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• Universidade Católica de Goiás • Departamento de Psicologia • Disciplina Matrizes III cód: 2703 • Prof. Dr. Fábio Jesus Miranda 1

Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia Disciplina Matrizes III cód: 2703 Prof. Dr. Fábio Jesus Miranda 1

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• Universidade Católica de Goiás

• Departamento de Psicologia

• Disciplina Matrizes III cód: 2703

• Prof. Dr. Fábio Jesus Miranda

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A Segunda Tópica do Aparelho Psíquico

Insatisfação:

• “modelo topográfico”

• não conseguia explicar muitos fenômenos psíquicos que emergiam na prática clínica

• modelo estrutural (ou dinâmico).

A palavra “estrutura”:

• conjunto de elementos

• tem funções específicas

• são indissociados,

• interagem permanentemente,

• iinfluenciam-se reciprocamente.2

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Motivos:

O estudos sobre a histeria

• conduziu à percpção da resistência e

• à hipótese do recalque como função psíquica (defesa).

• uma representação da mente (modelo topográfica):

• Uma parte reprimida = parte inconsciente (pulsão)

• e outra parte repressora = parte consciente (ego)

• O ego controla as ações do indivíduo.

• Do ego procedem os recalques. 3

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– O EGO é a fonte:

• da resistência e

• do recalque

• Existe algo no próprio ego que é inconsciente, que funciona a despeito da vontade do analisando e produz efeitos sem que ele próprio esteja consciente.

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–A existência de uma parte inconsciente no ego, tornou impossível afirmar uma identidade do ego com a consciência e do recalcado com o inconsciente.

–Por esse motivo Freud foi obrigado a revisar as relações entre consciente e inconsciente formuladas na primeira tópica.

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Teoria do Aparelho Psíquico:

Segunda Tópica (Id-Ego-Superego).

Id ou Isso

Ego ou Eu

Supergo ou Supereu

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Id ou Isso

(Es), designa “o que há de não pessoal no nosso ser.”

• um conjunto de conteúdos de natureza pulsional

• de ordem inconsciente.

• O id constitui o pólo pulsional da personalidade.

• Comporta as características do sistema Ics (1a. Tópica).

• 2a. tópica, termo inconsciente sentido adjetiva (não presentes no campo atual da consciência).

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Do ponto de vista “econômico”

• id é o reservatório inicial da energia psíquica.

Do ponto de vista “dinâmico”

• Id interage com ego e superego, quase sempre em conflito.

Do ponto de vista “funcional”

• Id é regido pelo princípio do prazer, processo primário.

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• Ego ou Eu

na filosofia/psicologia = a pessoa humana consciente de si e objeto do pensamento.

Na teoria freudiana

• na 1a. tópica a sede da consciência.

• na 2a. tópica em grande parte, inconsciente.

• mais vasto que pré-consciente/consciente

• as suas operações defensivas são em grande parte inconscientes.

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Do ponto de vista tópico

• dependência em relação as reivindicações do id,

• imperativos do superego e

• exigências da realidade.

Do ponto de vista dinâmico

• representa, no conflito neurótico, o pólo defensivo da personalidade (ativa mecanismos de defesa percepção de um sinal de angústia).

Do ponto de vista econômico

• um fator de ligação dos processos psíquicos.10

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encarregado dos interesses da totalidade da pessoa, mas com autonomia apenas relativa.

Freud compara o ego com um empregado diante de três patrões (id, superego, realidade).

o ego é ameaçado por três perigos:

- um proveniente do mundo exterior,

- o outro da libido do id e

- o terceiro da severidade do superego.

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A gênese do ego

– diferenciado a partir do contato do id com a realidade exterior.

• O mundo externo impõe proibições

• provocam o recalcamento

• busca satisfação substitutiva p/ as pulsões.

• princípio de realidade substitui o princípio de prazer.

• o ego é também o produto de identificações.

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Superego ou Supereu

uma instância que se separou do ego e que parece dominá-lo.

Papel assimilável ao de um juiz.

um censor relativamente ao ego.

Funções do superego:

• Sede da consciência moral• da auto-observação• da formação de ideais, funções do superego.• Constitui a função crítica

herdeiro do complexo de Édipo, interiorização das exigências e das interdições parentais. 13

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formação do superego e de suas funções:

1. o superego é representado pela autoridade parental que dirige evolução infantil, alternando as provas de amor com as punições.

2. as proibições externas são internalizadas.

• o superego vem substituir a instância parental por intermédio de uma identificação.

• o superego é um caso bem-sucedido de identificação com a instância parental.

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o supereu é concebido como o “representante das exigências éticas do homem”.

Freud sublinhou também que o superego não se constrói segundo o modelo dos pais, mas segundo o que é constituído pelo superego dos pais.

A transmissão dos valores e das tradições perpetua-se, dessa maneira, por intermédio dos superegos, de uma geração para outra.

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As tensões conflituosas que se produzem entre o ego, o id e o superego, cujas exigências são contraditórias, têm uma influência duradoura sobre a formação da personalidade: esta última é a resultante de forças respectivas presentes e de seu equilíbrio dinâmico.

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2a. Tópica do Aparelho Psíquico2a. Tópica do Aparelho Psíquico

REALIDADEID

SUPEREGO

EU

Polo Pulsional

Princípio de prazer

Príncipio de realidade

Polo defensivo presonalidade

Ética

Imperativos Morais

Crítica

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O funcionamento psíquico

•O enfoque psicodi nâmico da personalidsidera

• o comportamento resultado das interações entre: impulsos, emoções, pensamentos e percepções.

•Do ponto de vista dinâmico Id, Ego e Superego são interdependentes. O ego desempenha papel de inte grador lidando simultaneamente com:

• as demandas do id,

• do superego e

• do mundo externo. 18

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• Do ponto de vista do funcionamento psíquico:

• O id incita uma ação imediata e irrefletida buscando de forma indiscriminada o prazer.

• O superego atua de forma imediata impondo uma regra e críticando automaticamente o id.

• O Ego, visando sempre o bem estar integral da pessoa, tenta decide:

• o que fazer,

• quando e

• de que forma. 19

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• O Ego tem como principal função agir como intermediário entre o id e o mundo externo. Tem como função:

• controlar as demandas dos impulsos e seus modos de satisfação.

• proteger-se dos estímulos percebidos como perigosos,

• aproveitar os estímulos favo ráveis e

• realiza modificações no meio, que possam resultar em benefício da própria pessoa.

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• Neste sentido, o ego é (espera-se que seja) a parte do aparelho psíquico que:

• busca um equibíbrio, entre as forças dos impulsos primitivos e irracionais do id e as forças das exigências (éticas, morais) do superego e imposições do mundo externo, considerando os aspectos individuais e o contexto social em que o indivíduo está inserido.

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