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Universidade de Aveiro Secção Autónoma de Ciências da Saúde

Universidade de Aveiro Secção Autónoma de Ciências da Saúde do... · No 1º semestre do 3ºano, a disciplina de formação clínica é modular e abrange várias áreas do conhecimento,

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Universidade de Aveiro

Secção Autónoma de Ciências da Saúde

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UMA INICIATIVA DO NÚCLEO DE ESTUDANTES DE CIÊNCIAS

BIOMÉDICAS (NECiB-AAUAv)

Colaboradores: Mariana Brás, Alexandra Batista, Guilherme Luz, Raquel

Vieira e David Manteigas.

Agradecimentos:

Ao Tiago Silva, pelas explicações que deu sobre o PBL e sobre as saídas

profissionais do curso, ainda antes do NECiB existir.

Ao Pedro Batista, por ter tido a ideia de fazer um Manual do Biomédico,

tendo iniciado este projeto.

Data de Publicação:Outubro de 2012

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Índice

Órgãos do Curso ....................................................................................................... 3

Comissão de Curso ...................................................................................................... 3

NECiB-AAUAv ............................................................................................................... 3

O Curso .................................................................................................................... 5

Os Menores ................................................................................................................... 6

Biomedicina Molecular .......................................................................................... 6

Biomedicina Farmacêutica..................................................................................... 6

O Método PBL ................................................................................................................ 8

As Unidades Curriculares ....................................................................................... 10

1º Ano- 1º Semestre .................................................................................................... 11

Da Molécula Ao Homem I .................................................................................... 11

Sistemas Orgânicos e Funcionais I ....................................................................... 12

Introdução às Ciências da Saúde ......................................................................... 15

Estatística Médica e Significância Clínica ............................................................. 16

1º Ano- 2º Semestre .................................................................................................... 18

Da Molécula Ao Homem II ................................................................................... 18

Sistemas Orgânicos e Funcionais II ...................................................................... 20

Genética Médica .................................................................................................. 21

Comunicação em Saúde....................................................................................... 23

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ÓRGÃOS DO CURSO

Comissão de Curso

A Comissão de Curso é constituída por um número igual de docentes e

estudantes do curso. A parte da docência é escolhida pela diretora de curso, podendo

esta escolher qualquer docente que lecione alguma unidade curricular da licenciatura.

A parte estudantil é eleita pelos estudantes da licenciatura e a eleição faz-se por listas

de 3 elementos, aconselhavelmente um estudante por cada ano, de modo a facilitar a

comunicação e resolução de problemas. A parte estudantil é eleita anualmente e

qualquer estudante da licenciatura pode votar.

A Comissão de Curso tem a finalidade de tratar qualquer assunto referente ao

curso e de divulgar e difundir o curso a nível nacional.

Cada representante de ano tem o dever de defender os direitos dos

estudantes, sendo o porta-voz do seu ano perante os docentes e a direção. Tem ainda

o dever de procurar soluções e resolver problemas que possam aparecer durante o

ano letivo (inscrição,notas,horários,plano curricular, calendário de exames entre

outros), é responsável por disponibilizar aos estudantes do ano que representa

qualquer material ou informação que o docente ou a direção possa fornecer e por no

final de cada semestre, avaliar e apresentar propostas de melhoria para cada unidade

curricular, em nome de todo o ano, para que no futuro se possam resolver os

problemas surgidos.

Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas

O NECiB-AAUAv é o núcleo de curso que representa a licenciatura em Ciências

Biomédicas e os mestrados em Medicina Farmacêutica e Biomedicina Molecular e faz

parte da estrutura da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv). O

NECiB-AAUAv é gerido por uma coordenação com entre 3 a 11 elementos eleitos

anualmente pelos seus membros e por uma mesa da reunião geral de membros

constituída por 3 elementos também eleitos anualmente simultaneamente aos

anteriores.

A esta equipa de estudantes voluntários cabe a função de realizar atividades

variadas e dirigidas aos seus membros (estudantes da LCB, MBF e MBM) e promover o

curso. Assim, organiza atividades de cariz pedagógico-informativo como palestras e

workshopsbem como atividades de cariz desportivos como torneios de várias

modalidades inter-anos ou inter-cursos bem como atividades culturais como festas e

convívios.

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O NECiB-AAUAvsendo uma ligação entre os estudantes de Ciências Biomédicas

e mestrados diretamente associados e a AAUAv, pretende responder a qualquer

dúvida de cariz universitário, quer ao nível do curso quer ao nível de facilidades e

projetos realizados na Universidade de Aveiro fora de Ciências Biomédicas.

Contactos:

E-mail: [email protected]

Site Oficial: www.necib.webs.com

Facebook:www.facebook.com/necib.aauav

Twitter: https://twitter.com/NECiB_AAUAv

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O CURSO A Licenciatura em Ciências Biomédicas (LCBM) completa, em 2012, 6 anos de

existência na Universidade de Aveiro. Todos os anos ingressam nesta licenciatura cerca

de 40 estudantes com as melhores médias de entrada da Universidade de Aveiro. A

LCBM é o único curso de 1º ciclo da Secção Autónoma de Ciências da Saúde.

É o curso ideal para os interessados em Ciências da Saúde e abre aos

estudantes uma grande variedade de opções de carreiras, incluindo investigação

médica na indústria farmacêutica ou em institutos públicos ou privados, medicina de

diagnóstico ou forense, transferência de tecnologia ou marketing de produtos

biomédicos.

A qualidade da LCBM e o ambiente de suporte da Secção Autónoma de Ciências

da Saúde e da Universidade de Aveiro é atestada pela baixa taxa de reprovações dos

estudantes e pela taxa de empregabilidade dos licenciados (96%) em indústrias

farmacêuticas e laboratórios/institutos de investigação (onde estão a realizar os seus

doutoramentos).

A licenciatura de Ciências Biomédicas na UA está dividida em 2 menores

(ramos): Biomedicina Molecular e Biomedicina Farmacêutica.

Esta divisão só ocorre no 2º semestre do 3º ano. Assim, nos 2 primeiros anos do

curso, quando ainda não se realizou a diferenciação, os conteúdos programáticos

abordados por ambos os menores incluem: a organização dos sistemas de saúde,

informática aplicada às ciências da saúde, anatomia, fisiologia, química orgânica,

bioestatística, genética médica, comunicação em saúde e inglês, biologia celular e

molecular, biopatologia, biotecnologia clínica, técnicas laboratoriais em biomedicina,

farmacologia geral e clínica e terapêutica.

No 1º semestre do 3ºano, a disciplina de formação clínica é modular e abrange

várias áreas do conhecimento, incluindo a farmacoterapia, descoberta de novas

drogas, semiologia clínica, microbiologia clinica, e patologia e diagnóstico, entre

outros.

Na Licenciatura em Ciências Biomédicas existem aulas práticas ao longo dos 3

anos do curso. As aulas são bem estruturadas para permitirem ao estudante

desenvolver competências ao longo de toda a licenciatura. As competências

desenvolvidas compreendem desde a melhoria na autonomia e eficácia do trabalho

individual ao domínio de equipamento complexo e procedimentos avançados.

Com a formação obtida nesta licenciatura, o aluno terá bases para exercer

praticamente qualquer atividade na área das Ciências da Saúde, sendo esta uma das

grandes vantagens desta licenciatura.

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OS MENORES O aluno escolhe o menor no 2º semestre do 3º ano. Existem 20 vagas para cada

menor, sendo que os critérios de seleção (no caso de haver uma distribuição

heterogénea entre menores) assentam numa média ponderada entre a nota de

candidatura ao ensino superior (que vale 30%) e a média dos dois primeiros anos (que

vale os outros 70%).

Biomedicina Molecular

O menor de Biomedicina Molecular combina conhecimentos de biologia

molecular e bioquímica e aplicando-os às ciências da saúde. Aprofunda também

conhecimentos (teóricos e práticos) de técnicas usadas na biomedicina em diagnóstico

e investigação.

Ao longo da licenciatura realizam-se vários projetos, que incluem artigos

científicos com base nas experiências feitas em laboratório, estudo aprofundado da

fisiopatologia de determinada doença (leucemia, anemia falciforme, SIDA, etc.), as

normais apresentações orais ou por poster.

SAÍDAS PROFISSIONAIS: Este menor fornece bases sólidas para

prosseguimento de estudos e posterior ingresso numa carreira

de investigação e na docência, mas também para o trabalho

hospitalar ou em clínicas de diagnóstico e terapia molecular. Os

Licenciados em Ciências Biomédicas – menor Biomedicina

Molecular têm também competências para ingressar em

indústrias de vários ramos como, por exemplo, farmacêutico,

alimentar e biotecnológico.

Biomedicina Farmacêutica

O menor de Biomedicina Farmacêutica tem como objetivo a formação em I&D

(Investigação e Desenvolvimento) do medicamento, focando-se no planeamento e

monitorização de ensaios clínicos, gestão e análise de dados clínicos, estatísticas

desses ensaios, controlo de qualidade e regulamentação dos medicamentos.

Adquirem-se competências na execução de relatórios, na avaliação de

documentos de aprovação de medicamentos, na utilização de programas de estatística

e de gestão de dados.

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Em particular ao menor de Biomedicina Farmacêutica tem-se formação

complementar no desenvolvimento farmacêutico, em fármaco-economia e em

estudos de farmacologia humana.

A grande diferença com as Ciências Farmacêuticas reside no facto de Ciências

Biomédicas – menor Biomedicina Farmacêutica - ter uma formação que incide na parte

regulamentar no último ano e uma formação geral em Ciências da Saúde nos dois

primeiros anos. Áreas de base como química orgânica ou síntese laboratorial de drogas

são abordadas de forma menos profunda.

Para planear e monitorizar ensaios clínicos é necessária uma formação

especializada dos profissionais de saúde, daí a importância da licenciatura em Ciências

Biomédicas – menor Biomedicina Farmacêutica na conjuntura atual para criar uma

equipa multidisciplinar com farmacêuticos ou médicos.

Os projetos realizados podem passar por relatórios ou documentos para

introdução de um medicamento no mercado, trabalhos sobre interações de fármacos,

projetos sobre métodos de análise estrutural, apresentações orais, planos de ensaios

clínicos ou pré-clínicos (in vitro e in vivo) referindo que testes utilizar, onde e em que

condições, entre outros.

SAÍDAS PROFISSIONAIS: Este menor permite o planeamento e

monitorização de ensaios clínicos, realizar controlo de qualidade

em indústrias e laboratórios, regulamentar medicamentos

trabalhando com as entidades reguladoras, analisar e gerir dados

clínicos e fazer estatística clínica. Pode-se também prosseguir os

estudos e seguir uma carreira de investigação, podendo ser tanto

nesta área como em qualquer outra das ciências biomédicas

devido à formação bastante ampla que o curso propícia.

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O MÉTODO - PBL PBL (ProblemBasedLearning) ou aprendizagem baseada em problemas é a

metodologia usada na licenciatura em Ciências Biomédicas na Universidade de Aveiro.

Esta tem vindo a ganhar enfâse neste período pós-Bolonha e tem sido adotada por

outras Universidades que, tal como a Universidade de Aveiro, estão na vanguarda da

Educação.

Basicamente, as aulas teóricas são poucas ou, por vezes, mesmo nenhumas. Os

estudantes são inseridos num “grupo tutorial” de 10 pessoas. No início de cada

semana existe uma “sessão tutorial”, em que é apresentado um problema,

normalmente um caso clínico, relacionado com a matéria correspondente às Unidades

Curriculares do Bloco. O Bloco compreende a um conjunto de Unidades Curriculares

(normalmente duas) que se organiza em termos de conteúdos em desempenhos,

atributos e tarefas (DAT) – que correspondem aos tradicionais objetivos.

Durante a sessão, com a ajuda de dicionários médicos e de português, o grupo

discute o problema e tenta encontrar pistas que conduzam aos objetivos do consultor

da Unidade Curricular. Após a discussão, elaboram-se os pontos ou ideias-chave do

problema que ajudam o grupo a elaborar questões de aprendizagem. Por fim,

escrevem-se os objetivos que o grupo se propõe a atingir com as questões e propõem-

se uma bibliografia adequada para a realização do trabalho autónomo. Uma das

grandes vantagens deste método é que o desenrolar da sessão não é fixo, dando

liberdade ao grupo de escolher a metodologia que melhor se adequa ao problema.

No final da semana, há uma segunda sessão tutorial em que se expõe a

informação adquirida durante o trabalho autónomo, através da resposta às questões

formuladas na sessão anterior. É uma sessão bastante dinâmica, onde os estudantes

podem expor além dos seus conhecimentos também as suas dúvidas, e em conjunto

com os colegas a atingir os objetivos propostos. Normalmente, após esta segunda

sessão, o consultor disponibiliza uma hora de atendimento em que esclarece eventuais

questões que tenham surgido – normalmente sob a forma de um seminário.

A sessão tutorial é acompanhada por um docente, o tutor, que não é um

professor convencional mas mais um membro do grupo que tenta levar a discussão no

sentido certo (de acordo com as orientações do consultor), aponta os problemas e

críticas dos alunos entre outros assuntos relevantes na tentativa de melhorar a

qualidade das sessões.

É assim que estudantes de Ciências Biomédicas aprendem. Os professores

estão lá para tirar dúvidas e não para ensinar matéria. Daí que em Ciências Biomédicas

existem estudantes e não alunos. Este método permite ultrapassar um problema que

existe atualmente e que é uma das causas do desemprego jovem - a pouca autonomia

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que os recém-formados apresentam, o que desincentiva os empregadores a optarem

por esta classe na altura de aumentarem os seus recursos humanos.

Apesar de estares a aprender sozinho, todo o processo está a ser controlado

pelos professores (direção de curso, consultores e tutores) e tens competências, DATs

e objetivos definidos que te vão ajudar no teu estudo. Portanto, ao contrário do que

possas pensar não andas à deriva, tens sempre alguém para te apoiar. A cada ano que

passa os estudantes vão ficando mais autónomos e, no final da licenciatura têm a

capacidade para resolver os problemas que vão ter que enfrentar no futuro – estarão

preparados para a vida real.

Porque a Universidade não é um local em que apenas se formam alunos, é um

local onde se deve preparar os alunos para a vida pós-estudos, o método de PBL é uma

grande mais-valia e uma das maiores “armas” desta licenciatura na formação de

grandes profissionais de saúde.

O método de aprendizagem é bastante trabalhoso, principalmente no início

enquanto atravessas uma fase de adaptação à universidade e ainda não escolheste o

melhor método para a realização do teu trabalho autónomo. Mas um dia mais tarde,

quando a tua formação te der as bases para chegares ao topo, todo o trabalho vai

valer a pena.

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AS UNIDADES CURRICULARES

1º Ano | 1º Semestre

Da Molécula Ao Homem I

Créditos: 10 ECTS

Regente: Dr.ª Diana Pinto

Conteúdos:

DAT1:Propriedade da água, do oxigénio e do dióxido de carbono e sua importância

para a vida:

o Reações oxidação-redução;

o Exercícios com pH;

o Sistemas tampão;

o Osmolaridade;

o Exercícios de variação de energia;

o Radicais livres/antioxidantes;

o Propriedades coligativas.

DAT2: Conhecer as diferentes famílias de compostos orgânicos e compreende as suas

propriedades físicas, nomenclatura e reatividade;

DAT3: Conhecer e compreender a estereoquímica dos compostos orgânicos e

relaciona-a com os processos biológicos:

o Isómeros;

o Estereoisómeros:

Geométrica E e Z;

Geométrica cis e trans;

o Enantiómeros:

Sistema R e S;

Projeção de Fisher;

Atividade óptica;

DAT4: Conhecer e compreende a estrutura, propriedades físicas e químicas e as

funções de lípidos, hidratos de carbono, proteínas e ácidos nucleicos no corpo humano e

compreender o seu metabolismo:

o Glícidos:

Monómeros e polímeros;

Quiralidade nos glícidos;

Reações dos monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos;

o Proteínas:

Ligação peptídica;

Ponto isoelétrico;

Níveis de complexidade;

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o Lípidos:

Ceras;

Fosfolípidos;

Prostanglandinas;

Terpenos;

Esteróides;

o Ácidos nucleicos:

Bases Azotadas;

Grupo Fosfato;

Ligações.

DAT5:Conhece e compreende os processos de produção de energia no corpo humano:

o Metabolismo dos glícidos;

o Metabolismo das proteínas;

o Metabolismo dos lípidos;

o Biossíntese dos lípidos;

o Cetogénese;

o Metabolismo dos ácidos nucleicos.

Bibliografia:

- Lehninger Principles of Biochemistry by Michael Cox;

- Bioquímica Humana – Química Orgânica e Física; Pedro Orlando Rodrigues, Maria da

Graça Morais; McGraw Hill de Portugal; Lisboa; 2002;

- Fundamentals of General, Organic and Biological Chemistry; John McMurry, Mary E.

Castellion, David S. Ballantine; Pearson Prentice Hall; London; 2007.

Método: Sessões Tutorias + Aulas Laboratoriais + Aulas Teóricas e Práticas

Avaliação:

Sessões Tutorias (30%);

Relatórios;

Exame Teórico-Prático (20%):O exame teórico-prático é composto por duas partes: a

primeira parte corresponde à parte prática, na qual uma das experiencias efetuadas

durante o semestre terá de ser realizada sozinho, sem ajuda e com vigilância de um

professor. Nesta parte, o aluno não terá protocolo ou qualquer indicação do material a

utilizar, pois a parte avaliada nesta parte será o protocolo, material escolhido, a sua

correta utilização e destreza no manuseamento. Na segunda parte do exame, será a

parte teórica. Esta é imediatamente a seguir à parte prática e o aluno tem de utilizar

aos dados adquiridos durante a experiência anterior para conseguir calcular e

responder a todas as perguntas

Exame Final Escrito (50%)

Conselhos Úteis:A parte prática tem muita importância nesta disciplina. Interesse e

preparação do protocolo são partes importantes para as professoras. Utiliza as aulas para

aperfeiçoares a tua técnica e tirares todas as dúvidas sobre o manuseamento e formas de

evitar erros, pois isso também influenciará a tua nota na parte prática e quando estiveres no

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exame teórico-prático estarás mais que preparado(a). Tanto na parte prática ao longo do

semestre como no exame, não te esqueças de tirar todos os dados sobre as substâncias que

utilizares (concentrações e quantidade). Nos relatórios, tenta ser o mais crítico possível sobre

prováveis erros que possam aparecer nos teus resultados, apontando possíveis falhas tuas ou

da qualidade das substâncias. Para o exame final, é aconselhado que tentes manter-te a par da

matéria que a professora vai dando nas aulas teóricas-práticas e da matéria que for abordada

nas tutorias, pois será mais fácil estudar se tiveres tudo organizado previamente.

Sistemas Orgânicos e Funcionais I

Créditos: 8ECTS

Regente: Dr. António Amaro

Conteúdos:

DAT 1:Compreende os diferentes níveis de organização do corpo humano e relaciona o

conceito de homeostasia com seu funcionamento;

DAT 2: Identifica e nomeia as estruturas macroscópicas e microscópicas dos sistemas

tegumentar e músculo-esquelético, relevantes para funções de proteção, suporte e

movimento.

o Sistema tegumentar:

Hipoderme;

Pele:

Derme;

Epiderme;

Pele fina e espessa;

Queimaduras;

o Sistema esquelético:

Anatomia óssea;

Ossos longos, achatados, curtos e irregulares;

Cartilagem hialina;

Osteoblastos / Osteoclastos / Osteócitos;

Osso reticular, lamelar, esponjoso e compacto;

o Sistema muscular

Músculo-esquelético:

Tecido conjuntivo;

Fibras musculares;

Canais iónicos;

Junção neuromuscular;

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Contração muscular;

Fibras lentas e rápidas;

Músculo liso:

Contração muscular;

Tipo de músculo liso;

Propriedades funcionais;

DAT 3: Integra as principais estruturas macroscópicas e microscópicas dos sistemas

tegumentar e músculo-esquelético, nas funções de proteção, suporte e movimento;

DAT 4: Explica como ocorre o crescimento do osso, a remodelação e a reparação

óssea, com ênfase no metabolismo do cálcio;

DAT 5: Descreve as alterações do sistema ósseo, articular, muscular e tegumentar

provocadas pelo envelhecimento.

Bibliografia:

- Seeley, R., et al., “Anatomia e Fisiologia”, 6ª Ed, Lusodidacta, Lisboa (2003);

- Frank Netter, “Atlas de Anatomia Humana”, 4ª Ed, Elsevier Saunders, (2008);

- Williams and Warwick, “Gray's Anatomy”, 38th Ed, Churchill Livingstone, 1995.

Método: Sessões Tutorias + Aulas Práticas + Seminários

Avaliação:

Sessões Tutorias (30%);

Duas Provas Orais ou Escritas (35%)

Exame Final Escrito (35%)

Conselhos Úteis:Para as provas orais, aproveita bem as aulas no laboratório de anatomia

para veres e mexeres nos modelos disponíveis pois serão os mesmos em que serás avaliado(a).

Tira as dúvidas com professor sobre partes nos modelos que não saibas distinguir pelos livros e

aponta todas as explicações que o professor às vezes dá, pois algumas das perguntas que o

professor faz durante a oral, ele explicou na aula. Durante a oral, é importante ires calmo(a) e

confiante, pois a hesitação é um ponto negativo que o professor conta muito. Uma das

maneiras de poderes praticares melhor é ires ao laboratório de anatomia fora de aulas,

combina com uns colegas e estudem juntos. Em caso de prova escrita, o professor

normalmente utiliza imagens do Seeleyou Netter, sendo aconselhado dares mais atenção às

imagens desses livros. Os alunos mais velhos possuem um programa para computador,

chamado Netter Interativo, que é bastante útil pela capacidade de remover as legendas e dar-

te hipótese de legendares por ti mesmo(a).

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Introdução às Ciências da Saúde

Créditos: 6ECTS

Regente:Dr.António Barros

Conteúdos:

DAT 1: Introdução ao MS-Excel:

o Importação de dados;

o Aplicação das fórmulas do máximo, mínimo;

o Replicação de fórmulas;

o Média;

o Desvio padrão;

o Definição de gamas (intervalos);

o Formatação condicional;

o Noção de correlação;

o Regressão linear – noções;

o Noção de taxa de variação média;

o Função de correspondência e índice;

o Cálculo de frequências;

o Histogramas;

o Métodos de previsão;

o Cálculo de erros de calibração.

DAT2: Introdução ao MS- Word:

o Processamento de texto;

o Criação de índice;

o Criação de legendas;

o Criação de estilos e personalização de texto;

o Gestão de referências:

Importação de referências do EndNote.

DAT3:Introdução ao EndNote.

Método: Aulas Teórico-Práticas

Avaliação:

Dois Exames Teórico-Práticos: O primeiro exame é sobre o Excel e será no meio do

semestre e o segundo sobre Word + EndNote durante a época de exames. Estes são

realizados no computador da sala e é autorizado o uso de apontamentos.

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Conselhos Úteis:Dado ser autorizado o uso de apontamentos no exame, é

aconselhávelestares atento durante as aulas para que consigas anotar todas as fórmulas e os

passos para conseguires fazer o pedido. Não sai nada no exame que não tenhas feito na aula,

por isso aproveita para tirares as dúvidas todas sobre a maneira correta de obteres o que o

professor pede. É proibido durante o exame, a utilização de internet e de chats para conversas

ou envio de documentos entre estudantes e caso o professor desconfie ou apanhe em

flagrante os examesdos dois alunos envolvidos são anulados. Esta é uma disciplina bastante

acessível e com, normalmente, notas bastantes elevadas. Pratica o necessário para que

consigas fazer as coisas rapidamente e, assim, consigas ter tempo para rever tudo ao

pormenor.

Estatística Médica e Significância Clínica

Créditos: 6ECTS

Regente:Dr.ª Vera Afreixo

Conteúdos:

DAT 1: Descrever e interpretar conceitos de análise exploratória de dados e de teoria

das probabilidades no contexto dados clínicos:

o Construir gráficos (ex.: gráfico de barras, histogramas, caixas de bigodes,

diagrama de dispersão, etc) e medidas descritivas:

Construir tabelas de frequências;

Construir o sumário de estatísticas (indicadores estatísticos);

Utilizar medidas probabilísticas para descrever testes de

diagnóstico;

Medir correlações;

o Identificar, explicar e discutir uma análise exploratória de dados clínicos:

Identificar e relacionar as diferentes escalas de medidas

(nominal, ordinal, intervalar e de razões);

Identificar tipos de variáveis: quantitativas (contínuas e

discretas), semi-quantitativas (ordinais) e qualitativas;

Efetuar escolhas seletivas de métodos gráficos adequados para

a representação para um determinado conjunto de dados;

Descrever gráficos (gráfico de barras, diagrama circular,

histograma, caixas de bigodes, gráficos sectoriais, diagrama de

dispersão);

Efetuar uma escolha seletiva de medidas descritivas para um

determinado conjunto de dados: localização, dispersão,

assimetria proporções, taxas e rácios;

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Explicar o significado de certas medidas descritivas (analisar a

tabela de frequências interpretando quantis e percentis);

Interpretar certas medidas descritivas no contexto do

problema;

o Compreender conceitos da teoria das probabilidades:

Conhecer as distribuições: Binomial e Normal;

Calcular probabilidades;

Aplicar as propriedades do valor esperado e variância;

Aplicar o TLC no cálculo de probabilidades;

Calcular quantis;

DAT 2: Descrever e interpretar conceitos básicos de inferência:

o Compreender os princípios fundamentais da inferência estatística:

Conhecer distribuições de amostragem: Normal, t de Student e

quiquadrado;

Compreender a definição de intervalo de confiança;

Num intervalo de confiança relacionar a amplitude, grau de

confiança e dimensão da amostra;

Identificar e interpretar aspetos relacionados com testes de

hipóteses;

o Construir intervalos de confiança (IC) e realizar teste de hipóteses (TH);

DAT 3: Compreender e explicar de forma autónoma algumas metodologias de

inferência estatística. Efetuar análise de artigos científicos, da área das ciências da

saúde, onde essas metodologias tenham ou deveriam ter sido usadas:

o Compreender e explicar de forma autónoma algumas metodologias de

inferência estatística;

Identificar alternativas ao teste em estudo;

o Efetuar análise de artigos científicos, da área das ciências da saúde, onde

essas metodologias tenham ou deveriam ter sido usadas;

DAT 4:Efetuar análise inferencial para comparação de grupos:

o Analisar comparativamente variáveis quantitativas;

o Analisar os pressupostos para a realização de certos testes de hipóteses;

o Analisar comparativamente variáveis qualitativas.

Bibliografia:

- Newman,S.C. (2001). BiostatisticalMethodos in Epidemiology.Wiley;

- Murteira, B., Ribeiro, C. S., Silva, J. A. e Pimenta, C., (2008). Introdução à Estatística;

- Woodward, M. (2004). Epidemiology: Study Design and Data Analysis.

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Método: Aula Teórico-Práticas + Aulas Teóricas

Avaliação:

Dois exames escritos: Os exames escritos abrangem os DATs 1, 2 e 4

Apresentação Oral: o DAT 3 é avaliado por uma apresentação oral, em grupo, de um

tema escolhido pela professora.

Conselhos Úteis: É preciso uma calculadora gráfica para conseguires fazer alguns exercícios e

um conhecimento mínimo de utilização da parte gráfica da máquina. Qualquer dúvida que

tenhas ou dificuldade podes expor à professora.

1º Ano | 2º Semestre

Da Molécula Ao Homem II

Créditos: 10 ECTS

Regente: Dr.ª Odete Cruz e Silva e Dr.ª Fátima Macedo

Conteúdos:

DAT 4: Conhecer a estrutura e o funcionamento da célula humana normal e as suas adaptações a funções específicas

o Estrutura do ADN e ARN o Mecanismos de replicação de ADN o Recombinação genética

Recombinação geral Recombinação sítio-específica

o Reparação de ADN o Componentes celulares (núcleo, citoplasma, citosqueleto, organelos e

vesículas de secreção), a sua estrutura e função o A membrana celular, estrutura e permeabilidade o Movimentos

Difusão Osmose Mecanismos de transporte mediado Difusão facilitada e transporte activo Endocitose Pinocitose Fagocitose Exocitose Transporte intracelular de vesículas

o Matriz extracelular o Estrutura da cromatina e cromossomas

DAT 5: Descrever o processo de transcrição e tradução e a regulação dos mesmos

DAT 6: Explicar os processos de divisão celular e a regulação do ciclo celular o Ciclo celular

Interfase

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Mitose Meiose

o Pontos de checagem o CdK´s o Ciclinas o Factores inibidores do ciclo celular o Cancro o Apoptose

DAT 7: Entender o princípio das células estaminais e a regeneração celular

DAT 8:Identifica e descreve os tecidos epiteliais, conjuntivos, musculares e nervoso e as células que os constituem e relaciona a sua estrutura com a função que desempenham.

o Tecido epitelial

Epitélio de revestimento

Simples

o Pavimentoso

o Cúbico

o Colunar

Pseudo-estratificada

Estratificada

o Pavimentoso queratinizada

o Pavimentoso não queratinizada

o Cúbico

o Transição

o Colunar

Epitélio granular

Microvilosidades

Estereocílios

Cílios

Flagelos

o Tecido nervoso

o Tecido muscular

Estriado esquelético

Estriado cardíaco

Liso

o Tecido conjuntivo

Tecido conjuntivo propriamente dito

Frouxo

Denso

o Modelado

o Não modelado

Elástico

Adiposo

Cartilaginoso

Ósseo

o Métodos de estudo em Histologia: Preparação de tecidos para exame

microscópico

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Fixação

Inclusão

Corte

Coloração

Bibliografia:

-Alberts, B., D. Bray, et al. (1994). Molecular Cell Biology, Garland Science.

- Junqueira e Carneiro; Histologia Básica; 11ª ed. Guanabara Koogan 2008; Rio de

Janeiro

Método: Sessões tutorias + Seminários

Avaliação:

30% das sessões tutórias

25% do DAT 8

45 % dos restantes DAT´s (exame final)

Sistemas Orgânicos e Funcionais II

Créditos:10 ECTS

Regente: Dr. António Amaro e Dr. Vítor Cruz

Conteúdos:

Organização funcional do tecido nervoso:

o Divisões do Sistema Nervoso;

o Neurocitologia;

o Potenciais de membrana;

o Impulso nervoso;

o Organização do tecido nervoso;

o Sinapses;

o Recetores, neurotransmissores e neuromoduladores;

o PEPS e PIPS;

o Reflexos;

o Vias e circuitos neuronais;

Sistema Nervoso Central: Encéfalo e Medula Espinhal:

o Desenvolvimento;

o Tronco cerebral;

o Diencéfalo;

o Cérebro;

o Cerebelo;

o Medula espinal;

o Reflexos medulares;

o Vias espinhais;

o Meninges e líquido cefalorraquidiano;

21

Sistema Nervoso Periférico:

o Nervos cranianos;

o Nervos raquidianos;

Os sentidos:

o Classificação dos sentidos;

o Tipos de terminações nervosas aferentes;

o Modalidades somáticas e viscerais dos sentidos;

o Dor;

o Olfato;

o Paladar;

o Sistema visual;

o Ouvido e equilíbrio;

Sistema Nervoso Autónomo:

o Sistema Simpático;

o Sistema Parassimpático;

o Fisiologia do S. N. Autónomo;

o Regulação do S. N. Autónomo;

Planeamento e controlo motor: unidade motora, reflexos, postura, movimento ocular;

núcleo vermelho e córtex motor, área pré-motora e áreas associadas, gânglios da base,

cerebelo;

Aprendizagem e memória; plasticidade cortical.

Bibliografia:

- M.J.T. FitzGerald, G. Gruener, E. Mtui, Clinical Neuroanatomy and Neuroscience, 5th

Ed, Elsevier Saunders, 2007.

- D. Purves, G.J. Augustine, D. Fitzpatrick, W.C. Hall, A.-S. LaMantia, J.O. McNamara,

S.M. Williams, Neuroscience, 4th ed, Sinauer Associates., 2007.

Método: Sessões Tutorias + Aulas Práticas + Seminários

Avaliação:

Sessões Tutoriais (30%)

DuasProvas Orais ou Escritas (35%)

Exame Final escrito (35%)

Genética Médica

Créditos: 6 ECTS

Consultor: Dr.ª Ana Beleza

Conteúdos:

DAT1:Compreender conceitos fundamentais em genética médica: o genoma, os seus

graus de organização, variação e regulação:

22

o Dados históricos e conceitos básicos:

Definição de genética médica;

Breve história da genética médica;

Tipos de doenças genéticas;

Desenhar e interpretar um heredograma;

Conceito de variação genética, mutação e polimorfismo;

o Patologia molecular:

Mutação e reparação do DNA;

Classificação das mutações;

Como é que uma mutação causa doença;

Porque é que algumas variações genéticas são inócuas e outras

patogénicas;

Patologia molecular das doenças dos cromossomas.

DAT2:Conhecer a estrutura e classificação dos cromossomas num cariótipo normal; e

compreender como anomalias cromossómicas se associam a patologia:

o Cromossomas humanos;

o Nomenclatura dos cromossomas;

o Métodos de análise dos cromossomas;

o Citogenética molecular;

o Anomalias dos cromossomas;

DAT3:Compreender o papel dos genes e da variação genética na saúde e na doença,

bem como conhecer as características principais dos diversos tipos de hereditariedade:

o Genes em pedigrees e populações:

Hereditariedade mendeliana e não mendeliana;

Conceitos de expressividade, penetrância e pleiotropia;

Noções de Antecipação e Mosaicismo:

Epigenética, imprinting genómico e dissomiauniparental:

Frequência alélica em populações:

Hereditariedade multifatorial;

Noção de genética de populações;

o Genética do cancro:

Tumorogénese e a evolução do cancro;

Oncogenes e genes supressores tumorais;

Formas familiares de cancro;

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DAT4:Conhecer as técnicas principais de diagnóstico molecular de doenças genéticas

as suas utilizações principais:

o Estudo da sequência genética e genotipagem;

o Estudo da expressão genética;

o O uso das bases de dados genéticas;

DAT5:Compreender os objetivos principais do aconselhamento genético e saber avaliar

e calcular riscos genéticos, génicas e genotípicas; bem como conhecer os avanços

esperados para a área do diagnóstico, tratamento e aconselhamento genético:

o Breves notas sobre doenças genéticas e anomalias congénitas;

o Definição e objetivos do aconselhamento genético;

o Cálculo de risco e screening de doenças genéticas;

o Diagnóstico pré-natal;

o Perspetivas para o aconselhamento genético;

DAT 6: Saber como e onde aceder à informação necessária em Genética Médica e

como apresentar essa informação através de uma apresentação em aula prática.

Bibliografia:

-Thompson & R. Nussbaum. Thompson & Thompson - Genetics in Medicine. Saunders, 7

edition (1 Aug 2007)

Método: Aulas Teórico-Práticas

Avaliação:

1º momento de avaliação

o DAT 1 e 2:15% da nota final (cada um)

o DAT 3: 25% da nota final

2º momento de avaliação

o DAT 4 e 5: 15% da nota final (cada um)

DAT 6: 15% da nota final

Comunicação em Saúde

Créditos: 6 ECTS

Regente: Dr.ª Susan Howcroft e Dr. Marco Ramos

A cadeira encontra-se subdividida em duas componentes: Communication in

Healthcare in English e Comunicação Relacional.

1. Communication in Healthcare in English

Conteúdos:

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Realização de:

o Apresentação

o Poster

o Abstract

o Artigo científico com base no poster e abstract realizado

Avaliação

o 25% para a apresentação

o 25% para o poster

o 25% para o abstract

o 25% Para o artigo científico

Carga horária semanal: 3 horas

2. Comunicação Relacional

Conteúdos:

o Conhecer a natureza relacional da comunicação humana;

o Conhecer as competências relacionais;

o Conhece os princípios e estratégias da comunicação relacional eficaz

Avaliação

o Realização de um Portefólio de Aprendizagens Pessoais

Conselhos Úteis: Dado o portefólio ser a única forma de avaliação, este deve ser um projeto

realizado ao longo do semestre. Não por ter que ser um projeto grande, pois terá no máximo 7

páginas, mas por ser um projeto bastante pessoal e que exige um pouco de reflexão. Neste

portefólio, deves refletir sobre as aulas e olhar para elas e as atividades que fizeres, não como

uma atividade feita na hora e que até foi engraçada mas, como essa situação se pode tornar

realidade e como reagir positivamente. Tenta ser o mais sincero possível, mesmo que isso

signifique que uma atividade, para ti, tenha sido inútil.