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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL LINHA DE PESQUISA: REGIMES JURÍDICOS INTERNACIONAIS PROJETO DE PESQUISA: GOVERNANÇA GLOBAL Professor Responsável: Dr. Alcindo Fernandes Gonçalves 1. RESUMO DO PROJETO E SUA INSERÇÃO SOCIAL Estudo e investigação do tema da governança global, suas possibilidades e limites; discussão de assuntos correlatos – a busca de uma democracia global e a valorização do localismo, em curso no mundo globalizado; seus vínculos aos aspectos normativos que envolvem o Direito, especialmente no campo da eficácia e legitimidade das normas necessárias ao funcionamento de uma nova ordem política e jurídica internacional. 2. OBJETIVOS GERAIS Estimular a pesquisa e obter dos alunos reflexão fundamentada sobre o tema da governança global visando a melhor compreensão do direito internacional em geral e do direito da integração em particular. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estudar e discutir o conceito de governança global, os limites e as possibilidades reais da participação ampliada da sociedade civil na governança global, e suas implicações institucionais e normativas, buscando apreender suas conseqüências no campo do Direito Internacional e do Direito Ambiental. 4. JUSTIFICATIVA O tema da governança é hoje discutido nas mais diferentes áreas. Governança é definida, em termos gerais, como a “a totalidade das diversas maneiras pelas quais os indivíduos e as instituições, públicas e privadas, administram seus problemas comuns”, segundo a Comissão sobre a Governança Global, em 1996. E acrescenta: “governança diz respeito não só a instituições e regimes formais autorizados a impor obediência, mas também a acordos informais que atendam os interesses das pessoas e instituições”. Fica assim evidente que governança é meio e processo capaz de produzir resultados eficazes, sem necessariamente a utilização expressa da coerção. Embora ela não exclua a dimensão estatal, ela é mais ampla, salientando a necessidade da participação de setores não-estatais na administração de problemas. Daí porque, quando se examina o tema da governança, surgir com destaque o papel das organizações não-governamentais. O estudo da governança global tem importância central para o Direito Internacional, uma vez que remete a questões como: soberania dos Estados diante da globalização, participação da sociedade civil nas decisões e formulações de

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL

LINHA DE PESQUISA: REGIMES JURÍDICOS INTERNACIONAIS

PROJETO DE PESQUISA: GOVERNANÇA GLOBAL

Professor Responsável: Dr. Alcindo Fernandes Gonçalves

1. RESUMO DO PROJETO E SUA INSERÇÃO SOCIAL

Estudo e investigação do tema da governança global, suas possibilidades e limites; discussão de assuntos correlatos – a busca de uma democracia global e a valorização do localismo, em curso no mundo globalizado; seus vínculos aos aspectos normativos que envolvem o Direito, especialmente no campo da eficácia e legitimidade das normas necessárias ao funcionamento de uma nova ordem política e jurídica internacional.

2. OBJETIVOS GERAIS

Estimular a pesquisa e obter dos alunos reflexão fundamentada sobre o tema da governança global visando a melhor compreensão do direito internacional em geral e do direito da integração em particular.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estudar e discutir o conceito de governança global, os limites e as possibilidades reais da participação ampliada da sociedade civil na governança global, e suas implicações institucionais e normativas, buscando apreender suas conseqüências no campo do Direito Internacional e do Direito Ambiental.

4. JUSTIFICATIVA

O tema da governança é hoje discutido nas mais diferentes áreas. Governança é definida, em termos gerais, como a “a totalidade das diversas maneiras pelas quais os indivíduos e as instituições, públicas e privadas, administram seus problemas comuns”, segundo a Comissão sobre a Governança Global, em 1996. E acrescenta: “governança diz respeito não só a instituições e regimes formais autorizados a impor obediência, mas também a acordos informais que atendam os interesses das pessoas e instituições”.

Fica assim evidente que governança é meio e processo capaz de produzir resultados eficazes, sem necessariamente a utilização expressa da coerção. Embora ela não exclua a dimensão estatal, ela é mais ampla, salientando a necessidade da participação de setores não-estatais na administração de problemas. Daí porque, quando se examina o tema da governança, surgir com destaque o papel das organizações não-governamentais.

O estudo da governança global tem importância central para o Direito Internacional, uma vez que remete a questões como: soberania dos Estados diante da globalização, participação da sociedade civil nas decisões e formulações de

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política internacional, especialmente nas organizações internacionais, entre outras questões.

O projeto de pesquisa busca precisar o conceito de governança global, buscando definir sua aplicação no campo do Direito, notadamente no Direito Econômico Internacional. Em seguida, tenta discutir o papel e a função das organizações não internacionais no plano do Direito Internacional, especialmente nas organizações internacionais econômicas. Ainda que não com personalidade jurídica capaz de caracterizá-los como sujeitos de direito internacional, qual deve ser o seu papel e sua função, quais os seus limites de ação e legitimidade?

5. METODOLOGIA DA PESQUISA

a) Leituras sobre a bibliografia pertinente ao tema; b) Reuniões periódicas de discussão envolvendo alunos (graduação, mestrandos e professores); c) Seminários abertos sobre o tema; d) Redação de artigos durante o desenvolvimento da pesquisa.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (FASE PRELIMINAR)

ARTS, Bas; NOORTMANN, Math; REINALDA, Bob (eds). Non-State Actors in International Relations. Burlington: Ashgate, 2001.

BARROS-PLATIAU, Ana Flávia. "Novos Atores, Governança Global e o Direito Internacional Ambiental". Meio Ambiente. Coleção Grandes Eventos, Volume I, Brasília, Escola Superior do Ministério Púbico (ESMPU), 2004, p. 11-22.

BLUEMEL, Erik B. “Overcoming NGO Accountability Concerns in International Governance”. In: Brooklyn Journal of International Law. 2005. p. 141-206.

CAMARGO, Sonia de. “Governança Global: utopia, desafio ou armadilha?”. In: Fundação Konrad Adenauer. (Org.). Governança Global: reorganização da política em todos os níveis de ação. 1ª. ed. São Paulo: Fundação Konrad-Adenauer-Stiftung, 1999, v. 16, p. 3-14.

COMISSÃO SOBRE GOVERNANÇA GLOBAL. Nossa Comunidade Global. O Relatório da Comissão sobre Governança Global. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996.

HERNÁNDEZ-LÓPEZ, Ernesto. “Recent Trades and Perspectives for Non-State Actor Participation in World Trade Organization Disputes”. In: Journal of World Trade 35 (3), 2001. pp. 469-498.

KRAHMAN, Elke. “National, Regional and Global Governance: One Phenomenon or Many”. In: Global Governance 9 (2003), p. 323-346.

MATIAS, Eduardo Felipe P. A Humanidade e suas Fronteiras. Do Estado Soberano à Sociedade Global”. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

ROSENAU, James N. e CZEMPIEL, Ernst-Otto. Governança sem governo: ordem e transformação na política mundial. Brasília: Ed. Unb e São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000.

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SPAR, Debora e DAIL, James. “Of Measurement and Mission: Accounting for Performance in Non-Governmental Organizations”. In: Chicago Journal of International Law. Spring 2002. p. 171-181.

SPIRO, Peter J. “Accounting for NGOs”. In: Chicago Journal of International Law. Spring 2002. p. 161-169.

WAPNER, Paul. “Paradise Lost? NGOs and Global Accountability”. In: Chicago Journal of International Law. Spring 2002a. p. 155-160.

WAPNER, Paul. “Defending Accountability in NGOs”. In: Chicago Journal of International Law. Spring 2002b. p. 197-205.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL

LINHA DE PESQUISA: REGIMES JURÍDICOS INTERNACIONAIS

PROJETO DE PESQUISA: A DISCIPLINA JURÍDICA INTERNACIONAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL

E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

Professor Responsável: Dr. Fernando Fernandes da Silva

1. RESUMO DO PROJETO

Trata-se de um projeto de pesquisa, sob a coordenação do prof. Fernando Fernandes da Silva, inserido na linha de pesquisa do programa de mestrado da UNISANTOS, denominada: Direito Internacional Econômico. Neste projeto de pesquisa investigamos as principais fontes de Direito Internacional, relativas à disciplina jurídica da propriedade intelectual e o do patrimônio cultural da humanidade, que estão inseridas em nosso ordenamento jurídico e que produzem ou possam produzir efeitos que provoquem transformações sociais, econômicas, políticas e culturais na sociedade brasileira.

a) OBJETIVOS GERAIS Conhecer o regime jurídico internacional que incide nestas áreas e o impacto das normas deste regime jurídico na realidade brasileira. Os principais tratados que compõem este regime jurídico internacional, no âmbito da proteção da propriedade intelectual, são o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Anexo 1C ao Acordo de Marraqueche de 1996, que cria a O.M.C. - Organização Mundial do Comércio) e as convenções aprovadas, sob o patrocínio da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, à Ciência e à Cultura): (1) a Convenção para a Proteção dos Bens Culturais em Caso de Conflito Armado – Convenção de Haia de 1954 e os seus Protocolos Adicionais I (1954) e II (1999); (2) a Convenção sobre as Medidas a Serem Adotadas para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e Transferência de Propriedade dos Bens Culturais (1970); (3) a Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural (1972) e; (4) a Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático (2001).

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b) OBJETIVOS ESPECÍFICOS I - As Esferas Jurídicas da Propriedade Intelectual e do Patrimônio Cultural da Humanidade: as áreas de intersecção. II - O Regime Jurídico Internacional da Propriedade Intelectual. III - O Regime Jurídico do Patrimônio Cultural da Humanidade. IV - A Inserção das Normas Internacionais de Ambos os Regimes Jurídicos no Direito Brasileiro. V – O Impacto na Realidade Brasileira, na Perspectiva da Sociedade Global: aspectos econômicos, sociais, políticos e econômicos. VI – Conclusões.

A estrutura dos tópicos, acima mencionada, está relacionada com os seguintes aspectos da pesquisa e os objetivos a serem alcançados:

a) Quais os bens, que são objeto de apropriação, e que se inserem num regime jurídico de propriedade industrial e de direitos autorais; e quais os bens que devem ser disponibilizados para a coletividade humana? b) Quais são as principais fontes jurídicas internacionais de regulamentação, a exemplo dos tratados, e os seus mecanismos de implementação dos regimes jurídicos mencionados? c) Quais são os impactos causados por tais fontes jurídicas internacionais na realidade brasileira, sobretudo nos aspectos normativos? d) Como avaliar se tais fontes são relevantes para responder às necessidades da realidade sócio-econômico brasileira na perspectiva da globalização?

2. INSERÇÃO SOCIAL DO PROJETO

A internacionalização da proteção dos direitos de propriedade intelectual – em resumo: direitos autorais e direitos da propriedade industrial, tais como marcas e patentes – têm início na segunda metade do século XIX, ao constatarmos iniciativas, neste sentido, como o Primeiro Congresso Internacional para Consideração da Proteção das Patentes (Viena, 1872). Tais iniciativas são resultados da Revolução Industrial, que ocorre nos Estados da Europa Ocidental e nos E.U.A., que introduz formas novas de organização do modo de produção na economia de mercado. Tais formas, como a manufatura, a organização da produção em segmentos fracionados e especializados e em larga escala proporciona um fenômeno que se mantém até os dias atuais: a internacionalização do modo de produção e a interdependência econômica dos Estados. Portanto, a regulamentação internacional da circulação de bens e de direitos é uma conseqüência lógica, como observamos na regulamentação das patentes. Atualmente, o principal tratado relativo à matéria é o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Anexo 1C ao Acordo de Marraqueche de 1996, que cria a O.M.C.) ou Acordo TRIPs (Treaty Related Intellectual Property Rights) que faz parte do ordenamento jurídico da O.M.C.

No mesmo sentido, desde meados do século XIX são aprovadas as primeiras convenções internacionais que dispunham de regras de proteção dos bens culturais, ou bens de interesse artístico, histórico, religioso, arqueológico e paleontológico, como por exemplo, as Convenções de Haia de 1899 e 1907, que regulamentaram a ação dos exércitos e beligerantes na guerra. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) com a criação da UNESCO, são aprovadas quatro convenções de proteção do patrimônio cultural da humanidade, sob o seu patrocínio, já citadas.

Assim, temos na órbita internacional normas de proteção de bens culturais suscetíveis de serem apropriados pelo homem, através do exercício do seu direito de propriedade, previsto praticamente em todos os ordenamentos jurídicos estatais e no Direito Internacional, que em resumidamente são o direito autoral e da propriedade industrial; e temos, também, normas de proteção de bens culturais

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que outorgam à coletividade humana o direito de usufruí-los e que em sua maioria são insuscetíveis de apropriação: pinturas, esculturais, obras de arte, bens de caráter científico utilizados para a pesquisa como os bens arqueológicos, dentre outros.

Em suma, a inserção social deste projeto caracteriza-se pelo fato que tais bens culturais são produtos da criatividade humana e revelam um conflito social que de um lado há setores que apregoam a apropriação e outros setores a sua utilização coletiva, sem quaisquer ônus, a não ser aquele relativo à conservação e a recuperação. Este mesmo conflito deve ser observado na sociedade brasileira, pois se trata de um fenômeno típico da nossa sociedade global. 3. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia compreende a análise de fontes primárias e secundárias. Em relação ao primeiro segmento a pesquisa deverá contemplar a análise de atas das conferências que originaram as convenções mencionas, para detectar as concepções teóricas e os interesses sociais, econômicos e políticos que acarretaram a celebração de tais convenções. Em relação às fontes secundárias, a pesquisa e a análise, em especial, de textos jurídicos, das ciências sociais e das ciências econômicas a respeito do regime jurídico internacional da propriedade intelectual e do patrimônio cultural; além de estudos realizados por organizações internacionais afetas aos temas, a exemplo, da Organização Mundial do Comércio, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual e da Organização Mundial do Comércio.

4. CRONOGRAMA

As pesquisas tiveram início em agosto de 2006 e semestralmente serão apresentados relatórios das atividades empreendidas, sob a coordenação do professor responsável e outros mestrandos envolvidos.

5. RESULTADOS ESPERADOS

Os resultados esperados são: 1) a utilização do projeto para servir de base teórica e empírica para a concepção de disciplinas relativas às áreas compreendidas pelo projeto; 2) a participação de professores e alunos em congressos e eventos similares em que haja intercâmbio científico; 3) a publicação de obras e artigos relativos às áreas de conhecimento contempladas pelo projeto e; 4) a publicação dos resultados finais da pesquisa.

6. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Professor Responsável: Dr. Fernando Fernandes da Silva

Mestrandos Participantes: b.1) Alexandre Dias Afonso; b.2) Marcelo Vanzella Sartori.

Recursos Materiais: Utilização do local, dos computadores e dos livros, bem como outros recursos fornecidos pela UNISANTOS.

7. FINANCIAMENTO DO PROJETO

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Os recursos do projeto advêm da própria UNISANTOS e futuramente de eventuais instituições que tenham o interesse no seu desenvolvimento.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (FASE PRELIMINAR)

ADUANEIRAS. Resultados da Rodada Uruguai do GATT: decreto nº 1.355 – de 30/12/94 – D.O.U. de 31/12/94. São Paulo: Edições Aduaneiras LTDA, 1995.

CASTRO, Sonia Rabello de. O Estado na Preservação de Bens Culturais: o tombamento. Rio de Janeiro: Renovar, 1991.

CORREA, Carlos; YUSUF A., Abdulaqwi, editors. Intellectual Property and International Trade: The Trips Agreement. London: Kluwer Law International, 1998.

FERREIRA, Ivete Senise. A Tutela Penal do Patrimônio Cultural. São Paulo: Revista dos Tribunais: 1995.

HERZ, Mônica; HOFFMANN, Andrea Ribeiro. Organizações Internacionais: história e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

LA ROSA, Oriol Casanovas y. La Proteccion Internacional Del Patrimônio Cultural. Madri: Instituto Hispano-Luso-Americano de Derecho Internacional. Apresentado no XVI Congresso na cidade de Mérida, Venezuela, entre 18 a 23 de março de 1991.

SILVA, Fernando Fernandes da. As Cidades Brasileiras e o Patrimônio Cultural da Humanidade. São Paulo: Peirópolis: editora da Universidade de São Paulo, 2003.

SOARES, Guido Fernando Silva. Direito Internacional do Meio Ambiente: emergência, obrigações e responsabilidades. São Paulo: editora Atlas, 2001.

ZAITZ, Daniela. Direito & Know – How: uso, transmissão e proteção dos conhecimentos técnicos ou comerciais de valor econômico. Curitiba: Juruá, 2005.

UNESCO. Convenciones y recomendaciones de la Unesco sobre la protección del patrimonio cultural. Lima: PNUD/UNESCO, 1986.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO AMBIENTAL

LINHA DE PESQUISA: DIREITO AO MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE E CONFLITOS AMBIENTAIS

PROJETO DE PESQUISA: A UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS ECONÔMICOS NO DIREITO AMBIENTAL E SUA

ARTICULAÇÃO COM OS INSTRUMENTOS DE COMANDO E CONTROLE

Professora Responsável: Dra. Ana Maria de Oliveira Nusdeo

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1. RESUMO

Este projeto tem por objeto a análise da utilização de instrumentos econômicos na legislação brasileira e no direito comparado, bem como a sua articulação com os instrumentos de controle nas políticas ambientais.

1.a. OBJETIVOS GERAIS

Compreensão das características, experiências, limites e possibilidades da utilização de instrumentos econômicos nas políticas ambientais e das formas de sua articulação com os instrumentos de controle.

1.b. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos do projeto são a análise: 1) das experiências de utilização dos instrumentos econômicos na legislação brasileira; 2) das experiências de utilização de instrumentos econômicos para a proteção ambiental no direito comparado, em especial na Comunidade européia e nos estados Unidos e 3) da sua adequação e efetividade para a consecução dos objetivos das políticas públicas de proteção ambiental, em comparação ou em articulação com instrumentos de controle.

2. JUSTIFICATIVA

As políticas de proteção ambiental devem ser formuladas com vistas à criação de incentivos aos agentes econômicos para agirem no sentido da preservação do meio ambiente. Nesse sentido, distinguem-se dois tipos de instrumentos disponíveis, a serem utilizados pela legislação: os instrumentos de controle e os instrumentos econômicos. A efetividade das políticas em questão depende, em certa medida, de uma adequada proporção e relação entre os dois tipos de instrumentos.

Instrumentos de comando e controle são aqueles que fixam padrões determinados para as atividades econômicas a fim de assegurar que cumpram os objetivos da política em questão, por exemplo, reduzir a poluição do ar ou da água, penalizando a sua inobservância com sanções. Os exemplos mais típicos são a normas de controle da poluição atmosférica ou da água e as normas estabelecendo restrições para a utilização de áreas protegidas.

Instrumentos econômicos, por sua vez, são aqueles que atuam diretamente nos custos de produção e consumo dos agentes cujas atividades estejam inseridas nos objetivos da política em questão. Os exemplos são os tributos em geral e os preços públicos, que podem ser criados, majorados ou reduzidos, assim como a criação de mecanismos de mercado para transações dentro de limites legais de utilização dos recursos naturais.

As experiências de utilização de instrumentos econômicos no Brasil são amplas, e podem ser identificadas, desde a cobrança de royalties sobre a utilização de determinados recursos naturais, como o petróleo, até a cobrança pelo uso da água, em fase de implementação das diferentes bacias hidrográficas. Incluem ainda a cobrança de percentuais sobre a exploração dos serviços de energia elétrica para financiar o desenvolvimento das fontes alternativas, o PROINFRA e, ainda, a receita ecológica do ICMS. Mais recentemente, a entrada em vigor do Protocolo de Quioto vem abrindo novas possibilidades para a criação de mercado de créditos de carbono dos quais o Brasil pode participar com base no “mecanismo de desenvolvimento limpo”, estabelecido no protocolo. No entanto, não existe ainda uma real compreensão sobre a efetividade dos instrumentos econômicos nas políticas ambientais, nem sobre o potencial de sua utilização em políticas públicas não voltadas especificamente à preservação ambiental, mas nas quais há utilização de recursos naturais (mineração e energia elétrica, por exemplo) ou há geração de algum tipo de impacto ambiental (telecomunicações).

3.INSERÇÃO SOCIAL

A problemática da efetividade das políticas ambientais e da necessidade de criarem-se instrumentos que incentivem os agentes a comportarem-se no sentido do incremento da

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proteção ambiental é central no estudo do direito ambiental. Nesse sentido, o presente projeto objetiva ampliar o conhecimento e os debates na comunidade acadêmica e na sociedade civil sobre essas questões.

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

a) Identificação de políticas públicas e setores da legislação nos quais há utilização de instrumentos econômicos como casos a serem estudados pelos pesquisadores do grupo;

b) Levantamento de bibliografia sobre o tema dos instrumentos econômicos na literatura jurídica e econômica;

c) Levantamento de bibliografia sobre o uso de instrumentos econômicos e de controle em setores específicos da política ambiental e da legislação;

d) Pesquisa e análise de direito comparado sobre o tema;

e) Análise e estudo do material.

5. RESULTADOS ESPERADOS

a) Estruturação de grupo de pesquisa envolvendo alunos do mestrado e da graduação;

b) Produção de artigos sobre o tema pelos pesquisadores docentes e discentes envolvidos;

c) Produção de dissertações, monografias de conclusão de curso e de iniciação científica;

d) Apresentação de trabalhos em congressos e seminários.

6. CRONOGRAMA

Apresentação de relatórios semestrais, num prazo de 2 anos, admitida a prorrogação

7. RECURSOS HUMANOS

a) Professor responsável: Dra. Ana Maria de Oliveira Nusdeo

b) Alunos de mestrado:

Cristiane Vieira Jaccoud Luis Carlos Costa Rogério da Cruz Caradori

c) Aluna de iniciação científica (bolsista):

Vivian Mônica Faria

8. RECURSOS MATERIAIS

a) Acesso a computadores; b) Uso de databasis de pesquisa da universidade; c) Acesso a sala de reuniões; d) Recursos para compra de livros e fotocópias de artigos.

9. FINANCIAMENTO DO PROJETO

Recursos advindos da UNISANTOS e eventualmente de outra instituição de pesquisa.

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARNEIRO, Ricardo. Direito ambiental; uma abordagem econômica. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 98/148.

COASE, Ronald H. El problema del coste social. In KLINK, Federico Aguilera,

ALCÁNTARA, Vincent. De la economía ambiental a la economía ecológica. Barcelona: Icaria/Fuhem, 1994, p. 65/133.

FINDLEY, Roger, FARBER, Daniel R. e FREEMAN, Jody. Cases and Materials on environmental law. St. Paul: West Publishing, 2003.

KAPP, K. William. El caráter de sistema Abierto de la Economia y sus Implicaciones. KLINK, Federico Aguilera e ALCANTARA, Vincent. De la economia ambiental a la econopmia ecologica. Barcelona: Icaria, 1994. p. 323/342.

LAZARUS, Richard J. Pursuing “environmental justice: the distributional effects of environmental protection. Northwestern University Law Review, v. 87, 1993, p. 787/857

MOTTA, Ronaldo S., OLIVEIRA, José Marcos D. e MARGULLIS, Sérgio. Proposta de tributação ambiental na atual reforma tributária brasileira. IPEA. Texto de discussão 738, http://www.ipea.gov.br/pub/td738pdf,

MOTTA, Ronaldo Serôa. Instrumentos econômicos e política ambiental. Revista de direito ambiental, n. 20, out/dez 2000, p.

MOTTA, Ronaldo, RUITENBECK, Jack e HUBER, Richard. Uso de instrumentos econômicos de gestão ambiental da América Latina e Caribe: Lições e recomendações. IPEA, Texto de discussão no. 440, 1996. http://www.ipea.gov.br/pub/td0440pdf

NAREDO, José Manuel. Sobre el origen, el uso e el contenido de del termino sustenible. http://home.fa.utl.pt/~camarinhas/3-leituras9.htm.

NUSDEO, Fábio. Desenvolvimento e ecologia. São Paulo: Saraiva, 1975.

OLIVEIRA, José Marcos D. Direito tributário e meio ambiente; proporcionalidade, tipicidade aberta, afetação da receita. Rio de janeiro: Renovar, 1999.

SACHS, Ignacy. Desenvolvimento includente, sustentável. Garamond, 2004.

SCAFF, Fernando F. e TUPIASSU, Lise V. C.. Tributação e políticas públicas. O ICMs ecológico. Revista de direito ambiental, v. 38, 2005, p. 99/120.

SOARES, Cláudia Dias. Como agem os grupos de interesse e as comunidades epistemológicas sobre a configuração da política ambiental? Revista de direito ambiental, n. 36, 2004, p. 58/84.

TORRES, Heleno. Direito tributário ambiental. São Paulo:Malheiros, 2005.

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ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL

Linha de Pesquisa: Regimes Jurídicos Internacionais Tema da Pesquisa: Os Meios de Regulação do Trabalho no Mercado Global

Professora Responsável: Dra. Ana Virgínia Moreira Gomes

1. EMENTA

Investigação dos novos instrumentos pelos quais as relações de trabalho podem ser reguladas, considerando o questionamento atual dos meios característicos do Estado Social, diante do desenvolvimento de modelos de produção e inovações tecnológicas propiciadoras de maior movimentação do capital no mercado global.

2. OBJETIVOS GERAIS

Propor meios de regulação do trabalho, garantidores de direitos fundamentais dos trabalhadores, considerando o processo de internacionalização da economia e seus efeitos no mercado laboral.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I. Compreender os principais aspectos das transformações do mundo do trabalho; II. Avaliar a atuação normativa da OIT; III. Analisar a crise dos sindicatos e viabilidade da negociação coletiva; IV. Estudar a regulação do trabalho nos blocos regionais, especificamente, Mercosul e União Européia.

4. JUSTIFICATIVA

A dignidade do trabalhador consolidou-se como um direito fundamental a partir do desenvolvimento do Direito do Trabalho, alicerçado no Estado social, na empresa nacional e no modo fordista de produção. O questionamento atual dessa estrutura ameaça a permanência do Direito Laboral como ramo jurídico autônomo e como meio de solução dos conflitos do trabalho. Não se efetivou, no entanto, nenhum processo de transição a um modelo distinto de regulação laboral. Os mecanismos de flexibilização e desregulação apontam para uma situação de anomia, justificada pela necessidade de competitividade empresarial no cenário internacional e desconsiderando a discussão acerca dos meios adequados para a preservação do status já alcançado pelo trabalho. A formulação de novas soluções, tais como, a intensificação da negociação coletiva e da atuação de organizações internacionais, pressupõe, portanto, a compreensão da própria crise do trabalho.

5. METODOLOGIA DA PESQUISA

Análise de textos do direito, economia e sociologia do trabalho, além dos estudos realizados por organismos internacionais, tais como a Organização Internacional do Trabalho, Organização Internacional do Comércio e a Confederação Internacional dos Sindicatos Livres, que abordem a efetivação de normas fundamentais do trabalho. Exame das principais convenções e recomendações da Organização Internacional do Trabalho.

6. CRONOGRAMA

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Início das pesquisas em março de 2001. Relatórios semestrais da atividade do pesquisador e dos mestrandos envolvidos

7. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

a) Professor responsável: Dra. Ana Virgínia Moreira Gomes; b) Professores envolvidos: Dr. José Augusto Fontoura Costa; c) Mestrandos envolvidos d) Participação prevista de graduandos; e) Recursos materiais: computador; programas para edição de texto e tratamento estatístico de dados; local para reuniões da equipe; recursos para fotocópias e arquivamento do material recolhido; recursos para viagens a Campinas, São Paulo e Brasília (sede da biblioteca da OIT).

8. RESULTADOS ESPERADOS

Relatórios semestrais, participação de professores e alunos em congressos, publicação de artigos e publicação final dos resultados da pesquisa.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANISI, David. Creadores de Escasez del bienestar al miedo. Madrid, Alianza Editorial, 1998.

BAYLOS, Antonio. Derecho del Trabajo modelo para armar. Madrid, Editorial Trotta, 1991.

BECK, Ulrich. ¿Qué es la globalización? Falacias del globalismo, respuestas a la globalización. Barcelona, Paidós, 1998.

BELTRAN, Ari Possidônio. Os Impactos da Integração Econômica no Direito do Trabalho – Globalização e Direitos Sociais. São Paulo, LTr, 1998.

BRONSTEIN, Arturo S. Reforma Laboral en América Latina: Entre Garantismo y Flexibilidad. Revista Internacional del Trabajo. V. 116, nº 1, 1997.

CAMPOS, João Mota de (Coord.). Organizações Internacionais. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1999.

CASTELLS, Manuel. La Era de la Información: Economía, Sociedad y Cultura. Vol. 1. La Sociedad Red. Madrid, Alianza Editorial, 1998.

FREITAS Jr., Antônio Rodrigues de. Direito do Trabalho na Era do Desemprego: instrumentos jurídicos em políticas públicas de fomento à ocupação. São Paulo, LTr, 1999.

LEE, Eddy. Mundialización y normas del trabajo. Puntos del debate. Revista Internacional del Trabajo. V. 116, nº 2, 1997.

POCHMANN, Márcio. O Emprego na Globalização. São Paulo, Boitempo Editorial, 2001.

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POSTHUMA, Anne Caroline (org.). Abertura e ajuste do mercado de trabalho no Brasil: políticas para conciliar os desafios de emprego e competitividade. Brasília, O.I.T.; São Paulo, M.T.E., 1999.

RODRIGUES, Leôncio Martins. Destino do Sindicalismo. São paulo, EDUSP FAPESP, 1999.

ROSANVALLON, Pierre. La Crisis del Estado Providencia. Madrid, Civitas, 1995.

SALAMANA, Pierre. Pobreza e Exploração do Trabalho na América Latina. São Paulo, Boitempo Editorial, 1999.

SANTOS, Boaventura de Sousa. La Globalización del Derecho. Los nuevos caminos de la regulación y la emancipación. Bogotá, ILSA, 1998.

SUPIOT, Alain. Crítica del Derecho del Trabajo. Madrid, Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales, 1996.

VALLEJO, Manuel Diez de Velasco. Las Organizaciones Internacionales. Madrid, Tecnos, 10ª Edição, s/d.

VITTA, Álvaro de. Justiça Liberal. Argumentos liberais contra o neoliberalismo. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1993.

WALLERSTEIN, Immanuel. El Futuro de la Civilización Capitalista. Barcelona, Icaria Editorial, 1997.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO AMBIENTAL

LINHA DE PESQUISA: DIREITO DO MEIO AMBIENTE, CONFLITOS AMBIENTAIS E

SUSTENTABILIDADE

PROJETO DE PESQUISA: BIODIVERSIDADE, SOCIODIVERSIDADE E ATIVIDADE ECONÔMICA DIANTE

DO DIREITO AMBIENTAL NACIONAL E INTERNACIONAL.

Professora Responsável: Livre-Docente Cristiane Derani

1. RESUMO DO PROJETO DE PESQUISA

A base da existência humana é a natureza. É, também, pelo contato com seu meio que são desenvolvidas as diversas formas de criar, fazer e viver dos seres humanos. A cultura é uma construção humana com o meio, e a natureza é apreendida e vivenciada pelos seres humanos de modos diversos, revelando a diversidade de possibilidades de construção da vida em sociedade.

O reconhecimento jurídico do valor da biodiversidade e da diversidade cultural para o desenvolvimento sustentável das sociedades humanas tem seu marco definitivo

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com a Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada no encontro mundial sobre Meio ambiente e Desenvolvimento promovido pelas Nações Unidas, no Rio de Janeiro em 1992.

Desde o Rio de Janeiro, o desenvolvimento sustentável foi adotado como política por numerosas nações, tanto em nível nacional como regional. Este princípio também tem influenciado o desenvolvimento de normas e políticas de organizações internacionais, incluindo a FAO, FMI, Banco Mundial, OMC, e UNDP. (Birnie, Boyle, p. 84)

A Convenção sobre Diversidade Biológica, enquanto reconhecia o valor intrínseco da biodiversidade para a espécie humana e sua sobrevivência futura, previu ao mesmo tempo o uso sustentável dos recursos biológicos incorporando princípios e estratégias de conservação e desenvolvimento econômico.

Traz como obrigações básicas:

a) uso sustentável dos recursos biológicos; b) conservação da diversidade biológica; c) tratamento cuidadoso com introdução de espéices exóticas; d) reconhecimento do papel das comunidades tradicionais e dos povos indígenas para a conservação da biodiversidade; e) biossegurança e introdução de organismos vivos modificados.

Além disto busca assegurar a repartição justa e eqüitativa de benefícios, pelo acesso aos recursos genéticos e o recebimento de incentivos assim como o acesso e transferência de tecnologias para os países em desenvolvimento.

Dentro deste quadro, existe um campo extenso de pesquisa para a interpretação dos instrumentos legais, o estudo comparativo dos desdobramentos nacionais da CBD, a implementação no Brasil das Convenções por ele ratificadas e o alcance efetivo de seus objetivos.

Este projeto, portanto divide-se em três campos materiais de estudo:

1. Acesso ao recurso genético e repartição de benefícios; 2. Conservação da diversidade biológica e cultura e desenvolvimento agrícola, inclusive o uso de organismos vivos geneticamente modificados; 3. Uso dos recursos naturais e respeito às comunidades locais e povos indígenas.

2. INSERÇÃO SOCIAL DO PROJETO

Os estudos desenvolvidos neste projeto deverão atingir o reconhecimento das diversas práticas de produzir a partir da natureza, orientar interpretação das normas ambientais existentes para uma melhor coexistência entre as diferentes culturas humanas e as diversas opções de produção. Portanto, questões como uso adequado dos recursos naturais para as políticas de desenvolvimento econômico, e respeito aos direitos humanos especificamente ao meio ambiente equilibrado e salubre, serão tratadas no âmbito do direito e deverão orientar a prática política, jurídica e o exercício da cidadania.

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

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Para o desenvolvimento dos três campos de investigação do projeto de pesquisa será utilizada base bibliográfica com foco em: a) direito ambiental; b) direito ambiental internacional; c) direito econômico nacional e direito econômico internacional; d) ecologia e) economia f) antropologia g) geografia h) filosofia

Também será realizado trabalho de campo, para melhor reconhecimento das especificidades objetivas da complexa questão da interculturalidade e do conceito real de desenvolvimento sustentável.

Recursos áudios-visuais, como documentários e gravações são de grande valor para enriquecer a pesquisa.

4. RESULTADOS ESPERADOS

Publicações, artigos, dissertação de mestrado, produção áudio-visual, conferências e seminários.

5. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Local e equipamentos da Universidade Católica de Santos; alunos do Programa de Mestrado em Direito Internacional e Ambiental da UNISANTOS.

Inserindo este projeto de pesquisa no projeto aprovado pelo aprovado pelo CNPq “Direitos, recursos materiais e conflitos ambientais: o Tratado de Cooperação Amazônica”, há previsão de recursos decorrentes desta instituição de fomento e a participação de alunos do mestrado da Universidade do Estado do Amazonas que integra o referido projeto.

6. FINANCIMANTO DO PROJETO

Recursos da Universidade, CNPq e outras bolsas de estudo que venham a ser requeridas pelos alunos e docente.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DERANI, Cristiane. Direito Ambiental Econômico. São Paulo, Editora Max Limonade, 2001;

BIRNIE, Patricia; Boyle, Alan. International Law & the environment, Oxford University Press, 2002;

CARREAU, Dominique; Juillard, Patrick. Droit International économique, Editions Dalloz, 2005 ;

GURUSWAMY, Lakshman . International Environmental Law, Thomson West, 2003;

LOWENFELD, Andreas F. International Economic Law, Oxford University Press, 2002;

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KISS, Alexandre Charles (Editor). Economic Globalization and Compliance with international Environmental Agreements (International Environmental Law and Policy Series, V.63);

STOIANOFF, Natalie P. (Editor). Acessing Biological Resources: Complying with the Convention on Biological Diversity (International Environmental Law and Policy Series);

STEINBERG, Paul F.Environmental Leadership in Developing Countries: Transnational Relations and Biodiversity Policy in Costa Rica and Bolívia (American and Comparative Environmental Policy).

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM DIREITO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO AMBIENTAL

LINHA DE PESQUISA:

DIREITO AO MEIO AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE E CONFLITOS AMBIENTAIS

PROJETO DE PESQUISA:

A EFETIVIDADE DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE SANTOS-SP

Professor Responsável: Dr. Edson Ricardo Saleme

1. RESUMO DO PROJETO E A SUA INSERÇÃO SOCIAL

O Município de Santos está modificando seu plano diretor. Suas novas metas já foram traçadas e o Instituto Polis manifestou-se quanto aos aspectos mais cruciais que necessitavam de reparos em face do plano original. As áreas rural e urbana foram devidamente tratadas e os aspectos mais genéricos foram substituídos por metas mais concretas a serem atingidas. O Conselho Municipal deve estar atento à real implementação das medidas por ele indicadas. A Recomendação 25, de 18 de março de 2005, do Conselho das Cidades possui grande relevo para a participação popular na elaboração e na cobrança de autoridades quanto ao cumprimento dos objetivos do Plano Diretor. Ela além de reiterar que o PD deve ser participativo, nos termos do art. 40 § 4º e do art. 43 da referida Lei, indicou que o PD deve ser acessível à toda coletividade. A linguagem deve ser clara e seus termos devem ser publicados para acessibilidade do público, sem qualquer reserva. Também, a recomendação nº 34, de 1º de Julho de 2005, do mesmo Conselho, prevê qual deve ser o conteúdo mínimo dos PD, entre eles ações e medidas para assegurar o cumprimento da função social da propriedade rural e urbana da municipalidade. Objetivos, temas prioritários e estratégias também devem integrar o instrumento. Nele devem estar inscritas as vias públicas, os projetos de saneamento e distribuição de água, disposição de resíduos sólidos e a criação de

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políticas ambientais adequadas para se garantir a sustentabilidade do local. Deve ter indicativos de como se deve viabilizar a moradia às camadas menos favorecidas da coletividade, bem como políticas para assegurar a propriedade das comunidades locais. Deve fixar também critérios para a caracterização do que sejam imóveis subutilizados, não utilizados e não edificados e critérios para viabilizar o estudo de impacto de vizinhança e a instituição de Zonas Especiais. Nesse sentido, o Plano de Pesquisa deste docente incluirá a verificação dos aspectos relevantes do Plano Diretor e o acompanhamento popular de sua concretização.

2. METODOLOGIA DA PESQUISA

a) Indicação de periodicidade de reunião do grupo de pesquisa envolvendo alunos da graduação e pós-graduação; b) Levantamento bibliográfico, leitura e resumo do material. c) Levantamento, junto aos órgãos competentes da Prefeitura Municipal de Santos sobre a implementação e medidas em prol do cumprimento do Plano Diretor e dos problemas mais cruciais do seu desenvolvimento. d) Internet: participação em listas de discussão e levantamento do material existente na rede. e) Elaboração de um trabalho final: livro ou artigo. f) Participação na preparação de um seminário sobre ” a Implementação do Plano Diretor no Município de Santos”. Este seminário poderá ser realizado com outros profissionais, dos cursos oferecidos pela Universidade, visando à interdisciplinaridade

3. CRONOGRAMA

Fevereiro de 2007 – Primeiras reuniões.

Abril 2007 – Resultados preliminares da pesquisa.

Junho 2007 – Realização do seminário com o apoio do Instituto Polis.

Setembro 2007 – Publicação em forma de livro ou artigo.

4. RESULTADOS ESPERADOS

A Universidade busca integração com a Municipalidade em prol do cumprimento das diretivas de seu respectivo Plano Diretor. Os prefeitos têm responsabilidade imediata sobre as metas traçadas e o Conselho Municipal formado por munícipes terá o acompanhamento dos pesquisadores, que buscarão in loco os resultados eventualmente alcançados.

5. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

a) Professor Responsável: Dr. Edson Ricardo Saleme

b) Estudantes do Programa de Pós-Graduação: Isaac Ribeiro de Mora e Ligia Comis Dutra

Os dois alunos indicados farão a prospecção de material e dados a fim de se obter os resultados da pesquisa. O pesquisador entrará em contato com os profissionais

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do Instituto Polis e do Ministério das Cidades em busca de material e meios de divulgação da pesquisa.

Além disso, este projeto será desenvolvido com todo o suporte material do Programa de Mestrado em Direito da UNISANTOS, especialmente, o local e os computadores.

6. FINANCIAMENTO DO PROJETO

Até o momento ainda não foi obtido nenhuma forma de apoio financeiro para a concretização do projeto.

7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS (FASE PRELIMINAR)

AGUIAR. Joaquim Castro. Direito da Cidade. Rio de Janeiro: Renovar, 1996.

BRASIL. Plano Diretor Participativo. Brasília: Ministério das Cidades, 2004.

CARVALHO FILHO. José dos Santos. Comentários ao Estatuto da Cidade. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.

CASTELLS, Manuel. A Questão Urbana. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

REIS, Miguel; LISO, Carlos Henrique. A concessão de direito real de uso na regularização fundiária. Edésio Fernandes (org.). Direito Urbanístico Belo Horizonte: Del Rey. 1998. p. 124/125.

SAULE JÚNIOR, Nelson. O Tratamento Constitucional do Plano Diretor com instrumento de Política Urbana. Direito Urbanístico. Edésio Fernandes (org.). Belo Horizonte: Del Rey. 1998. p. 50/51.

____________ Novas Perspectivas do Direito Urbanístico Brasileiro. Ordenamento Constitucional da Política Urbana. Aplicação e Eficácia do Plano Diretor. Porto Alegre: Fabris. 1997.

SILVA, José Afonso da. Direito Urbanístico Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2006.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DE DIREITO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL

LINHA DE PESQUISA: REGIMES JURÍDICOS INTERNACIONAIS

PROJETO DE PESQUISA: DIREITO INTERNACIONAL, FEDERALISMO E PODER LOCAL:

PARADIPLOMACIA EM PROCESSOS DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL E INTEGRAÇÃO ECONÔMICA

Professor Responsável: Dr. Gilberto Marcos Antonio Rodrigues

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1. RESUMO DO PROJETO

O poder local, entendido como cidade (Município), Estado/Província ou Região, passou a ter uma inserção internacional crescente no ordenamento internacional e, particularmente, no ordenamento econômico internacional, seja nas molduras globais, seja nas regionais. Exemplo das primeiras é o papel crescente dos poderes locais nas conferências da ONU, tendo como marco a Rio/92 (Agenda 21) e como corolário a Habitat/96 (Agenda Habitat - que criou uma plataforma permanente para eles); das segundas, no âmbito das organizações de integração, é o Comitê das Regiões na União Européia (1992) e o Foro Consultivo de Municípios, Províncias, Estados Federados e Departamentos do Mercosul (2004). Essa inserção se explica por um conjunto de fatores ligados à globalização e à (re) democratização de Estados nacionais e do ordenamento jurídico internacional, que vem aumentando, via descentralização, o nível de inclusão e de responsabilização de atores/sujeitos locais em processos de formulação e de decisão internacionais.

A acessão direta dos poderes locais aos organismos econômicos internacionais, quer globais (BIRD), que regionais (BID) ganhou fôlego nos anos 1990, o que vem gerando novos contextos de relacionamento econômico global/local. A contribuição dos poderes locais para a cultura legal das transações comerciais globais e regionais decorreria sobretudo de sua atuação autônoma e direta nas relações econômicas internacionais, mediante negócios levados a termo por autarquias, empresas públicas e de economia mista; na adesão (ou não) a regimes internacionais; formulação de contratos; resolução de conflitos por meio de arbitragens; e no estabelecimento de contatos comerciais externos.

A par da paradiplomacia econômica, os governos subnacionais tendem a participar progressivamente de molduras de cooperação internacional descentralizada, sejam bilaterais (e.g., Brasil-França), sejam multilaterais (Rede Mercocidades, RIAD), por meio de acordos de cooperação técnica e de geminação. A criação do Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados, Províncias e Departamentos do Mercosul, em dezembro de 2004, é um fato novo, prenhe de significado e de reconhecimento da paradiplomacia da integração. Há uma relação direta entre a governança global e regional e a paradiplomacia, assim também com o Direito Econômico Internacional, sobretudo diante da realidade do federalismo brasileiro.//

2. INSERÇÃO SOCIAL DO PROJETO

* Atua em prol da compreensão, do aprimoramento e da difusão da boa governança federativa no Brasil e no Mercosul; * Contribui para compreender, resgatar e registrar a atuação internacional dos poderes locais do entorno local (Município de Santos e Região Metropolitana da Baixada Santista); * Promove a interlocução, a interação e o diálogo com órgãos municipais executivos e legislativos, bem assim com as instâncias de democracia participativa local (Conselhos Municipais); * Realiza e participa, por meio de sues integrantes, de eventos e encontros visando discutir questões internacionais no âmbito local e vice-versa;

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

* O projeto é multidisciplinar e levará em conta e se valerá da interdisciplinariedade entre Direito, Relações Internacionais, Ciência Política, Sociologia, Relações Internacionais, História, Geografia, Economia, Administração e áreas afins. * Pesquisa e análise de fontes primárias (documentos e testemunhos de atores de processos)

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* Levantamento e acompanhamento do “estado da arte” e a bibliografia brasileira e estrangeira relacionada ao tema do Projeto. * Utilização do método do Direito Comparado

4. CRONOGRAMA

* Concebido e iniciado no Programa de Mestrado em Direito da UniSantos; * Área: Direito Internacional - Linha de Pesquisa: Direito Internacional Econômico; * Início: Março de 2005. Cadastrado no Comitê de Pesquisa da UniSantos (COPESQ) sob número 11, em 15 de abril de 2006.

5. RESULTADOS ESPERADOS

* Projeto “Diálogos Federativos” - Organização de conferências, palestras e testemunhos de acadêmicos e operadores públicos e privados na UniSantos; * Colaboração individual e coletiva em Revistas e Coletâneas; * Participação em cursos, seminários, encontros nacionais e internacionais; * Realização de estágios (Brasil/exterior);

* Atividades realizadas em 2006: 4° Congresso Internacional de Iniciação Científica (COINT-SEMESP) e 4º Congresso Nacional de Iniciação Científica (COMIC-SEMESP), Guarulhos, UNG, 19-20/11/2006. Comunicação de Simone Lavelle G. de Oliveira sobre o desenvolvimento de seu projeto. Simpósio de Iniciação Científica da USP (SIICUSP). São Paulo, FEA/USP, 7/11/2006. Comunicação de Simone Lavelle G. de Oliveira sobre o desenvolvimento de seu projeto. Global Dialogue: International Relations in Federal Countries. Ottawa, Canadá, conferência internacional promovida pelo Forum of Federations, em 25 de outubro de 2006. Participação do Prof. Gilberto M.A.Rodrigues como convidado especial dos organizadores. IX Semana de Relações Internacionais. São Paulo, Faculdade Santa Marcelina, 26 de setembro de 2006. Participação do Prof. Gilberto M.A.Rodrigues como expositor na Mesa: Ações externas de Estados e Municípios: as novas vias das Relações Internacionais. Estágio de Ana Célia Lobo Silva e Verônica Maria Teresi na Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, período de 18-29 de Setembro. 3ª Conferencia Regional y 2º Encuentro Plataforma Latinoamericana y Carinbeña de Prevención de Conflictos y Construcción de la Paz. Coordinadora Regional de Investigaciones Económicas y Sociales (CRIES). São Paulo, Memorial da América Latina, 17-18 de setembro de 2006. Participação do Prof. Gilberto M. A. Rodrigues como expositor no Painel: GAPCon: Gobernanza y Reconstrucción post-conflicto: El caso Haiti. CEBRI Tese. Apresentação da tese de doutorado: Política Externa Federativa. Análise de ações internacionais de Estados e Municípios Brasileiros, com debate. Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), Rio de Janeiro, em 14 de agosto de 2006. Apresentação feita pelo Prof. Gilberto M. A. Rodrigues. I Encontro Negociação Internacional – Estados e Municípios. Palácio do Itamaraty, Brasília, AFEPA/FUNAG, MRE, 8/8/2006. Participação do Prof. Gilberto M. A. Rodrigues, como convidado dos organizadores. II Seminário de Relações Internacionais do Governo do Estado do Rio de Janeiro: O papel das Relações Internacionais para a Promoção do Desenvolvimento Econômico no Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 25-27 de julho de 2006. Participação de Ana Célia Lobo Silva como expositora na Mesa sobre Entes Federados e Relações Internacionais.|

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Seminário Nacional “A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, Brasília, Ministério da Justiça/Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres/Secretarias Especial de Direitos Humanos/Ministério Público Federal, em 28 de junho de 2006. Participação do Prof. Gilberto M.A.Rodrigues como convidado dos organizadores para discutir o esboço de Decreto Federal sobre o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Reunião regional para discutir o Anteprojeto de Decreto Federal sobre Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (em consulta pública no site do Ministério da Justiça). Programa de Mestrado em Direito/UniSantos – CEVISS, Prefeitura Municipal de Santos. UniSantos, Campus Vila Mathias, 21 de junho de 2006. Co-organizadores: Prof. Dr. Gilberto M.A.Rodrigues e mestranda Verônica Teresi. II Encontro de Secretários de Relações Internacionais. Hotel Royal Palm Plaza, Campinas, 19-20 de maio de 2006. Participação do Prof. Gilberto M. A. Rodrigues, como convidado dos organizadores. Deuxième rencontre annuelle Europe/Amerique Latine: Democratie Participative et Qualite des Services Publics. Maison de la Région, Poitiers, France. ReD GoB/BID/Science Po, 28-29 de abril de 2006. Participação do Prof. Gilberto M. A. Rodrigues como comentarista de documento apresentado pela Sra.Luisa Rains, representante do BID.

6. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Projeto hospedado no Programa de Mestrado em Direito da UniSantos.

Professor Responsável Prof. Dr. Gilberto Marcos Antonio Rodrigues Mestrandas/Orientandas Ana Célia Lobo Silva (Março/2005-), Bolsista CAPES Projeto: A democratização do processo de negociação de tratados internacionais. A participação dos Estados membros no processo de celebração dos tratados no Brasil. Priscila Truviz Gambini (Março/2006-) Projeto: Rede Mercocidades Orientanda de Iniciação Científica/Curso de Direito Simone Lavelle Godoy de Oliveira (Agosto/2006-), Bolsista CNPq Projeto: Os convênios de cooperação internacional celebrados pelos Municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista. Mestranda da UniSantos, Colaboradora do Projeto Verônica Maria Teresi (Março/2005-), Bolsista CAPES Projeto: O enfrentamento ao tráfico de mulheres brasileiras para fins de exploração sexual para a Espanha. Pesquisadora, colaboradora externa Marinana Andrade e Barros Filiação: Centro de Direito Internacional (CEDIN), Belo Horizonte

7. FINANCIAMENTO DO PROJETO

* O projeto conta com o apoio institucional da UniSantos; * Não possui verba orçamentária própria; * Visa obter, em futuro breve, aporte de agência de fomento para alavancar ações de maior impacto regional e nacional;

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Publicações e documentos de autoria do responsável pelo Projeto

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Anteriores ao Projeto

Capítulos de livro RODRIGUES, Gilberto Marcos A. A inserção internacional de cidades: notas sobre o caso brasileiro. In: VIGEVANI, Tullo et al.(Orgs.). A dimensão subnacional e as relações internacionais. São Paulo: EDUC/UNESP/EDUSC, 2004, 441-462. ____________. Governos Subnacionais no Brasil e a globalização: novos conflitos à vista? In: DERANI, Cristiane; COSTA, José Augusto F. (Coord.). Globalização e Soberania. Curitiba: Juruá, 2004, p.117-128. Artigos em Periódico ____________. Política externa federativa. Network, CEAS/UCAM, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 6, Set-Dez, 1998. ____________. Os Convênios Internacionais das Províncias Argentinas. Network, CEAs/UCAM, Rio de Janeiro, v. 9, n.1, p. 4, Janeiro-Março, 2000. ____________. Brazil votes: change crucial to its cities and states. Federations, Ottawa, v. 2, n. 5, p. 3-4, November, 2002. ____________. Globalización y gobiernos subnacionales en Brasil. Vetas, San Luis Potosí, Mexico, año 4, n. 11, p. 47-64, mayo-agosto, 2002. ____________. Política externa de cidades. Margem, São Paulo, n. 20, p. 19-30, Dezembro de 2004. Documentos ____________. Impacts of globalization on strategies for competition in subnational govenments – the case of Brazil. Seminar on federalism in a changing world: how can states contribute to competitive environment? Forum of Federations/National Institute of Public Finance and Policy, New Delhi, 5-6, August, 2003 (www.forumfed.org) ____________. International Relations of Subnational Governments: a new source of conflict in Brazil? International Studies Association (ISA), 43rd Annual Convention, New Orleans, LA, 24-27 March 2002, 15 p. Tese de doutorado ____________. Política Externa Federativa: análise de ações internacionais de Estados e Municípios Brasileiros. São Paulo: PUC-SP, 2004 (tese de doutorado).

Posteriores ao Início do Projeto

Capítulo de livro ___________. Democracia: nova fronteira da ONU. In: RODRIGUES, Thiago; ROMÃO, Wagner (Orgs.). A ONU no Século XXI: Perspectivas. São Paulo: Desatino/FASM, 2006, p. 157-168. Apresentação de trabalho/Anais ____________. Direito Internacional e Federalismo: sobre a importância de pesquisar as ações internacionais de governos subnacionais. Anais do XIV Encontro Preparatório para o Congresso Nacional do CONPEDI , Marília, 25-26 de maio, 2005. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2005, p. 335-339. ____________. Paradiplomacia e Direito Internacional no Brasil. Anais do XV Encontro Preparatório do CONPEDI, Recife, junho de 2006, 6 p. (no prelo). Artigo em periódico ____________. Resenha sobre a Lei de Consórcios Públicos. Publicada na Revista da Procuradoria Geral do Município de Santos. Santos: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Município de Santos, p.245-246, ano II, n.2, 2005. ____________. Public consortiums in Brazil: new law stimulates federal cooperation. Federations, Ottawa, v. 5, n.2, p. 9-10, March/April, 2006. Caderno/Periódico ____________. Política Externa Federativa: análise de ações internacionais de Estados e Municípios Brasileiros. CEBRI TESE, CEBRI, Rio de Janeiro, 2006.

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Autoria: Integrantes do Projeto

GAMBINI, Priscila Truviz. Resenha do livro de BORGES, José Souto Maior. Curso de Direito Comunitário Comparado: União Européia e Mercosul. São Paulo: Saraiva, 2005. Revista da Procuradoria Geral do Município de Santos. Santos: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Município de Santos, ano III, n.3, 2006 (no prelo). ____________; ADAME, Alcione. Medidas de controle e reparação de acidentes envolvendo petróleo e seus derivados previstas pela legislação nacional e internacional de proteção ao meio ambiente. In: GONÇALVES, Alcindo; RODRIGUES, Gilberto M.A. et al (Orgs.). Direito do Petróleo e Gás. Santos: Editora Universitária Leopoldianum, 2007 (no prelo). OLIVEIRA, Simone Lavelle Godoy. Os convênios de cooperação internacional celebrados pelos Municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista. Apresentação de Projeto de Iniciação Científica (em desenvolvimento). 4° Congresso Internacional de Iniciação Científica (COINT-SEMESP) e 4º Congresso Nacional de Iniciação Científica (COMIC-SEMESP), Guarulhos, UNG, 19-20/11/2006. CD ROM, São Paulo, SEMESP/UNG, 2006. SILVA, Ana Célia Lobo. Resenha do livro de SECOMANDI, Elcio R. Circuito Turístico dos Fortes. Santos: Editora Universitária Leopoldianum, 2005. Publicada na Revista da Procuradoria Geral do Município de Santos. Santos: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Município de Santos, p.237-238, ano II, n.2, 2005. TERESI, Verônica Maria. Resenha do evento: A Proposta de Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Revista da Procuradoria Geral do Município de Santos. Santos: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Município de Santos, ano III, n.3, 2006 (no prelo). ____________. Resenha do livro de CARVALHO, H; ROMERO, A; SPRANDEL, M. A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes nas legislações de Argentina, Brasil, Paraguai. Assunção, OIT/Programa IPEC Sudamerica, 2004. Publicada na Revista da Procuradoria Geral do Município de Santos. Santos: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Município de Santos, p.242-244, ano II, n.2, 2005. BARROS, Marinana Andrade e. Resenha de periódico: I Anuário Brasileiro

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL

LINHA DE PESQUISA: REGIMES JURÍDICOS INTERNACIONAIS

PROJETO DE PESQUISA: O REGIME INTERNACIONAL DO INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

Professor Responsável: Dr. José Augusto Fontoura Costa

1. RESUMO DO PROJETO

O regime internacional do investimento estrangeiro tem origens bastante assentadas que parte de decisões pautadas por princípios gerais e costumes para a proteção da propriedade de estrangeiros contra expropriações promovidas em tempo de paz. A partir dos anos 1950, com a descolonização e as nacionalizações e socializações massivas, a proteção internacional do investimento foi ganhando

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novos contornos e passando a se estruturar tanto a partir de contratos de maior complexidade quanto das crescentes regulamentações convencional e institucional .

No entanto, apesar de várias tentativas, como a Carta de Havana e o Acordo Multilateral sobre Investimentos (MAI), nunca chegou a se construir um sistema multilateral coeso de promoção e proteção do investimento estrangeiro. Embora existam regras que tratam do tema em instrumentos multilaterais, como os Artigos do FMI, o GATS, o TRIMs e a Carta do Tratado de Energia, os instrumentos mais abrangentes em termos materiais continuam a ser os tratados bilaterais de investimentos (TBIs), que superam os 1.700 acordos ratificados, e, mais recentemente, acordos regionais de livre comércio (TLCs) que contêm capítulos sobre essas questões, como o NAFTA e o CAFTA .

Embora os TBIs e TLCs cubram uma grande porção do globo, o Brasil não participa desses sistemas. Deve-se esclarecer, aliás, que, no sistema do Mercosul, os Protocolos de Colônia e de Buenos Aires de 1994 não foram ratificados. Deste modo, a compreensão e descrição do estado e dos processos de formação de um regime internacional em matéria de investimentos estrangeiros são fundamentais para a avaliação das possíveis alternativas brasileiras a respeito da adesão ou não a um sistema internacional que se mostra bastante dinâmico, o qual trata de temas fundamentais para o desenvolvimento e a inserção brasileira na economia global.

Sem embargo, o tema vem sendo escassamente tratado no Direito Brasileiro, sobretudo a partir de visões parciais que ou se voltam aos instrumentos da OMC, ou se limitam a apresentar os sistemas dos TBIs e TLCs. Esse estado demanda uma pesquisa atualizada e consoante com a complexidade dos investimentos estrangeiros.

2. INSERÇÃO SOCIAL DO PROJETO

Tendo em vista a importância dos investimentos estrangeiros para o desenvolvimento da economia brasileira e, do mesmo modo, o impacto do marco regulatório interno e internacional, o projeto tem o sentido de descrever e avaliar o sistema internacional de proteção do investimento estrangeiro a partir de suas distintas fontes e sistemas de solução de controvérsias possibilitando a análise das alternativas possíveis de políticas brasileiras.

Para tanto, buscar-se-á:

a) Identificar e descrever as fontes de regulação internacional do investimento estrangeiro; b) Identificar e descrever os sistemas de solução de controvérsias sobre investimento estrangeiro; c) Analisar os instrumentos de formação desse regime internacional a partir das possíveis estratégias e alternativas regulatórias e; d) Avaliar as alternativas brasileiras em termos de adesão, não adesão ou adesão parcial ao regime existente.

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

Descrição indutiva de um regime internacional a partir de fontes primárias, particularmente textos de tratados e de decisões internacionais, compreendendo a regulação multicêntrica do regime internacional de promoção e proteção dos investimentos estrangeiros, devida tanto à flexibilidade do sistema de fontes quanto à multicentralidade de instâncias normatizantes e solucionadoras de controvérsias.

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Parte-se, portanto, da noção de investimento estrangeiro, a qual depende de considerações econômicas, o que se deve, inclusive, à ausência de definições jurídicas unívocas, para a identificação das normas relevantes para as atividades efetivas.

Para tanto, serão utilizados conceitos econômicos; e no que se refere à formação de um regime, a noção de juridificação internacional, apresentando o funcionamento de sistemas híbridos, onde ocorre ao mesmo tempo a solidificação de obrigações como hard law e a continuidade de processos cognitivos de generalização de consenso em torno de instrumentos de soft law .

Serão levantadas fontes primárias, particularmente, tratados em matéria de investimento e decisões de tribunais internacionais, o que se complementará pela análise doutrinária.

4. RESULTADOS ESPERADOS

a) Um livro, a ser terminado em um ano; b) No mínimo quatro participações em congressos e seminários, em dois anos; c) Dois a quatro artigos em periódicos, devendo pelo menos um deles ser estrangeiro; d) Dois a quatro capítulos de livros e; e) Três a cinco dissertações de mestrado.

5. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

No que se refere a recursos materiais, o projeto depende de atualização constante do acervo bibliográfico e da assinatura continuada de bases de dados internacionais, bem como, o acesso livre à internet e sala com computador.

Além da estrutura oferecida pelo corpo de funcionários da Universidade Católica de Santos, o projeto necessita, para sua realização, da participação de, pelo menos, quatro pesquisadores, incluídos o professor proponente, estudantes de mestrado e estudantes de graduação.

6. FINANCIAMENTO DO PROJETO

As principais fontes de financiamento do projeto são oferecidas pela Universidade Católica de Santos, incluindo, além dos recursos materiais necessários, bolsas de iniciação científica e de mestrado institucionais, bem como a dedicação de horas de pesquisa.

Sem embargo, buscam-se fontes adicionais de financiamento, como bolsas e outras espécies de auxílio junto a agências nacionais e estrangeiras de financiamento de pesquisa.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO AMBIENTAL

LINHA DE PESQUISA: DIREITO DO MEIO AMBIENTE, CONFLITOS AMBIENTAIS E SUSTENTABILIDADE

PROJETO DE PESQUISA: MEDIDAS DE EFETIVIDADE DAS LEIS NA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Professora Responsável: Dra. Maria Luiza Machado Granziera

1. JUSTIFICATIVA

Ao eleger “Direito do Meio Ambiente, Conflitos Ambientais e Sustentabilidade” como sua linha de pesquisa, o Programa de Mestrado em Direito da Universidade Católica de Santos – UNISANTOS avançou de forma inovadora no trato da proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, matérias intrinsecamente correlatas à socioeconomia.

Essa opção representa o reconhecimento de que a proteção ambiental é matéria conflituosa e que depende não apenas da edição de normas legais, estabelecendo políticas públicas ambientais, mas também da implementação de medidas que garanta eficácia às normas, além de uma atuação articulada dos Poderes Públicos Federal, Estaduais e Municipais, para alcançar a efetividade almejada, além do apoio da sociedade.

É também significativa a necessidade de explicitar o embricamento entre o desenvolvimento econômico, a sustentabilidade social e a proteção do meio ambiente, na execução das políticas públicas ambientais.

Embora seja indiscutível a necessidade de proteger o meio ambiente para as atuais e futuras gerações, a prática dessa proteção não ocorre de forma pacífica. Em que pese a legislação ambiental brasileira ser vasta e detalhada, registrando-se um desenvolvimento notável nas duas últimas décadas, ocorrem ainda entraves de ordem econômica, cultural e institucional a serem transpostos, como forma de garantir a eficácia das normas e atingir seu objetivo, que é a proteção do ambiente.

Uma das razões dessa dificuldade consiste no fato de que a proteção ambiental, antes de qualquer outra condicionante, enseja a aplicação de recursos financeiros, seja pelo Poder Público, seja pelo particular.

O próprio conceito de sustentabilidade implica a necessidade considerar, juntamente com a proteção ambiental, as decisões acerca do desenvolvimento econômico e social, que depende da economia. Trata-se de equação complexa, à medida que muitos interesses conflitam com a necessidade de proteger o ambiente. E a degradação ambiental, por sua vez é, a cada dia que passa, fator de risco para o equilíbrio ecológico, necessário à manutenção da vida no planeta.

A edição de uma lei que trate de políticas públicas envolve uma ampla discussão no Poder Legislativo, mas não significa o ato final de um processo. Ao contrário, a partir de sua publicação, que confere base legal para as atividades futuras, é que se inicia uma nova etapa, que depende basicamente do Poder Executivo, para instituir as “medidas de

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efetividade da lei”, necessárias à transformação da norma jurídica em fato social. No que se refere ao meio ambiente, o parâmetro seria a transformação efetiva ou a proteção e recuperação da própria Natureza.

As chamadas “medidas de efetividade da lei” consistem: 1. na regulamentação da norma legal, para detalhar os procedimentos a serem observados; 2. na inclusão de rubricas específicas na lei do orçamento para atender às novas propostas; 3. na formulação do aparato institucional necessário a garantir a efetividade das novas regras; 4. na capacitação técnica dos profissionais envolvidos, servidores ou não; 5. na abertura de linhas de financiamento, para fazer frente às novas demandas; 6. na aplicação de instrumentos econômicos voltados à proteção ambiental; 7. em programas de comunicação social e 8. em campanhas de educação.

O trabalho proposto pretende demonstrar, através de pesquisa doutrinária e jurisprudencial, 1. as dificuldades na implantação das políticas públicas ambientais, na implementação das medidas de efetividade da lei; 2. a necessidade de um fortalecimento institucional dos órgãos e entidades responsáveis pelos licenciamentos ambientais e pela fiscalização e implantação de uma educação ambiental sistematizada e 3. por meio do estudo de casos concretos, quais as alternativas adotadas pelos Poderes Públicos locais com vistas a implantar essas medidas, fazendo com que a norma jurídica se transforme, em fato social, no que se refere às populações locais e atinja, também, o meio físico e biótico, melhorando a qualidade do meio ambiente e dos recursos hídricos. A idéia é analisar o rebatimento das normas ambientais em cada caso e as soluções encontradas.

A abordagem do tema justifica-se pelo número de projetos de proteção e melhoria das condições ambientais que deixam de ser implantados, postergando muitas vezes por tempo indefinido a tomada de decisões tão necessárias, embora a legislação ambiental já se encontre em vigor, na maioria dos casos.

Como exemplo, serão analisados três casos distintos, cada qual com abordagem específica, em que as soluções encontradas diferem substancialmente umas das outras, mas que possuem, como denominador comum, o esforço tanto do Poder Público como da comunidade local, na busca de solução adequada e possível, no âmbito dos espaços geográficos estudados, para a proteção do meio ambiente, sem deixar de lado as questões da socioeconomia.

O primeiro caso refere-se à complexa questão ambiental que envolve a Baixada Santista no Estado de São Paulo, região de fragilidade ambiental e áreas protegidas, com estuários, mangues e Mata Atlântica, em que a intensa ocupação humana, inclusive na Serra do Mar, põe em risco o equilíbrio ecológico. Por outro lado, em face da oferta de empregos, a tendência é que a população se mantenha em crescimento.

Esse crescimento populacional vem pressionando as áreas protegidas como mangues e a própria Serra do Mar, ensejando, de uma lado, a oferta de habitação e de serviços públicos, como o saneamento, em que a própria destinação dos lodos de esgotos é problemática, em face da exigüidade de áreas disponíveis.

Trata-se de um caso típico de necessidade de desenvolvimento sustentável, em que, ao lado do desenvolvimento econômico e da busca pelo emprego, a fragilidade do ambiente local exige medidas de proteção.

Nessa região encontra-se em discussão o conteúdo da minuta do decreto sobre Gerenciamento Costeiro – GERCO e a implantação da Agenda 21 local, temas que serão desenvolvidos na pesquisa a ser efetuda.

Saliente-se ainda que a proteção ambiental e principalmente a recuperação de áreas degradadas implicam custos, a serem assumidos tanto pelo poder público como pelos empreendedores, o que gera novos conflitos a serem equacionados. O segundo exemplo consiste no Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba, no Estado de Alagoas, em que um local de vocação turística enfrenta problemas de poluição hídrica por esgoto doméstico que compromete, inclusive, a pesca artesanal do sururu, base da

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economia de muitas famílias, além da saúde das populações ribeirinhas, situação que se repete na maioria das cidades do Brasil.

Nessa região, a instituição de um conselho gestor para esse espaço, com a finalidade de acompanhar a execução de projetos e obras de um Plano de Ação de proteção ambiental e dos recursos hídricos, foi a solução adotada. Caberá verificar as condições existentes para a instituição desse conselho gestor, a situação local no que tange à capacidade institucional para resolver as questões ambientais e de socioeconomia e as dificuldades e facilidades na articulação dos vários órgãos e entidades federais, estaduais e municipais, na busca de soluções adequadas e conjuntas.

O terceiro caso a ser analisado refere-se à atividade minerária e industrial no Estado do Pará, onde se encontram uma das maiores reservas de minério do mundo. Localizado na Região Norte do Brasil, e embora possua uma riqueza ímpar em minérios e outros recursos naturais, o Pará é ainda um estado considerado pouco desenvolvido. O Estado, em que se encontram as maiores reservas minerais até agora conhecidas no País, carece das condições básicas de desenvolvimento: escolas, hospital, infra-estrutura urbana etc.

A mineração atraiu uma forte migração a partir dos anos 80 na região do Sudeste do Pará, na procura em empregos e melhoria da qualidade de vida. Todavia, por não haver infra-estrutura urbana adequada, a população afluente não encontrou meios de acesso à educação, saúde e outros requisitos ínsitos ao exercício pleno da cidadania. Tal situação repete-se nos locais onde foram instaladas as indústrias de transformação de minério.

Essa realidade apresenta situações paradoxais, como por exemplo, o fato de que, embora haja demanda de mão de obra em função do crescimento motivado, de início, pela mineração, a população local não consegue atendê-la por não ter acesso à formação profissional necessária. Essa carência ocasionou a admissão de mão de obra de outras regiões do País, ficando a população local sem acesso aos recursos financeiros disponíveis, em decorrência do mercado de trabalho.

No País, muitas decisões deixam de ser tomadas por falta de continuidade nas decisões administrativas e falta de mobilização da sociedade, culminando com a não implantação de projetos de melhoria e proteção da área. Gasta-se para estudar os problemas e propor soluções, sem um retorno nem a médio nem a longo prazo, que justifique o investimento efetuado.

Os casos a serem estudos constituem exemplos dos esforços empreendidos, com maior ou menos sucesso, para alcançar os objetivos de proteção ambiental e dos recursos hídricos.

2. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Professora Responsável: Dra. Maria Luiza Machado Granziera

Professores Pesquisadores:

Profa. Dra. Ana Maria de Oliveira Nusdeo Profa. Dra. Maria Paula Dallari Bucci Prof. Dr. Fernando Fernandes da Silva

Além disso, serão disponibilizados os recursos materiais fornecidos pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UNISANTOS.

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

A Metodologia a ser desenvolvida consiste no estudo de casos concretos, com a análise da legislação aplicável ao espaço geográfico em questão: Constituição Federal, leis, decretos, resoluções e outros atos federais, estaduais e municipais, assim como tratados internacionais sobre meio ambiente concernentes à matéria estudada.

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Casos a serem estudados: Baixada Santista - SP, Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú Manguaba – AL, e Mineração e Desenvolvimento Socioeconômico no Estado do Pará.

Será considerado, na pesquisa, o aparato institucional: órgãos e entidades da administração pública e suas normas instituidoras, suas competências, e sua atuação, assim como dos organismos da sociedade civil que atuam no mesmo espaço geográfico.

A partir dessa análise, há que verificar como – e se está - sendo cumprida a legislação em vigor, cabendo buscar as razões para eventuais descumprimentos da lei.

A Jurisprudência consiste em uma das bases do estudo, verificando-se o entendimento do Poder Judiciário em matéria de políticas públicas.

Quando for o caso, será feita uma análise do direito comparado, buscando-se situações similares e as soluções encontradas, verificando-se a sua aplicabilidade ou não ao caso em estudo e as adaptações necessárias.

4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVOS GERAIS O objetivo geral do trabalho a ser desenvolvido é demonstrar que apenas a edição de uma lei sobre políticas públicas não produz os efeitos desejados, sem um esforço adicional do Poder Público na implantação das medidas de efetividade e da articulação entre os vários órgãos e entidades envolvidos.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) examinar, mediante a apresentação de casos concretos, as dificuldades encontradas na implantação das políticas públicas ambientais; b) levantar dados jurisprudenciais e doutrinários que permitam qualificar o tratamento jurídico da proteção ambiental; c) indicar os diferentes meios de solução para as dificuldades na implantação das políticas públicas ambientais; d) analisar, à luz da legislação, doutrina e jurisprudência, as soluções encontradas em cada caso estudado, inclusive no que tange à eficácia das soluções encontradas.

5. RESULTADOS

5.1. RESULTADO GERAL O principal resultado esperado é a produção de trabalho para publicação, na forma de livro ou artigos para publicação em revistas jurídicas. Espera-se, também, a apresentação das conclusões do trabalho em aulas, seminários, palestras e apresentações em encontros científicos a respeito do tema.

5.2. RESULTADOS ESPECÍFICOS Produzir trabalho único e/ou artigos contemplando a abordagem dos seguintes tópicos:

a) Baixada Santista 1. Características da Região. Histórico 1.2. Fragilidade ambiental x ocupação urbana e industrial 1.2. Região Portuária 1.3. Pólo Industrial de Cubatão e a poluição atmosférica 2. Normas ambientais aplicáveis 2.1 Espaços legalmente protegidos 2.2. Áreas de Preservação Permanente – APP e as invasões 3. Órgãos e Entidades competentes; análise das competências e formas de atuação. 3.1 Articulação institucional 4. A Agenda 21 5. Gerenciamento Costeiro 6. Gestão de Recursos Hídricos: Comitês de Bacia Hidrográfica e sua atuação

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7. O Patrimônio Histórico 8. Conclusões

b) Proteção Ambiental em Áreas de Estuário e Lagunas: Mundaú Manguaba 1. Caracterização Geral da Região 1.2. Atividades econômicas x meio ambiente 2. Política de Recursos Hídricos 2.1. dominialidade dos corpos hídricos e competências 2.2. normas federais e estaduais 2.3. saneamento básico 2.4. poluição hídrica 2. Gerenciamento Costeiro 2.1. Capitania dos Portos 2.2. O Patrimônio da União 3. Gestão de Áreas Lagunares no Brasil 3.1. Exercício de Competências 4. Articulação institucional: formatação de grupo gestor do complexo Estuarino – Lagunar Mundaú Manguaba 5. Conclusões

c) Atividade minerária e desenvolvimento socioeconômico 1. Caracterização da atividade minerário e impacto ambiental. Normas aplicáveis 2. Só as normas ambientais bastam? 3. A Política Minerária e Hídrica no Estado do Pará 4. Responsabilidade Social e Meio Ambiente 5. Conclusões

6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Início previsto: outubro de 2006 Término previsto: outubro de 2008. Período total: 24 meses

ETAPAS 10 Semestre 2º Semestre 3º Semestre 4º Semestre A xxxxxxxxx B xxxxxxxx C xxxxxxxx D xxxx E xxxxxx A – Aprimoramento do projeto. Levantamento de dados sobre as áreas estudadas. Levantamento bibliográfico inicial B – Continuação da Pesquisa – Doutrina e Jurisprudência. Conclusão do levantamento bibliográfico e jurisprudencial C - Análise e sistematização do material recolhido: Elaboração dos Textos – Realização de Seminários D - Roteiro e primeira redação E - Redação final

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A literatura sobre Direito Ambiental, nacional e estrangeira, constituem as fontes da pesquisa.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL

LINHA DE PESQUISA: DIREITO DO MEIO AMBIENTE, CONFLITOS AMBIENTAIS E

SUSTENTABILIDADE

PROJETO DE PESQUISA: DIREITO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS; DEMARCAÇÃO DE TERRAS E

PROTEÇÃO AOS CONHECIMENTOS TRADICIONAIS; PROPRIEDADE INTELECTUAL E BIOPIRATARIA; BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA.

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Professor Responsável: Dr. Vladimir Garcia Magalhães

1. RESUMO DO PROJETO

O projeto de pesquisa, sob a coordenação do prof. Vladimir Garcia Magalhães, se insere na linha de pesquisa do programa de mestrado da UNISANTOS, denominada: Direito Ambiental. Neste projeto de pesquisa investigamos o direito incidente nos conflitos relativos aos direitos das comunidades tradicionais, unidades de conservação ambiental e direito de propriedade e à atividade econômica de pessoas físicas e jurídicas, devido aos diversos e graves conflitos existentes na Baixada Santista entre estas comunidades, Estado (gestor das unidades de conservação) posseiros e empresas relativos à ocupação e uso da terra e seus recursos naturais, e pesquisamos ainda o direito nacional e internacional relativos à proteção dos conhecimentos tradicionais e uso da biodiversidade. Este uso da biodiversidade e conhecimentos tradicionais à ela associados abrange o feito pelas empresas de biotecnologia, de modo lícito ou ilícito por meio da biopirataria. A abordagem é interdisciplinar envolvendo diversas áreas do direito, das ciências biológicas e da geografia, articulando diversos setores da UNISANTOS, como a Faculdade de Ciências Biológicas e a Faculdade de Geografia da instituição.

a) OBJETIVOS GERAIS A pesquisa e estudo analítico e crítico da legislação brasileira e direito internacional, que disciplinam o direito das comunidades tradicionais à terra, e a proteção dos seus conhecimentos tradicionais contra a biopirataria; o estudo analítico e crítico da legislação que disciplina a proteção da biodiversidade e seu uso sustentável, assim como a doutrina e jurisprudência pertinentes a estes temas, focando prioritariamente os conflitos pela terra, na Baixada Santista, existentes entre comunidades tradicionais e pessoas físicas e jurídicas, assim como entre estas comunidades e o Estado, pela presença delas em unidades de conservação ambiental de uso indireto existentes nessa região. Integrar de modo criativo o conhecimento ao direito dos conhecimentos biológico e geográfico; exercitando, portanto, a pesquisa inter e multidisciplinar na instituição.

b) OBJETIVOS ESPECÍFICOS Fazer um diagnóstico da legislação nacional e internacional e sugerir, quando a pesquisa e análise crítica indicar necessário, alterações na legislação nacional e internacional para melhor cumprimento dos objetivos sociais desta legislação. Focar este diagnóstico na legislação que incide nos municípios da região da Baixada Santista, diante da competência legislativa concorrente dos União e Estados, e competência legislativa residual dos Municípios brasileiros, legislarem em matéria ambiental, tendo em vista a implementação das Agendas 21 locais, no que se refere ao tema da pesquisa, produzindo doutrina que harmonize os conflitos existentes entre o direito das presentes e futuras gerações ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto na Agenda 21 e no artigo 225, da Constituição Federal, que fundamenta a criação de unidades de conservação, e o direito à demarcação de terras dos indígenas e quilombolas, previstos na Magna Carta em seu arts 321 e art. 68 de suas Disposições Transitórias.

2. INSERÇÃO SOCIAL DO PROJETO

Os conflitos entre comunidades tradicionais e órgãos de proteção ao meio ambiente do Estado, e aqui destacamos os da Baixada Santista, estão sendo encaminhados para o poder judiciário, cujos juízes ao analisar cada caso concreto se deparam com conflitos de normas constitucionais entre si e da legislação infraconstitucional, existindo uma grande lacuna doutrinária sobre esta matéria e gera, por via de

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conseqüência, grandes dificuldades ao Poder Executivo, ao Poder Judiciário e às comunidades tradicionais de equacionarem adequadamente a questão.

Assim, cumpre à UNISANTOS, como instituição de ensino superior, no exercício do seu papel social, colaborar para solução destes problemas em seu aspecto jurídico, criando doutrina através das dissertações de mestrado do seu Curso de Mestrado em Direito Ambiental, e da produção de artigos científicos, de modo a harmonizar os diferentes direitos em conflito, subsidiando assim, quando o magistrado quiser, as suas decisões nos processos judiciais.

Além disso, pelos mesmos motivos, as invasões das áreas indígenas demarcadas e em demarcação, por empresas e posseiros suscitam a necessidade de uma sistematização de legislação, doutrina e jurisprudência, com uma análise jurídica profunda e crítica visando a melhor aplicação do direito, no sentido de garantir o uso sustentado e conservação da biodiversidade, assim como os direitos das comunidades tradicionais à terra, devidamente demarcada.

Por outro lado, a existência de uma rica biodiversidade na Mata Atlântica e região costeira; da Baixada Santista, a existência também, nesta região, de comunidades tradicionais com conhecimentos sobre o uso desta biodiversidade; e a prática, comprovada, de biopirataria nos países em desenvolvimento, como o Brasil, demonstram o risco potencial de que esta biopirataria ocorra na região e a necessidade de produção de doutrina sobre esta matéria e eventualmente sugestão de alterações na legislação vigente, subsidiando de modo científico o legislador nacional para assegurar os interesse destas comunidades tradicionais e os interesses nacionais relativos à soberania dos países sobre sua biodiversidade e repartição dos benefícios do seu uso por empresas de biotecnologia dos países desenvolvidos, como determina a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB). 3. METODOLOGIA DA PESQUISA

As pesquisas se realizarão com sistematização da legislação, doutrina e jurisprudência nacionais e do direito internacional, e análise crítica deste material. Além disso, se pesquisará eventuais ocorrências de biopirataria dos conhecimentos das comunidades tradicionais e biodiversidade da Baixada Santista.

Como esta linha de pesquisa tangencia e intersecciona outras linhas de pesquisa em direito e em direito ambiental, assim como, conhecimentos técnicos da área de antropologia, da sociologia, das ciências biológicas e da geografia, se adotará o método de abordagem inter e multidisciplinar do objeto de pesquisa envolvendo especialistas e linhas de pesquisa das áreas da geografia e ciências biológicas da própria UNISANTOS, articulando, deste modo, diversos setores desta instituição.

4. CRONOGRAMA

As pesquisas se iniciarão no primeiro semestre de 2007 e semestralmente serão apresentados relatórios das atividades empreendidas, sob a coordenação do professor responsável e outros mestrandos envolvidos.

5. RESULTADOS ESPERADOS

Os resultados esperados são:

1) criação de doutrina jurídica para auxiliar a compreensão equânime do fenômeno e o julgamento dos processos judiciais presentes e futuros que objetivem a desocupação de Unidades de Conservação pelas comunidades tradicionais assim

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como os relativos à biopirataria e uso sustentável da biodiversidade; 2) diagnosticar a legislação nacional, particularmente dos Municípios que integram a Baixada Santista, e sua adequação e ajuste à Agenda 21 no que se refere ao objeto da pesquisa; 3) produção de sugestões de alteração e saneamento de lacunas da legislação nacional, particularmente dos Municípios que integram a Baixada Santista, para a sua adequação e ajuste à Agenda 21; 4) a publicação de obras e artigos relativos às áreas de conhecimento contempladas pelo projeto e; 5) a publicação dos resultados finais da pesquisa.

6. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Os recursos materiais compreendem a utilização do local, dos computadores, da rede internet e dos livros, bem como, de outros recursos fornecidos pela UNISANTOS.

Professor Responsável: Dr. Vladimir Garcia Magalhães

Alunos Participantes: Aqueles mestrandos que optarem, a partir do primeiro semestre de 2007, por participar deste projeto e desenvolver suas teses no seu âmbito, assim como os alunos da graduação que optarem em fazer iniciação científica e desenvolver dissertação de conclusão de curso no âmbito do objeto do projeto.

7. FINANCIAMENTO DO PROJETO

Os recursos do projeto advêm da própria UNISANTOS e futuramente de eventuais instituições nacionais e internacionais que tenham o interesse no seu desenvolvimento.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (FASE PRELIMINAR)

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