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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
SEGURANÇA, MEDICINA DO TRABALHO, SAÚDE DO
TRABALHADOR E ERGONOMIA NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA
DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS
Por: Vânia Maria Machado Araújo
Orientador: Prof. Nilson Guedes de Freitas
Niterói 2009
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
SEGURANÇA, MEDICINA DO TRABALHO, SAÚDE DO
TRABALHADOR E ERGONOMIA NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA
DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como pré-requisito para obtenção do titulo de especialista em Gestão de Recursos Humanos
Orientador:
Prof. Nilson Guedes de Freitas
Por: Vânia Maria Machado Araújo
Niterói 2009
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Instituto a Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: SEGURANÇA, MEDICINA DO TRABALHO, SAÚDE DO
TRABALHADOR E ERGONOMIA NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA DOS
HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS.
Autor: Vânia Maria Machado Araújo Matrícula: N203048
Data da entrega: 30/07/2009
Avaliado por: Prof. MS.Nilson Guedes de Freitas Conceito:
AGRADECIMENTOS
Quero expressar meus agradecimentos a todos que contribuíram para a
realização desta monografia:
Em primeiro lugar a Deus, pela força, coragem e persistência que me deu
par continuar estudando.
A todos os professores do curso pelo ensinamento.
A meu marido pela compreensão e meus filhos pela paciência em
sempre me ajudar.
Aos colegas e amigos de trabalho por ter dado força na hora que mais
precisei para continuar os estudos.
Ao meu neto por existir e me fazer feliz.
DEDICATÓRIA
Aos meus filhos, marido e ao meu neto, que a todo o momento me incentivaram arduamente para que eu pudesse alcançar os meus objetivos profissionais.
EPIGRAFE
Exaltar-te-ei ó Deus meu Rei, bendirei o teu nome para todo o sempre. Todos os dias te bendizei e louvarei o teu nome para todo o sempre. Sl 145. 1-2
RESUMO
Este estudo tem como objeto ajudar as organizações, os Hospitais Universitários, e seus trabalhadores em relação à melhoria da saúde, segurança, e prevenção de acidentes, ergonomia e principalmente na qualidade de vida do trabalhador junto às organizações e auxiliar no desenvolvimento de uma saúde do trabalhador mais qualificada e com grande possibilidade de melhoria nos Hospitais Universitários na área principalmente da Ergonomia. Como a Segurança, Ergonomia e a Medicina podem dar uma melhor condição de vida ao trabalhador? Para que o trabalhador possa ter uma qualidade de vida adequada e sua condição tanto física quanto psicologia é preciso que as organizações se preocupem mais com o ambiente de trabalho e a qualificação dos seus funcionários. As empresas devem tomar muito cuidado com os profissionais para que não haja acidentes de trabalho e para isso que as empresas/organizações precisam ter no seu quadro funcional/estrutura/organograma uma equipe qualificada e a implantação da CIPA nas empresas. Devera todas as organizações, possuírem um conhecimento mais ou menos de qualidade dentro dos seus setores para que os seus trabalhadores não sejam prejudicados, deverá existir uma política de prevenção de acordo com a metodologia própria da empresa, essa política que permite dar sentido útil e orientação ao conjunto de medidas de caráter técnico e organizacional, transformando a ação da prevenção em contributo precioso para melhoria da produtividade e da competitividade. Destacando que a oportunidade de crescimento no trabalho tem como finalidade medir a qualidade de vida do trabalhador, em relação às oportunidades surgidas para o crescimento e desenvolvimento profissional dos seus empregados e a segurança no emprego, nunca esquecendo de que o trabalho depende do homem como o homem depende do seu trabalho.
PALAVRAS CHAVES: Prevenção de Acidente, Ergonomia, Saúde do trabalhador e Medicina do Trabalho.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9 1 - Qualidade de Vida no Trabalho 12 2 - Da Saúde a Segurança do Trabalhador 21 3 - Medicina do Trabalho e Prevenção de Acidentes 26 4 - Ergonomia na área da Saúde Pública nos Hospitais Universitários 33 CONCLUSÃO 42 BIBLIOGRAFIA 45 INDICE 46
9
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi elaborado de forma a listar e comentar os principais problemas
da Medicina, da Saúde, da Prevenção de Acidentes e da Ergonomia do trabalhador
na área hospitalar, que normalmente geram prejuízos tanto para a organização
quanto para a Saúde do trabalhador.
Como a Segurança, Ergonomia e a Medicina podem dar uma melhor condição de
vida ao trabalhador?
Esta pergunta faz necessária para atender as necessidades dos trabalhadores no
âmbito do trabalho, para que ela seja positiva ou afirmativa todas as empresas
deverão pensar muito e exclusivamente nos trabalhadores e não no seu lucro.
Para se obter a qualidade de vida no trabalho, é necessário observar e analisar
as condições de segurança e a ergonomia, que se tornam uma matriz fundamental
ao desenvolvimento profissional dentro das organizações, através de vários estudo
os cientistas concluíram que o trabalhador precisava de um trabalho que lhe desse
satisfação, segurança e que sua saúde não fosse afetada pela qualidade do seu
trabalho na organização.Tanta preocupação se justifica, pois danos à saúde e
acidentes de trabalho podem ser devastadores e incapacitantes para o trabalhador.
As doenças ocupacionais também devem ser parte de um programa de
prevenção, proteção e tratamento por parte das empresas, essas doenças deferem-
se em doenças profissionais (causadas pelo tipo de trabalho) e as doenças do
trabalho (causadas pelas condições de trabalho), são doenças causadas
principalmente pela falta de um trabalho especifico dentro da área de ergonomia,
(máquinas, equipamentos, ferramentas, mesas e instalações), ajustadas ao tamanho
das pessoas. Auxiliando no desenvolvimento de uma saúde do trabalhador mais
qualificada e com grande possibilidade de melhoria nos Hospitais Universitários na
área principalmente da Ergonomia.
O ambiente hospitalar apresenta uma serie de riscos decorrentes de fatores
físicos, químicos, psicossociais e ergonômicos, os quais podem ser prejudiciais à
10
saúde dos trabalhadores e por isso, devem ser analisados para que possam
caracterizar as condições de trabalho em cada instituição. Para a ergonomia, as
condições de trabalho são representadas por um conjunto de fatores
interdependentes, que atuam direta ou indiretamente na qualidade de vidas das
pessoas e nos resultados do próprio trabalho e que o profissional, as atividades
desenvolvidas e o ambiente de trabalho são os elementos principais para que o
trabalhador se sinta um pouco mais ativo e com uma condição melhor de vida.
Este estudo tem como objeto as organizações Hospitais Universitários, seu
trabalhador em relação a melhoria da saúde, segurança, ergonomia e principalmente
na qualidade de vida do trabalhador junto a organização. Todo este estudo foi
realizado através de vasta pesquisa bibliográfica.
Pensando nessa hipótese é que podemos auxiliar no desempenho da Segurança
e da Medicina do trabalho e ajudar a postura e a qualidade de vida do trabalhador
dentro dos Hospitais Universitários, sempre nos preocupando com o ambiente de
trabalho sendo a parte física, material e as condições psicológicas e sociais do
trabalhador, concluindo ser verdadeira a hipótese e levando em consideração o que
constam nos capitulo que seguem:
Foi observado no capitulo 1, que a Qualidade de vida no trabalho se tornou uma
questão de competitividade, atualmente este conceito envolve tanto os aspectos
físicos e ambientais como os psicológicos do local de trabalho, sendo uma
preocupação crescente e constante das empresas tanto no que se refere ao ciente
interno quanto externo sempre pensando no bem estar e no mercado competitivo.
A segurança no trabalho deve ser o aspecto mais importante observado pela
empresa por se tratar da vida humana, através da segurança do trabalho que as
empresas vão estar sempre ligadas às prevenções de acidentes e evitando com que
seus funcionários não fiquem afastados ou evitem alguns danos causados para a
empresa quanto para os seus familiares.
A prevenção de acidentes de trabalho e a segurança do trabalho estão
relacionadas tanto no capitulo 2 quanto no capitulo 3, também como a qualidade de
vida dos empregados, pois sem a segurança do trabalho as empresa não estão
preparadas para uma prevenção de acidentes, e elas precisam lidar com mais
11
tranqüilidade e mais rigor na prevenção para que não haja acidentes e prejudique a
sua produtividade e seus profissionais.
Já no âmbito dos Hospitais Universitários conforme falado no capitulo 4, os riscos
existentes são os principais meios de acidentes, pois não estão preparados para
uma boa qualidade de vida e nem sempre existe uma prevenção e segurança contra
os acidentes de trabalho, pois os profissionais da área de saúde estão sempre tendo
problemas com doenças sendo ocupacional ou não, porque o estresse é muito
grande em relação aos outros setores de qualquer organização, a começar pela
ergonomia dos moveis, macas, cadeiras, equipamentos, os setores hospitalares, já
produz um alto risco por se tratar de um ambiente muito tenso causando desconforto
tanto para a equipe que trabalha quanto aos familiares levando muitas vezes ao
desgastes físicos e mentais.
Toda a mudança acarreta uma pressão, os desafios e metas da qualidade
dependem da mobilização das pessoas para o desenvolvimento das ações do
programa, podemos e devemos tomar atitudes à conservação da nossa saúde e de
nossa vida. Por outro lado o que observamos é que apesar das Organizações
estarem investindo em tecnologia verifica-se um desequilíbrio, isto significa que a
estratégias de envolvimento do pessoal em direção à qualidade não esta bem
cuidada, para se obter sucesso quanto à eliminação e prevenção de riscos causados
a saúde dos trabalhadores nas empresas, será preciso que todos os setores
hierárquicos e seus funcionários estejam sempre ligados e trabalhando em conjunto
para a melhoria não só do trabalhador mais também da organização.
12
1.QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
A principal preocupação com a qualidade de vida do trabalhador deu-se no
século XIX, após observar que as jornadas de trabalho chagavam a dezoito horas
diárias, isto significa que o trabalhador vivia em condições desumanas, nessa
primeira fase foi observado que o trabalhador não tinha prazer na sua tarefa na sua
empresa e aconteciam vários acidentes na sua empresa. Daí surgiu à primeira
preocupação com o trabalho/homem, foi surgindo à divisão de tarefas através da
especialização e um salário proporcional a cada trabalhador conforme a sua
produção.
A partir deste século, foi-se verificando que o trabalhador precisava de
motivação e de satisfação no trabalhador, para que isso funcionasse era preciso a
comunicação e informação entre os trabalhadores de diversos níveis.
Mostrou-se constantemente preocupada com o bem estar dos empregados, mantendo
sempre um alto nível de salários, procurando estabelecer boas condições de trabalho
e lançando mão de todos os métodos, reconhecidamente validos em orientação
vocacional, para bem adaptar os funcionários as suas funções. (RODRIGUES, 1999
p.36)
As organizações/empresas precisaram fazer varias adaptações para poder
crescer dando mais oportunidades para seus trabalhadores, reconhecendo as
funções e salários sempre pensando no bem estar dos seus funcionários e ao
mesmo tempo se tornando uma grande empresa.
Para que possamos ter uma boa qualidade de vida no trabalho, é necessário
que as organizações tenham no mínimo um espaço amplo e equipamentos
adequados para que seus trabalhadores não precisem recorrer ao medico do
trabalho ou se afastem do serviço por motivo de doenças.
É preciso haver uma política de prevenção de acordo com a metodologia
própria da empresa, essa política que permite dar sentido útil e orientação ao
conjunto de medidas de caráter técnico e organizacional, transformando a ação da
prevenção em contributo precioso para melhoria da produtividade e da
competitividade. Destacando que a oportunidade de crescimento no trabalho tem
13
como finalidade medir a qualidade de vida do trabalhador, em relação às
oportunidades surgidas para o crescimento e desenvolvimento profissional dos seus
empregados e a segurança no emprego.
Atualmente a qualidade de vida no trabalho tornou-se uma questão de
competitividade, envolvendo vários aspectos físicos e ambientais, como o aspecto
psicológico, que é uma grande preocupação dentro das organizações, onde o
mercado cada vez mais fica competitivo.
O conceito de qualidade de vida no trabalho implica no profundo respeito pelas
pessoas. Para alcançar níveis elevados de qualidade e produtividade, as
organizações precisam de pessoas motivadas, que participem ativamente dos
trabalhos que executam e que sejam adequadamente recompensadas pelas suas
contribuições. (CHIAVENATO, 1999, p.391).
Conforme conceitua o autor acima citado para que se tenha uma organização
com um desempenho ao nível elevado, precisamos que as pessoas respeitem umas
as outras e que a competitividade dentro do trabalho não atrapalhe no
desenvolvimento e na qualidade do trabalho executado.
O grande problema de algumas empresas é ter o salário como necessidade
principal para o trabalhador esquecendo que as pessoas vão criando novas
necessidades, como por exemplo, o trabalhador vai se qualificando pensando na sua
auto-realização, na estima e principalmente na sua segurança dentro da empresa.
Uma vez satisfeita uma necessidade, surge outra. Isso pode dar a impressão errada
de que uma necessidade deva ser 100% satisfeita antes de surgir à próxima. Na
realidade, a maioria das pessoas normais em nossa sociedade se encontra
parcialmente satisfeita e parcialmente insatisfeita em todas as suas necessidades
fundamentais. Tomando números arbitrários, podemos dizer que o cidadão médio
satisfaça talvez 85% das necessidades fisiológicas, 70% das de segurança e 10% da
de auto realização. (RODRIGUES, 1999. p.41)
A competitividade organizacional é a qualidade e a produtividade que passa
obrigatoriamente pela qualidade de vida do trabalhador, para que a empresa atenda
bem há um cliente externo, é primordial que essa empresa antes de uma olhada
mais profunda para o cliente interno, pois ela (empresa) vai sempre depender de seu
cliente interno para bem atender o cliente externo, e com isso, toda vez que o cliente
14
interno estiver satisfeito automaticamente a empresa vai oferecer o seu serviço ou
produto melhor.
Sempre que as organizações estiverem investindo nos seus trabalhadores,
eles vão sempre estar investindo indiretamente nos seus clientes, a gestões da
qualidade total das organizações depende unicamente da otimização do potencial
humano, os principais fatores da qualidade de vida do trabalhador são:
A satisfação com o trabalho executado, as possibilidades de futuro na organização os
reconhecimentos pelos resultados alcançados, o salário percebido, os benefícios
auferidos, os relacionamentos humanos dentro do grupo e da organização, o
ambiente psicológico e físico do trabalho, a liberdade e a responsabilidade de tomar
decisões e as possibilidades de participar. (CHIAVENATO, 1999. p.449.)
O clima organizacional e cargo representam fatores da qualidade de vida do
trabalhador, se a qualidade do trabalho for pobre, normalmente o trabalhador terá
uma insatisfação, má vontade e logicamente uma baixa produção, já se a
organização de uma qualidade de trabalho elevada vai levar o trabalhador a um
clima de confiança e respeito mutuo e a sua qualidade profissional vai sempre
crescer junto com a organização.
Para Nadler e Lawler,(1983) a qualidade de vida do trabalhador está
fundamentada em quatro aspectos:
1. Participação dos funcionários nas decisões;
2. Reestruturação do trabalho através do enriquecimento de tarefas e de grupos
autônomos de trabalho;
3. Inovação no sistema de recompensas para influenciar o clima organizacional;
4. Melhoria no ambiente de trabalho quanto a condições físicas e psicológicas,
horário de trabalho e etc.
Tanto nos países desenvolvidos quanto em desenvolvimento há grande
esperança das organizações para atingirem níveis de produtividade sem esquecer a
motivação do individuo/trabalhador. Para o autor o mais importante não é só a
empresa/organização mais o trabalhador, é preciso que todos os chefe ou gerentes
15
das empresa estejam sempre preocupado com as tarefas executadas, na inovação e
reestruturação de todo o sistema e no melhor ambiente de trabalho fazendo com que
o trabalhador se sinta como pessoa e não como simplesmente um trabalhador .
Havendo toda essa melhora no ambiente da empresa/organização essa inovação vai
influenciar no clima organizacional fazendo com que a empresa/organização possa
estar num patamar muito bem colocado tanto com os seus clientes internos quanto
com os seus clientes externos.
Segundo Hackman e Oldhan,(1975) as dimensões dos cargos produzem estados
psicológicos críticos que conduzem a resultados pessoais e de trabalho que afetam a
qualidade de vida do trabalhador:
1. Variedade de habilidades – o cargo exigiu várias e diferentes habilidades,
conhecimento e competência da pessoa, isto é, a pessoa para exercer um
cargo ela tem que possuir qualificação adequada ao cargo.
2. Identidade da tarefa – o trabalho deve ser realizado do inicio ao fim, ou seja, o
trabalhador tem que efetuar a tarefa desde o inicio e ir até o final para que ele
sinta que foi útil no trabalho.
3. Significado da tarefa – o trabalhador tem que ter claro que o trabalho que ele
efetua ou produz sofre impacto e conseqüências no trabalho dos outros
colegas.
4. Autonomia – o trabalhador deve ter responsabilidade para planejar e executar
as tarefas que lhe são dadas com toda a autonomia.
5. Retroação do próprio trabalho – ao efetuar a tarefa o trabalhador deve ter
informação ou retorno para que ele próprio possa auto-avaliar o seu
desempenho.
6. Retroação extrínseca – deve haver retorno por parte dos superiores
hierárquicos a respeito do desempenho do trabalhador.
7. Inter relacionamento – o trabalhador ao cumprir a tarefa devera possibilitar o
contato com o ocupante do cargo com os clientes internos e externos.
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Com isto o autor quer mostrar que a característica do cargo serve para medir o
grau de satisfação geral e grau de motivação interna do trabalhador na empresa,
estes fatores mostram que o trabalhador depende das tarefas efetuadas para
mostrar que o seu trabalho pode ter inicio e fim, mostrando que as tarefas por ele
bem executadas dependem sempre os outros setores ou departamentos, isto tudo se
deve ao bom desempenho e para que os trabalhadores tenham sempre um retorno e
avaliação tanto das empresas/organizações quanto dos superiores e dos clientes
externos, as empresas devem sempre pensar na melhoria dos seus colaboradores e
não no lucro que eles possam lhe propor.
Para Walton,(1973) existem oito fatores que afetam a qualidade de vida do
trabalhador:
1. Compensação justa e adequada
2. Condições de segurança e saúde no trabalho
3. Utilização e desenvolvimento de capacidades
4. Oportunidades de crescimento e segurança
5. Integração social na organização
6. Garantias constitucionais
7. Trabalho e espaço total de vida
8. Relevância social da vida no trabalho
Desse processo, a qualidade de vida tem sido verificada com crescente
freqüência para medir certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas
sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do
crescimento econômico, também pensa que a compensação recebida pelo trabalho
realizado é um conceito relativo, honestidade da compensação pode ser focalizada
pelas relações entre salário e fatores com experiência e responsabilidade, pelas
relações entre salários e talento e pela demanda da mão de obra.
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A participação exigida pelos trabalhadores gerou no meio gerencial que se sentiu
ameaçado, mecanismos compactos e complexos de planejamento e controle. O
aumento no tamanho e complexidade das organizações trouxe consigo uma maior
rigidez organizacional e turbulência ambiental. A insatisfação reflete a remuneração
inadequada, a alienação, um sentimento de que o trabalho é pessoalmente
prejudicado, e a anomia uma falta de envolvimento do trabalhador, para que o
trabalhador se sinta satisfeito as organizações deveram se organizar e construir uma
cultura de trabalho, um sistema normativo e valores sociais ativados.
Assim, observamos e podemos ponderar que a qualidade de vida no trabalho tem
varias conotações, ou seja, de um lado a reivindicação dos empregados sempre
pensando no bem estar e na satisfação no trabalho e do outro o interesse da
empresa quanto ao potencial da produtividade e da qualidade, podendo fechar
dizendo que o principal elemento diferenciador e responsável pelo sucesso da
empresa é sem duvida o homem, ou seja, para que a empresa/organização cresça é
preciso que seus trabalhadores tenham uma boa qualidade de vida e uma grande
satisfação no trabalho.
Também observamos, para que a qualidade de vida na empresa cresça e tenha
um melhor desenvolvimento, as empresas/organizações devem se preocupar com a
segurança e a saúde dos seus trabalhadores pois a qualidade de vida esta ligada a
esse fator que faz parte de uma melhor gestão de Recursos Humanos dentro de
qualquer empresa. O RH tem que estar sempre atento e implantar uma ação de
prevenção contra os acidentes dos seus trabalhadores controlando através de
acompanhamento médico (periódicos), sempre investindo na saúde e segurança dos
seus colaboradores, nunca esquecendo que todas as empresas/organizações
possuem uma cultura organizacional própria e que dela dependem normalmente os
seus dirigentes e trabalhadores.
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1.1. Cultura Organizacional
É o conjunto de valores, crença e tecnologias que mantém únicos os mais
diferentes membros de todos os escalões hierárquico da empresa, a cultura
organizacional depende muito da área que a organização se localiza pode ser tanto
regional quanto nacional e ate mesmo inter-regional, isto significa o preceito de cada
organização.
Muitas vezes as empresas estão inseridas no mesmo contexto sócio-economico-
cultural, mais apresentam características singulares, isto se deve ao modelo de
gestão que recebem o tipo de liderança predominante, o comprometimento dos
colaboradores a sub-cultura etc, enfim é com essa diversidade de fatores que irão
construir uma cultura organizacional diferente entre cada empresa.
Abordar temas relativos à cultura organizacional constitui um dos mais delicados
empreendimentos no campo da administração, já que envolve aspectos que as
empresas mais valorizam e muitas vezes constituem a própria razão de sua
existência. Cabe considerar que as empresas que promovem seu ajustamento
cultural em relação às mudanças ambientais apresentam melhores condições
desenvolverem-se quando estas são comparadas com as mais rígidas em relação
aos estímulos externos. Os desafios individuais referem-se às posturas usadas pelas
empresas em relação a seus empregados/colaboradores, estes são diretamente
relacionados aos desafios organizacionais, reflexo esse que ocorre com a empresa
interna, tornando os seus trabalhadores mais competitivos, colocando-os na famosa
rotatividade, isto significa que os seus profissionais não vestem a camisa da
empresa estão sempre procurando uma melhor empresa para trabalhar, onde eles
possam ter suas necessidades atendidas, para que as empresas consigam manter
os colaboradores qualificados nos seus quadros funcionais é preciso que ele possua
uma analise de clima organizacional sempre atualizado, e sempre atento ao mercado
de trabalho para melhor qualificar os seus empregados e atendendo sempre os
clientes tanto interno quanto externo.
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1.2. Clima Organizacional
Através desta ferramenta de gestão buscaram medir a satisfação dos
colaboradores perante aos diversos aspectos organizacionais tais como, os
benefícios, treinamento, segurança do trabalho e atendimento ao cliente esterno,
bem como identificar as expectativas do grupo e motivação dos funcionários. Cada
empresa possui uma realidade própria onde a cultura e os climas organizacionais
sofrem influencias de diversos fatores, o clima a ferramenta que mede e analisa o
ambiente através do conjunto de condições que caracterizam o estado de satisfação
dos seus funcionários e essa ferramenta vem sendo utilizada pelo Recursos
Humanos para acompanhar o nível de comprometimento dos colaboradores.
Dentre essas contribuições feitas pela pesquisa de clima, surge ainda a
possibilidade de buscar o alinhamento da cultura organizacional, o desenvolvimento
dos colaboradores, a otimização da comunicação a diminuição da burocracia a
identificação das necessidades de treinamento e a flexibilidade das atividades da
organização. É necessário que a empresa fique sempre atenta ao período de pó-
pesquisa, uma vez que esse processo gera uma expectativa muito grande dentro da
empresa pois os colaboradores ficam esperando por uma mudança que demora e as
vezes não acontecem tornando o ambiente de trabalho muito monótono e muitos
ficam frustrados, fazendo com que os colaboradores não acredite na empresa e isto
faz com que os funcionários vão para outras empresas em busca de melhores
condições de qualificação profissional ou que atenda as suas necessidades de vida.
Os empregados conseqüentemente passam a querer trabalhar em lugar mais
agradáveis assim as empresas são desafiadas a investir no ambiente, tanto para
atrair talentos quanto para melhorar a produtividade do trabalho, mas do que isso, as
empresas são desafiadas a implantar programas de qualidade de vida no trabalho
que envolva também as dimensões relacionadas ao estilo gerencial, a autonomia e
o oferecimento de tarefas significativas. As empresas que empregam alta tecnologia
são particularmente sensíveis ao problema, a evasão de talento pode afetar
negativamente os processos de inovação e provocar atraso no lançamento de algum
produto, ficou claro porem que a evasão de talentos não poderá se evitada apenas
mediante compensação de salário ou outros benefícios tanto direto quanto indireto,
20
será necessário criar condições para que os empregados desejem realmente
permanecer na empresa.
Hoje se reconhece que os empregados preferem trabalhar em empresas que
oferecem qualidade de vida, isto é, capaz de proporcionar segurança e satisfação,
cabe a empresa cuidar para que o ambiente oferecido a seus empregados seja
suficientemente motivador se quiserem manter os profissionais qualificados, sempre
atentos às necessidades do cliente interno.
As empresas estão implantando programas para trazer os funcionários mais
presentes ao trabalho como: motivação, disposição para o trabalho e alivio do
estresse diário, dando uma melhor integração entre os funcionários, a melhoria do
clima organizacional, uma mudança cultural, a conscientização sobre a necessidade
das melhorias de hábitos de vida, atualmente as empresas contam com várias
atividades direcionadas para o tabagismo, obesidade, aumento de pressão arterial, o
estresse, o sedentarismo, alcoolismo e outros, observando e respeitando os
aspectos regionais de cada empresa e seus funcionários.
As empresas e os gestores de pessoas devem entender que investir em
segurança e saúde do trabalhador deixou de ser simplesmente cumprimento de
Legislação ou Normas exigidas pelo Governo e sim obrigação de todas as empresas
para dar uma melhor qualidade de vida aos seus trabalhadores, e com um melhor
desempenho na área do trabalho fazendo com isso que todos os clientes internos
quanto externos fiquem satisfeitos.
21
2. DA SAÚDE A SEGURANÇA DO TRABALHADOR
Em vigor desde 2004, a política de saúde do trabalhador do Ministério da Saúde,
através do decreto de lei 7.036 criou a CIPA, (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes) que é uma posição legal da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
Metade dos componentes da CIPA é indicada pela empresa e outra metade é
escolhida pelo voto dos funcionários, periodicamente. Cabe à CIPA apontar os atos
inseguros dos trabalhadores e as condições de segurança existentes na
organização. Ela deve fiscalizar o que já existe, enquanto os especialistas de RH
apontam as soluções. A CIPA tem especial importância nos programas de segurança
das pequenas e medias empresas. Visando a redução dos acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação
e vigência na área da saúde, Portaria 1125 de 6 de junho de 2005 compreende a
atenção integral à saúde dos trabalhadores.
Há algum tempo que as empresas (organizações) definiram como uma política de
gestão da organização a saúde e a segurança do trabalho, transformando a ação de
prevenção em um conjunto precioso de melhoria para os trabalhadores, quanto a
sua produtividade, competitividade.
Um ambiente de trabalho agradável pode melhorar o relacionamento
interpessoal e a produtividade, assim como reduzir acidentes, doenças,
absenteísmo e rotatividade do pessoal. Fazer do ambiente um local agradável
para se trabalhar tornou-se uma verdadeira obsessão para as empresas bem
sucedidas. (CHIAVENATO,1999, p. 376).
A segurança do trabalho, hoje se preocupa tanto com a condição física, social
e mental do trabalhador, com o objetivo de tornar o trabalho prazeroso e saudável, e
não somente a maneira de tirar o seu sustento, tornando o seu emprego um local
bom e imprescindível para a sua satisfação pessoal.
O autoritarismo do chefe, a desconfiança, a pressão das exigências e
cobranças, a falta de perspectiva de progresso profissional e a insatisfação pessoal
não somente derrubam o bom humor das pessoas, como também provocam o
estresse no trabalho. O estresse é o soma das perturbações orgânicas e psíquicas
provocadas por diversos agentes agressores como: traumas, fadiga, situações de
22
conflito e etc., certos fatores relacionados com o trabalho, como sobrecarga de
atividade, pressão de tempo e urgência e etc. Alguns problemas como dependência
de álcool e uso de algumas drogas são conseqüências muitas vezes de estresse no
trabalho ou na família.
A segurança do trabalho é o conjunto das medidas técnicas, educacionais,
medicas e psicológica utilizada para prevenir acidentes quer eliminando as
condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da
implantação de praticas preventivas.
O trabalho em algum departamento é inerente mais seguro do que em outros,
existem departamentos que apresentam maior acidente do que o outro, a
programação do trabalho e a fadiga afetam os índices de acidentes, sempre ocorrem
acidentes na jornada de trabalho noturna e no aumento de horas trabalhadas devido
à fadiga.
Para reduzir acidentes é necessário minimizar as condições de insegurança
nas empresas. Mas as causas dos atos inseguros podem ser atribuídas a certas
características pessoais que predispõem aos acidentes, como ansiedade,
agressividade, falta de controle emocional e etc. As características pessoais, a
personalidade e a motivação das pessoas provocam certas tendências
comportamentais que predispõem a acidentes, como a tendência a assumir riscos e
tomar atitudes inadequadas.
As causas diretas dos acidentes mais comuns são as distrações, falta de
atenção, pressa, descuido, falta de destreza, reflexos lentos, negligências, e
falta de advertência. A idade influi muito, sendo a maior a incidência dos
muitos moços ou mais velhos. (NOGUEIRA DE FARIA, 1971, p. 38)
Normalmente o cansaço e a fadiga são os grandes vilões dos turnos
principalmente final do expedientes, ou seja a tarde e noite ou quando o funcionário
esta preocupado com outros problemas que não são relacionados diretamente ao
trabalho.
Os acidentes de trabalhos são causados tanto por variáveis do homem quanto
do ambiente, da tarefa e de outras decorrentes da interação entre ambos. Um
acidente é um evento inesperado e indesejável que surge diretamente da situação
23
de trabalho, pode ser de um equipamento defeituoso quanto do desempenho
inadequado de uma pessoa.
A segurança do trabalho propõe-se combater, também de um ponto de vista
não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminadas as condições inseguras do
ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
A vida e a integridade física de uma pessoa são coisas que não se pagam,
contudo, alem de lamentáveis perdas humanas, os acidentes também provocam
perdas financeiras para o acidentado, para a sua família, a organização e a
sociedade. Os acidentes constituem um fator altamente negativo e suas causas e
custos devem ser analisados para se remover eventuais condições inseguras ou
atos inseguros; com isto o trabalhador que não pensa na sua segurança dentro da
empresa não esta nem um pouco preocupado com os seus familiares, pois todos
dependem do melhor rendimento na qualidade de vida do trabalhador para melhor
condição de vida tanto social quanto financeiro, pois o seguro de acidente de
trabalho não cobre todos os gastos que o salário cobriria e sim os medicamentos e
uma indenização ao acidentado, mas não repõem a capacidade humana para o
trabalho e nem a integridade física as pessoas acidentadas.
Por tudo isso, o investimento nas condições de segurança do trabalhador
propicia reflexos em vários aspectos observados, sendo elas: pagamentos dos
adicionais de insalubridade e periculosidade, ações trabalhistas e cíveis, taxas de
seguro de acidente de trabalho, além de benefícios indiretos como qualidade de vida
no ambiente de trabalho, aumento do rendimento e principalmente satisfação da
necessidade básica de segurança.
A segurança do trabalho é um assunto dos mais abrangentes. Ela demanda
participação de todos – pessoas e setores que compõem o organograma de
uma empresa. Cada um tem seu papel a cumprir e responsabilidades que
determinam esse papel. É necessário, no entanto, compreender isso tudo.
(ZOCCHIO, 1996, p. 21).
Para que a empresa/organização tenha um bom desempenho e uma
qualificação no mercado ela precisa se preocupar muito com a segurança dos seus
trabalhadores, e esses trabalhadores também deve observar e compreendendo o
24
seu papel na segurança tanto para a empresa/organização quanto para a sua
qualidade de vida.
Logo entendemos que não basta somentes mudanças na legislação as
empresas, dirigentes e responsáveis pela saúde e qualidade de vida do trabalhador
devem adotar atitudes relevantes para que as questões de prevenção e saúde
tornem-se realidade, adotando alguns princípios básicos para a promoção da saúde
do trabalhador. È necessário envolver os trabalhadores de todos os níveis nas
metas e objetivos do sistema de segurança, principalmente implantar e planejar
ações preventivas de acidentes de trabalho, criando assim um bom ambiente de
trabalho e conseqüentemente boa produtividade em suas atividades diárias.
A saúde ocupacional esta relacionado diretamente com a assistência medica
preventiva. A lei nº 24/94 institui o programa de controle medico de saúde
ocupacional, que exige o exame pré-admissional, exame medico periódico, o
de retorno ao trabalho (no caso de afastamento superior a 30 dias), o de
mudança efetiva de função, antes da transferência, e o exame medico
demissional, nos quinze dias que antecedem o desligamento definitivo do
funcionário (CHIAVENATO, 1999, p. 376).
As empresas têm que se preocupar mais com os seus trabalhadores
instituindo programa de saúde ocupacional, pois através deste é que as empresas
vão sempre saber se o seu trabalhador esta com a saúde física e mental em total
sintonia com a empresa, evitando o risco de acidentes e prejuízos, fazendo com que
os dirigentes ou qualquer cargo de chefia que ocupem dentro da empresa devem
entender e cumprir o que lhe cabe na segurança e saúde do trabalho na sua
empresa.
Nos anos 70 e 80, foi amadurecido mais a tese da saúde do trabalhador
através de vários movimentos e assistencialismo nas ações da rede de saúde do
SUS (Sistema Único de Saúde), nesses anos consubstanciam-se conhecimento e
práticas que comparam com a abordagem de Saúde Ocupacional. Foi através dessa
abordagem que se assume que Saúde do Trabalhador é o campo de práticas e
conhecimentos cujo enfoque teórico metodológico emerge de Saúde Coletiva,
intervindo as relações trabalho e saúde-doença.
25
Ao contrapor-se aos conhecimentos e práticas de Saúde Ocupacional,
objetiva superá-los, identificando-se a partir de conceitos originários da Medicina
Social Latino-Americana, relativos à determinação social do processo saúde-doença
e pela Saúde Pública em sua vertente programática e pela Saúde Coletiva ao
abordar o sofre, adoecer, morrer das classes e grupos sociais que estão envolvidos
no processo produtivos.
Conforme já foi comentado neste capitulo todas as empresa devem se
preocupar com a saúde e a segurança do trabalhador, para se prevenir contra os
acidentes será necessário que fiquem sempre ligados ao fato do trabalhar estar
sempre em condições adequada e os equipamentos em condições de manuseio.
26
3. MEDICINA DO TRABALHO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES
A Medicina do trabalho enquanto especialidade médica surgiu na Inglaterra na
década de XIX, com a Revolução Industrial, pelo motivo que os trabalhadores não
eram tratados como pessoas e sim como objetos de produção, eles viviam num
processo desumano e acelerado de produção sem que as empresas se
preocupassem com a qualidade de vida ou com a saúde de seus funcionários,
tornando assim os acidentes aos mais altos níveis e com muito prejuízo tanto para a
empresa quanto para a família/trabalhador.
Daí veio o surgimento e a preocupação com os funcionários pois se a produção
não estava bem para a empresa era por causa dos funcionários que também não
estavam bem consigo mesmo e os prejuízos com os acidentes também eram
grandes, foi quando surgiu a necessidade de uma melhor verificação e as influencias
que os trabalhadores estavam sofrendo e as causa que pudessem ser prevenidas,
através desta avaliação surgiu a proteção da saúde e das condições físicas de
todos os trabalhadores, este foi o inicio de todo o serviço de Medina do trabalho,
onde foi se expandindo de dentro da empresa para fora e tornando assim um
sistema de assistência medica à saúde do trabalhador , via serviço de saúde publica.
Com toda essa expansão e com a participação não só das empresas mais
também do Estado, este instrumento passou a auxiliar não só o trabalhador no local
de trabalho mais também a seus familiares, ao lado do exercício direto do controle
da força de trabalho.
Através desta parceria foi criado e revisto várias vezes o nome a qual seria dado
o diploma de médico nessa qualificação, em 1959, ficou estabelecido que fosse
“Serviços de Medicina do Trabalho”, onde se baseia a norma brasileira, através da
Recomendação 112, com esta expressão designa um serviço organizado nos locais
de trabalho ou em suas imediações.
Este serviço surge para assegurar a proteção física e mental dos trabalhadores
contra os riscos que possam prejudicar a sua saúde, em particular pela adequação
do trabalho e pela colocação em lugares que correspondem às suas aptidões,
27
contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado e possível do
bem estar dos trabalhadores, isto significa que a medicina do trabalho tem uma
tarefa de cuidar da adaptação do trabalhador ao trabalho e a manutenção de sua
saúde, e que encontram na medicina do trabalho uma aliada para a produtividade.
Entre muitos outros desdobramento este processo revela a relativa impotência da
medicina do trabalho para intervir sobre os problemas de saúde causados pelos
processo de produção, ou seja cresce a insatisfação e o questionamento dos
trabalhadores, das empresas, onerados pelos custos diretos e indiretos da
fragilidade da saúde dos trabalhadores.
Entretanto no final dos anos 60 começam a aparecer críticas a esta concepção e
a denuncia dos efeitos negativos da medicalização e do caráter ideológico das
instituições médicas, com a proposta de desmedicalização da sociedade, mas no
campo da pratica medica surgem vários programas com alternativas de auto cuidado
de saúde de assistência primaria, de extensão de cobertura de revitalização da
medicina tradicional e a ênfase na participação comunitária, isto tudo foi apropriado
pelo Estado, surgindo varias críticas às instituições medicas e do fracasso relativo
dessas medidas, elas sobreviveram a discussão teórica sobre a articulações da
saúde na sociedade.
A medicina poderá ser encarada tão somente como uma técnica, conjunto de
habilidades artificiais disponibilizadas para o desígnio do processo teleológico da
vida, e como técnica, a medicina sistematizada no ato concreto de devir o ato
medico, estaria mais sustentável ao crivo deondologico, por conta de sua aplicação e
dos resultados dela decorrentes, dizemos ainda que a medicina não se trata de
ciências, a despeito de sua emergência como tal na tecnologizada do ato medico,
pois ela se retira do caratê estreitamente cientifico ao lidar com a manutenção da
vida da espécie humana, precisamos sempre saber e assegurar onde começam e
terminam a ética do ato médico.
A prevenção de acidentes do trabalho foi institucionalizada no Brasil na década de quarenta. A partir daí, passaram a ser desenvolvidas e evoluir as ações e medidas de segurança do trabalho por ela exigidas; às vezes aos tropeços, outras atropeladas por decisões oficiais, com altos e baixos, por caminhos nem sempre os mais apropriados. (ZOCCHIO, 1996, p 21)
28
Para se falar sobre a prevenção de acidentes de trabalho devemos sempre se
lembrar da principal e primordial que e a segurança do trabalho, pois como já foi dito
no capitulo anterior não se previne acidentes sem que haja uma boa segurança e
que todos dentro da empresa estejam ligados e envolvidos com essa
responsabilidade para com os trabalhador X empresa.
Do ponto de vista funcional a segurança do trabalho é um conjunto de medidas e
ações aplicadas para prevenir acidentes nas atividades das empresas, e essas
medidas são exclusivamente de caráter técnicos, educacional, médico, psicológico e
motivacional, com o indispensável embasamento de medidas e decisões
administrativas favoráveis. Além de ser uma obrigação legal para a empresa e uma
atividade de valor técnico, administrativo e econômico para a organização e de um
grande beneficio para os empregados e a comunidade.
Em muitas empresas a segurança do trabalho e mantida apenas por força da lei,
as vezes não passa de atividades simbólicas ou de setor funcionalmente
marginalizado, essa situação é fruto do despreparo e da falta de percepção de
muitos dirigente empresarial, que não percebem o valor das atividades preventivas
dos acidentes do trabalho. Alguns menos familiarizados com a prática do acidente ou
apáticos à compreensão do assunto ou simplesmente não possuem interesse quanto
a segurança do trabalhador.
Alguns com muita convicção dizem simplesmente que “sem acidentes ou com acidentes o trabalho é realizado”, esta é uma afirmação infeliz, afirmações e pensamentos dessa natureza colidem com a relação entre o trabalho e dignidade humana (ZOCCHIO, 1996 p 22)
Isto significa que as empresas nessa época so pensavam em seus lucros e não
em seus contribuidores /empregados, os empregados eram considerados uma
maquina que não podiam parar e que qualquer acidente não influenciavam na
produção, pois tinham outros para substituir o serviço, sem AL menos pensar na
qualidade de vida tanto física e mental dos trabalhadores , sem dar pelo menos as
necessidades principais que seriam horas de descansos e algum acompanhamento
medico adequado para a sua saúde.
29
A expressão Segurança do trabalho e a prevenção de acidentes , ainda se
confundem, há alguns que consideram as mesmas coisas e outros que ainda
procuram defini-las separadamente, a segurança do trabalho é um conjunto de
recursos empregados para prevenir acidentes e são os meios preventivos e o fim a
que se deseja chegar, quanto melhor aplicadas essas medidas de segurança do
trabalho, maior o êxito na prevenção de acidentes.
Todas as prevenções de acidentes dependem principalmente da estabilidade
operacional, melhor produtividade, manutenção nos equipamentos e instalações,
mais estabilidade nos custos operacionais, melhor ambientes sociais e melhor
imagem da empresa com os clientes internos e externos e diante das autoridades
competentes. Com essa prevenção as empresas estão se preocupando com o
beneficio social e econômico tanto com os funcionários quanto com a sociedade.
O acidente de trabalho sempre foram problemas para a humanidade como por
exemplo, é que os acidentes de trabalho surgiram como conseqüência da
necessidade de o homem lutar pela subsistência, sempre os acidentes devem ter
tido interferências indesejáveis nas atividades humanas.
Por muitos tempos os acidentes de trabalho foram vistos como ocorrências
inerentes ao exercício do trabalho, não tinham repercussão como problema
econômico e não despertavam maior interesse social do que a recuperação como
algo inerente ao meio de trabalho e os acidentes como subprodutos desse meio.
Hoje os acidentes de trabalho não podem deixar de merecer atenção sobre seus
dois principais aspectos, o social e o econômico.
O acidente de trabalho como conceito social, só se preocupa com as
conseqüências humanas dos acidentes, isto significa que e caracterizado pela lesão
corporal ou perturbação funcional de algum empregado ou quando houver vitima. O
acidente de trabalho não pode se restringir a esse conceito, porque para a
prevenção ele tem que ser encarado em toda extensão de causa e efeito, Para tanto
é importante interpretar o acidente de trabalho do ponto de vista técnico preventivo
que inclui como conseqüência tantos os danos físicos e funcionais as pessoas
quanto os danos materiais e econômicos à empresa
30
A prevenção dos acidentes de trabalho devem ser sempre observados dentro do
acidentes existentes na empresa, pois eles se classificam em acidente-meio e
acidente-tipo.
O acidente-meio são reações ou movimentos estranhos dos meios e dos
processos de trabalho que podem causar lesões em alguém em geral causam algum
tipo de prejuízo à empresa, è caracterizado independente de ter ou não causado
ferimento em alguém.
O acidente-tipo é a maneira como a pessoa é atingida por um agente agressivo
que ocasiona lesão, este acidente só existe quando alguém é atingido ou a pessoa é
ferida.
Na medida em que os acidentes são prevenidos diminui-se sua interferência nos
componentes da produtividade, qualidade, quantidade, prazos e custo, eles são
considerados um fator da produtividade.
Os fatores primordiais para a prevenção de acidentes de trabalho é estar sempre
ligados aos treinamentos e acompanhamento dos chefes dentro da empresa, sempre
de olho para que os funcionários sigam corretamente todas as instruções que foram
passadas no treinamento, e observando também se os funcionários estão aptos a
cumprir as tarefas que lhe foi pedidas e se tal serviço esta sendo efetuado com um
bom desempenho ou se os funcionários estão fazendo por fazer e não por estarem
bem preparados para tal tarefa, isto também é uma forma de prevenção de
acidentes de trabalho dentro da empresa , todos os setores tem que estar sempre
alinhados aos serviços executados e aos funcionários.
Não se deve esquecer que não só os equipamentos quanto o ambiente são
partes importantes para a prevenção de acidentes de trabalho.
È necessário que as empresas se preocupem mais e observem todos os
aspectos que envolvam um bom desempenho no trabalho, não só em relação a
prevenção de acidentes do trabalho mais também com a ergonomia que também
envolve os aspectos fisiológicos do projeto humano, e como ele se ajusta ao
ambiente de trabalho, como a pessoa relaciona-se com o seu local de trabalho que
31
envolve os aspectos físicos como; mesas, cadeiras, macas, maquinas e outros
equipamentos existentes no ambiente de trabalho.
3.1 Saúde Ocupacional
No Brasil a saúde ocupacional veio tardiamente através da intervenção sobre o
ambiente de trabalho com o traço da multi e interdisciplinaridade, com uma equipe
multiprofissional e a ênfase na higiene.
Com a atuação multiprofissional e a estratégica de intervir nos locais de trabalho,
com a finalidade de controlar os riscos ambientais, de um lado a saúde ocupacional
passa a ser considerada como um ramo da saúde ambiental, porque a saúde
ambiental surgiu pela necessidade de saber e entender o que se passava com os
funcionários dentro do trabalho onde foi criado um ambulatório dentro do setor de
trabalho para acompanhar os funcionários no horário de trabalho, observando o
porque de tanto desconforto tanto físico quanto mental.
O surgimento de uma nova legislação veio dando forma ao desenvolvimento da
saúde ocupacional, reconhecendo os direitos dos trabalhadores; um dos principais
foi a informação que fez com que os empregados soubessem das naturezas dos
riscos, as medidas de controle dos resultados dos exames médicos e de avaliações
ambientas e outros.
Na pratica médica, surgem programas alternativos de auto cuidado de saúde,
assistência primara, de extensão de cobertura, de revitalização da medicina
tradicional e o uso da tecnologia simplificada e etc, nesse intenso processo social de
discussão teórica e de práticas alternativas, ganhar a determinação social do
processo saúde-doença, cuja centralização colocada no trabalho enquanto
organizador da vida social, contribui para aumentar os questionamentos à medicina
do trabalho e a saúde.
Na medida que surgem em nível de rede publica de serviço de saúde, programas
de assistência aos trabalhadores esse programa vem contribuindo para desvelar o
impacto do trabalho sobre a saúde, fazer com que o trabalhador reivindique as
melhores condições de saúde.
32
Com a participação dos trabalhadores em questões de saúde, pois em xeque
conceitos e procedimentos amplamente consagrados pela saúde ocupacional, como
o valor e a ética de exames médicos pré-admissionais e periódicos, utilizados
segundo a denuncia dos trabalhadores de mais alta pratica de descriminação.
O objetivo da saúde do trabalhador pode ser definido como o processo saúde e
doença dos grupos humanos, em uma relação com o trabalho, nessa perspectiva a
saúde do trabalhador considera o trabalho enquanto organizador da vida social como
espaço de denominação e submissão do trabalhador pelo capital.
Assim a proposta de políticas influenciadas pela saúde do trabalhador, confere
protagonismo aos serviços públicos d e saúde, sempre atentos e integrando a
assistência e a vigilância à saúde da população trabalhadora.
4. ERGONOMIA NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA NOS HOSPITAIS
UNIVERSITÁRIOS
33
A ergonomia surgiu em 1857, na Polônia através de um artigo publicado que se
chamava “ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho”, escrito por Woitej
Yastembowsky.
Destaca-se uma visão panorâmica dos principais campos de aplicação da
ergonomia. Inicialmente, essa aplicação se fazia quase exclusivamente na indústria
e se concentrava no binômio homem-máquina. A ergonomia hoje é bem mais
abrangente, estuda sistemas complexos, onde dezenas ou até centenas de
elementos interagem entre si. A ergonomia expandiu de tal forma que atualmente ela
tem como principais objetivos no setor de serviço a saúde, educação. Transporte,
lazer e outro e até no estudo de trabalhos domésticos.
Já no Brasil ela começou a aparecer em 1960, com alguns trabalhos voltados
mais para a engenharia de produção, pois ela se preocupava mais na abordagem o
produto e o homem,esta foi a fase Universitária, onde todas as Universidades
tiveram incentivos voltados na área acadêmica quanto na de mestrado e doutorado.
Este trabalho trata da Analise Ergonômica do Processo de Trabalho do Técnico
de enfermagem de um hospital universitário, o qual foi realizado devido à observação
do processo e organização do trabalho não estando destro da função desenvolvida
na atividade laboral.
A preocupação com as condições de trabalho da enfermagem em hospitais vem
atraindo a atenção de muitos pesquisadores devido aos riscos que o ambiente
oferece e aos aspectos penosos das atividades peculiares à assistência de
enfermagem entre os quais destacam-se o desrespeito aos ritmos biológicos e aos
horários de alimentação, falta de programa de trabalho, longas distancias percorridas
durante a jornada de trabalho, dimensão inadequada de mobiliários e a inexistência,
insuficiência ou inadaptação de materiais.
O ambiente hospitalar apresenta uma serie de riscos decorrentes de fatores
físicos, químicos, psicossociais e ergonômicos, os quais podem ser prejudiciais à
saúde dos trabalhadores e por isso, devem ser analisados para que se possam
caracterizar as condições de trabalho em cada instituição.
34
Para a ergonomia, as condições de trabalho são representadas por um conjunto
de fatores interdependentes, que atuam direta ou indiretamente na qualidade de vida
das pessoas e nos resultados do próprio trabalho e que o profissional, as atividades
desenvolvidas e o ambiente de trabalho são os elementos componentes da situação
de trabalho.
Um estudo que visa analisar ergonomicamente os profissionais com, o intuito de
identificar a carga laboral de uma atividade de enfermagem comum a todas as
clinicas de um hospital, sendo uma atividade desenvolvida por todo profissional
técnico em enfermagem, torna-se relevante para a prevenção e promoção da saúde
desses trabalhadores.
A ergonomia é um conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e
necessário à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser
utilizados com o máximo de conforto e eficácia. Ao mesmo tempo em que se
redefine como sendo a arte na qual são utilizados o saber técnico científico e saber
dos trabalhadores sobre sua própria situação de trabalho.
De acordo com Internetional Ergonomics Association, a ergonomia é a disciplina
cientifica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos e outros
elementos de um sistema, é a profissão que aplica teorias, princípios, dados e
métodos, a projetos que visam aperfeiçoar o bem estar humano e ao desempenho
global dos sistemas.
A norma regularizadora que trata da ergonomia e a NR 17, que visa estabelecer
parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiologicas dos trabalhadores e de modo a proporcionar um Maximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.
Muitas atividades como o trabalho hospitalar tem hoje em dia um componente
cognitivo intenso e complexo, com o avanço tecnológico na área biomédica veio
contribuir para o aumento do conteúdo cognitivo do trabalho dos profissionais da
saúde.
O processo de trabalho na área da saúde gera como resultado final um serviço,
assim os profissionais da saúde são caracterizados pela produção de serviços
35
assistenciais e como tal um produto complexo quanto comparado com a produção de
bens de consumo. O cuidado com o indivíduo sadio ou doente, produto final do
trabalho destes profissionais é o resultado do trabalho dos componentes da equipe
multidisciplinar da saúde.
No caso das unidades de emergência hospitalar, esta situação não é diferente é
considerada como uma das áreas da instituição com a maior complexidade de
assistência e de alto fluxo de atividades, de pessoal e de clientes, por ser uma
unidade de grande movimentação, causa desconforto em grande parte aos familiares
e clientes quanto aos profissionais, levando-os muitas vezes a desgastes físicos e
emocionais.
As equipes de saúde que atuam nestas unidades devem estar sempre
preparadas para minimizar os fatores de agressões e ter habilidades no trato com as
pessoas em situações de crises emocionais, esta situação comum nas unidades
coloca as equipes em estado constante de sobrecargas mental.
Por outro lado as exigências do trabalho nestas unidades levam o individuo a
longos períodos de envolvimentos com micro-decisões de toda a ordem, solicitação
de memória quanto aos seus conhecimentos técnicos e científicos, associados a
interrupções constantes por parte dos membros da equipe de trabalho, familiares e o
próprio cliente.
Neste sentido, Wisner (1994) enfatiza que as seqüências longas de trabalho que
compreendem ao mesmo tempo solicitações à memória e numerosas micro-decisões
provocam uma alta carga de trabalho. As interrupções aumentam ainda mais a
densificação do trabalho, pois obrigam a retornar em seguida as vezes a refazer toda
a seqüência ou adiar para mais tarde a tarefa começada e muitas vezes começar
tudo de novo.
Com isto a longa jornada de trabalho e o esforço continuam dos profissionais
muitas vezes requerem que os mesmos parem as tarefas já começadas e utilize
todos os conhecimentos que lhe foi passado para depois retornar ao começo sem
prejuízo aos clientes, isto tudo se deve a uma carga mental alta.
“A organização dos espaços de trabalho entre si liga-se à resposta dada aos problemas de comunicações formais exigidas pelo
36
trabalho e as comunicações informais que dependem das possibilidades de relação entre os trabalhadores favorecidos pela organização desses espaços de trabalho e de deslocamento”.(LAVILLE , 1977. p 12)
Para que se adote essa medida é preciso que os hospitais tenham um bom
ambiente de trabalho e que a comunicação entre os servidores ou profissionais não
sejam simplesmente no local de trabalho e que o deslocamento de uma unidade
para outra também não seja impossível de transpor, ou seja, que os profissionais
possam andar e se deslocar com mais facilidade dentro das unidades.
Os efeitos de o ambiente hospitalar sobre o individuo é capaz de produzir um
elevado nível de estresse e de rotatividade entre os funcionários, também foi
constatado que os profissionais que atuam em unidades fechadas como a unidade
de tratamentos intensivos estão mai8s propensos a maior nível de depressão,
hostilidade e ansiedades.
Assim entende-se que quanto mais rígida a organização do trabalho aliada a um
ambiente inadequado à atividade, mais diminui o conteúdo significativo do trabalho,
da perda de motivação e insatisfação dos trabalhadores que utilizam esse espaço do
ambiente do trabalho e também na alta predisposição de acidentes decorrentes de
erro humano.
A abrangência da ergonomia nos últimos tempos estudando sistemas complexos
onde centenas de variáveis interagem entre si, e em muitos casos em quase todos
os tipos de atividades humanas.
A partir da primeira metade do século XX, observa-se um acentuando avanço dos
conhecimentos em psicologia e fisiologia o que colaborou, sobretudo com os estudos
relacionados aos problemas do trabalho provocando com isso o aparecimento da
Ergonomia.
Sabe-se que não foi apenas o avanço dos conhecimentos científicos que levaram
a criação da ergonomia, mais também outros fatores ligados a evolução dos
problemas do trabalho, que desempenharam um papel importante como as
exigências técnicas, as econômicas, as organizacionais e a pressão social dos
37
trabalhadores, que levaram pressão e maiores impulsionadores do desenvolvimento
de pesquisa sobre o desempenho do homem em atividades profissionais.
“Se a Ergonomia é de inicio, uma tecnologia, isto é, um corpo de conhecimento sobre o homem, aplicáveis aos problemas levantados pelo conjunto homem-trabalho, ela tem, contudo, métodos específicos de estudo e pesquisa sobre a realidade do homem no trabalho que definem um tipo de pensamento que lhe é próprio. LAVILLE 1977.
Assim, pode-se afirmar que a ergonomia se preocupa com a adaptação do
trabalho ao homem, entendendo que o trabalho, é o ambiente físico, tecnológico,
organizacional e ecológico, e como homem o trabalhador nos seus aspectos psico-
fisiologicos, psico-social.
Entretanto, se sabe que as situações de trabalho não são determinadas
exclusivamente por critérios ergonômicos, a organização do trabalho, a concepção
de ferramentas, maquinas, espaços, a implantação de sistemas de produção etc.,
são também determinados por outros fatores econômicos e sociais.
A amplitude das transformações que o trabalho vem trazendo na vida do homem
faz com que a Ergonomia cada vez mais desenvolva novos métodos de analise e
fixe sua atenção sobre campos específicos de estudo limitando sua área de
abrangência em especialidades.
A ergonomia também tem seu papel de fundamental na importância da
concepção dos projetos e dos meios de trabalho, aprofundando no conhecimento
sobre o homem e a atividade de trabalho que será desenvolvida, aliada a analise de
situação de referencia, a intervenção ergonômica nas varias áreas de concepção de
projetos poderá propor novos meios de trabalho prevenindo transtornos futuros.
Desta forma, se entende que a ergonomia vem encontrando variados campos de
aplicação dentro e fora do trabalho profissional, na correção ou concepção das
condições de trabalho.
As condições de prover as áreas onde as ações se desenrolam, faz com que o
estudo detalhado do meio ambiente de trabalho ocupe lugar de suma importância no
quadro atual de analise, de reavaliação, de reformulação das decisões atualmente
38
tomadas e de concepção de novas estruturas, no Brasil o método atualmente
utilizado de analise do ambiente vem sendo analisada pela ergonomia do trabalho.
Entretanto são vários os elementos que influenciam na determinação dos locais e
dos espaços de trabalho e devem ser minuciosamente analisados e previstos,
devem-se analisar particularmente os que têm maiores influencia no espaço de
trabalho, a organização do trabalho, a estrutura temporal das atividades, as políticas
de gestão de estoque, as ações de preparação do material, a produção e evacuação
dos dejetos etc., e outros não produtivos, sanitários, sala de repouso etc.
Alem destes elementos a serem considerados na analise ergonômica da
concepção de espaços é recomendada ainda a definição referente à circulação e
fluxos de trabalhadores, clientes, fornecedores, veículos materiais etc. A definição de
circulação e fluxo na concepção ergonômica de locais e espaços de trabalho, o
termo circulação é o caminho possível entre a entrada e saída do sistema, o fluxo a
quantificação dos movimentos e das estadias na diferentes partes de cada uma das
circulações.
Numa situação de atividades hospitalares pode-se entender como funciona todos
os deslocamentos funcional necessários para garantir a qualidade das atividades
desenvolvidas no seu posto de trabalho, o deslocamento do auxiliar de enfermagem
da sala de serviço para o quarto do cliente para administrar medicamento, do quarto
a sala de serviço para a limpeza e guarda do material e fazer as anotações
pertinentes.
Os deslocamentos não funcionais são todos aqueles necessários ou não que
caracterizam encontros informais entre os membros da equipe, as pausas para
tomar um cafezinho, fazer lanches etc, isto tudo serve como forma de aliviar a
pressão e a sobrecarga de trabalho. È também considerado como deslocamento não
funcional a falta de previsão de material e roupas, a má organização ineficiências da
manutenção dos equipamentos, a má distribuição das atividades etc.
Conforme já foi citada em parágrafo anterior a ergonomia teve inicio na
engenharia de produção e cabem a ela os projetos e a avaliação de diversos fatores
para a correção e melhora nos setores de trabalho.
39
Uma grande fonte de tensão no trabalho são as condições ambientais
desfavoráveis, causando desconforto e aumentando o risco de acidentes podendo
causas danos consideráveis a saúde.
Cabe ao projetista conhecer as características de cada uma das variáveis
ambientais que são prejudiciais ao trabalho, e na medida do possível tomarem as
providencias necessárias para manter os trabalhadores fora das faixas de risco,
entretanto quando isso não for possível devem ser avaliados os possíveis danos ao
desempenho e à saúde dos trabalhadores para que sejam adotadas medidas menos
prejudiciais e preventivas cabíveis a cada caso.
Criar condições ambientais satisfatórias ao conjunto de pessoas que atuam num
mesmo local, tendo em vista o fato de elas possuírem diferentes níveis de
sensibilidade física e psicológica. Assim, o projetista deve estar atento não somente
as características das variáveis ambientais mais também conhecer o perfil do
trabalho e do trabalhador que desenvolvam suas atividades naquele ambiente.
O objetivo principal deste capítulo foi detectar a situação que possam acarretar
agravos a saúde em especial a analise ergonômica relacionada ao trabalho, através
desta analise podemos observar que o processo de organização do trabalho é um
fator muito importante, mais também existe outros que deveram ser avaliados como,
por exemplo: o mobiliário, o ambiente do trabalho, a qualidade de vida, a segurança
etc., isto tudo deve proporcionar uma melhora e um bem estar nas tarefas
executadas nos processos produtivos.
4.1 – Estresse
O estresse não é propriamente uma doença e sim um estado do organismo
quando submetido ao esforço e à tensão, numa situação estressante, o corpo sofre
reações químicas normais que preparam o organismo para enfrentar a situação. É
um conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma pessoa decorrente de
estímulos ou estressores que existem no ambiente seja no trabalho quando na vida
social.
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O estresse é mais antigo que o homem, quando o ramapitecus, um pequeno
macaco que precedeu o homem na escala evolutiva, fugia de um dinossauro para
salvar sua vida escondendo-se em grutas, essa reação biológica era denominado de
“estado de estresse”.
Certos fatores relacionados com o trabalho, como sobrecarga de atividade,
pressão de tempo e urgência, relações problemáticas com chefes ou clientes que
provocam reações como nervosismo, inquietude, tensão etc.
Existem dois fatores principais de estresse no trabalho: o ambiente e pessoal. A
primeira é uma variedade de fatores externos e ambientais que podem conduzir ao
estresse no trabalho como, por exemplo; a programação do trabalho, tranqüilidade,
segurança, fluxo e o numero e natureza dos clientes internos e externos a serem
atendidos, isso significa que o ruído ambiental, decorrente de maquinas e
equipamentos funcionando, pessoas conversando, telefones tocando, isso tudo é
considerado o principal fator que contribui para o estresse nas atividades de
trabalho.
Cada pessoa reage sob diferentes maneiras na mesma situação a esses fatores
ambientais, existem as que não ligam para o ambientes estressante e outras que
ficam estressadas com qualquer barulho ou ruídos.
O estresse no trabalho provoca serias conseqüências tanto para a organização
quanto para o empregado, essas conseqüências humanas do estresse incluem
ansiedades, depressão, nervosismo e acidentes etc.
Por outro lado o estresse afeta negativamente a organização ao interferir na
quantidade e qualidade do trabalho, fazendo com isso que os trabalhadores
estressados se afastem do ambiente de trabalho utilizando-se do serviço medico e
em muitos casos a rotatividade prejudica a organização.
As condições de trabalho são geradoras de fatores estressantes, quando há
deterioração das relações entre funcionários, com ambientes hostil entre as pessoas,
perda de tempo com discussões inúteis, trabalho isolado entre os membros, com
pouca cooperação, presença de uma inadequada abordagem política, com
competição não saudável entre as pessoas, levando-se em consideração a
41
dificuldade de adaptar-se a um meio dinâmico, envolvendo os seus interesses
pessoais, juntamente com seu contexto psicossocial.
A influência mais dominante na vida de um homem é provavelmente a sua
profissão. ( JÚNIOR, 1996 p.19)
É considerada a marca acentuada a existência humana, pois este presente
pelo menos em um terço do dia e sempre refletindo em todos os momentos da sua
vida tanto dentro da organização quando na vida social, sem uma qualificação
profissional nenhum ser humano será digno de estar vendo e revendo o seu melhor
ambiente de trabalho.
Exatamente por não ser uma doença propriamente, os sintomas do estresse são
indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes, podendo ir desde uma dor de cabeça
até mesmo distúrbios psíquicos como síndromes, depressão e pânico.
CONCLUSÃO
42
Partindo-se da premissa de que a qualidade de vida é obtida pelo próprio sistema
e apropriada às diversas empresas e, a qualidade da segurança e medicina do
trabalho será capaz de planejar e desenvolver ações para eliminar e prevenir as
ocorrências de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e incidentes críticos e
como conseqüência natural, satisfazer as necessidades de empresas e
trabalhadores.
A pesquisa pretendeu responder ao seguinte problema: Como a Segurança,
Ergonomia e a Medicina podem dar uma melhor condição de vida ao trabalhador?
Diante desta problemática, a hipótese afirma que as condições de trabalho
adequadas contribuem para a segurança do trabalho, medicina e a saúde do
trabalhador e para a melhoria do trabalho nas empresas, enriquecendo o seu
conteúdo, nas tarefas e locais de trabalho para que a criatividade e a realização
profissional sejam objetivos comuns entre a empresa e o seu trabalhador.
Concluímos que a hipótese é verdadeira, pois através da Segurança e da
Medicina do trabalho conforme se viu nos capítulos 2 e 3, podemos ajudar a postura
e a qualidade de vida do trabalhador dentro dos Hospitais Universitários, sempre
nos preocupando com o ambiente de trabalho sendo a parte física, material e as
condições psicológicas e sociais do trabalhador. Com essa hipótese podemos
concluir que com uma melhor qualificação dos equipamentos e uma Medicina mais
apropriada e voltada principalmente para o trabalhador podemos dizer que a
empresa será o melhor ambiente para que o trabalhador, isto significa que a hipótese
é verdadeira dependendo de alguns ajustes.
A melhor postura é aquela que deixa você confortável e permite liberdade de
movimento, o corpo humano precisa sempre de movimento, de mudança, de
expressão, devemos sempre observar e respeitar cada movimentação diferente que
ele nos mostra, pois é através destes movimentos que vai indicar qual a necessidade
de uma melhor adequação no trabalho ou na vida social de cada individuo.
Para tal basta que todos os setores das Organizações adotem uma postura de
trabalho com os aspectos de medicina e segurança do trabalho mais necessária
como se eles próprios fossem a empresa e os trabalhadores. A ergonomia, quando
aplicada em projeto industrial busca explicar a convergência entre os critérios de
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saúde e produtividade, já mencionados no capitulo 4. A intervenção da ergonomia na
concepção dos meios de trabalho, responde duas exigências: melhoria das
condições de trabalho e melhoria da eficácia do sistema produtivo.
Considerando tudo o que foi dito até agora podemos concluir que o trabalhador
para ter uma melhor qualidade de vida tanto pode ser dentro da empresa quando
fora (vida social), ele vai sempre precisar que a sua empresa se preocupe com o seu
bem estar (qualidade devida) e da sua segurança profissional (prevenção de
acidente) para que não ocorram riscos e não venha prejudicar o seu desempenho
funcional.
Os resultados alcançados durante o desenvolvimento deste trabalho será de
extrema relevância para o entendimento e funcionamento de todo o processo dentro
das organizações, visando com isso um melhor desenvolvimento da qualidade de
vida, melhor segurança (prevenção de acidente) e ergonomia dos hospitais
universitários, não esquecendo o principal que é o ser humano/trabalhador.
Considerando toda a pesquisa, será importante que todas as organizações se
preocupem um pouco mais com a qualidade de vida dos seus trabalhadores
(ambiente de trabalho e vida social), e estejam sempre ligados no Clima
Organizacional da empresa para melhor qualidade e qualificação do seu profissional
tanto na empresa quanto na vida social, seria necessário que se aprofundasse um
pouco mais o estudo na área de Qualidade de vida nas empresas nunca
esquecendo que o trabalhador precisa também da vida social.
Será preciso que o hospital se prepare para um novo investimento no ramo de
qualidade da ergonomia pensando nos seus funcionários e preparando-os para uma
melhor adequação no ambiente de trabalho, para que isso venha melhor e prevenir
as doenças ocupacionais, é necessário que a ergonomia seja um pouco mais
estudada pela engenharia de produção e que essa possa melhorar o desempenho e
a produção de novos produtos como, leitos, cadeiras macas etc.
As empresas devem estar sempre atentas quanto aos acidentes de trabalho, para
que não haja uma grande alteração no quadro funcional, as empresas devem se
preocupar com o bem estar de seus funcionários, com a melhoria de equipamentos,
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pois através destas providencias vai haver melhoria das condições de trabalho e
melhoria do sistema de produção empresa.
Devemos nunca esquecer que precisamos estar atentos sempre com todos os
estudos (segurança e prevenção do trabalho, a medicina, a saúde do trabalhador, a
ergonomia), que se referem ao trabalhador, pois as empresas/organizações
dependem como um todo, da mão de obra tanto qualificada quanto não qualificada,
pois a sua existência vai sempre depender do ser humano, e este precisa do seu
trabalho para viver, nesse caso o emprego depende do trabalhador e o trabalhador
depende do emprego (homem/trabalho).
BIBLIOGRAFIA
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Revista Saúde Pública vol. 25 nº 5 São Paulo Oct 1991- Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador.
Ciência Saúde Coletiva vol. 11 nº 4 Rio de Janeiro Oct/Dec 2006 – Medicina do trabalhador: subciência ou subserviência? Uma abordagem epistemológica.
ZOCCHIO, Álvaro. Prática de prevenção de Acidente. São Paulo: Atlas , 1996
ZOCCHIO, Álvaro, Segurança e Saúde no Trabalho – Como entender e Cumprir as Obrigações. São Paulo : LTR , 2001
CHIAVENATO, Idalberto, Gestão de Pessoas e a Qualidade de Vida do trabalhador. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004
WISNER, Alain. Por Dentro do Trabalho: Ergonomia: Métodos e Técnica. TRad. Flora Maria Gomide Vezzá. São Paulo; Edgard Blucher, 1990.
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RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de vida no trabalho. Petropolis, 1999. Ed.Vozes.
GIL. Antonio Carlos – Gestão de Pessoas – Enfoque nos papeis profissionais. Ed. Atlas S.A , 2001.
CARDELLA. Benedito – Segurança no trabalho e Prevenção de Acidentes – uma abordagem holística. Ed. Atlas S.A, 1999, São Paulo.
FILHO. Antonio Nunes Barbosa – Segurança do trabalho e Gestão ambiental. Ed.Atlas S>A, 2001.
NOGUEIRA de FARIA, Prof. A segurança no trabalho. Rio de Janeiro, APEC Ed. S.A, 1971.
INDICE
FOLHA DE ROSTO 2
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FOLHA DE AVALIAÇÃO 3
AGRADECIMENTO 4
DEDICATORIA 5
EPIGRAFE 6
RESUMO 7
SUMARIO 8
INTRODUÇÃO 9 1 - Qualidade de Vida no Trabalho 12 1.1 - Cultura Organizacional 18 1.2 - Clima Organizacional 19 2 - Da Saúde a Segurança do Trabalhador 21 3 - Medicina do Trabalho e Prevenção de Acidentes 26 3.1- Saúde Ocupacional 31 4 - Ergonomia na área da Saúde Pública nos Hospitais Universitários 33 4.1 – Estresse 41 CONCLUSÃO 42 BIBLIOGRAFIA 45
