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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA LUCAS DE MELO MANZI AVALIAÇÃO DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS TÉCNICAS DE SUTURA NA DISCIPLINA DE TÉCNICA CIRÚRGICA Monografia apresentada para a conclusão do Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília Brasília-DF 2014

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

LUCAS DE MELO MANZI

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS TÉCNICAS DE

SUTURA NA DISCIPLINA DE TÉCNICA CIRÚRGICA

Monografia apresentada para a conclusão do Curso

de Medicina Veterinária da Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade

de Brasília

Brasília-DF

2014

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

LUCAS DE MELO MANZI

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS TÉCNICAS DE

SUTURA NA DISCIPLINA DE TÉCNICA CIRÚRGICA

Monografia apresentada para a conclusão do Curso

de Medicina Veterinária da Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade

de Brasília

Orientadora

Ana Carolina Mortari

Brasília-DF

2014

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Cessão de Direitos

Nome do Autor: Lucas de Melo Manzi

Título da Monografia de Conclusão de Curso: AVALIAÇÃO DE MÉTODOS

ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS TÉCNICAS DE SUTURA NA DISCIPLINA DE

TÉCNICA CIRÚRGICA

Ano: 2014

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta monografia e

para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O

autor reserva-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta monografia pode ser

reproduzida sem a autorização por escrito do autor.

_______________________________

Lucas de Melo Manzi

037.316.671-00

QSD 17 casa 36 – Taguatinga Sul.

72020-170 - Brasília-DF - Brasil

(061)9904-0110; [email protected]

Manzi, Lucas de Melo

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS

TÉCNICAS DE SUTURA NA DISCIPLINA DE TÉCNICA CIRÚRGICA

/ Lucas de Melo Manzi; orientação de Ana Carolina Mortari. – Brasília,

2014.

36 p. : il.

Monografia – Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e

Medicina Veterinária, 2014.

1. Medicina Veterinária. 2. suturas. 3. cirurgia. 4. ensino

1. Criopreservação. 2. Sementes. 3. Teores de umidade. 4. Plantas

perenes. I. Carmona, R. II. Título.

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Nome do autor: MANZI, Lucas de Melo

Título: AVALIAÇÃO DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS TÉCNICAS

DE SUTURA NA DISCIPLINA DE TÉCNICA CIRÚRGICA

Monografia de conclusão do Curso de Medicina

Veterinária apresentada à Faculdade de Agronomia e

Medicina Veterinária da Universidade de Brasília

Aprovado em: ___/___/___

Banca Examinadora

Profa. Dra. Ana Carolina Mortari Instituição: Universidade de Brasília

Julgamento: ________________________ Assinatura: __________________

Prof. Me. Mário Sérgio Almeida Falcão Instituição: Universidade de Brasília

Julgamento: ________________________ Assinatura: __________________

Prof. Me. Franco Metzker Poggiani Instituição: Universidade de Brasília

Julgamento: ________________________ Assinatura: __________________

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus, por se fazer sempre presente

em minha vida, aos meus pais, Valdir e Lunalva, à minha

família e à minha namorada, Taysa, pelo incentivo, apoio,

paciência, carinho, sacrifícios e amor dedicados à mim.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, primeiramente, pois devido a Ele sempre tive esse amor e encanto pelos

animais e pela natureza, o que foi fundamental para a escolha da minha futura profissão como

Médico Veterinário. Ele esteve comigo em todos os momentos, me dando força e me guiando

para chegar até aqui. Devido a Ele tenho uma família maravilhosa e pessoas muito especiais à

minha volta e, sem dúvida, foram essenciais para eu me manter firme nessa caminhada.

Aos meus pais, Valdir e Lunalva que, apesar de todas as dificuldades, nunca desistiram

e nunca me deixaram desistir. Sempre me deram todo o apoio, investimento, estrutura, e,

principalmente, me deram muito amor para eu realizar meu sonho. Não posso esquecer-me

dos meus irmãos, em especial, minha irmã Natália, que de uma forma ou de outra, sempre

tentaram me ajudar. Sem eles nada disso seria possível. Também sou muito grato à minha

namorada, Taysa, pela paciência, carinho, companheirismo e amor dedicado à mim. Ela foi

essencial e esteve ao meu lado nessa fase final de conclusão de curso. Muito Obrigado!

Agradeço a Deus por ter vocês em minha vida.

Aos meus amigos, pois com eles essa etapa se tornou mais gratificante, mais alegre e

mais prazerosa. Desta forma, as dificuldades e provações, e foram muitas, que apareceram no

decorrer dessa caminhada se tornaram mais fáceis de serem superadas. De forma especial,

quero agradecer aos meus amigos Thiego e Gustavo, pois eles foram essenciais, estiveram

presentes e compartilharam de grande parte das minhas dificuldades, minhas conquistas, e

claro, dos meus momentos de diversão. Muito obrigado!

Aos meus animais e amigos, Thor, Kiara e Dourado, que foram meus primeiros

pacientes e sempre me receberam com toda alegria e amor. Foram eles que, no dia a dia, me

fizeram enxergar que eu tinha feito a escolha certa. Obrigado!

Aos meus professores que, de alguma forma, me apoiaram e me ensinaram durante o

período de graduação. O conhecimento que me foi passado através de vocês vai ser levado

pelo resto da minha vida e as broncas e críticas construtivas, com certeza, também serviram

para me tornar um profissional competente e qualificado.

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LUCAS, L. M. Avaliação de Métodos Alternativos de Ensino das Técnicas de Sutura na

Disciplina de Técnica Cirúrgica. (Evaluation of Alternative Teaching Methods of Suture

Techniques at Discipline of Surgical Technique). 2014. 36 p. Monografia (Conclusão do

Curso de Medicina Veterinária) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária,

Universidade de Brasília, Brasília, DF.

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo relatar e avaliar o uso de um método alternativo de

treinamento de técnicas de sutura e vídeos didáticos como método complementar de ensino.

Para o presente estudo foram elaborados um modelo para treinamento de suturas utilizando

courvin e espuma de alta densidade e vídeos didáticos das técnicas de suturas. A proposta foi

avaliada por acadêmicos da disciplina de Técnica Cirúrgica do curso de Medicina Veterinária

da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus

Botucatu por meio de um questionário. Os métodos alternativos de ensino proporcionaram,

aos alunos, maior entendimento, segurança e facilidade para realização dos diferentes tipos de

sutura, podendo desta forma, ser mais uma opção para treinamento prático dos padrões de

sutura.

PALAVRAS-CHAVE: Medicina veterinária, suturas, cirurgia, ensino.

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LUCAS, L. M. Avaliação de Métodos Alternativos de Ensino das Técnicas de Sutura na

Disciplina de Técnica Cirúrgica. (Evaluation of Alternative Teaching Methods of Suture

Techniques at Discipline of Surgical Technique). 2014. 36 p. Monografia (Conclusão do

Curso de Medicina Veterinária) - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária,

Universidade de Brasília, Brasília, DF.

ABSTRACT

This study aims to report and evaluate the use of an alternative method of training of suturing

techniques and instructional videos as a complementary method of teaching. For the present

study a model for suture training using leatherette (courvin) and high-density foam and

instructional videos demonstrating the techniques of sutures were prepared. The proposal was

evaluated by the academics of the discipline Surgical Technique of Veterinary Medicine

course of University of Brasília (UNB) and the State University of São Paulo (UNESP) -

Botucatu Campus through a questionnaire. Alternative methods of teaching provided students,

greater understanding, safety and facility to perform the different types of suture and may be

used as an option for practical training of suture patterns.

KEY WORDS: Veterinary Medicine, sutures. surgery, education.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - (A) Materiais utilizados para confecção do modelo de sutura: 1. Cola para espuma,

2. Espuma, 3. Base em EVA, 4. Courvin, (B) Aspecto final da montagem do modelo. Brasília,

2014...........................................................................................................................................25

Figura 2 – Alunos realizando o treinamento, dos diferentes padrões de sutura, no modelo.

Brasília, 2014............................................................................................................................27

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Respostas das questões de múltipla escolha de acordo com o questionário.

Brasília,2014.............................................................................................................................28

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Casuística com base na Suspeita/Diagnóstico, durante o período de realização do

estágio supervisionado no Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau. Brasília, 2014......14

Quadro 2 – Casuística com base na Suspeita/Diagnóstico, durante o período de realização do

estágio supervisionado na Clínica Médica no Hospital Veterinário de Pequenos Animais da

Universidade de Brasília. Brasília, 2014...................................................................................17

Quadro 3 – Casuística com base na Suspeita/Diagnóstico, durante o período de realização do

estágio supervisionado na Clínica CIrúrgica no Hospital Veterinário de Pequenos Animais da

Universidade de Brasília. Brasília, 2014...................................................................................19

Quadro 4 – Dados e valores em reais dos materiais utilizados no modelo. Brasília,

2014...........................................................................................................................................24

Quadro 5 - Questões utilizadas para avaliação do presente estudo. Brasília,

2014...........................................................................................................................................25

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SUMÁRIO

PARTE I- RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................12

2. HOSPITAL VETERINÁRIO DR. ANTÔNIO CLEMENCEAU.........................12

3. HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.................16

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................21

PARTE II - AVALIAÇÃO DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS

TÉCNICAS DE SUTURA NA DISCIPLINA DE TÉCNICA CIRÚRGICA

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................22

2. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................24

3. RESULTADOS...........................................................................................................26

4. DISCUSSÃO...............................................................................................................29

5. CONCLUSÃO............................................................................................................31

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................32

7. APÊNDICE.................................................................................................................35

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PARTE I- RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

1. INTRODUÇÃO

O estágio supervisionado é uma atividade curricular obrigatória para a formação

acadêmica e é realizada no décimo semestre do curso de Medicina Veterinária da Faculdade

de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília, sendo mandatório o

cumprimento de, pelo menos, 480 horas de estágio. Esta é a fase final do curso e consiste na

realização de atividades e acompanhamento da rotina na área de escolha do aluno. Desta

forma, há um maior contato do acadêmico com o mercado de trabalho, assimilação do

conhecimento adquirido durante a graduação e maior integração da teoria com a prática.

O estágio curricular foi realizado no Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau-

Brasília, e, em seguida, no Hospital Veterinário de Pequenos Animais da Universidade de

Brasília (Hvet-UnB). Nos dois locais foram acompanhadas a clínica médica e a clínica

cirúrgica.

Este relatório tem como objetivo descrever as consultas e os procedimentos

acompanhados durante o período de estágio, além de relatar a rotina de funcionamento dos

hospitais.

2. HOSPITAL VETERINÁRIO DR. ANTÔNIO CLEMENCEAU

O Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau (HVAC) é particular, com

funcionamento 24 horas e se encontra no endereço SAIS s/n, Lote 14, Setor Sul, Brasília- DF

(próximo à hípica e ao setor policial). O HVAC foi escolhido para a realização de parte do

estágio curricular devido a sua tradição, excelente infraestrutura, excelência nos serviços

prestados e quantidade de profissionais especializados. Os serviços disponibilizados pelo

hospital incluem Clínica Médica e Clínica Cirúrgica, além de especialidades como

Anestesiologia, Dermatologia, Nefrologia e Urologia, Odontologia, Neurologia e Ortopedia,

Fisioterapia e Acunputura, Oftalmologia, Oncologia, Cardiologia, Ultrassonografia e

Radiologia.

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O HVAC é formado por uma equipe com 26 Médicos Veterinários, que atuam em

diferentes especialidades, e por aproximadamente 40 funcionários, divididos entre

recepcionistas, motoristas, funcionários responsáveis pela limpeza, auxiliares de serviços

gerais e enfermeiros, os quais cumprem oito horas de trabalho diário de acordo com sua

escala, proporcionando, desta forma, atendimento 24 horas por dia, incluindo finais de

semana e feriados. Além disso, também são oferecidos os serviços de exames laboratoriais,

banho e tosa, “táxi dog” e hospedagem.

O Hospital Veterinário conta com duas recepções, uma destina-se à consultas com clínicos

gerais e outra recepção é direcionada às consultas com especialistas, que também possui uma

sala de espera para recepcionar os pacientes e os proprietários. Geralmente, a maioria dos

animais passa primeiramente pela Clínica Geral e, caso necessário, é encaminhado para

alguma especialidade. No entanto, também é possível, em algumas situações que o paciente

seja consultado diretamente pelo o especialista.

O Hospital Veterinário possui dois andares. No primeiro andar encontram-se quatro

consultórios usados pela Clínica Médica, uma sala de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), um

centro cirúrgico odontológico, uma farmácia completa, uma sala usada para administração do

hospital, um pequeno laboratório com equipamentos suficientes para realização de exames

laboratoriais rápidos e um espaço reservado para o banho e tosa dos animais.

Em outro bloco, ainda no primeiro andar, estão dispostos a sala de raio X, uma

enfermaria, três canis divididos entre A,B e C, com 28, 22 e 28 baias, respectivamente, sendo

que o canil C possui quatro baias com oxigênioterapia, a lavanderia e o bloco cirúrgico.

Dentro do bloco cirúrgico estão a sala de esterilização de materiais, uma sala usada para o

preparo dos animais durante o pré e pós operatório, e um vestiário no qual se dá acesso as

salas cirúrgicas. Ainda neste piso, encontra-se um canil onde se encontra os cães de grande

porte, contando com 15 baias com área interna e externa.

No segundo andar do prédio, encontram-se uma sala de hemodiálise, um consultório da

cardiologia; um depósito de medicamentos; um consultório de oftalmologia; um consultório

de fisioterapia, um consultório para a ortopedia/neurologia, um gatil com 20 baias, um canil

usado para a fisioterapia com hidroterapia, um consultório de ultrassonografia e um

consultório de oncologia.

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14

O estágio no HVAC foi realizado de segunda à sexta, no período de 04 de Agosto à 12 de

Setembro de 2014, totalizando 240 horas cumpridas. As principais atividades desenvolvidas

foram: (1) acompanhamento e auxílio de consultas nas diversas áreas, (2) auxílio em

emergências, (3) avaliação da prescrição e evolução do quadro clínico dos animais internados,

(4) realização de exames radiológicos e ultrassonográficos, (5) aplicação de medicamentos,

(6) realização de curativos diários e (7) auxílio em procedimentos cirúrgicos gerais.

Nos serviços de clínica médica e cirúrgica os pacientes eram atendidos por ordem de

chegada, com exceção de casos de emergência, que tinham prioridade no atendimento. Na

consulta, era realizada a anamnese e, em seguida, o exame físico do animal. O paciente

passava por exames laboratoriais e/ou por outros exames específicos necessários para concluir

o diagnóstico, e posteriormente, realizava o tratamento sintomático e terapêutico. No

atendimento especializado, as consultas eram previamente marcadas, com exceção dos

serviços de radiologia e ultrassonografia.

Quadro 1. Casuística com base na Suspeita/Diagnóstico, durante o período de realização do

estágio supervisionado no Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau. Brasília, 2014.

Afecções por Sistema Suspeita/Diagnóstico Nº de casos

Urogenital

Insuficiência Renal 12

Cálculo Vesical 4

Cálculo Ureteral 2

Hidronefrose 1

Cistite 3

Tumor de Bexiga 1

OSH 5

Piometra 5

Prolapso Vaginal 1

Respiratório

Pneumonia 1

Traqueobronquite 2

Colapso de Traquéia 1

Dermatológico

Otite 6

Dermatopatia 6

Demodiciose 2

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Afecções por Sistema Suspeita/Diagnóstico Nº de casos

Gastrointestinal

Refluxo duodeno-gástrico 1

Gastroenterite 7

Ascite 2

Fecaloma 2

Endócrino Síndrome de Cushing 3

Ortopédico e Neurológico

Claudicação 3

Hérnia de disco 3

Neuropatia 1

Displasia coxo-femural 4

Hidrocefalia 3

Fratura 8

Cardiovascular Cardiomiopatia 5

Oncológico Noduloectomia 4

Neoplasia 6

Odontológico Fratura de dente 1

Placa bacteriana 3

Doenças Infecciosas Sistêmicas

Erlichiose 4

Parvovirose 2

Leishmaniose 1

Outros

Curativo 13

Vermífugação 2

Vacina 8

Otohematoma 3

Politraumatizado 3

Esplenectomia 1

Mastite 1

Orquiectomia 3

Hemodiálise 2

Rinoscopia 1

Ecocardiograma 13

Eletrocardiograma 7

Aplicação de células tronco 2

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16

HOSPITAL VETERINÁRIO DE PEQUENOS ANIMAIS DA UNIVERSIDADE DE

BRASÍLIA (HVET-UnB).

O Hospital Veterinário de Pequenos Animais da Universidade de Brasília (HVET-UnB)

se encontra na Avenida L4 norte, em Brasília, Distrito Federal. O Hospital atende animais de

segunda a sexta-feira, tanto novas consultas como retornos, das 8:00 horas às 18:00 horas.

Outros serviços disponibilizados pelo HVET-UnB incluem: Patologia Clínica, Patologia

Veterinária, Parasitologia, Microbiologia, Radiologia e Clínica e Cirurgia de Animais

Silvestres.

O estágio curricular no Hospital Veterinário de Pequenos Animais da Universidade de

Brasília (HVET-UnB) foi realizado no Setor de Clínica Médica e Clínica Cirúrgica. O setor

de Clínica Médica é composto por três docentes da área, seis Médicos Veterinários (MV)

Residentes e dois Médicos Veterinários (MV) contratados. Sua estrutura física é composta por

três ambulatórios, uma sala de internação com quatorze baias disponíveis para atender os cães

de diferentes tamanhos, uma sala de doenças infecciosas, uma sala de banco de sangue e uma

sala para realização de exames ultrassonográficos. Além disso, na clínica médica, há o serviço

especializado em felinos, composto por uma sala de internação e ambulatório.

O estágio curricular no setor de Clínica Médica foi realizado do dia 15 de setembro ao dia

10 de outubro de 2014, totalizando 160 horas cumpridas. As atividades do estágio foram

divididas por rodízio semanal entre o atendimento no ambulatório clínico de cães, serviço de

cardiologia, sala de internação de cães e atendimento no ambulatório clínico e internação de

gatos.

No ambulatório clínico de cães, os estagiários davam início às consultas por meio da

realização da anamnese detalhada e do exame físico do paciente. Em seguida, as informações

e observações eram passadas para o MV Residente responsável, e este realizava um exame

mais específico e demais procedimentos necessários. Quando havia necessidade, o animal era

encaminhado para a internação, recebendo, desta forma, monitoração constante e realização

de procedimentos intensivos. Na sala de internação de cães, era realizado o exame físico,

fluidoterapia, terapia nutricional e medicamentosa e monitoração constante dos pacientes, de

acordo com seu estado clínico.

As atividades realizadas no serviço especializado em gatos envolviam o atendimento de

novas consultas e retornos, além do monitoramento dos pacientes internados na sala de

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17

internação, através de fluidoterapia, terapia medicamentosa e nutricional e monitoração dos

parâmetros físicos.

O serviço de cardiologia era responsável pela realização do Eletrocardiograma de animais

cardiopatas ou com suspeita de cardiopatia. Além disso, este exame também era realizado

como forma de exame pré-operatório, de todos os pacientes que iriam entrar para cirurgia,

indicando, desta forma, se o animal era apto ou não para sofrer uma intervenção anestésica e

cirúrgica.

Quadro 2. Casuística com base na Suspeita/Diagnóstico, durante o período de realização do

estágio supervisionado na Clínica Médica no Hospital Veterinário de Pequenos Animais da

Universidade de Brasília. Brasília, 2014.

Afecção por Sistema Suspeita/Diagnóstico Nº de casos

Urogenital

Cistite 3

Doença Renal Crônica (DRC) 5

Colelitíase 1

Prolapso Uterino 1

Piometra 3

TVT 1

Vaginite 1

Metrite 1

Hidronefrose 1

Respiratório Bronquite Crônica 1

Broncopneumonia 1

Dermatológico

Otite 4

Dermatopatia 2

Reação hipersensibilidade tipo I 1

Demodiciose 4

Piodermite 3

Dermatofitose 1

Seborréia 1

Dermatite Alérgica à Pulgas (DAP) 1

Pododermatite 1

Atopia 1

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18

Afecção por Sistema Suspeita/Diagnóstico Nº de casos

Gastrointestinal

Gastrite 5

Verminose 4

Hepatopatia 1

Megaesôfago 2

Intoxicação 1

Linfangiectasia Intestinal 1

Giardíase 3

Colangite 1

Corpo Estranho 1

Hepatite Tóxica 1

Endócrino Hipotireoidismo 2

Hiperadrenocorticismo 3

Ortopédico e Neurológico Fratura de costela 1

Cardiovascular Cardiopatia 3

Oncológico

Mastocitoma 2

Neoplasia Retal 1

Neoplasia Mamária 2

Neoplasia Testicular 2

Hemangiossarcoma 1

Neoplasia abdominal 1

Doenças Infecciosas Sistêmicas

Erlichiose 10

Parvovirose 2

Leishmaniose 4

Leptospirose 4

Cinomose 2

Outros

Obesidade 2

Vacinação 2

Ferida por mordedura 1

Aplasia de medula 1

Hipoplasia de medula 1

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19

O setor de Clínica Cirúrgica é composto por dois docentes da área, quatro Médicos

Veterinários Residentes e dois Médicos Veterinários contratados. Sua estrutura física é

composta por dois ambulatórios, uma sala de Medicamentos Pré-Anestésicos (MPA), um

centro cirúrgico para realização de cirurgias na disciplina de Técnica Cirúrgica e um centro

cirúrgico com capacidade para realização de duas cirurgias simultâneas.

O estágio curricular no setor de Clínica Cirúrgica foi realizado do dia 13 a 31 de outubro

de 2014, totalizando 120 horas cumpridas. As atividades do estágio foram divididas por

rodízio semanal entre o atendimento no ambulatório clínico de cães e acompanhamento das

cirurgias no Centro Cirúrgico. No ambulatório clínico, os estagiários davam início às

consultas através da realização da anamnese detalhada e do exame físico do paciente. Em

seguida, as informações e observações eram passadas para o MV Residente responsável, e

este realizava um exame mais específico e demais procedimentos necessários. Quando havia

necessidade, o animal era encaminhado para a internação, recebendo, desta forma,

monitoração constante e realização de procedimentos intensivos.

As atividades realizadas no Centro Cirúrgico, envolviam o acompanhamento de todas as

cirurgias, preenchimento das fichas e ata cirúrgica, e, em algumas situações, o auxílio em

procedimentos cirúrgicos. Os estagiários também realizavam procedimentos mais simples

como realização de suturas e castrações, quando tinham a permissão do MV Residente ou MV

contratada.

Quadro 3. Casuística com base na Suspeita/Diagnóstico, durante o período de realização do

estágio supervisionado na Clínica Cirúrgica no Hospital Veterinário de Pequenos Animais da

Universidade de Brasília. Brasília, 2014.

Afecções por Sistema Suspeita/Diagnóstico Nº de casos

Urogenital Criptorquidismo 1

Ruptura de Bexiga 1

Oftalmológico Perfuração Ocular 1

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Afecções por Sistema Suspeita/Diagnóstico Nº de casos

Ortopédico e Neurológico

Fratura Fêmur 2

Discoespondilose 1

Fratura de Pelve 3

Doença do Disco Intervertebral 4

Paraparesia 2

Má consolidação óssea 1

Fratura Metatarsos 1

Luxação Coxo-Femural 1

Membro não funcional 1

Cauda Equina 1

Ruptura do Ligamento Cruzado 1

Fratura de Úmero 1

Síndrome Mesencefálica 1

Oncológico

Neoplasia Retal 2

Neoplasia Cutânea 4

Neoplasia Mamária 3

Mastocitoma 4

Neoplasia Retal 2

Lipoma 2

Nódulo 3

Osteossarcoma 1

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21

Afecções por Sistema Suspeita/Diagnóstico Nº de casos

Outros

Mastite 1

Hérnia Inguinal 3

Hérnia Perineal 1

Hérnia Abdominal 1

Queimadura 1

Pós operatório Herniorrafia 1

Pós operatório Orquiectomia 1

Pós operatório OSH 4

Pós operatório Cistotomia 1

Pós operatório Piometra 1

Pós operatório Enteroanastomose 1

Pós operatório Fratura de Fêmur 1

Miíase 1

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio curricular, realizado no Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau e no

Hospital Veterinário de Pequenos Animais da Universidade de Brasília, proporcionou a

oportunidade de adquirir maior conhecimento e assimilar a teoria com a prática, por meio da

rotina clínica e cirúrgica, dos atendimentos, dos procedimentos ambulatoriais e protocolos

terapêuticos realizados. Além disso, também foi uma oportunidade de conhecer novas

especialidades, novos protocolos terapêuticos e diferentes formas de conduzir uma consulta e

lidar com proprietários e pacientes.

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PARTE II - AVALIAÇÃO DE MÉTODOS ALTERNATIVOS DE ENSINO DAS

TÉCNICAS DE SUTURA NA DISCIPLINA DE TÉCNICA CIRÚRGICA

1. INTRODUÇÃO

Para a formação cirúrgica, é necessário o entendimento da Técnica Operatória e suas

fases fundamentais, por meio de conceitos teóricos e práticos (BARNES, 1997). Além disso,

o desenvolvimento de habilidade na execução dos procedimentos cirúrgicos e a condução

adequada dos períodos pré, trans e pós-operatórios auxiliam no sucesso da técnica em

condições normais e adversas (SARKER & PATEL, 2007). Apesar de considerada uma etapa

de suma importância, a aquisição de habilidade técnica é apenas uma parte da aprendizagem

cirúrgica, servindo de base para a conclusão bem sucedida de uma cirurgia planejada (WEBB

&. PEACOCK, 1980).

Devido às questões éticas que envolvem a prática em pacientes, os estágios iniciais do

ensino técnico de habilidades cirúrgicas no laboratório estão emergindo como adjuvante na

instrução aos alunos, impulsionados pelo aumento da disponibilidade de materiais

reutilizáveis a preços acessíveis e eficácia comprovada de modelos de bancada (ANASTAKIS

et. al.,1999; BARNES, 1987; LOSSING et al, 1992). Formas alternativas de ensino são

projetadas com o intuito principal de preparar os alunos antes da exposição para a prática

clínica (BRUNT LM.; et al., 2008; REZNICK R.K.; et.al., 2006). É importante salientar que a

crescente preocupação com o bem-estar animal e a conscientização da necessidade de

treinamento dos veterinários, nesta filosofia, irá resultar em médicos veterinários competentes

com as habilidades necessárias para desempenhar a sua profissão e cuidar de seus pacientes

da melhor forma possível (SCALESE E ISSENBERG, 2005).

Estudos comprovam que simuladores, manequins e modelos podem satisfazer de

forma adequada o aprendizado prático, a necessidade de redução dos custos e do uso de

animais (REZNICK R.K.; et.al., 2006; SMEAK, D. D.; et. al,1994). Para isto, simuladores

inanimados oferecem uma série de benefícios como redução do estresse durante o

aprendizado e oportunidade para a prática repetitiva organizada. Deve-se considerar também

que erros na execução das manobras são inofensivos neste contexto (BRUNT L.M.; et al.,

2008; DORMAN K.; et.al., 2009; NAYLOR R.A.; et.al., 2009; XEROULIS G.J.; et.al, 2007).

O uso de simuladores, manequins e modelos permitem aos estudantes de medicina

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veterinária praticarem e dominarem as habilidades e técnicas antes de trabalharem com

animais vivos. Estas alternativas também facilitam o treinamento no manejo dos animais,

coleta de sangue, intubação, reanimação cardiopulmonar e algumas habilidades cirúrgicas

(HSVMA, 2009). Além disso, modelos sintéticos têm sido utilizados como alternativa para o

ensino de técnicas cirúrgicas, técnicas de sutura, além de serem usados para a prática de

procedimentos como pequenas excisões e retalhos durante o treinamento médico (DORMAN

et al., 2009; MACFIE et al., 2004; PORTE et al., 2007; REZNICK et al.,2006).

A realização de suturas se destaca como uma das principais atividades de treinamento

de um cirurgião, sendo parte intrínseca de qualquer abordagem cirúrgica (COSTA

NETO.et.al., 2011). A capacidade de técnica de sutura é essencial para a formação de um

médico generalista e deve fazer parte do conhecimento de todos os médicos, uma vez que tem

implicações para o adequado atendimento ao paciente (KNEEBONE, 2005) e pode ser

considerada base para muitas técnicas cirúrgicas (PORTE et al., 2007, BRUNT et al., 2008;

REZNICK et al.,2006, DUBROWSKI et al., 2006) Para este fim, existe uma série de

materiais sintéticos disponíveis, tais como formas de látex, luvas cirúrgicas, caixas de

poliuretano, modelos de sutura subcuticular, almofadas de sutura de tecido e Allevyn

(BRUNT et al.,2008; MACFIE et al., 2004).

Um pequeno número de modelos sintéticos comercialmente produzidos está

disponível para uso em medicina veterinária (REZNICK R.K.; et.al.,2006; SMEAK, D.D.;

et.al.,1994). Porém, em muitos casos, estes modelos são dispendiosos e podem oferecer mais

do que o essencial para a prática de procedimentos cirúrgicos simples, tornando-os

economicamente inviáveis (DE GIOVANNI, D.; et.al., 2009; GROBER, E. D.; et.al., 2004;

KNEEBONE, R., 2005; MATSUMOTO, E. D.; et.al., 2002).

Com base nos dados apresentados, este estudo teve como objetivo relatar a execução

de um método prático alternativo de baixo custo e a utilização de vídeo-aulas para o ensino e

treinamento de diversos tipos de suturas, bem como avaliar a percepção destes métodos por

parte dos alunos de medicina veterinária que fizeram o uso deles.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

Foram confeccionados 65 modelos para treinamento dos padrões de suturas, aplicados

como método de ensino complementar na disciplina de Técnica Cirúrgica do curso de

Medicina Veterinária da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Estadual Paulista

(UNESP) – Campus Botucatu. Os modelos foram avaliados por acadêmicos do sétimo

semestre, em comparação com o treinamento feito em bastidores.

Na escolha de suturas para o treinamento nos modelos, optou-se por técnicas

aposicionais, invaginais e evaginantes em padrão separado e contínuo, sendo selecionados os

seguintes padrões: pontos simples separados, pontos “Wolff” separados, pontos “Wolff”

captonado, pontos “Lembert”, sutura intradérmica, sutura Schiemieden e em bolsa de fumo.

Todas as suturas foram realizadas utilizando-se fio de náilon 2-0.

Para a confecção do modelo, foi realizado e utilizado cortes de courvin e espuma

(espessura de 1,5cm, densidade 35 soft) ambos medindo 20x15cm, unidos com cola spray

para espuma. A mimetização das camadas teciduais correspondentes não foi o objetivo do

estudo, deste forma, o courvin simulou a pele e a espuma representou o subcutâneo. O

acabamento da base do modelo foi feito com placa de EVA (etil, vinil, acetato) de três

milímetros de espessura, colada na espuma para dar sustentação e oferecer estabilidade

durante o treinamento das suturas (Figura 1). No Quadro 4, encontram-se os dados referentes

ao custo dos materiais, sendo o valor final de aproximadamente 2,13 reais por unidade.

Quadro 4. Dados e valores em reais dos materiais utilizados no modelo. Brasília, 2014.

Material Quantidade por modelo Valor em reais por

modelo

EVA 3mm 300 cm² 0,29

Courvin 300 cm² 0,47

Espuma 1,5cm 300 cm² 0,45

Cola spray 3M 1 unidade 0,92

Custo total por modelo __ 2,13

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Figura 1: (A) Materiais utilizados para confecção do modelo de sutura: 1. Cola para espuma,

2. Espuma, 3. Base em EVA, 4. Courvin, (B) Aspecto final da montagem do modelo. Brasília,

2014.

Atualmente, na aula de Técnica Cirúrgica, o treinamento dos padrões de sutura é

realizado com o uso de bastidores, juntamente com a explicação do professor, que utiliza

como apoio didático o quadro negro. Para comparação dos métodos, a realização de suturas

nos bastidores, sem as vídeo-aulas como referência, foi realizada anteriormente à aula no

modelo em teste. Na aula seguinte, a execução dos padrões de sutura no modelo criado foi

apresentada aos estudantes, de forma didática, por meio de vídeos demonstrativos das

diferentes técnicas de sutura, seguida pelo treinamento prático. A cada padrão apresentado no

vídeo, os acadêmicos observavam as técnicas de incisão e realização da sutura, e, em seguida,

praticavam no modelo.

Ao final da aula, após a conclusão do treinamento, os acadêmicos foram solicitados a

preencher uma avaliação em forma de questionário, que abordou a experiência, nível de

satisfação e grau de importância da utilização dos vídeos e do modelo em teste. O

questionário se deu por meio do preenchimento de oito questões de múltipla escolha, sendo,

sete destas, graduadas de 1 a 3, no qual: (1) representa insatisfação; (2) representa pouca

satisfação e (3) representa satisfação, e uma questão graduada de 1 a 2, cujos significados são:

(1) não recomendaria e (2) recomendaria. Os alunos ainda responderam uma questão

discursiva (questão número nove) (Quadro 5).

Quadro 5. Questões utilizadas para avaliação do presente estudo. Brasília, 2014.

Múltipla escolha

Questão 1 O que você achou da utilização de vídeos das técnicas cirúrgicas como

A

B

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método didático na disciplina de técnica cirúrgica?

Questão 2 Você achou que os vídeos facilitaram o entendimento da técnica para

posterior treinamento cirúrgico?

Questão 3 Os vídeos ajudaram você a ter uma maior segurança para o treinamento

da técnica cirúrgica?

Questão 4 Os materiais utilizados nos modelos mimetizaram as camadas teciduais

correspondentes?

Questão 5 O treinamento das suturas no modelo de látex e espuma em poliuretano

foi proveitoso?

Questão 6 Em comparação à qualidade do treinamento em bastidores, o treinamento

no modelo de látex e espuma em poliuretano foi:

Questão 7 Você acha que o aprendizado de técnicas específicas (suturas) por meio

do modelo fornece preparo para aplicação em tecidos vivos?

Questão 8 Você recomendaria o uso de modelos para o aprendizado de técnica

cirúrgica?

Discursiva

Questão 9 Qual foi a dificuldade encontrada nesta nova didática de ensino?

3. RESULTADOS

No presente estudo, 65 alunos participaram da avaliação relativa ao uso de vídeos

ilustrativos e da avaliação comparativa entre o modelo proposto e a sutura em bastidores,

durante a aula de Técnica Cirúrgica (Figura 2).

As três primeiras perguntas do questionário eram referentes aos vídeos demonstrativos

das técnicas de suturas. Quando questionados sobre a utilização dos vídeos como método

didático de ensino (questão 1), todos os alunos (100%) marcaram a opção três, ou seja,

consideraram este método importante para o aprendizado das técnicas dos padrões de suturas.

Na questão 2, o resultado foi o mesmo da questão anterior, haja visto que, 100% dos alunos

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consideraram que os vídeos facilitaram o entendimento das técnicas. A questão 3 questionava,

se os vídeos ajudaram os alunos a ter uma maior segurança para o treinamento da técnica de

sutura. Em resposta a essa pergunta, 57 (88%) acadêmicos marcaram a opção três,

informando que o uso dos vídeos ajudou na aquisição de segurança e 8 (12%) marcaram a

opção dois, acreditando que a utilização de vídeos ajudou pouco neste quesito.

As questões quatro e cinco eram referentes ao material utilizado na confecção do

modelo em teste. Cada uma questionava, respectivamente, a mimetização do material com o

tecido correspondente e o aproveitamento do treinamento com o modelo de látex e espuma.

No que se refere a questão 4, 55% (36) dos alunos acharam que os materiais mimetizaram as

camadas teciduais correspondentes, porém, 45% (29) acharam que mimetizaram pouco. Na

quinta questão, 58 (89%) acadêmicos consideraram o modelo proveitosos e 7 (11%)

consideraram pouco proveitosos.

Figura 2. Alunos realizando o treinamento, dos diferentes padrões de sutura, no modelo.

Brasília, 2014.

De acordo com a questão seis do questionário, 66% (43) dos acadêmicos acharam o

treinamento no modelo melhor do que em bastidores, 23% (15) acharam que a qualidade do

treinamento foi a mesma e 11% (7) consideraram inferior, quando comparado ao uso de

bastidores. Quando questionado sobre o preparo fornecido pelo modelo para aplicação das

técnicas em tecidos vivos, 46 (70%) alunos consideraram importante, enquanto 16 (25%) e 3

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(5%) alunos, marcaram as opções 2 (pouco importante) e 1 (sem importância) ,

respectivamente.(questão 7). No Gráfico 1 estão demonstradas as respostas ao questionário

dadas pelos estudantes, referentes às questões de múltipla escolha.

Ao final da avaliação, os alunos responderam uma questão discursiva (questão 9)

quanto a nova didática de ensino. Nesse contexto, algumas respostas continham, de maneira

geral, a sugestão para o aperfeiçoamento do material utilizado no modelo, para melhor

mimetização do tecido correspondente e a reclamação relacionada à dificuldade de

individualizar a segunda camada do modelo, para realizar as suturas intradérmicas e

invaginantes. Porém, 100% dos acadêmicos, que participaram da pesquisa, recomendaram o

uso do modelo para o aprendizado das técnicas de sutura (questão 8).

Gráfico 1. Respostas das questões de múltipla escolha de acordo com o questionário. Brasília,

2014.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8

% d

e a

lun

os

Questões de múltipla escolha

Resultado do questionário

Insatisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Recomendaria Não recomendaria

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4. DISCUSSÃO

Em uma nova tendência de ensino da cirurgia, habilidades básicas são obtidas em

modelos e simuladores com o objetivo de preparar os alunos para a experiência cirúrgica,

especialmente nas fases cognitivas e autônomas do aprendizado relacionadas à destreza e

automaticidade das técnicas. Segundo Naylor, et.al. (2009), treinamentos baseados somente

em observação, sem participação ativa e prática, não são considerados suficientes.

Vídeo-aula é um recurso didático que tem sido bastante utilizado no primeiro contato

do aluno com uma manobra cirúrgica, seja ela simples ou complexa. O estudo realizado por

Summers, et. al, (1999) demonstraram que, revendo vídeos instrutivos de provas práticas, os

alunos foram capazes de treinar suas habilidades para um nível de precisão e destreza igual ao

de alunos que receberam a aula de um especialista (professor) para habilidades cirúrgicas

básicas. Corroborando com o estudo, os vídeos sobre as técnicas de sutura foram exibidos

repetidas vezes para que o aluno observasse e realizasse a sutura da maneira correta, desde o

manuseio adequado dos instrumentos cirúrgicos até a realização técnica dos padrões de sutura

exigidos. Esta técnica, segundo avaliação dos acadêmicos, facilitou o aprendizado e

proporcionaram maior segurança para posterior treinamento cirúrgico.

Um dos objetivos do estudo foi desenvolver e propor um método de ensino eficiente

com preço acessível. Diversos recursos materiais podem ser utilizados para a confecção de

um modelo de sutura, diferindo entre si com relação a custos, dificuldade de obtenção,

semelhança com tecidos e conceitos éticos. Os materiais empregados na confecção do modelo

desenvolvido no presente estudo para sutura (EVA, espuma elástica e courvin) podem ser

facilmente encontrados assim como o modelo de EVA utilizado por Bastos et. al. (2011),

referindo a disponibilidade do material na maioria dos países, além de ser prático, portátil e de

fácil manipulação.

A espuma permitiu o treinamento de suturas intradérmicas, e o courvin permitiu a

realização das suturas simples contínuas e separadas, e realização da diérese. O atual método

utilizado para o treinamento de suturas, ou seja, o bastidor, não permite a realização de

suturas intradérmicas. O custo individual do modelo e sua fácil reprodutibilidade o torna

acessível à todas as instituições que desejarem optar por este método alternativo. A

possibilidade de realização de diferentes tipos de suturas e o baixo custo do modelo também

foi relatada por Bastos et.al. (2011) no seu modelo de EVA. O custo total, do modelo

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alternativo do presente estudo, foi de, aproximadamente, 2,13 reais, e o modelo de EVA

(BASTOS et.al., 2011) teve o custo aproximado de 10,00 reais (4 dólares).

Em estudo realizado por Tudury et.al., (2009), os alunos se tornaram mais confiantes

em virtude dos treinamentos prévios, aprendendo as diferentes técnicas de diérese e síntese

em modelos. Além disso, um estudo realizado por Anastakis et.al. (1999), demonstraram que

a utilização de modelos de bancada usados para treinamento no curso de habilidades técnicas,

aumentou em 7 a 10%, a habilidade dos residentes em realizar o procedimento no cadáver

humano, quando comparados ao grupo controle, os quais aprendiam, independentemente, a

partir de um texto preparado. De forma semelhante, no presente estudo, os alunos

descreveram vantagens da utilização dos vídeos e modelo de sutura em relação à facilidade de

entendimento, à segurança adquirida e ao aproveitamento do treinamento.

Estudos demonstraram que o conhecimento e a destreza manual obtidos, usando

modelos baratos e com pouca semelhança com tecidos reais podem ser tão eficazes quanto o

treinamento feito em modelos mais caros e com fidelidade mais próxima do real (DORMAN

et al.,2009). Em estudo com alunos de medicina comparando o treinamento com sistema

endoscópico de urologia com vídeo de alta fidelidade e um modelo de bancada simples

observou-se o mesmo desempenho em relação ao desenvolvimento de habilidades para

realização de ureteroscopia (MATSUMOTO et al., 2002). Outro estudo comparando o

treinamento de habilidades cirúrgicas em modelos de bancada de baixa fidelidade fabricados

com tubos de silicone em relação ao de alta fidelidade correspondente a um rato vivo sob

anestesia, ambos para realização de anastomose microcirúrgica, verificou que os métodos

foram igualmente eficazes para a aquisição da habilidade entre os cirurgiões inexperientes,

referindo que os modelos promoveram suporte necessário para aquisição de nova habilidade

com oportunidade de repetições (GROBER et al., 2004). Dessa forma, percebe-se que a

fidelidade dos tecidos é relativamente menos importante na fase inicial do aprendizado dos

estudantes, apesar da observação colocada no questionário.

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5. CONCLUSÃO

De acordo com este estudo, o modelo de sutura desenvolvido mostrou-se prático,

reprodutível e de baixo custo, permitindo adequado treinamento e aperfeiçoamento das

técnicas dentro e fora de sala de aula. Neste contexto, observa-se a importância da

aplicabilidade de métodos alternativos nas aulas práticas da disciplina de Técnica Cirúrgica

Veterinária. Desta forma, associado aos vídeos técnicos, a metodologia de ensino proposta

pode ser utilizada como método alternativo em outras instituições de ensino.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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7. APÊNDICE

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS ÁUDIO-VISUAIS

E DO MODELO NA AULA DE TÉCNICA CIRÚRGICA

Orientações gerais:

O questionário a seguir tem por objetivo avaliar a utilização de métodos áudio-visuais e do

modelo, como forma de melhorar o aprendizado das técnicas operatórias e promover maior

segurança ao aluno antes da realização de cirurgias em animais vivos.

A sua opinião é fundamental para nossa pesquisa!

1. O que você achou da utilização de vídeos das técnicas de suturas como método didático na

disciplina de técnica cirúrgica?

(1) (2) (3)

Sem importância Pouco importante Importante

2. Você achou que os vídeos facilitaram o aprendizado da técnica para posterior treinamento

cirúrgico?

(1) (2) (3)

Não facilitaram Facilitaram pouco Facilitaram

3. Os vídeos ajudaram você a ter uma maior segurança para o treinamento da técnica de

sutura?

(1) (2) (3)

Não ajudaram Ajudaram pouco Ajudaram

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4. Os materiais utilizados nos modelos de simulação mimetizaram os tecidos

correspondentes?

(1) (2) (3)

Não mimetizaram Mimetizaram pouco Mimetizaram

5. O treinamento das suturas no modelo de látex e espuma em poliuretano foi mais proveitoso

do que o treinamento em bastidores?

(1) (2) (3)

Não proveitoso Pouco proveitoso Proveitoso

6. Em comparação à qualidade do treinamento em bastidores, o treinamento no modelo de

látex e espuma em poliuretano foi:

(1) (2) (3)

Pior Igual Melhor

7. Você acha que o aprendizado de técnicas específicas (suturas) por meio do modelo fornece

preparo adequado para aplicação em tecidos vivos?

(1) (2) (3)

Sem importância Pouco importante Importante

8. Você recomendaria o uso de modelos para o aprendizado de técnica cirúrgica?

(1) Não recomendaria (2) Recomendaria

____________________________________________________________

9. Qual foi a dificuldade encontrada nesta nova didática de ensino?