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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA – EEL/USP
EDWARD ZANOELLO JUNIOR
ANÁLISE DA RELEVÂNCIA E INFLUÊNCIA DA GESTÃO DE PESSOAS
NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL
Data: __/ __/ 2015
_______________________________
ASSINATURA DO ORIENTADOR
LORENA – SP
2015
EDWARD ZANOELLO JUNIOR
ANÁLISE DA RELEVÂNCIA E INFLUÊNCIA DA GESTÃO DE PESSOAS
NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL
Projeto de monografia apresentado ao curso de graduação de Engenharia Industrial Química da Escola de Engenharia de Lorena na Universidade de São Paulo como requisito para a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II Área de concentração: Gestão de Pessoas. Orientador: Prof. Francisco Sodero Toledo
Lorena
2015
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIOCONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Automatizadoda Escola de Engenharia de Lorena,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Zanoello Junior, Edward Análise da relevância e influência da gestão depessoas no ambiente organizacional / Edward ZanoelloJunior; orientador Francisco Sodero Toledo. -Lorena, 2015. 54 p.
Monografia apresentada como requisito parcialpara a conclusão de Graduação do Curso de EngenhariaIndustrial Química - Escola de Engenharia de Lorenada Universidade de São Paulo. 2015Orientador: Francisco Sodero Toledo
1. Gestão de pessoas. 2. Gestão na engenharia. 3.Processo de comunicação. 4. Gerenciamento decompetências . 5. Ambiente organizacional. I. Título.II. Toledo, Francisco Sodero, orient.
Dedico esse trabalho a todos àqueles que me apoiaram e me ajudaram durante a
longa caminhada da minha graduação.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais que fizeram o possível e o impossível
para que eu pudesse concluir minha graduação. Agradeço a eles pelo apoio e
pela dedicação diária, mesmo nos momentos mais difíceis. Agradeço a minha
irmã e meus amigos pelo apoio quando tudo eram dúvidas e por me fortalecerem
quando minha vontade era desistir de tudo.
Agradeço, postumamente, ao Professor Carlão por acreditar nas minhas
dificuldades e não tratar com descaso quando eu me desesperava pela falta de
apoio da Universidade.
Agradeço ao apoio da República Bistrô e de todos os moradores locais e
temporários que alegraram os meus dias e noites e fizeram meus momentos em
Lorena mais felizes. Especialmente aos meus amigos Heitor, Raquel e Maura que
fizeram a caminhada final ser mais fácil, que seguraram minha mão e me
ajudaram em todos os momentos de dificuldade.
Agradeço por fim, mas não menos importante a Deus, que me iluminou e me deu
forças para lutar quando tudo estava contra e por me fortificar cada dia mais para
chegar nesse momento tão esperado.
“Se você não aprender a rir das dificuldades, você não terá nada para rir
quando estiver velho” – Edgar Watson Howe
RESUMO
Zanoello Junior, Edward. Análise da relevância e a influência da gestão de pessoas no ambiente organizacional. 2015. 54 f.. Monografia (trabalho de conclusão de curso de graduação em Engenharia Industrial Química) – Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, 2015.
É cediço que a preocupação com o ambiente organizacional vem aumentando nos últimos anos. Isso acontece devido à preocupação das organizações em obter sucesso e visibilidade perante a concorrência e o mercado coorporativo. Mas para que esse sucesso seja atingido é necessário que as empresas encontrem meios de se solidificar no mercado. Sabe-se que o sucesso organizacional está atrelado a diversos fatores, como por exemplo: tecnologia, conhecimento, investimentos, dentre outros. Porém, muito do avanço organizacional está relacionado com a presença da Gestão de Pessoas na organização. Essa área é responsável por gerir o trabalho dos colaboradores capacitando-os e mantendo a qualidade dos resultados por eles gerados. Esse trabalho tem como proposta analisar como a gestão de pessoas pode influenciar e potencializar o sucesso de uma organização. Para conhecer melhor a área de Gestão de Pessoas será apresentado um breve histórico da evolução da área, uma contextualização atual e direcionar quais os parâmetros delimitados para a pesquisa. Para tornar possível relacionar a influência da gestão de pessoas com sucesso organizacional, estudaram-se aspectos importantes dentro da organização: Motivação, Liderança, Comunicação e Gestão por competência e aplicaram-se questionários em 13 empresas do Vale do Paraíba e Noroeste Paulista com finalidade de reconhecer o nível que a gestão de pessoas se apresenta na organização e estabelecer as relações com o estudo. Foi aplicado também questionários aos estudantes da EEL-USP com a finalidade de entender qual a necessidade que os universitários de engenharia sentem em matérias de recursos humanos. Os questionários permitiram identificar que a integração da gestão de pessoas impacta diretamente na produtividade dos colaboradores e no desenvolvimento organizacional, relacionando sucesso organizacional com a gestão de pessoas. A análise dos dados também permitiu identificar que os estudantes de engenharia sentem necessidade de matérias suplementares em recursos humanos, sendo, portanto, necessário uma suplementação em gestão de pessoas posteriormente da faculdade.
Palavras-chave: gestão de pessoas; gestão na engenharia; processo de comunicação; gerenciamento de competências; ambiente organizacional.
LISTA DE FIGURAS
Figura 2 – Processo de Motivação ................................................................................. 35
Figura 3 - Liderança .......................................................................................................... 37
Figura 4 - Processo de Comunicação ........................................................................... 39
Figura 5 - Gestão de Competências .............................................................................. 41
Figura 6 - Questionamento sobre Liderança ................................................................ 44
Figura 7 - Questionamento sobre Liderança. ............................................................... 44
Figura 8 - Questionamento sobre preparo em Gestão de Recursos Humanos ..... 46
Figura 9 - Questionamento sobre preparo em Gestão de Recursos Humanos ..... 46
Figura 10 - Necessidade de conhecimento em Gestão de Pessoas ........................ 47
Figura 11 - Necessidade de conhecimento em Gestão de Pessoas ...................... 48
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 10
2.1 Contexto Histórico ................................................................................................ 10
2.1.1 Administração Científica (Frederick Taylor) ................................................ 12
2.1.2 Teoria Clássica (Henry Fayol) ....................................................................... 13
2.1.3 Relações humanas (Elton Mayo) ................................................................... 13
2.1.4 Teoria de Sistemas (Ludwing Von Bertalanffy) ............................................ 14
2.2 Gestão Contemporânea ......................................................................................... 14
2.2.1 A Gestão de Pessoas ...................................................................................... 14
2.2.2 Contexto Atual das Organizações .................................................................. 17
2.2.3 O futuro, a gestão, as pessoas e a Engenharia ............................................... 18
2.3 Parâmetros que influenciam na Gestão de Pessoas ............................................... 20
2.3.1 Motivação ...................................................................................................... 21
2.3.2 Liderança ....................................................................................................... 23
2.3.3 Comunicação ................................................................................................. 25
2.3.4 Gestão por Competências .............................................................................. 28
2.3.5 Engenharia e sua qualificação para formação de Líderes .............................. 31
3 METODOLOGIA ........................................................................................................ 32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 34
4.1 Crescimento Organizacional atrelado à Gestão de Pessoas .................................. 34
4.1.1 Motivação ...................................................................................................... 34
4.1.2 Liderança ....................................................................................................... 36
4.1.3 Comunicação ................................................................................................. 38
4.1.4 Gestão por Competências .............................................................................. 40
4.2 Engenharia e a deficiência de suporte didático em Recursos Humanos. .............. 43
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 49
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 50
APENDICE A ...................................................................................................................... 53
APENDICE C ...................................................................................................................... 54
8
1 INTRODUÇÃO
O sucesso das organizações está diretamente ligado à contribuição das
pessoas, que aqui serão chamadas de “colaboradores”. E, ao longo dos anos,
essa importância se solidificou cada vez mais e continua sendo uma tendência,
uma vez que eles são os responsáveis por toda a entrega dentro da organização.
Quando observamos uma organização em constante crescimento,
percebemos uma requisição maior de demanda em diferentes recursos. Esse
crescimento implica em gerar desenvolvimento interno, que por sua vez gera uma
quantidade maior de trabalho a ser realizado.
Com o aumento da demanda de trabalho, observa-se um nível maior
complexidade na execução de tarefas e suprimento da cadeia
coorporativa/produtiva. Em geral, observamos esse fator de crescimento em
diversos pontos de uma organização, como por exemplo: aumento de capital,
incremento tecnológico, aumento da demanda judicial, etc.
Esse aumento de trabalho gera, muitas vezes, a necessidade de contratação
de mão de obra que suprirão a demanda de trabalhos a serem realizados. Para
que as novas contratações atinjam as necessidades da organização, auxiliando
de forma efetiva os novos objetivos, traçados com o crescimento da organização,
será necessária uma equipe bem preparada para solucionar os problemas pelos
quais ela é responsável. Essa solução só será possível se a equipe de trabalho
estiver alinhada, treinada e com conhecimento pleno do assunto a ser abordado,
pois somente assim conseguiremos manter a competitividade da organização
perante o mercado na qual ela esta inserida.
Para que esse alinhamento ocorra e os colaboradores se tornem pessoas
capacitadas a realizar todas as tarefas a eles designadas, é necessário um
suporte para que todo esse aprendizado seja difundido. É de extrema
importância, também, que os colaboradores sintam-se parte integrante da
organização em que ele trabalha e não somente represente força de trabalho.
Visando alcançar todos os planejamentos firmados pela organização e
suprir toda a demanda de gestão é necessário que a organização tenha em seus
9
preceitos a integração da gestão de pessoas como ferramenta de avaliação e
reconhecimento dos colaboradores correlacionados.
Analisando o cenário de crescimento organizacional é necessário avaliar a
forma que a Gestão de Pessoas está sendo implementada dentro da empresa,
para que seja possível delimitar quais são os pontos de melhoria e suportar de
forma coesa o crescimento organizacional.
Neste trabalho diferentes empresas passaram por um questionário com
tópicos relacionados à gestão de pessoa onde buscou compreender de que forma
os parâmetros analisados podem influenciar na produtividade da organização.
Através de questionários respondidos pelos colaboradores de 13 empresas,
delimitou-se quatro empresas para analisar os dados obtidos e conduzir as
considerações finais do trabalho.
Este trabalho teve como objetivo analisar através de diversos parâmetros
organizacionais como a política da integração de gestão de pessoas impacta o
sucesso empresarial. Analisando como diferentes vertentes da gestão se
apresentam dentro do ambiente de trabalho, enxergando a necessidade da
interligação entre as áreas para um resultado satisfatório.
10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Contexto Histórico
O diferencial do sucesso de uma organização esta nas mãos de pessoas
envolvidas ou colaboradores, e na forma com a qual o trabalho será realizado por
eles, uma vez que a tecnologia, informação e estrutura de trabalho são premissas
tangíveis às organizações. Atualmente as empresas possuem acesso a diferentes
formas de tecnologias que contribuem para seu crescimento e desenvolvimento.
Portanto, o diferencial, muitas vezes, se relaciona com a forma na qual os
colaboradores serão levados a pôr em prática todas as ações necessárias (GIL,
2011).
As ações realizadas pelos colaboradores, que estarão diretamente atreladas
à forma com qual eles direcionarem os seus objetivos dentro da empresa,
dependem de uma política de orientação, motivação e reconhecimento, para que
esses colaboradores sintam que seu trabalho dentro da organização é um
diferencial importante para o sucesso de sua equipe. (GIL, 2011).
Porém, muitas vezes, os colaboradores e suas contribuições são abordados
como recurso a serem administrados e nem sempre estão atrelados aos seus
devidos valores, definindo assim o colaborador como bem de consumo ou bem de
produção, provocando uma desmotivação, fazendo com que ele não se encaixe
nas perspectivas na qual a organização o insere (CHIAVENATO, 1999).
Para compreendermos melhor o conceito de Gestão de Pessoas,
precisamos analisar o contexto histórico em que ela está inserida. Observa-se a
evolução da gestão de pessoas paralela com a evolução industrial atrelada com a
evolução administrativa (CHIAVENATO, 1999).
Sabe-se que desde a antiguidade a Gestão de Pessoas está presente nas
atividades realizadas em grupos, mas sua total importância não era relacionada
com o desenvolvimento dos grupos. Somente no final do século passado que
práticas de gestão foram sistematizadas dentro das organizações (CHIAVENATO,
1999).
11
Anterior à revolução industrial a gestão de pessoas não tinha força alguma
dentro das organizações, o reconhecimento era baseado na classificação
econômica. Porém, após a Revolução Industrial o modelo de trabalho também
seguiu de forma elitista e com base na economia, mas nesse momento pode-se
observar a alienação tecnológica e burocrática dentro das organizações. Também
observa-se a distribuição e tarefas de forma injusta e com favorecimento de
propriedades (CHIAVENATO, 1999).
A partir do século XX, com o começo da industrialização clássica (de 1900 a
1950), os colaboradores passaram a ser tratados com “parte integrante das
máquinas”. Eles detinham a força e a habilidade para realizar o trabalho
necessário e eram tratados apenas como fornecedoras de força física, sem
nenhum reconhecimento. Mas nesse momento os colaboradores passaram a ser
supervisionados pelo Departamento de Relações Industriais, o qual se focava
somente na parte burocrática e operacional (CHIAVENATO, 1999).
Nesse momento surge, juntamente coma Grande Depressão (1929), a
Teoria das relações Humanas, que buscou uma nova perspectiva de recuperação
para as empresas em meio à crise existente no mercado. O surgimento dessa
nova teoria tratava de forma mais complexa a existência dos colaboradores
dentro das organizações, preocupando com as necessidades de segurança,
saúde e auto realização (CHIAVENATO, 2003).
Logo após, veio a industrialização neoclássica (de 1950 a 1990), onde a
teoria das relações humanas foi substituída pela Teoria Comportamental, depois
pela Teoria de Sistemas e por fim pela Teoria da Contingência (CHIAVENATO,
2003).
Teoria Comportamental: Além de manter a preocupação com os
colaboradores, resquício da teoria das relações humanas, levava em
consideração o contexto organizacional, relacionando a influência
das pessoas no comportamento da organização (CHIAVENATO,
2003).
Teoria de Sistemas: Essa teoria defende que o sistema é um
conjunto de partes interdependentes que quando trabalhadas de
forma conjuntas formam um todo complexo e unitário
(CHIAVENATO, 2003).
12
Teoria da Contingência: Enfatiza que não há nada de absoluto na
teoria administrativa, que tudo é relativo. E que existe uma relações
funcional entre as variáveis do ambiente e administratrivas. Segundo
Chiavenato (Administração: Teoria, Processo e Prática, 3ª Edição,
pág. 22), "as empresas bem sucedidas são aquelas que conseguem
adaptar-se adequadamente às demandas ambientais."
Logo, nesse período os colaboradores passaram a ser enxergados como
humanos, e começaram a ter apoio dentro das organizações que era exercido
pelo setor Recursos Humanos, RH. Esse departamento englobava o
departamento de relações industriais, bem como garantia a segurança, higiene e
proteção dos colaboradores (CHIAVENATO, 1999).
Por fim, na fase da informação (após 1990), época onde as mudanças
ocorrem de forma rápida, imprevista e inesperada; surge a integração nos meios
de comunicação, gerando uma aldeia de comunicação global que levou a
globalização da economia. Nessa fase encontrou-se uma grande necessidade de
explorar de forma produtiva a inteligência dos colaboradores, visando obter o
máximo de produtividade intelectual. Sentiu-se então a necessidade de tornar o
colaborador parte integrante das organizações, deixando de ser meros
funcionários e passando a ser parceiros organizacionais. Um dos pensadores da
época que conseguiu modificar essa cadeia foi Fritjop Capra, com sua visão
integradora, na qual através de diferentes ciências ele conseguiu integrar o
pensamento e concepção para a vida contemporânea (CHIAVENATO, 1999).
Logo, podemos observar que o conceito de Gestão de Pessoas está
diretamente atrelado a história da administração contemporânea, iniciada no na 2ª
metade do século XX, após segunda guerra mundial. Esses conceito podem ser
fundamentado nas seguintes teorias:
2.1.1 Administração Científica (Frederick Taylor)
Relaciona a organização das tarefas no ambiente de trabalho com a
racionalização do trabalho dos operários, que envolve a divisão de funções dos
13
trabalhadores, surge nesse momento a organização racional do trabalho (OTR)
que busca a forma mais rápida e eficiente de realizar uma tarefa. A Gestão de
Pessoas nessa época estava relacionada com seleção, contratação, preparação e
controle dos funcionários, visando uma maior produção, mas sempre garantindo a
qualidade (RIBAS, 2013).
2.1.2 Teoria Clássica (Henry Fayol)
Define a estrutura organizacional com a departamentalização do processo
administrativo visando máxima eficiência. Idealizada como a busca da máxima
eficiência organizacional, tendo um olhar crítico para as habilidades operacionais
bem como gerenciais. A Gestão de Pessoas está relacionada com a capacitação
e especialização do funcionário visando à maior eficiência e produtividade
(RIBAS, 2013).
2.1.3 Relações humanas (Elton Mayo)
Surgida nos EUA em 1940, sua preocupação é voltada para os funcionários
e para a sociedade formada ao redor do ambiente de trabalho. Defendiam a
humanização e a democratização administrativa, analisando o comportamento do
individuo em relação ao grupo. Analisava os aspectos emocionais influenciados
pela cadeia produtiva, bem como entendia a relação entre as boas condições de
trabalho e a produtividade das indústrias (RIBAS, 2013).
14
2.1.4 Teoria de Sistemas (Ludwing Von Bertalanffy)
Considera o ambiente a principal influência sobre o comportamento
organizacional e acredita que a perda e desperdícios estão relacionados à falta de
afinidade entre os colaboradores. Aponta que os processos de produção que não
estão diretamente ligados uns aos outros, precisam de uma aproximação maior,
mostrando que a sinergia entre todas as partes da empresa é a responsável pelos
aumentos dos resultados (RIBAS, 2013).
2.2 Gestão Contemporânea
2.2.1 A Gestão de Pessoas
Com a globalização do mercado e os avanços tecnológicos as empresas
buscam uma competitividade maior no mercado e gerir pessoas e competências
se torna, cada vez mais, o principal foco dentro das organizações. Observa-se
uma auto-valorização do capital humano e gerir as competência torna-se um
diferencial para melhorar os resultados dentro da organização. Surge, então, a
necessidade de gerir por competência (FLEURY, 2002).
Atualmente existe uma relação, ainda mais evidente, de mutualismo entre
organização e colaboradores. As organizações suportam o desenvolvimento e
aprimoramento intelectual dos seus colaboradores, enquanto os últimos oferecem
mão-de-obra especializada e motivada para permitir que a organização avance no
mercado (FLEURY, 2002)
Ao verificar o desenvolvimento da gestão de pessoas ao longos dos anos, é
possível constatar que cada vez mais o capital humano vem se valorizando e
tornando-se peça chave para o crescimento organizacional. Mas para continuar
com um crescimento significativo é necessário que se estabeleça políticas bem
15
embasadas e direcionadas, promovendo motivação ao colaborador e gerindo por
competências as ações por ele realizadas (FLEURY, 2002).
Gerenciar pessoas é visar à cooperação dos colaboradores dentro da
organização para que eles alcancem, dentro dela, seus objetivos profissionais,
organizacionais e pessoais. É com essa gestão completa que se consegue obter
a máxima satisfação interna do seu colaborador para que ele a transforme em
produtividade, visando a qualidade do seu trabalho dentro da organização (GIL,
2011).
Observa-se que essa é uma área dependente de vários aspectos, se
mostrando uma área contingencial e situacional que esta ligada a fatores como
cultura organizacional, contexto ambiental, negócio da organização e processos
internos. Esses fatores estão diretamente atrelados à forma como será abordada
a gestão de pessoas dentro da organização (CHIAVENATO, 2005).
Assim, acaba sendo uma responsabilidade compartilhada ao longo da
estrutura organizacional. Não é apenas uma atribuição da área de Recursos
Humanos, RH; Ela está relacionada com toda a cadeia organizacional, incluindo
gestores. O RH está responsável por administrar as políticas necessárias para
esquematizar as práticas da Gestão de Pessoas em todas as áreas da
organização (BITENCOURT, 2010).
O RH são os vasos comunicantes que trabalham juntos para a qualidade do
ativo (programas / treinamentos / ideologias) da organização, não sendo o
responsável pelo capital humano, esse são de responsabilidades de seus
respectivos gestores (BICHUETTI, 2011).
Gestão de Pessoas é o conjunto de decisões integradas sobre as relações
de emprego que influenciam a eficácia dos funcionários e a produtividade da
organização. Basicamente todos esses aspectos podem ser resumidos em três
pilares:
Pessoas como seres humanos.
Pessoas como recursos humanos.
Pessoas como parceiras das organizações.
Assim, é necessário um equilíbrio entre todas as partes para que se possa
obter bons resultados (CHIAVENATO, 2005).
16
O principal objetivo da área é ajudar as organizações a atingirem suas metas
e conseguirem sucesso na missão pré-estabelecida. Isso faz com que a empresa
consiga ter maior competitividade no mercado, pois, uma vez solidificada com o
trabalho interno, ela consegue explorar mais o ambiente externo (CHIAVENATO,
2005).
Mas, para que tudo isso ocorra, é necessário ter pessoas capacitadas,
qualificadas e motivadas executando suas respectivas funções. Sendo necessária
uma política de capacitação e de reconhecimento, que deve ser pré-estabelecida,
para gerar um incentivo inicial. Posicionando-se dessa maneira, as organizações
estarão concretizando outro objetivo, o de manter a satisfação e a auto-
atualização das pessoas no trabalho. Com os incentivos propostos ela consegue
ter um maior retorno dos colaboradores, que, por sua vez, estarão sempre
interessados na sua capacitação, para que consigam desfrutar sempre das
vantagens estabelecidas (CHIAVENATO, 2005).
Diretamente ligada ao último aspecto, está a manutenção da boa qualidade
de vida dentro do ambiente de trabalho. A satisfação pessoal leva a um ambiente
organizacional muito melhor, apresentando melhora na comunicação e divisão de
trabalhos. Não menos importante um dos objetivos da Gestão de Pessoas é
impulsionar a mudança dentro do ambiente organizacional (CHIAVENATO, 2005).
Essa mudança promovida pela Gestão de Pessoas é importante pois
promove uma diversificação de conhecimento e aprendizados dentro da
organização. Observamos hoje um mundo multiculturalista, menos
preconceituoso e mais político. Logo, são necessárias atualizações para esses
novos paradigmas que estão sendo abordados atualmente. Esse momento de
mudanças e adaptações precisa ser tratado de forma clara e objetiva, para que
ocorra transparência de todas as partes envolvidas, gerando uma cumplicidade
entre RH e os colaboradores (CHIAVENATO, 2005).
17
2.2.2 Contexto Atual das Organizações
Atualmente percebemos constantes mudanças no cenário das organizações.
Os processos estão em constantes atualizações e os métodos e as práticas
organizacionais vivem em constante aperfeiçoamento. Olhando esse senário,
torna-se necessário adequar os colaboradores da organização à nova realidade
da empresa (ALBUQUERQUE, 2002).
Essas mudanças estão atreladas diretamente à constante atualização
tecnológica, à globalização da economia e à disputa acirrada das empresas por
um lugar melhor no ramo em que atuam. Com esse interesse de tornar-se cada
vez mais competitiva no mercado, existe uma grande importância de manter os
profissionais da organização atualizados com a nova realidade da empresa e
capacitados para realizar as tarefas de forma produtiva. Nesse momento a gestão
de pessoas deve ter uma atuação representável para a concretização dos
objetivos organizacionais (ALBUQUERQUE, 2002).
Não somente preocupada com a qualidade do serviço que os colaboradores
necessitam prestar para a organização, a política de gestão deve estar
direcionada a cuidar das necessidades pessoais do colaborador, buscando
compreender suas necessidades, anseios e preocupações. É necessário manter
a satisfação do colaborador e motivá-lo constantemente para que sua
produtividade não diminua (BADUCCI, 2007).
Essa preocupação é necessária visto que a maior parte, ativa, do dia os
colaboradores passam dentro do seu ambiente de trabalho realizando as
atividades a eles destinadas, abstendo-se dos seus compromissos externos e
priorizando as atividades a realizadas na empresa. Logo, eles dependem das
organizações para satisfazer suas vontades e necessidades, bem como atingir
seus objetivos pessoais e profissionais (BADUCCI, 2007).
Em contrapartida, as empresas necessitam de seus colaboradores para que
ela tenha o seu funcionamento na íntegra, tornando reais os seus planejamentos
e mantendo ativa a sua formação. Observa-se, portanto, a interdependência que
existe entre Empresa-Colaboradores: o sucesso de uma parte está diretamente
atrelado ao sucesso da outra (CHIAVENATO, 2005).
18
Existe uma relação de ganha-ganha, em que ambas as partes necessitam
estar satisfeitas para que ocorra um bom relacionamento durante as realizações
das tarefas. Não é possível separar as necessidades dos colaboradores das
necessidades das organizações, não necessariamente elas são a mesmas, mas
em todos os momentos estão interligadas, gerando uma rede de dependência
entre ambas as partes (CHIAVENATO, 2005).
Assim, cabe à empresa cultivar a capacidade de atrair, desenvolver e utilizar
o potencial e as habilidades intelectuais e competitivas de seu pessoal -
empresabilidade - e, às pessoas, a capacidade de manter-se atualizadas
intelectual e tecnicamente para atrair o interesse das empresas e manter-se
empregadas - empregabilidade. Emprega-se dessa forma um dos principais
conceitos da gestão de pessoas, entendendo sobre a importância dessa prática
dentro das organizações (CHIAVENATO, 2005).
Esse equilíbrio entre colaboradores e empresas depende diretamente de
políticas organizacionais pré-estabelecidas. Essas políticas por sua vez devem
satisfazer todas as partes envolvidas, frisando ao máximo as suas especificações
para cada parte. (DUTRA, 2002).
Visando a melhora na qualidade de serviços e o crescimento organizacional
essa relação direta entre empresa e colaboradores é a estratégia de sucesso
necessária para que as organizações atinjam os objetivos e extrapolem as
expectativas empresarial. Enxerga-se que a gestão estratégica de pessoas
engloba a melhoria de prestação e serviço bem como a avaliação e resultados. É
através dela que o Capital humano será gerido, avaliado e suportado gerando
uma motivação crescente na realização de tarefas e consequentemente um
aumento na produtividade de casa colaborador. (CHIAVENATO, 2005)
2.2.3 O futuro, a gestão, as pessoas e a engenharia
Observa-se uma voracidade no mercado de trabalho atual, as empresas
exigem cada vez mais do seu profissional capacitações para que ele possa suprir
toda a demanda da cadeia produtiva. Essa busca ocorre em todos os quadros de
uma empresa, desde o líder até o operacional. E essa tendência de buscar
19
colaboradores capacitados só tende a aumentar e se tornar cada vez mais
exigente (CRUZ; PONTELO, 2006).
O profissional atual é analisado pela sua capacidade de adaptação aos
desafios e mudanças constantes que acontecem dentro de uma organização.
Hoje as empresas estão mais interessadas em projetos que tenham uma duração
definida e que mostre produção imediata. Logo, realizar o trabalho e
comprometer-se a estar em dia com a necessidade de inovação são
responsabilidades constantes nas organizações (CRUZ; PONTELO 2006).
O avanço tecnológico e a fácil acessibilidade às mudanças tecnológicas
fazem com que tenhamos mudanças rápidas e inesperadas em diversos setores
da economia. Essas mudanças impulsionam a competitividade entre empresas,
que por sua vez necessitam de aprimorar seu desenvolvimento para que possa se
manter com o mesmo nível tecnológico que as demais e atrair assim interesse
dos consumidores (CRUZ; PONTELO 2006).
Com isso, as organizações passam a ter sua estrutura definida e redefinida
constantemente, buscando sempre a excelência exigida pelo mercado. Essa
redefinição faz com que os profissionais que atuam em suas respectivas áreas
estejam sempre capacitados para suprir a demanda exigida, gerando uma
estabilidade profissional (CHIAVENATO, 2004).
Nesse momento, a gestão de pessoas se torna ferramenta de extrema
importância e eficácia para que os colaboradores se sintam confiantes e
confortáveis para desenvolver seu potencial concomitantemente com o
desenvolvimento da organização. Evitando assim uma grande rotação dentro da
organização, o que facilita a continuidade do trabalho e melhora o desempenho
das projeções de mudanças estipuladas ao longo da cadeia (CHIAVENATO,
2004).
O maior desafio profissional dos próximos anos será dobrar a produtividade
atual conseguindo manter a renda em níveis baixos de prospecção. Em
contrapartida, o maior desafio empresarial será desenvolver profissionais que
estejam aptos para contribuir em inovação.
Contudo, o trabalho em equipe tornou-se essencial no desenvolvimento de
qualquer organização. Com essa crescente, é necessário um líder que seja capaz
20
de gerir de forma eficaz e que se torne um ponto de apoio e referência dentro do
grupo.
Considerando que o avanço social, tecnológico e industrial que observamos
hoje são, em grande parte, responsabilidade de engenheiros, faz com que esse
profissional por sua credibilidade, reconhecimento e formação, comesse a ocupar
cada dia mais os cargos de alta liderança dentro das empresas.
Espera-se hoje que um engenheiro não seja somente capaz de promover
desenvolvimento e ampliar o avanço tecnológico, mas também seja capaz de
estimular e instigar a sua equipe a realizar um trabalho de qualidade com um alto
desempenho, melhorando a produtividade de sua equipe e, consequentemente,
aumentando o crescimento da empresa. A liderança de um profissional de
engenharia deve estar alinhada com a tecnologia, recursos humanos e finanças.
Esse é o cenário atual onde encontramos inserido o profissional de engenharia.
Embora as principais escolas de engenharia não supram a carência em
formação humana, o profissional de engenharia encontra um mercado cada vez
mais exigente em conhecimentos nos parâmetros de gestão de pessoas.
2.3 Parâmetros que influenciam na Gestão de Pessoas
Podemos assumir um conceito de Gestão de Pessoas baseados em três
fatores conceituais importantes:
Entrega: Corresponde à disposição e entusiasmo com a qual o
colaborador consegue demonstrar interesse em realizar todas as suas
atividades proposta na organização (DUTRA, 2002).
Padrões de complexidade: Concernem ao direcionamento da
capacitação e destreza do colaborador em desenvolver de forma eficaz
o seu trabalho, conseguindo realizá-lo com coerência ao cargo exerce.
Está atrelado ao desenvolvimento profissional e o retorno financeiro que
ele obterá (DUTRA, 2002).
Espaço ocupacional: Relacionado com os dois anteriores, o espaço de
trabalho irá variar concomitantemente com a forma de acordo como o
21
trabalho é realizado. Está diretamente ligado à forma com a qual o
colaborador realiza suas funções determinadas pela empresa (DUTRA,
2002).
A gestão de pessoas tem uma grande variedade de linhas de estudo, pois
essa área compreende toda a cadeia organizacional, aquela que vincula desde o
operário de fábrica até o mais alto cargo gerencial. Por sua grande área de
atuação, alguns parâmetros foram delimitados e apresentados neste trabalho. Os
parâmetros foram escolhidos de acordo com a recorrência que eram citados
durante a elaboração do conteúdo. Após essa delimitação, consultou-se alguns
RHs, de empresas aleatórias, para certificar de que os parâmetros citados
satisfaziam a abordagem na política de gestão de pessoas.
2.3.1 Motivação
Segundo Maximiniano (2004, p. 14): “A palavra motivação deriva do latim
motivus, movere, que significa mover. O seu sentido original fundamenta-se no
processo no qual o comportamento é incentivado, estimulado ou energizado por
algum motivo ou razão”
Motivação é a força responsável pelas ações dos indivíduos, é através dela
que decisões são tomadas e que ações se concretizam. É a força motriz que leva
o indivíduo à realização de seus desejos e consequentemente à satisfação
pessoal (MAITLANAND, 2002).
Porém a motivação nem sempre foi utilizada de forma produtiva e coerente.
Antes da revolução industrial ela erada relacionada a punições psicológicas ou
financeiras. Era através dessas punições que esperavam “motivar” os
trabalhadores a não desrespeitarem as regras impostas pela organização. Porém
essa forma distorcida de motivação apenas gerava medo e revolta no ambiente
organizacional. Após a revolução industrial, com o avanço tecnológico e o
surgimentos das teorias administrativas, surgiu a necessidade de modificar essa
22
cultura e estimular o colaborador para conseguir grandes avanços em
produtividade. (CASADO, 2002)
Com o avanço das políticas de gestão de pessoas, várias teorias sobre
motivação foram propostas, porém somente três terias foram sustentadas e
aceitas:
Pirâmide de necessidades de Maslow, todos os indivíduos
apresentavam uma hierarquia de necessidades que precisam ser
satisfeitas. As necessidades mais baixas devem ser satisfeitas antes
das necessidades dos níveis mais alto para que consiga atingir a
autorrealização (MAITLAND, 2002).
Teoria de dois fatores de Herzberg, sugere dois grupos igualmente
importantes para motivar uma equipe: fatores de higiene, que estão
sobre controle das empresas, extrínsecos (condições no ambiente de
trabalho); fatores motivadores, que estão sobre controle do indivíduo,
intrínsecos (dizem respeito aos sentimentos de auto-realização e
reconhecimento) (MAITLAND, 2002).
Teoria de Vroom: existem duas partes que compõem a motivação:
desejos individuais e as expectativas de alcançá-los. Essa teoria ela
relaciona esforço e desempenho de realização com recompensa de
sucesso (MAITLAND, 2002).
As teorias apresentam características únicas, mas que podem ser tratadas
de forma conjunta para se obter uma maior satisfação profissional. Observa-se
que a maior influência sobre a motivação são as pessoas e a forma com a qual
elas se relacionam, uma vez que a motivação é interna: ninguém motiva ninguém
(MAITLANAND, 2002).
Os fatores extrínsecos aos colaboradores tendem a ser uma forma de
motivação eficaz dentro das organizações, que levam à satisfação do indivíduo.
Bom ambiente organizacional, reconhecimento por ações realizadas e plano de
carreira, são alguns fatores que as organizações podem utilizar como forma de
despertar a motivação. (BALDUCCI, 2007).
Muitas vezes a forma de motivar não está somente relacionada a induzir a
autossatisfação, é atrelada às políticas de recompensas e premiações. Porém
essas políticas precisam ser pré-estabelecidas para que não gere
23
descontentamento entre colaboradores, sendo imprescindível que elas não sejam
tendenciosas e mal embasadas (BADUCCI, 2007).
Contudo as recompensas físicas como: bons salários, menção honrosa,
benefícios, etc. Não são suficientes para gerar motivação no colaborador, é
necessário que ele seja motivado, também, através da autonomia sobre seu
trabalho, na quantidade de desafios com a qual o funcionário é submetido, ao
grau de confiança que depositam nele e na sua autorrealização dentro e fora do
ambiente de trabalho (MACEDO, 2003).
Motivar o colaborador é a forma mais eficaz para melhorar o ambiente
organizacional. É através da motivação e reconhecimento que observa-se uma
melhorias nas relações interpessoais, um aumento da produtividade e uma
linearidade nos resultados obtidos. Logo, o sucesso da organização tende a
melhorar conforme os processos de motivação atingem a maior parcela de
colaboradores (CASADO, 2002).
Os processos de motivação são de extrema importância para o ambiente
organizacional e contribui de forma positiva para o desenvolvimento e motivação
do colaborador, pois percebe-se que indivíduos altamente motivados tendem a
realizar seu trabalho com maior excelência (BERGAMINI, 1997).
2.3.2 Liderança
A gerência é a mola propulsora para o sucesso e sobrevivência de uma
organização. Liderar é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem
entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança e
compartilhando conhecimento. É influenciar pessoas para que essas possam se
doar em prol de algum bem que será revertido a favor de todos e não somente de
um único indivíduo. Porém, mais do que influenciar pessoas é saber gerir e
acreditar que liderar é, antes de tudo, formar novos líderes (HUNTER, 2004).
O sucesso empresarial está diretamente ligado a excelência na qual o
gerenciamento da empresa se encontra. O gerente são os olhos, o caminho e a
sabedoria da organização, é através dele que a força de realização será gerada e
24
através da sua capacidade de gerenciamento que ela será mantida (HUNTER,
2004).
A liderança pode ser dividida em três diferentes pilares: autocrática,
democrática e liberal.
Liderança Autocrática: forma de liderança na qual o gerente toma as
decisões sozinhas, ele é o responsável por decidir: “o que”, “como” e
“quem”. E a política se baseia em caráter pessoal atribuindo elogios e
críticas abertamente (BELLUZZO, 2002).
Liderança Democrática: As decisões são de responsabilidade da
equipe, são os colaboradores os responsáveis por delimitar o projeto
e atribuir de forma coletiva as ações e a pessoas para realizar as
tarefas. O gestor tem a função de acompanhar e apoiar, sendo
presente tem a responsabilidade de compartilhar feebacks
(BELLUZZO, 2002).
Liderança Liberal: Parecida com a democrática, exceto pelo fato do
gerente não participaR de nenhuma etapa, acompanhando e longe a
resolução d equipe. Participando efetivamente só quando solicitado
(BELLUZZO, 2002).
A figura do líder não pode ser retratada como alguém que age de forma
autoritária, aplicando uma relação de hierarquia marginalizada. O líder de um
grupo tem a capacidade de entender o ambiente a sua volta e assim se mostrar-
se acessível aos colaboradores de suas equipes (BALDUCCI, 2007).
Contudo a forma de liderança mais eficaz é aquela na qual o gestor
consegue empreender de forma coletiva, ajustando sua necessidade às
necessidades daqueles que estão à sua volta, firmado no compartilhamento e no
reconhecimento atrelado à sociabilidade do ambiente de trabalho
(ALBUQUERQUE, 2002).
O líder deve se mostrar todo momento uma pessoa acessível e disposta a
ajudar. Por meio da liderança o indivíduo irá perceber quais sãos as reais
intenções do trabalho, quais os objetivos e principalmente qual a sua importância
para o sucesso do trabalho a ele atribuído. “Se você não acredita no mensageiro,
não vai acreditar na mensagem” (HUNTER, 2004)
25
O direcionamento dado por um Líder é o fator que determina o sucesso de
seus colaboradores e consequentemente o sucesso da organização. É do modelo
de liderança que se provem a ética de trabalho e a forma pela qual os
colaboradores se inter-relacionam, favorecendo assim a melhoria do ambiente
organizacional (ARRUDA; NAVRAM, 2000).
Nota-se que a atuação de um líder perante seu grupo, a forma pela qual ele
se dirige a seus colaboradores e seu comportamento diante de atividades, alheias
às suas responsabilidades, são perspectivas que destacam mais que sua própria
palavra ou escrita (ARRUDA; NAVRAM, 2000).
Por fim, resumimos uma boa liderança como a capacidade que o gestor tem
de ensinar, conduzir e estimular os colaboradores a se desafiarem e a se
comprometerem com os trabalhos a eles destinados. É a capacidade de garantir
confiança a seus colaboradores, para que eles se sintam autônomos na
realização de seus trabalhos por maior que sejam os riscos e incertezas que eles
encontrarão (MACEDO, 2003).
Relaciona-se assim uma boa gerencia com o crescimento motivacional
dentro da organização. Um Líder presente, interessado e empático desperta a
motivação individual, consequentemente a coletiva, dentro de sua equipe e esse
fator faz com que a produtividade organizacional ganhe novos rumos,
aumentando os índices de competitividade da organização (MACEDO, 2003).
2.3.3 Comunicação
A comunicação organizacional é, também, fruto da revolução industrial, pois
após a revolução ocorreu uma grande expansão industrial e consequentemente
aumento no comércio. Surgiu nesse momento então a propaganda, jornalismo
comercial, relações públicas e a própria comunicação organizacional, que
precisava melhorar as informações trocadas interna e externamente nas
empresas (KUNSCH, 2006).
A comunicação interna começou apenas como caráter informativo, mas após
foi tratada como ferramenta de ensino e propagação e conhecimento.
26
Externamente a comunicação se deu através das relações comerciais e
propagandas. Anteriormente tinha como objetivo apenas estabelecer elos de
comunicação do emissor com o receptor, mas atualmente é abordada de forma a
ser responsável pelo sucesso e permanência da organização no mercado
(KUNSCH, 2006).
Quando a comunicação dentro de uma organização é bem administrada ele
promove rapidez nas realizações de tarefas e melhorias na qualidade do trabalho
realizado, pois ela está diretamente ligada com o desenvolvimento do capital
humano e da organização (KUNSCH, 2006).
Apesar de estar presente nas organizações a todo o momento, o processo
de comunicação nem sempre acontece de forma direta e assertiva. Isso ocorre
pois o processo de comunicação está diretamente ligado a diversos elementos
que afetam diretamente a transmissão da mensagem. A comunicação tem que
ser clara e serve para manter a imagem e o reconhecimento organizacional,
porém, sua principal função dentro de uma organização é melhorar a
compreensão entre diferentes pontos de vistas e solucionar problemas
(MACEDO, 2003).
Para que se tenha uma comunicação efetiva, primeiramente, é necessário
que se tenha conhecimento sobre o que precisa ser transmitido. A comunicação,
além de ser responsável por comunicar, tem que ser capaz de entreter,
sensibilizar e convencer o receptor (MACEDO, 2003).
A comunicação deve se apresentar de forma consistente e clara e
transpassada para seus colaboradores de forma confiante e não autoritária.
Evitando, assim, distorção e re-comunicação; esses fatores que prejudicam a
comunicação dentro do ambiente organizacional (BALDUCCI, 2007).
A comunicação interna está diretamente atrelada à cultura organizacional.
Ela depende do trabalho em equipe e da interligação entre todas as áreas da
empresa, passando pelo RH até a gerência. A boa comunicação aumenta as
habilidades perceptivas dos colaboradores e se apresentam de 3 formas:
descendente (do nível mais alto para o mais baixo), ascendente (do nível mais
baixo para o mais alto) e lateral (entre pessoas de um mesmo grupo. A
comunicação ascendente e descendente pode ser representada pela presença de
feedbacks. (MARQUES, 2004)
27
Observa-se, porém, dentro das organizações, muitas vezes, uma
comunicação unilateral, sem representatividade do receptor, tornando a
comunicação destrutiva dentro do ambiente organizacional. Uma mensagem bem
transmitida tem que se apresentar com influência de todas as áreas envolvidas, é
necessário que todas as partes sintam-se ouvidas e respeitadas durante a
tomada de qualquer decisão ou até mesmo de uma simples idéia a ser modificada
dentro do espaço organizacional (MACEDO, 2003).
O processo de comunicação interpessoal deve atingir, em todos os âmbitos,
o ambiente organizacional. Ela deve ser realizada de forma a esclarecer e motivar
as pessoas envolvidas, sendo inserida, diretamente, no contexto mais globalizado
possível do assunto abordado (CASADO, 2002).
Atrelada à boa comunicação esta a capacidade que o receptor tem de enviar
e receber feedbacks, pois é através dele que teremos a retroalimentação
responsável para que ocorra um desenvolvimento contínuo do processo de
comunicação (BALDUCCI, 2007).
Segundo Baducci (2007, p. 140):
[...] É importante apreciar as tendências e desafios do processo de comunicação empresarial, em que se destacam: a diversidade de padrões de comunicação no ambiente organizacional e a necessidade de aprendizagem para lidar com tais situações.
A comunicação no ambiente organizacional deve ser observada durante
toda sua extensão. Resultando em analises da forma com a qual a informação
esta sendo passada e como ela pode ser melhorada e entendida no ambiente
organizacional (BADUCCI, 2007).
Não necessariamente uma boa comunicação elimina todos os problemas de
fluxo de informações dentro de uma empresa, porém, ela será responsável por,
sempre, identificar e conduzir de maneira assertiva a solução dos problemas
encontrados. É através dela que pode-se estimular a motivação do colaborador,
interligar as áreas empresariais e divulgar o crescimento organizacional.
Tornando-se uma das principais áreas de negócios a ser investida e solidificada
dentro da organização (MARQUES, 2004)
28
2.3.4 Gestão por Competências
Na antiguidade competência era definida como a capacidade que o indivíduo
tinha de se especializar em um assunto. Era definida com a formação acadêmica
e significava prestígio social. Após alguma tempo a palavra foi usada de forma
mais genérica e passou a ser designada à pessoa capaz de realizar qualquer
trabalho.
Atualmente, competência pode ser definida com a habilidade que um
indivíduo possui e que pode ser reconhecida por outra pessoa. Ela está ligada
diretamente com a habilidade que o colaborador tem de identificar, planejar,
resolver e mensurar um problema ou tarefa a ele atribuída. Sendo assim
competência não necessariamente está ligada com conhecimento. Porém, as
competências de um indivíduo não são estáticas, elas podem ser adquirida,
renovadas e perdidas com o tempo. Isso acontece pois muitas das competências
são desenvolvidas com prática e estudo (CHIAVENATO, 2004).
As competências de um indivíduo podem ser separadas em dois grupos:
competências técnicas e competências comportamentais. A primeira, está liga da
aos estudos, definida pelas experiências profissionais, acadêmicas,
extracurriculares (treinamentos, palestras, minicursos). Já as competências
comportamentais estão ligadas as características pessoais do ser humano que
podem influenciar de forma positiva a resolução de tarefas; é as características
obtidas em contato com a sociedade, no dia-a-dia e que pode ser gerida através
de auto-desenvolvimento (CHIAVENATO, 2004).
As competências comportamentais por sua vez podem ser subdivida em 5
grupos:
Intelectuais: habilidade de reconhecer e solucionar problemas pensar
estrategicamente.
De Comunicação: habilidades usadas na comunicação e expressão
dentro da organização (reuniões, diálogos) e externa às organizações
(negociações).
Sociais: transferência de conhecimento do dia-a-dia para o trabalho e
vice-versa.
29
Comportamentais: demonstração de criatividade, espírito
empreendedor, inovação, empatia.
Organizacionais: compreensão de negócio, relações de mercado,
conhecimento em sociopolítica.
Gestão por competências é uma “filosofia de desenvolvimento” de talentos
dentro de uma organização. Através das análises de competências pode-se
definir diversos características de um colaborador, seja ela conhecimento, atitude,
habilidades, etc. As competências atribuídas a cada colaborador tende a afetar
toda a cadeia de trabalho, atingindo diretamente seu desempenho dentro da
organização. Logo, as competências podem ser mensuradas e comparadas com
padrões pré-formados (FLEURY; FLEURY, 2000).
Segundo Deluiz (1996, p. 19):
[...] Competência é inseparável da ação e os conhecimentos teóricos e/ou técnicos são utilizados de acordo com a capacidade de executar as decisões que a ação sugere. A competência é a capacidade de resolver um problema em uma situação dada. A competência baseia-se nos resultados.
No campo empresarial a gestão por competências é um fator crescente e
avaliado a todo o momento. Como definido por Chiavenato (2004, p. 223): “A
avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada
pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e resultados a
serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento.” Essa avaliação tem
como objetivo compreender, incentivar e definir as habilidade, conhecimento e
motivações dos colaboradores (CHIAVENATO, 2004).
A gestão de competência analisa, de forma clara e objetiva, as habilidades
de cada colaborador, como por exemplo: criatividade, aprendizado, resiliência,
dentre outros. Mas não somente analisar e pontuar as observações, gerir
competência abrange também a política de feedbacks. É através dessa
retroalimentação que os colaboradores conseguirão enxergar qual a sua
participação dentro da organização. Através desse acompanhamento, pode-se
notar uma maior proximidade entre colaboradores e gerência (ROCHA-PINTO,
2003).
30
Não só como uma prestadora de serviços e/ou uma vendedora de produtos,
uma empresa tem que se mostrar como uma retentora de competências, ela deve
se mostrar integra aos colaboradores, bem como eles estarem alinhados com sua
estrutura (HAMEL E PRAHALAD, 1995).
Conforme Leme (2005, p. 10): “Gestão por competências é uma ferramenta
que veio para auxiliar as empresas a enxergarem o que ela precisa buscar e
treinar nos seus colaboradores”. Através dela conseguir solucionar problemas
gerados pela globalização e avanço tecnológico, aprimorando as habilidades dos
colaboradores e incentivando a melhoria contínua (LEME, 2005).
Com o avanço da tecnologia os modelos estáticos de gestão já não suprem
a necessidade das organizações. O profissional e hoje tem que estar alinhado e
inteirado com o meio tecnológico, aperfeiçoando cada vez mais seus
conhecimentos para que se mantenha qualificado para o mercado. Já as
organizações tem que estimular o colaborador e gerir por competências para que
esses se tornem produtivos, qualificados e continuem contribuindo para o sucesso
da organização (LEME, 2005).
Uma das melhores formas de gerir por competência é a prática de feedback,
pois esse modelo de retroalimentação é a melhor forma que um gestor tem para
alinhas suas expectativas e melhorar o desempenho do colaborador, que por sua
vez terá a oportunidade de visualizar seus acertos e melhora-los bem como
reconhecer suas falhas e corrigi-las. Porém essa política deve ser compartilhada
de forma sincera, clara objetiva e construtiva para que não ocorra desmotivação
do colaborador (ROCHA-PINTO, 2003).
Em nenhum momento a política de feedback deve ser aplicada de forma a
de gradar o trabalho do colaborar e/ou colocar em dúvidas suas atitudes. Esse
momento de retorno é uma forma de gerir quais as habilidades, capacidades e
conhecimento do colaborador e deve ser realizada para melhorar o
desenvolvimento do indivíduo, agregando de forma positiva tanto para o
colaborador, quanto para a organização (ROCHA-PINTO, 2003).
A política de feedbacks é responsável pelo desenvolvimento e
aprimoramento do colaborador, pois, é através dessa prática que será possível
avaliar quais os pontos a serem melhorados bem como explorar os pontos
positivos analisados (ROCHA-PINTO, 2003).
31
Gerir competências está atrelado a gestão organizacional, pois ela agrega
conhecimentos sobre a gestão estratégica organizacional e direciona todas as
ações necessárias entre empresa e colaboradores para que se atinja o objetivo
final com excelência em ambas as partes, provocando impactos positivos no
mercado empresarial da organização (ROCHA-PINTO, 2003).
2.3.5 Engenharia e sua qualificação para formação de Líderes
As escolas de engenharia, em geral, têm como base a formação de seus
alunos com bases sólidas em matemática, raciocínio lógico e tecnologia. Essas
habilidades permitem que os engenheiros acompanhem o desenvolvimento
tecnológico e ajudam na evolução industrial (ALMEIDA, 2001).
A formação em engenharia é reconhecida em todo mundo como a que mais
contribui para a evolução da sociedade e está presente no dia a dia, ficando
evidente assim a importância do engenheiro em uma sociedade desenvolvida e
próspera, valorizando assim a profissão do engenheiro (LEVY, 1996).
Percebemos que, na era tecnológica em que estamos vivendo, o grande
diferencial das organizações não está na forma com a qual a sua tecnologia
cresce. Mas percebemos que esse sucesso vem com o gerenciamento e
administração da equipe. Pois é através da equipe e da forma com as pessoas
dentro dela se relacionam que conseguiremos delimitar o sucesso ou fracasso do
empreendimento (ALMEIDA, 2001).
Contudo, no contexto atual, o que as empresas esperam de um profissional
de engenharia hoje vai alem da demanda tecnológica. Ocupando cada vez mais
cargo de líderes dentro das organizações, as empresas esperam dos engenheiros
também uma grande desenvoltura em gerir pessoas (ALMEIDA, 2001).
32
3 METODOLOGIA
A fim de verificar quais os aspectos abordados anteriormente no trabalho em
função da gestão da Gestão de Pessoas, estão presentes dentro das
organizações, foram aplicados questionários em 13 empresas, compreendidas
entre o Vale do Paraíba e noroeste paulista. Os questionários foram aplicados
diretamente com os colaboradores de cada empresa, os quais puderam
responder o questionário de forma privativa, sem a presença da liderança.
Das 13 empresas consultadas, quatro empresas tiveram os questionários
preenchidos por todos os colaboradores integrantes da organização. Desta forma,
foram analisados somente os dados destas quatro empresas.
Das empresas analisadas apenas uma se mostrou aberta a divulgar o nome.
Sendo assim, para preservar o direito de não divulgação da empresa, as
empresas foram tratadas por letras.
Foram analisados quatro parâmetros dentro da Estrutura Organizacional:
Motivação, Liderança, Comunicação e Gestão por Competência. Dentro de cada
tópico foram abordadas as áreas contidas nas perguntas dos questionários
apresentados nos Apêndices A.
Com esse questionário foi possível definir quais os parâmetros são de
conhecimento dentro da organização e quais aqueles que dificilmente são
abordados dentro da empresa. Sendo assim, as primeiras perguntas
apresentaram dois tipos de alternativas:
Possuo conhecimento do assunto abordado.
Não possuo conhecimento sobre o assunto abordado.
O segundo questionário foi aplicado para estudantes da EEL-USP,
totalizando 342 entrevistados, dos cursos de: Engenharia Química, Engenharia
Bioquímica, Engenharia de Materiais, Engenharia Ambiental, Engenharia Física e
Engenharia de Produção. Essa pesquisa buscou verificar o conhecimentos dos
estudantes sobre Liderança e Empatia, bem como avaliar se os estudantes de
engenharia sentem necessidade em matérias suplementares de recursos
humanos, se sentem preparados para serem gestores no mercado de trabalho e
33
se julgam necessário, no futuro, realizar cursos de pós-graduação na mesma
área.
Após a realização das entrevistas, os dados foram coletados e analisados na
forma de gráficos, de modo a permitir compreender quais são os parâmetros mais
deficientes dentro das organizações avaliadas, bem como avaliar a opinião dos
alunos de engenharia em relação a ausência de matérias em gestão de recursos
humanos.
34
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Crescimento Organizacional atrelado à Gestão de Pessoas
As empresas escolhidas se encontram em duas situações diferentes diante
do mercado. Duas dessas empresas apresentam crescimento no mercado, já as
outras duas possuem instabilidade de mercado.
As empresas A e B possuem, respectivamente, dez e dezesseis
colaboradores. As duas outras empresas, C e D, possuem doze e dez
colaboradores, respectivamente.
4.1.1 Motivação
“Você se sente uma pessoa motivada a realizar as tarefas designadas a você?
Sente-se importante e responsável pelo sucesso dos resultados da empresa? É
possível observar um Processo de Motivação dentro do seu ambiente de
trabalho?”
Os dados apresentados na Figura 2 mostram que na Empresa A 80% dos
entrevistados encontram-se desmotivados, já na Empresa B observou-se 50% de
desmotivação dos funcionários em relação à organização. Em contrapartida
observamos que as Empresas C e D apresentam apenas 10% de desmotivação.
35
Figura 1 – Processo de Motivação
Fonte: Própria.
A motivação dentro da organização é responsável por estimular o
colaborador e incentivar o crescimento do mesmo dentro da organização. A
motivação é um fator externo ao colaborador que deve ser gerida constantemente
através do reconhecimento e do incentivo. Essas duas políticas desperta o
interesse e a vontade do colaborador de manter seu crescimento dia a dia em prol
da organização (BALDUCCI, 2007; MACEDO, 2003).
As políticas de recompensas são outra forma de motivar o colaborador,
porém essa política deve ser estruturada e solidificada antes de ser
implementada. A motivação também alcançada quando os feedbacks
demonstram para o funcionário que todo o trabalho que ele esta realizando parar
a organização está sendo positivo e que ele também é responsável pelo sucesso
da empresa (BALDUCCI, 2007; MACEDO, 2003).
36
Quando a desmotivação se torna presente no ambiente de trabalho,
observa-se que as tarefas já não são realizadas com a mesma eficiência e que
muitas vezes os funcionários não realizam tarefas a eles atribuídas, ou seja, tiram
de si as obrigações e as redirecionam a outro funcionário, o qual ele julga ser
mais reconhecido dentro da organização. Por sua vez, com o dobro de trabalho
agregado, o funcionário não consegue cumprir os prazos e se sente
sobrecarregado e injustiçado dentro da organização, fazendo com que o ambiente
de trabalho de torne hostil (BALDUCCI, 2007).
Observa-se que nas empresas A e B os colaboradores não são tão
motivados como nas empresas C e D. Os resultados sugerem que pela falta de
motivação as empresas A e B tendem a ter um ambiente de trabalho mais
carregado com profissionais insatisfeito com as tarefas a eles atribuídas ou
mesmo com o cargo que exercem, diferente das empresas C e D.
Nesse ponto começamos a enxergar como, com base nos resultados
apresentados no gráfico acima, que os pilares da gestão de pessoas devem estar
solidificados, pois todos estão entrelaçados e são fundamentais para o
desenvolvimento organizacional.
4.1.2 Liderança
“Durante o seu período de trabalho você consegue perceber a presença de um
Líder? A pessoa em questão ela consegue desenvolver o processo real de
Liderança na equipe? (Entenda-se por Liderança a capacidade de gerir pessoas
motivando-as e mostrando-se presente nas atividades a serem realizadas)”
Na Figura 3 as empresas, A e B, declaram que 100% não se sentiam
geridas por um Líder, alegando assim a ausência do Gestor e a não motivação do
líder em relação ao trabalho realizado. Contudo os dados das Empresas C e D
mostram 100% de satisfação com a gerência local.
37
Figura 2 - Liderança
Fonte: Própria.
Liderar é motivar, caminhar juntos, resolver problemas como a equipe e não
apenas delegar tarefas, ser ríspido e fazer cobranças autoritárias. Quando o
modelo de gerencia se aproxima do caráter autoritário e direcionador, o colaborar
cria uma resistência direta a responder assertivamente ao trabalho delegado
(HUNTER, 2004).
O colaborador tem a necessidade de sentir-se ouvido e entendido durante a
realização do trabalho, demonstrando que suas idéias e as suas falhas serão
compreendidas e discutidas para um bem geral. No momento em que o
colaborador não se sente parte integrante da resolução das tarefas e, sim,
somente força física de realização, ocorre o desinteresse e a desmotivação,
citados no tópico anterior (HUNTER, 2004; ALBUQUERQUE, 2002).
Quando o colaborador não se sente motivado, reconhecido e apoiado
dentro da organização ele desencadeia um processo de desmotivação, podendo
38
chegar a se desligar da equipe, deixando aberta a vaga e promovendo uma
grande rotatividade de funcionários (HUNTER, 2004; ALBUQUERQUE, 2002).
Por fim, essa rotatividade se torna um problema para a organização, pois, a
partir desse momento, a equipe se encontrará sempre com a necessidade de
treinar e alinhar um novo funcionário para a função em aberto, gerando
retrabalho, perda de produtividade e atraso nas realizações das tarefas
(HUNTER, 2004).
Observa-se, no ambiente de trabalho, a necessidade que o Líder tem de
sentir o ambiente e ajustar de forma empática quais as melhores tarefas a serem
distribuídas e realizadas na organização; facilitar a comunicação e a interação
entre os funcionários e procurar entender as necessidades do grupo.
Acompanhando de forma efetiva e presente o crescimento e os problemas da
empresa, tornando-se assim uma figura mais real e acessível a seus
colaboradores (HUNTER, 2004).
Novamente pode-se observar que as empresas A e B apresentam
resultados inferiores às empresas C e D, nesse caso a falta de um modelo de
liderança dentro da organização pode desencadear uma série de problemas
dentro da organização. Quando a ausência de um líder é percebida na
organização os colaboradores tendem a entrar em conflitos internos e externos,
pois os mesmos não sentem-se apoiados e guiados na realização de trabalho,
essa não gestão pode levar a desmotivação e desinteresse em permanecer na
companhia (ALBUQUERQUE, 2002).
4.1.3 Comunicação
“As informações que são apresentadas a você durante sua carga horária de
trabalho, ou mesmo via e-mail/telefone, apresentam um Processo de
Comunicação simples e direto? Você sente que a informação passada foi de
caráter acessível a qualquer receptor?”
39
De acordo com a empresa A, 60% afirma que a comunicação dentro do
ambiente de trabalho não acontece de forma clara e objetiva, enquanto na
Empresa B, 50% afirmam haver falha na comunicação. As empresas C e D
alegam que 100% da comunicação dentro da organização fluem de forma rápida
e direta, como observado na Figura 4.
Figura 3 - Processo de Comunicação
Fonte: Própria.
A comunicação dentro de uma organização é um ponto importante para o
sucesso da empresa. É pela comunicação que se consegue um melhor
direcionamento da organização e melhor desempenho das equipes (HUNTER,
2004, CASADO, 2002).
Durante o estudo de comunicação fica perceptível que os dados obtidos
apresentam uma melhor significativa em relação aos demais. Mas isso apenas
ocorre, pois os colaboradores sentem uma facilidade na comunicação entre eles,
porém enxergam grandes obstáculos quando essa comunicação tende a ser
vertical (CASADO, 2002).
40
A comunicação está presente no processo de liderança, na forma com a
qual o gestor transcreve todos os processos e conduz a dinâmica de trabalho
diária. No ambiente organizacional, a comunicação é responsável pelo diálogo
fácil e a convivência entre os colaborados. Bem como é apresentada no processo
de motivação dos funcionários, os conduzindo a um melhor entendimento dê seu
trabalho e quais as melhoras que ele traz para a equipe (HUNTER, 2004).
Comunicar de forma clara e simples é a porta de entrada para o bom
entendimento do colaborador e para uma melhor realização de tarefas. Entende-
se que este parâmetro seja um dos mais importantes dentro da organização, pois
é através dele que todas as informações serão passadas e recebidas, tornando-
se peça chave para a resolução de problemas e consolidação de tarefas
(BALDUCCI, 2007).
A má comunicação entre colaboradores pode gerar, em um início,
divergência de informações básicas para realização de trabalhos e posterior é
responsável por distorção de informações que elevaria a um nível extremo a
possível falência organizacional (BALDUCCI, 2007).
Na figura 10 observamos novamente uma discrepâncias entre os resultados
das empresas A e B com as C e D. Percebe-se assim que os resultados sugerem
que nas empresas A e B a comunicação deva ser estudada e observada tanto
pelo gestor quando pela equipe de recursos humanos. Uma vez que em toda
cadeia de extensão da comunicação, há necessidade de alinhamento para
garantir que não ocorra divergência destrutiva em qualquer assunto a ser
discutido e realizado. Através do alinhamento de comunicação e participação da
equipe nas discussões e diálogos dentro da empresa também é possível prevenir
conversas paralelas, de caráter duvidoso e/ou maldoso, evitando uma política de
especulação entre colaboradores.
4.1.4 Gestão por Competências
“Através das suas atividades realizadas e do seu comportamento durante a
realização das mesmas, você recebe feedbacks constantes? Você sente que
41
durante seu processo de trabalho na organização as suas Competências estão
sendo geridas e avaliadas?”
A pesquisa mostra que na empresa A, 80% não sentem que suas
competências são geridas e na empresa B, 75% afirmam não receberem
feedbacks constantes. Em contrapartida, como vista na Figura 5, a empresa C
mostra que 15% estão insatisfeitos, enquanto a empresa D 25%.
Figura 4 - Gestão de Competências
Fonte: Própria.
A necessidade de gerir as competências dos colaboradores esta em
mensurar o crescimento do mesmo dentro da organização, qual está sendo o
aproveitamento das suas capacidades e como ajudá-lo a incrementar ainda mais
sua carreira dentro do negócio. É através desse gerenciamento que você
42
consegue desenvolver o colaborar e consequentemente aumentar a produtividade
dentro da organização (HUNTER, 2004).
A ausência da gestão de competências dentro de uma organização acarreta
grandes perdas na equipe, isso pois todo processo de realização de uma tarefa
ou de comunicação dentro da organização tem de ser gerido, uma vez que
qualquer falha existente tem de ser apontada e corrigida. Visando a melhoria da
qualidade dos serviços prestados, a forma como será gerida a competência dos
colaboradores deve ser realizada de forma a agregar conhecimento e promover
auto-crítica. Então, nesse momento é necessário que a comunicação se
apresente clara, objetiva e que alcance a efetividade necessária, para que não
seja tratado de forma ofensiva e não seja destrutiva para o colaborador
(HUNTER, 2004).
A melhor forma de gerir por competência é através da política de feedbacks,
que são ferramentas importantíssimas para o desenvolvimento da equipe. É
através dessa política que o colaborador poderá se orientar em relação à
realização de suas tarefas, conseguindo assim obter uma máxima nos trabalhos
realizados (LEME, 2005).
Observa-se novamente a deficiência das duas primeiras empresas em
relações as últimas, nesse caso os dados podem sugerir que há uma ausência
dos feedbacks durante a parte ativa de trabalho e essa defasagem pode, em
algum momento, induzir o colaborador ao erro, repetidamente, ou realizar alguma
tarefa de forma incorreta, por falta de um retorno sobre a forma com a qual o
trabalho vem sendo por ele realizado. Uma vez presente a política de gestão por
competências o colaborador terá consciência para assim corrigir o erro ou evitá-lo
numa próxima ocasião, bem como ser reconhecido pelo trabalho de sucesso
realizado, gerando motivação e incentivando o crescimento pessoal e o aumento
da produtividade do colaborador (LEME, 2005).
43
4.2 Engenharia e a deficiência de suporte didático em Recursos Humanos.
Após as pesquisas realizadas com os alunos da Escola de Engenharia de
Lorena – USP foi possível obter dados que sugerem que os estudantes sentem
uma deficiência em matérias de recursos humanos dentro dos cursos de
graduação.
Observa-se uma lacuna na formação curricular dos cursos de engenharia
para a formação de Gestores qualificados com a exigência do mercado, que é
evidenciada no não oferecimento de matérias de suporte de gestão de recursos
humanos. Observa-se que a procura por Pós graduação em Gestão de Pessoas
são feitas por profissionais que buscam uma oportunidade para obter um maior
conhecimento e uma melhor formação em gerenciamento (ALMEIDA, 2001).
Contando com as mudanças que vêm acontecendo mundialmente no
cenário empresarial, as escolas de engenharia não estão acompanhando as
exigências por uma formação mais eclética e a necessidade que o profissional
está sentindo ao ingressar na carreira profissional. Com isso, o profissional se
apresenta apto para aplicar seus conhecimentos tecnológicos e científicos, porém
não alcançando o patamar de gestão que as empresas exigem hoje em dia.
(ALMEIDA, 2001).
Analisando essas informações e por intermédio da pesquisa realizada,
coletou-se dados para analisar se existe essa deficiência nos jovens universitários
de engenharia e futuros Líderes organizacionais.
A pesquisa revela que mais de 90% dos estudantes, entrevistados,
afirmaram saber a definição de liderança, como verificado nos gráficos das figuras
6 e 7. Esses resultados sugerem que os estudantes entrevistados consigam
discernir a diferença entre o preparo que um Líder possui que sobressai ao
“chefe”. Nessa análise observa-se que conhecimento sobre modelos de liderança
está presente dentro da organização ou do cotidiano do estudantes, mas não
necessariamente pode-se afirmar que seja de completo entendimento por parte
do aluno.
A pesquisa mostra também que a maioria dos estudantes conseguem definir
a essência de empatia, o que nos sugere que os universitários tenham
conhecimento sobre uma das principais características que o mercado de trabalho
44
Busca em um Líder atual. Porém é necessário entender se esses estudantes
colocam em prática esse valor e o quanto eles realmente conseguem diferir
empatia de cordialidade.
Figura 5 - Questionamento sobre Liderança
Fonte: Própria.
Figura 6 - Questionamento sobre Liderança.
Fonte: Própria.
45
Após os questionamentos sobre Liderança, os mesmos alunos foram
submetidos a mais duas perguntas que se referiam à forma como eles se
encontram preparados para lidar com o mercado de trabalho.
Os engenheiros hoje em dia estão sendo colocados em posições na qual o
contato direto com outros indivíduos está cada vez mais acentuado. Logo é
necessário estar sempre buscando alguma formação adicional para que eles se
sintam preparados para exercer as funções a eles atribuídas. Não apenas capaz
de desenvolver e aplicar novas tecnologias e negócios, o engenheiro atual é
responsável por gerir toda sua equipe, sendo ele a força motivadora,
incentivadora e receptora de informações, feedbacks e ideias (ALMEIDA, 2001).
A partir desse ponto e analisando os gráficos das figuras 8 e 9 podemos
observar que os futuros gestores, atuais, universitários de engenharia, sentem-se,
na sua maioria, não aptos a gerir o ambiente que a ele for submetido. Esse
despreparo pode estar atrelado à deficiência da grade curricular em disciplinas
que complementem a formação de engenharia em recursos humanos.
Segundo Almeida (2001), a liderança pode ser nata do ser humano, porém
tornar-se um líder a ser seguido e ser um exemplo, depende da forma com a qual
essa liderança será solidificada e como os ensinamentos e tarefas serão
ministradas pelo gestor durante sua participação na equipe. Mostrando
novamente que a formação em recursos humanos torna-se extremamente
importante para o sucesso do trabalho.
46
Figura 7 - Questionamento sobre preparo em Gestão de Recursos Humanos
Fonte: Própria.
Figura 8 - Questionamento sobre preparo em Gestão de Recursos Humanos
Fonte: Própria.
Após essa segunda análise, os mesmos estudantes foram questionados
sobre o quão necessário eles definem ter um apoio maior em matérias de
recursos humanos, bem como o quanto eles sentem importância de, no cenário
atual, realizar uma Pós-graduação para que tenha maior contato com esse mundo
novo de negócio a que o engenheiro está sendo submetido.
47
Embora algumas pessoas ainda questionem a necessidade de se aprimorar,
fora da universidade, em matérias suplementares em recursos humanos a
procura está se tornando cada vez mais constante, devido a exigência do
mercado. Sendo assim o profissional precisa direcionar seu aprendizado para
obter bons resultados e se tornar atrativo para as organizações. Porém, por mais
que essa necessidade seja crescente, observa-se que pouco foi feito até agora
para mudar esse cenário (ALMEIDA, 2001).
Através das análises das figuras 10 e 11, os gráficos sugerem que os
estudantes sentem a necessidade de se especializar quando deixarem a
faculdade, bem como buscariam se especializar em disciplinas suplementares em
recursos humanos. Essas atitudes podem ser embasadas pela percepção de
mercado que os jovens profissionais possuem. Percepção na qual é responsável
pela constante busca em especialização profissional para se tornar competitivo ao
mercado de trabalho.
Figura 9 - Necessidade de conhecimento em Gestão de Pessoas
Fonte: Própria.
49
5 CONCLUSÃO
Com o objetivo de analisar a influência e a relevância da gestão de pessoas
no ambiente organizacional, esse trabalho se propôs a abordar os principais
temas que devem ser geridos dentro de uma empresa. Também teve como
objetivo analisar a opinião dos estudantes de engenharia em relação a escassez
de matérias em recursos humanos na grade curricular dos cursos oferecidos.
Com base na pesquisa realizada podemos perceber que os índices de
satisfação, dentro das organizações, se diferem entre as quatro empresas
analisadas. Dados confrontados levam ao entendimento que as empresas C e D
apresentam números superiores quando questionados sobre a eficiência da
gestão de pessoas dentro da organização. Esses podem relacionar a integração
na gestão de pessoas com a orientação da organização nas buscas por
crescimento e sucesso de mercado.
Já as empresas A e B, apresentaram uma deficiência na gestão de pessoas
dentro da organização. Essa análise pode sugerir que essa deficiência pode gerar
uma instabilidade organizacional e queda mercado sofrida por essas empresas.
Considera-se que a Gestão de recursos humanos dentro de uma
organização é um forte fator de impulso para a realização de tarefas importantes
dentro da mesma. Gerir pessoas é preocupar-se com o desenvolvimento e
crescimento organizacional. Motivar, apoiar, reconhecer, proporcionar
aprendizado, acompanhar todas as etapas e ouvir são fatores que promovem o
desenvolvimento e aprimora o aproveitamento do potencial humano.
Observou-se que uma parcela alta dos estudantes da EEL-USP sente-se
despreparados para atuar no mercado de trabalho como gestores. Os dados
obtidos mostraram que eles detêm o conhecimento sobre modelos de liderança,
mas não são suficientes para comprovar que esses futuros profissionais
realmente compreendam a essência de liderança organizacional.
De forma simplificada, em consenso com, professor e consultor
administrativo austríaco, Peter Drucker (1999): “Gerenciamento é substituir
músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por
cooperação”.
50
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53
APENDICE A
Essa primeira investigação teve como objetivo analisar se os parâmetros
abaixo tabelados podem ser percebidos dentro da empresa analisada.
As respostas compreendidas foram:
Sim, Possuo conhecimento do assunto abordado.
Não, possuo conhecimento sobre o assunto abordado.
Questionário 1
Sim Não
Você se sente uma pessoa motivada a realizar as tarefas designadas a você?
Sente-se importante e responsável pelo sucesso dos resultados da empresa? É
possível observar um Processo de Motivação dentro do seu ambiente de
trabalho?
Durante o seu período de trabalho você consegue perceber a presença de um
Líder? A pessoa em questão ela consegue desenvolver o processo real de
Liderança na equipe? (Entenda-se por Liderança a capacidade de gerir pessoas
motivando-as e mostrando-se presente nas atividades a serem realizadas)
As informações que são apresentadas a você durante sua carga horária de
trabalho, ou mesmo via e-mail/telefone, apresentam um Processo de
Comunicação simples e direto? Você sente que a informação passada foi de
caráter acessível a qualquer receptor?
Através das suas atividades realizadas e do seu comportamento durante a
realização das mesmas, você recebe feedbacks constantes? Você sente que
durante seu processo de trabalho na organização as suas Competências estão
sendo geridas e avaliadas?
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APENDICE B
O questionário a seguir teve como objetivo analisar o conhecimento dos
estudantes da escola de Engenharia de Lorena em relação a Gestão de Pessoas
bem com entender a deficiência da formação humana no curso de engenharia.
Questionário 2
SIM NÃO
Saberia definir a diferença entre Líder e Chefe, sem consultar qualquer
literatura?
Saberia definir empatia?
Você sente necessidade de ter matérias nas quais a formação humana
esteja mais presente?
Sente-se preparado para encarar o mercado de trabalho como um líder?
Está preparado para gerir pessoas de formar a se tornar um modelo e
exemplo de gestor a ser seguido?
Analisando a grade curricular de seu curso concomitantemente com o
mercado atual, que espera um engenheiro mais “humanizado”, você sente
que será necessário se especializar em formação humana no final da
graduação?