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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A AÇÃO DO PEDAGOGO NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR
Por: Márcia Rita Coelho Bittencourt Cavalcanti
Orientador
Prof. Maria Poppe
Brasília
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A AÇÃO DO PEDAGOGO NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR;
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Educação
Infantil e Desenvolvimento
Por: Márcia Rita Coelho Bittencourt Cavalcanti
3
AGRADECIMENTOS
....a minha querida amiga Karine que
com sua primordial ajuda consegui
chegar ao fim deste trabalho.
4
DEDICATÓRIA
.....dedico este trabalho as minha amadas
filhas e marido que por eles superei todos
os obstáculos para chegar até aqui .
5
RESUMO
Ao serem internadas em um hospital, as crianças são separadas,
subitamente, da família, da escola, dos brinquedos, dos animais de estimação
e dos amigos.
A adaptação da criança a este ambiente estranho, com pessoas
desconhecidas, submetidas a procedimentos muitas vezes agressivos e
dolorosos, a presença de aparelhagem complexa e ameaçadora, geralmente
causam um grande trauma para a criança. Sentimentos como depressão,
angústia, tristeza e rebeldia por parte das crianças, são comumente
observadas nestes espaços.
Todo este quadro, fez-me refletir de que forma, educação e saúde, em
uma proposta multidisciplinar, poderiam propiciar às crianças hospitalizadas
um momento de prazer, de integração, de espontaneidade e de liberdade de
escolha, auxiliando na superação de conflitos existentes, pelo fato de estar em
um ambiente hospitalar.
Neste contexto, a Brinquedoteca seria uma forma de criar um ambiente
lúdico, com o envolvimento das crianças hospitalizadas e seus familiares,
buscando a possibilidade de diminuir a dor e aumentar a vontade de viver.
A ação do pedagogo, a meu ver, seria a de mediar essas relações e
interações. Penso a Brinquedoteca como forma de humanização, de
solidariedade e de socialização.
Portanto, por acreditar que a Brinquedoteca pode em muito
contribuir para o bem estar físico, psíquico e emocional de crianças
hospitalizadas, considero de grande relevância e significado para o
desenvolvimento do tema escolhido.
6
METODOLOGIA
Com o intuito de verificar a real inserção e atuação do pedagogo em
Brinquedotecas Hospitalares, tal estudo se caracterizou por uma pesquisa
além de qualitativa até então, agora quantitativa, em campo, de caráter
descritivo exploratório.
Foram analisados hospitais públicos nos municípios do Rio de Janeiro,
de Niterói e de São Gonçalo, quantificando primeiramente os que possuem
setor de internação pediátrica e em caso positivo, se a Brinquedoteca é parte
integrante do trabalho realizado com crianças hospitalizadas.
Posteriormente, foram analisados nestes hospitais que possuem
Brinquedotecas, e que nas quais possuam em seu quadro multidisciplinar, o
pedagogo inserido.
Como instrumento de coleta de dados, destacamos o check list,
conforme em anexo.
Tal pesquisa foi realizada em 27 hospitais nas esferas municipais,
estaduais e federais.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Importância do Brincar 10
CAPÍTULO II - Brinquedoteca: Definição,
Histórico e os Diferentes Tipos 15
CAPÍTULO III – A Equipe da Brinquedoteca
Hospitalar e a Atuação do Pedagogo 25
ANÁLISE E CONCLUSÃO 29
ANEXO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
ÍNDICE 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO 38
8
INTRODUÇÃO
A Declaração dos Direitos da Criança, instituída pela Organização das
Nações Unidas, em 1959, foi um marco importantíssimo para o resgate do
brincar, garantindo para todas as crianças, dentre vários aspectos, condições
de vida digna, proteção, alimentação e acesso à escola, saúde e lazer. No
Brasil, tais direitos e suas garantias foram reforçados com a Constituição
Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990.
A UNESCO, em 1966, no Fórum de Educação para todos, apresentou
quatro pilares para a educação, ressaltando a importância do brincar para a
criança e o adolescente. Através do brincar, a criança é capaz de aprender a
conhecer, a conviver, a fazer e a ser, desenvolvendo auto – conhecimento,
auto – estima, autonomia, independência e confiança.
O brincar estimula a representação da realidade. Ao representá-la, a
criança estará vivendo algo ou alguma situação remota e irreal naquele
momento. Favorece que a criança expresse sentimento de fantasias, medo e
conflitos.
Através da brincadeira a criança se apropria de conhecimentos que
possibilitarão sua ação sobre o meio em que se encontra, interagindo
consigo mesma e com o mundo que a rodeia.
A hospitalização traz sérios prejuízos ao desenvolvimento infantil. Além
das limitações impostas pela doença, a restrição do espaço físico e a
ausência de espaços adequados para brincar e de estímulos propícios ao
ritmo do desenvolvimento e de exploração do meio, podendo comprometer
seu desenvolvimento.
9
Segundo Cunha (1994), a Brinquedoteca Hospitalar não existe
somente para distrair a criança de sua doença e hospitalização, mas para
prepará-la para as novas situações, inclusive para a volta ao seu lar.
A idéia de se criar um ambiente hospitalar que, diferentemente de
representar uma ameaça, pudesse trazer conforto e bem-estar às crianças,
é que se vislumbrou a possibilidade de fazer da Brinquedoteca um espaço
de envolvimento coletivo, dissolvendo o clima de tensão existente, de
acordo com Matos ( 2006 ).
Acreditando que a Brinquedoteca Hospitalar seja justamente um
espaço adequado ao brincar e que pode favorecer o desenvolvimento bio-
psico-social da criança, possibilitando reafirmar sua condição de criança e
não apenas de paciente, além da atuação do pedagogo como facilitador
deste processo, julgo de grande relevância o tema abordado, possuindo um
caráter inovador, uma vez que se percebe a existência de poucos trabalhos
acadêmicos e artigos publicados sobre o mesmo, bem como literaturas a
respeito do assunto.
Boff ( 2000 ) cita que só o cuidado de um para com o outro humaniza
verdadeiramente a existência; e o cuidado é o modo próprio do ser
humano.
Nos capítulos a seguir, trataremos da importância da infância e do
brincar, o contexto histórico- social das brinquedotecas em seus diferentes
espaços, a especificidade das brinquedotecas hospitalares e a atuação do
pedagogo, como parte integrante da equipe multidisciplinar nestas
brinquedotecas, articulando, conduzindo e desenvolvendo o trabalho
pedagógico.
10
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns
séculos atrás. É importante salientar que a visão que se tem da criança é algo
historicamente construído, por isso é que se pode perceber os grandes
contrastes em relação ao sentimento de infância no decorrer dos tempos. O
que hoje pode parecer uma aberração, como a indiferença destinada à criança
pequena, há séculos atrás era algo absolutamente normal. Por maior
estranheza que se cause, a humanidade nem sempre viu a criança como um
ser em particular, e por muito tempo a tratou como um adulto em miniatura.
De um ser sem importância, quase imperceptível, a criança num
processo secular ocupa um maior destaque na sociedade, e a humanidade lhe
lança um novo olhar. Para entender melhor essa questão é preciso fazer um
levantamento histórico sobre o sentimento de infância, procurar defini-lo,
registrar o seu surgimento e a sua evolução. Segundo Áries:
o sentimento de infância não significa o mesmo que afeição
pelas crianças, corresponde à consciência da particularidade
infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a
criança do adulto, mesmo jovem ( 1978 : 99).
Nessa perspectiva o sentimento de infância é algo que caracteriza a
criança, a sua essência enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se
diferencia da do adulto, e portanto merece um olhar mais específico
11
Na antiguidade, as crianças se expressavam com mais liberdade,
porém não era dada a devida importância a afetividade.
Na era medieval, a criança não contava como membro da família.
Nesta época, a criança era vista como um adulto em miniatura, por possuir as
mesmas tarefas dos mais velhos.
Na transição entre Idade Média e a Moderna, ocorreram muitas
alterações acerca dos sentimentos pelas crianças, principalmente as de
família nobre. Estas crianças passaram a ser vistas como indivíduos frágeis e
ameaçados, carentes de cuidado. Enquanto isso, as crianças de classes
menos favorecidas continuavam a ser adultos de pequeno porte.
A partir do século XVIII, solidificou-se a discriminação social no sistema
educacional, demonstrando a diferença de classes, evidenciadas
principalmente pelas vestimentas e nas escolas.
Inicia-se uma fase de defesa a inocência infantil. Segundo Cruz (2003),
a criança passa a ser protegida para que não viva na permissividade e não
precise ser corrigida na fase adulta. Como característica da nova concepção
de infância, a criança passa a ser vista como um anjo, vestuários
diferenciados, a censura, a literatura com cunho disciplinador e a escola como
espaço de isolamento da criança do mundo adulto.
As escolas passam a ser organizadas de acordo com a idade das
crianças.
A família se constrói sobre a criança, sendo a instituição responsável
em protegê-la.
Com o advento do capitalismo, a criança torna-se um ser que precisa
ser cuidado e preparado para uma atuação posterior.
12
Atualmente, repensando a concepção de infância e a imensa
diversidade social que a cerca, é muito importante reconhecer a
heterogeneidade, considerando as especificidades infantis e as diferenças que
se destacam de acordo com as idades.
A concepção de infância como sujeito de direitos, onde a criança tem
sua constituição como ser histórico,social e cultural, com características e
necessidades diferentes dos adultos, passa a surgir com a modernidade,
segundo Aires (1981) e Kramer (1992,1998). Faz necessário valorizar as
experiências das crianças, contribuindo para seu desenvolvimento e ampliando
seus conhecimentos a respeito do mundo que as cercam. Desta forma, é de
suma importância findar com a concepção de uma criança igual, ideal, única e
universal e passar a assegurar o direito de ser diferente.
Partindo desta premissa, objetivando o desenvolvimento integral da
criança, de sua criatividade, aprendizagem e socialização, que o brincar torna-
se elemento essencial de equilíbrio, renovação de emoções e de necessidades
de descobertas e reinvenções.
O brincar é mais do que uma atividade sem conseqüência para a
criança. Brincando, ela não apenas se diverte, mas recria e interpreta o mundo
em que vive, se relacionando com esse mundo.
Por meio da brincadeira, a criança estabelece uma ponte entre o
imaginário e o real e passa a manipular a realidade, explorando suas emoções,
encontrando respostas e compreensão para o que antes lhe parecia tão difícil.
O brincar funciona como espaço de socialização e de interação com
outras crianças. É visto como elemento que propicia um resgate de
experiências vividas e a sua própria condição de criança, como uma marca
identitária, uma linguagem universal e que remete ao prazer, à alegria. Um
verdadeiro espaço de afetividade e democracia, onde há uma valorização das
13
experiências individuais e as reais possibilidades de escolhas, exercendo
assim sua autonomia.
É brincando que a criança se desenvolve e exerce suas
potencialidades. As situações lúdicas contêm muitos desafios que provocam o
pensamento e que levam à criança a alcançar níveis de desempenho que só
as ações por motivação intrínseca conseguem.
No brincar, a criança aprende fazendo¸ com espontaneidade, com
prazer pela aquisição do conhecimento, desenvolvendo a sociabilidade,
aprendendo a conviver respeitando o direito dos outros e as normas
estabelecidas pelo grupo.
Através do lúdico, prepara-se para o futuro, experimentando o mundo
ao seu redor, dentro dos limites que a sua condição atual permite.
Os brinquedos desafiam as crianças, são parceiros silenciosos, criando
possibilidades de descobertas e estimulando a auto – expressão. È preciso
haver tempo e espaço para que a criança possa brincar, soltando a
imaginação, inventando, sem medo de desgostar alguém, sem medo de ser
punida, sem medo de sua própria condição de criança.
Refletir sobre os diversos espaços da infância, permite focar o olhar
nas dimensões físicas e ambientais que consideramos os mais adequados
para a criança, ignorando muitas vezes que em outros espaços também
ocorrem encontros, desencontros, descobertas e trocas. Desta forma, é
preciso entender que espaços, embora prontos, idealizados e construídos
pelos adultos, não necessariamente garantirão relações humanas, pautadas
em sentimentos de respeito pela diversidade acerca da infância.
Vygostsky (1984) evoca a idéia de que, na infância, imaginação e
fantasia não são atividades ligadas somente ao prazer e que o brinquedo faz
14
parte componente de suas necessidades. O espaço em que a imaginação é
um campo privilegiado para planejar suas ações de criança, no brinquedo...
...as crianças operam com significados desligados dos
objetos e ações aos quais estão habitualmente
vinculados; entretanto, uma contradição muito
interessante surge, uma vez que, no brinquedo, ela inclui,
também, ações reais e objetos reais. Isso caracteriza a
natureza de transição da atividade do brinquedo ( ... ) a
criação de uma situação imaginária não é algo tão fortuito
na vida de uma criança; pelo contrário, é a primeira
manifestação da emancipação da criança em relação às
restrições situacionais.O primeiro paradoxo contido no
brinquedo é que a criança opera com um significado
alienado numa situação real. O segundo é que, no
brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço –
ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo
está unido ao prazer e ao mesmo tempo, aprende a
seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a
regras e, por conseguinte, renunciando ao que ela quer,
uma vez que a sujeição de regras e a renúncia à ação
impulsiva constituem o caminho para o prazer no
brinquedo. ( PP.129-130 )
Objetivando resgatar e garantir o direito à brincadeira e à infância,
direito este que está sendo de tantas maneiras desrespeitado, que considero
de suma importância um espaço privilegiado para estimular a criança a brincar,
possibilitando o acesso a brinquedos dos mais diversos, sendo convidada a
explorar, a sentir e a experimentar, dentro de um ambiente especialmente
lúdico, a própria Brinquedoteca.
15
CAPITULO II
BRINQUEDOTECA: DEFINIÇÃO, HISTÓRICO E OS
DIFERENTES TIPOS
A Brinquedoteca é um espaço criado para o favorecimento do brincar.
È um espaço onde crianças e adultos brincam livremente, com todo o estímulo
para manifestar suas potencialidades e necessidades lúdicas.
Resgatando o contexto histórico da Brinquedoteca, podemos citar seu
início em 1934, em Los Angeles, onde os empresários emprestavam
brinquedos para a comunidade
Em 1956, no Hospital Universitário de Umeo, na Suécia. A enfermeira
Ivonny Lindquist desenvolvia atividades com brinquedos na enfermaria
pediátrica.
A Lekotek ( ludoteca ) foi criada em 1963, em Estocolmo por duas
professoras, mães de crianças portadoras de necessidades especiais,
emprestando e orientando a utilização dos brinquedos.
Na Inglaterra foi criada a Toy Libraries, em 1967 com empréstimos de
brinquedos. Igualmente ocorreu na Ludoteca da Itália, em 1990.
Vale ressaltar a diferença entre ludoteca e brinquedoteca. A primeira
tem como objetivo o empréstimo de brinquedos, onde as crianças e/ou adultos
levam os brinquedos para casa e tem um prazo para devolvê-los, e a segunda,
como espaço próprio para o brincar.
16
Como característica comum a grande parte destes países, foi a de que
o trabalho específico com brinquedos, começou a ser desenvolvido a partir de
necessidades de ajudar a estimular crianças portadoras de necessidades
especiais.
Segundo Cunha (1981), aqueles que mais se preocupam com o
processo de aprendizagem e suas dificuldades são os que pesquisam e
valorizam o uso de brinquedos, pois vêem neles auxiliares indispensáveis ao
seu trabalho educacional.
No Brasil, em 1971, com a inauguração da APAE de São Paulo,
aconteceu uma grande exposição de brinquedos pedagógicos, com a
finalidade de mostrar aos pais de excepcionais, profissionais e estudantes, o
que havia de material disponível no mercado e a partir deste movimento foi
criado na APAE de São Paulo o Setor de Recursos Pedagógicos. E em 1973,
este setor implantou a Ludoteca, que consistia em fazer um rodízio de
brinquedos e materiais pedagógicos, provocando uma maior valorização da
utilização do brinquedo, não somente educadores, mas também médicos,
enfermeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos e demais
interessados nas grandes contribuições dos brinquedos em diversos contextos.
Com o passar dos anos, verificou-se que o brinquedo era muito mais
do que um recurso metodológico de tecnologia educacional. A importância do
brinquedo e do brincar, como até os dias de hoje, consiste no desenvolvimento
pleno de ser humano.
Em 1981 foi criada a primeira brinquedoteca no Brasil, pela pedagoga
Nylse Cunha, conforme nos conta em seu relato:
17
Descobrimos muitas coisas, aprendemos muito sobre
crianças e sobre o que elas sofrem. A cada dia havia um
caso novo para partilhar. Embora soubéssemos que
muitas coisas estariam envolvidas no dia a dia da
brinquedoteca, éramos surpreendidas por novos fatos e
por novas possibilidades que surgiam para alimentar o
nosso encantamento. O empréstimo de brinquedos para
as crianças levarem para casa foi um sucesso: os
brinquedos voltavam direitinho, pois as crianças queriam
trocá-los por outros. Alguns pais começaram a estranhar
o fato de terem que ajudar a tomar conta dos brinquedos,
pois as crianças não queriam perder o direito ao
empréstimo. Isso foi bom: pais aprenderam mais sobre
seus filhos e a família ficou enriquecida com a facilidade
das interações que os jogos proporcionavam. (2001,
PP.172 )
Conforme cita a autora, cada nova brinquedoteca que se abria,
representava um espaço a mais para o crescimento das crianças que eram
beneficiadas e especialmente dos adultos que a elas se dedicavam,
percebendo a grande importância de se trabalhar com uma variedade de
experiências vividas, despertando a criatividade e enriquecendo a vida de
todos os que dela participavam e participam até hoje.
Nas brinquedotecas as crianças brincam, criam, se expressam, com
vários brinquedos e com muita variedade de materiais, desafiando e
promovendo a inventividade, resgatando assim o direito à verdadeira
especialidade, que é a de ser diferente e único.
Apresenta-se como um espaço de participação coletiva, onde há um
resgate de experiências e exercício da cidadania e da autonomia,
18
possibilitando a reafirmação de sua condição de criança através da expressão
de sentimentos, medos e fantasias.
Inicialmente, a brinquedoteca foi criada para o empréstimo de
brinquedos.Com sua evolução e para atender as necessidades de cada país,
ao longo de sua expansão, passa a oferecer uma multiplicidade de serviços.
Conforme esclarece Kishimoto(1990, pp75) “cada brinquedoteca
apresenta o perfil da comunidade que lhe dá origem. Tais características
dependem do sistema de educação, dos valores adotados e dos serviços
oferecidos pelos países à sua população”.
A afirmação da autora colabora com o pensamento de que da
diversidade de brinquedotecas, há um objetivo em comum que une e as
diferenciam de outras instituições sociais, que é justamente o desenvolvimento
de atividades lúdicas e o empréstimo de brinquedos e jogos.
As Brinquedotecas tem como finalidade atender às necessidades
lúdicas e afetivas das crianças. Cada criança possui sua especificidade, está
inserida em um contexto sócio- histórico específico. Justamente por este
motivo, há diferentes tipos de brinquedotecas, em museus, favelas, circos,
escolas, shoppings, restaurantes, presídios, hospitais, circulantes terapêuticas
e demais instituições onde se vê a necessidade deste espaço propício ao
brincar.
As brinquedotecas nas escolas, por exemplo, tem como finalidade
suprir o espaço de brinquedos e jogos necessários às atividades pedagógicas,
estimulando a interação entre crianças, pais, professores e comunidade
escolar. Geralmente este tipo de brinquedoteca encontra-se em escolas de
educação infantil.
Já as brinquedotecas de comunidades atendem um público de um ou
mais bairros e são, normalmente, mantidas pelo governo, por associações ou
organizações filantrópicas. Atendem a população local, oferecendo serviços de
19
empréstimos de brinquedos, espaços de convivência e também atividades
complementares envolvendo toda a comunidade
As brinquedotecas circulantes levam brinquedos às crianças que
moram em locais distantes e se encontram em ônibus, caminhonetes, circos,
estantes com rodas, malas portáteis, permitindo que as crianças de periferias
usufram, por um período ainda que curto, de brinquedos e jogos.
Além desta diversidade de brinquedotecas, encontramos também
aquelas em presídios, destinadas a crianças que visitam os pais encarcerados,
justificando e reforçando a necessidade de cada grupo social, de cada
contexto histórico e social.
Como o objetivo central de estudo de pesquisa deste trabalho, cito um
específico tipo de brinquetoteca: a hospitalar, que tem como objetivos permitir
a interiorização e a expressão de vivência da criança doente por meio do
brincar, auxiliando na recuperação da criança hospitalizada e amenizando
traumas oriundos da internação, por meio da atividade lúdica.
2.1 BRINQUEDOTECA HOSPITALAR
A lei Federal nº 11.104 de 21 de março de 2005, dispõe sobre a
obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas hospitalares nas unidades de
saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. A lei
surgiu devido aos movimentos de humanização nos hospitais e tem como
simbologia a inserção do brinquedo neste ambiente, sendo concebido como
parte integrante de assistência e terapia às crianças e adolescentes
hospitalizados.
20
A criança hospitalizada quando sofre uma internação hospitalar, há
uma interrupção na rotina de vida, deixando-a insegura por estar privada de
seus parentes, amigos, brinquedos e tudo mais que lhe é familiar. Segundo
Paula e Foltran ( 2007 ) a internação promove uma série de alterações na
rotina e na vida da criança, por isso faz-se necessário uma atuação que
busque reduzir os efeitos da doença e do seu tratamento, acometendo muitas
vezes às crianças e adolescentes de forma global.
São muitas as conseqüências psicológicas de uma internação, assim
como alterações do sono, alimentação, comportamento, dificuldades escolares
logo após a alta, pela impossibilidade de dar continuidade aos estudos dentro
do hospital, o que nas brinquedotecas mais estruturadas, se resolve pela
intervenção psicopedagógica nesse período, com a classe hospitalar.
A criança doente, mesmo nesta condição, continua sendo criança, e
com o objetivo de garantir seu equilíbrio e desenvolvimento emocional,
intelectual e motor, o brincar é essencial, o que torna fundamental a existência
de brinquedoteca no hospital.
O brincar passa a ser uma atividade essencial à saúde física,
emocional e intelectual de todo ser humano. Uma das contribuições neste
sentido é realizada pelos Doutores da Alegria, que são palhaços que divertem
as crianças e os adolescentes nos hospitais brasileiros, são descritos por
Masetti (1988, pp119) que afirma:
A mudança de comportamento das
crianças é o resultado mais marcante do trabalho dos
palhaços. Em muitos casos, essas mudanças são
importantes. Crianças que estavam prostadas se
tornaram mais ativas. As quietas passaram a se
comunicar mais. As que choravam passaram a sorrir e
21
também a se queixar menos de dores. Observou-se
melhora e aumento de contato e colaboração com a
equipe e com o tratamento médico. Estes foram dois
aspecto significativos. As crianças passaram a se
alimentar melhor e aceitar mais as medicações e exames.
Segundo os profissionais, há também uma melhoria na
imagem da hospitalização em si. Modifica-se a percepção
do hospital como ambiente
O brincar visto como uma ação mediadora frente à situações adversas,
assim como a hospitalização. Além de ser um direito, o brincar contribui para
uma recuperação mais rápida e ajuda a criança a encontrar meios para
enfrentar seus medos e angústias.
É brincando que se desenvolve o equilíbrio e se refaz emoções vividas,
reinventando a realidade.
Winnicott (1975) baseado em sua experiência clínica de atendimento
ludoterápico com crianças, desenvolveu o conceito de fenômeno transicional,
consistindo em um espaço intermediário entre realidade interna e externa da
criança. Estas duas realidades, porém, devem coexistir e se relacionarem
independentemente uma da outra, sendo neste espaço intermediário que a
brincadeira acontece.
Muitas coisas acontecem ao mesmo tempo, dentro e fora da criança
hospitalizada, que ela não consegue controlar, esconder e entender.
Considerando tais questões, que se faz necessário o espaço
específico para tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor, oportunizando
situações de socialização e desenvolvimento da atenção, concentração,
afetividade e cognição.
22
A brinquedoteca hospitalar se caracteriza como um espaço onde a
criança hospitalizada pode brincar livremente, espontaneamente e
criativamente. Nas brinquedotecas hospitalares os pacientes aprendem a
compartilhar brinquedos, histórias, emoções, alegrias e tristezas sob a
condição de hospitalização. Permite uma maior aproximação entre pais e
filhos, pois além de garantir o direito de brincar é também um espaço de
cidadania, adquirindo noções de democracia e de direitos sociais, no que
tange o cuidado com o acervo de brinquedos, com a preservação do
patrimônio e do aprendizado do desprendimento e da posse dos brinquedos.
Como objetivos da brinquedoteca hospitalar, segundo Cunha (2001),
podemos citar:
• a preservação da saúde emocional da criança ou do adolescente
proporcionando oportunidade para brincar, jogar e encontrar
parceiros;
• preparar a criança para situações novas que irá enfrentar, levando-
a a situações lúdicas;
• preparar a criança para a volta para casa, após uma internação
prolongada e traumática;
• proporcionar condições para que a família e os amigos que vão
visitar a criança encontrem-se com ela em um ambiente favorável;
• dar continuidade à estimulação de seu desnvolvimento, pois a
internação poderá privá-la de oportunidades e experiências de que
necessite. Se a hospitalização for longa, pode ser necessário um
apoio pedagógico, como classe hospitalares, para que a criança
não fique defasada no seu processo de escolarização.
23
A brinquedoteca hospitalar rompe aos poucos as algemas do espaço
restrito fisicamente ao hospital e se expande, alonga e flexibiliza, por meio de
várias formas de brinquedos, ultrapassa fronteiras do tempo e do espaço e
acompanha a criança aonde quer que ela vá, mantém viva em sua lembrança
a imagem da brinquedoteca, o lugar de origem do brinquedo e de onde podem
vir muitos outros, como uma fonte inesgotável de alegria e renovação.
Em processo de busca e recuperação da saúde, é fundamental a
auto-estima, e essa vivência contribui decisivamente para fortalecer a auto-
imagem da criança. Ela não se sente sozinha e impotente, mas atuante e
ligada a outras pessoas por meio do brinquedo, algo que lhe é vital e muito
significativo.
È de suma importância que, na criação e no funcionamento da
Brinquedoteca Hospitalar, certos critérios sejam seguidos para que se
alcancem os objetivos:
• apoio da Direção do hospital
• disponibilidade de espaço físico
• definição dos objetivos da Brinquedoteca Hospitalar
• recursos materiais
• planejamento dos locais onde serão desenvolvidas as atividades
dos projetos
• planejamento destas atividades na Brinquedoteca Hospitalar
• recursos humanos interessados nesta participação
• participação da família na Brinquedoteca
24
• respeito às regras do hospital
• prevenção da contaminação hospitalar por meio dos brinquedos
• análise da repercussão da Brinquedoteca na qualidade de vida dos
pacientes atendidos e de suas famílias
• equipe responsável pela Brinquedoteca
Tais critérios só alcançarão seus objetivos se toda equipe que compõe
a Brinquedoteca estiver integrada, de forma multidisciplinar.
No próximo capítulo, analisaremos de que forma a equipe constituinte
da Brinquedoteca pode contribuir neste processo de humanização junto às
crianças hospitalizadas e de que forma o pedagogo estaria inserido neste
projeto.
25
CAPITULO III
A EQUIPE DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR E A
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
Segundo Andrade (1981), somente a existência de um espaço físico
destinado ao brincar, com recursos lúdicos disponíveis, bem montado, não é
suficiente para que seja garantido à criança a potencialização máxima da
brincadeira. É necessário que existam profissionais com formação prática e
teórica, com suficiente clareza do seu papel junto à criança, para uma real
atuação em sua brinquedoteca.
No tocante à Brinquedoteca Hospitalar, é de suma importância que a
equipe que ali irá atuar, tenha consciência da condição especial em que cada
criança se encontra, seus anseios e angústias, medos e incerteza e de que
modo esta equipe pode contribuir para o bem-estar físico e emocional da
criança hospitalizada.
Para o bom funcionamento de uma Brinquedoteca Hospitalar se faz
necessário requerer tarefas de responsabilidade bem específicas e distintas,
tais como a coordenação geral das atividades, o atendimento aos usuários da
Brinquedoteca e o atendimento aos pacientes que não podem sair do leito. É
importante ressaltar o planejamento dos locais onde serão desenvolvidas as
atividades, como serão estas atividades e que recursos humanos farão parte
da Brinquedoteca.
Podemos citar membros da equipe da Brinquedoteca : pedagogos,
psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, médicos, arteterapeutas,
psicomotricistas, contadores de histórias e outros profissionais afins.
26
O essencial é que estas pessoas estejam comprometidas de fato com
o trabalho e que disponham de um horário regular na Brinquedoteca. Ter
consciência que de quanto melhor for tais colaborações em nível organizativo,
mais chances tem a Brinquedoteca de expandir suas atividades recreativas,
educacionais e culturais, além de já significar o cumprmento de uma função
formativa e social.
Da concepção que cada membro da equipe tem da criança
hospitalizada, do seu brincar e dos brinquedos, nascem às atitudes frente às
brincadeiras e emergem uma prática concreta no dia-a-dia da Brinquedoteca
É importante que a equipe possa ir além de tarefas mais práticas como
elaboração de fichas, a compra de brinquedos e outras atividades deste tipo,
igualmente indispensáveis para o funcionamento da Brinquedoteca. É preciso
que a equipe tenha tempo destinado a discussões, planejar as atividades
desenvolvidas na Brinquedoteca e que supervisione também a manutenção
de todo o seu contexto. Bem como selecionar e treinar profissionais que
trabalharão na Brinquedoteca , como brinquedistas.
Percebo que tais funções são inerentes ao pedagogo, uma vez que
segundo Libanêo (2005), é um profissional qualificado para atuar em diversos
campos educativos para atender demandas sócio- educativas do tipo formal e
informal, decorrentes de novas realidades, não apenas na gestão, supervisão
e coordenação pedagógica de escolas, como também na pesquisa, na
administração dos sistemas de ensino, nos serviços de psicopedagogia, na
televisão, no rádio e, inclusive, nos hospitais, atuando sempre em um leque de
práticas educacionais.”...pedagogo é um profissional que lida com fatos,
estruturas, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias
modalidades e manifestações.”(p.183).
Em se tratando do contexto hospitalar e especialmente da
Brinquedoteca como espaço para brincar e para o desenvolvimento de outras
27
práticas pedagógicas, se faz de extrema necessidade e importância a atuação
do pedagogo, visando a adaptar condições de aprendizagem, bem como
oferecer oportunidade para o desenvolvimento de práticas pedagógicas
específicas, tendo em mente a sua significação em termos físicos e
emocionais.
Quando afirmamos que o brincar auxilia na superação de conflitos
existentes e pode propiciar melhores condições de desenvolvimento ao ser
humano, nos questionamos: como então favorecer por meio de espaços
planejados oportunidades de brincadeiras? Quem as planejará e idealizará
para serem efetivadas? Que profissionais se fazem necessários nesta
atuação?
Respeitando todos os profissionais que podem efetivamente
desenvolver atividades na Brinquedoteca, eu coloco aqui a questão que em
escolas que atendem crianças, desde creches até a educação básica como um
todo, o brincar se faz presente. E muitas delas com espaços próprios para
isso, inclusive com brinquedotecas. O profissional da educação, o pedagogo,
tem esta competência e habilidade já bem desenvolvida, pois sua ação prática
é também voltada para esta preparação em planejamento e atuação, bem
como, treinar, capacitar brinquedistas, planejar projetos e atividades, organizar
cursos e palestras para auxiliar familiares destas crianças hospitalizadas.
Libanêo (2005,p.179) afirma que:
“Há uma diversidade de práticas
educativas na sociedade e, em todas elas, desde que se
configurem como intencionais, está presente a ação
pedagógica. A contemporaneidade mostra uma
“sociedade pedagógica” (Beillerot, 1985), revelando
amplos campos de atuação pedagógica.”
28
E ainda aponta que:
“ Considerando-se a variedade de níveis de
atuação profissional do pedagogo, há que se convir que
os problemas , os modos de atuação e os requisitos de
exercício profissional nesses níveis não são
necessariamente da mesma natureza, ainda que todos
sejam modalidades de prática pedagógica. De fato, os
focos de atuação e as realidades com que lida, embora
se unifiquem em torno das questões do ensino, são
diferenciados, o que justifica a necessidade de formação
de profissionais da educação não diretamente docentes.
Ou seja, níveis distintos de prática pedagógica requerem
uma variedade de agentes pedagógicos e requisitos
específicos de exercício profissional que um sistema de
formação de educadores não pode ignorar. “
29
ANÁLISE E CONCLUSÃO
Para analisar a inserção do pedagogo em espaços não-escolares, como
nos hospitais e especificamente em Brinquedotecas Hospitalares , foi
realizada uma pesquisa em 27 (vinte e sete) hospitais, com o objetivo
inicialmente de perceber quantos destes possuem internação pediátrica, pelo
fato de ser o público alvo , como crianças e adolescentes, das atividades
realizadas em Brinquedoteca.
Dos 27 (vinte e sete ) hospitais pesquisados, 25 ( vinte e cinco)
possuem internação pediátrica.
30
Percebe-se, de acordo com o gráfico abaixo, que em apenas 52%
(cinqüenta e dois por cento) dos hospitais pesquisados, há brinquedotecas.
Em conformidade com a Lei Federal n 11.104, de 21 de março de 2005,
que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas
unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de
internação, podemos constatar que tal lei não é cumprida efetivamente nos
municípios pesquisados.
31
Embora exista um campo muito amplo para a atuação do pedagogo em
espaços não-escolares, é notório ,observando o gráfico, que nos hospitalais e
mais ainda, nas Brinquedotecas Hospitalares há pouca presença deste
profissional efetivamente.
Durante as entrevistas, constatou-se que os outros profissionais que
fazem parte da equipe multidisciplinar nos hospitais em atividades relacionadas
à brinquedoteca, são recreadores, animadores de festas, psicólogos e
terapeutas ocupacionais.
Vale ressaltar que nos hospitais onde há atuação do pedagogo, o
mesmo realiza uma proposta multidisciplinar com os profissionais citados
acima.
Repensando toda a pesquisa, percebe-se que a atuação do pedagogo
ainda não é tão valorizada em espaços não-escolares.
32
Libâneo (1999, p.59) cita:
Todos os educadores seriamente interessados nas ciências da educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar esforços em propostas de intervenção pedagógica nas várias esferas do educativo para enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo.
Diante dos desafios atuais no campo da Educação com mudança na
legislação, mudança do currículo dos cursos de Pedagogia, muitas polêmicas
giram em torno desses cursos e de qual seria sua função neste momento. A
Pedagogia deveria estar integrada ao ensino e a pesquisa, pois não é possível
pensar num pedagogo que não saiba, ou que não possa ensinar/pesquisar.
É imprescindível adequação do currículo a ser desenvolvido com a
formação do novo educador, que deverá, sobretudo, ser capaz de integrar a
dimensão técnica a uma preocupação com a ética, a estética, a política e a
prática cotidiana do fazer escolar (RIOS, p. 2002), ou de garantir a articulação
entre as abordagens da docência e da gestão do trabalho administrativo,
pedagógico e comunitário, desenvolvidos em espaços de educação formal e
não formal, evitando-se assim, a fragmentação na formação deste profissional.
33
ANEXO
CHECK LIST
HOSPITAL:______________________________________________________ MUNICÍPIO:_____________________________________________________ POSSUI SETOR DE INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA? ( ) SIM ( ) NÃO NO SETOR DE INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA, HÁ BRINQUEDOTECA? ( ) SIM ( ) NÃO EM CASO POSITIVO, HÁ ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO ESPAÇO DA BRINQUEDOTECA? ( ) SIM ( ) NÃO FAZEM PARTE DA EQUIPE INTEGRANTE DA BRINQUEDOTECA: ( ) PSICÓLOGOS ( ) TERAPEUTAS OCUPACIONAIS ( ) ENFERMEIROS ( ) TÉCNICOS DE SAÚDE ( ) MÉDICOS ( ) VOLUNTÁRIOS ( ) DEMAIS PROFISSIONAIS:________________________________
34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Janeiro:Guanabara,1981.
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obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que
ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação.Diário Oficial [da]
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LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê. 8.ed. São Paulo:
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WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade.1.ed.Rio de Janeiro:Editora
Imago,1975
37
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
A IMPORTÃNCIA DO BRINCAR 10
CAPÍTULO II
BRINQUEDOTECA; DEFINIÇÃO, HISTÓRICO E OS
DIFERENTES TIPOS 15
2.1 – Brinquedoteca hospitalar 19
ANÁLISE E CONCLUSÃO 29
ANEXOS 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
ÍNDICE 37
38
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: