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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Departamento de Ensino de Ciências e Biologia Curso de Especialização em Ensino de Ciências Wellington Dutra dos Reis Contribuições e Tendências das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) no ensino e aprendizagem de Ciências: Uma Revisão do XXI Simpósio Nacional de Ensino de Física Rio de Janeiro 2017

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de ... final com ficha.pdf · Comunicação) no ensino e aprendizagem de Ciências: Uma Revisão do XXI Simpósio Nacional de Ensino

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes

Departamento de Ensino de Ciências e Biologia Curso de Especialização em Ensino de Ciências

Wellington Dutra dos Reis

Contribuições e Tendências das TIC (Tecnologia da Informação e

Comunicação) no ensino e aprendizagem de Ciências: Uma

Revisão do XXI Simpósio Nacional de Ensino de Física

Rio de Janeiro

2017

1

Wellington Dutra dos Reis

Contribuições e Tendências das TIC (Tecnologia da Informação e

Comunicação) no ensino e aprendizagem de Ciências: Uma Revisão do XXI

Simpósio Nacional de Ensino de Física

Monografia apresentada, como

requisito parcial para obtenção do

título de especialista em Ensino de

Ciências, ao Curso de Especialização

em Ensino de Ciências, do Instituto

de Biologia Roberto Alcantara

Gomes, da Universidade do Rio de

Janeiro.

Orientador: Prof. Dr. Waisenhowerk Vieira de Melo

Rio de Janeiro

2017

2

CATALOGAÇÃO NA FONTE

UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC/A

Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução parcial desta monografia, desde que citada a fonte.

Assinatura Data

R375 Reis, Wellington Dutra dos. Contribuições e tendências das TIC (Tecnologia da informação e

comunicação) no ensino e aprendizagem de ciências: uma revisão do XXI Simpósio Nacional de Ensino de Física/ Wellington Dutra dos Reis. – 2017.

34f. : il. Orientador: Waisenhowerk Vieira de Melo Monografia (Especialização no Ensino de Ciências) - Universidade do

Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes.

1. Ciências – Estudo e ensino - Monografias. 2. Tecnologia

educacional - Monografias. I. Melo, Waisenhowerk Vieira de. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes. III. Título.

CDU 50:37

CDU 504:37

3

Wellington Dutra dos Reis

Contribuições e Tendências das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) no ensino e aprendizagem de Ciências: Uma Revisão do XXI

Simpósio Nacional de Ensino de Física

Monografia apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Ensino de Ciências, ao Curso de Especialização em Ensino de Ciências, do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, da Universidade do Rio de Janeiro.

Aprovada em 20 de dezembro de 2017.

Banca examinadora:

_______________________________________________ Prof. Dr. Waisenhowerk Vieira de Melo (Orientador) DECB – IBRAG – UERJ _______________________________________________ Prof. Dr. Antonio Carlos de Freitas DBB – IBRAG – UERJ _______________________________________________ Profa. Dra. Giselle Ribeiro de Paula Machado CEDERJ – IBRAG – UERJ

4

DEDICATÓRIA

Para a minha esposa, Ester Carvalho Araujo Dutra, pelo amor, carinho e dedicação

integral.

May the Love be with us.

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AGRADECIMENTOS

Começo agradecendo aos meus pais, José Clóvis dos Reis e Maria Isabel

Dutra dos Reis, por terem dado o ponta pé inicial e a dedicação para minha formação

acadêmica.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Waisenhowerk Vieira de Melo, pela atenção e pelo

apoio que me proporcionou, mesmo passando por esse momento difícil nesta

universidade que me acolheu.

Aos meus colegas de pós-graduação, pelas conversas e discussões que me

proporcionaram grande amadurecimento.

Agradeço a todos os meus familiares e amigos pelo apoio intelectual e moral

durante essa árdua caminhada.

6

RESUMO

REIS,W.D. Contribuições e Tendências das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) no ensino e aprendizagem de Ciências: Uma Revisão do XXI Simpósio Nacional de Ensino de Física, 2017. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências) - Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Rio de Janeiro.

Este trabalho buscou apresentar as contribuições e tendências das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) através da análise dos trabalhos de comunicação oral apresentados no XXI Simpósio Nacional de Ensino de Física. Foram identificados quais conteúdos foram abordados, quais as áreas das TIC foram utilizadas, e por fim, apontou-se quais as principais tendências desta área. Inicialmente foi apresentado uma revisão da literatura abordando os principais temas que envolvem o uso das TIC, visando ambientar o leitor para a análise que será desenvolvida ao longo do trabalho. Nesta análise foi possível identificar que os softwares atualmente são a ferramenta mais explorada pelos autores, entendendo que esta pode ser um complemento das aulas, e que os celulares e tablets vêm sendo cada vez mais explorados em sala de aula. No que se refere as regiões de produção dos trabalhos, pôde-se perceber um amplo número de publicações na região sudeste e sul do país, contando com aproximadamente 85% de toda produção dos trabalhos. No que se refere ao nível escolar, os trabalhos que possuem objetivo de atender a educação básica representaram um total de 75%, seguidos de trabalhos voltados ao ensino superior, e em menor quantidade, os trabalhos destinados a professores em formação. Em suma vemos que a introdução das TIC possibilita um novo modo de promover o ensino, fazendo com que os professores que não foram habituados a utilizar essas novas tecnologias necessitem buscar meios para compreende-las e utilizá-las, tornando-se necessário que as instituições de nível superior promovam cursos para professores em formação e para os que já atuam em todos os níveis de ensino, tornando as TIC uma forte aliada para o ensino das ciências.

Palavras – chave: TIC. Ensino de Física. Simpósio Nacional de Ensino de Física.

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ABSTRACT

REIS,W.D., 2017 Contributions and Trends of ICT (Information and Communication Technology) in Science Teaching and Learning: A Review of the 21st National Symposium on Teaching Physics. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências) - Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Rio de Janeiro.

This work aimed to present the contributions and trends of Information and Communication Technologies (ICT) through the analysis of oral communication papers presented at the XXI National Symposium on Teaching Physics. It was identified which contents were addressed, which areas of ICT were used, and finally, the main trends of this area were pointed out. Initially, a review of the literature was presented, addressing the main themes that involve the use of ICT, aiming to provide the reader with the analysis that will be developed throughout the work. In this analysis it was possible to identify that the software is currently the most exploited tool by the authors, understanding that this may be a complement to the classes, and that the phones and tablets are being increasingly exploited in the classroom. As far as production regions are concerned, a large number of publications were found in the southeast and south of the country, accounting for approximately 85% of all works produced. Regarding the school level, the works that have the objective of attending basic education represented a total of 75%, followed by work on higher education, and to a lesser extent, the work destined to teachers in training. In short, we see that the introduction of ICT makes it possible for a new way of promoting teaching, so that teachers who were not accustomed to using these new technologies need to find ways to understand and use them, making it necessary for institutions offer courses for teachers in training and those already active at all levels of education, making ICT a strong ally for science education.

Keywords: ICT. Teaching Physics. National Symposium of Physics Teaching.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CIED Centros de Informática Aplicada à Educação 1° e 2° graus

CIET Centros de Informática na Educação Tecnológica

EJA Ensino de Jovens e Adultos

EPEF Encontro de Pesquisadores em Ensino de Física

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IFSP Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

LDB Lei de Diretrizes e Bases

NTE Núcleo de Tecnologia Estadual

NTM Núcleo de Tecnologia Municipal

PBLE Programa Banda Larga nas Escolas

PEC Programas Educacionais por Computador

PEF Pesquisa em Ensino de Física

PGMU Plano Geral de Metas de Universalização

PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a

Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos

PROINFO Programa Nacional de Informática Educativa

PROUCA Projeto Um Computador por Aluno

SBF Sociedade Brasileira de Física

SBPC Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

SNEF Simpósio Nacional de Ensino de Física

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

UFMS Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

UFPR Universidade Federal do Paraná

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFU Universidade Federal de Uberlândia

UniPampa Universidade Federal do Pampa

USP Universidade de São Paulo

9

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 10

1. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 11

1.1 O ENSINO DE CIÊNCIAS .............................................................................. 10

1.2 SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA .......................................... 13

1.3 O SNEF DE 2015 .......................................................................................... 14

1.4 BREVE HISTÓRICO DA INFORMÁTICA EDUCACIONAL NO BRASIL ........ 14

1.5 TECNOLOGIA NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL ...................................... 16

2. OBJETIVOS ..................................................................................................... 19

2.1 OBEJTIVO GERAL ........................................................................................ 18

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 18

3. METODOLOGIA .............................................................................................. 20

3.1 ANÁLISE DE CONTEÚDO ............................................................................. 20

3.2 ALFABETIZAÇÃO TECNOLÓGICA ............................................................... 22

3.3 TECNOLOGIAS EM GERAL .......................................................................... 22

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 25

4.1 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ACORDO COM O FOCO TEMÁTICO .. 25

4.2 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO EM REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL

............................................................................................................................. 26

4.3 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ACORDO COM O NÍVEL ESCOLAR .... 27

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 30

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 32

10

INTRODUÇÃO

Atualmente a informática recebe grande atenção no campo da educação,

tornando-se um importante instrumento para desenvolver aprendizagens e se faz

fundamental que educadores de todos os níveis de ensino trabalhem de comum

acordo com os novos paradigmas da sociedade da informação e do conhecimento.

Os computadores, disponíveis atualmente em grande parte das escolas e na maioria dos lares, podem contribuir bastante para esse objetivo. Os jovens usam o computador dedicando horas do seu dia a jogos e à comunicação através de sítios de relacionamento, reservando pouco tempo a, ou até mesmo negligenciando, o estudo dos conteúdos das disciplinas da escola. Os autores do presente artigo acreditam que a utilização do computador em sala de aula e nas tarefas de aprendizagem a serem realizadas fora dela pode ajudar bastante a atrair a atenção do aluno e motivá-lo para o estudo. (BETZ e TEIXERA, 2012, p. 789).

No século XX vivenciamos uma evolução científica de grande dimensão,

desenvolvendo novas tecnologias na área da informação e comunicação, se

assemelhou ao advento da Revolução Industrial, de acordo com o paralelo traçado

por Castells (1999). A tecnologia provocou grandes mudanças na vida das pessoas

e, a educação foi fortemente influenciada.

A implementação de programas de Tecnologia da Informação e Comunicação

(TIC) nas escolas não pode se limitar somente ao fornecimento de infraestrutura de

recursos técnicos ou de conhecimentos específicos a respeito dessas novas

tecnologias. Tornando imprescindível investir na formação de competências

pedagógicas e metodológicas voltadas para a criação e organização de novos

ambientes virtuais de aprendizagem que permitam a formação de indivíduos que

tenham capacidade de lidar com o novo mundo científico e tecnológico (SERRA,

2009).

Para Mercado (1999), a entrada das novas tecnologias nas salas de aula

facilitou a criação de projetos pedagógicos, trocas interindividuais e a comunicação à

distância, modificando o relacionamento entre professor e aluno.

Acredita-se, portanto, que a inserção de novas tecnologias e a internet irá

contribuir para o aprendizado do aluno ao unificar as inúmeras conexões entre os

conhecimentos científicos básicos e os fenômenos naturais, evidenciando o valor das

TIC como um componente potencializador do processo ensino-aprendizagem, que

devem ser usadas conscientemente e estruturalmente como ferramentas de ensino,

11

fazendo parte das atividades dos alunos de forma constante, mas não exclusiva.

O grande objetivo da utilização de tecnologia no processo de aprendizagem é fazer dela ferramenta de ensino e, considerando computadores e internet, o ensino de física por meio desses equipamentos pode superar, ou no mínimo amenizar, a problemática gerada pelo ensino atual.[...] Isso significa produzir aulas interessantes, que priorizem a metodologia e não somente o conteúdo, o raciocínio científico, o aluno pesquisador e o desenvolvimento da estrutura cognitiva (CARDOSO; DICKMAN, 2012, p. 895).

1. REVISÃO DE LITERATURA

1.1 O ENSINO DE CIÊNCIAS

O ensino de ciências tem sofrido modificações na medida em que “Ciência e

Tecnologia” são reconhecidas como essenciais para o desenvolvimento econômico,

social e cultural de uma Nação. Segundo Krasilchik (2000), na década de 60 durante

a “guerra fria”, para vencer a batalha espacial, os Estados Unidos fizeram um

investimento significativo na educação em relação aos recursos humanos e

financeiros, para produzir os hoje chamados projetos de 1ª geração do ensino de

Física, Química, Biologia e Matemática para o ensino médio.

O objetivo principal era formar uma elite que garantisse a hegemonia norte-

americana na conquista espacial e, para que fosse cumprido era necessário que os

cursos de ciências das escolas secundaristas identificassem e incentivassem jovens

talentosos a seguir carreiras científicas (KRASILCHIK, 2000).

A ciência foi considerada uma atividade neutra que buscava desenvolver nos

cientistas a racionalidade, a competência de realizar observações controladas e de

replicar os experimentos. Procurava sempre liberar os pesquisadores de um

julgamento de valor sobre suas atividades.

Neste momento, mudanças ocorriam no Brasil quanto ao papel da escola.

Instituição no qual deveria ser responsável pela formação de todos os cidadãos e não

mais privilegiar um pequeno grupo. Em dezembro de 1961 foi promulgada a Lei n°

4024/61 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que determinou a ampliação de

ciências no currículo escolar, aumentando a carga horária de Física, Química e

Biologia no antigo colegial. Tais disciplinas exerciam uma função de preparar os

alunos a pensar criticamente, utilizando como base informações e dados (BRASIL,

1961).

Grandes avanços nos problemas sociais ocorreram entre as décadas de 60 e

12

80, com as crises ambientais e o grande aumento da poluição, fazendo com que

outros valores fossem incorporados às ciências como um todo. Não se pretendia mais

formar pequenos cientistas, mais sim cidadãos que busquem melhorias na qualidade

de vida e uma participação mais ativa no processo de redemocratização daquele

período. A ciência não estava mais limitada aos aspectos internos da investigação

científica, mas buscava relacioná-los à sociedade, em seus aspectos político,

econômico e cultural (SANTOS e GRECA, 2006).

Na década de 70, em meio a esse período, foi promulgada a Lei n° 5.692/71 –

Lei de Diretrizes e Bases da Educação com modificações educacionais de grande

impacto no ensino de ciências no Brasil, descaracterizando sua função no currículo,

indicando um caráter profissionalizante para a função escolar, proposta que não foi

muito bem recebida pelos especialistas nessa área (BRASIL, 1971).

Simultaneamente aos processos que estavam acontecendo no mundo, como

por exemplo: os problemas socioambientais e fim da “guerra fria”, a competição

tecnológica surgia demandando dos estudantes conhecimentos referentes ao

significado e importância da tecnologia para as suas vidas como indivíduos e como

membros responsáveis da sociedade (KRASILCHIK, 2000).

Em 1996 uma nova LDB – 9394/96 foi aprovada, estabelecendo a educação

escolar vinculada ao mundo do trabalho e à pratica social. A formação básica do

cidadão além dos domínios da leitura, escrita e cálculos, instituindo uma compreensão

do ambiente material e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos

valores em que se justifica a sociedade (BRASIL, 1996).

O ensino de ciências passou de atividades de laboratórios, discussões,

simulações, jogos etc, apontando cada vez mais para a inserção de novas

tecnologias.

Buscando-se refletir a produção de pesquisadores na área do Ensino de

Ciências, assim como, a importância e o impacto desse ensino no cenário

educacional, foi analisada, neste trabalho, a XVIII edição do SNEF - Simpósio

Nacional de Ensino de Física.

13

1.2 SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA

O Simpósio Nacional de Ensino de Física (SNEF) é promovido pela Sociedade

Brasileira de Física (SBF) que foi criada na XVIII Reunião Anual da Sociedade

Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizada em Blumenau, Santa

Catarina em 14 de julho de 1966. Os participantes deste evento, dentre os quais

contando com pesquisadores, professores de ensino médio e estudantes de física,

durante assembleia aprovaram o anteprojeto de estatuto para a SBF que foi elaborado

por uma comissão de físicos designada para esta finalidade durante a XVI Reunião

da SBPC ocorrida em Ribeirão Preto, SP, em 1964 (SBF, 2016).

Ocorrendo no Instituto de Física da Universidade de São Paulo em 1970, o I

SNEF surgiu quatro anos após a criação da SBF. Inicialmente possuía periodicidade

de três anos até 1985 e foi modificada no VI SNEF pela assembleia geral, e foi

realizado na Universidade Federal Fluminense, aprovando nova periodicidade de dois

anos para os próximos SNEF, fato que permanece até os dias de hoje (SBF, 2016).

A comissão de área Pesquisa em ensino de Física (PEF) é responsável pelos

eventos de ensino promovidos pela SBF. Entre eles pode-se citar o Encontro de

Pesquisadores em Ensino de Física (EPEF) e o SNEF, além da Olimpíada Brasileira

de Física (OBF).

A SBF atualmente se subdivide em comissões de área, a saber:

* ATO: Física Atômica e Molecular

* BIO: Física Biológica

* EST: Física Estatística e Computacional

* FMC: Física da Matéria Condensada e de Materiais

* FMA: Física-Matemática

* MED: Física Médica

* NUC: Física Nuclear e Aplicações

* PEF: Pesquisa em Ensino de Física

* OTI: Ótica e Fotônica

* PLA: Física de Plasmas

* PTC: Física de Partículas e Campos

Segundo a SBF, os principais objetivos das comissões de área são os de

desenvolver e propor atividades de organização das diferentes áreas da física, tanto

14

no âmbito nacional como nos eventos na Sociedade Brasileira de Física, o SNEF é

realizado com sede em diferentes cidades a cada simpósio. Ele reúne professores de

todos os níveis de ensino e alunos de graduação, que estão interessados em debater

questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de ensino de física e ciências,

pesquisas realizadas no campo de investigação do ensino de ciências e à formação

de profissionais para atuarem nesse campo, quer como docentes, quer como

pesquisadores da área (SBF, 2016).

Os SNEFs, na condição de simpósios nacionais, buscam contribuir de forma

significativa na troca de ideias e das múltiplas experiências vivenciadas pelos

participantes do encontro. Neste contexto apresentado a comunidade de ensino de

física e de ensino de ciências de modo geral, bem como os interessados e de alguma

forma ligados ao tema são chamados a participar do evento, seja apresentando suas

atividades de pesquisa, relatos de suas experiências profissionais de docência, relatos

de outros projetos ou na condição de ouvinte (SBF, 2016).

1.3 O SNEF DE 2015

No dia 28 de janeiro de 2015 teve início a Assembleia Geral do XXI Simpósio

Nacional de Ensino de Física – SNEF – no Anfiteatro do Bloco 3Q da Universidade

Federal de Uberlândia – MG. Foram 1422 inscritos pagantes, sendo que desses, 48%

foram alunos do Ensino Médio, de graduação ou técnico; 23% de professores do

Ensino Fundamental ou Médio; predominância de participantes da Região Sudeste.

Foram ofertados 25 cursos e 21 oficinas. Foram submetidos 709 trabalhos, avaliados

por 218 árbitros. Ocorreram 13 mesas redondas, 306 comunicações orais e 287

pôsteres (SNEF, 2015).

1.4 BREVE HISTÓRICO DA INFORMÁTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

A sociedade moderna atual está totalmente envolvida nas Novas Tecnologias

da Informação e Comunicação, que além de proporcionar um maior fluxo de

informações, favorecem uma melhoria na qualidade de vida e um aumento da

comunicação e interação entre os indivíduos, propiciando a construção de

conhecimentos, suscitando novas pesquisas e estimulando o desenvolvimento

15

socioeconômico dos países. (SERRA, 2009)

Os computadores estão cada vez mais presentes nas instituições de ensino,

tornando-se cada vez mais velozes e menores e estão sendo utilizados na área

educacional como instrumentos atenuante no processo educacional (TAJRA,1998).

O primeiro espaço para discussão sobre o uso efetivo do computador na

educação aconteceu em 1973 na I Conferência Nacional de Tecnologia Aplicada ao

Ensino Superior, que após a visita de Seymour Papert à UNICAMP, em 1975,

alavancou o desenvolvimento de atividades de cooperação com instituições

americanas de vanguarda no campo das aplicações pedagógicas do computador,

permitindo em 1983 a criação do atual Núcleo de Informática Aplicada à Educação da

UNICAMP (NIED) (MORAES, 1997).

Já na década de 80 com o começo dos microcomputadores, principalmente os

da Apple, houve uma maior difusão desses equipamentos nas escolas do Brasil.

Assim ocorreu considerável aumento na produção e diversificação de CAIS1, como os

tutoriais, jogos educacionais e simulações. No Brasil esses programas eram

conhecidos como PEC (Programas Educacionais por Computador) (SERRA, 2009).

O Projeto EDUCOM foi concebido a partir do I Seminário e favoreceu a criação

de centros pilotos experimentais em Informática Aplicada à Educação, nas

Universidades Federais no Rio de Janeiro, de Minas Gerais, no Rio Grande do Sul,

Pernambuco e na Universidade Estadual de Campinas. Tinha como alvo principal o

desenvolvimento da pesquisa multidisciplinar voltada para a aplicação da tecnologia

da informática no processo de ensino-aprendizagem (MORAES 1997).

Com os resultados do Projeto EDUCOM, EM 1986, o MEC criou o Programa

de Ação Imediata em Informática na Educação de 1° e 2° graus destinado a capacitar

professores (Projeto FORMAR) e implantar infraestrutura de apoio ao setor de

Secretarias Estaduais de Educação (Centros de Informática Aplicada à Educação 1°

e 2° graus – CIED), escolas técnicas federais (Centros de Informática na Educação

Tecnológica – CIET) e universidades (Centro de Informática na Educação Superior –

CIES). Foram implantados 17 CIEDs em vários estados da Federação nos anos de

1988 e 1989, em que grupos interdisciplinares de educadores trabalhavam com

programas de informática educativa (SERRA, 2009).

No ano de 1989 foi criada a Sociedade Brasileira de Informática Educativa, no

1 CAI – Computer-Aided Instruction ou instrução auxiliada por computador, produzidos pela IBM, RCA e Digital.

16

decorrer da Jornada Luso-Latino-Americana de Informática na Educação, no Rio de

Janeiro. Em outubro de 1989 foi criado o primeiro Programa Nacional de Informática

Educativa - PRONINFE2 nas escolas de 1°, 2°, e 3° graus e no ensino especial com o

foco de desenvolver a Informática Educativa no Brasil (BRASIL, 1994).

Já em abril de 1997 o MEC criou o PROINFO3 - Programa Nacional de

Informática Educativa, com o objetivo de capacitar recursos humanos em Núcleos de

Tecnologia Educativa e instalar 100 mil computadores em no mínimo 6 mil escolas da

rede pública, buscando promover o uso pedagógico da informática (BRASIL, 1997).

1.5 TECNOLOGIA NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

As tecnologias no ensino e nos documentos oficiais da Proposta

Curricular apontam para uma concepção de tecnologia voltada ao campo do Ensino

das Ciências da Natureza e suas Tecnologias, buscando a formação de um indivíduo

para a sociedade do conhecimento, fazendo com que o

educando use as tecnologias para facilitar e aplicar os conhecimentos científico-

tecnológicos para seu desenvolvimento e entrada no mercado de trabalho (BRASIL,

1999).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) trabalha

com a ideia de áreas. Conhecimentos de informática encontram-se agrupados

juntamente com os de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação

Física e Arte, na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (BRASIL, 1996).

Na Lei, ao fazer referência às tecnologias que dizem respeito ao Ensino

Fundamental, observa-se o seguinte texto:

Art.32 O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão mediante: (...) II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;” (BRASIL,1996).

Se tratando do Ensino Médio:

Art. 36 O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes: I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado

2 Criado por meio da Portaria Ministerial n° 549, em 13 de outubro de 1989 3 Programa criado por meio da Portaria Ministerial nº 522, de 9 de abril de 1997.

17

da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;” (BRASIL,1996).

Já os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) referem-se à introdução dos

computadores na escola como um elemento essencial para que se repense o papel

da educação na sociedade moderna:

É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras (BRASIL, 1999).

Em 2003, o Governo Federal iniciou a proposta de criação do Projeto Cidadão

Conectado4 - Computador para Todos, com o principal objetivo de possibilitar a

aquisição de um equipamento de qualidade para a população que não tinha acesso a

um computador que atenda às necessidades dos usuários, além de permitir o acesso

à internet (BRASIL, 2005).

O projeto UCA – Um Computador por Aluno teve como finalidade promover a

inclusão digital, por meio da distribuição de um computador portátil para cada

estudante e professor de educação básica de escolas públicas. A

proposta governamental de acordo com o MEC era o de promover o uso livre de

computadores aos estudantes da rede pública (BRASIL, 2016).

A configuração mínima apresentada nos equipamentos refere-se a 512 MB de

memória RAM, tela LCD a partir de sete polegadas, duas portas USB e memória flash

com pelo menos 1 GB; teclados com proteção contra derramamento de líquidos,

tecnologia de acesso sem fio à Internet e certificação da Anatel, de acordo com o MEC

(FREIRE, 2009).

O projeto UCA (PROUCA) foi Instituído pela Lei nº 12.249, de 14 de junho de

2010. Basicamente foi um registro de preços (RPN) do FNDE para que os estados e

municípios pudessem comprar com recursos próprios ou com financiamento do

BNDES, que teve por objetivo promover a inclusão digital pedagógica e o

desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem de alunos e professores

das escolas públicas brasileiras, mediante a utilização de computadores portáteis

denominados laptops educacionais. O equipamento adquirido continha sistema

4 Foi instituído pelo Decreto n° 5.542 de 20.09.2005.

18

operacional específico e características físicas que facilitavam o uso pelos alunos e

garantiam a segurança dos estudantes, tendo sido desenvolvido especialmente para

uso no ambiente escolar (BRASIL, 2010).

O programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) foi lançado no dia 04 de abril de

2008, pelo governo federal, por meio do Decreto 6.424 que altera o Plano Geral de

Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no

Regime Público (PGMU) sendo uma parceria feita conjuntamente pelo FNDE e pela

Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), tendo como parceiros/alvo as

Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. Sua meta é a de permitir o acesso

à rede mundial de computadores a 2,4 milhões de alunos da rede pública (Brasil,

2008).

O programa prevê o atendimento de todas as escolas públicas urbanas de nível

fundamental e médio, participantes dos programas E-Tec Brasil, além de instituições

públicas de apoio à formação de professores: Polos Universidade Aberta do Brasil,

Núcleo de Tecnologia Estadual (NTE) e Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM). O

PBLE atua com base nas informações do censo da educação básica, onde

anualmente a lista de obrigações é atualizada com as novas escolas elegíveis para

atendimento. Fazem parte do programa as operadoras Telefônica, CTBC, Sercomtel

e Oi/Brt (BRASIL, 2008).

19

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é analisar a utilização de Tecnologia da Informação e

Comunicação (TIC) no Ensino de Física e Ciências a partir da análise dos artigos

apresentados no XXI SNEF – Simpósio Nacional de Ensino de Física, realizado em

janeiro de 2015 em Minas Gerais.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 – Identificar os conteúdos que foram abordados nos trabalhos publicados no

Simpósio;

2 – Listar quais as tecnologias (TIC) foram utilizadas;

3 – Discutir as tendências das TIC no ensino de física;

20

3. METODOLOGIA

3.1 ANÁLISE DE CONTEÚDO

Um trabalho que se caracteriza como uma pesquisa do tipo estado da arte é

definido por Ferreira (2002) como sendo caráter bibliográfico e que possui como

objetivo caracterizar e discutir a produção acadêmica de uma determinada área em

diferentes campos do conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões

vêm sendo destacados e privilegiados tais conteúdos. Segundo suas palavras, as

pesquisas nesta modalidade:

Também são reconhecidas por realizarem uma metodologia de caráter inventariante e descritivo da produção acadêmica e científica sobre o tema que busca investigar, à luz de categorias e facetas que se caracterizam enquanto tais em cada trabalho e no conjunto deles, sob os quais o fenômeno passa a ser analisado (FERREIRA, 2002, p. 258).

A metodologia utilizada foi baseada na análise de conteúdo (BARDIN, 2002),

que é um processo de tratamento e análise de dados qualitativos em que se busca

encontrar convergências e incidências de palavras e frases. A análise de conteúdo

segundo a autora é:

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens (BARDIN, 2002, p. 42).

A análise de conteúdo é dividida em três etapas, sendo a primeira uma pré-

análise do material, onde este é organizado de modo a sistematizar o conteúdo

baseado nas ideias iniciais, de modo que as próximas etapas possam ser realizadas

seguindo um plano de análise. Na segunda etapa faz-se a exploração em termos de

codificação, desconto, ou ainda enumeração do conteúdo. E por fim, os resultados

são tratados buscando-se os significados e a validade dos conteúdos cotejados

(BARDIN, 2002).

Utiliza-se operações estatísticas simples (percentagens), ou mais complexas

(análise fatorial) para servir de base a uma outra análise disposta em torno de novas

dimensões teóricas, ou praticada graças a técnicas diferentes. (BARDIN, 2002)

Para a análise foram selecionados, dentre todos os trabalhos do evento,

aqueles que continham no título, resumo e/ou palavras-chave expressões e palavras

que indicavam a presença do tema TIC.

Nos trabalhos identificados era realizada uma leitura completa, fazendo o que

21

Buscando identificar artigos que não foram selecionados pelo primeiro crivo,

isto é, aqueles que não continham em seu título, resumo e palavras-chave,

expressões e palavras que indicavam a presença do tema. Passou-se a buscar nos

textos palavras previamente selecionadas que poderiam indicar uma relação com o

tema, tais como: informática, computação, computador, Internet, TIC. Assim alguns

artigos que não foram identificados no primeiro levantamento, foram escolhidos nesta

segunda revisão e, portanto foram incorporados ao conjunto de artigos selecionados.

Foram selecionados somente trabalhos apresentados por meio de

comunicação oral, por entendermos que estes estão em caráter final de pesquisa.

A seleção dos trabalhos foi baseada no trabalho de Toniato et al. (2006), que

categorizou os artigos relacionando o uso das Tecnologias no Ensino de Física, onde

foram determinadas duas grandes áreas:

1- Alfabetização Tecnológica: que reúne artigos sobre cursos de formação de

docentes, prioritariamente de Ensino Fundamental, para a divulgação da

Tecnologia; e

2- Tecnologias em Geral: que foi subdividida em Tecnologias da Informática e

Vídeos. Neste último tópico são encontrados os trabalhos que relatam o uso

de vídeo em sala de aula.

A Figura 01 apresenta o quadro esquemático desta categorização.

Figura 1 – Categorias Delineadas para a revisão, baseada em Toniato et al. (2006)

Fonte: O autor

Em alguns trabalhos o foco temático poderia ser incluído em mais de uma

categorização, e para evitar uma duplicidade de dados nos resultados, foi definido que

na ocorrência de mais de um foco temático, será considerado como principal o foco

22

de maior relevância, entendendo-o como principal.

3.2 ALFABETIZAÇÃO TECNOLÓGICA

A Alfabetização Tecnológica tem grande importância no contexto educacional

e a preparação de docentes através de cursos de formação que incluem a utilização

de tecnologias em sala de aula e vem crescendo nos últimos anos.

Revelam uma preocupação quanto ao ensino tecnológico nas séries

iniciais, enfatizando que o contato com as tecnologias e suas aplicações desde as

séries iniciais é de fundamental importância para a formação da base de um cidadão

perante a sociedade atual.

3.3 TECNOLOGIAS EM GERAL

VÍDEOS

Tem como proposta a utilização dos vídeos como método de auxiliador do

ensino, se utilizam de apresentações em vídeo contendo pequenas experiências ou

de demonstrações controladas, este recurso tem se mostrado promissor para o

ensino.

TECNOLOGIAS DA INFORMÁTICA

São todos aqueles que se utilizam de qualquer tipo de tecnologia por intermédio

do computador.

ELETRÔNICA

Utiliza-se da plataforma de computação de fonte aberta - o Arduino5 - que pode

ser utilizado para o desenvolvimento de objetos interativos independentes ou

conectados a um software especifico.

5 É uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de placa única, com

suporte de entrada/saída embutido, uma linguagem de programação padrão essencialmente

C/C++. O objetivo do projeto é criar ferramentas que são acessíveis, com baixo custo,

flexíveis e fáceis de se usar por artistas e amadores.

23

É uma poderosa ferramenta que permite a execução e análise deste

experimento em tempo real, desta forma facilitando a percepção e o entendimento do

processo físico (MC ROBERTS, 2011).

INTERNET

Quando utilizada em sala de aula permite diferentes alternativas, por exemplo,

a comunicação entre os estudantes e seus professores e a grande quantidade de

informações que podem ser encontradas, claro que o professor deve auxiliar os alunos

em quais sites deve ser consultado.

Pode ser observado nos artigos as múltiplas possibilidades de se trabalhar com

a internet: diferentes formas de criação para definir a estrutura dos locais de trabalho,

permitindo a implementação de metodologias alternativas em sala de aula sem um

elevado custo. Pode se chegar a um processo ativo de aprendizagem, onde o

indivíduo constitui-se por sua própria ação, através de suas interações com os objetos

(MORESCO e BEHAR, 2005).

SOFTWARE

Avaliam a utilização de softwares, educativos ou não, na sala de aula e suas

contribuições ao processo de ensino aprendizagem e qual o papel dos softwares no

apoio as atividades escolares verificando a utilização dos softwares nos campos

conceituais do ensino. Estuda sua usabilidade como ferramenta pedagógica e

identifica suas possíveis dificuldades de utilização.

SIMULAÇÃO E MODELAGEM COMPUTACIONAL

A modelagem computacional agrupada ao recurso da simulação vem se

tornando um tema de grande relevância na área de Ensino de Física, tem sua

utilização a cada ano se tornando mais frequente em sala de aula e tem resultados

promissores.

As simulações e animações permitem a visualização de fenômenos, tanto em

situações onde não há recursos para compra de equipamentos específicos ou na

solução quando um experimento é de difícil reprodução.

De modo geral, pode se notar que as simulações e animações computacionais

estão sendo cada vez mais sendo exploradas na busca de alternativas para a

complementar as atividades das aulas teóricas e experimentais.

24

CELULARES E TABLETS

Os tablets e celulares são ferramentas que possibilitam sua utilização em vários

aspectos: com textos, com animações, experiências simuladas, entre outras. Estes

materiais podem ser achados em vários formatos: textos (livros ou outros),

experimentos demonstrativos, experimentos com realização de medidas e vídeos.

Dentre os aportes dessas tecnologias está à possibilidade de se avaliar a

aprendizagem dos alunos em tempo real por meio de aplicativos como, por exemplo,

o Socratine6 (TRINDADE, 2014).

6 Socrative é uma aplicação engenhosa, que permite que os conferencistas possam interagir com o público a partir do smartphone, tablet ou computador.

25

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Do total de trabalhos aprovados no evento foram selecionados quarenta

que corresponderam aos critérios, ou seja, apresentavam em sua descrição alguma

forma de utilização do computador no desenvolvimento do artigo, seja por meio de

uso de software, simulador, aplicativos ou Internet.

4.1 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ACORDO COM O FOCO TEMÁTICO

O gráfico a seguir apresenta o resultado da separação dos trabalhos

selecionados no XXI SNEF de acordo com o foco temático.

Gráfico 1 – Resultado da separação por foco temático dos trabalhos selecionados

no XXI SNEF

Fonte: O autor.

Foi possível observar que a utilização dos Softwares de um modo geral

representa atualmente o procedimento mais explorado pelos autores dos artigos no

entendimento de serem utilizados como complemento das aulas teóricas. As

simulações e modelagens computacionais vêm sendo também muito utilizadas, com

mais contribuições na transposição de fenômenos do meio material para o

computador. Os celulares e Tablets vêm a cada ano sendo mais empregados em sala

6 6

3

5

89

3

AlfabetizaçãoTecnológica

Celular e Tablet Eletrônica Internet Simulação eModelagem

Software Vídeo

Foco Temático

Foco Temático

26

de aula, quebrando uma barreira imposta pela sociedade em que o celular é apenas

um empecilho em sala de aula. A internet também aparece em grande parte das

categorias como forma de comunicação entre os estudantes, sendo evidenciada a sua

utilização como estratégia para estimular os trabalhos em sala.

4.2 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO EM REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL

O gráfico a seguir apresenta o resultado da separação dos trabalhos

selecionados no XXI SNEF de acordo com as regiões em que se encontram as

universidades que produziram o trabalho.

Gráfico 2 – Quantidade de trabalhos apresentados no XXI SNEF por Regiões

Geográficas do Brasil

Fonte: O autor.

Dentre os artigos selecionados, um deles foi produzido por uma universidade

Paraguaia e por isso foi descartado exclusivamente deste tópico em análise.

No que se refere à análise dos trabalhos publicados por região houve amplo

número de publicações na região sudeste com 50% do total de trabalhos publicados

na área, em sua maioria por universidades públicas, seguido pela região sul que

13 2

20

13

Centro Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul

Regiões do Brasil

Regiões do Brasil

27

aparece com 32,5 %.

Resultados que se assemelham aos resultados apresentados por André et al

(2008) que publicado no Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a

Distância, identificou que, com respeito a produção científica na área da Educação a

Distância, as regiões Sul e Sudeste foram responsáveis por 93% das publicações

científicas brasileiras.

Cabe aqui destacar que a maioria dos estados das regiões Sul e Sudeste

possui programas de informática na educação desenvolvidos com parcerias entre

secretarias estaduais e municipais de educação, agências estaduais de fomento e

universidades.

Com relação às regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, observam-se poucos

trabalhos apresentados no decorrer dos anos, representando 7,5%, 5% e 2,5%,

respectivamente. Pode-se supor que a baixa representatividade também esteja

relacionada à dificuldade de locomoção dos pesquisadores para a região sudeste para

participação nos encontros.

Quanto às instituições onde os trabalhos foram produzidos, destacam-se na

região Sudeste: UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, USP – Universidade

de São Paulo, IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São

Paulo, UFU – Universidade Federal de Uberlândia. Na região Sul: UFMS –

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, UFPR – Universidade Federal do

Paraná, UniPampa – Universidade Federal do Pampa, UFRGS – Universidade

Federal do Rio Grande do Sul. Nas regiões Centro Oeste, Nordeste e Norte teve

nenhuma instituição com mais de um trabalho na área.

Observa-se entre as instituições de ensino onde os trabalhos foram produzidos,

em sua grande maioria são pertencentes às Universidades Públicas.

4.3 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ACORDO COM O NÍVEL ESCOLAR

Quanto ao nível escolar encontrado nos trabalhos apresentados foram

separados de acordo com as seguintes categorias:

• Educação Básica – trabalhos destinados aos alunos do ensino infantil,

fundamental e médio;

28

• Ensino Superior – trabalhos destinados aos alunos de graduação (licenciatura,

bacharelado e tecnólogos);

• Professores – trabalhos voltados para docentes;

Os níveis foram identificados nos artigos por meio de informações apresentadas

nos textos, como, por exemplo, quais foram os sujeitos participantes da pesquisa e

qual a indicação do nível de escolarização do mesmo.

O gráfico abaixo representa o quantitativo de trabalhos apresentados separados

pelo nível escolar em que é destinado.

Gráfico 3 – Quantidade, por nível escolar, dos trabalhos selecionados no XXI SNEF

Fonte: O autor

Observando-se a distribuição dos trabalhos no que se refere ao nível escolar,

artigos com pesquisas voltadas a educação básica representaram 75%, para o ensino

superior a porcentagem representou 17,5%, quando os destinados ao público de

professores a porcentagem foram de 7,5%.

A maioria dos trabalhos apresentados tem como público apontado a Educação

Básica que se compõem de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, de

acordo com o Artigo 21 – Inciso I da LDB nº 9394/96. Aparecem pesquisas com

30

73

E. Básica E. Superior Professores

Nível de ensino

Nível de ensino

29

referência aos Ensinos Fundamental e Médio. Entretanto, existe apenas um trabalho

destinado a Educação Infantil.

Experiências relatadas com alunos Ensino Médio fizeram referência a trabalhos

de modelagem computacional e utilização de softwares para aprendizagem de

conteúdos específicos, utilização de Internet e programas de educação à distância.

Dois trabalhos foram desenvolvidos com alunos de EJA (Ensino de Jovens e Adultos),

um com os alunos do Proeja – Programa Nacional de Integração da Educação

Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos

e outro com alunos do CEJA - Centro de Educação de Jovens e Adultos.

Quando o público foi o Ensino Fundamental, apareceram trabalhos voltados à

uso de softwares para ensinar conceitos de Física e Astronomia.

Curiosamente, como citado anteriormente, só houve uma referência de

experiências com público da educação infantil, ainda que seja possível encontrar

softwares disponíveis na internet, no comércio, em livrarias e até mesmo em bancas

de jornal voltados para esse público.

Em um dos trabalhos foi realizada uma oficina dirigida aos acadêmicos do curso

de Pedagogia visando contribuir com os debates acerca do tema e oferecer subsídios

aos professores que buscam incluir recursos das TIC em suas aulas.

Os trabalhos onde o público alvo é o Ensino Superior aparecem questões

fazendo referências aos graduandos e licenciandos das diversas áreas das ciências

e uma turma de Pedagogia. Apontam para temas relacionados à utilização de

simulações computacionais no ensino de conceitos de hidrodinâmica, utilização do

Arduino, softwares e alfabetização tecnológica.

Ao se tratar de trabalhos com referências à formação continuada de

professores, decidiu-se por estabelecer uma categoria específica para o público

“professor”. Aparece a utilização do Facebook como facilitador de ensino e uso de

ferramentas tecnológicas.

30

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo buscou apresentar as contribuições das TIC no ensino e na

aprendizagem de ciências a partir dos trabalhos publicados que trataram de temas

voltados ao ensino de ciências associados ao uso de computadores.

As tecnologias modificaram o espaço escolar, tanto o que diz respeito ao

espaço físico da sala de aula, bem como, nos procedimentos adotados pelos alunos

e professores no processo educativo.

Por meio deste novo ambiente tecnológico abriram-se os muros da escola e as

possibilidades de acessos dos educandos e educadores foram ampliadas.

Virtualmente podem ser visitadas bibliotecas, museus, cidades históricas e modernas;

novas possibilidades de visualizar fatos e acontecimentos em tempo real, em síntese,

as tecnologias da informação e comunicação impuseram um novo modelo à tarefa de

ensinar e de aprender.

Neste novo panorama da educação repleto de mudanças, cabe ao profissional

de educação compreender a escola que se modifica, quem são seus “usuários” e

como acontece o processo educativo. A educação que esta imersa no terreno das

tecnologias, admite maior troca de ideias e promove a comunicação entre os sujeitos

independente do tempo e do espaço em que estão inseridos.

Aos trabalhos que estiveram voltados para o ensino superior, público formado

por graduandos ficou concentrado na utilização das redes sociais como facilitador de

ensino e uso de ferramentas tecnológicas, reforçando também a utilização da Internet

para acompanhamentos de tarefas extraclasses, viabilidade de atividades escolares

em componentes não presenciais e utilização de blogs, apontando

recursos destinados a melhoria do processo educacional. Portanto, acreditamos que

o uso das redes sociais em breve chegará ao Ensino Básico, pois os alunos do Ensino

Superior, logo estarão assumindo como professores desse nível de ensino e farão uso

de tecnologia que lhes é familiar.

Quanto ao tópico comunicação entre os sujeitos, percebeu-se que a Internet

facilita a comunicação, uma vez que apresenta a possibilidade da interação entre os

pares que podem se comunicar, registrar o debate e assim posteriormente poder

refletir sobre sua própria ação, mesmo estando distantes entre si, criando uma

possibilidade de uma rede de colaboração para o ensino.

31

A Internet se apresentou como um recurso favorável à formação compartilhada

continuada de professores com muitas possibilidades, como a criação de blogs,

grupos em redes sociais, construção de páginas de web.

Em sua grande maioria os temas apresentados estavam voltados a processos

de ensino aprendizagem com o emprego do computador como recurso mediador e

facilitador desse processo, porém poucos os trabalhos são voltados a facilitar o

acesso da tecnologia para o professor que já se encontra inserido no mercado de

trabalho. Tal fato faz com que o professor que não possui certa facilidade em se utilizar

das tecnologias se sinta distante dessa ferramenta de ensino.

Atualmente as escolas estão ofertando aos seus alunos e professores

aparelhos eletrônicos ou sítios em que o professor pode acessar um conteúdo virtual

que pode e, na maioria das vezes, deve ser utilizado em sala de aula. Mas poucas

dessas instituições oferecem um curso de extensão para os professores se sentirem

motivados a utilizarem o material disponibilizado.

Devido a isso, grande parte dos professores já atuantes não veem nas

ferramentas tecnológicas um potencializador pedagógico e sim um empecilho que

está cada vez mais presente em nossas salas de aula.

Fato é que os computadores estão promovendo uma verdadeira revolução no

ensino independente se são utilizados como ferramenta de aprendizagem ou no

auxílio ao processo educacional. A introdução das TIC promoveu um novo modo de

se pensar a educação.

Neste novo cenário apresentado, o professor se vê obrigado a repensar sua

práxis, voltar aos estudos para aprender e compreender as novas tecnologias, para

poder avaliar quais softwares podem ser utilizados, planejar suas aulas incorporando

a informática, por fim, o professor teve que sair de sua zona de conforto para atender

uma nova necessidade de uma nova clientela de nativos digitais. Indicamos a

necessidade das Instituições de Ensino Superior promover cursos de atualização para

os professores que estão atuando no Ensino Básico.

Assim sendo, há muito trabalho pela frente e se faz necessário investir na

educação, no ensino de ciências, consequentemente no ensino de física, na formação

de professores para que este objetivo seja alcançado. E, neste quadro as TIC podem

ser uma forte aliada para alcançar tal propósito.

32

REFERÊNCIAS

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