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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Curso de Física POR DENTRO DO CICLO OTTO Autor: Franklin Ayslan Carvalho Ribeiro Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Alves Guimarães BRASÍLIA 2009 POR DENTRO DO CICLO OTTO Autor: Franklin Ayslan Carvalho Ribeiro Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Alves Guimarães Curso de Física PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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UNIVERSIDADE

CATÓLICA DE

BRASÍLIA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Curso de Física

POR DENTRO DO CICLO OTTO

Autor: Franklin Ayslan Carvalho Ribeiro

Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Alves Guimarães

BRASÍLIA 2009

POR DENTRO DO CICLO OTTO

Autor: Franklin Ayslan Carvalho Ribeiro

Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Alves Guimarães

Curso de Física

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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FRANKLIN AYSLAN CARVALHO RIBEIRO

POR DENTRO DO CICLO OTTO

Trabalho de Conclusão de Curso

submetido à Universidade Católica de

Brasília para obtenção do Grau de

Licenciado em Física.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Alves

Guimarães

Brasília

Novembro de 2009

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POR DENTRO DO CICLO OTTO

RESUMO

O texto a seguir apresenta uma revisão teórica sobre as leis da termodinâmica e conceitos da

engenharia mecânica relacionados ao funcionamento de motores de combustão interna (MCI), que

utiliza como fluido operante a mistura de ar e combustível (ciclo Otto). Será realizada também uma

etapa experimental, que compreende a montagem de um motor de combustão interna real de forma

didática e o desenvolvimento de um suporte, para que este motor seja mostrado em várias posições,

ou seja, o suporte é constituído de dois eixos centrais com rotação de 360°. Com o objetivo de

transformar o motor em material didático, foram realizados cortes em seu bloco principal esse bloco

foi pintado em cores diferentes para obter uma melhor visualização das peças que compõem o motor.

O modelo escolhido para realizar este experimento foi o motor CHT, fabricado pela Ford e

Volkswagen.

Palavras – chave: Motor de combustão interna, Termodinâmica, Ciclo Otto.

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho de conclusão de curso será estudado o rendimento, a potência, a

capacidade volumétrica, a taxa de compressão e o consumo especifico de combustível para

motores de combustão interna, através deste estudo poderá ser realizada uma analise das

vantagens e desvantagens na utilização dos motores tipo BOXER, CHT e V8.

Visando facilitar a didática para explicar o funcionamento das maquinas térmicas e

as leis da termodinâmica, foi desenvolvido material didático que auxilie o desenvolvimento

deste conteúdo. O material didático consiste na montagem de um motor real de combustão

interna onde poderão ser observados todos os estágios de funcionamento de uma maquina

térmica. O experimento desenvolvido neste trabalho tem como objetivo demonstrar o

funcionamento e identificar os quatro tempos do ciclo Otto em um motor real.

Será realizado como parte experimental à apresentação de motor real de combustão

interna de quatro tempos (ciclo Otto), modelo CHT fabricado em conjunto pela Volkswagen

do Brasil e pela Ford do Brasil parceria denominada Autolatina, com cortes em seu bloco,

pintado em cores diferentes para uma melhor visualização, também será instalado, o

distribuidor, a bomba de água e óleo, o sistema de injeção de combustível, para que possa

ser entendido o funcionamento do motor. Este motor possui disposição dos cilindros em

linha no total de quatro cilindros, o combustível utilizado neste modelo é o álcool possuindo

diferença para o modelo a gasolina apenas na forma e tamanho da câmara de combustão.

O motor será pintado na cor azul, os cortes em vermelho, as bombas de combustível, de

água e óleo pintados na cor laranja, carburador e polias na cor grafite e cabeçote na cor

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cromado, as demais peças também serão pintadas em cores diferentes e chamativas para

facilitar a visualização.

Para sustentação e apresentação do experimento foi, desenvolvido um suporte em

metal, com o eixo de suporte do motor com rotação de 360°.

O trabalho realiza uma revisão teórica dos conceitos da termodinâmica e conceitos

ligados a engenharia mecânica, com o objetivo de facilitar o entendimento do funcionamento

do motor de combustão interna e de cada parte que constitui o motor.

A revisão teórica discutirá as três leis da termodinâmica, rendimento de Carnot, o

ciclo Otto e a determinação de rendimento através da visão da Física. Também apresenta

conceitos como rendimento mecânico, potência, rendimento volumétrico, cilindrada, taxa de

compressão e consumo especifico de combustível que são discutidos a partir da visão da

engenharia mecânica.

2. REVISÃO TEORICA

2.1 Leis da termodinâmica

As leis da termodinâmica são divididas em quatro princípios fundamentais. Estas leis

determinam o equilíbrio térmico entre corpos, a quantidade de calor recebido por um

sistema a partir da variação de energia interna e de trabalho e o funcionamento das

máquinas térmicas.

Analisando dois corpos, com temperaturas diferentes, que são colocados em contato

após certo tempo estes terão a mesma temperatura. Se os mesmos forem colocados em

contato com um terceiro corpo, os três irão possuir, após certo tempo, uma temperatura

comum ou a mesma temperatura.

Esta observação experimental resume a lei zero ou lei do equilíbrio térmico propondo

que se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, estarão em equilíbrio

térmico um com o outro.

A elevação de temperatura de um sistema pode ocorrer adicionando calor ou

realizando trabalho sobre o sistema. A realização de trabalho sobre um sistema pode ser

feita de várias maneiras. Uma delas é o experimento de Joule, que converte energia

potencial de pesos, que caem, em trabalho sobre a água. Outra maneira seria deixar cair um

vaso com água de uma altura (h) e efetuar, colisão inelástica com o solo, ou aproveitar o

trabalho mecânico da queda de corpos para gerar energia elétrica e depois aquecer a água.

O importante nas experiências deste tipo é observar que as quantidades de trabalho que

causam variação de temperatura são idênticas (TIPLER, 2000). Logo pelo principio da

conservação de energia podemos concluir que o trabalho efetuado sobre o sistema contribui

para a elevação da energia interna do sistema.

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Assim, a primeira lei da termodinâmica pode ser expressa por uma equação onde a

variação de energia interna do sistema é igual a soma entre a variação da quantidade de

calor e o trabalho efetuado pelo sistema. Na forma diferencial pode ser escrita desta

maneira, conforme equação (1).

dU = ᵭQ − ᵭW (1)

Sendo dU a energia interna, ᵭQ a variação de energia interna e đW o trabalho

efetuado pelo sistema. Por convenção o trabalho terá sinal positivo (+W) quando efetuado

pelo sistema e negativo (-W) quando realizado sobre o sistema.

A conversão total de trabalho mecânico em energia térmica é possível de ocorrer,

porém é impossível remover energia térmica do sistema e converter totalmente em trabalho

mecânico, sem que seja necessário alterar o sistema ou sua vizinhança.

A primeira lei da termodinâmica nos leva a concluir que a energia se conserva. Há

uma forma de ver a energia mais útil e menos útil. Esta forma de utilizar energia é o que

trata a segunda lei da termodinâmica.

A segunda lei da termodinâmica foi enunciada de forma diferente por Kelvin,

Clausius e Kelvin – Planck. Cada enunciado será apresentado abaixo (TIPLER, 2000).

“É impossível remover energia térmica de um sistema a uma certa temperatura e

converter a energia em trabalho mecânico sem modificar de alguma maneira, o

sistema ou as vizinhanças do sistema”.(enunciado Kelvin)

“Não há nenhum processo cujo único efeito seja o da transferência de energia de

um corpo frio para outro quente”. (enunciado Clausius)

“É impossível que uma máquina térmica operando em ciclo, tenha como único

efeito a extração de calor de um reservatório e a execução de quantidade

equivalente de trabalho”. (enunciado Kelvin – Planck)

2.2 Processos quase – estáticos

Processos termodinâmicos são determinados quando ocorrem alterações nas

variáveis de estado (pressão, temperatura e volume), que se relacionam pela equação (2).

PV = nRT (2)

Na equação (2) P é a pressão, V representa o volume, n o número de moles e R é a

constante universal dos gases e T a temperatura expressa em Kelvin (K).

Para que o processo seja considerado quase – estático, é necessário considerá-lo

ocorrendo de forma muito lenta de maneira a permitir que o sistema entre em equilíbrio a

cada instante.

Num processo isobárico a pressão é mantida constante.

W = PdV = P ∆V

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No processo isotérmico a temperatura é mantida constante. Para determinar o

trabalho isotérmico temos que considerar a análise do processo em que a variação de

energia interna seja nula (∆U = 0), já que a temperaturas inicial e final são iguais. O trabalho

isobárico é igual à quantidade de calor (HALLIDAY; RESNICK, 2009).

P =nRT

V

Q = nRT dV

V

Q = nRT lnVf

Vi (3)

No processo adiabático não ocorre troca térmica, entre o sistema e o exterior, ou

seja, não ocorre variação de calor (∆Q = 0), logo utilizando a primeira lei da termodinâmica

temos que o trabalho adiabático e dado pela equação (4).

ᵭW = −dU

ᵭW = −CvdT

dW = − Cv dT

dW = − Cv(T2 − T1)

dW = Cv (T1 − T2)

dW = Cv(P1V1

nR−

P2V2

nR)

W =P1V1 − P2V2

γ − 1 (4)

Onde o fator gama (γ) é definido como a razão entre a capacidade calorífica a

pressão constante e a capacidade calorífica a volume constante.

γ =Cp

Cv (5)

2.3 Máquinas térmicas

São dispositivos que operam entre ciclos que tem como objetivo converter a maior

quantidade possível de calor em trabalho.

O ciclo da máquina térmica consiste na absorção de uma determinada quantidade de

calor da fonte quente (Qq), realização de trabalho (W) e ceder calor para uma fonte fria (Qf)

no momento que retorna ao estado inicial. Por convenção a quantidade de calor absorvida

(Qq) recebe o sinal positivo e a quantidade de calor cedido (Qf) recebe o sinal negativo

(TIPLER, 2000).

A representação simplificada da máquina térmica pode ser feita conforme a figura 1.

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Figura 1: máquina térmica simplificada

Fonte: Física para cientistas e engenheiros, volume 1, Paul A. Tipler.

As máquinas térmicas operam com um fluido operante que determina o tipo de

máquina térmica, este fluido pode ser, por exemplo, o vapor de água (máquina a vapor), ar e

combustível (motor de combustão interna – ciclo Otto) e ar (motor de combustão interna –

ciclo diesel).

O reservatório quente ou fonte quente possui uma temperatura (Tq), que é maior que

a temperatura (Tf) do reservatório frio ou fonte fria. Como este sistema é ideal o reservatório

quente e frio possuem uma capacidade calorífica muito grande, com o objetivo de absorver

e ceder energia térmica sem sofrer modificação considerável de energia (NUSSENZVEIG,

2002). Tendo o estado inicial, final e do fluido operante coincidente, podemos considerar

que a energia interna inicial e final são iguais, obtendo (U = 0), com isso pela primeira lei

da termodinâmica a variação da quantidade de calor é igual ao trabalho realizado, conforme

a equação (6), equação (7).

dWdQ (6)

fq QQW (7)

O rendimento térmico () de uma máquina térmica pode ser determinado pela razão

entre o trabalho realizado e calor absorvido da fonte quente.

qQ

Wε (8)

Como o trabalho (W) pode ser calculado utilizando a equação (7), substituindo a

equação (7) na equação (8), obtemos que o rendimento térmico pode ser determinado em

função da quantidade de calor da fonte quente e fria, pela equação (9).

q

f

q

fq

Q

Q1

Q

QQε

(9)

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2.4 Ciclo de Carnot

Ciclo teórico que descreve o funcionamento de uma máquina reversível, que possui

a maior eficiência operando entre dois reservatórios. Esta máquina pode ser resumida como

uma máquina térmica ideal que opera com o maior rendimento possível.

De acordo com o teorema de Carnot nenhuma máquina térmica operando entre dois

reservatórios térmicos pode ser mais eficiente do que uma máquina reversível que opere

entre os mesmos dois reservatórios.

Conforme este teorema pode-se concluir que todas as máquinas de Carnot,

operando entre os mesmos dois reservatórios, possuem o mesmo rendimento. Este

rendimento é conhecido como rendimento de Carnot (c), que não depende do fluido

operante, mas depende da temperatura dos dois reservatórios (HALLIDAY; RESNICK,

2009).

Para entender o significado de máquina reversível, é necessário antes diferenciar

processo reversível do processo irreversível.

Processo reversível é aquele onde não ocorre trabalho de forças dissipativas, a

condução térmica só ocorre isotermicamente e o processo deve ser quase – estático.

Qualquer processo que viole estas três condições será considerado irreversível.

O ciclo de Carnot possui quatro etapas reversíveis, que podem ser expressas por um

diagrama P x V (TIPLIER, 2000), conforme figura 2.

Figura 2: Ciclo de Carnot

Fonte: Física para cientistas e engenheiros, volume 1, Paul A. Tipler.

Na etapa 1 – 2 absorção isotérmica quase – estática de calor de um reservatório

quente.

Do ponto 2 até 3 expansão adiabática quase – estática com diminuição da

temperatura até a temperatura da fonte fria.

No ponto 3 até 4 rejeição isotérmica quase – estática de calor para a fonte fria.

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Na etapa 4 – 1, ocorre compressão adiabática quase – estática até atingir o estado

inicial.

Para determinar o rendimento de Carnot será analisado um ciclo com as quatro

etapas, onde o gás ideal é o fluido operante.

O rendimento térmico de uma máquina térmica é dado pela equação (9), como este

não depende do tipo de máquina, com o resultado desta equação obtem-se uma validade

geral.

Na máquina de Carnot será necessário determinar as quantidades de calor nas

etapas que ocorrem absorção e rejeição de calor. Na primeira e segunda etapa, ocorre

respectivamente absorção isotérmica e rejeição isotérmica. Nestes processos a variação de

energia interna é nula (U = 0), obtendo que a quantidade de calor absorvido (Qq) ou

rejeitado (Qf) é igual ao trabalho (W).

Qq = W = PdV = nRTq

VdV = nRTq ln

V2

V1

2

1

(10)

Qf = W = PdV = nRTf

VdV = nRTf ln

V3

V4

4

3

(11)

Calculando a razão entre Qf e Qq, obtemos o resultado.

Qq

Qq=

Tf lnV4V3

Tq lnV2V1

(12)

A equação para o processo adiabático é dada pelas equações (13) e (14), que é

utilizada para relacionar a expansão na segunda e terceira etapas e a compressão na

primeira e quarta etapas. Obtemos.

TqV2𝛾−1

= TfV3γ−1

(13)

TqV1𝛾−1

= TfV4γ−1

(14)

Dividindo membro a membro das equações (13) e (14), encontramos.

V2

V1 γ−1

= V3

V4 γ−1

(15)

Portanto, como as razões entre os volumes são iguais, podemos concluir que a

razão entre os logaritmos dos volumes também são iguais, assim obtemos.

Qf

Qq=

Tf

Tq (16)

O rendimento de Carnot, então deve ser expresso da seguinte maneira.

εc = 1 − Tf

Tq (17)

Este rendimento representa o maior possível entre as duas temperaturas.

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2.5 Ciclo Otto

Este ciclo é um modelo teórico, que melhor representa o funcionamento de um motor

de combustão interna.

O ciclo é composto por seis etapas representadas no diagrama P x V (STONE,

1999), conforme figura (3).

Figura 3: Ciclo Otto teórico

Fonte: Introduction to internal combustion engines, Richard Stone.

Na etapa 0 – 1 ocorre admissão da mistura ar e combustível, ocorrendo compressão

adiabática até o ponto 2.

Do ponto 2 até o ponto 3, ocorre o rápido aquecimento da mistura a volume

constante (processo isocórico).

No ponto 3 até o ponto 4, ocorre uma expansão da mistura muito rápido, daí por isso

não há tempo para troca de calor, ou seja, é um processo adiabático.

Na penúltima etapa, que compreende os pontos 4 e 1, ocorre uma fuga da mistura

por processo isocórico. Na ultima etapa, que é representada no gráfico como, 1 – 0 ocorre

expansão e expulsão dos resíduos.

O rendimento térmico de qualquer máquina térmica é expresso pela equação (6),

mas por ser um procedimento complicado, em um motor real determinar a quantidade de

calor de fonte quente (Qq) e da fonte fria (Qf). O rendimento térmico do ciclo Otto será

expresso em função dos volumes máximos e mínimos cuja razão é conhecida como taxa de

compressão (K).

O calor cedido e recebido ocorre em processos isocóricos, logo as quantidades de

calor cedidas e recebidas podem ser determinadas pelas equações (18) e (19).

Qq = Cv T1 − T4 (18)

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Qf = Cv T3 − T2 (19)

Nas transformações adiabáticas as relações são definidas pelas equações (20) e

(21).

T3V3γ−1

= T4V4γ−1

T3 = T4

V4γ−1

V3γ−1

T3 = T4Kγ−1 (20)

De maneira análoga, obtemos a relação para as temperaturas T1 e T2.

T2 = T1Kγ−1 (21)

Substituindo as equações (20) e (21) na equação 7, obtemos o rendimento em

função da razão entre os volumes.

ε = 1 −1

Kγ−1 (22)

2.6 Conceitos da engenharia mecânica

Com o objetivo de obter um melhor entendimento sobre o funcionamento do motor

de combustão interna e métodos utilizados pela engenharia para determinar o rendimento

mecânico, rendimento volumétrico, potência, taxa de compressão, consumo especifico de

combustível e cilindrada. Nesta parte iremos realizar uma breve definição dos temas acima

citados. As variáveis abordadas nesta parte correspondem à Física pura.

2.6a Potência e rendimento mecânico

A potência desenvolvida por um motor é denominada de forma geral como, a

potência gerada no eixo do motor (bhp) (STONE, 1999). A equação (23) determina

matematicamente esta relação.

W = 2πrF (23)

Onde F é a força de atrito e r o raio do eixo.

A potência total gerada pelo movimento dos pistões é designada como potência

indicada (ihp). Uma parte da potência indicada, oriunda da combustão do fluido operante,

não é aproveitada como potência no eixo. Esta perda de potência é devida ao atrito

existente entre o contato das peças móveis do motor, denominada pela engenharia como

potência de atrito (fhp) (STONE, 1999).

ihp = bhp + fhp (24)

A razão entre a potência do eixo e a potência indicada é conhecida pela engenharia

como o rendimento mecânico de um motor.

εM =bhp

ihp (25)

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11

Para determinar a potência do eixo e a potência indicada é necessário definir o

conceito de pressão média efetiva e pressão média indicada.

Pressão média efetiva (pm) é definida como a pressão constante que seria

necessária no interior do cilindro, durante o curso, de expansão, para desenvolver uma

potência igual à potência do eixo (STONE, 1999).

Pressão média indicada (pi) é entendida como a pressão constante que seria

necessária no interior do cilindro, durante o curso de expansão, para desenvolver uma

potência igual à potência indicada (STONE, 1999).

A expressão matemática que representa a pressão média efetiva e pressão media

indicada estão escritas, respectivamente, nas equações (26) e (27).

bhp = pm LANn

33000 12x (26)

ihp = pi LANn

33000 12x (27)

Onde A é a área da cabeça do pistão, L significa o curso do pistão, N representa o

número de rotações por minuto (rpm), n é o número de rotações por cilindro, entre dois

cursos de expansão (para motores de quatro tempos x = 2) (STONE, 1999). O fator 33000

expresso nas equações 26 e 27 representam a conversão da potência necessária para

elevar a altura de um pé, em um segundo, uma carga de 550 libras, onde 550 x 60 = 33000

para transformar em minuto, desta forma os valores de bhp e ihp será dado em libras por

polegada ao quadrado.

2.6b Rendimento volumétrico

Definida de forma geral como a medida efetiva do processo de admissão e exaustão

dos gases aspirados e expulsos pelo motor no decorrer do ciclo. Este rendimento é

arbitrariamente definido, para motores que possuem como fluido operante a mistura de ar e

combustível, como a razão entre a massa de ar aspirada por cilindro por ciclo (Mar) e a

massa de ar que ocuparia o cilindro a pressão e temperatura ambiente (Mnormal) (STONE,

1999).

εv =Mar

Mnormal (28)

Considerando que o ar obedece à lei dos gases a equação (28) pode ser reescrita

em função do volume de ar aspirado com densidade ambiental pelo cilindro por ciclo (Var) e

do volume do cilindro (Vc).

εv =Var

Vc (29)

2.6c Cilindrada e taxa de compressão

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12

Cilindrada é definida como o volume total deslocado pelo pistão entre o ponto médio

inferior (PMI) e o ponto médio superior (PMS), multiplicado pelo número de cilindros do

motor (SANTOS, 2009).

Estes pontos representam as duas posições do eixo de manivelas (virabrequim),

para as quais o êmbolo (pistão) está em completo repouso e inverte o sentido do

movimento. A figura 6 representa estas posições.

Figura 6: curso do pistão entre os pontos PMI e PMS.

Fonte: Apostila aula 1 – Introdução aos motores de combustão interna, Antonio Moreira dos Santos.

A equação que determina o cálculo da cilindrada é expressa pela equação (30).

C = πD2

4 Ncilindro (30)

Onde D é o diâmetro do cilindro e Ncilindro representa o número de cilindros do motor.

Taxa de compressão de um motor pode ser definida como o número de vezes em

um intervalo de tempo que é comprimida pela câmara de compressão, antes do processo de

combustão, a quantidade de ar ou mistura de ar e combustível aspirado para dentro do

cilindro pelo pistão (STONE, 1999). Representada matematicamente pela equação (31).

TC =C + c

c (31)

Onde C é a cilindrada do motor definida pela equação (30) e c representa o volume

da câmara de combustão.

Na análise termodinâmica do motor de combustão interna, a taxa de compressão é

diretamente responsável pelo rendimento térmico do motor. Desta maneira, quanto maior a

taxa de compressão obtém um melhor aproveitamento energético do processo de queima

do fluido operante (TAYLOR, 1961).

Câmara de compressão é o espaço livre do cilindro quando o pistão encontra no

ponto médio superior (PMS).

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Figura 7: Taxa de compressão do fluido operante. (Modificada) Fonte: Apostila aula 1 – Introdução aos motores de combustão interna, Antonio Moreira dos Santos.

2.6d Consumo específico de combustível

Determinada como a razão entre a taxa de fluxo massivo de combustível Ṁ e a

produção de força Ẇ , compreendida como o consumo de combustível em relação ao

trabalho realizado. Conforme expresso pela equação (32) (TAYLOR, 1961).

SFC =M

W =

dMdt

dWdt

=dM dt

dW dt=

dM

dW (32)

2.7 Motores de combustão interna

O primeiro motor de combustão interna foi desenvolvido em 1876, por Augusts

Nikolaus Otto, a partir de estudos realizados pelo engenheiro francês Alphonse Beau de

Rochas em 1862.

Ao longo do tempo os motores de combustão interna sofreram melhorias em

diversas partes como no tamanho, peso, materiais, economia no consumo de combustível,

combustíveis utilizados na mistura, eficiência, potência, quantidade de cilindros e posição

dos cilindros.

Basicamente um motor de combustão interna (MCI) é composto por peças fixas

(bloco do motor, cabeçote e carter) e peças móveis (pistão, biela, árvore de manivelas ou

virabrequim, árvore de comando de válvulas e válvulas de admissão e escape) (SANTOS,

2009).

O bloco do motor é o motor propriamente dito, onde são usinados os cilindros, para

motores com câmaras de combustão fixas ou os furos para a colocação das câmaras de

combustão. Câmaras de combustão ou camisas são cilindros onde ocorre a combustão do

fluido operante (combustível e ar no ciclo Otto ou apenas ar no ciclo Diesel), e também é

onde o pistão realiza o seu movimento (SANTOS, 2009).

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Figura 7: Bloco do motor. Fonte: Apostila aula 1 – Introdução aos motores de combustão interna, Antonio Moreira dos Santos.

Cabeçote pode ser definido como tampa superior do bloco do motor, contra a qual o

pistão comprime o fluido operante. Nesta peça estão os furos para a instalação das velas de

ignição e furos para os bicos injetores de combustível no caso de motores injetados ou furos

para entrada do fluido operante no caso de motores carburados, posicionado em sua parte

inferior estão as válvulas de admissão e escape.

Figura 8: Cabeçote. Fonte: Apostila aula 1 – Introdução aos motores de combustão interna, Antonio Moreira dos Santos.

O carter é a tampa inferior do bloco do motor, cobrindo o virabrequim, bomba de óleo

lubrificante e bielas, com função de reservatório de óleo lubrificante.

Os componentes móveis de um motor de combustão interna podem ser definidos da

seguinte maneira (SANTOS, 2009):

Pistão é a parte móvel da câmara de combustão que recebe a força da expansão do

fluido operante, transferindo para a biela, através do pino do pistão, o movimento.

A biela é o braço de ligação entre o pistão e o virabrequim, sendo importante

salientar que o conjunto biela e virabrequim transformam o movimento retilíneo do pistão em

movimento rotativo do virabrequim.

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15

Figura 9: Conjunto pistão, biela e agregados.

Fonte: Apostila aula 1 – Introdução aos motores de combustão interna, Antonio Moreira dos Santos.

A árvore de manivelas, eixo de manivelas ou virabrequim é definido como eixo motor,

que na maioria das vezes, está posicionada na parte inferior do bloco do motor, recebendo

as bielas.

Árvore de comando de válvulas ou eixo comando de válvulas possui a função de

abrir as válvulas de admissão e escape, respectivamente, nos tempos de admissão e

escapamento. O acionamento deste eixo é realizado pelo virabrequim, através de

engrenagem, corrente ou correia dentada. Possuindo também ressaltos que elevam o

conjunto tucho, haste e balancim (SANTOS, 2009).

Existem dois tipos de válvulas que podem ser diferenciadas pelo tamanho, forma e

função. A válvula de admissão tem a função de permitir a entrada do fluido operante na

câmara de combustão. A válvula de escape possui a função de escape dos gases oriundos

da queima do fluido operante após a expansão do pistão.

O conjunto de acionamento das válvulas é compreendido por tucho e uma haste, que

o interliga ao balancim, apoiando – se diretamente sobre a válvula. No momento em que o

eixo comando de válvulas gira, o ressalto deste aciona o tucho, que é um pequeno cilindro

aberto na parte superior, que por sua vez move a haste, fazendo com que o balancim

transmita o movimento à válvula. Para cada ressalto do eixo comando de válvulas, que

relaciona com cada válvula, existe um conjunto de acionamento.

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Figura 10: Conjunto tucho, haste, balancins, eixo comando de válvulas, virabrequim e pistão. Fonte: Apostila aula 1 – Introdução aos motores de combustão interna, Antonio Moreira dos Santos.

O ciclo Otto ideal foi definido anteriormente conforme figura (3), o ciclo Otto real pode

ser observado na figura (11).

Figura 11: Ciclo Otto real. Fonte: Introduction to internal combustion engines, Richard Stone.

3. EXPERIMENTO

Consiste na apresentação de um motor real, com cortes em sua estrutura principal.

O motor escolhido para este experimento foi o CHT, desenvolvido e fabricado em conjunto

pela FORD do Brasil e VW do Brasil.

O modelo CHT escolhido possui cilindrada definida pelo fabricante como 1.6 que

utiliza como combustível o álcool. O motor apresentado será composto pelo sistema de

injeção de combustível e do sistema de escape dos gases, como também de peças

acessórias necessárias para o entendimento de seu funcionamento.

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Figura 11: Motor CHT, com todas as peças para o seu funcionamento. Fonte: <http://user.cjb.net/autolatinaclube/artigo-ae.html>

O experimento é constituído de um suporte construído em metal, para a sustentação

e movimentação deste motor. O suporte foi desenvolvido de forma que o motor gire 360°

sobre o seu eixo, conforme figura 12 que representa a primeira idéia para a elaboração do

suporte.

Figura 12: Esquema básico do suporte do motor.

3.1 Material

Os materiais utilizados para a montagem do experimento, assim como as

ferramentas utilizadas para a desmontagem, montagem, corte do motor e construção do

suporte são listadas abaixo.

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Motor CHT 1.6

Coletor de escape

Coletor de admissão com carburador

Tubos de ferro

Rodas do tipo giratório na “dimensão 3x1”

Tinta do tipo spray nas cores preto fosco, vermelho, grafite, laranja e cromado.

Eixo traseiro do veiculo Palio

Furadeira

Esmerilhadeira angular

Ferramentas para montagem e desmontagem do motor.

Resina epóxi

Escovas de aço circular

Lixa, com numeração 250 e 350 e 450

Disco de corte

Água, Óleo diesel, solvente para tinta, gasolina.

Pincel de 380 mm

Balde, Bacia

Trena

Paquímetro

Morsa de 100 mm

Fita crepe

3.2 Método e procedimentos O experimento foi dividido em três etapas, com o objetivo de facilitar e organizar o

desenvolvimento da atividade.

A primeira etapa consiste na desmontagem, limpeza, definição dos locais que serão

realizados os cortes no bloco, realização dos cortes e pintura.

O primeiro corte foi realizado no lado direito do bloco, na posição dos pistões 1 e 2

próximo ao volante, com 14,7 x 9,3 cm. O segundo corte realizado no ponto de fixação do

distribuidor de corrente elétrica no tamanho de 5,7 x 1,8 cm, o terceiro corte foi feito no lado

esquerdo do bloco, próximo a bomba de combustível, sobre o eixo de comando de válvulas

com o tamanho de 6,9 x 1,5 cm.

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Figura 13: Cortes no bloco, para acesso as camisas 1 e 2.

Figura 14: Cortes no distribuidor de eletricidade e no eixo comando.

A ferramenta utilizada para realizar os corte foi a esmerilhadeira angular, com disco

de corte. Como a precisão da ferramenta não é a ideal ocorreram estrapolações dos cortes,

que foram corrigidos com resina epóxi e utilizando lixa para dar uniformidade aos cortes.

Após realizar os cortes e correções, o procedimento de pintura das peças foi iniciado,

utilizando (spray) em diversas cores. O bloco foi pintado na cor azul angra, as secções de

cortes foram pintadas na cor vermelha para ressaltar a visualização.

As camisas deste motor são móveis, por este motivo, foi necessário realizar cortes

nas camisas para ser possível a visualização do movimento dos pistões 1 e 2.Na camisa 1 o

corte possui 7 cm de comprimento por 4,2 cm de largura, para a camisa 2 o corte realizado

tem 4,6 cm de comprimento por 4,1 cm de largura. Os pistões e camisas 3 e 4, não foram

instalados para diminuir o peso do sistema, mas foram mantidos nos suporte para que

possa ser realizada uma melhor visualização destes componentes. As camisas que foram

instaladas no motor foram pintadas na cor grafite.

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Figura 15: Camisas e pistões

Na segunda etapa foi realizada a montagem do motor, para o início da etapa todos

os parafusos de fixação das peças do motor foram pintados na cor preto fosco, as primeiras

peças a serem montadas foram as camisas e os pistões, foi instalado o eixo de virabrequim

no bloco. Os anéis dos pistões foram colocados de forma que sua abertura fique a mostra. A

instalação correta destes anéis seria cada corte oposto ao outro, com uma diferença de 180°

entre cada abertura.

Figura 16: Eixo virabrequim

O cabeçote pintado na cor cromado, foi instalado em sua posição correta acima do

bloco, fixando as camisas 1 e 2. No lado esquerdo do cabeçote foram instaladas as velas de

ignição. Neste momento da montagem foi realizada a colocação do motor “no ponto”, este

procedimento consiste em sincronizar a abertura e fechamento das válvulas de admissão e

escape.

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Figura 17: Cabeçote antes da pintura.

Para a realização deste procedimento as polias do eixo virabrequim e do eixo

comando de válvulas foram instaladas e ligadas pela corrente que faz o seu acionamento

simultâneo, estas polias foram pintadas na cor grafite, mostradas nas figuras 18.

Figura 18: polia do eixo comando e polia do eixo virabrequim.

Após a regulagem do motor, realizou a instalação da tampa do comando de válvula

pintada na cor preto fosco e detalhes do nome Ford presente na tampa pintado na cor

cromado, os coletores de escape e admissão foram pintados na cor grafite por ser uma

única peça de difícil isolamento para ser pintado em cores diferentes cada um, o sistema de

injeção de combustível, composta pela bomba de combustível pintada na cor laranja e

carburador pintado na cor grafite, o distribuidor de corrente elétrica e cabos foram pintados

na cor preto fosco. O filtro de óleo, bomba d‟água também foram pintados na cor laranja.

A configuração final do motor pode ser vista na figura 19 e no anexo 1.

O manual para a desmontagem e montagem do modelo CHT, que foi utilizado neste

trabalho, também pode ser acessado através do link indicado na referência bibliográfica 7.

Animações referentes ao funcionamento de cada modelo citado na introdução deste

trabalho podem ser visualizadas através dos links apresentados nas referências

bibliográficas.

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Figura 19: Configuração final do motor.

Terceira etapa reservada para o desenvolvimento do sistema de acionamento de

motor e construção e pintura do suporte.

Nesta etapa o suporte foi pintado na cor verde. Os suportes foram construídos em

metal com um tubo de ferro com diâmetro externo de 4 cm, altura sem rodas de 1m.

Na extremidade superior traseira do suporte foi soldado o eixo giratório com a base

fixadora do motor conforme a figura 20.

Figura 20: Foto do cubo eixo traseiro soldado no suporte.

Na extremidade inferior foi instalada a base em forma de cruz, nas extremidades de

cada base foi instalada uma roda, que possui a dimensão de 3x1”, para o deslocamento do

sistema suporte e motor, como mostra a figura 21, as barras de sustentação e locomoção

possui diâmetro externo de 4 cm e comprimento de cada perna de 25,5 cm.

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Figura 21: Estrutura de locomoção dos suportes

Para a movimentação da base fixadora frontal foi soldado na parte superior do tubo

metálico, um eixo fixo com diâmetro externo de 3,5 cm e comprimento de 7,6 cm, onde é

encaixada a base fixadora como mostra a figura 22. Esta base possui uma altura de 16,5 cm

e um eixo com diâmetro de 3,5 cm e comprimento de 9 cm. A haste superior possui forma

de L deslocado um do outro para a fixação da bomba de água. A haste inferior em forma de

„U‟ possui respectivamente as dimensões comprimento da base do U de 26,5 cm e 26 cm e

as laterais do U de 12 cm e 10,5 cm.

Figura 22: Inicio do suporte frontal e base fixadora.

Estas medidas são importantes para uma correta distribuição da massa do sistema,

evitando a falta de equilíbrio do conjunto.

O eixo giratório, utilizado neste suporte, é uma peça do sistema de roda do veiculo

Palio, denominada cubo traseiro, que pode ser visualizada na figura 20 e 23. Para que o

motor seja parado em seu movimento de rotação sobre o seu eixo, foi soldado um disco de

ferro com diâmetro de 13 cm, com seis furos, no eixo da base fixadora traseira a uma

distância de 7 cm dos furos já existentes no eixo giratório traseiro utilizada. Uma válvula que

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teve a sua ponta feita como a de um lápis foi utilizada para o travamento deste conjunto

como mostra a figura 24.

Figura 23: Foto cubo traseiro

Figura 24: Chapa de fixação do suporte traseiro.

A configuração final do suporte pode ser visualizada na figura 25, esta montagem foi

necessária para evitar que o sistema perca o equilíbrio, já que o motor após a montagem

permaneceu ainda com um peso muito elevado. A visualização de outras figuras do suporte

pode ser feita no anexo 2.

Figura 25: Suporte giratório para o motor.

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Para o “funcionamento do motor”, fazer girar o virabrequim e os pistões não foi

necessário desenvolver um sistema de acionamento, já que, os cortes no bloco e nas

camisas não proporcionam uma pressão grande, gerada pela compressão do fluído

operante (ar e combustível). Desta maneira o motor pode ser girado de forma simples e fácil

apenas ao movimentar o volante ou a polia frontal do virabrequim.

4. CONCLUSÃO

Com a elaboração deste trabalho de conclusão de curso, mostramos uma visão

diferente dos rendimentos, potência, cilindrada, taxa de compressão e consumo especifico

de combustível de um motor de combustão interna (MCI).

O desenvolvimento da parte experimental melhora a interação do estudante e do

leitor, com as leis da termodinâmica e dos conceitos discutidos da engenharia mecânica

relacionados ao funcionamento do motor de combustão interna.

A interação é favorecida através da visualização dos ciclos de um motor real. Com a

construção deste motor conseguimos mostrar todas as etapas e peças, necessárias para o

funcionamento do motor, proporcionando ao estudante realizar comparação entre o que

ocorre realmente no motor com o que lhe é apresentado pela teoria, na forma de gráficos ou

textuais.

A revisão teórica e o experimento auxiliam o leitor a realizar as comparações entre

os fatores, que são determinantes para a elaboração e desenvolvimento de um motor, a

partir dos conhecimentos da Física e da Engenharia Mecânica.

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5. AGRADECIMENTOS

A minha mãe Telma Carvalho e meu pai Geraldo Ribeiro pela paciência, patrocínio e

confiança em minha capacidade, minha irmã Rosa Talita pelas criticas, incentivos e leitura

do trabalho, minha tia Nadja Indaiá por ceder sua casa para a confecção do trabalho, minha

esposa Fabíola Rufino e minha filha Isabela por compreender os momentos de ausência e

pela motivação. A todos citados e não citados pelo apoio para a realização deste trabalho e

batalha para continuar e concluir o curso de Física.

Aos amigos Alexandre, Marina, Sidney, Narla, Fabrício, Thiago, Othon, Daniel, Carlos

e Patrícia por ajudarem na confecção do trabalho, na leitura e critica do trabalho, na

tradução de livros, no tratamento das figuras, no corte do motor, na pintura e montagem do

motor, no desenvolvimento do suporte. A todos os amigos que me esqueci de citar, eu

agradeço e o meu muito obrigado.

Ao professor Paulo Henrique pelo total apoio, correções, ensinamentos antes e

durante o desenvolvimento do trabalho e por ter incentivado e acreditado na minha

capacidade de realização este projeto.

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6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS

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18. Historia das leis da Termodinâmica. Disponível em: <http://nautilus.fis.uc.pt/molecularium/pt/histerm/index.html> Acessado em: 14 jan. 2009. 19. Mecânica fácil. Disponível em: Disponível em: < http://www.scribd.com/doc/6472896/Curso-de-Mecanica-de-Auto-Move-Is?autodown=pdf >. Acessado em: 22 jan. 2009. 20. BOSH. Linha de injeção eletrônica e ignição eletrônica. Disponível em: <http:www.scribd.com/doc/8345400/Apostila-Injecao-Eletronica-2001-Bosh-wwwescortmk4forumeiroscom>. Acessado em: 22 jan. 2009. 21. DEUTZ. Disponível em: <www.deutz.de>. Acessado em: 22 jan. 2009. 22. VOLKSWAGEN. Manual de manutenção do Fusca. Disponível em: <http://www.vwfusca.net/2008/12/21/abrimos-os-arquivos-da-falcao-fusca/>. Acessado em: 22 jun. 2009. 23. Motores de combustão interna. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/4074437/Fisica-PPT-Motores-de-Combustao-Interna>. Acessado em: 23 jun.2009. 24. Motor de combustão interna II. Disponível em: < http://www.scribd.com/doc/6913821/2-MOTORES-DE-COMBUSTc3O-INTERNA>. Acessado em: 23 jun. 2009. 25. Fundamentos de motores de combustão interna. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/19449331/Fundamentos-de-funcionamento-de-motores-de-combustao-interna >. Acessado em: 24 jun. 2009. 26. SENAI. Senai motores. Disponível em:<http://www.scribd.com/doc/19526160/senaimotores >. Acessado em 24 jun. 2009. 27. DANA. Dicas técnicas Dana. Disponível em: < http://www.scribd.com/doc/8689184/Dicas-Motor >. Acessado em: 24 jun. 2009.

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ANEXO(S)

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ANEXO 1: Figuras adicionais da configuração final do motor.

Figura 1: Cabeçote pintado na cor cromado.

Figura 2: Bomba de Óleo pintada na cor laranja.

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Figura 3: Visão frontal do motor (bomba de água e polias).

Figura 4: Visão lateral (cortes no distribuidor e eixo comando e bomba de combustível).

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Figura 5: Visão lateral do corte no bloco e cortes nas camisas.

Figura 6: Bomba de água, carburador e distribuidor.

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Figura 7: Visão do virabrequim e volante.

Figura 8: Visão superior do motor completo.

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Figura 9: Visão superior motor com o filtro de ar.

Figura 10: Visão superior do motor, com suporte girado.

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ANEXO 2: Figuras adicionais da configuração final do suporte.

Figura 11: Barra de travamento dos dois suportes.

Figura 12: Barra de travamento em detalhe.

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Figura 13: Suporte frontal (detalhe do eixo de sustentação do motor).

Figura 14: Ganchos para a sustentação dos pistões e camisas 3 e 4.