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Universidade de Coimbra

Faculdade de Direito

Crise do Estado Fiscal, Competitividade e Bem-Estar Social

Eduardo Molan GabanEduardo Molan Gaban

Sócio das áreas de Direito Antitruste e Comércio Internacional de Machado Associados

Professor do Programa de Mestrado em Direito da Universidade de Marília-SP

Pesquisador líder do Núcleo de Estudos de Concorrência e Inovação (NECI/Puc-SP)

Doutor em Direito (Puc-SP / New York University)

11 DE MARÇO DE 2013

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“Competition drives innovation”

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IntroduçãoBrasil – momento de grandes desafios e oportunidades (1/3)

Contexto:

• Crise no “mundo desenvolvido” v. crescimento do “mundo em desenvolvimento”;

• Crescente pressão por parte das economias desenvolvidas, como EUA e EU;

• Grande variedade de oferta mundial para segmentos “commoditizados” demercado;

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Objetivos e desafios (Competitividade no Cenário Intercional):

• sustentar o crescimento econômico inclusivo num contexto econômico adverso esair da crise internacional

• Enfrentar profunda reforma estrutural e fortalecimento institucional;

• Focar a inovação e o adensamento produtivo do parque industrial brasileiro;

• Ganhos sustentados da produtividade do trabalho.

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IntroduçãoBrasil – momento de grandes desafios e oportunidades (2/3)

Objetivos e desafios (Política Industrial):

• desoneração dos investimentos e das exportações para iniciar oenfrentamento da apreciação cambial;

• avanço do crédito e aperfeiçoamento do marco regulatório da inovação;– Instituições fortes garantem previsibilidade, Douglass North: 1993 (“As instituições são as

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– Instituições fortes garantem previsibilidade, Douglass North: 1993 (“As instituições são asregras do jogo numa sociedade, ou, mais formalmente, são as limitações criadas pelo serhumano que dão forma à interação humana (...) reduzem a incerteza pelo fato de queproporcionam uma estrutura à vida diária, definindo e limitando o conjunto de escolhas dosindivíduos.”)

• fortalecimento da defesa comercial contra concorrência deslealinternacional;

• facilitação de financiamentos para agregação de valor nacional ecompetitividade das cadeias produtivas;

– “O país deve mobilizar suas forças produtivas para inovar, competir e crescer.” (PlanoBrasil Maior do Governo Federal, 2010).

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IntroduçãoBrasil – momento de grandes desafios e oportunidades (3/3)

Objetivos e desafios (Constituição Federal):

Art. 3º. São objetivos fundamentais da República:

• construir uma sociedade livre, justa e solidária;

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• construir uma sociedade livre, justa e solidária;

• garantir o desenvolvimento nacional;

• erradicar a pobreza e a marginalização;

• reduzir as desigualdades sociais e regionais;

• promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação;

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoPerspectiva Governamental

• Políticas de incentivo à indústria nacional e aumento da competitividade:

– Plano Brasil Maior;

• No que tange o comércio exterior, inclui objetivos de curto, médio e longo prazo, taiscomo: melhoria nos instrumentos financeiros e tributários de estímulo às exportações;defesa comercial, consolidação e harmonização de regras tarifárias; facilitação docomércio; estímulo à internacionalização de empresas nacionais visando a ampliação demercados e o acesso a novas tecnologias; e atração de centros de pesquisa edesenvolvimento de empresas estrangeiras para o país.

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desenvolvimento de empresas estrangeiras para o país.

• Fortalecimento das cadeias produtivas;

• Diversificação das exportações;

• Desenvolvimento e ampliação de competências tecnológicas e de negócios

– Plano Compete Brasil;

• Preceitos da sustentabilidade, em consonância com as melhores práticas internacionais,permitindo que o Brasil se fixe no cenário externo como potência econômica comequilíbrio social e respeito ao meio ambiente na cadeia da construção.

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoPerspectiva do Setor Privado (1/2)

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Fonte: FIESP

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Aumento da competitividade do País (segundo IC-FIESP):– O Brasil encontra-se entre os países de crescente competitividade; Suécia, Finlândia e Japão

foram os países que mais perderam competitividade;

– No entanto, embora o Brasil tenha sido capaz de transformar competitividade emdesenvolvimento humano, O IDH do País é menor do que o dos países de Q1.

– O Brasil subiu 03 posições no ranking IC-FIESP, enquanto Coreia do Sul e China subiram 9 e8 posições, respectivamente.

Competitividade, Concorrência e InovaçãoPerspectiva do Setor Privado (2/2)

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Fatores positivos à competitividade:– Aumento da produtividade da indústria;

– Gastos em P&D;

– Gastos em educação;

– Patentes.

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoEntraves ao progresso

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Fonte: FIESP

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O aumento da posição no Brasil deve-se aos seguintes fatores:– Queda das taxas de juros;

– Aumento nos gastos com educação;

– Incremento das reservas;

– Elevação dos investimentos;

– Ainda que diante da queda nas exportações de manufaturas e alta tecnologia.

Competitividade, Concorrência e InovaçãoContexto Econômico

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoO grande desafio do sistema tributário (1/5)

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Fonte: FIESP

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoO grande desafio do sistema tributário v. IDH (2/5)

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoO grande desafio do sistema tributário (3/5)

• Custos para empresas industriais se manterem de acordo com a legislação tributária: 1,16% de seu faturamento (R$ 19,7 bilhões por ano);

– Isso equivale a 10% com folha de pagamento; e

– Supera 58% do investimento em P&D;

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FIESP (Carga Extra na Indústria Brasileira – 2011)

– Supera 58% do investimento em P&D;

• Custo total da carga tributária: 42,9% do preço dos produtos;

• Custo com funcionários e gestores (R$ 13,1 bilhões / ano) e representa a maior parcela de custo do sistema tributário (66,5%).

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoO grande desafio do sistema tributário (4/5)

• Custos com obrigações acessórias (softwares e terceirizações): R$ 5,2 bilhões / ano (26,4% do custo para pagar a carga);

• Custos judiciais (custas, honorários etc.): R$ 1,4 bilhões (7,1% do custo da carga);

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FIESP (Carga Extra na Indústria Brasileira – 2011)

(7,1% do custo da carga);

• Os maiores custos recaem sobre as pequenas empresas: 3,13% de seu faturamento se destinam a mantê-las em dia com a legislação tributária.

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoO grande desafio do sistema tributário (5/5)

Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário

• Empresa de médio porte no Brasil precisa atender 3207 normas tributárias;

• 46 normas tributárias são editadas por dia útil no Brasil;

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FIESP (Carga Extra na Indústria Brasileira – 2011)

• 46 normas tributárias são editadas por dia útil no Brasil;

• A cada 26 minutos, as Receitas Federal e Estaduais criam uma nova Regra;

• 2600 horas por ano são necessárias para uma empresa pagar tributos no Brasil, enquanto a média dos países da OCDE é de 207 horas por ano (Banco Mundial).

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoJuros e financiamentos elevados

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Fonte: FIESP

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– Maior spread bancário do mundo;

– Limitação de crédito;

– Desestímulos a investimentos

– Fraqueza institucional:

• Judiciário lento e imprevisível (jurisprudência cambiante e influencia

Competitividade, Concorrência e InovaçãoLimitação de Crédito e hostilidade do Público contra o Privado

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• Judiciário lento e imprevisível (jurisprudência cambiante e influenciapolítica na cúpula do judiciário);

• Sistema educacional falho;

• Excesso de interferência do Estado na iniciativa privada (e.g.):– tributação direta e/ou com fim extra-fiscal;

– Estatais com gestão política concorrendo nos mercados;

– Cultura persecutória no policiamento, notadamente nos campos tributário, trabalhista eambiental;

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoComércio Internacional, Déficit em Manufaturas , Custo Brasil e Elevação Cambial

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Fonte: FIESP

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Competitividade, Concorrência e InovaçãoPesquisa & Desenvolvimento (gastos ineficientes)

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Fonte: FIESP

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• Em média, 40,3% do valor do produto é dado pela carga tributária;

• Os encargos trabalhistas são os mais elevados do mundo;

• A burocracia para pagar tributos representa 2,6% do valor dos produtosindustriais;

• A taxa básica de juros é a 4ª mais elevada do mundo;

• O custo financeiro do capital de giro representa 7,5% do valor do

Competitividade, Concorrência e InovaçãoSumário do Contexto Brasileiro (custo de produção)

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• O custo financeiro do capital de giro representa 7,5% do valor doproduto;

• Em 2011, o spread bancário foi 12,7 vezes maior do que em outrospaíses comparáveis ao Brasil (Chile, Malásia, Itália, Japão);

• As deficiências de infraestrutura geram custo extra à indústria,representando 1,8% do valor do produto;

• O coeficiente de consumo de produtos importados aumentou de 10,5%em 2003 para 21,9% em 2011.

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• Conclusões da FIESP (IC – 2012):– Atingir participação de investimentos no PIB maior que 30% e da indústria brasileira maior

que 25%;

– Aposta da indústria de transformação como grande dinamizador do crescimento;

– Governo deve investir cerca de 25% do PIB na indústria;

– Não reduzir gastos prioritários;

– Não elevar a carga tributária;

Competitividade, Concorrência e InovaçãoPropostas para crescimento econômico do Brasil

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Fonte: FIESP.

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Obrigado!

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