaltar como os princípios dos

recursos humanos e gestão empresarial, ao que concerne ao

mercado com objetivo de se conseguir uma melhoria na qualidade

do trabalho de forma que se possa atingir à eficácia no trabalho

realizado está diretamente relacionada à identidade, à diversidade e

à autonomia. (OLIVEIRA, 2005, p.18)

A comunicação organizacional como sobrevivência empresarial apresenta que o

gestor de processos comunicacionais nas organizações empresariais da atualidade está

diretamente relacionada às ferramentas de marketing, quando estas dão ênfase na área

de relações públicas. (KELLER, 2006, p.43)

Essa forma de conduta está relacionada ao estilo de gestão que se aplica e suas

ações, e pode influenciar no desempenho dos liderados; este gestor terá que dar

exemplo para os demais, saber como falar com seus colaboradores, pois a maneira com

que irá tratá-los poderá refletir no relacionamento entre a “gerência x colaborador” e,

consequentemente, nas metas e objetivos da empresa.

23

CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL INTELECTUAL E DA GESTÃO

DO CONHECIMENTO DENTRO DOS PRECEITOS DA

EDUCAÇÃO CORPORATIVA

É fato que o conhecimento intrínseco ao ambiente de negócios possui a

aplicação e comprovação no negócio e estratégia de cada organização. Para ser

competitivo e apresentar um caráter diferencial em relação aos concorrentes se faz

necessário desenvolver habilidades que disseminem o conhecimento de maneira ágil e

flexível.

No Brasil, algumas empresas evoluíram e cresceram com base em

programas de capacitação bem concebidos e executados. Porém,

na maioria, essas mudanças ainda são superficiais. O que vem

mudando, e muito, é o valor investido nos programas educacionais

corporativos. Verdadeiras fortunas têm sido gastas, mas a maioria

dos programas de T&D continua desvinculada das estratégias de

negócio, agregando pouco valor aos resultados obtidos. Matéria

polêmica publicada pela revista Exame(“500 Maiores e Melhores”)

destacou as vultuosas quantias dos investimentos em

treinamento.(EBOLI, 2005, p.218)

No Brasil, as áreas de treinamento e desenvolvimento, T&D, através das

Universidades Corporativas possuem as suas ações completamente voltadas ao

ambiente de negócio de cada organização, por isso, procuram atuar no desenvolvimento

de competências essenciais.

24

Incorporar um conhecimento e posteriormente difundi-lo é possibilitar que haja

através de seus profissionais, clientes, ou seja, ao seu ambiente mercadológico uma

vascularização na organização do mercado, transformando esse conhecimento em

vantagem competitiva, gerando capital intelectual para as organizações.

A universidade corporativa apresenta um leque de ações bem dimensionadas,

oferecendo à empresa a redução de custos nos programas de educação continuada,

primando pela auto-sustentabilidade de forma que possa se obter lucro.

“A gestão do conhecimento é muito mais que tecnologia, mas a

tecnologia certamente faz parte da gestão do conhecimento. De

fato, a disponibilidade de certas tecnologias novas, como Lotus

Notes e a Internet, tem impulsionado o movimento da gestão do

conhecimento. Uma vez que o conhecimento e o valor de sua

utilização sempre estiverem conosco, deve ter sido o surgimento

dessas novas tecnologias que jogou lenha na fogueira do

conhecimento.(DAVENPORT, 1998, p.149)

As universidades corporativas procuram através da disseminação da cultura de

cada organização objetivar resultados corporativos permitindo assim um envolvimento de

todas as pessoas envolvidas em cada processo do mercado. Sendo assim, as

Universidades Corporativas utilizam a tecnologia e consequentemente obtém uma

vantagem competitiva.

Vivemos num mundo globalizado, e desenvolver competências que integram a

este mundo permite aos adultos profissionais/aluno a desenvolver capacidades

profissionais, que coroem de êxito o ambiente de mercado. As empresas podem aplicar

uma ampla variedades de tecnologias aos objetivos da gestão do conhecimento, pois a

25

tecnologia ajuda também na codificação do conhecimento, e ocasionalmente, até mesmo

em sua geração. (DAVENPORT, 1998, p.151)

26

CAPÍTULO IV

A CHEGADA AO MERCADO SEM QUALIFICAÇÕES

ADEQUADAS PARA ATUAÇÃO COMPETITIVA

A Comunicação Empresarial Interna é, constituída pelos processos

comunicativos realizados no interior das organizações, cujo propósito básico é

fazer com que os seus membros cumpram eficiente e eficazmente as tarefas, metas e

objetivos estabelecidos, possibilitando uma fluência na realização do trabalho, de forma a

vencer os entraves que venham dificultar a eficácia na realização das tarefas.

A chegada às empresas com qualificações adequadas otimiza os processos

laborais, fazendo com que as atividades do administrador e dos funcionários

envolvidos nesse processo sejam executadas com maior nível de integração. Isso

colabora, também, para que o trabalho em equipe, ou seja, o resultado das ações,

tornem-se maior.

Quanto mais complexa a empresa for, mais qualificada ela deve estar para

transmitir informações para seus funcionários. A ausência das qualificações adequadas

para a atuação competitiva ocasiona o desvio de objetivos estabelecidos.

Portanto, para que uma organização deixe claros os seus interesses para os seus

colaboradores, é preciso que a mensagem a ser transmitida seja clara, pois essa

objetividade da informação tornou-se um imperativo comercial, bem como intelectual no

mercado.

27

Nas empresas, a transferência de conhecimento deve ser de maneira objetiva

como uma forma de transmitir a missão e os valores corporativos, pois a prolixidade e a

ambigüidade afetam o entendimento dos colaboradores e, desse modo afetam também o

sucesso e o desenvolvimento dos trabalhos dentro de uma organização.

De acordo com os pressupostos analisados pelas Universidades Corporativas, o

método de ensino aprendizagem nas universidades tradicionais de ensino surge como

processo gerador de inadequação ao mercado de trabalho por apresentar ao adulto

profissional/aluno um ensino estático, que está longe da realidade do mercado.

Atualmente o adulto profissional/aluno que sai do ensino superior tradicional ao

ser admitido no mercado não está apto para atender às necessidades que o mesmo

espera. A empresa que adota esse profissional leva cerca de dois anos para adaptá-lo ao

ambiente de trabalho.

A universidade tradicional revela um ambiente educacional pouco produtivo. Por

estar baseada, na maioria das vezes em dados estáticos, a aprendizagem nas

universidades tradicionais não é contínua, não atende a um foco e também não prepara o

profissional a ter um leque de competências e habilidades onde ele possa conduzir

processos de transformação na empresa.

28

CAPÍTULO V

A EDUCAÇÃO CORPORATIVA ALINHADA ÀS ESTRATÉGIAS

EMPRESARIAIS E A CULTURA ORGANIZACIONAL

A comunicação organizacional eficaz se tornou um importante canal para

administradores e funcionários, pois, ao cumprir o seu papel de persuasão e integração

dentro da empresa, possibilita a melhor interação com o colaborador, a criação

de um ambiente mais favorável para a execução das tarefas, o cumprimento das metas

na corporação e a conquista de mercados externos; tudo isso por meio de uma

linguagem capaz de transformar mensagens em ações eficientes.

A abordagem comportamental da ciência administrativa propõe o abandono de

posições normativas e descritivas e a adoção de uma posição humanística e descritiva,

mantida portanto, a ênfase nas pessoas. Esta abordagem diferencia-se da apresentada

por Jonh B. Watson, que trabalhou o enfoque individual através da realização de

experimentos em laboratório, analisando a aprendizagem, o estímulo e reações, os

hábitos entre outros. (KELLER, 2006)

O método de Watson evoluiu para a análise comportamental de grupos, utilizada

por Kurt Lewin na chamada Psicologia Social, Teoria das Relações Humanas, e a seguir

para a Psicologia Organizacional em um sentido amplo, ainda que não desconsiderando

os pequenos grupos sociais. Desta forma, a Psicologia Organizacional contribuiu

29

decisivamente para o surgimento de uma teoria administrativa mais democrática e

humanística, a Teoria Comportamental da Administração.

Organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e

recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos. A estrutura

organizacional deve ser delineada de acordo com os objetivos e estratégias estabelecidas

pela empresa. (DJALMA, in MARCHESI, 2005)

A organização é uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas

pela empresa. A identificação das tarefas necessárias, assim como a organização das

funções e responsabilidades possibilita aos empregados terem medidas de desempenho

compatíveis com os objetivos da empresa. É pela estrutura organizacional que as

atividades de uma empresa são divididas, organizadas e coordenadas.

Há dois tipos de estrutura organizacional: formal e informal. Onde a estrutura

formal apresenta um planejamento e representação desse planejamento através de um

organograma. Já a estrutura informal apresenta relacionamentos não-documentados e

não-reconhecidos oficialmente entre os membros de uma organização que surgem

inevitavelmente em decorrência das necessidades pessoais e grupais dos empregados.

É na estrutura informal que há a maior possibilidade de ocorrências nas entraves

que levam a impossibilitar a eficiência e eficácia na qualidade do trabalho. Por estar

baseado nas pessoas a estrutura informal recebe influência subjetiva, e por ser inerente

ao sujeito acaba por ser instável, ficar na maioria das vezes fora de um controle de quem

o gere.

30

Possui uma autoridade que flui, na maioria das vezes, na horizontal, ou seja, é

instável porque é inerente ao sujeito e por isso está sujeita a ser influenciada pelas

emoções. Acaba desenvolvendo sistemas e canais de comunicação próprios que ficam

sujeitos a um líder informal abrindo brechas que acabam consequentemente ocasionando

entraves que impossibilitem uma boa fluência na comunicação, e, por conseguinte, uma

ineficácia e ineficiência no trabalho.

A comunicação interna nas empresas deve começar de cima para baixo e depois

se disseminar horizontalmente. É preciso que a empresa tenha um plano de comunicação

integrada. Há algumas empresas que pensam que comunicação interna não seja tão

importante quanto à comunicação com os clientes, e por isso acabam criando mais um

entrave para se atingir à eficiência e à eficácia na qualidade do trabalho. Quando não há

uma comunicação correta, o trabalho sempre será prejudicado.

Existe uma outra questão que é a do conhecimento interno que todas as

empresas têm, que é mais do que a soma de tudo o que todos sabem. Uma estratégia de

comunicação interna cuidar para que os colaboradores se conheçam e tenham noção das

habilidades e deficiências mútuas, e utilizando uma boa estrutura informal, se utilizar de

estímulos aos colaboradores de forma a manter um contato que servisse para nivelar por

cima o conhecimento interno da empresa.

A estrutura informal, porém não é de todo ruim, caso seja bem utilizada pelo

gestor proporciona uma rapidez no processo de execução do trabalho complementando a

estrutura formal, reduzindo a carga de comunicação dos chefes ao mesmo tempo em que

motiva e integra todas as pessoas que trabalham na empresa, gerando assim uma

melhoria do bem estar no ambiente de trabalho.

31

Seguindo essa direção sobre estrutura organizacional, sistemas, entraves que

impossibilitem a eficácia e a ineficiência do trabalho, e buscando a redução destes

entraves que ocorrem no ambiente de trabalho, se fez a análise à Teoria da

Contingência, que enfatiza que não há nada de absoluto, ou seja, tudo é relativo nas

organizações ou na teoria administrativa. Existe uma relação funcional entre as condições

do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos

nas organizações

Alguns destaques da Teoria da Contingência: a organização é de natureza

sistêmica, isto é, sistema aberto; suas características organizacionais apresentam uma

interação entre si e com o ambiente; as características ambientais funcionam como

variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis

dependentes.(CHIAVENATO, 2006)

O ambiente é um contexto que envolve a organização, neste caso o sistema. É a

situação dentro da qual uma organização está inserida. Como a organização é um

sistema aberto, ela mantém transações e intercâmbio com seu ambiente. Isso faz com

que tudo o que ocorra no ambiente venha a influenciar o que se passa na organização.

Ao lado do ambiente, a tecnologia constitui outra variável independente que influencia as

características organizacionais, que são as variáveis dependentes.

Além do impacto ambiental existe o impacto tecnológico sobre as organizações.

As organizações dependem da tecnologia para funcionar e alcançar seus objetivos. A

tecnologia pode ser vista por dois ângulos diferentes como: Tecnologia como variável

ambiental e Tecnologia como variável Organizacional.

32

A visão contingencial sugere que a organização é um sistema composto de sub-

sistemas e definido por limites que identificam em relação ao supra-sistema ambiental. A

visão contingencial verifica as relações dentro e entre os sub-sistemas, e entre a

organização e seu ambiente. Está voltada para desenhos organizacionais e sistemas

gerenciais adequados para cada situação específica.

A pesquisa de Lawrence e Lorsch foi realizada em 1972 é considerada o marco

da Teoria Contingencial. Foi um estudo multidimensional que considerou as empresas

como sistemas sociais e examinou as relações complexas entre a estrutura da

organização, o ambiente econômico e tecnológico da empresa, o comportamento dos

dirigentes na tomada de decisão e o desempenho da organização. À medida que os

sistemas crescem de tamanho, diferenciam-se em partes, e o funcionamento dessas

partes separadas tem de ser integrado para que o sistema inteiro seja viável.

(LAWRENCE & LORSCH, in CHIAVENATO, 2006, p.72).

Diferenciação e integração requeridas referem-se a predições do ambiente da

empresa. A empresa que mais se aproxima das características requeridas pelo ambiente

está mais sujeita ao sucesso do que a empresa que se afasta muito delas. Onde a

diferenciação apresenta que se os ambientes específicos diferirem quanto às demandas

que fazem, aparecerão diferenciações na estrutura e na abordagem empregada pelos

departamentos.

Enquanto a integração se refere ao processo gerado por pressões vindas do

ambiente global da organização, no sentido de ser alcançada unidade de esforços e de

coordenação entre os vários departamentos, ou subsistemas, com a finalidade de se

atingir os objetivos estabelecidos pela organização.

33

De uma maneira geral, a pesquisa concluiu que as indústrias com elevado

desempenho apresentavam maior ajustamento às necessidades do ambiente através da

alta diferenciação e integração interdepartamental, esta última obtida por meio de um

trabalho conjunto e integrado. A interação entre organização e ambiente, como elemento

da análise organizacional recebe ênfase como base para a compreensão da eficácia das

organizações, a partir da influência das abordagens de sistemas abertos. (CHIAVENATO,

2006, p.83).

Uma empresa bem organizada permitirá um bom fluxo de comunicação

melhorando o trabalho em conjunto por otimizar o tempo e melhorar a integração. O que

transmitimos raramente é exatamente o que a outra pessoa recebe. Quando a

mensagem transmitida não é a mensagem recebida, o resultado não é o que a empresa

espera, muda o foco, muda o objetivo da empresa que é ter êxito, atingir a eficácia e a

eficiência. Alguns desentendimentos ocorrem pela simples razão de que os indivíduos

envolvidos estão se comunicando destoantes do objetivo da empresa.

Ouvir é o grande segredo da alta qualidade da comunicação. Vivemos numa

sociedade orientada para o uso da informação, e para combater os entraves na

comunicação interna no ambiente de trabalho se faz necessário ter um feedback

contínuo, de tal modo que cada membro de equipe tenha um canal vivo de informação

acerca de como está se saindo, o qual pode usar para moldar um estilo de trabalho que

contribua para a eficácia máxima da equipe.

34

CONCLUSÃO

O mercado direcionado às questões tangíveis à Educação Corporativa apresenta

instrumenos que se baseiam em princípios de sucesso que atendam às melhores práticas

de atuação no mercado. Sendo assim a relevância do capital intelectual e da gestão do

conhecimento dentro dos preceitos da educação corporativa, no Contexto da Gestão

Empresarial no mercado de trabalho garantem a capacitação do conhecimento presente

na organização do mercado.

A problemática apresentada, “Seria a Educação Corporativa relevante por utilizar

a transformação do conhecimento em vantagem competitiva, gerando capital intelectual

para as organizações, já que os adultos chegam ao mercado sem qualificações

adequadas para atuar em um ambiente que valoriza cada vez mais competências

associadas à capacidade de abstração e síntese, soluções de problemas, relacionamento

interpessoal, trabalho em equipe, além da utilização eficaz de ferramentas modernas e

inovadoras, foi verificada.

O desenvolvimento de uma cultura organizacional inovadora é certamente um

dos maiores desafios que a organização pode enfrentar, pois trata de uma complexa rede

de comportamentos e artefatos

35

A criação de uma organização inovadora requer que a empresa desenvolva uma

visão voltada para a inovação. Esta visão deve ser transmitida pelas lideranças

organizacionais e ser compartilhada por todos os níveis funcionais.

O envolvimento e o comprometimento dos líderes e da alta gerência na

organização são fundamentais: neste sentido em que são os próprios gestores-chave que

devem atuar como modelos de comportamentos inovadores.

É preciso transformar a educação em ações, representada nos sistemas e

práticas que demonstram e reforçam o ambiente inovador, por meio da adoção de

comportamentos onde o risco, a experimentação, o erro e os fracassos sejam aceitos nas

práticas organizacionais.

A capacidade que a organização tem de assumir riscos e aceitar eventuais

fracassos é essencial, pois se torna excelente oportunidade para a aprendizagem e o

desenvolvimento do capital intelectual individual e organizacional.

Um fator de sucesso para os processos de inovação organizacional refere-se à

forma como a empresa gere seus recursos humanos e seus talentos, isto é, os estilos de

liderança organizacional e gerenciais adotados. Uma empresa inovadora deve contar não

somente com estratégia, estrutura, sistemas operacionais e cultura voltada para a

inovação.

36

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TERRA, José C. Portais Corporativos: múltiplos conceitos, perspectivas e desafios de

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39

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO

2

AGRADECIMENTO

3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Educação Corporativa: transformação do conhecimento em vantagem

competitiva 12

CAPÍTULO II - Gestão Empresarial no mercado de trabalho 17

CAPÍTULO III - A importância do capital intelectual e da gestão do conhecimento dentro

dos preceitos da educação corporativa 23

CAPÍTULO IV - A chegada ao mercado sem qualificações adequadas para atuação

competitiva 26

CAPÍTULO V - A Educação Corporativa alinhada às estratégias organizacionais e a

cultura organizacional 31

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

40

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A RELEVÂNCIA DO CAPITAL INTELECTUAL E DA GESTÃO DO

CONHECIMENTO DENTRO DOS PRECEITOS DA EDUCAÇÃO

CORPORATIVA

Por Geni Rosemar Martins

Monografia apresentada à Universidade Cândido Mendes, Faculdades Integradas AVM como requisito para obtenção do título de Pós -Graduado em Lato Sensu.

Prof. Orientador: Marcelo Saldanha Aprovada em: ______/______/______. ________________________________

Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

41

2011