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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA AFFONSO MAXIMILIANO RIBEIRO BIANCHINI PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDAS À HISTERECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM UMA INSTITUIÇÃO DO SUL DE SANTA CATARINA Tubarão 2018

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

AFFONSO MAXIMILIANO RIBEIRO BIANCHINI

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDAS À HISTERECTOMIA

VIDEOLAPAROSCÓPICA EM UMA INSTITUIÇÃO DO SUL DE SANTA CATARINA

Tubarão

2018

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AFFONSO MAXIMILIANO RIBEIRO BIANCHINI

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDAS À HISTERECTOMIA

VIDEOLAPAROSCÓPICA EM UMA INSTITUIÇÃO DO SUL DE SANTA CATARINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Graduação em Medicina como requisito

parcial ao grau de Médico.

Universidade do Sul de Santa Catarina.

Orientador: Dr. Marcelo Dexheimer, Esp.

Tubarão

2018

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Sumário

1. RESUMO .............................................................................................................................................. 5

2. ABSTRACT ............................................................................................................................................ 6

3. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 7

4. MÉTODOS ............................................................................................................................................ 8

5. RESULTADOS ..................................................................................................................................... 10

6. DISCUSSÃO ........................................................................................................................................ 15

7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 18

8. APÊNDICE .......................................................................................................................................... 20

Apêndice 1 - NORMAS DA REVISTA ................................................................................................... 20

Apêndice 2 – Parecer do CEP ............................................................................................................ 24

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDAS À HISTERECTOMIA

VIDEOLAPAROSCÓPICA EM UMA INSTITUIÇÃO DO SUL DE SANTA CATARINA

“EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF PATIENTS SUBMITTED TO

VIDEOLAPAROSCOPIC HYSTERECTOMY IN AN INSTITUTION OF THE SOUTH OF

SANTA CATARINA”

AUTORES:

Affonso Maximiliano Ribeiro Bianchini1, Marcelo Dexheimer

2, Daniela Willig

3

1 Acadêmico do curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC.

[email protected]

2 Médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia e professor da Universidade do Sul de

Santa Catarina, Tubarão, SC. [email protected]

3 Fonoaudióloga. Mestre em Distúrbios da Comunicação e professora da Universidade do Sul

de Santa Catarina, Tubarão, SC. [email protected]

INSTITUIÇÃO:

Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Av. José Acácio Moreira, 787. Bairro

Dehon – CEP: 88704-900 – Tubarão/SC. Telefone (48) 3279 1000

CORRESPONDÊNCIA:

Marcelo Dexheimer. Rua Recife, 350 apto 602 – Centro - CEP: 88705-720 - Tubarão/SC

Brasil

Telefone (48) 99931 0722 - [email protected]

Não há fontes de financiamento. Declaramos a inexistência de conflitos de interesse.

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1. RESUMO

Objetivo: traçar o perfil epidemiológico de mulheres submetidas a histerectomia videolaparoscópica

(HVLP) em um hospital do Sul de Santa Catarina, Brasil.

Métodos: estudo observacional com delineamento transversal, incluindo 43 mulheres as quais foram

submetidas a cirurgia de HVLP em um hospital de atendimento particular e plano de saúde privado do

Sul de Santa Catarina no período de 10 de julho a 10 de outubro de 2018. Foram incluídas as pacientes

com idade acima de 18 anos e que concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE). As variáveis quantitativas foram descritas com medidas de tendência central e

dispersão e as qualitativas em números absolutos e proporções. Foi aplicado o Teste qui-quadrado (X2)

para comparação de proporções. O intervalo de confiança foi de 95% e o nível de significância de 5%,

sendo p ‹ 0,05.

Resultados e Conclusão: as participantes do estudo foram em maioria caucasianas (95,3%), com

faixa etária entre 35-45 anos (51,3%), casadas (86%), pós-graduadas (39,5%), que exerciam atividade

remunerada (90,6%), com renda per capta mensal de até R$2.000 (37,2%) e internadas via plano de

saúde privado (90,7%). Pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC)≥25 constituíram 62,8% da

amostra e demonstraram maior ocorrência de sangramento uterino anormal (66,7%), útero miomatoso

(67,7%), aborto prévio (75%) e adenomiose (80%), embora não tenha havido significância estatística.

74,4% apresentava vida sexual ativa com média mensal de relações sexuais de 9,75 (DP±6,96). 39,5%

relataram irregularidade menstrual aos 20 anos de idade, 86% nos últimos 5 anos e 7% encontravam-

se na menopausa. A média de consultas ginecológicas anuais foi de 3,79 (DP±3,34). Métodos

contraceptivos haviam sido utilizados por 95,3% das pacientes, sendo o anticoncepcional oral o de

maior escolha (83,7%). As comorbidades mais frequentemente descritas foram hematológicas

(34,9%), psiquiátricas (32,6%) e endócrinas (27,8%), em algumas de aparecimento concomitante. 7%

da amostra relatou tabagismo ativo e 23,3% referiram ser ex-fumantes. Dentre as queixas

ginecológicas e indicações de HVLP destacaram-se o sangramento uterino anormal (86,7%) e o útero

miomatoso (72,1%). 100% das HVLP foram acompanhadas de salpingectomia, 7% de ooferectomia

uni ou bilateral e 2,3% de ablação anexial. O tempo cirúrgico médio foi de 112,72 minutos

(DP±21,11).

Palavras-chave: Histerectomia, Histerectomia Eletiva, Videolaparoscopia, Sangramento Uterino,

Mioma.

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2. ABSTRACT

Objective: to trace the epidemiological profile of women undergoing videolaparoscopic hysterectomy

(HVLP) at a hospital in southern Santa Catarina, Brazil.

Methods: a cross-sectional observational study, including 43 women who underwent VLPH surgery at

a private health care and private health plan in the southern part of Santa Catarina from July 10 to

October 10, 2018. Included were the patients above the age of 18 and who agreed to sign the Informed

Consent Term (ICT). Quantitative variables were described with measures of central tendency and

dispersion and qualitative variables in absolute numbers and proportions. The chi-square test (X2) was

used for comparison of proportions. The confidence interval was 95% and the significance level was

5%, being p <0.05.

Results and Conclusions: the study participants were mostly Caucasian (95.3%), aged 35-45 years

(51.3%), married (86%), postgraduate (39.5%), (90.6%), with a monthly per capita income of up to R

$ 2,000 (37.2%) and hospitalized through a private health insurance plan (90.7%). Patients with a

Body Mass Index (BMI)≥25 constituted 62.8% of the sample and showed a higher occurrence of

uterine bleeding (66.7%), myomatous uterus (67.7%), previous abortion (75%) and adenomyosis

(80%), although there was no statistical significance. 74.4% had an active sexual life with a monthly

average of sexual intercourse of 9.75 (SD ± 6.96). 39.5% reported menstrual irregularity at 20 years of

age, 86% in the last 5 years and 7% in menopause. The mean annual gynecological appointments were

3.79 (SD ± 3.34). Contraceptive methods had been used by 95.3% of the patients, with oral

contraception being the most choice (83.7%). The comorbidities most frequently described were

hematological (34.9%), psychiatric (32.6%) and endocrine (27.8%), in some cases of concomitant

onset. 7% of the sample reported active smoking and 23.3% reported being ex-smokers. Among the

gynecological complaints and VLPH indications, uterine bleeding (86.7%) and myomatous uterus

(72.1%) were noted. 100% of VLPH were accompanied by salpingectomy, 7% of uni or bilateral

ooferectomy and 2.3% of adnexal ablation. The mean surgical time was 112.72 minutes (SD ± 21.11).

Keywords: Hysterectomy, Elective Hysterectomy, Videolaparoscopy, Uterine Bleeding, Myoma

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3. INTRODUÇÃO

A histerectomia é definida pela retirada cirúrgica do útero da mulher podendo ser total

(quando há retirada de todo a porção uterina) e subtotal (quando se é preservado o colo uterino),

abordada cirurgicamente pelas vias abdominal, vaginal e vaginal videoassistida (videolaparoscópica),

sendo que em diversos países a principal via utilizada é a abdominal (70 a 90%) seguido da vaginal

(10 a 30%) e menos de 5% são videolaparoscópicas¹,². Constatou-se que a histerectomia é o segundo

procedimento mais realizado em mulheres em idade reprodutiva ficando atrás somente da cesariana,

sendo que dessas cerca de 20 a 30% são submetidas a esse procedimento até a sexta década,

implicando mudanças psicossociais e fisiológicas nas mulheres. Estas devem ser melhores estudadas

para que se possa melhorar a prática clínica e os consequentes resultados dessa medida terapêutica,

tendo seu uso otimizado e individualizado para as determinadas situações de real necessidade levando

em conta as características sociodemográficas e regionais da população estudada1.

Pode ser considerada muitas vezes negativa pela mulher na questão dos aspectos sociais

relacionados ao útero ou possíveis medos e receios em relação ao procedimento cirúrgico e

recuperação pós-cirúrgica ou de forma positiva no âmbito que envolve a cura do seu problema e a

resolução da sintomatologia2. Há que considerar também que o universo cultural e social que a mulher

está inserida pode influenciar diretamente sua vivência quando pós histerectomizadas, haja vista que a

retirada do útero repercute mais sobre seu corpo social do que seu corpo biológico, interferindo em seu

processo de viver3.

O procedimento técnico videolaparoscópico representa aproximadamente 6% das

histerectomias no Brasil, sendo a abordagem abdominal a mais prevalente, fato esse justificado pela

dificuldade dos clínicos e hospitais na aquisição e manutenção dos equipamentos, e sua dispendiosa e

demorada capacitação específica dos profissionais, haja vista que a cirurgia videoassistida tem menor

tempo de recuperação pós operatória4. Existe um estudo que sugere, após a análise de 3190

histerectomias videolaparoscópicas, que a via laparoscópica apesenta múltiplas vantagens

comparativamente com a via vaginal e abdominal, com morbilidade similar5.

Por fim, esse estudo traçou o perfil epidemiológico das pacientes submetidas a histerectomia

videolaparoscópica (HVLP) com intuito de identificar possíveis fatores envolvidos na patogênese,

aspectos socioeconômicos, sociodemográficos, antecedentes ginecológicos e obstétricos envolvidos

nessa cirurgia possibilitando gerar hipóteses que norteiam a discussão em cima desse tema, auxiliando

na prática clínica do profissional médico e na utilização dessa terapêutica no tratamento das afecções

ginecológicas, além de descrever algumas informações específicas do procedimento laparoscópico

haja vista que abrange apenas esse tipo de via de abordagem da histerectomia.

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4. MÉTODOS

Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal. A população do estudo

foi constituída por todas as mulheres que foram submetidas a cirurgia de HVLP no Hospital Socimed

em Tubarão, Santa Catarina, no período de 10 de julho a 10 de outubro de 2018. Foram incluídas no

estudo mulheres com idade acima de 18 anos e que concordaram em assinar o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Para caracterização da população, os dados foram coletados através de aplicação de

questionário elaborado pelos pesquisadores e mediante revisão de prontuários no sistema Philips Tasy.

O questionário foi composto por variáveis relacionadas ao perfil sociodemográfico (etnia, estado civil,

profissão, nível de escolaridade, renda familiar per capta mensal, cidade de origem e tipo de

internação), antecedentes ginecológicos e obstétricos (peso, altura, idade da menarca, idade de início

de atividade sexual, idade da primeira gravidez, número de gestações prévias, história e número de

abortos prévios, atividade sexual, presença de transtornos menstruais aos 20 anos de idade, padrão

menstrual nos últimos 5 anos, uso prévio de métodos contraceptivos e quais tipos, idade do climatério,

e número de consultas ginecológicas no último ano), antecedentes médicos (história de hipertensão

arterial sistêmica, transtorno depressivo maior, dislipidemia, patologias endocrinológicas, patologias

oncológicas, diabetes mellitus, alterações vasculares, alterações cardíacas, alterações hematológicas,

tabagismo), patologias e/ou queixas de indicação cirúrgica (sangramento uterino anormal,

adenomiose, útero miomatoso, polipose endometrial, patologia anexial, endometriose, hiperplasia

endometrial, prolapso urogenital, adenomiose isolada, neoplasia de endométrio, neoplasia de mama,

neoplasia de colo, doença hematológica, displasia de colo e pólipos), procedimento principal

(histerectomia total, histerectomia subtotal, ablação anexial, salpingectomia, ooforectomia) e tempo de

cirurgia.

Dentre as variáveis sociodemográficas classificou-se o tipo de internação das pacientes em

internações particulares ou por convênios de saúde, uma vez que o Hospital Socimed em Tubarão,

Santa Catarina, não é conveniado com o Sistema Público de Saúde. No que se refere ao estado

nutricional das participantes este foi descrito a partir do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC)

das pacientes segundo informações de peso e altura colhidas à entrevista na vigência da internação

hospitalar. De acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do índice de

Quetelet, obtido pela relação entre o peso e o quadrado da altura, foram consideradas as gestantes

como abaixo do peso (<18,5kg/m2), eutróficas (18,5kg/ m2 – 24,9kg/m2), sobrepeso (25kg/ m2 –

29,9kg/m2) e obesas (≥30kg/m2).

Em relação as variáveis sobre antecedentes médicos das pacientes, indicação cirúrgica de

HVLP e procedimentos cirúrgicos realizados na internação estes foram coletados mediante descrição

em prontuário eletrônico do referido hospital bem como autodeclaração das participantes da pesquisa

ao serem questionadas; em seguida, foram descritos do protocolo de coleta de dados.

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Os dados coletados foram inseridos no programa EpiInfo versão 3.5.4., a análise dos dados foi

realizada no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®) versão 20.0. As

variáveis quantitativas foram descritas com medidas de tendência central e dispersão, e as variáveis

qualitativas foram descritas em números absolutos e proporções. Para verificar associação entre as

variáveis de interesse, foi aplicado o Teste qui-quadrado (X2) para comparação de proporções. O

intervalo de confiança pré estabelecido foi de 95% e o nível de significância de 5%, sendo p ‹ 0,05.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) na Universidade do Sul de

Santa Catarina sob o parecer nº 2.764.780.

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5. RESULTADOS

No período de 10 de julho a 10 de outubro de 2018, 43 mulheres realizaram cirurgia de HVLP

no Hospital Socimed em Tubarão, Santa Catarina. Em relação às características sociodemográficas das

participantes do estudo, estas apresentavam etnia caucasiana (95,3%), encontravam-se na faixa etária

entre 35-45 anos (51,3%) e 71,8% eram procedentes de outros municípios. Quanto ao estado civil,

86% eram casadas ou mantinham união estável. Já em relação a escolaridade, 39,5% possuíam pós-

graduação, 90,6% exerciam atividade remunerada, em maioria com renda per capta mensal de até

R$2.000 (37,2%) e que realizaram internação por plano de saúde privado (90,7%) - variáveis descritas

na Tabela 1. A média de idade foi de 45,9 anos (mín.35-máx.77, DP±7.4) e a renda per capta média foi

de R$3.511,23 (mín.650-máx.17.000, DP±2831,09).

Tabela 1. Características sociodemográficas das pacientes submetidas à cirurgia de histerectomia

videolaparoscópica no Hospital Socimed - Tubarão/SC, no período de julho a outubro de 2018.

Característica da população N %

Etnia

Caucasiana 41 95,3

Não Caucasiana 2 4,7

Idade (anos)

35-45 22 51,3

46-55 18 42

>55 3 6,9

Procedência

Tubarão 12 27,9

Outras localidades 31 71,8

Estado civil

Solteira 1 2,3

Casada/União Estável 37 86

Viúva 2 4,7

Divorciada 3 7

Escolaridade

Fundamental incompleto 1 2,3

Fundamental completo 2 4,7

Médio incompleto 1 2,3

Médio completo 16 37,2

Superior incompleto 2 2,3

Superior completo 5 11,6

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Pós-graduação 17 39,5

Profissão

Atividade remunerada 39 90,6

Atividade não remunerada 4 9,4

Renda per capta (em reais)

Até 2.000 16 37,3

2.000-3.000 8 18,6

3.000-4.000 9 20,9

>4.000 10 23,2

Tipo de internação

Particular 4 9,3

Plano de saúde privado 39 90,7

O IMC médio foi de 26,70 (mín.14-máx.42, DP±5,4), sendo que 37,2% da amostra possui

IMC menor que 25, classificadas como baixo peso ou eutróficas, e 62,8% maior ou igual a 25,

apresentando sobrepeso ou obesidade. Nesse estudo não ocorreu associação entre história de aborto

prévio e IMC≥25, contudo, observou-se que das 16 (37,2%) mulheres que apresentaram esse desfecho,

12 (75%) apresentavam IMC elevado.

Quanto ao histórico ginecológico, 74,4% das pacientes apresentaram vida sexual ativa, sendo

que a média mensal de relações sexuais foi de 9,75 (mín.2-máx.30, DP±6,96). Em relação ao padrão

menstrual, 39,5% apresentaram transtorno menstrual (irregularidade do ciclo) aos 20 anos de idade,

86% nos últimos 5 anos e 7% não menstruava em função da menopausa. No que se refere a paridade

da população estudada, 6,97% eram nulíparas. Os dados sobre idade de início da vida sexual, da

primeira gravidez e da menarca, bem como o número de gestações e abortos prévios, estão descritos

na Tabela 2. Além disso, 14% relataram estar - ou ter passado - pelo período do climatério com uma

idade inicial média de 48,83 (mín.44-máx.51, DP±2,48).

Tabela 2. Histórico ginecológico apresentado pelas pacientes submetidas à cirurgia de histerectomia

videolaparoscópica no Hospital Socimed - Tubarão/SC, no período de julho a outubro de 2018.

Histórico ginecológico Média Desvio Padrão (±)

Idade de início da vida sexual 17,63 5,39

Idade da primeira gravidez 21,30 3,82

Idade da menarca 11,95 2,16

Número de gestações prévias 2,30 1,10

Número de abortos prévios 1,25 0,57

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No que se refere a periodicidade das consultas com o médico ginecologista a mediana foi de

duas consultas no último ano (mín.1-máx.15, DP±3,34). Em relação ao uso de métodos

contraceptivos, 95,3% da amostra referiu já ter feito uso. A Tabela 3 aponta os métodos já utilizados

pelas pacientes, sendo o anticoncepcional oral o contraceptivo de maior escolha (83,7%). Algumas

participantes relataram já terem utilizado mais de um método ao longo da vida.

Tabela 3. Métodos contraceptivos utilizados previamente à cirurgia pelas pacientes submetidas à

histerectomia videolaparoscópica no Hospital Socimed - Tubarão/SC, no período de julho a outubro de

2018.

Método Contraceptivo N %

DIUa 6 14

Laqueadura Tubária 13 30,2

Anticoncepcional injetável 8 18,6

Coito interrompido 1 2,3

Anticoncepcional oral 36 83,7

Legenda = aDispositivo Intrauterino

Em relação às comorbidades descritas e relatadas pelas participantes do estudo, as observadas

com maior frequência foram as hematológicas (34,9%), as psiquiátricas (transtorno depressivo maior)

(32,6%) e as endócrinas (27,8%), sendo que algumas referiram apresentar mais de uma doença de

maneira concomitante. As comorbidades estão descritas na Tabela 4.

Tabela 4. Comorbidades apresentadas pelas pacientes submetidas à cirurgia de histerectomia

videolaparoscópica no Hospital Socimed - Tubarão/SC, no período de julho a outubro de 2018.

Comorbidades N %

Hipertensão Arterial Sistêmica 5 11,6

Transtorno Depressivo Maior 14 32,6

Dislipidemia 10 23,3

Endócrinas 12 27,8

Oncológicas 6 14,0

Diabetes mellitus 6 14,0

Vasculares 2 4,7

Cardíacas 1 2,3

Hematológicas 15 34,9

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Ademais, o tabagismo ativo foi relatado por 7% da amostra, e 23,3% referiram ser ex-

fumantes. No grupo das tabagistas a mediana de tabagismo foi de 10 anos (mín.5-máx.15, DP±5), e a

média de cigarros fumados por dia foi de 6,33 (mín.5-máx.15, DP±3,215). Já no grupo das ex-

fumantes a mediana foi de 8,25 anos/maço de carga tabágica (mín.3-máx.52, DP±14,79).

Dentre as patologias ginecológicas e queixas relacionadas a indicação cirúrgica de HVLP

destacaram-se o sangramento uterino anormal (86,7%) e o útero miomatoso (72,1%), estando essas

variáveis descritas na Tabela 5. Algumas pacientes possuíam mais de uma patologia ou queixa

ginecológica que justificaram o procedimento.

Tabela 5. Patologias ginecológicas e queixas apresentadas pelas pacientes submetidas à cirurgia de

histerectomia videolaparoscópica no Hospital Socimed - Tubarão/SC, no período de julho a outubro de

2018.

Patologias/queixas ginecológicas N %

Sangramento uterino anormal 36 86,7

Adenomiose 5 11,6

Útero miomatoso 31 72,1

Polipose endometrial 1 2,3

Patologia anexial 2 4,7

Endometriose 8 18,6

Hiperplasia endometrial 1 2,3

Neoplasia de mama 2 4,7

Pólipos 3 7

Nesse estudo não ocorreu associação entre as patologias/queixas ginecológicas e IMC≥25,

porém observou-se que das 36 (83,7%) mulheres com ocorrência de sangramento uterino anormal

66,7% (24) apresentavam IMC elevado. O mesmo ocorreu com as 31 (72,1%) mulheres que

apresentavam útero miomatoso, uma vez que destas 21 (67,7%) também se encontravam acima do

peso. Igualmente, das 5 (11,6%) mulheres com adenomiose, 4 (80%) encontravam-se com IMC≥25.

Por fim, na Tabela 6 constam os procedimentos cirúrgicos os quais as pacientes foram

submetidas, demonstrando que 100% das participantes do estudo realizaram histerectomia associada a

salpingectomia. Adjunto a esse procedimento, três pacientes (7%) efetuaram a ooferectomia uni ou

bilateral e uma (2,3%) a ablação anexial. Não foi realizada nenhuma histerectomia subtotal no

período. Além disso, o tempo cirúrgico apresentou uma média de 112,72 minutos (mín.75-máx.165,

DP±21,11). Verificou-se também que, da amostra total, 5 pacientes fizeram uso de terapia de

reposição hormonal, correspondendo a um total de 11,6 %.

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Tabela 6. Procedimentos cirúrgicos cujas pacientes foram submetidas no Hospital Socimed -

Tubarão/SC, no período de julho a outubro de 2018.

Procedimentos cirúrgicos realizados N %

Histerectomia total 43 100

Ablação anexial 1 2,3

Salpingectomia 43 100

Ooforectomia uni ou bilateral 3 7

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15

6. DISCUSSÃO

O Hospital Socimed realiza atendimento particular e convênios, iniciou suas atividades em

maio de 2003, e atualmente conta com um corpo clínico de mais de 150 médicos nas mais diversas

especialidades. Recentemente conquistou a certificação de Acreditação Hospitalar que trata-se de um

reconhecimento pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) de boas práticas, com foco na

segurança do paciente e qualidade dos serviços prestados.

No presente estudo, a maioria da população encontrava-se na perimenopausa com média de

idade de 45,91 anos e mantinham união estável. Dados semelhantes aos encontrados em estudo

peruano, onde as mulheres casadas na faixa etária de 41 a 45 anos foram as mais prevalentes das 275

histerectomias abdominais analisadas retrospectivamente.6 Um estudo no norte do país que analisou os

tipos de cirurgias ginecológicas mais empregados e as características epidemiológicas, verificou que a

histerectomia foi a segunda cirurgia mais realizada com 19,8% dos casos, ficando atrás somente da

laqueadura tubária.7

Verificou-se também que o nível de escolaridade predominante foi o ensino fundamental

completo com 36,6% dos casos, 27,4% ensino médio, e apenas 5,7% cursaram o ensino superior. dado

discordante do presente estudo onde 37,2% apresentavam ensino médio completo, 11,6% superior

completo e 39,5% pós-graduação. Diferença em parte explicada devido a comparação de um estudo

que envolveu uma instituição pública com outro que envolveu uma instituição particular com perfis de

pacientes e características sociodemográficas e regionais diferentes.7 A baixa escolaridade também

pode influenciar na menor habilidade de tomar decisões, difícil acesso à saúde, baixa renda e maior

risco de estar acima do peso.8

Em relação aos antecedentes ginecológicos, um estudo transversal realizado em um hospital

do noroeste do Paraná, constatou que 85,71% das pacientes apresentavam vida sexual ativa, nessa

pesquisa o achado foi de 74,4%. Acredita-se que o fato de ter vida sexual ativa expõe a maior risco de

doenças sexualmente transmissíveis, processos inflamatórios e distúrbios menstruais o que poderia

levar a maior realização de histerectomia.4 Uma menarca precoce, além de ser fator de risco para a

realização de histerectomia associa-se a um início de atividade sexual precoce. O presente estudo

verificou uma idade média da menarca de 11,95 anos, inferior ao estudo retrospectivo de 262

histerectomias laparoscópicas que apresentou uma média de 12,5 9, e início da atividade sexual de

17,63. Uma metanálise que avaliou 32 estudos, revelou um risco de 12 a 14% menor de realização de

histerectomia para cada ano de menarca mais tardia, as mulheres com níveis mais baixos de

escolaridade apresentaram maior risco de histerectomia, aumentando-se 17% o risco de histerectomia

para cada nível menor de escolaridade, além de que a menarca precoce está associada a um risco maior

de mioma e endometriose, duas patologias envolvidas na realização dessa cirurgia.8

Esse mesmo estudo, evidenciou que mais de 70% das mulheres tiveram a primeira gestação

entre 16 a 25 anos, contra 85% dessa pesquisa. Houve prevalência, em relação aos métodos

Page 16: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA AFFONSO …

16

contraceptivos , do uso de anticoncepcional oral (83,7%) e laqueadura tubária (30,2%).4 Segundo

Sacramento S.I.G. , quanto mais tardia for a primeira gravidez e maior o intervalo decorrido após o

último parto, maior a incidência de mioma, uma das principais patologias relacionadas a histerectomia,

além de ter verificado uma associação positiva com o uso de anticoncepcional.10

Esse fato pode

explicar parcialmente nossos resultados quanto a alta prevalência do uso de anticoncepcional oral em

pacientes que fizeram histerectomia, porém não serve para outros métodos contraceptivos, como a

laqueadura tubária (30,2%), pois algumas mulheres laqueadas também referiram o uso de

anticoncepcional, gerando um viés estatístico. Os estudos que mostraram associação positiva também

mostram uma correlação com a quantidade de estrogênios envolvidos e tempo de uso do método,

variáveis não analisadas nesse estudo.10

Aos 20 anos conforme o estudo paranaense, 80% das mulheres relataram que tinham um

padrão menstrual normal, contra 60,5% nessa pesquisa, já nos últimos 5 anos houve uma inversão

desse padrão com 79,05% apresentando alterações menstruais, principalmente associado a

sangramento excessivo, contra 86% das pacientes, que referiram alterações menstruais.4 Esse fato

provavelmente se dá devido ao aumento da incidência de patologias uterinas na perimenopausa como

o sangramento uterino disfuncional, os tumores benignos e malignos, com o envelhecimento da

mulher11

, além de que a amostra é composta por um grupo populacional de risco para transtorno

menstruais, haja vista que são mulheres refratárias ao tratamento clínico da sua doença de base e

necessitaram da histerectomia para resolução da sua sintomatologia.

Comparando-se com as histerectomias totalmente laparoscópicas, 15% eram nulíparas contra

6,97%, e 42% apresentavam-se acima do peso contra 62,8% do presente estudo9 – conforme padrão

utilizado pela diretriz brasileira para estudo da obesidade.12

Da amostra desse estudo, 17,7% realizou

terapia de reposição hormonal contra 11,6% dessa pesquisa. Essa análise retrospectiva verificou que

entre as 4 doenças mais prevalentes, 3 das principais comorbidades verificadas nesse estudo, são elas:

depressão, dislipidemia e patologia endocrinológica. As alterações hematológicas ganharam destaque

apresentando-se como a comorbidade mais frequente desse estudo com 32,6.9 O percentual menor de

uso de TRH nesse estudo provavelmente se deva ao fato da amostra ser limitada e consequentemente o

número de pacientes no climatério com sintomas de menopausa também. Em relação as comorbidades,

a incidência de depressão provavelmente se justifique, em parte, pelo prejuízo funcional devido a

sintomatologia, como sangramento uterino e dismenorreia. Já o grande percentual de pacientes com

IMC aumentado pode justificar a alta prevalência de dislipidemia. Disfunções hormonais podem estar

associadas a gênese das patologias endocrinológicas e a anemia, por perda sanguínea excessiva, as

alterações hematológicas.

Verificou-se que 83,7 % da amostra apresentava sangramento. Destas, 66,7% estavam acima

do peso. Útero miomatoso estava presente em 72,1 % sendo que 67,7% destas, estavam com

sobrepeso ou obesidade. Sangramento e útero miomatoso foram as principais doenças envolvidas com

a indicação cirúrgica, condizente com os estudos de Nogueira Silva C onde a miomatose uterina foi a

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principal patologia com 85%, sendo que 40% apresentaram sangramento vaginal9 e com o estudo de

Maria Coelho S, que verificou uma predominância de 46,3% do leiomioma na indicação cirúrgica da

histerectomia.7

Em relação ao procedimento cirúrgico verificou-se uma prevalência de 100% da realização da

histerectomia total com salpingectomia uni ou bilateral, e 7% de ooforectomia uni ou bilateral.

Comparando-se com o estudo realizado no Peru, em que a abordagem foi por via abdominal e a

histerectomia foi total, 71% realizaram salpingectomia bilateral e 7% realizaram salpingectomia mais

ooforectomia.6 Quando comparado ao estudo retrospectivo que analisou 262 casos laparoscópicos

verificou-se que foi realizada histerectomia videolaparoscópica com ablação anexial unilateral ou

bilateral em 63% dos casos, com conservação bilateral de anexos em 32,1%, salpingectomia bilateral

ou unilateral em 4,2 e ooforectomia unilateral em 0,8%.9 Segundo a federação brasileira das

associações de ginecologia e obstetrícia (FEBRASGO) o carcinoma de ovário é uma neoplasia que

não é passível de rastreamento pelos métodos atuais e assim costuma ser encontrado em estádios

avançados, a tuba uterina é considerada uma via importante de carcinogênese ovariana com

contiguidade, fato esse que justificou a escolha dos cirurgiões pela realização de salpingectomia

bilateral total em todas as cirurgias.13

As variações entre estudos da realização da ooforectomia

provavelmente se deva a diversidade das patologias envolvidas na realização da histerectomia.

Constatou-se um tempo médio de cirurgia 112,72 minutos, no estudo de Nogueira Silva e col.

o achado foi de 77,7 minutos, diferença essa, em parte, devido ao aprimoramento da técnica cirúrgica

pelo profissionais com o passar do tempo, demonstrado pela diferença de 18,3 minutos entre o

primeiro e o quarto ano de estudo com a mesma equipe profissional descritas nessa análise

retrospectiva.9 Entretanto não só a experiência profissional influencia no tempo de cirurgia, um estudo

realizado em Lisboa que relacionou o impacto do IMC na histerectomia videolaparoscópica verificou

uma tendência a aumento no tempo operatório médio nos grupos com excesso de peso e obesidade

porém sem significância estatística.14

As limitações do estudo estão relacionadas a amostra limitada, o que pode justificar a não

associação entre algumas variáveis, a não quantificação do tempo de uso dos métodos contraceptivos,

e a não especificação das comorbidades envolvidas devido as poucas informações que foram

encontradas nos prontuários.

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18

7. REFERÊNCIAS

1. Merighi MAB, Oliveira DM, Jesus MCP, Hoga LAK, Pedroso AGO. Experiências e expectativas de

mulheres submetidas à histerectomia. Texto contexto – enferm. 2012;21(3):608-15.

2. Silva CMC, Santos IMM, Vargens OMC. A Repercussão da histerectomia na vida de mulheres em

idade reprodutiva. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2010 Jan-Mar; 14(1):76-82.

3 Nunes MPRS, Gomes VLO, Padilha MI, Fonseca AD. Representações de mulheres acerca da

histerectomia em seu processo de viver. Esc Anna Nery RevEnferm. 2009 Jul-Set; 13(3):574-81.

4.. Volpato DC, Becker TCA; Revista Saúde e Pesquisa, v. 6, n. 1, p. 61-68, jan./abr. 2013

5. Donnez O, Jadoul P, Squifflet J, Donnez J. A series of 3190 laparoscopic hysterectomies for benign

disease from 1990 to 2006: evaluation of complications compared with vaginal and abdominal

procedures. BJOG. 2009; 116:492-500.

6. Gastby TM. Características clínicas y epidemiológicas de las pacientes sometidas a histerectomía

abdominal total en el Hospital Carlos Lanfranco, 2005 al 2010. Hor. Méd., [S.l.], v. 11, n. 2, p. 70-74,

dic. 2011.

7. Coelho SM, de La Trinidad ECP, Lins CDM, Gomes MTV, Di Bella ZIKJ, Andres MP et al . Perfil

epidemiológico e complicações pós-operatórias das mulheres submetidas à cirurgia ginecológica em

centro de referência do extremo setentrional da amazônia legal brasileira. Rev. Col. Bras.

Cir.2015 Dez

8. F. Wilson L, D. Mishra, G. Age at Menarche, Level of Education, Parity and the Risk of

Hysterectomy: A Systematic Review and Meta-Analyses of Population-Based Observational

Studies. PloS one, 2016 atualizada, 10.1371/journal.pone.0151398, acesso em 29/10/2018 15:34,

disponível em https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0151398

9. Silva CN, Ribeiro SS, Barata S, Alho C, Osório F, Calhaz-Jorge C. Histerectomia Totalmente

Laparoscópica: Análise Retrospectiva de 262 casos, Acta Med Port, Portugal, Jan-fev 2014

10. Sacramento SIG, Miomas uterinos, infertilidade e gravidez uma problemática atual. Dissertação de

mestrado apresentada ao Programa de Mestrado Integrado em Medicina, Porto – Portugal, 2011

11. Núcleo de Telesaúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sangramento Uterino

Anormal. Faculdade De Medicina – Programa De Pós-Graduação Em Epidemiologia

Telessaúders/UFRGS. Porto Alegre, 2018.

12. Associação Brasileira para Estudo da Obesidade, diretoria da ABESO, Diretrizes Brasileiras de

Obesidade, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade, Diretoria da ABESO e Editor-

Coordenador, 2016, 4.ª edição

13.Federação Brasileira das Associações de ginecologia e obstetrícia (FEBRASGO). Salpingectomia

Bilateral Oportunista para prevenção do Câncer de Ovário em Mulheres Submetidas à Esterilização

Tubária ou Histerectomia por Doença Benigna. 16 de feveiro de 2018. Disponível em:

[https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/315-salpingectomia-bilateral-oportunista-para-

prevencao-do-cancer-de-ovario-em-mulheres-submetidas-a-esterilizacao-tubaria-ou-histerectomia-por-

doenca-benigna]

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19

14. Osório F, Silva CN, Alho SBC, Calhaz-Jorge C. Total Laparoscopic hysterectomy: impacto of

body mass index on outcomes, Acta Obstet Ginecol Port vol.9 no.5 Coimbra dez. 2015

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8. APÊNDICE

Apêndice 1 - NORMAS DA REVISTA

Diretrizes para Autores

A revista Arquivos Catarinenses de Medicina (Arq Catarin Med.), periódico científico da Associação

Catarinense de Medicina, destina-se à publicação de artigos originais, artigos de atualização e revisão,

relatos ou estudos de casos.

O periódico possui edições trimestrais, com foco nas áreas: medicina I, medicina II, saúde

multidisciplinar e gestão em saúde.

Premissas Básicas:

Os artigos deverão ser submetidos conforme redação e estrutura informados a seguir. Os artigos que

não observarem tais indicações serão recusados na triagem inicial.

Os autores estão cientes e acordados que as decisões do corpo editorial do periódico, quanto à

aceitação ou rejeição, inicial ou final; à necessidade de revisões, correções ou modificações. A decisão

dos avaliadores e/ou corpo editorial é definitiva, não cabendo recursos em relação a este ato”.

O parecer final sempre será do avaliador e/ou do Conselho Editorial, sendo que todos os cuidados

serão tomados no sentido de se garantir o anonimato de ambas as partes (avaliadores e autores)

durante o período de avaliação.

A publicação dos artigos aprovados seguirá a ordem cronológica de sua aceitação. Os custos de

diagramação seguirão por conta dos autores quando do aceite para a publicação.

O número máximo de autores aceitável é de 6 (seis), exceto em casos de trabalhos considerados de

excepcional complexidade.

As correções solicitadas ao(s) autor(es) devem ser encaminhadas no prazo máximo de 15 dias.

Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da

submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo

com as normas serão devolvidas aos autores.

Declaro que o artigo é original; que não foi publicado na íntegra e não está sendo submetido a outro

periódico e nem o será, enquanto estiver sob apreciação desta revista; que todos os autores estão de

acordo com a versão final do trabalho; que a revista Arquivos Catarinenses de Medicina passa a ter

direitos autorais sobre o artigo, caso ele venha a ser publicado e que aceitaremos as decisões do corpo

editorial do periódico, quanto à necessidade de revisões ou modificações, não cabendo recursos, em

caso de recusa inicial, em decorrência do não cumprimento dos princípios éticos ou de erros

significativos de metodologia, ou após a revisão dos mesmos.

O arquivo da submissão está em formato Microsoft Word.

O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para Autores, na

página Sobre a Revista.

Em caso de submissão a uma seção com avaliação pelos pares (ex.: artigos), as instruções disponíveis

em assegurando a avaliação pelos pares cega foram seguidas.

Orientações para a preparação dos originais:

O processador de texto a ser utilizado deve ser Microsoft Word (Office®). Fontes Times New Roman

tamanho 11, justificado, espaçamento entre linhas 1,5.

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21

Tamanho máximo dos originais (incluindo referências bibliográficas):

a) Artigos originais: 15 páginas;

b) Artigos de atualização e revisão: 15 páginas;

c) Relatos e estudos de casos: 5 páginas.

As seções deverão ter a seguinte ordem: folha de rosto, resumo em português, resumo em inglês

(abstract), introdução, revisão de literatura, procedimentos metodológicos, texto da pesquisa,

conclusões, referências bibliográficas, tabelas, quadros e ilustrações.

O original, incluindo tabelas, quadros, ilustrações e referências bibliográficas, deve seguir os

“Requisitos Uniformes para Originais Submetidos a Revistas Biomédicas”, publicado pelo Comitê

Internacional de Editores de Revistas Médicas (1).

a) Folha de rosto: deve conter o título do artigo em português e em idioma inglês, ambos de forma

concisa; o nome pelo qual cada autor é conhecido, com seu grau acadêmico mais alto e sua filiação

institucional (a titulação deve ser inserida no texto como nota de rodapé); o nome do(s)

departamento(s) e da(s) instituição(ões) às quais o trabalho deve ser atribuído; endereço eletrônico (e-

mail) de todos os autores; município e unidade federativa e país; e a(s) fonte(s) de financiamento, sob

a forma de verbas, de equipamento, de drogas, ou todas elas.

b) Resumo em português: redigido na segunda página, com até 250 palavras, apresentando o contexto

da pesquisa, os objetivos que à alcançar, o enquadramento metodológico e as principais conclusões. A

formatação do texto no resumo é sem recuo de parágrafo e o espaçamento entre linhas é simples.

Abaixo do resumo, indicar as palavras-chaves, compostas de no máximo 5 descritores que

necessariamente precisam estar contidas no resumo.

c) Resumo em inglês: (Abstract): tradução do resumo para o idioma inglês, cuidando para não utilizar

tradutores eletrônicos, uma vez que a transcrição literal pode induzir a interpretações equivocadas.

d) Introdução: contextualização do tema pesquisado, contemplando os objetivos geral e específicos do

estudo, as eventuais hipóteses e os motivos que justificam a realização do estudo.

e) Revisão de literatura: texto que englobe os conceitos ou definições dos autores utilizados na

pesquisa e que constam nas referências bibliográficas.

f) Procedimentos Metodológicos: informar o enquadramento da pesquisa e os métodos utilizados no

estudo.

g) Texto da Pesquisa: deve apresentar a investigação efetuada e as análises possíveis a partir dela,

todas sustentadas na literatura constante na revisão de literatura e referências bibliográficas.

h) Conclusões e Considerações finais: retomada da pesquisa, indicando as principais conclusões e

eventuais aplicações. Além disto deve especificar se os objetivos definidos foram alcançados ou se

necessitam de estudos futuros.

i) Referências: devem ser numeradas e ordenadas segundo a ordem de aparecimento no texto. Devem

ser utilizados números arábicos, entre parênteses e sobrescritos, sem espaço entre o número da citação

e a palavra anterior, e antecedendo a pontuação da frase ou parágrafo [Exemplo: cuidado(5)

,]. O

número máximo de referência é de 50 e o ano de publicação das referências não poderá ser maior do

que 10 anos da data do manuscrito submetido, admitindo-se considerar maior prazo em casos em que

não exista comprovadamente autores mais atuais com mesma abordagem. Devem ser formatadas no

Estilo Vancouver (http://www.bu.ufusc.br/ccsm/vancouver.html). (Quando o número de autores

ultrapassar à 3 somente os 3 primeiros devem ser citados, seguidos da expressão et al.).

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j) Tabelas (elementos demonstrativos como números, medidas, percentagens, etc.): cada tabela deve

ser numerada na ordem de aparecimento no texto, e com um título sucinto, porém, explicativo. Todas

as explicações devem ser apresentadas em notas de rodapé e não no cabeçalho. A tabela segue a norma

NBR 14724:2011 subitem 5.9, que por sua vez, remete as Normas de Apresentação

Tabular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (1993). A tabela apresenta os

seguintes elementos: título, cabeçalho, conteúdo, fonte e, se necessário, nota(s) explicativa(s) (geral

e/ou específica). É dividida por o mínimo possível de linhas na horizontal e as bordas laterais não

podem ser fechadas. Não sublinhar ou desenhar linhas dentro das tabelas, não usar espaços para

separar colunas. Exemplo:

k) Quadros (elementos demonstrativos com informações textuais): embora siga especificações

semelhantes as informadas nas tabelas (título, fonte, legenda, nota(s) e outras informações

necessárias), terá suas laterais fechadas e sem limite de linhas horizontais.

l) Figuras (fotografias, desenhos, gráficos): devem ser colocadas com título e legenda, e numeradas na

ordem de aparecimento do texto. Gráficos devem ser apresentados em preto e branco e somente em

duas dimensões. Fotos não devem permitir a identificação do paciente; tarjas cobrindo os olhos podem

não constituir proteção adequada. Caso exista a possibilidade de identificação, é obrigatória a inclusão

de documento escrito, fornecendo consentimento livre e esclarecido para a publicação.

m) Abreviaturas: devem ser evitadas, pois prejudicam a leitura confortável do texto. Quando usadas,

devem ser definidas, ao serem mencionadas pela primeira vez. Jamais devem aparecer no título ou no

resumo.

Orientações sobre alguns tipos de publicações

Artigos de revisão e atualização:

Os artigos de revisão e atualização deverão ser apresentados no mesmo formato que os artigos

originais, contendo página de rosto, título, resumo e descritores em português e inglês, texto,

referências bibliográficas, tabelas e figuras. O número máximo de páginas não deverá exceder a 15.

Relatos de casos:

Devem conter página de rosto com as mesmas informações exigidas e explicitadas anteriormente. O

texto deverá conter uma introdução breve, que situa o leitor em relação à importância do assunto e

mostra os objetivos da apresentação do(s) caso(s) em questão; o relato resumido do caso, bem como os

comentários relevantes e comparados à literatura. O relato de caso não deverá exceder a quatro

páginas.

Resumos de dissertações e teses:

Referências:

1. International Committee of Medical Journal Editors. Uniform requirements for manuscripts

submitted to biomedical journals. JAMA 1997;277:927-34.

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23

2. Haynes RB, Mulrow CD, Huth EJ, Altman DJ, Gardner MJ. More informative abstracts revisited.

Ann Intern Med 1990;113:69-76.

3. BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. DeCS -

Descritores em ciências da saúde: lista alfabética. 2ª ed. Ver. Amp. São Paulo: BIREME; 1992.111p.

4. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196 de 10/10/96 sobre pesquisa

envolvendo seres humanos. DOU 1996 Ouc 16; nº 201, seção 1:21082-21085.

Sites de ajuda:

1. Como elaborar referências bibliográficas, segundo o Estilo de

Vancouver. http://www.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html

2. Como obter ORCID ? https://bibliotecafea.com/

3. Normas de apresentação tabular conforme o

IBGE http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv23907.pdf

Lista de Checagem:

Recomenda-se que os autores utilizem a lista de checagem abaixo para certificarem-se de que todo o

material requerido está sendo enviado. Lembramos que só serão aceitos para avaliação artigos que

estejam dentro das normas desta publicação.

- Página de rosto com todas as informações solicitadas.

- Resumo em português e inglês com descritores.

- Texto contendo introdução, método, resultados e discussão.

- Inclusão da informação sobre aprovação do trabalho por Comitê de Ética em Pesquisa Médica.

- Referências bibliográficas no estilo Vancouver, numeradas por ordem de aparecimento no texto.

- Tabelas numeradas por ordem de aparecimento.

- Gráficos numerados por ordem de aparecimento.

- Figuras identificadas e com legendas.

Declaração de Direito Autoral

Declaro que o artigo é original; que não foi publicado na íntegra e não está sendo submetido a outro

periódico e nem o será, enquanto estiver sob apreciação desta revista; que todos os autores estão de

acordo com a versão final do trabalho; que a revista Arquivos Catarinenses de Medicina passa a ter

direitos autorais sobre o artigo, caso ele venha a ser publicado e que aceitaremos as decisões do corpo

editorial do periódico, quanto à necessidade de revisões ou modificações, não cabendo recursos, em

caso de recusa inicial, em decorrência do não cumprimento dos princípios éticos ou de erros

significativos de metodologia, ou após a revisão dos mesmos.

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Apêndice 2 – Parecer do CEP

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