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UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Políticas públicas de recrutamento de professores Desafios a partir da seleção de docentes pelas escolas TEIP ANEXOS Jorge Bernardino Sarmento Morais Orientador: Prof. Doutor Natércio Augusto Garção Afonso Tese especialmente elaborada para a obtenção do grau de Doutor em Educação Especialidade de Administração e Política Educacional 2016

UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃOrepositorio.ul.pt/bitstream/10451/23644/2/ulsd072583_td... · 2017-12-19 · Agrupamento de Escolas da Marateca e Poceirão Agrupamento

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

INSTITUTO DE EDUCAO

Polticas pblicas de recrutamento de professores

Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

ANEXOS

Jorge Bernardino Sarmento Morais

Orientador: Prof. Doutor Natrcio Augusto Garo Afonso

Tese especialmente elaborada para a obteno do grau de Doutor em Educao

Especialidade de Administrao e Poltica Educacional

2016

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

1

ANEXO I LISTA DE ESCOLAS PRIORITRIAS (TEIP) EM 2009

Designao

Agrupamento de Escolas Leonardo Coimbra Filho

Agrupamento de Escolas Aquilino Ribeiro

Agrupamento de Escolas Cardoso Lopes

Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo

Agrupamento de Escolas da Areosa

Agrupamento de Escolas da Damaia

Agrupamento de Escolas da Marateca e Poceiro

Agrupamento de Escolas da Pedrulha

Agrupamento de Escolas de Apelao

Agrupamento de Escolas de Beja

Agrupamento de Escolas de Carnaxide-Portela

Agrupamento de Escolas de D. Pedro I

Agrupamento de Escolas de Darque

Agrupamento de Escolas de Elvas n. 1

Agrupamento de Escolas de Estremoz

Agrupamento de Escolas de Idanha-a-Nova

Agrupamento de Escolas de Marrazes

Agrupamento de Escolas de Matosinhos

Agrupamento de Escolas de Miradouro de Alfazina

Agrupamento de Escolas de Miragaia

Agrupamento de Escolas de Oeste da Colina

Agrupamento de Escolas de Pardilh

Agrupamento de Escolas de Pedome

Agrupamento de Escolas de Pedro de Santarm

Agrupamento de Escolas de Pedrouos

Agrupamento de Escolas de Perafita

Agrupamento de Escolas de Peso da Rgua

Agrupamento de Escolas de Ramalho Ortigo

Agrupamento de Escolas de Sacavm e Prior Velho

Agrupamento de Escolas de Sines

Agrupamento de Escolas de Trafaria

Agrupamento de Escolas de Vialonga

Agrupamento de Escolas de Vila D'Este

Agrupamento de Escolas do Amial

Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz

Agrupamento de Escolas do Cerco

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

2

Designao

Agrupamento de Escolas do Monte da Caparica

Agrupamento de Escolas do Territrio de Calendrio

Agrupamento de Escolas do Vale da Amoreira

Agrupamento de Escolas do Viso

Agrupamento de Escolas Dr. Alberto Iria

Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves

Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches

Agrupamento de Escolas Eng. Nuno Mergulho

Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro

Agrupamento de Escolas Francisco Arruda

Agrupamento de Escolas Jos Cardoso Pires

Agrupamento de Escolas Jos Rgio

Agrupamento de Escolas Manuel da Maia

Agrupamento de Escolas Matosinhos Sul

Agrupamento de Escolas Ordem de Santiago

Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros

Agrupamento de Escolas Piscinas Olivais

Agrupamento de Escolas Prof. Agostinho da Silva

Agrupamento de Escolas Santa Brbara Fnzeres

Agrupamento de Escolas Vale de S. Torcato

Agrupamento de Escolas Visconde de Juromenha

ES/3 de Monte da Caparica

ES/3 Ins de Castro

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

1

ANEXO II QUADRO SNTESE DE VAGAS PARA LUGAR DE QUADRO POR ESCOLA PRIOTRIA - TEIP

Escola Grupos de recrutamento Total de

vagas 100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Schola_1 3 11 1 2 2 2 1 1 2 3 2 2 2 3 2 2 1 1 2 2 2 49

Schola_2 1 10 3 2 4 4 2 1 1 2 1 1 1 1 2 4 3 43

Schola_3 10 1 1 1 1 1 1 1 1 18

Schola_4 1 6 2 1 1 1 2 14

Schola_5 15 2 3 3 1 1 1 1 1 1 1 2 32

Schola_6 17 1 2 3 1 1 1 1 1 1 29

Schola_7 5 18 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 34

Schola_8 1 8 1 1 1 1 1 14

Schola_9 8 1 1 1 1 1 2 1 1 2 1 1 1 22

Schola_10 1 13 1 1 1 1 1 1 1 2 1 3 27

Schola_11 5 22 1 1 1 3 1 2 1 1 3 41

Schola_12 4 17 1 1 2 2 3 1 1 1 1 1 1 36

Schola_13 13 1 1 3 1 1 1 21

Schola_14 30 1 2 1 1 1 1 1 1 39

Schola_15 1 18 2 2 1 1 1 26

Schola_16 4 22 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 36

Schola_17 4 14 1 1 2 1 1 2 3 1 1 1 32

Schola_18 27 2 2 2 2 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 49

Schola_19 2 16 1 1 1 1 2 2 2 1 29

Schola_20 1 26 1 1 1 30

Schola_21 4 41 4 2 4 2 1 1 1 1 61

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

2

Escola Grupos de recrutamento Total de

vagas 100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Schola_22 4 26 1 1 4 1 1 2 1 41

Schola_23 2 13 1 1 1 1 19

Schola_24 22 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 36

Schola_25 1 13 1 1 16

Schola_26 11 1 12

Schola_27 1 1

Schola_28 2 8 2 2 1 1 1 1 1 1 20

Schola_29 4 26 2 1 2 3 1 39

Schola_30 2 31 1 4 1 1 1 1 42

Schola_31 4 42 1 3 2 2 1 1 2 58

Schola_32 5 1 1 1 1 1 10

Schola_33 5 7 1 1 1 15

Schola_34 4 15 1 2 22

Schola_35 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9

Schola_36 11 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 24

Schola_37 6 7 1 1 1 2 18

Schola_38 1 22 2 1 3 2 3 2 4 1 4 2 2 1 2 3 55

Schola_39 1 2 3 1 2 9

Schola_40 3 15 1 1 1 1 1 4 27

Schola_41 6 1 2 1 1 1 12

Schola_42 1 13 1 1 3 3 1 1 2 26

Schola_43 2 1 3 3 3 1 1 3 1 1 3 1 1 1 1 1 27

Schola_44 4 1 3 2 2 1 1 1 15

Schola_45 4 17 3 4 2 2 32

Schola_46 1 7 1 2 1 3 1 1 1 2 20

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

3

Escola Grupos de recrutamento Total de

vagas 100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Schola_47 3 2 1 6

Schola_48 3 9 1 1 2 1 1 1 1 3 23

Schola_49 1 1 2

Schola_50 4 7 1 1 13

Schola_51 1 6 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 4 25

Schola_52 1 14 1 1 3 1 1 2 2 26

Schola_53 9 2 4 15

Schola_54 2 11 1 1 1 1 2 1 1 1 2 2 3 1 3 33

Schola_55 1 15 1 2 4 1 2 1 1 1 1 1 1 32

Schola_56 1 1 1 1 2 1 2 9

Schola_57 1 10 1 1 2 2 1 3 21

Schola_58 1 2 1 1 1 1 7

Schola_59 2 1 1 5 1 10

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

1

ANEXO III QUADRO SNTESE COM A VALORIZAO DOS TRS CRITRIOS GERAIS POR GRUPO DE RECRUTAMENTO

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Schola_1

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Schola_2

Experincia Profissional 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_3

Experincia Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Schola_4

Experincia Profissional 60 60 60 60 60 60 60

Formao Profissional 25 25 25 25 25 25 25

Perfil de competncias 15 15 15 15 15 15 15

Schola_5

Experincia Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Schola_6

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_7

Experincia Profissional 55 50 60 60 60 50 60 50 55 50 50 50

Formao Profissional 45 50 40 40 40 50 40 50 45 50 50 50

Perfil de competncias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

2

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Schola_8

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20

Schola_9

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Schola_10

Experincia Profissional 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60

Formao Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Perfil de competncias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Schola_11

Experincia Profissional 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35

Schola_12

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

Perfil de competncias 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35

Schola_13

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30

Schola_14

Experincia Profissional 60 60 60 60 60 60 60 60 60

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 10 10 10 10 10 10 10 10 10

Schola_15 Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

3

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40

Schola_16

Experincia Profissional 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55

Schola_17

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Schola_18

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_19

Experincia Profissional 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_20

Experincia Profissional 30 30 30 30 30

Formao Profissional 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 40 40 40 40 40

Schola_21

Experincia Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Schola_22

Experincia Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Schola_23 Experincia Profissional 35 35 35 35 35 35

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

4

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Formao Profissional 25 25 25 25 25 25

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40

Schola_24

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Schola_25

Experincia Profissional 40 40 40 50

Formao Profissional 30 30 30 20

Perfil de competncias 30 30 30 30

Schola_26

Experincia Profissional 40 40

Formao Profissional 25 25

Perfil de competncias 35 35

Schola_27

Experincia Profissional 40

Formao Profissional 25

Perfil de competncias 35

Schola_28

Experincia Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Schola_29

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30

Schola_30

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30 30

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

5

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Schola_31

Experincia Profissional 45 45 45 45 45 45 45 45 45

Formao Profissional 25 25 25 25 25 25 25 25 25

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Schola_32

Experincia Profissional 60 60 60 60 60 60

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20

Schola_33

Experincia Profissional 40 40 40 40 40

Formao Profissional 40 40 40 40 40

Perfil de competncias 20 20 20 20 20

Schola_34

Experincia Profissional 40 40 40 40

Formao Profissional 30 30 30 30

Perfil de competncias 30 30 30 30

Schola_35

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_36

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_37

Experincia Profissional 70 70 70 70 70 70

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 0 0 0 0 0 0

Schola_38 Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

6

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_39

Experincia Profissional 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20

Schola_40

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 60

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 10

Schola_41

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 40 40 40 40 40 40

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20

Schola_42

Experincia Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Formao Profissional 25 25 25 25 25 25 25 25 25

Perfil de competncias 35 35 35 35 35 35 35 35 35

Schola_43

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_44

Experincia Profissional 25 25 25 25 25 25 25 25

Formao Profissional 35 35 35 35 35 35 35 35

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40 40

Schola_45

Experincia Profissional 55 55 55 55 55 55

Formao Profissional 15 15 15 15 15 15

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30

Schola_46 Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

7

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Formao Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Schola_47

Experincia Profissional 30 30 30

Formao Profissional 20 20 20

Perfil de competncias 50 50 50

Schola_48

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_49

Experincia Profissional 50 50

Formao Profissional 30 30

Perfil de competncias 20 20

Schola_50

Experincia Profissional 30 30 30 30

Formao Profissional 30 30 30 30

Perfil de competncias 40 40 40 40

Schola_51

Experincia Profissional 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Formao Profissional 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40

Schola_52

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_53

Experincia Profissional 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

8

Escola Critrios gerais Pontos atribudos por cada escola aos critrios gerais em cada grupo de recrutamento

100 110 200 210 220 230 240 250 260 290 300 320 330 350 400 420 430 500 510 520 530 540 550 600 610 620 910 920 930

Schola_54

Experincia Profissional 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Schola_55

Experincia Profissional 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

Schola_56

Experincia Profissional 20 20 20 20 20 20 20

Formao Profissional 40 40 40 40 40 40 40

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40

Schola_57

Experincia Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 40 40 40 40 40 40 40 40

Schola_58

Experincia Profissional 55 55 55 55 55 55

Formao Profissional 30 30 30 30 30 30

Perfil de competncias 15 15 15 15 15 15

Schola_59

Experincia Profissional 30 30 30 30 30

Formao Profissional 20 20 20 20 20

Perfil de competncias 50 50 50 50 50

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

1

ANEXO IV GUIES DAS ENTREVISTAS

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

2

Guio de entrevista ao diretor de agrupamento DE1

FINALIDADES

Conhecer os fundamentos das opes tomadas pelas escolas;

Identificar fontes de conhecimento mobilizado pela escola;

Identificar, na perspetiva da escola, dificuldades e ganhos com o processo de

recrutamento de docentes pelas escolas.

0. Legitimao e motivao da entrevista

OBJETIVOS

- Legitimar a entrevista

- Motivar o entrevistado

TPICOS

Saudao.

Informar qual o mbito da entrevista: trabalho de

doutoramento.

Solicitar a colaborao

Garantir o anonimato / a confidencialidade

Disponibilizar feedback/ informar que lhe ser dado a

conhecer o trabalho, antes de este ser divulgado.

1. A preparao e concretizao do processo de recrutamento

OBJETIVOS QUESTES

Proceder ao

enquadramento da

entrevista com

explicitao dos motivos

de escolha desta escola e

caraterizao do

agrupamento.

Informao sobre as razes da opo por esta escola.

Outras questes:

Descrio do agrupamento:

N de escolas,

N. de turmas.

N. de docentes.

Estabilidade do corpo docente

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

3

Conhecer as opes

tomadas pela escola na

definio de critrios

de recrutamento.

Conhecer os

fundamentos das

opes tomadas pela

escola na definio dos

critrios de seleo.

Nota de enquadramento - Se bem se recorda a Portaria

n. 365/2009 previa a existncia de 3 critrios gerais aos

quais a escola podia atribuir uma determinada

pontuao, dentro do limite de 100 pontos a distribuir

pelos 3 critrios. Por outro lado, ao nvel dos critrios

especficos, previa a possibilidade de a escola estipular os

critrios e as respetivas pontuaes.

1. A escola valorizou os 3 critrios gerais de modo

diferente, valorizando mais a Experincia Profissional, em

2. lugar a Formao Profissional e em 3. o Perfil de

Competncias. Alguma razo para esta opo?

2. Ao nvel da experincia profissional quais foram as

experincias dos candidatos que a escola mais valorizou?

(a escola s valorizou o exerccio de funes em TEIP)

3. Nota de enquadramento: Nota-se que na experincia

profissional h funes cujo critrio de valorizao algo

diverso de grupo para grupo. Por exemplo, na

generalidade dos grupos de recrutamento o exerccio de

funes de diretor de turma por mais de 2 anos

valorizado com 15 pontos, mas no grupo 300 s o

quando o candidato tenha mais de 5 anos no exerccio

desse cargo.

O mesmo acontece, por exemplo com a lecionao em

TEIP. H grupos onde se parte do critrio de 2 anos e

noutros de 3 anos.

Houve alguma razo especfica para este tipo de

distino?

4. Ao nvel da formao profissional quais foram as reas

que a escola mais privilegiou?

5. No que diz respeito ao nvel do perfil de competncias

dos candidatos quais foram as competncias que a escola

mais valorizou?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

4

Identificar eventuais

conhecimentos

mobilizados pela escola

na conceo e

implementao do

processo de

recrutamento.

6. Que conhecimentos / dados / informaes influenciaram

as decises da escola na definio dos critrios de

recrutamento dos docentes?

7. Quem participou na definio desses critrios?

rgos, professores, em especial.

Perceber at que ponto

a escola preveniu

determinados riscos e

receios que eram

apontados ao processo.

Identificar os atores da

escola envolvidos no

processo de

recrutamento.

Nota de enquadramento Um dos receios de alguns

atores, designadamente das organizaes sindicais face a

esta possibilidade de as escolas definirem o processo de

recrutamento, radicava no facto de a escola definir

critrios tomando por base o conhecimento que j tinha

dos possveis candidatos, secundarizando o contexto da

escola.

8. A definio de critrios na escola ter sido de algum

modo influenciada por este fator?

9. De igual modo, considera que a seleo foi pautada pelo

conhecimento que j tinham dos candidatos?

Nota de enquadramento Uma dos receios apontados a

este processo, tinha a ver com a falta de preparao da

escola para o mesmo.

10. Quais as dificuldades com que mais se deparou em todo

o processo?

11.Que outros agentes da escola alm da direo estiveram

envolvidos no processo, designadamente na definio de

critrios?

2. A satisfao com o processo

Conhecer o grau de

satisfao com o

processo de

12. Como reagiu a escola a esta possibilidade de definir o

processo de recrutamento dos professores?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

5

recrutamento.

Identificar percees

de melhoria

decorrentes do

processo de

recrutamento.

Perceber at que ponto

as escolas entendem

este procedimento

como um instrumento

ao servio da

autonomia.

13. Na sua opinio, este processo de recrutamento

contribuiu, de algum modo, para a melhoria do servio

educativo prestado aos alunos?

14. Considera que esta possibilidade de as escolas

recrutarem os seus professores contribui para reforar a

autonomia da escola?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

6

Guio de entrevista ao Diretor de agrupamento DE2

FINALIDADES

Conhecer os fundamentos das opes tomadas pelas escolas;

Identificar fontes de conhecimento mobilizado pela escola;

Identificar, na perspetiva da escola, dificuldades e ganhos com o processo de

recrutamento de docentes pelas escolas.

0. Legitimao e motivao da entrevista

OBJETIVOS

- Legitimar a entrevista

- Motivar o entrevistado

TPICOS

Saudao.

Informar qual o mbito da entrevista: trabalho de

doutoramento.

Solicitar a colaborao

Garantir o anonimato / a confidencialidade

Disponibilizar feedback/ informar que lhe ser dado a

conhecer o trabalho, antes de este ser divulgado.

1. A preparao e concretizao do processo de recrutamento

OBJETIVOS QUESTES

Proceder ao

enquadramento da

entrevista com

explicitao dos motivos

de escolha desta escola e

caraterizao do

agrupamento.

Informao sobre as razes da opo por esta escola.

Outras questes:

Descrio do agrupamento:

N de escolas,

N. de turmas.

N. de docentes.

Estabilidade do corpo docente

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

7

Conhecer as opes

tomadas pela escola na

definio de critrios

de recrutamento.

Conhecer os

fundamentos das

opes tomadas pela

escola na definio dos

critrios de seleo.

Nota de enquadramento - Se bem se recorda a Portaria

n. 365/2009 previa a existncia de 3 critrios gerais aos

quais a escola podia atribuir uma determinada

pontuao, dentro do limite de 100 pontos a distribuir

pelos 3 critrios. Por outro lado, ao nvel dos critrios

especficos, previa a possibilidade de a escola estipular os

critrios e as respetivas pontuaes.

1. A escola valorizou os 3 critrios gerais de modo diferente,

valorizando mais a experincia profissional, alguma razo

para esta opo?

2. Ao nvel da experincia profissional quais foram as

experincias dos candidatos que a escola mais valorizou?

3. Que razes houve para essa deciso?

4. Nota-se que na experincia profissional h funes cujo

critrio de valorizao algo diverso de grupo para

grupo. Por exemplo, na generalidade dos grupos de

recrutamento o exerccio de funes de diretor de turma

por mais de 2 anos valorizado com 10 pontos, mas no

grupo 300 e no 330 s o quando o candidato tenha

mais de 5 ou 3 anos no exerccio desse cargo.

O mesmo acontece, por exemplo com a lecionao em

TEIP. H grupos onde se parte do critrio de 2 anos e

noutros de 3 anos.

Tambm no grupo 210 e 220 valorizado o exerccio de

funes na rea das bibliotecas escolares. Porqu s para

este grupo?

5. Houve alguma razo especfica para este tipo de

distino?

6. Ao nvel da formao profissional quais foram as reas

que a escola mais privilegiou?

7. Que razes houve para essa deciso?

8. Ao nvel da formao profissional possvel constatar

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

8

que valorizada a formao nas reas da indisciplina e

abandono escolar, na gesto flexvel do currculo, na rea

disciplinar, etc. que razes seguiram para este tipo de

decises.

9. No que diz respeito ao nvel do perfil de competncias h

uma maior restrio no nmero de critrios,

privilegiando a reflexo sobre a experincia profissional,

competncias de gesto de conflitos, interesse em

trabalhar numa escola TEIP. Porqu estas opes?

Identificar eventuais

conhecimentos

mobilizados pela escola

na conceo e

implementao do

processo de

recrutamento.

10. Que conhecimentos / dados / informaes influenciaram

as decises da escola na definio dos critrios de

recrutamento dos docentes?

Perceber at que ponto

a escola preveniu

determinados riscos e

receios que eram

apontados ao processo.

Identificar os atores da

escola envolvidos no

processo de

recrutamento.

Nota de enquadramento Um dos receios de alguns

atores, designadamente das organizaes sindicais face a

esta possibilidade de as escolas definirem o processo de

recrutamento, radicava no facto de a escola definir

critrios tomando por base o conhecimento que j tinha

dos possveis candidatos, secundarizando o contexto da

escola.

11. A definio de critrios na escola ter sido de algum

modo influenciada por este fator?

12.De igual modo, considera que a seleo foi pautada pelo

conhecimento que j tinham dos candidatos?

Nota de enquadramento Uma dos receios apontados a

este processo, tinha a ver com a falta de preparao da

escola para o mesmo.

13. Quais as dificuldades com que mais se deparou em todo

o processo?

14.Que outros agentes da escola alm da direo estiveram

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

9

envolvidos no processo, designadamente na definio de

critrios?

2. A satisfao com o processo

Conhecer o grau de

satisfao com o

processo de

recrutamento.

Identificar percees

de melhoria

decorrentes do

processo de

recrutamento.

Perceber at que ponto

as escolas entendem

este procedimento

como um instrumento

ao servio da

autonomia.

15. Como reagiu a escola a esta possibilidade de definir o

processo de recrutamento dos professores?

16. Na sua opinio, este processo de recrutamento

contribuiu, de algum modo, para a melhoria do servio

educativo prestado aos alunos?

17. Considera que esta possibilidade de as escolas

recrutarem os seus professores contribui para reforar a

autonomia da escola?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

10

Guio de entrevista ao Diretor de agrupamento DE3

FINALIDADES

Conhecer os fundamentos das opes tomadas pelas escolas;

Identificar fontes de conhecimento mobilizado pela escola;

Identificar, na perspetiva da escola, dificuldades e ganhos com o processo de

recrutamento de docentes pelas escolas.

0. Legitimao e motivao da entrevista

OBJETIVOS

- Legitimar a entrevista

- Motivar o entrevistado

TPICOS

Saudao.

Informar qual o mbito da entrevista: trabalho de

doutoramento.

Solicitar a colaborao

Garantir o anonimato / a confidencialidade

Disponibilizar feedback/ informar que lhe ser dado a

conhecer o trabalho, antes de este ser divulgado.

1. A preparao e concretizao do processo de recrutamento

OBJETIVOS QUESTES

Proceder ao

enquadramento da

entrevista com

explicitao dos motivos

de escolha desta escola e

caraterizao do

agrupamento.

Informao sobre as razes da opo por esta escola.

Outras questes:

Descrio do agrupamento:

N de escolas,

N. de turmas.

N. de docentes.

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

11

Estabilidade do corpo docente

Conhecer as opes

tomadas pela escola na

definio de critrios

de recrutamento.

Conhecer os

fundamentos das

opes tomadas pela

escola na definio dos

critrios de seleo.

Nota de enquadramento - Se bem se recorda a Portaria

n. 365/2009 previa a existncia de 3 critrios gerais aos

quais a escola podia atribuir uma determinada

pontuao, dentro do limite de 100 pontos a distribuir

pelos 3 critrios. Por outro lado, ao nvel dos critrios

especficos, previa a possibilidade de a escola estipular os

critrios e as respetivas pontuaes.

1. A escola valorizou os 3 critrios gerais de modo diferente,

valorizando mais a experincia profissional 50, 30, 20 -

alguma razo para esta opo?

2. Ao nvel da experincia profissional quais foram as

experincias dos candidatos que a escola mais valorizou?

3. Que razes houve para essa deciso?

4. Na experincia profissional o critrio o exerccio de

funes em TEIP. Por que razo consideram esse critrio

basilar na avaliao da experincia? Houve alguma razo

especfica para este tipo de distino?

5. Ao nvel da formao profissional quais foram as reas

que a escola mais privilegiou?

6. Que razes houve para essa deciso?

7. Ao nvel da formao profissional valorizam a posse de

formao em TIC e no mbito didtico e pedaggico,

designadamente, projetos curriculares de turma e ensino

experimental, entre outras, que razes seguiram para

este tipo de decises.

8. No que diz respeito ao nvel do perfil de competncias h

uma maior restrio no nmero de critrios,

privilegiando o relacionamento interpessoal, a resoluo

de conflitos e o conhecimento do TEIP. Porqu estas

opes?

Identificar eventuais 9. Que conhecimentos / dados / informaes influenciaram

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

12

conhecimentos

mobilizados pela escola

na conceo e

implementao do

processo de

recrutamento.

as decises da escola na definio dos critrios de

recrutamento dos docentes?

Perceber at que ponto

a escola preveniu

determinados riscos e

receios que eram

apontados ao processo.

Identificar os atores da

escola envolvidos no

processo de

recrutamento.

Nota de enquadramento Um dos receios de alguns

atores, designadamente das organizaes sindicais face a

esta possibilidade de as escolas definirem o processo de

recrutamento, radicava no facto de a escola definir

critrios tomando por base o conhecimento que j tinha

dos possveis candidatos, secundarizando o contexto da

escola.

10. A definio de critrios na escola ter sido de algum

modo influenciada por este fator?

11.De igual modo, considera que a seleo foi pautada pelo

conhecimento que j tinham dos candidatos?

Nota de enquadramento Uma dos receios apontados a

este processo, tinha a ver com a falta de preparao da

escola para o mesmo.

12. Quais as dificuldades com que mais se deparou em todo

o processo?

13.Que outros agentes da escola alm da direo estiveram

envolvidos no processo, designadamente na definio de

critrios?

2. A satisfao com o processo

Conhecer o grau de

satisfao com o

processo de

recrutamento.

Identificar percees

de melhoria

14. Como reagiu a escola a esta possibilidade de definir o

processo de recrutamento dos professores?

15. Na sua opinio, este processo de recrutamento

contribuiu, de algum modo, para a melhoria do servio

educativo prestado aos alunos?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

13

decorrentes do

processo de

recrutamento.

Perceber at que ponto

as escolas entendem

este procedimento

como um instrumento

ao servio da

autonomia.

16. Considera que esta possibilidade de as escolas

recrutarem os seus professores contribui para reforar a

autonomia da escola?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

14

Guio de entrevista ao presidente do conselho de escolas - pce

FINALIDADES

Conhecer a interveno da escola no recrutamento de professores.

Conhecer o posicionamento dos diretores, via Conselho de Escolas, face

possibilidade de as escolas recrutarem os seus professores.

0. Legitimao e motivao da entrevista

OBJETIVOS

- Legitimar a entrevista

- Motivar o entrevistado

TPICOS

Saudao.

Informar qual o mbito da entrevista: trabalho de

doutoramento.

Razo do nosso interesse em entrevist-lo.

Solicitar a colaborao

Garantir o anonimato / a confidencialidade

Disponibilizar feedback/ informar que lhe ser dado a

conhecer o trabalho, antes de este ser divulgado.

1. A interveno no processo de recrutamento

OBJETIVOS QUESTES

Conhecer a realidade

da escola.

Conhecer a sua

experincia como

diretor de escola.

1. Gostava que me falasse um pouco da sua experincia

como docente, como diretor de escola e como

presidente do conselho de escolas.

2. Gostava que me caraterizasse ainda que brevemente o

agrupamento que dirige.

3. Em termos de docentes qual a panormica do

agrupamento?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

15

Conhecer a interveno

do diretor de escolas

no processo de

recrutamento.

4. Enquanto diretor, qual tem sido ao longo dos anos a sua

interveno em termos de recrutamento de professores?

5. Este ano teve que recrutar professores?

2. Recrutamento de docentes e autonomia da escola

Conhecer o seu

pensamento sobre as

vantagens de a direo

da escola intervir no

recrutamento dos seus

professores.

Perceber at que ponto

as escolas entendem

este procedimento

como um instrumento

ao servio da

autonomia.

6. Como que v o papel e interveno das escolas nestes

processos?

7. Que critrios poderiam ser utilizados?

8. Acha que essa interveno poderia reforar a autonomia

da escola?

9. Qual a opinio do conselho de escolas sobre a

possibilidade de as escolas recrutarem os seus

professores?

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

1

ANEXO V PROTOCOLOS DAS ENTREVISTAS

Polticas pblicas de recrutamento de professores - Desafios a partir da seleo de docentes pelas escolas TEIP

2

Protocolo da entrevista - Diretor de Escola TEIP [DE1]

Entrevistado: Diretor de Escola - DE1

Entrevista realizada por: Jorge Sarmento Morais [E]

Data/Hora: 16 de Outubro de 2012, 17.30H

Local: Escola sede do Agrupamento

E Comeo por agradecer a sua disponibilidade para conversar comigo sobre a questo do

recrutamento de professores, no mbito do meu trabalho. Como sabe, o recrutamento

dos professores foi sempre uma rea de interveno assegurada pela administrao

central. Ao tentar estudar a interveno de outros atores neste processo, focalizei-me em

2009 e, portanto, pedia-lhe que nesta conversa tivssemos por referncia o que aconteceu

nesse ano. E porqu 2009? Porque em 2009 foi a primeira vez que as escolas,

designadamente as escolas TEIP, puderam fazer recrutamento de professores para o

quadro e a partir da tambm a contratao. Anteriormente as escolas podiam,

excecionalmente,

DE1 Mobilidades s!

E Pois, a nvel dos TEIP podiam fazer as mobilidades!

DE1 Sim, mas sempre muito precrias e com muito esforo.

E Gostaria tambm de lhe dizer por que razo pedi para falar consigo. Em 2009 havia 59

escolas que eram TEIP nessa altura. Eu fiz uma anlise de todas as vagas abertas em

concurso e a sua escola uma daquelas que tem um maior nmero de vagas e alm de ter

um maior nmero de vagas

DE1 - Eu explico-lhe porqu.

E - Tem um nmero considervel de vagas distribudas pelos diferentes grupos de

recrutamento. Na conjugao destes dois critrios, surge-me este agrupamento de escolas

como um caso de aprofundamento, j que no meu estudo emprico analiso os avisos de

abertura de todas as escolas TEIP. Mas em termos de entrevistas estou mais focalizado em

algumas escolas.

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Gostaria tambm de lhe dizer que esta nossa conversa tem um carter de anonimato e

confidencialidade, no sentido em que ao analisar os dados no haver uma identificao

direta entre a sua pessoa e as ideias expressas. Iria sugerir-lhe, se estiver de acordo, a

seguinte metodologia: eu farei a transcrio desta entrevista, envio-lhe para verificao e

clarificao do que considerar necessrio.

Eu comearia por enquadrar o processo de 2009. Se bem se lembra havia na altura trs

grandes critrios: a Experincia profissional, a Formao profissional e o Perfil de

Competncias. A escola estipulava dentro do limite de 100 pontos, a escola dividia os

pontos por estes critrios e depois selecionava subcritrios para a identificao dos

professores a recrutar. Se me pudesse explicar

DE1 - Se calhar eu recuava. Porque eu estou aqui na direo desde noventa e oito e,

de facto, esta escola muito complexa com problemticas velhas em termos de

indisciplina e de funcionamento. Um dos problemas que ns tnhamos e que a mim me

preocupava que esta escola no tinha estabilidade nenhuma do corpo docente. Quando

eu assumi a direo, penso que ns tnhamos s 30 professores em continuidade, no

conjunto da escola, para um quadro volta de 120 professores. Havia grupos,

nomeadamente de Matemtica do 3. Ciclo onde havia apenas uma professora que

continuava. Ingls tinha tambm uma professora que continuava. Portanto no era

possvel definir um trabalho para os anos subsequentes, porque no havia com quem. A

direo ficaria completamente isolada. Isso tinha todas as consequncias que da advm,

no ? Que era, portanto, uma grande dificuldade no acompanhamento do percurso dos

alunos os professores iam embora, inclusivamente os poucos que c ficavam colocados

no permaneciam tempo nenhum. Isto era uma situao que se foi mantendo e os poucos

que entravam aqui no quadro, nem chegavam sequer a por c os ps, pediam de imediato

a mobilidade.

E Pois, mobilidades ou destacamentos.

DE1 Os que eu conheci, portanto, eu conheci alguns professores, nos quatro anos que

estive fora da direo, que aguentavam c um ano e depois no tinham inteno nenhuma

e, assim que podiam, concorriam ou passavam mobilidade e mudavam para outra

escola. Este era um problema serissimo do meu ponto de vista problema principal para

se poder organizar uma escola. Sem corpo docente no h nenhuma possibilidade de fazer

uma escola. Por isso, a minha primeira preocupao foi criar todos os mecanismos para a

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estabilidade do corpo docente, recorrendo a tudo o que era possvel. Houve um momento

em que era possvel ainda que os contratados, a partir do momento em que obtivessem

colocao, viessem para as escolas TEIP. Ainda havia essa figura que depois desapareceu,

s era possvel dar continuidade aos professores do quadro. Ora bem, essa era a situao

que ns fomos tendo e houve um momento em que eu fiz um grande exposio para o

ministro David Justino, porque eu pedi a continuidade de 39 professores para o conjunto

do agrupamento, e depois subitamente disseram-me: no, no! S possvel dar-lhe, no

sei se nove se dez, escolha! E eu disse: no, eu no vou escolher eu preciso deles todos,

no tenho nenhum critrio de escolha, todos eles so importantes para o

desenvolvimento do seu trabalho. Isto deu origem a tomadas de posio dos prprios

professores e eu fiz um dossier que enviei para o ministro David Justino, dizendo que as

escolas no se podiam compadecer com esta situao de instabilidade permanente, j que

isto inviabilizava qualquer projeto. Qualquer projeto de trabalho! Qualquer projeto de

trabalho tem que se fazer com os trabalhadores, no ?! E ns no tnhamos

trabalhadores, todos os anos tnhamos que ir buscar novos.

Ns fizemos disto uma questo central. Por isso, eu agora, estou particularmente

incomodada1, porque isto uma questo central de qualquer escola, e muito mais para

uma escola com estas fragilidades.

Porque que ns temos tantas pessoas, assim a?

E Tantas vagas no aviso de 2009?

DE1 - Tantas vagas, pronto! Enquanto no existiu essa possibilidade de entrada nas escolas

TEIP de professores de quadro que quisessem aqui ficar eu no quis abrir vagas. Porqu?

Porque eu sabia que as vagas iam ser ocupadas por outras pessoas que, eventualmente, se

iriam embora e no permitiam dar continuidade. Portanto, ns no aumentmos o quadro

e isto, eu assumo. Quer dizer, muitas vezes diz-se que o Ministrio no aumenta o quadro.

No! Muitas vezes so as escolas que no pedem o aumento do quadro. Portanto eu

tentei gerir o quadro de maneira a garantir que o nmero de professores que era

necessrio, quer eram quadros de outras escolas ou que eram quadros de zona, aqui

permanecessem para que as vagas no viessem a ser ocupadas por pessoas que no

tinham qualquer

1 No momento em que se realizou a presente entrevista, muitas escolas TEIP e com Contrato de Autonomia estavam a ser

notificadas de um despacho proferido pelo Secretrio de Estado da Educao e da Administrao Educativa que anulava os concursos abertos pelas escolas em 2012, quando os professores j estavam colocados e a lecionar.

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E - Que no se identificavam com estes processos

DE1 Exatamente. Portanto isto deu origem a toda esta situao. Penso que tambm

muito curioso verificar que neste TEIP as pessoas quiseram ficar e isso distintivo

relativamente a alguns TEIPs. Muitas pessoas vindas de longe optaram por ficar aqui,

quando esta oportunidade surgiu. Quiseram ficar nesta escola e continuam a querer.

Portanto, esta escola conseguiu construir com base em toda esta poltica da estabilidade e

da continuidade pedaggica, porque ns fazemos continuidade pedaggica de facto, no

s as pessoas ficarem c. As pessoas acompanham as turmas, ah! Pelo menos durante um

ciclo. Os meninos sabem que quando comeam o stimo ano aqueles professores os vo

acompanhar at ao nono ano. Os meninos que comeam o primeiro ano de escolaridade e

isto muito curioso porque, o 1. ciclo ento era um caos total. Os professores vinham do

Ribatejo no sei de onde, ficavam c um ms e a seguir eram atestados por tudo e mais

alguma coisa, at conseguirem mobilidade. O grau de instabilidade no 1. ciclo era

extremamente acentuado, era mais acentuado ainda. E neste momento no. Ns

tnhamos meninos que terminavam o quarto ano tendo tido 8, 10 professores, com toda a

facilidade. Neste momento, estes meninos terminam o 4. ano tendo tido, praticamente,

um nico professor que os acompanha do primeiro

E - Ao quarto ano?

DE1 - Ao quarto ano! E muito curioso que os pais apropriaram-se deste princpio. Eles

que sempre conviveram com a ideia de que saa um professor e vinha outro, neste

momento, para eles uma questo central garantir que aquele professor, que comeou

com os seus filhos no primeiro ano, os vai levar at ao quarto ano de escolaridade. muito

curioso, inclusivamente em situaes , em que depois eu tenho que lhes dizer, por

exemplo, um professor substitudo e uma substituio longa, ento eles querem

manter aquele professor que est h mais tempo com os filhos. Ns tivemos, por exemplo,

um professor com um problema cancergeno, numa turma do primeiro ano e no incio do

segundo perodo, foi substituda. A professora esteve no primeiro ano com os meninos a

outra professora continuou com baixa, os pais no 2. ano disseram: Ns queremos que

esta professora continue com os nossos filhos, esta professora que os tem

acompanhado, esta professora que vai ficar com os nossos filhos. E eu disse-lhe que

entre aquilo que querem e aquilo que ns podemos fazer vai alguma diferena, porque se

a professora que titular se apresentar eu no tenho vaga para manter esta professora.

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Portanto, no possvel isso. Ns vamos para o Ministrio, porque isto no pode ser,

muito importante para os nossos filhos a continuidade. De facto, esta compreenso da

estabilidade perceber que isto traz ganhos integrantes entrou, de facto, no esprito dos

pais, muitos deles com uma baixssima escolaridade, mas que valorizam imenso o facto de

terem um interlocutor que sempre o mesmo, que conhece os filhos, que conhece as

famlias e que com eles se relaciona. Por isso, a estabilidade do corpo docente para mim ,

eu poderia dizer, que a principal questo de uma escola. depois o resto temos melhor,

temos pior, os alunos so mais fceis, mais difceis, mas est uma questo central, sem a

qual no se constri uma escola.

E - E relativamente s opes que tomou em 2009?

DE1 - As opes que tomei, em princpio, foram estas. Portanto, partida, quer dizer os

nossos professores so iguais aos professores de outros lados. Tm apenas uma diferena,

uns so melhores, outros so bons, outros muito bons, quer dizer, no temos a veleidade

de pensar que os nossos so os melhores do mundo, isso no existe. Agora h uma coisa

que os nossos professores construram aqui, foi um empenho imenso em relao ao

trabalho, uma disponibilidade para todos os desafios que se colocam e so muitos. Ns

temos um corpo docente que, se preciso agarrar numa situao qualquer, se preciso

muito engraado, porque esta escola uma escola com muito movimento, ns temos de

tudo um pouco, ns temos CEFs, ns temos alternativos, temos currculo funcional, ns

temos o ensino integrado da msica, temos tudo

E Hum, hum!

DE1 - preciso que o nosso professor de 3. ciclo v dar aulas para o 5. ano, no h

problema nenhum, vai para o 5. ano. preciso fazer mais esse trabalho, ns temos tido,

tivemos durante cinco anos e continuamos, os professores em par pedaggico em sala de

aula, todos eles, todos eles, ns tnhamos par pedaggico, agora tivemos que reduzir por

causa das alteraes do currculo, durante 90 minutos todos os dias da semana os

professores em par pedaggico em todas as turmas, da componente no letiva. Isto no

brinquedo, porque a componente no letiva, neste caso, , de facto, componente letiva.

Porque os professores tinham trabalho com toda turma, no conjunto da turma,

partilhando com outro professor. preciso prolongar o ano letivo at 15 de Julho e ns

temos feito muitos anos o prolongamento do ano letivo. Ficam aborrecidos, dizem: mas

agora j estamos cansados. Reclamam, mas fazem-no com boa vontade. Eu penso que

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isto uma grande diferena, temos um corpo docente extremamente coeso. Penso que

este era o principal critrio para mim.

E - O agrupamento tem quantas turmas?

DE1 - O Agrupamento tem quantas turmas? Alunos no total dois mil e trezentos, desde o

pr-escolar. Portanto aqui estamos com 55 turmas, devemos ter 44 no 1. ciclo, j

estamos em 100, depois temos, deixe-me pensar, depois temos 4 e 3, 7, 9, 10, 11

salas de pr-escolar. Temos uma unidade estruturada para a multideficincia mas s no

1. Ciclo. Temos um currculo funcional porque no temos condies para ter uma unidade

estruturada aqui nesta escola. Somos uma escola para a interveno precoce. H aqui

trabalho conjunto longo. preciso qualquer coisa, os professores esto presentes, e

fazem, fazem de boa vontade. Isto tambm interessante porque um discurso muito

comum das escolas dizerem: Pois, mas so sempre os mesmos que fazem! No

verdade, aqui fazem todos diferente, e fazem coisas diferentes todas elas. Tambm temos

o cuidado porque as pessoas so diferentes. Se calhar para uns muito fcil pegar num

programa informtico e fazer um trabalho volta disso, para outros, se calhar, mais fcil

ler umas histrias aos midos ou dar apoio mais individualizado, portanto h uma grande

disponibilidade para todos os trabalhos. Este foi o aspeto principal, ter um corpo docente

estvel, empenhado, que conhecia bem a escola e que estava disponvel para trabalhar

com esta populao. Este foi o critrio principal para o trabalho de continuidade dos

professores. O princpio foi dar continuidade aos professores que estavam a trabalhar

connosco.

E - Seria possvel, se ns olharmos para os critrios que na altura definiram, eu vejo, por

exemplo, que ao nvel da experincia profissional vocs essencialmente incidiram na

experincia de trabalho numa escola prioritria.

DE1 - Isso era para no dizermos que era na nossa.

E - Que razo que esteve por detrs deste critrio?

DE1 - Em primeiro lugar, porque seria mais fcil apanharmos os nossos, no ? Uma escola

prioritria ser for a nossa tem vantagem acrescida. Por outro lado, claro que sendo uma

escola prioritria que a diversidade de pblico, as dificuldades de resolver questes

normalmente acrescida nestas escolas, se no, no seria um territrio educativo.

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E - Podemos dizer assim que, entre um professor, um candidato que nunca trabalhou

numa escola prioritria e um que j trabalhou um conforme temos a nos critrios

DE1 - Isso era para apanha os nossos.

E - Mas parece-lhe que h diferena entre um que trabalhou numa escola prioritria e

outro que nunca trabalhou?

DE1 - Em abstrato, em abstrato poder no haver. Eu tambm quando cheguei aqui nunca

tinha trabalhado numa escola prioritria e adaptei-me, no ?! Em termos abstratos, no.

Agora quando ns nos confrontamos com professores que trabalham aqui, que tm

experincia deste agrupamento, tm experincia desta populao, que inclusivamente j

trabalharam, porque ns todos os anos temos conselhos de turma, e isto representa pelo

menos cinco conselhos de turma para percursos curriculares alternativos. Um percurso

curricular alternativo foi uma experincia muito enriquecedora para ns, porque deixou

clara a importncia do trabalho em equipa pedaggica, que uma coisa em que as

pessoas habitualmente tm pouca experincia. Portanto a importncia das reunies de

conselho de turma e a importncia do trabalho em equipa. Mas isto implica muita gente

que trabalhou em currculos alternativos aqui. Repare, quer dizer, se ns temos cinco

turmas no conjunto, se tivermos oito professores, isto foi mudando de alguma maneira,

embora com alguma persistncia de algumas equipas, j d um conjunto alargado de

professores que tiveram essa experincia. sempre uma experincia muito especfica. Ns

temos todos os anos CEFs, por exemplo, em termos de populao aquela que mais

complexa. mais complexa em termos de populao, genericamente, do que os percursos

curricular alternativo, porque so midos com maiores dificuldades de adaptao escola,

so midos , quer dizer, mais difceis, se no houver um controlo grande, ns temos

todos os anos estas pessoas que tm essa experincia de trabalho tambm com esses

pblicos. Esses so outros, no so os professores dos percursos curriculares alternativos.

Todo este conjunto de situaes permitiu por outro lado, ns temos feito, o ano

passado menos, mas fizemos alguma coisa, muita formao em contexto de escola,

centradas nos conselhos de turma, nomeadamente com a ESE de Setbal e com a

colaborao da Ana Maria Bettencourt. Isto d, quer dizer, ns no podemos dizer que

tenham trabalhado connosco, porque o cdigo do procedimento administrativo no o

permite, mas portanto que tenham toda esta vivncia, esta experincia de diversidade de

pblico e de diversidade de ofertas, que, no nosso ponto de vista, os TEIP devem ter.

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E Mas no lhe parece que essa pode ser uma crtica ao processo, no sentido de dizer

que aquilo que as escolas tm tendncia para adaptar os critrios a gente que querem l

colocar?

DE1 - Pois verdade, verdade, no fundo os critrios foram pensados tendo em conta,

por um lado, aquilo que ns temos para fazer e, por outro lado, o conhecimento que

tnhamos da capacidade das pessoas que trabalhavam connosco para fazer este trabalho.

E Mas dito de uma outra forma. Imagine que havia um professor que conhecia, sem o

conhecer do contexto da escola TEIP. Isto , um professor que conhece e que nunca aqui

tenha trabalhado, digamos este professor entra dentro destes critrios?

DE1 - partida no!

E- partida no?

DE1 No!

E - Quer dizer que ter que ser um

DE1 - Porque assim, h aqui de facto um capital de investimento das prprias pessoas,

que fizeram um percurso, que a escola tambm tem que ser capaz de valorizar. Eu tenho

que dizer aos professores que trabalharam connosco, que sempre estiveram disponveis

para desafios difceis, que tm um cuidado muito especial no tratamento deste pblico. H

um capital de empenhamento e de colaborao com a escola que eu penso que tambm

tem que ser considerado.

E Hum hum

DE1 - Quer dizer, pode-me dizer at, o seu amigo pessoal no passa frente das pessoas

que tenho aqui, porque temos um trabalho de conjunto e isto de facto uma equipa que

trabalha nesta escola. uma grande equipa de trabalho, h aqui laos de confiana, de

confiana no sentido mais profundo no no sentido de nos conhecermos. Eu no vou

para o caf com ningum, no fao esse tipo de convvio com as pessoas, mas confiana

de credibilidade, de terem conscincia de que ns vamos pedir-lhes o mximo, mas

tambm estaremos dispostos e disponveis para os apoiar. Por exemplo, este sentimento

de confiana em relao escola os meus colegas tenho a certeza esto muito

preocupados, mas confiam e eu serei capaz de defender e salvaguardar todo o patrimnio

de investimento que eles tm aqui connosco. uma populao muito sria e muito

construda, portanto isto no porque eu tenho convvio muito particular com eles, no ,

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isso no tenho. Esta gente que trabalha connosco que aqui apostou que aqui est

disponvel e que aqui procura responder da melhor forma possvel. No so todos iguais,

no so. E temos de facto uns que so muitssimo bons e outros que so bons, que fazem

o melhor que podem com mais dificuldade, a quem, por exemplo no damos direo de

turma, a esses por exemplo nem pedimos para irem para o CEF. Mas a esses que no

pedimos muitas coisas, tenho que lhe dizer que so em muitos casos os professores que j

c estavam e que nem sequer fazem parte das entradas ao abrigo dos TEIP. Tambm,

digamos, no genrico mas digamos que de uma maneira geral as pessoas que entraram

para os TEIP estavam disponveis. Se pedir para assegurar duas turmas do 5. ano de

Ingls, em vez do 7., por exemplo, no h problema nenhum. A articulao

E H outra capacidade de adaptao?

DE1 Muito grande. Pronto esto habituadas a outra dinmica de escola a escola tem essa

obrigao. muito engraado, temos muitos professores jovens, com filhos pequenos e,

por comparao, a ateno que do forma como as escolas tratam os alunos e como ns

tratamos. Tm muito essa conscincia...

E - Vivenciam isso enquanto pais.

DE1 - Mas no , nem sequer colocam a questo, eu trato os meus alunos desta forma, e o

meu filho est ser tratado daquela forma, no dizem isto. Dizem: a nossa escola no trata

assim os alunos.

E Pois!

DE1 - A direo da nossa escola no trata assim os alunos, percebe? H muito esse

sentimento de que ns fazemos o melhor que podemos e sabemos. Com certeza que

cometendo erros, mas h muita esta preocupao de que os nosso alunos so para . E

que ns nos preocupamos, mas preocupam-se com tudo, ns temos de facto ah, ah, aqui

ns temos 55 turmas na maioria os nossos diretores de turmas, muitos que foram

contratados ao abrigo de toda essa legislao, so diretores de turma excelentes, quando

digo excelentes, digo pelo enquadramento que fazem pelo acompanhamento dos alunos,

pela presena junto dos midos, pela relao que estabelecem com as famlias, ns temos

uma situao. Os pais todos vm escola. Todos! No h pai que no venha escola,

mesmo os pais de meninos de etnia cigana e temos c muitos neste momento.

E - Porque isso dinamizado!

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DE1 Porque trabalhado permanentemente. Se no veio reunio, ento o diretor de

turma contacta dizendo que como no esteve na reunio, preciso de falar consigo, ento

vamos l marcar, no deixam passar a situao, criando situaes para falarem com todos

os pais. Fazem almoos de turma, em Dezembro j esto marcados. Os almoos de turma

so uma coisa muito interessante, na escola. Vm os meninos, a direo da escola

convidada vai todo o conselho de turma e principalmente no 2. ciclo vm quase todos os

pais almoar escola com os filhos. Portanto, isto uma construo que se vai fazendo.

E Hum, hum!

DE1 - Os outros sero melhores, se calhar, mas no tm esta vivncia.

E - H outras organizaes que s recorrem ao recrutamento externo quando no tm

internamente quem esteja habilitado para responder ( ) a essa necessidade.

DE1 - isso, um pouco o que ns fazemos.

E H ai uma cultura de escola, um conjunto de hbitos de trabalho

DE1 isso, mas de vez em quando tambm se zangam comigo. Ns vamos ter agora

cinco turmas de quinto ano que vo ter professores estagirios. Ns vamos colaborar com

a ESE de Lisboa e alguns destes professores zangaram-se porque eu no lhes tinha dito

nada na altura, mas zangam-se comigo e eu acho que isso salutar e dizem-me: no

devias ter feito desta maneira porque devias ter conversado connosco antes, porque eu

no estou disponvel, neste momento, por isto ou por aquilo. Eu tambm expliquei que

este ano tem sido muito difcil, este ano tem sido um inferno, no houve oportunidade de

conversar mas a escola tem obrigao de dar esta resposta, as pessoas precisam desta

formao e ns temos que a dar. E vamos conversando e j est tudo bem, as pessoas

percebem e est tudo bem.

E - H ganhos para a escola?

DE1 H qu?

E H ganhos em termos pedaggicos para a escola?

DE1 Com certeza, at porque os nossos professores vo fazer formao do lado de l.

Mas a verdade que as pessoas quando, no digo todas porque se calhar h pessoas que

se atrapalham mais, mas isto existe essa possibilidade de dizer: Olha, no gostei, no

estou de acordo, ou no sei qu. Depois voltamos a conversar e fica tudo bem e fica

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esclarecido. Neste momento, os conselhos de turma j esto a funcionar. Isto tudo um

capital que se foi construindo e h aqui uma relao de confiana de se perceber que se eu

tenho um problema preciso de o partilhar, preciso de o ajudar a resolver e isto possvel,

esta cultura de escola uma cultura interessante.

E - Essa deciso de valorizar a continuidade pedaggica e procurar manter os professores

que no ano anterior estavam com os alunos e toda a construo dos critrios ser pautada

pela continuidade pedaggica uma deciso apenas sua ou uma deciso que envolve

mais pessoas da escola?

DE1 uma deciso muito interiorizada por todos. Esta deciso vai crescendo, quando

comeo a considerar que a continuidade pedaggica fundamental, que a continuidade

pedaggica com as turmas fundamental. Aqui, por exemplo, a atribuio de horrio no

tem nada a ver com a graduao. Os professores no tm horrio por estarem h mais

tempo na carreira. O nico critrio aqui a continuidade pedaggica. Esta ideia da

importncia da continuidade extremamente importante e se por acaso, eu cometi um

erro este ano na distribuio de servio, se h um lapso nisto, as pessoas interpelam-me:

Porque que eu deixei de ter esta turma que era minha? muito cultura da escola,

neste momento a importncia de continuarmos a trabalhar juntos com estas equipas.

Depois esta continuidade pedaggica foi constituda tambm constituindo equipas de

trabalho. Em regra cada 3 turmas do mesmo ano tm a mesma equipa de professores,

embora agora esta histria das alteraes curriculares desmembrou um bocado este

princpio, porque h professores com muitas turmas o que desmembra as equipas, porque

h professores que tm 9 turmas, enquanto outros tm 3. Esta importncia que dada

mesmo cultura de escola.

E - Pela primeira vez em 2009 implementou este processo, tem ganhos no trabalho da

escola?

DE1 Ah, temos ganhos? Eu fazia a distribuio dos servios tranquilamente porque sabia

com quem ia ficar no ano seguinte. Sabia com que trabalhava no ano seguinte.

E - E em termos dos prprios resultados dos alunos h alguma evidncia disso?

DE1 Vamos l ver. Em termos descritivos, sim.

E - No estou a dizer que sejam resultados escolares no sentido restrito do tema.

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DE1 Vejamos, esta uma escola tranquila. Ns no temos processos disciplinares, uma

escola em que os alunos, de uma maneira geral, isto um dos aspetos que as pessoas

notam quando vem c, que os nossos alunos so simpticos e educados. Ns agora

tivemos professores que vieram para c neste concurso e os comentrios so esses, de

que os alunos so simpticos de que estou a gostar muito das turmas. De uma maneira

geral cumprem as regras, claro que fazem algumas transgresses, se o no fizessem seria

estranho, no , mas em termos de sala de aula no temos situaes de andarem a em

disparates na sala de aula. s vezes conversam, mas nada de problemas que se possam

considerar disciplinares. Ns temos uma populao de pais com uma escolaridade

baixssima, e isto reflete-se, no . Neste momento nos queremos que todos cumpram o

nono ano de escolaridade, j aqui temos profissional de secundrio e estamos a conseguir

eliminar o abandono escolar. Temos um conjunto muito elevado de alunos de etnia cigana

nas nossas escolas. Mas muito elevado j. J no h jovens em idade escolar que no

estejam na escola a no ser as meninas a partir dos 13, 14 anos, embora ns tenhamos

neste momento muitas meninas de etnia cigana aqui e isto foi uma conquista difcil de l

chegar.

E - Rapazes, no?

DE1 - Rapazes no h tanto esse problema, embora com problemas de assiduidade, que

tm vido a reduzir consideravelmente, as questes de integrao tm vindo a melhorar

mas temos muitas meninas c. Portanto ns no temos . Agora se os alunos aprendem

mais, claramente que sim, mas isso preciso mudar muitas coisas: ns fazemos reunies

com os pais, explicando que os alunos tm que estudar em casa que no chega o trabalho

de escola, que preciso estudas, mas isso preciso tambm que os alunos tenham outra

cultura de escola, que tenham disponibilidade, que a vida no lhes seja to dura,

complicado.

E - Uma outra caraterstica sua o seu vasto tempo de direo de escola e de colaborao

com outros diretores, tem sido membro do conselho das escolas,

DE1 No, do conselho de escolas nunca fui. Tenho sido membro do Conselho Nacional

de Educao.

E - Mas parece-lhe que esta possibilidade de a direo da escola poder recrutar os seus

professores, pode ser que agradaria aos diretores?

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DE1 fundamental, mas ns temos ainda muitos quem defendem os critrios da

antiguidade, da graduao, sabendo ns que esta graduao vale o que vale. Os

professores chegam-nos vindos de origens muitos diferentes e a avaliao que se faz s

formaes variam de instituio para instituio. Sabemos isso, todos, no . De maneira

que eu no sou defensora dessa ideia de que somos todos funcionrios pblicos, ns

sabemos que no somos. Importa ter outro vnculo laboral, porque este recrutamento

compromete ambas as partes, quando as escolas selecionam os seus professores tm que

assumir um compromisso. Tm que ter cuidado na seleo que fazem, porque isso

responsabiliza-os e a pessoa que selecionada tambm tm um compromisso porque foi

selecionada por qualquer razo. Ao passo que quando nos caem aqui Este ano foram-nos

colocados aqui dois professores em duas vagas para contratados, dois professores dos

quadros de zona pedaggica. Uma chegou e penso que se vai adaptar aqui, a outra logo no

primeiro encontro que teve comigo disse: Eu estou em pnico. Eu ontem j me fartei de

chorar. Eu tinha um horrio com CEFs e outro s com turmas do ensino regular, de modo

que eu chamei a outra colega que me pareceu mais tranquila e disse-lhe: olha, h aqui

uma colega que est muito incomodada. Temos aqui dois horrios com caractersticas

diferentes: Para ela parece ser muito preocupante se assumir o horrio com CEFs. A

prtica aqui da escola no de ningum escolher o horrio. Os horrios so atribudos,

agora se chega gente de fora que no conheo, eu deixo escolher, agora eu no sei qual

a tua posio, mas eu pedia-te se no tens problemas com este horrio, porque a outra vai

ser um descalabro. Ela disse-me: no, no tenho problema nenhum. Mudmos o

horrio e a outra, mesmo assim, nem uma semana c esteve. Meteu atestado mdico e diz

que no vem mais. E isto de facto,

E - Era o que acontecia anteriormente

DE1 Exatamente. Portanto, se a escola escolhe tem que ter cuidado com o que escolhe.

A pessoa tem que ter cuidado porque houve aqui um critrio de seleo e tem que se

comprometer com a escola. Portanto eu sou completamente favorvel, d mais trabalho,

aumenta a responsabilidade, porque de resto eu no tenho responsabilidade nenhuma.

Que responsabilidade que eu tenho que o ministrio tenha c colocado um professor do

quadro de zona que a seguir vai embora e no quer c aparecer mais? Ao passo que se for

eu a escolher tenho que assumir essa responsabilidade.

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Foi sempre muito complicado gerir isso. O ministrio agora (2012) tornou outra vez

possvel que as pessoas pudessem candidatar-se mobilidade para destacamentos sem

nenhuma razo, o que muito preocupante.

E - Pe em causa a estabilidade?

DE1 - Na reunio em que a ministra Maria de Lurdes apresentou esta questo da

possibilidade de os TEIP poderem recrutar, houve diretores de escola que disseram que

no queriam, que queriam uma lista graduada. No sei se, se recorda.

E - Sim, sim, tenho ideia disso nos critrios, que h alguns que optam por esse critrio.

DE1 - O que um facto que a lista graduada, no garante coisa nenhuma. Ns tivemos

qui uma jovem que era do quadro e que depois conseguiu sair do quadro da educao. Ela

entrou vinha com uma graduao elevadssima da universidade e foi um fiasco, c dentro.

Faltas atrs de faltas, crises atrs de crises, problemas psicolgicos, uma instabilidade

emocional imensa, que nos deu cabo da cabea. Eu tive que lhe dizer e esteve de baixa

continuada. Os nossos professores hoje organizam as substituies entre eles, arranjam

forma de ser assegurado o trabalho com outro colega. Eles prprios organizam as

permutas das aulas. uma questo que eles resolvem entre eles muito tranquilamente.

Temos duas modalidades de permuta ou um professor do conselho de turma, ou um

professor da rea disciplinar que posa lecionar a disciplina. uma questo pacfica entre

eles.

curioso eu estava a com um inspetor, so as coisas que nos acontecem, ns temos por

exemplo um professor que de Educao Visual e que h trs anos, este ser o quarto

professor de multimdia nos profissionais, portanto fizeram formao nessa rea. E isso

tambm interessante, porque temos muita gente que aumentou, diversificou a sua

formao para dar resposta s necessidades da escola. Temos colegas que fizeram aes

de formao em ourivesaria para poderem ensinar os alunos, foram reforando a

formao nessa rea. Este um professor que tem duas horas de reduo da componente

letiva, o horrio devia ser de 20 horas e ele est com um horrio de 25 horas letivas, sem

horas extraordinrias. Disse-lhe: Miguel, ests com um horrio muito grande! E ele

disse: Deixa l, no h soluo, no tem problema. Isto eu acho que ...

E- Claro, algo que valoriza.

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DE1 - Uma pessoa que todas as semanas d mais cinco horas do que aquilo que

obrigado, sem ter nada em troca, numa rea especfica que tem que assumir o currculo

dos midos, eu fao as horas no tem problema.

E - um dos aspetos que possvel notar a nvel dos critrios da formao profissional e

que se insere a. As pessoas fizeram determinado tipo de formao?

DE1 - temos tentado organizar essa formao para dar resposta a necessidades

especfica e isso uma das coisas que as pessoas tambm sentem. Porque muitas das

vezes faziam formao muito isoladas, iam professores de vrias escolas e essa formao

no se repercutia no trabalho da escola. Aqui no, aqui a formao feita num conjunto

para responder a uma necessidade especfica, por um conjunto de professores e depois

tem consequncias para o trabalho da escola.

E - Muito bem, muito obrigado!

DE1 - Quando quiser ou precisar mais alguma coisa.

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Protocolo da entrevista - Diretor de Escola TEIP [DE2]

Entrevistado: Diretor de Escola - DE2

Entrevista realizada por: Jorge Sarmento Morais [E]

Data/Hora: 25 de Outubro de 2012, 17.30H

Local: Escola sede do Agrupamento

E Comeo por agradecer a sua disponibilidade, assim to prontamente para poder

conversar comigo sobre a questo do recrutamento de professores. Dar-lhe uma ideia

daquilo que eu estou a fazer. O meu objetivo primeiro no estudar o recrutamento,

propriamente dito. O meu objetivo primeiro , dentro das polticas sociais,

designadamente das de educao, h um novo posicionamento do estado. Podemos dizer

que anteriormente estas polticas eram asseguradas pelo estado central e agora h a

interveno de outros atores, designadamente em mat