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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO MOTOR E SOCIAL DOS ADOLESCENTES INTROVERTIDOS Por: Ariane Brito Diniz Santos Orientador Profa. Me. Fátima Alves Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Traços de personalidade são padrões consistentes na forma como os indivíduos se comportam, sentem e como pensam (Pervin

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NO

DESENVOLVIMENTO MOTOR E SOCIAL DOS ADOLESCENTES

INTROVERTIDOS

Por: Ariane Brito Diniz Santos

Orientador

Profa. Me. Fátima Alves

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NO

DESENVOLVIMENTO MOTOR E SOCIAL DOS ADOLESCENTES

INTROVERTIDOS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Psicomotricidade.

Por: Ariane Brito Diniz Santos.

Rio de Janeiro

2015

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AGRADECIMENTOS

À minha família, meu esposo, amigos e

à minha orientadora – Fátima Alves –

que me ajudaram direta e

indiretamente na realização de mais

esta conquista em minha vida.

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DEDICATÓRIA

Este trabalho foi realizado com intenção

de elencar instrumentos para contribuir na

ação docente do profissional de Educação

Física escolar. Para tanto, faço o

agradecimento especial ao meu marido

Emanuel que me incentivou todos os dias.

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RESUMO

.

Na adolescência ocorrem grandes mudanças físicas e psicossociais,

e uma infinidade de novas oportunidades surgem, e é na escola onde eles

podem expressar suas características em várias oportunidades de

desenvolvimento. A Educação Física como componente da base curricular

comum insere seus conteúdos na dimensão da cultura corporal,

proporcionando vivências que possibilitam a troca de saberes entre seus pares.

No entanto, o professor tem que enfrentar a realidade que compõe os diversos

traços de personalidade que coexistem no âmbito da aula. O traço de

personalidade introversão dificulta as relações interpessoais dentro do

ambiente escolar, nas aulas de Educação Física, a dificuldade dos

adolescentes está relacionada à exposição do corpo e a interação do mesmo

com os envolvidos nas atividades, representando um desafio para o professor.

Nesta perspectiva a Psicomotricidade Relacional enfatiza as relações do

indivíduo em qualquer faixa etária, com o mundo social, emocional e

psicológico utilizando a expressão não verbal, produzida pelo corpo inserido

nestas relações (Silva e Tavares, 2010). Sendo assim este estudo procurou

identificar, elementos da psicomotricidade relacional que ajudem adolescentes

introvertidos a participarem melhor das aulas de Educação Física na escola.

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METODOLOGIA

Para o debate sobre o assunto, este trabalho se propôs a realizar

uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados científicas Scielo – utilizando

descritores psicomotricidade “AND” adolescentes “OR” adolescentes

introvertidos; psicomotricidade “AND” traço de personalidade; psicomotricidade

“AND” aulas de educação física; aulas de Educação Física “AND” adolescentes

introvertidos – além de pesquisas nas revistas científicas Efdesportes e

Arquivos de Psicologia, e no Ebooks Google.

A pesquisa reuniu autores da psicologia com destaque na área de

traços de personalidade e autores que dissertam sobre os adolescentes nas

aulas de Educação Física, dentro do ambiente escolar. Tais referências

guiaram debates em três blocos: Traço de personalidade introversão,

adolescentes introvertidos nas aulas de Educação Física e Psicomotricidade

Relacional: uma proposta para adolescentes.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Traço de personalidade Introversão 10

CAPÍTULO II - Adolescentes introvertidos nas aulas de Educação física 16

CAPÍTULO III – Psicomotricidade Relacional: uma proposta para

adolescentes 21

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 31

ÍNDICE 34

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INTRODUÇÃO

Dentre vários desafios que já enfrentei como professora de

Educação Física, sempre me chamou atenção o aluno que nunca quis fazer a

aula, sempre inventou um motivo e quando fez a aula não parecia feliz ou

simplesmente falava que não sabia fazer uma ou outra atividade. Com os

adolescentes não é diferente, eles estão se adaptando ao novo corpo que se

desenvolve, são muitas questões sobre a puberdade, ideologias, decisões para

a vida futura, relacionamentos, que surgem e a escola é o meio social que eles

passam a maior parte do dia, socializam, escolhem os grupos de convivência e

seguem algumas regras desse grupo, até o dia em que encontra o seu próprio

jeito de viver.

Nas aulas de Educação Física a exposição do corpo significa muito

mais que participar de uma atividade esportiva ou brincadeiras lúdicas, é o

corpo que está em desenvolvimento que fica amostra, o medo dos colegas

ficarem avaliando o desempenho, o medo de fazer errado, de cair, de se

machucar e saber que todos estarão olhando.

Para alunos com traço de personalidade extroversão, este é um

momento de socializar ou mostrar-se para os colegas, mas os introvertidos

além da falta de interesse em atividades mais expositivas ainda colidem com a

preocupação de estar em público e, por se perceberem inábeis, não

conseguem realizar as atividades propostas. Perceber esse aluno e ajudá-lo na

inserção do mesmo no ambiente de sua turma e de suma importância para a

socialização entre os pares, que gera a motivação para a participação das

atividades.

O interesse em conhecer a área da Psicomotricidade, me veio pelo

apreço que tenho aos estudos das atividades motoras, por isso comecei o

curso de especialização em Psicomotricidade. Ao longo do ano descobri que

esta área não só ajuda a entender fases de desenvolvimento, mas como essas

fases estão inseridas em um contexto cultural e social e como o corpo

transmite suas sensações, desejos, alegrias, raiva, dentre tantos outros

sentimentos, todos agindo de acordo com o meio que lhe é colocado.

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O adolescente que é introvertido também se expressa com seu

corpo, transmitindo seus medos e inseguranças e a Psicomotricidade contribui

na relação do professor de Educação Física com seus alunos, pois nós

também falamos com nosso corpo e interagimos com ele quando

demonstramos a esses alunos que também temos alguns medos e

inseguranças na nossa profissão.

Dentro da grande área da Psicomotricidade, podemos destacar a

Psicomotricidade Relacional que tem como objeto de estudo as relações do

indivíduo em qualquer faixa etária, com o mundo social, emocional e

psicológico utilizando a expressão não verbal, produzida pelo corpo inserido

nestas relações. Esta é uma ferramenta metodológica indispensável para

professores de Educação Física, no trabalho com alunos adolescentes

introvertidos, pois ajuda a entender como esse aluno se insere no ambiente

social e, a partir desse entendimento, integra-o nas atividades propostas em

aula.

Nesta monografia reuni estudiosos da área, para nos ajudar a

compreender o comportamento desses alunos e como podemos incluí-los nas

aulas de Educação Física de forma mais prazerosa e não como obrigação para

ganhar alguma nota no final do ano. No primeiro capítulo a proposta é entender

o comportamento de indivíduos com traço de personalidade introversão,

apresentando conceitos e comportamentos mais frequentes. No segundo

capítulo falarei dos alunos com esta característica, em sua personalidade, nas

aulas de Educação Física e sobre minhas experiências com alunos

introvertidos. Por último trago a proposta de inserção da Psicomotricidade

Relacional nas aulas de Educação Física com adolescentes, considerando a

importância de valorizar as relações entre os pares junto às atividades das

aulas.

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CAPITULO I

TRAÇO DE PERSONALIDADE INTROVERSÃO

Antes de adentrar na problemática do adolescente introvertido nas

aulas de Educação Física, precisa-se compreender como este traço de

personalidade é caracterizado, pois a proposta não é transformar um aluno

introvertido em extrovertido, mas sim proporcionar as vivências pedagógicas

respeitando as características individuais desses estudantes.

Neste capítulo, apresento dois autores que dissertam firmemente

sobre o tema são eles: Carl Gustav Jung (psicólogo e psiquiatra suíço,

dissidente da Psicanálise e fundador da Psicologia Analítica, publicou o livro

Tipos Psicológicos em 1920) e Hans Jürgen Eysenck (psicólogo alemão,

seguidor da tipologia de Jung e da técnica estatística de análise fatorial, criou

em 1947 o modelo Bi-dimensional da personalidade).

Traços de personalidade são padrões consistentes na forma como

os indivíduos se comportam, sentem e como pensam (Pervin & John 2008, p.

187). Segundo Ramos (2005), Jung caracteriza introversão e extroversão como

disposição (Atitudes) psíquica e classifica quatro funções psíquicas: sensação

e intuição (funções de percepção ou irracionais) e pensamento e sentimento

(funções de julgamento ou racionais) que também são mecanismos de

adaptação do indivíduo à sua realidade subjetiva e objetiva. Para Jung, o ser

humano é biologicamente dotado de duas vias de adaptação ao meio onde vive

uma extrovertida e outra introvertida, ambas conseguem ser eficientes no

ajustamento. Mesmo que uma disposição e uma função psíquicas sejam

principais, a outra disposição e as demais funções também atuam na psique.

Eysenck determina as dimensões básicas subjacentes aos fatores

de traço de personalidade, uma delas é denominada introversão-extroversão,

dessa forma ele coloca traços afins em um grupo específico que representa

fatores secundários ou superfatores, este termo deixa claro que define uma

dimensão com um lado baixo (introversão) e um lado alto (extroversão), de

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modo que as pessoas podem estar localizadas ao longo de vários pontos entre

os dois extremos (Pervin & John 2008, p. 193).

Jung e Eysenck concordam que um indivíduo extrovertido pode ter

momentos de introversão: por conveniência e adaptação (por exigências de

uma determinada situação) ou por introspecção (um “mergulho” em si mesmo).

Também um indivíduo introvertido pode ter momentos de extroversão: por

conveniência e adaptação (por exigências de uma determinada situação) ou

por extrospecção (“exploração” do mundo exterior).

1.1 – Tipos Introvertidos segundo Jung

Na dinâmica das atitudes e das funções psíquicas Jung descreveu

possíveis comportamentos de pessoas introvertidas:

1.1.1 – Pensativo introvertido

O gênero masculino é o principal representante desse tipo. Tem

atração pelos pensamentos abstratos. Possui uma lógica subjetiva. O ponto

fraco desse tipo é o sentimento. Se por um lado consegue perceber seus

próprios sentimentos associados a afetos, por outro, não raramente tem uma

grande dificuldade de expressar suas emoções. Nele a afetividade toma um

caráter profundo: na sua vida emotiva ou ama ou odeia. Muitas vezes aparenta

possuir uma personalidade fria (Ramos 2005).

Para Jung (1991) este indivíduo procura o aprofundamento e não a

ampliação de horizontes, se distinguindo do seu paralelo extrovertido, tudo

sempre está camuflado, por isso o seu julgamento é frio, inflexível

caracterizando como uma pessoa desconfiada. Na relação com o outro não

consegue enxergar muitas qualidades e quando tem ações de amabilidade e

afabilidade, são seguidas de certo grau de ansiedade.

A perda do controle da razão e a submissão aos sentimentos e

emoções provocam-lhe angústias e irritabilidade. Estes fenômenos são

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decorrentes de uma função sentimental extrovertida inferior e que, sendo mais

inconsciente, possui uma significativa autonomia sobre a psique.

1.1.2 – Sentimental introvertido

Esse tipo é geralmente identificado em mulheres. São, na maior

parte das vezes, quietas, pouco sociáveis, incompreensíveis e muitas vezes

com temperamento melancólico. Deixam-se guiar por sentimentos

subjetivamente orientados, seus verdadeiros motivos permanecem encobertos.

Tendem a ser calmas, retraídas e silenciosas (JUNG 1991, p. 401).

Com esses indivíduos o sentimento pelo outro se dá de forma mais

profunda e intensa, porém camuflada, por isso os outros o rotulam como uma

pessoa fria que não demonstra aquilo que sente, pois as relações com o objeto

amado são mantidas dentro de limites bem medidos. Toda manifestação

emocional exuberante vinda do objeto pode lhe desagradar e provocar reações

de repulsa, irritabilidade.

1.1.3 – Sensitivo introvertido

Preocupa-se com as sensações do seu mundo interior, vivendo fora

da realidade que o circunda. Jung (1991) relata que a forma de julgar da

pessoa sensitiva introvertida acontece sem a participação da razão, se

orientando pelo o que acontece no momento. Em um plano mais inferior está

sua função intuitiva extrovertida que, às vezes, supera a percepção de

sensação causando as neuroses obsessivas.

Esse tipo apresenta dificuldade de expressão, o que esconde sua

irracionalidade, mas também surpreende com atitudes de calma, passividade

ou autodomínio racional, que induz o julgamento superficial ao erro, isto

acontece devido ao não relacionamento com o objeto (pessoa ou coisa).

“Nos casos normais, o objeto jamais é

desvalorizado conscientemente, mas é privado de sua

atração ao ser imediatamente substituído por uma

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reação subjetiva que já não se refere à realidade do

objeto.” (JUNG, 1991. p. 408)

1.1.4 – Intuitivo introvertido

A característica primordial desse tipo psicológico é a ligação com os

arquétipos, que – segundo Jung (1991) – é um conjunto de imagens várias

vezes repetidas em experiências durante muitas gerações, são armazenadas

no inconsciente coletivo criando padrões que, quando acessados pela intuição,

cria uma visão profética dos fatos, geralmente o indivíduo se apóia no discurso

que sabe o que vai acontecer. Tem uma linguagem mais subjetiva e por isso

incompreendida, pois falta aos seus argumentos uma razão persuasiva.

1.2 – Introversão segundo Eysenck

Eysenck, em sua pesquisa inicial, relacionou a introversão-

extroversão com quatro principais tipos de temperamento descritos pelo

médico e filósofo Galeno, resumido por Pereira e Guzzo (2002): 1) tipo

sanguíneo, caracterizado por indivíduos atléticos e vigorosos, nos quais o

humor corporal predominante era o sangue; 2) tipo colérico, indivíduos

facilmente irritáveis, nos quais predominava a bile amarela; 3) tipo melancólico,

indivíduos tristes e melancólicos que exibiam excesso de bile negra; e 4) tipo

fleumático, indivíduos cronicamente cansados e lentos em seus movimentos. A

relação desses elementos está representada a figura abaixo.

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Figura 1∗ Relação das duas dimen

tipos gregos de temperamento (esta

Para o autor a d

a aproximação da estabi

genética só revelava a

ocorrido, mas a decisão d

pois as possibilidades er

como agir, ou seja, um int

humorado de acordo com

Pervin e John

de Eysenck relativo à vid

estas apresentam melho

dado importante foi em re

s extrovertidos abandon

introvertidos evadiam por m

∗ Figura tirada do livro: PERVIN, edição. São Paulo: Artmed. 2008.

dimensões de personalidade derivada da análise fato

esta figura foi publicada no livro de Hans Jügen Eyse

a dinâmica do comportamento acontecia de

estabilidade ou instabilidade dependendo da

va a predisposição para uma ação media

isão do “o que fazer”, era influenciado pelo m

es eram apresentadas e cada pessoa pod

um introvertido melancólico pode deslizar do q

com o trauma acontecido.

John (2008) apresentaram alguns resultados

à vida estudantil de pessoas introvertidas, r

melhores resultados em disciplinas mais teó

em relação à evasão em carreiras acadêmicas

andonavam a faculdade por razões aca

por motivos psicológicos.

VIN, Lawrence A.; JOHN Oliver P. Personalidade: teoria e2008. p. 196.

14

e fatorial com quatro

Eysenck em 1970).

cia de acordo com

do da situação, a

mediante um fato

pelo meio externo,

poderia escolher

r do quieto ao mal-

ltados da pesquisa

das, relatando que

is teóricas. Outro

micas, enquanto o

acadêmicas, os

oria e pesquisa. 8ª

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15

1.3 – Conclusões acerca da Introversão

Traços de personalidade estão associados a estilos de vida e,

especificamente falando do traço extroversão-introversão, indivíduos

extrovertidos são orientados para o mundo exterior, e por isso, são sociáveis,

aventureiros, que buscam emoção, ativos, falantes, que gostam da companhia

de outras pessoas etc. Introvertidos, por sua vez, voltam-se para o mundo

interior, são retraídos, preferem atividades caseiras, tendem à introspecção

(Flores-Mendoza & Colom, 2008), preferindo ler livros a conviver com as

pessoas.

Jung e Eysenck dissertam sobre os diversos comportamentos

acerca de um indivíduo introvertido, porém sempre haverá a possibilidade de

momentos de extroversão, uma vez que, mesmo em segundo plano, a

característica esteja presente na tentativa de obter uma homeostase

psicológica. Os dois autores também concordam nas predisposições genéticas

para cada comportamento assim como na influência do mundo externo sobre

as ações dessas pessoas.

Os introvertidos, em geral, têm dificuldades na relação com outro,

seja por desconfiança, pela intensidade de sentimentos, pelo julgamento

superficial, pelo desejo de enxergar algo negativo no futuro, dentre tantos

outros motivos. Na relação com pessoas introvertidas o respeito aos limites é

imprescindível, saber que o contraste extrovertido está presente em um nível

mais inconsciente, não dá direito de forçar uma aproximação desmedida, pois

essas ações podem resultar em constrangimento e trauma. Por isso a ação

docente tem que ser responsável com o entendimento que um determinado

aluno não é simplesmente quieto ou não quer fazer aula, mas sim traz consigo

uma bagagem psicológica, construída e solidificada na sua genética e nas

experiências vivenciadas.

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CAPÍTULO II

ADOLESCENTES INTROVERTIDOS NAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA

Se tratando da adolescência, sobre um aspecto generalizado, os

diversos conceitos a apontam como uma fase natural do desenvolvimento, com

características naturais como rebeldia, desequilíbrios e instabilidades, lutos e

crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmo, tendência

grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor, um

período repleto de perturbações e estresse (ABERASTURY E KNOBEL, 1981

apud OZELLA, 2002, p. 17; SCHOEN-FERREIRA et al 2003, p. 108). Todos

estes difundidos no cerne da psicologia tradicional. Em contrapartida, existe a

defesa de uma adolescência constituída socialmente a partir de necessidades

sociais e econômicas e de características que vão se constituindo no processo

historicamente criado e recriado (SANTOS, 1996 apud OZELLA, 2002, p. 17;

SILVA E LOPES, 2009, p. 89).

Essas vertentes se complementam, pois os comportamentos citados

e ditos como normais pela psicologia tradicional distribuem-se em diferentes

escala de intensidade de acordo com o contexto social vivido pelo jovem. Cada

grupo social constrói seu jovem, com ideologias, exigências e características

culturais. E os esforços para conseguir a inserção nessa sociedade podem

desencadear comportamentos esperados para essa fase.

2.1 Contextos da Adolescência

Além das características, apresentadas no capítulo I, sobre a

introversão, um adolescente com este traço de personalidade enfrenta,

também, as mudanças que ocorrem em sua vida nesta fase. A formação da

sua identidade recebe a influência de fatores intrapessoais, que são formados

por capacidades inatas do indivíduo e as características adquiridas da

personalidade, de fatores interpessoais, formados pelas identificações com

outras pessoas, e de fatores culturais que são valores sociais nos quais uma

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pessoa está exposta, tanto global quanto comunitários. (SCHOEN -FERREIRA

et al, 2003, p. 107).

As transformações físicas ocorrem para todos, respeitando uma

cronologia singular para cada jovem. De acordo com Becker (1986) apud Jacó

(2008), isto é o que chamamos de Puberdade e é quando as transformações

corporais são evidentes, acentuando as diferenciações sexuais em um curto

período de tempo e de forma mais precisa. Para o autor a puberdade é um

fenômeno que ocorre dentro da adolescência. Com tantas mudanças o jovem

se percebe mais exposto, seu corpo aparece mais, podendo causar vergonha

nas aulas.

Nesta fase, os jovens começam a identificar seu grupo social.

Gallahue et al (2013) afirmam que na infância, a socialização é feita, sobretudo,

pela influência da família, já na adolescência, este predomínio perde espaço

para influência do grupo de amigos, sendo isto um passo para a autonomia do

adolescente. Esta afirmação explica a identificação de pequenos grupos em

turmas com adolescentes e cada grupo é homogêneo em sua forma de agir.

Da mesma forma que os grupos são construídos, ao longo do ano

letivo é possível notar que alguns alunos transitam entre eles. Sobre essa

permuta instável Jacó (2008) afirma que esta socialização pode torna-se uma

complicação, pois este processo é realçado e pode-se considerar que o

adolescente está modulando sua identidade para, posteriormente, pertencer à

fase adulta.

Outras “complicações” que podem ser atribuídas à passagem pela

adolescência são problemas com a auto-estima. Sendo a auto-estima o valor

atribuído pelo próprio individuo a percepção que faz de si e, como já dito

anteriormente, o adolescente passa por grandes transformações físicas, tais

transformações impactam sua imagem corporal, ou seja, a percepção que um

adolescente tem de seu físico. (CARVALHO, 2002, p. 12). Isto pode gerar uma

baixa autoestima, no que se refere a esta aparência física do sujeito, pois o

corpo e os traços físicos do adolescente apresentam importante relação com a

imagem que ele tem de si e com a idéia que faz de como é, aos olhos dos

outros (CAMPOS, 1985, apud JACÓ, 2008, p. 18)

De acordo com Carvalho (2002), a formação de grupos pode ter

influência sobre a autoestima, pois tanto pode ajudar, quando os adolescentes

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apóiam-se mutuamente, como prejudicar, quando adolescentes excluem

àqueles que não se encaixam nos padrões por eles estabelecidos. Se, um

adolescente, não consegue se enquadrar a um grupo ao qual atribui

importância, novamente este indivíduo passa a ter uma baixa auto-estima.

Gallahue et al (2013) afirmam que a base de uma baixa autoestima é

construída por uma percepção errada de si mesmo, onde o indivíduo passa a

não acreditar no seu potencial e na sua habilidade de cumprir tarefas - mentais,

físicas e sociais. A Educação Física escolar, muitas vezes é um “palco” onde

estes conflitos surgem ou simplesmente se manifestam nas atividades

propostas nas aulas, sendo mais um motivo para o aluno introvertido não

querer participar, pois seu pensamento é provocar sua autoexclusão antes que

alguém lhe coloque em situação constrangedora.

2.2 Questões acerca da Educação Física escolar com

adolescentes introvertidos

As aulas de Educação Física é um espaço escolar que permite ao

aluno experimentar os movimentos, e por meio dessa experimentação,

desenvolver um conhecimento corporal e uma consciência dos motivos que o

levam a prática desses movimentos (PAIVA E DUARTE, 2011, p. 01). A prática

pedagógica se torna eficiente quando o professor consegue ter a sensibilidade

de compreender o contexto que seu aluno é inserido, entendê-lo como ser

historicamente construído e, no caso dos adolescentes, com várias dúvidas

sobre essa construção, permitirá uma ação docente mais efetiva e duradoura.

Felix (2013), na sua dissertação de mestrado, apontou uma

pesquisa realizada por Lund (2008), que consistiu em um experimento com 10

(dez) garotas em idade adolescente, de 15 à 18 anos de idade, que

apresentavam comportamentos introvertidos na escola. De acordo com os

resultados da pesquisa de Lund (2008) as 10 (dez) garotas participantes,

relataram se sentirem invisíveis perante os demais na escola. Em alguns

depoimentos elas afirmavam que tinha a sensação de que os demais só

pensavam coisas ruins sobre sua pessoa. Os dados revelaram que 7 (sete)

garotas, acreditavam que o professor tinha responsabilidade pelos

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acontecimentos, pois não apresentavam atitudes corretivas em situações de

bullying. Além dos relatos que a escola, também, não se importava com o que

acontecia.

Corroborando estes dados, no que se referem ao comportamento

introvertido, Vieira (2010) realizou uma pesquisa feita a partir do relato de vida

de dois indivíduos tímidos. Com base nos seus resultados, a autora afirmou

que a introversão foi desenvolvida no meio social, primeiramente em contato

com seus familiares e posteriormente, a timidez se manteve por meio das

relações escolares. Os indivíduos de sua pesquisa tinham medo de sofrer

socialmente, eles eram considerados bons alunos pelos professores, porém

eram os tímidos alunos a serem ridicularizados pelos demais alunos como

sendo estranhos, ou os que estudam demais.

Neste sentido Rocha (2002) cita Machado e Souza (1997),

criticando o modelo do funcionamento tradicional da escola, nessa mesma

linha Coutinho (2011) afirma que vivemos em um momento de muitos

questionamentos e debates a respeito do lugar ocupado pela escola na

educação de crianças e jovens em nossa cultura ocidental, pois o modelo

escolar universal baseado na racionalidade apresentar-se incompatível com o

novo momento histórico da sociedade.

Rocha (2002) ainda afirma que tal modelo incide na exclusão do

próprio professor, que não interfere na regras do seu próprio ofício, afetando

muito a relação professor-aluno e, consequentemente, o processo de ensino

aprendizagem.

A mudança no sistema educacional tem que partir da ressignificação

de conceitos como cooperação, autonomia e eficiência, que hoje estão

baseados em concepções imediatistas vinculadas à lógica empresarial. Tais

conceitos são utilizados para acelerar processos de mudança, mas trazem

como correlato a segregação, o desprestígio e a precarização da tarefa

docente (Rocha, 2002).

Darido (2004) mostra que o tratamento contextualizado propicia

uma aprendizagem significativa para o aluno, pois estabelece uma relação de

reciprocidade entre ele e o conteúdo. Sendo muito importante associar essa

contextualização com experiências cotidianas e conhecimentos adquiridos

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espontaneamente, fazendo com que o aluno deixe a condição de espectador,

para participante ativo do processo de aprendizagem.

Com a ideia do planejamento participativo alunos introvertidos têm a

oportunidade de ser incluído nas atividades, possibilitando a socialização com

seus pares. A participação deles não deve ser expositiva de forma forçada,

mas sutil com formação de pequenos grupos de conversação sobre os temas

construídos em aula, onde terão a oportunidade de opinar sobre algo que

gosta. É nesta hora que, de forma discreta, o professor observa este aluno e

começa a entender suas necessidades para com a disciplina.

As aulas de educação física têm

características muito dinâmicas, onde o aluno sente-se a

vontade para se expressar. Contudo, também é muito

presente nas aulas de educação física, alunos com

dificuldades de se envolver nas atividades práticas por

medo ou vergonha do que os demais irão pensar sobre

seu desempenho na realização da atividade proposta.

Neste caso, cabe ao professor de educação física mediar

essa relação entre os alunos, possibilitando aos

extrovertidos a possibilidade de ampliar suas

características, e no que se refere aos alunos

introvertidos, o professor deve criar um ambiente

dinâmico e agradável, livre de preconceito, onde os

alunos com dificuldades possam sentir-se confiantes e

romper com a barreira que os impede de participar das

aulas, interagindo com todos. (FERREIRA et al, 2014,

p.07)

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CAPÍTULO III

PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL: UMA PROPOSTA

PARA

ADOLESCENTES

Os textos apresentados até o momento embalaram uma reflexão

acerca das problemáticas existentes nas aulas de Educação Física com

adolescentes, principalmente quando estes carregam consigo um traço de

personalidade peculiar que é a introversão. Neste capítulo, a proposta não é

apresentar uma receita pronta para solucionar tais problemas, mas indicar um

possível caminho que ajude o professor em suas aulas.

A aliança entre a Psicomotricidade e a Educação Física, embora

ainda não muito ampla, contribui muito no desenvolvimento da criança, porém

é pouco difundida quando se trata de idades maiores. O que se percebe é um

imenso incentivo nas séries iniciais, porém contrapondo esta realidade os

Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental II e Ensino

Médio reconhecem a importância da expressão corporal como forma de

comunicação e desenvolvimento do ser humano com um todo, em seus

objetivos:

Desenvolver o conhecimento ajustado de si

mesmo e o sentimento de confiança em suas

capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de

inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com

perseverança na busca de conhecimento e no exercício

da cidadania;nestas séries também, podemos trabalhar

questões da expressão corporal.

(PCNs, 1998. p. 07)

E ainda:

Envolve ainda o reconhecimento de que as

linguagens verbais, icônicas, corporais, sonoras e

formais, dentre outras, se estruturam de forma

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semelhante sobre um conjunto de elementos (léxico) e

de relações (regras) que são significativas.

(PCNs, 2000. p. 19)

Ao longo do capítulo teremos uma explanação geral sobre a

Psicomotricidade como ciência e prática, seguindo da conceituação e formas

de atuação com a Psicomotricidade Relacional, esta se apresentará como

proposta de inserção, de seus elementos, nas aulas de Educação Física com

adolescentes.

3.1 Psicomotricidade: teoria e prática.

A ABP (Associação Brasileira de Psicomotricidade)∗ define a

Psicomotricidade como uma ciência que tem por objeto de estudo o corpo em

movimento nas suas relações com seu mundo interno e externo. Sendo assim,

envolve toda a ação realizada pelo indivíduo, que represente suas

necessidades e permita sua relação com os demais e é a integração entre o

psiquismo e motricidade (ALVES, 2012 p. 18).

Fonseca (1994) relata que a motricidade, no ser humano, é

psiquicamente organizada, sócio-culturalmente estruturada e sistemicamente

integrada. Sendo a motricidade humana indissociável das funções psíquicas

que lhe dão origem e das estruturas neurológicas que as concretizam.

E são estas estruturas organizacionais que no diferem dos outros

seres, pois nossa motricidade é dotada de intenção, e não meramente

instintiva, agindo de dentro para fora e através do nosso corpo. Os

pensamentos, as emoções, as sensações são externalizadas em movimento

que possuem características próprias e que conseguem fazer comunicação

com outro corpo.

Essas ações são, também, cotidianas como exemplo uma mãe

quando desconfia que o filho ta mentindo só pelo jeito que ele mexe as mãos,

troca de olhares entre casais, gestos entre amigos, ou até o simples ato de

surpresa quando se ganha um presente. Tudo isto faz parte de um corpo que

∗ Disponível em http://psicomotricidade.com.br/sobre/o-que-e-psicomotricidade/ , acesso em 08/01/2016.

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“fala” por meio de processos internos que extrapolam os limites dos

pensamentos e caminham pelo corpo.

Fonseca (1994) cita Luria (1975) explicando a dinâmica sistêmica do

sistema psicomotor humano (SPMH) formada pela participação dialética e total

de três unidades funcionais do cérebro são elas:

Unidade 1: compreende as funções psicológicas vitais

da integração polissensorial e fisiognômica, bem como

da atenção e vigilância intrassomática, constitui o

substrato neurológico dos fatores psicomotores da

Tonicidade e Equlibração.

Unidade 2: compreende as funções psicológicas de

análise, síntese, armazenamento, associação visual,

auditiva e tátil-cinestésica intra e interneurossensorial,

intra e inter-hemisférica organizando os fatores

psicológicos da Noção do Corpo e da Estruturação

Temporal e Espacial.

Unidade 3: compreende as funções psicológicas de

planificação, programação e regulação, com objetivo de

transformar a informação intra em extrassomática em

um projeto motor e em uma intencionalidade, com os

seus substratos organiza os fatores psicomotores da

Praxia Global e Praxia Fina.

(LURIA, 1975 apud FONSECA, 1994, p. 26).

Silva (2016) cita Fonseca (2012) no que diz respeito aos fatores

psicomotores, considerando-os importantes para o movimento humano, porém

colocando as praxias como papel central e decisivo na ação, porque é por

intermédio delas que o sujeito concretiza o diálogo com o ambiente. Silva

(2016) entende que se os processos perceptivos ocorrem a satisfatoriamente,

mas a elaboração e a efetivação da resposta não ocorrem suficientemente

bem, a comunicação indivíduo-mundo ficará deturpada. Isto não significa que

as praxias são suficientes para o bom funcionamento do SPMH, pois se a

captação e o processamento forem falhos a percepção também será e, por

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conseguinte, a elaboração de respostas, que media a comunicação com o

mundo externo, ficaria prejudicada.

3.1.1 - Propriedades do sistema Psicomotor Humano

Fonseca (1994) reuniu características específicas dos fatores

psicomotores, formando o grupo de propriedades do SPMH, são eles:

• Totalidade – o sistema é um todo único, composto por vários

subsistemas ou fatores psicomotores integrados;

• Interdependência - os fatores psicomotores se inter-relacionam e se

afetam mutuamente;

• Hierarquia – é um sistema complexo que contém níveis de organização

de forma crescente;

• Autorregulação e controle – o sistema psicomotor está orientado para

determinados fins, sendo governado pelos seus próprios propósitos;

• Interação com o mundo envolvente – pressupõe um sistema aberto

com mecanismos de alimentação (imput) e descarga (output),

reforçando a inseparabilidade dos processos de percepção, de

pensamento e de ação;

• Equilíbrio – é regido por uma homeostasia que está sempre em busca

de uma organização sistêmica, deixando o sistema apto para captar

desvios e corrigi-los por meio de dinâmicas cibernéticas próprias;

• Adaptabilidade – o sistema psicomotor se adapta ao meio envolvente

que está em constante mudança;

• Equifinalidade – o sistema visa uma meta e a excuta, o processo final é

que se torna crucial, podendo ser alcançado de diversas formas de

acordo com o ambiente, demonstrando a capacidade de adaptação do

sistema.

Silva (2016) ainda afirma que a noção de interdependência dos

fatores psicomotores é chave no SPMH, tendo outra propriedade fundamental

que é a “interação com o meio envolvente” e a sua adaptabilidade a ele. Isto

significa que o movimento humano existe em função do diálogo que o homem

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estabelece com seu meio, com as pessoas que nele estão e com os objetos

que nele se situam. E, além disso, por buscar um diálogo com o mundo, é a

este adaptável. O movimento não só estabelece uma regulação interna e

estruturante, a partir de uma previsão consciencializada, como também projeta

totalidade humana no seu mundo exterior e social. (FONSECA, 2009, p. 176).

3.2 Psicomotricidade Relacional

André Lapierre, professor de Educação Física, de formação básica,

e Psicomotricista criou na década de 70, a Psicomotricidade Relacional

colocando o corpo no centro de suas investigações. Foi difundida a partir de

então por José Leopoldo Vieira, discípulo de André Lapierre e diretor do CIAR

– Centro Internacional de Análise Relacional, com sedes em Curitiba e

Fortaleza (MORO, 2008 p. 1038). Baseando-se nos estudos de Wallon,

Lapierre apresenta propostas de vivências corporais privilegiando o jogo

simbólico, pois o estudioso acredita que crianças e adultos desenvolvem-se

com a psicomotricidade e cada material utilizado tem grande simbolismo.

Silva e Tavares (2010) analisam a Psicomotricidade Relacional na

escola e afirmam que esta prática permite ao aluno entrar em contato com ele

mesmo e liberar seus desejos e prazeres, medos, ansiedades, além de

proporcionar a comunicação entre o “eu” e ou outro. Deste ponto pode-se

inferir que a Psicomotricidade Relacional contribuí, significativamente, no

desenvolvimento de alunos introvertidos.

Vieira (2009) afirma que a Psicomotricidade Relacional visa

desenvolver e aprimorar os conceitos relacionados ao enfoque da Globalidade

Humana. Para isto busca superar o dualismo cartesiano corpo/mente com

enfoque na comunicação corporal, essencialmente, pelas relações psicofísicas

e sócioemocionais do sujeito. Preza por uma abordagem preventiva, com uma

perspectiva qualitativa e, portanto, com ênfase na saúde, não na doença.

Não se trata de uma psicoterapia que põe em jogo a personalidade

do sujeito através da análise de sua problemática inconsciente, mas sim, de

uma decodificação de seus comportamentos atuais, evidenciando suas

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significações simbólicas e as necessidades que expressam (VIEIRA, 2009, p.

64).

O comportamento e a comunicação são provocados e

desencadeados por imagens que induz relações no próprio no corpo aguçando

todos os sentidos visão, audição, olfato, paladar, tato, sensações viscerais e

outras. Vieira ainda fala que há um momento de relaxamento, onde o encontro

consigo ou com o outro traz sensações diversas que se integram no tempo e

no espaço a ser conhecido e, neste momento, inclui-se também o ato de

conhecer-se.

Nesse contexto, o sujeito que vive é ao mesmo tempo aquele que

sente, observa, percebe e toma conhecimento de que são seus os atos e os

sentimentos (VIEIRA, 2009, p. 64).

3.2.1 - O Jogo Simbólico

Para facilitar a expressão e comunicação, é utilizado o jogo corporal

(jogo simbólico), por fazer com que a pessoa libere sensações e pulsões que

na vida real seriam tachadas com inapropriadas (SILVA E TAVARES, 2010, p.

26).

Lapierre (2010) relata que não importa o que o objeto possa vir

representar ao sujeito, essa representação virá ao sabor da imaginação e

fantasia do momento, pois os materiais usados não têm significado simbólico,

mas sim características físicas que são pressupostos para fluidez da

criatividade: “assim o aluno brinca sem perceber conscientemente o que está

sendo trabalhado inconscientemente” (SILVA E TAVARES, 2010, p. 26).

Vieira, Batista e Lapierre (2005), citado por Vieira (2009), apontam

que o jogo pode ser dividido em nível de análise em dois momentos: o sensório

motor, compreendendo a descarga emocional, a descoberta, o conforto com a

situação, que permite a ação do concreto e caminha para o segundo momento

que é o jogo simbólico, onde inicia a expressão profunda da expressividade do

sujeito.

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3.2.2 - Psicomotricidade Relacional na Escola

Moro (2008) aplica um funcionalismo da Psicomotricidade Relacional

nas escolas colocando-a como alternativa de profilaxia mental às crianças, pois

oferece um espaço, onde se potencializam as competências e habilidades de

comunicação, aprendizagem e socialização, necessidades estas essenciais

para atender às demandas da sociedade em que vivemos.

Vieira (2009) afirma que no âmbito escolar, o principal objetivo da

Psicomotricidade Relacional é promover o desenvolvimento integral das

crianças, envolvendo os aspectos: cognitivo, social, psicoafetivo e psicomotor.

A escola de hoje supera a prerrogativa de um espaço de

transmissão de saber como se os professores fossem detentores da verdade e

depositam seus conhecimentos nos alunos. A escola tornou-se um ambiente

de desenvolvimento físico, social, cultural, onde todos os integrantes,

comungando do mesmo espaço, trocam sensações e convivem com seus

defeitos e qualidades.

Para estreitar essas relações Vieira (2009) fala que a

Psicomotricidade Relacional enfatiza a comunicação humana e

comportamentos afetivo-emocionais indispensáveis à conquista do

conhecimento e ao bemestar pessoal e social com função preventiva. Neste

caso ajuda o professor e o aluno na construção de valores necessários ao

processo de ensino-aprendizagem, canaliza ações, efetiva sonhos e direitos

para que estabeleçam uma comunicação autêntica. O professor trabalha com o

que há de positivo nas relações interpessoais, com intenção de reforçá-las e

renová-las.

São bem visíveis os efeitos da psicomotricidade relacional no

ambiente prático de aula. Em minha experiência com alunos de ensino médio,

em algumas das aulas, propus uma brincadeira de cumprimentos com várias

partes do corpo, a cada som que eles ouviam tinha que aproximar-se de um

colega e cumprimentá-lo com alguma parte do corpo e a cada mudança teria q

cumprimentar um colega diferente. Os alunos ao final estavam rindo,

confortáveis e contentes com a brincadeira, o relato foi que falaram

“corporalmente” com colegas que não costumavam ter contato diariamente.

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Outra observação importante foi em relação aos alunos introvertidos que não

só participaram da atividade proposta, como prosseguiram na continuação da

aula.

A inserção da Psicomotricidade Relacional nas aulas de

Educação Física contribui no desenvolvimento total do aluno atendendo a

finalidade da escola que consistem em “que os alunos aprendam conviver em

grupo, respeitem-se e estabeleçam boas relações com quem se relacionam,

bem como, que estas relações sejam permeadas de cooperação e

produtividade” (MORO, 2008, p. 1041).

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CONCLUSÃO

Este trabalho de conclusão de curso teve o objetivo de identificar, a

partir de revisão bibliográfica, elementos da psicomotricidade que ajudem

adolescentes introvertidos a participarem melhor das aulas de Educação Física

na escola, especificamente visou compreender as atitudes dos adolescentes de

forma geral, bem como os que trazem consigo o traço de personalidade

introversão, nas aulas de Educação Física, além de identificar a influência da

psicomotricidade no traço de personalidade introversão.

O ser humano é um todo complexo com vivências diferentes, em

fases diferentes da vida. A adolescência tem características biológicas comuns,

porém o comportamento dos adolescentes é influenciado pela cultura social em

que vive, mas se tratando de traço de personalidade observou-se que certos

comportamentos são provenientes de específicos tipos psicológicos.

O aluno que não quer participar da aula é o que constitui o desafio

para o professor, lidar com o traço de personalidade introversão é difícil, porém

pode fluir de maneira natural, este aluno pode participar das aulas de

Educação Física e continuar sendo introvertido, não é necessária e nem

apropriada uma mudança radical de personalidade.

A Psicomotricidade relacional alia-se a Educação Física como

proposta de estreitamento das relações, fazendo com que todos os alunos,

incluindo o introvertido, consigam reconhecer-se e reconhecer o outro dentro

do espaço em que convivem mutuamente e a maior parte do dia. Deixar o

corpo ser conduzido pelas sensações causa, inicialmente, uma estranheza

seguida de um prazer, que propicia o entendimento das coisas que estão em

volta e do fluxo natural que segue a vida.

As atividades iniciais da aula, quando envolvem atividades da

Psicomotricidade Relacional, quebram barreiras existentes em grupos dentro

da sala de aula, portanto mesmo se o conteúdo for um esporte, iniciar a aula

com uma atividade que permite a expressão corporal, contribui muito na

integração dos alunos nas atividades seguintes. Pois com a Psicomotricidade

inserida nas aulas não teremos mais os esteriótipos sobressaindo ao todo

componente da aula que é o aluno em si, ou seja, no lugar de ressaltar o aluno

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que “joga mais”, o que “não sabe”, o que “fica por último na escolha de times”,

o “que lidera”, teremos todos juntos cada um com sua limitação e com sua

criatividade para fazer o corpo falar e essa intenção no movimento é que

encerra a vergonha, o medo e a ansiedade.

Com esta ferramenta, que é a Psicomotricidade Relacional para a

Educação Física, pode-se conseguir atender a perspectiva educacional, que os

Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 63) apontam quando afirmam que

“são fundamentais as situações em que possam aprender a dialogar, a ouvir o

outro e ajudá-lo, a pedir ajuda, aproveitar críticas, explicar um ponto de vista,

coordenar ações para obter sucesso em uma tarefa conjunta”, afirmando como

essencial a aprendizagem de procedimentos dessa natureza.

A inserção do aluno com traço de personalidade introversão é

imprescindível, não se pode mais aceitar que ele simplesmente não quer

participar da aula e deixá-lo a parte, respeitando os limites do sujeito podemos

incluí-lo nas atividades ajudando-o na aceitação do grupo e dele mesmo como

integrante ativo da turma.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I TRAÇO DE PERSONALIDADE INTROVERSÃO 10

1.1 Tipos Introvertidos segundo Jung 11

1.1.1 Pensativo introvertido 11

1.1.2 Sentimental introvertido 12

1.1.3 Sensitivo introvertido 12

1.1.4 Intuitivo introvertido 13

1.2 Introversão segundo Eysenck 13

1.3 Conclusões acerca da Introversão 15

CAPÍTULO II

ADOLESCENTES INTROVERTIDOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 16

2.1 Contextos da Adolescência 16

2.2 Questões acerca da Educação Física escolar com adolescentes

introvertidos 18

CAPÍTULO III

PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL: UMA PROPOSTA PARA

ADOLESCENTES 21

3.1 Psicomotricidade: teoria e prática 22

3.1.2 Propriedades do sistema Psicomotor Humano 24

3.2 Psicomotricidade Relacional 25

3.2.1 O Jogo Simbólico 26

3.2.2 Psicomotricidade Relacional na Escola 27

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CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 31

ÍNDICE 34