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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSO”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL COM CRIANÇAS DE 2 A 4 ANOS COMO
FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Por: Luanda Gonçalves dos Santos Vicente
Orientadora
Profa. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSO”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL COM CRIANÇAS DE 2 A 4 ANOS COMO
FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicomotricidade.
Por: . Luanda Gonçalves dos Santos Vicente
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela força
espiritual que me proporcionou.
Aos amigos e parentes que me
incentivaram.
Aos professores e orientadora pela
dedicação, atenção e cuidado.
DEDICATÓRIA
.....Dedico este trabalho a todos aqueles
que de uma forma ou outra, incentivaram-
me a realizá-lo, em especial aos meus
pais e amigos, que me apoiaram nesta
jornada.
RESUMO
Esta pesquisa visa estudar a evolução da organização neurológica da
criança na Educação Infantil e relacionar o desenvolvimento psicomotor com o
processo de ensino aprendizagem com crianças de 2 a 4 anos. Por acreditar
que a psicomotricidade auxilia e capacita melhor a criança para uma melhor
assimilação das aprendizagens escolares, procurou-se identificar as estruturas
psicomotoras de base e também as condutas motoras de base, que darão
apoio ao trabalho psicomotor, sempre relacionado com o processo ensino
aprendizagem, sem esquecer que nenhuma criança é igual a outra. Seu
desenvolvimento sofre a influência do estatuto sócio-econômico, a
ascendência ética e cultural do seu meio familiar. Neste trabalho, fala-se sobre
a criança e a evolução da educação infantil, mas pouco adiantariam essas
informações, se esse trabalho em seu desenvolvimento, não tivesse uma
metodologia adequada e coerente, assim como um estudo sobre o
desenvolvimento psicomotor e a psicopedagogia na educação infantil,
finalizando com um conjunto de conclusões baseadas em estudo de diversos
autores para uma maior prevenção de algumas dificuldades acadêmicas.
METODOLOGIA
Para a elaboração desse trabalho, foram utilizados estudos e pesquisas
bibliográficas de vários autores que divulgam seus escritos em diferentes
fontes de informação (livros, periódicos, teses, outros), na busca da
fundamentação teórica necessária para o desenvolvimento do assunto
abordado. Que tratam do tema o desenvolvimento psicomotor na educação
infantil com crianças de 2 a 4 anos como facilitador no processo ensino-
aprendizagem, a fim de averiguar a importância da psicomotricidade e a sua
intervenção no contexto escolar, bem como a importância da motricidade das
crianças em seu desenvolvimento motor e cognitivo e intelectual.
Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-
se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada
sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornal,
boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico, com o objetivo
de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre
o mesmo.
Segundo Cervo e Bervian (1976, p. 69) qualquer tipo de pesquisa em
qualquer área do conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia,
quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação
teórica ou ainda para justificar os limites e contribuições da própria pesquisa.
Assim, afirmam que a pesquisa bibliográfica é um excelente meio de
formação e juntamente com a técnica de resumo de assunto ou revisão de
literatura, constituí geralmente o primeiro passo de toda pesquisa científica.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Desenvolvimento Psicomotor 11
CAPÍTULO II
Educação Infantil 19
CAPÍTULO III
Transtornos Psicomotores e Distúrbios na Aprendizagem 26
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 37
8
INTRODUÇÃO
As experiências de movimentos corporais ocorrem em qualquer lugar,
em qualquer tempo e praticamente durante a vida toda, proporcionando, um
processo de aprendizagem e de experiências motoras para o ser humano.
Entretanto, quando estas atividades são organizadas e praticadas tendo como
objetivo o desenvolvimento motor de crianças na Educação Infantil, surgem
várias características onde uma criança pode, por um momento, ter melhor
aprendizagem motora, quando comparada a outras crianças na mesma faixa
etária.
A criança utiliza seu corpo para demonstrar o que sente. Desde o
nascimento, a criança passa por diferentes fases nas quais adquire
conhecimentos e passa por diversas experiências até então chegar a sua vida
adulta. As primeiras reações afetivas da criança envolvem a satisfação de suas
necessidades e o equilíbrio fisiológico.
A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento
de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e
os seus interesses.
A educação psicomotora que diz respeito ao corpo em movimento
abrange todas as aprendizagens da criança, processando-se por etapas
progressivas e especificas conforme o desenvolvimento geral de cada
individuo. Assim, o ser humano através do seu corpo em movimento e em
relação ao mundo externo e interno mostra os caminhos que se pode explorar
favorecendo suas habilidades motoras e sua aprendizagem.
Neste contexto, o professor entra como mediador entre a criança e o
objeto de conhecimento, propiciando espaços e situações de aprendizagens
significativas que envolvam todas as capacidades afetivas, cognitivas,
emocionais, sociais e físicas. Curiosidades, interesse, alegria e motivação são
os pré-requisitos necessários à aprendizagem das crianças, assim, conforme
explicita Piaget, os professores podem guiá-las proporcionando-lhes os
9
materiais apropriados, mas o essencial, para que uma criança entenda, deve
construir ela mesma, cabe-lhe reinventar.
Esta monografia está dividida em 3 capítulos: No capítulo I será
abordado o Desenvolvimento Psicomotor. Onde será abordado O
Desenvolvimento da criança e a Psicomotricidade.
André Lapierre, afirma que a base da psicomotricidade relacional
consiste em criar um espaço de liberdade propício aos jogos e brincadeiras. O
objetivo é fazer a criança manifestar seus conflitos profundos, vivê-los
simbolicamente. No âmbito educativo, esse tipo de atuação serviria de
precaução contra o surgimento de distúrbios emocionais, motores e de
comunicação que dificultem a aprendizagem (LAPIERRE;
AUCOUTURIER,1986).
É por meio do movimento que a criança entrega os dados sensitivo-
sensoriais que lhe permitem adquirir a noção do seu corpo e a determinação
de sua lateralidade. O desenvolvimento psicomotor da criança gira em torno de
componentes fundamentais ao seu desenvolvimento.
A abordagem da Psicomotricidade no processo de ensino e
aprendizagem permite a compreensão da forma como a criança toma
consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele,
localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em
função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o
movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que
toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.
No Capítulo II será abordado a Educação Infantil. Será relatado as
dificuldades de aprendizagem e os resultados da aprendizagem na Educação
Infantil.
Para analisar o desenvolvimento psicomotor na Educação Infantil com
crianças de 2 a 4 anos, consideram-se as diferentes variáveis de acordo com
seus aspectos motores, afetivos e sociais, relevando a inter-relação entre as
crianças, as quais nesta fase pré-escolar apresentam-se insaturáveis em
conhecer, em experimentar, em desafiar e em se movimentar. As experiências
por elas vivenciadas, quando construídas em uma aula de Educação Física
10
que considera a importância dos significados de realização, dos sentidos
produzidos pelos alunos, isto é, dando ênfase aos interesses, anseios e
necessidades, muito provavelmente representarão uma experiência positiva na
vida do aluno.
A prática psicomotora e pedagógica visa contribuir para o
desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-aprendizagem,
para formação e estrutura do esquema corporal. E tem como objetivo principal
incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança.
Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam
e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os
educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de
destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.
Através do brincar no trabalho da educação psicomotora a criança
desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do
comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental
de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando
seus níveis de maturação biológica.
No Capítulo III será abordado as estruturas psicomotora de base e sua
relação coma aprendizagem. Onde será abordada a evolução neurológica na
Educação Infantil e a Influência do desenvolvimento Psicomotor na
Aprendizagem.
Por fim, este estudo, pretende promover um melhor entendimento e
discussão na questão motora em conjunto com o desenvolvimento infantil em
seus diversos aspectos no meio educacional. Aventamos a hipótese de que as
avaliações em relação aos aspectos motores podem ser compreendidas por
meio de atividades motoras. Desta forma, as avaliações, podem ser realizadas
por intermédio de jogos e brincadeiras em ambiente natural das aulas de
Educação Física.
11
CAPÍTULO I
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
O desenvolvimento psicomotor da criança já se inicia na gestação com
pequenos movimentos. O esquema corporal é definido pela área da
psicomotricidade como a organização de estruturas cerebrais que ao individuo
a capacidade funcional, ou seja, o conhecimento progressivo das partes e
funções do corpo, a partir de etapas sucessivas, determinadas pela maturação
neurocortical e pela relação da pessoa com o meio físico e humano.
O desenvolvimento mental infantil está ligado ao desenvolvimento motor
que é extremamente fundamental, significa que a criança tem que ser capaz
de controlar seu próprio corpo. Disso também depende sua saúde física e
mental, afinal é através do corpo que a criança brinca e ganha recursos
adequados para sua sociabilidade, garantindo sua independência e ainda
contribuindo para que tenha um bom conceito de si mesmo.
Na mobilidade corporal atuam um conjunto de músculos que fazem parte
da ação coordenada do tipo voluntário, nesta ação observa-se o
amadurecimento das estruturas neurais dos ossos, tendões e alguns tecidos
corpóreos que juntos desencadeiam a coordenação motora. Porém isso não
significa que devamos pressionar a criança para que realize movimentos
prematuros, porque isso poderia desencadear uma série de efeitos
desfavoráveis que poderiam acabar por deixar a criança retraída, cheia de
temores e tensões.
O papel da família, escola e de todos os adultos que cuidam da criança do
decorrer de seu desenvolvimento é de suma importância, pois a estimulação
precoce incentiva essa cadeia muscular e adquirir destreza e reflexos.
O desenvolvimento motor é observado desde o terceiro mês de gestação,
quando o feto começa a movimentar membros inferiores e superiores, depois
no quarto mês observamos os famosos “pontapés” dos quais as mamães se
referem.
12
A coordenação dinâmica global e o equilíbrio são resultados de uma
sintonia perfeita entre ações musculares em repouso e em movimentos.
A tomada de consciência do corpo requer a atuação de habilidades
cognitivas especificas por esse motivo o desenvolvimento motor no decorrer
dos primeiros anos de vida da criança, está em estreita relação com a
inteligência, pois geralmente a criança que apresenta uma dificuldade motora,
pode sofrer um atraso no seu desenvolvimento intelectual.
O equilíbrio efetua-se através de exercícios para o equilíbrio dinâmico e
estático. A postura constitui o padrão motor básico que garante a posição do
corpo em seu equilíbrio energético o centro de gravidade. Existem conexões
correspondentes a mecanismos de auto-regulamentação entre cerebelo e os
centro superiores córtex cerebral onde se encontram os esquemas de conduta
motora mais diferenciados. Por esse motivo a postura básica deve ser
respeitada em qualquer movimento.
De acordo com indicações de Condemarin (1989), os exercícios para o
desenvolvimento da coordenação dinâmica global são realizados com a
finalidade de aperfeiçoar o automatismo corporal. Entre estes exercícios a
autora cita: a marcha, engatinhar, arrastar-se, marcha sobre uma barra de
madeira, exercícios que promovam o equilíbrio estático e dinâmico, o balancim,
a cama elástica, pular corda, jogar bola, relaxamento, flexões entre outros. A
falta de habilidades na criança é resultado de uma variedade de fatores, como:
estado físico, constituição somática, grau de inteligência, oportunidade para
desenvolver controle muscular e incentivo para conseguir esse
desenvolvimento.
Algumas causas podem ser as responsáveis pela deficiência do
desenvolvimento motor, podemos citar as de origem neurológica,
deficiência no controle dos esfíncteres, problemas de parto, meio ambiente,
atraso na educação de hábitos de higiene, todas essas variáveis resultam em
problemas de ordem emocional podendo variar desde a timidez até as
alterações de conduta e formação de personalidade. Com o acompanhamento
de profissionais ligados às áreas de movimentação corporal, a habilidade pode
melhorar muito em termos de velocidade, firmeza e força.
13
Segundo Le Boulcht (1990, p.58) comenta:
O estágio de 2 aos 6 anos é um período que a criança
via associar a satisfação da necessidade a uma causa
exterior a ele. Estabelecerá ligações cada vez mais
preciosas entre seus desejos, traduções
infraconsciente da organização pulsional de seu corpo e
as circunstancias externas. Viverá como o receptor e o
emissor dos fenômenos emocionais, que se expressam
além das simples descargas tônicas, por verdadeiro
ajustamento mínimo e postural.
Entende-se por desenvolvimento humano o desenvolvimento integrado
do crescimento, da maturação, das experiências pelas quais o indivíduo passa
e a adaptação desse corpo no ambiente, respeitando-se as individualidades de
cada pessoa, sua herança única, bem como as condições ambientais nas
quais esse indivíduo está inserido. Esse desenvolvimento humano inclui-se os
aspectos físicos ou motor, afetivo-social ou relacional e cognitivo. O
desenvolvimento psicomotor caracteriza-se pela maturação que integra o
movimento, o ritmo, a construção espacial, o reconhecimento dos objetos, das
posições, a imagem do nosso corpo e a palavra.
1.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO.
Pode ser considerado não apenas por classificações cronológicas, mas
por etapas ou estágios que apresentam características de um processo
relacional, não fixos segundo a maturação do indivíduo.
O desenvolvimento humano ainda segue alguns princípios básicos, pois
referem-se a qualquer indivíduo em todas as faixas econômicas e culturais.
(Jocian M. Bueno, 1998, p. 33).
Desenvolvimento céfalo-caudal – O desenvolvimento é ordenado e
previsível, onde as primeiras aquisições se iniciam na região da cabeça e
evoluem em direção aos pés. O sistema nervoso também se desenvolve dessa
forma.
14
Desenvolvimento próximo-distal – Segue a direção da região central
para as extremidades. O controle processa-se do tronco para os braços, mãos
e dedos.
Desenvolvimento geral paraespecífico – Também em relação aos
comportamentos como no controle motor, em que havera´controle da
musculatura grossa antes dos movimentos da musculatura fina. Em outros
termos, os movimentos vão ser simples e generalizados no início e específicos
e refinados futurante.
1.2 OS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR.
Como em outras áreas da educação, também na psicomotricidade, o
educador deve conhecer e ter sempre em mente os principais aspectos do
desenvolvimento psicomotor em cada faixa etária.
Um desnível na estimulação, com o conseqüente amadurecimento
numa das áreas em detrimento das outras, pode dar origem a
desajustamentos, disfunções e distúrbios psicomotores que irão afetar o
processo de integração do indivíduo na sociedade.
1.2.1 ESQUEMA CORPORAL
Para BUENO (1998, p. 57) o esquema corporal é um elemento básico
indispensável para a formação da personalidade de cada criança, sendo seu
núcleo central, pois reflete o equilíbrio entre as funções psicomotoras e sua
maturidade. A consciência do corpo é alcançada pela percepção do mundo
exterior, da mesma forma que a consciência do mundo exterior acontece por
meio do corpo.
15
1.2.2 LATERALIDADE
Segundo BUENO (1998, p. 59) É a capacidade motora de percepção
integrada dos dois lados do corpo, direito e esquerdo. É o elemento
fundamental de relação e orientação com o mundo exterior.
A lateralidade liga-se ao desenvolvimento corporal. A predominância de
um dos lados do corpo se faz em função do hemisfério cerebral. Os
movimentos preferenciais de um dos lados de seu corpo determinam se o
indivíduo é destro ou sinistro.
1.2.3 ORIENTAÇÃO ESPACIAL
É perceber as posições, direções, distancias, tamanhos, o movimento e
a forma dos corpos, enfim, todos os caracteres geométricos dos corpos.
Orientar-se no espaço é ver as coisas no espaço, em relação a si
próprio, é dirigir-se, é avaliar os movimentos a adaptá-los ao espaço vivido, ou
seja, situar e agir correspondentemente.
Essas noções não são exatas, pois se elaboram e se constroem
paulatinamente. O desenvolvimento da orientação espacial está intimamente
ligado ao desenvolvimento motor e ao esquema corporal. Esta orientação se
faz a medida que a criança começa a movimenta-se mais livremente,
movimentar a cabeça, estender os braços para pegar objetos, andar, etc.
O espaço se estrutura, em referencia ao próprio corpo e se organiza,
através de dados proporcionando pelo esquema corporal e pela experiência
pessoal.
O que caracteriza o espaço é a coexistência de todas as partes com a
simultaneidade dos corpos. Não existindo a noção espacial, dificilmente a
criança terá um comportamento de adaptação ao meio ambiente, e percepção
das coisas. A visão é um dos órgãos que dá muita noção espacial. (LEVIM,
1999 P. 48).
16
1.2.4 ORIENTAÇÃO TEMPORAL
Orientar-se no tempo é situar o presente em relação a um antes, e a um
depois, é avaliar o movimento no tempo, distinguir o rápido e o lento; esta é
uma noção que se forma juntamente com as noções espaciais.
A percepção do tempo é mais complexa que a do espaço e se manifesta
mais tarde, através de momentos concretos de experiências. A dificuldade de
orientação Temporal será mais ligada ao saber ouvir, enquanto que a Espacial
ao saber ver.
O tempo é a coordenação dos movimentos, que se trate dos
deslocamentos físicos ou movimentos no espaço; que se trate destes
movimentos internos que são ações simplesmente esboçadas, antecipadas ou
reconstituídas pela memória mas cujo desfecho e objetivo final é também
espacial. (BORGES, 2002 p. 45)
1.3 A PSICOMOTRICIDADE
A psicomotricidade inicialmente compreendia o corpo nos seus aspectos
neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e sincronizando-
se no tempo e espaço. A psicomotricidade é o relacionar-se por meio da ação,
como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o
ser espírito, o ser natureza na sua totalidade. Diversos autores apresentaram
conceitos relacionados à Psicomotricidade, destacam-se Jean Le Boulch,
André Lapierre, Bernard Aucouturier, Piaget, Ajuriaguerra, Vitor da Fonseca,
além de outros. Sua definição é extremamente objetiva, como nos aponta
Mello (1996) “uma ciência que tem por objetivo o estudo do homem, através do
seu corpo em movimento, nas relações com seu mundo interno e externo”.
A psicomotricidade está associada ao seu desenvolvimento afetivo,
cognitivo e psicomotor. A psicomotricidade conquistou, assim, uma expressão
significativa, já que se traduz em solidariedade profunda e original entre o
pensamento e a atividade motora. Vitor da Fonseca (1988, p. 52 ) aborda que
a psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da
motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um
17
instrumento privilegiado por meio do qual a consciência se forma e se
materializa.
Trata-se de conceber educativa, reeducativa e terapeuticamente a
psicomotricidade como um processo relacional e inteligível entre situação e
ação, entre estímulos e respostas, numa linguagem mais específica, entre
gnosias e praxias. Isto é, a psicomotricidade subentende uma concepção
holística do ser humano, e fundamentalmente de sua aprendizagem, que tem
por finalidade associar dinamicamente o ato ao pensamento, o gesto à palavra
e as emoções aos símbolos e conceitos; ou, numa linguagem mais
neurocientífica, associar o corpo, o cérebro e os ecossistemas envolventes, ou
seja, tudo o que faz um movimento ser inteligente ou psiquicamente elaborado
e controlado (FONSECA, 2004, p. 10).
Assim, sua abrangente fundamentação multidisciplinar, como aborda
Mello (1996, p. 29), apresenta uma relevante contribuição por um amplo
conjunto de campos científicos, onde se pode destacar a Neurofisiologia, a
Psiquiatria, a Psicologia, Educação e até mesmo a Medicina. A
psicomotricidade pode intervir em inúmeros campos de atuação e intervenção
reeducativa, terapêutica e educacional. São considerados: debilidade motora,
atraso e instabilidade psicomotora, dispraxias, distúrbios do tônus da postura,
do equilíbrio e da coordenação, deficiências perceptivo-motoras, grandes
perturbações, deficiência escolar, motora dentre outros, como aponta Fonseca,
(1988, p. 38). Entretanto, cabe a Educação Física buscar sua finalidade e
representação na educação psicomotora.
Segundo Bracht (2002, p. 33), a motricidade humana traz consigo toda
uma significação de nossa existência. Há uma extrema coerência entre o que
somos, pensamos, acreditamos ou sentimos, e aquilo que expressamos por
meio de pequenos gestos, atitudes, posturas ou movimentos mais amplos. A
psicomotricidade foi uma das tendências a ter mais força entre os profissionais
da educação física em contrapartida ao modelo esportivo, já que suas idéias
se contrapunham à mecanização e ao rendimento motor. Daolio (1998, p. 54)
afirma que a psicomotricidade não foi uma tendência exclusiva da área da
18
educação física, mas também da pedagogia, psicologia e psicopedagogia.
Além disso, com o discurso de “educação pelo movimento”, a educação física
deixou para segundo plano os conteúdos até então trabalhados e passou a
priorizar conhecimentos de outras disciplinas, como matemática e português,
como maneira de trabalhar com os alunos os conhecimentos de outras
disciplinas na aula.
19
CAPÍTULO II
EDUCAÇÃO INFANTIL
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que tem por
objetivo possibilitar aos sistemas de ensino a aplicação dos princípios
educacionais constantes na Constituição Federal. A LDB é, portanto, uma Lei
que rege os sistemas de ensino. No Capítulo 2 deste documento está presente
o parágrafo 3.º onde encontramos: “A educação física, integrada à proposta
pedagógica da escola, é componente obrigatório na Educação Básica,
(BRASIL, 1996). Como podemos observar, a educação física está legalmente
inserida na educação infantil, pois esta é a primeira etapa da Educação Básica.
Assim, observa-se que a Educação Infantil não só pode como deve,
unir-se às diversas áreas de conhecimento em seu plano pedagógico, para que
a criança possa realmente ser vista como um ser indivisível e para que haja a
interação que contribua com sua formação integral. A Educação Física é
reconhecidamente uma dessas áreas em que urge unir-se à educação infantil.
De acordo com a Lei 9.394/96 a educação Infantil se constitui na
primeira etapa da educação básica e deverá ser oferecida em creches para
criança até 3 anos, é desenvolvida uma prática psicomotora educativa para
essa faixa etária. Bernard Aucouturier, um referencial teórico baseia-se nos
embasamento do Curso de Formação em Prática Psicomotora Educativa.
Segundo AUCOUTURIER (1996, p.32), a educação psicomotora é um
processo de maturação psicológica que a criança percorre do seu nascimento
até os sete anos. Nesse período constata-se que a sensação, o tônus e o
movimento estão intimamente interligados constituindo-se na origem da
representação mental.
A partir dos trabalhos dos psicomotricista de Dupré, Schilder, Wallon,
Piaget, Ajuriaguerra, entre outros, eles foram construindo estudos coerentes
teóricos e práticos, que hoje eles alcançaram um lugar em destaque na área
da educação infantil.
20
As instituições escolares vêm cada vez mais valorizando e estimulando
o desenvolvimento psicomotor da criança, buscando como objetivo principal de
transformar num se ativo, capaz de expressar suas potencialidades de forma
dinâmica e integrada. Este trabalho faz refletir sobre as mudanças que vem
ocorrendo na educação infantil.
Sobre a função que as instituições devem cumprir, segundo Moysés
Kuhlmann Jr. (2000, p.57) comenta:
Se a criança vem ao mundo e se desenvolve em interação com
a realidade social, cultural e natural, é possível pensar uma
proposta educacional que lhe permite conhecer esse mundo, a
partir do profundo respeito por ela. Ainda não é momento de
sistematizar o mundo para apresentá-lo à criança: trata-se de
vivê-lo, de proporcionar-lhe experiências ricas e diversificadas.
2.1 A EDUCAÇÃO INFANTIL E A NOVA LEI DE DIRETRIZES E
BASES
A nova lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei 9.394) – LDB
promulgada em dezembro de 1996, reconhece a necessidade de que a
educação promova a integração entre os aspectos físicos, emocionais,
cognitivos e sociais da criança.
No Art. 29 do capítulo sobre Educação Básica, seção II, a educação
infantil é vista como a primeira etapa básica, que tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos em seus aspectos físico,
psicológico e social, complementando a ação da família e da comunidade.
(MINISTÉRIO DA EDUICAÇÃO E DO DESPORTO, 1996).
Os avanços nas teorias do desenvolvimento infantil forneceram uma
nova imagem da primeira infância e de suas necessidades, evidenciando os
aspectos cognitivo de desenvolvimento, estratégias que guiam o
desenvolvimento de competências cognitivas e os aspectos relacionais/afetivos
que promovem processos perceptivos e de pensamento. Esses estudos
revelam também a relação entre a necessidade da criança em explorar
21
livremente o meio ao seu redor e a segurança afetiva dada pelo adulto a sua
volta.
A socialização, a autonomia e a capacitação de construir o mundo
explorando-o são aspectos dessa imagem da primeira infância e também
objetivos educacionais. Dessa forma, existe uma especificidade da educação
infantil, na qual há necessidade da criança a serem respeitadas e satisfeitas a
serem oferecidas e incentivadas.
Podemos considerar que, na perspectiva de Piaget o papel do professor
é o de propor situações de desequilíbrios, aguçando a curiosidade de suas
crianças para novas descobertas, novos conhecimentos, favorecendo um
ambiente em que a criança encontre liberdade para falar, trocar experiências,
discutir questões em grupo, ouvir histórias, representar, encenar situações,
sentir-se desafiada e principalmente encorajada a vencer desafios.
Freire ainda complementa que "Numa situação voltada para autonomia
e para o pensamento crítico, os professores ensinam as crianças a serem
atentas, não só ao que se passa a sua volta mas ao que se passa com elas
mesma, nas ações que realizam.(1992, p. 192).
Segundo Vygotsky (1989, p. 68), a autonomia se constrói nas relações
com os outros, é um processo inter subjetivo. Ocorre no plano pessoal (interno)
e interpessoal.
Na educação infantil, as estratégias que orientam a ação do adulto
devem promover e facilitar as experiências das crianças, procurando
aprofundar a articular suas atividades produtivas como, o rabisco, as histórias
construídas livremente, as atividades motoras, identificando situações inéditas
que possam incentivá-la a explorar e a transformar seu ambiente.
O educador, é um facilitador das trocas entre crianças e adultos, sendo
sensível ao acolher pedidos, respeitador das necessidades e preferências
individuais, dotado de empatia para se relacionar e funcionar como elemento
estruturante de uma realidade que ainda se mostra fragmentada para a
criança. Sua atitude deve promover o despertar do interesse para a busca dos
espaços e para o mundo colorido dos objetivos, incentivando-a tocá-lo,
manipulá-lo, e principalmente, a transformá-lo.
22
Ao estabelecer um clima de segurança, confiança, afetividade, incentivo
e limites colocados de forma sincera, clara e afetiva, a criança se encontra
acompanhada e sustentada na conquista progressiva do conhecimento. E
nesse processo, a manipulação e exploração dos materiais é fundamental
importância, já que o processo de descoberta pode ser solicitado, mas não
imposto ou encenado. (Carlos Alberto M.Ferreira, 2000, p. 88).
Uma forte corrente pedagógica influenciou o avanço da educação que
está diretamente ligado a evolução da própria sociedade. Entre elas,
destacam-se as idéias da Escola Nova que valoriza a autoformação e a
atividade espontânea, pessoal e produtiva da criança, contribuindo, assim,
para uma nova preocupação da educação. Não podemos ignorar o importante
papel da escola, de formar cidadãos críticos e ativos que possam, mais tarde,
enfrentar e resolver os problemas da sociedade e não ficarem submissos a
eles. A escola é um lugar de formação do cidadão, um ser que age, fala e
desenvolve a sua criatividade, tomando para si as responsabilidades que lhe
são inerentes. Neste sentido, a escola deve ser um lugar de democracia, de
criação e de aprendizagem.
Segundo a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (2009, p. 10):
A criança que tem o privilégio de fazer parte de uma
Educação Infantil que enfatize as brincadeiras em seus
planejamentos, certamente não encontrará dificuldades no
processo de alfabetização, pois aprendeu de forma concreta,
aquilo que no tempo certo irá colocar no papel. Em
controvérsia, quando esta fase não é trabalhada, os danos
se estenderão por boa parte - ou toda - a vida escolar da
criança. “A alfabetização pode e deve ser trabalhada na
Educação Infantil, desde que isto aconteça de forma lúdica
respeitando a idade e o tempo da criança”.
2.2 A APRENDIZAGEM
A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o
indivíduo, que se expressa, diante de uma situação-problema, sob a forma de
uma mudança de comportamento em função da experiência. A construção do
23
conhecimento não é algo adquirido de fora para dentro. Dependendo das
ações sensório-motoras que, coordenadas, ativam, organizam e estruturam o
sistema nervoso do organismo humano. Ao agir sobre o mundo, a criança
aprende a controlá-lo.
As experiências motoras da criança são decisivas na elaboração
progressiva dessas estruturas que aos poucos dão origem as formas
superiores de raciocínio, isto é, em cada fase do desenvolvimento, ela
consegue uma determinada organização mental que lhe permite lidar com o
ambiente. Podemos assim dizer que, em termos de evolução, a motricidade é
uma condição de adaptação vital. Sua essência reside no fato de nela o
pensamento poder manifestar-se. A pobreza de seu campo de exploração irá
retardar e limitar a capacidade perceptiva do indivíduo. (Carlos Alberto
M.Ferreira, 2000, p. 45).
O processo maturacional tem leis e princípios universais, os quais
lhe imprimem certas características peculiares. Em conformidade com essa
evolução, vai do simples até o complexo, do que o reflexo para o voluntário e
pode ser dividida em sistemas de estimulação, integração e resposta. A função
do sistema de estimulação é coletar por meio dos órgãos sensoriais as
informações ambientais (internas e externas ao organismo) e transmitir essas
informações para o sistema de integração. A função do sistema de integração
relaciona-se com a identificação, seleção, integração, armazenamento e uso
de informações: é responsável pela percepção, memória, intelecto, formulação,
de atividades motoras e consciência. Porém,quando osistema nervoso
apresenta qualquer alteração, por menor que seja, esta é interpretada num
transtorno maturativo que impedirá o aparecimento de uma correta integração
funcional. Segundo LAGRANGE (1977, p. 27) comenta:
Se as sensações e as percepções forem imprecisas ou
inexatas, a análise será obrigatoriamente falsa, a
resposta não atingirá o seu alvo e a criança terá um
comportamento mal adaptado. ...a criança não pode
passar da atividade informal e global a uma atividade
mais consciente, mais ordenada e mais dominada.
24
Para LURIA (apud FONSECA, 1992 P. 236)
A praxia tem como principal missão a realização dos
movimentos globais complexos, que se desenrolam
num certo período de tempo e que exige a atividade
conjunta de vários grupos musculares.
De acordo com Negrine (1980, p. 56), os exercícios psicomotores são
uma das aprendizagens escolares básicas porque são determinantes para a
aprendizagem da escrita e da leitura.
Estudos mostram que muitas das dificuldades em escrita podem ser
prevenidas por meio de atividades motoras, assim sendo podemos afirmar
que, por meio de jogos podemos contribuir na melhora do desempenho em
escrita nas séries iniciais da alfabetização. Os exercícios psicomotores devem
ser uma das aprendizagens escolares básicas, pois são determinantes na
aprendizagem da escrita. Isso significa que o jogo e o brinquedo atuam na
prevenção das dificuldades advindas do desenvolvimento inadequado do
corpo, sendo, portanto, um valioso instrumento nas escolas quando adaptado
às fases do desenvolvimento infantil.
Fonseca (1983, apud CEZAR; PEREIRA; ESTEVES, 2008, p. 2) afirma
que,
na aprendizagem da leitura e da escrita a criança deverá
obedecer ao tempo de sucessão das letras, dos sons e das
palavras, fato este que destaca a influência da estruturação
temporal para a adaptação escolar e para a aprendizagem.
2.3 A IMPORTANCIA DA LUDICIDADE NA APRENDIZAGEM
A ludicidade e a aprendizagem não podem ser consideradas como
ações com objetivos distintos. O jogo e a brincadeira são, por si só uma
situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem à criança
comportamento além dos habituais. "Nos jogos ou brincadeiras a criança age
25
como se fosse maior do que a realidade, e isto, inegavelmente, contribui de
forma intensa e especial para o seu desenvolvimento." (Multieducação, 1994).
Em seus jogos as crianças reproduzem muitas situações vividas em seu
cotidiano, que através da imaginação e do "faz-de-conta", são reelaboradas
criativamente, Jobim (1992), citando Vygotsky, revela que essa representação
do cotidiano se dá através da combinação entre experiências passadas e
"novas possibilidades de interpretação e representação do real, de acordo com
suas afeições, necessidades, desejos e paixões". Ressalta ainda a autora que
estas ações são fundamentais para a atividade criadora do homem.
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para
resolução dos problemas que a rodeiam.
D.W.Winnicott, psicanalista inglês, estudioso do crescimento e
desenvolvimento infantil, considera que o ato de brincar é mais que a simples
satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e
espaço próprios; um fazer que se constitui de experiências culturais, que é
universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos
relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo
mesmo (a criança) e com os outros. (1975, p.63).
Vygotsky (1989, P. 57), também atribui relevante papel ao ato de brincar
na constituição do pensamento infantil. A criança, através da brincadeira,
reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio
pensamento. A linguagem, segundo Vygotsky, tem importante papel no
desenvolvimento cognitivo da criança à medida em que sistematiza suas
experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento.
Ele também considera que brincando a criança é capaz de satisfazer as suas
necessidades e estruturar-se à medida em que ocorrem transformações em
sua consciência.
26
CAPÍTULO III
TRANSTORNOS PSICOMOTORES E DISTÚRBIOS NA
APRENDIZAGEM
Dificuldades, problemas e transtornos de aprendizagem ainda são
temas que causam controvérsias, e delimitações ainda estão sendo feitas
neste sentido. (Simaia Sampaio, 2011, p. 89).
São distúrbios manifestados no corpo sem nenhuma relação com
alterações neurológicas ou orgânicas aparentes. Nestes transtornos o
esquema, a imagem corporal e o tônus muscular aparecem comprometidos de
seu próprio corpo assim, ela apresentará dificuldades em todos os elementos
psicomotores.
Taya (2003, p.90) define o transtorno de aprendizagem como uma
disfunção neurológica, problemas que impedem o funcionamento integrado do
cérebro em desenvolvimento. Trata-se, pois, de um problema de maturação, e
no desenvolvimento neuropsicológico. Os principais transtornos são:
3.1 INSTABILIDADE PSICOMOTORA
Neste transtorno a criança não consegue começar e terminar a
brincadeira e é assim com todas as suas produções corporais. Há uma
dificuldade em inibir seus movimentos, provocando ações explosivas e
agressivas. São crianças agitadas, ansiosas e inquietas, pois possuem uma
grande necessidade em movimentar-se. Encaixam-se nos diagnósticos de
hiperatividade, precisando, em alguns casos com perturbações severas no
sono e na atenção, de medicamentos como anfetaminas e psicotônicos. As
crianças com este transtorno podem ter uma grande tensão muscular e
paratonias severas caracterizando uma instabilidade tensional, ou serem
hipotônicas, elásticas e bastante flexíveis, o que chamamos de estado de
27
deiscência. Em ambos os casos, a causa do transtorno é a falta de limite, a
ausência de corte simbólico.
3.2 INIBIÇÃO PSICOMOTORA
Neste transtorno a criança não usa seu corpo para relacionar-se com o
mundo ou com os outros. È o oposto das instabilidade, pois também há uma
falta de limite. Ela mostra se então sempre cansada, demonstrando pouca
expressão facial e corporal. Seu aspecto é de extrema fragilidade e debilidade
e é nele que se reconhece e é reconhecida.
Segundo Levin, a criança inibida, diferentemente da instável, possui
outra estratégia para não se separar do outro, ser o “objeto bom” de seus pais,
os quais usam expressar-se do seguinte modo: É como se não estivesse, nem
dá pra ouvir; não briga com ninguém; passa inadvertidamente!
3.3 DEBILIDADE
É caracterizada pela presença de paratonias e sencinesias. A paratonia
é a persistência de uma rigidez muscular caracterizada por uma inadequada
incontinência das reações tônicas. Pode aparecer nos quatro membros ou
apenas em dois. Há uma instabilidade na posição estática ou quando a criança
caminha ou corre devido à rigidez.
A sinestesia é caracterizada pela ação de músculos que não atuam em
determinado movimento. Um exemplo desta situação é a criança fechar
também a mão esquerda quando pega um objeto com a mão direita. Isto a
impede de realizar atos coordenados e com ritmo devido a sua
descontinuidade nos gestos e imprecisão dos movimentos. Podem aparecer
ainda outros sintomas como tremores de língua, lábios, pálpebras e dedos
quando estes são solicitados para a execução de um determinado movimento.
A afetividade e a intelectualidade também podem estar comprometidas. A
criança geralmente demonstra uma certa apatia e tem sonolência maior que
outras crianças. Mantém por muitos anos a enurese noturna e, às vezes a
28
diurna, podendo apresentar também a encoprese . A linguagem é atrasada e
a atenção, prejudicada.
3.4 DISPRAXIA
Dificuldade de associar movimentos para realizar uma tarefa. Há um
transtorno espacial (dificuldade de lateralizar, de nomear objetos,
espelhamento de letras, assimetria nos movimentos, todos estes aparecendo
persistentemente). Há também um fracasso no que diz respeito à distinção de
aspectos figurativos, o que impede que a criança atinja a fase de operações
concretas. Há uma perturbação do esquema corporal. Quando a dispraxia é no
olhar, alem das perturbações perceptivas, há dificuldades posturais e de
equilíbrio.
3.5 DISLEXIA
Antes de se diagnosticar um indivíduo como dislexo, é preciso levar em
conta outros fatores que podem estar envolvidos no prejuízo da leitura e da
escrita, ocasionando sintomas que facilmente poderão ser confundidos com a
dislexia, como carência cultural, problemas emocionais, métodos de
aprendizagem defeituosos, saúde deficiente, imaturidade na iniciação da
aprendizagem. (CONDEMARIN e BLOQUEST, 1989, p 17).
Muitas crianças passam por dificuldades quando estão aprendendo a ler,
e u m diagnóstico precipitado pode levar esta criança ao rótulo de portadora de
dislexia. É preciso muito cuidado, tanto por parte da escola quanto do
profissional, responsável pelo diagnóstico, a fim de não se julgarem
precipitadamente as dificuldades de aprendizagem de uma criança.
Segundo Capovilla (2000, p.18) explica que:
Tais habilidades são muito importantes para permitir a
leitura por decodificação fonológica. Isto explica por que
procedimentos para desenvolver consciência fonológica
são tão eficazes em melhorar o desempenho de leitura
de criança durante a alfabetização.
29
3.6 DISGRAFIA
O sujeito apresenta uma letra feita e com garranchos. Isso acontece por
causa de uma incapacidade de recordar a grafia da letra, ou seja, ao tentar
relembrar um grafismo, a criança escreve muito lentamente e, com isso, acaba
unindo inadequadamente as letras, de maneira ilegível. São dois tipos:
• Motora: a criança consegue falar e ler bem, mas encontra
dificuldades na coordenação motora fina, para escrever as letras,
as palavras e os números, isto é, vê a figura, mas não consegue
escrevê-la;
• Perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema
simbólico e as grafias que representam sons, palavras e frases.
Possui características de dislexia, sendo que esta última está
associada à leitura e a disgrafia, a escrita. (Simaia Sampaio,
2011, p. 126).
Segundo Sampaio (2011, p.126) ele fala:
Algumas crianças com disgrafia possuem, também,
uma disortografia, amontoando letras, para esconder os
erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que
possuem disortografia, as quais não se encontram
associadas a nenhum tipo de comprometimento.
3.7 TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Muitos livros descrevem um possível fator genético como causa do
TDAH, entretanto, ainda não se descobriu o gene que seria responsável por
esse transtorno, havendo apenas suposições, ou gene candidatos.
Rohde ( 2003, p. 42) explica que o primeiro gene relacionado ao TDAH
foi o gene do receptor e da tireóide. Esse gene pode apresentar mutações
causadoras de resistência generalizada ao hormônio da tireóide (GRTH), uma
doença autossômica rara. Já (Sampaio, 2011, p.42) relata que outro candidato
seria o gene transportador de dopamina (DAT1), uma vez que a proteína
30
transportadora é inibida pelos estimulantes usados no tratamento do TDAH,
impedindo a recaptação da dopamina na fenda sináptica.
Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que podemos encontrar o
Transtorno de Déficit de Atenção do tipo predominante desatento, o Transtorno
do Déficit de Atenção do tipo predominante hiperativo/impulsivo e, ainda, o
Transtorno do Déficit de Atenção do tipo combinado. A maioria dos
profissionais utiliza os critérios diagnóstico do DSM IV (Manual de estatística e
diagnóstico) para esta avaliação, já que é um diagnóstico essencialmente
clínico, ou seja, é detectado em exame médicos.
É muito comum os consultórios de Psicopedagoga receberem crianças
que já chegam diagnosticada Poe médicos, como portadores de TDAH e, não
raro, já tomando alguma medicação, freqüentemente a ritalina (metilfenidato)
ou concerta. A ritalina é a mais indicada pela maioria dos profissionais de
saúde (neurologista, psiquiatra), para tratar o TDAH. Se esta investigação não
for muito bem feita corremos o risco de estar medicando crianças e
adolescentes sem necessidade. (Simaia Sampaio, 2011, p. 93).
Segundo Sampaio (2011, p. 95) ele fala:
Outro aspecto que não pode deixar de ser considerado
e discutido é que crianças muito jovem estão
recebendo este tipo de droga sem que tenhamos
qualquer conhecimento a respeito dos efeitos a
médicos e longo prazo destes medicamentos que
atuam sobre o sistema nervoso central muito imaturo
destas crianças.
As crianças com TDAH não desenvolveram a fala privada ou
egocêntrica e que, portanto, o tratamento deverá criar condições que
favoreçam sua utilização como meio de autorregulação do comportamento.
Entende-se que a fala privada, ou egocêntrica, da criança constitui uma
tentativa de usar a linguagem como um instrumento para planejar, guiar e
controlar a atividade de resolução dos problemas. É por isso que as crianças
menores se utilizam da fala egocêntrica, enquanto brincam e realizam suas
atividades. (SOLOVIEVA, 2001, p. 50).
31
3.8 A EVOLUÇÃO NEUROLÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O sistema nervoso desempenha um papel importantíssimo na organização
psicomotora do indivíduo, ou seja, na sua ação. Seu desenvolvimento está
intimamente relacionado
Com relação à evolução neurológica do aluno na educação infantil, Luria
(1993, p. 62) diz que o cérebro infantil, está em constante evolução através da
inter-relação com o meio, e que isso permite que o aluno perceba o mundo
pelos sentidos e atue sobre ele, onde esta interação que se modifica durante a
evolução, promove melhorias na compreensão do mundo, o pensar de modo
mais complexo, o comportamento mais adaptado, com maior precisão, à
medida que domina o corpo e elabora mais corretamente as idéias.
Bee e Mitchell (1990, p. 120), afirmam que a interação do homem as
condições do meio estão na dependência do sistema nervoso, e que ao nascer
o ser humano apresenta algumas estruturas já prontas e que outras estão
ainda por desenvolver.
Seguindo Fonseca e Mendes (op. Cit., p. 118) a bainha de Melina
desempenha um papel importante e decisivo para a coordenação e respe ctivo
controle muscular em qualquer aprendizagem, incluindo naturalmente todas as
aprendizagens escolares.
Brandão (1994, p. 41) ressalta a importância da maturidade para o
desenvolvimento da aprendizagem, pois esta depende em parte, do que foi
herdado e do que foi adquirido pelas experiências vividas, pois uma atividade
complexa como a leitura necessita obrigatoriamente de um nível de maturidade
anterior, pois sem esta será inútil iniciar a aprendizagem.
A importância da construção da imagem do corpo e sua evolução
neurológica influencia no desenvolvimento psicomotor da criança para a
aprendizagem, pois tem surgido muitas discussões por parte de diversos
autores.
Oliveira (1992, p. 41) comenta que a educação psicomotora deve ser
considerada como uma educação de base na escola, devendo condicionar
todos os aprendizados escolares, levando a criança a tomar consciência de
seu corpo a situar-se no seu espaço, adquirindo habilmente a coordenação de
32
seus gestos e movimentos, partir qualquer que seja o comportamento
considerado.
3.9 A INFLUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA
APRENDIZAGEM
Le Boulch (2001, p. 88) ressalta que a ajuda materna, estimula na criança
uma motricidade espontânea e harmoniosa, facilitando os deslocamentos,
equilíbrio, coordenação e ritmo, caracterizando uma boa afetividade.
Segundo CORREA (2000, p. 07), a Educação Infantil tem papel
fundamental na evolução da criança, pois é nessa fase que haverá um melhor
desenvolvimento e progresso escolar, porém deve ser respeitado o ritmo de
cada indivíduo, para que se evitem as inadaptações escolares como problemas
efetivos de relacionamentos e insegurança.
THIERS (2001, p. 18) afirma que a Educação Infantil, garante um indivíduo
pertencente a uma sociedade e que a psicomotricidade, permitindo o
conhecimento corporal, levando a criança a adquirir conhecimento que se
complexificarão na medida do seu permanente desenvolvimento.
LAPIERRE (1990, p. 12) comenta que a aprendizagem se dá na fusão do
prazer e do desejo, e que um ambiente acolhedor propicia a criança a lidar
com suas fantasias, frustrações, rejeições, depressão, agressões e
agressividade, com o desejo a criança vai redimensionar suas ações e
sentimentos, auxiliando na formação de sua personalidade.
Segundo COSTA (2002, p. 45,46) o brincar de faz de conta, faz a criança
conhecer e descobrir novas aprendizagens, o que antes era apenas uma ação
motriz, se transforma em pensamento e produz uma clara distinção entre o
significado e o significante, adquirindo na criança a condição de apresentar
objetos e permitindo novas aprendizagens e a elaboração do pensamento
ainda a nível de pré-operatório. O equilíbrio das funções psicomotoras,
cognitivas e afetivas causam na criança em processo de alfabetização um
melhor manejo dos símbolos, auxiliando no processo de aprendizagem da
leitura e da escrita.
33
Segundo Le Boulch (1997, p. 16) comenta a necessidade da educação
psicomotora baseada no movimento, pois acredita estar preventivo,
assegurando que muitos problemas de alunos, detectados posteriormente e
tratado pela reeducação, não ocorreriam se a escola desse a atenção a
educação psicomotora, juntamente com a leitura e a escrita. O autor considera
a psicomotricidade um importante elemento educativo, como um instrumento
indispensável para aguçar a percepção, desenvolver formas de estimular
processos mentais. A psicomotricidade deve ser uma formação de base
indispensável para toda criança, pois oferece uma melhor capacitação ao
aluno para uma maior assimilação da aprendizagem escolar. Um bom
desenvolvimento psicomotor propicia ao aluno uma boa capacidade básica
para um bom desempenho escolar.
34
CONCLUSÃO
Em relação a evolução da organização neurológica do aluno na
educação infantil, segundo Luria (1993 p. 62). Bee e Mitchell (1990, p. 120),
Fonseca e Mendes (op. Cit., p. 118) e Brandão (1994, p. 41), Conclui-se que a
evolução da organização neurológica da criança da Educação Infantil ocorre
baseando no desenvolvimento e evolução do Sistema Nervoso através da
inter-relação com o meio, podendo auxiliar o aluno a alcançar um
desenvolvimento mais integral que o preparará a uma aprendizagem mais
satisfatória, ampliando a capacidade de elaboração, que é fornecida e
necessária para resolução de problemas, bem como a capacidade de
generalizar o aprendizado.
Com relação ao desenvolvimento psicomotor e o processo ensino-
aprendizagem na Educação Infantil, dos citados de Le Boulch (2001, p. 88),
Correa (2000, p. 07), Thiers (2001, p. 18), Lapierri (1990, p. 12), Costa ( 2002,
p. 45,46), conclui-se que a aprendizagem tem relação com o desenvolvimento
psicomotor, e que a dificuldade de aprendizagem pode está ligado ao senso-
perceptivo, imaturidade neuro-afetiva ou conflitos emocionais pela falta da
libidinização. E que o ato da aprender é desejante e o não aprender é a sua
negação, o desejo é movido pelo inconsciente que no momento do aprender
ou não aprender responde as informações não libidinadas percebidas nas
primeiras relações maternas.
Em relação as estruturas psicomotoras de base e suas relações com a
aprendizagem, segundo, Oliveira (2004, p. 51,52), Grossman (1991, p. 67),
Borges (2002, p. 42), Guilherme (1993, p. 37), Andrade (1994, p. 82),
Ajuriaguerra (1990, p. 290), Piaget (1985, p. 11,12), conclui-se que as
estruturas psicomotoras de base (Esquema Corporal/ Lateralidade/ Espaço/
Tempo), bem desenvolvidas na Educação Infantil favorecem uma boa
aprendizagem, ou seja, melhor noção de espaço, tempo, ritmo, duração,
lateralidade; e em sala de aula através da leitura, escrita, concentração,
atenção, interpretação e etc.
35
Com relação as condutas motoras de base e suas relações com a
aprendizagem, das afirmações de Costa (2002, p. 26), Borges (2002, p. 75),
Oliveira (2004, p. 27,28), Mendes (1991, p. 61) e Guilherme (1993, p. 17),
conclui-se que as condutas motoras de base estão diretamente relacionadas a
aprendizagem, pois o equilíbrio está subordinado as sensações proprioceptivas
sinestésicas e labirínticas. Através da movimentação e da experimentação, o
indivíduo procura o seu eixo corporal, vai se adaptando e buscando um
equilíbrio cada vez melhor. Conseqüentemente, vai coordenando seus
movimentos, vai se conscientizando de seu corpo das posturas. Quanto maior
o equilíbrio, mais econômica será a atividade do sujeito e mais coordenadas
serão suas ações.
36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Alegre: Arte Médica, 1998.
AJURIAGUERRA, J. de. Manual de Psiquiatria. Rio de Janeiro: Masson, 1990.
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neuropsicología infantil. México: Universidad Autónoma de Puebla, 2001.
THIERS, S. Teorias e Técnicas Ramain – Thiers, 1993.
38
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
1 Desenvolvimento Psicomotor 11
1.1 Princípios Básicos do Desenvolvimento Humano 13
1.2 Os aspectos do Desenvolvimento Psicomotor 14
1.2.1 Esquema Corporal 14
1.2.2 Lateralidade 15
1.2.3 Orientação Espacial 15
1.2.4 Orientação Temporal 16
1.3 A Psicomotricidade 16
CAPÍTULO II
2. Educação Infantil 19
2.1 A Educação Infantil e a Nova Lei de Diretrizes e Base 20
2.2 A Aprendizagem 22
2.3 A Importância da Ludicidade na Aprendizagem 24
39
CAPITÚLO III
3. Transtornos Psicomotores na Aprendizagem 26
3.1 Instabilidade Psicomotora 26
3.2 Inibição Psicomotora 27
3.3 Debilidade 27
3.4 Dispraxia 28
3.5 Dislexia 28
3.6 Disgrafia 29
3.7 TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade 29
3.8 A Evolução Neurológica na Educação Infantil 31
3.9 A Influencia do Desenvolvimento Psicomotor na Aprendizagem 32
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 38