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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA KAYON DE SOUZA CUSTÓDIO ESTUDO BÁSICO DE VIABILIDADE E IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE UMA ARENA MULTIUSO NA CIDADE DE IMBITUBA/SC Tubarão 2017 PEDRO ESTEVAM DE SOUZA CUSTÓDIO

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA KAYON DE SOUZA

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINAKAYON DE SOUZA CUSTÓDIO

ESTUDO BÁSICO DE VIABILIDADE E IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE UMAARENA MULTIUSO NA CIDADE DE IMBITUBA/SC

Tubarão2017

PEDRO ESTEVAM DE SOUZA CUSTÓDIO

KAYON DE SOUZA CUSTÓDIOPEDRO ESTEVAM DE SOUZA CUSTÓDIO

ESTUDO BÁSICO DE VIABILIDADE E IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE UMAARENA MULTIUSO NA CIDADE DE IMBITUBA/SC

Trabalho de conclusão de cursoapresentado ao curso de engenhariacivil, como parte dos requisitos necessáriosà obtenção do título de bacharel emengenharia civil.

Orientador: Gil Félix MadalenaCoorientador: Gean Carlos Fermino

Tubarão2017

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus pela força fornecida para seguir em frentediante dos desafios enfrentados durante a realização do trabalho.

Agradecemos ao esforço de nossa família pela criação e caráter que nos deram,que mesmo nos momentos difíceis, nos incentivaram a não desistir e ser forte, paraque objetivo pudesse ser alcançado.

Aos amigos que sempre estiverem presentes, facilitando a superação dosmomentos mais difíceis.

Ao Professor e Orientador Gil Félix Madalena e ao Professor e CoorientadorGean Carlos Fermino, pelo conhecimento e experiência transmitidos durante todo oprocesso de elaboração deste trabalho, sem o seu apoio e auxilio, não seria possível aconclusão do presente trabalho.

Aos membros da banca examinadora, Eng. Civil Jarlex Teixeira e Eng. Esp.Gercino Preve, deixamos os agradecimentos pela disponibilidade e colaboração aoaperfeiçoamento do conteúdo do trabalho.

Aos colegas e amigos feitos na universidade, que inúmeras vezes dividiramconosco as mesmas dificuldades e angustias e que somente com seu apoioconseguimos superar. O apoio e a amizade cultivada na universidade seguirá firme aolongo da nossa vida.

“A persistência é o caminho do êxito”.(CHARLIE CHAPLIN)

RESUMO

O trabalho realizado abordou um estudo básico da viabilidade da implantaçãoda obra de uma arena multiuso na cidade de imbituba. Também demonstra os impactosque uma obra desse porte possa causar ao município. A importância social e econômicadessa obra foi um fator preponderante para escolha do determinado tema.

O objetivo do trabalho foi compreender a importância que uma arena multiusotem em uma cidade ou região, além de analisar uma opção plausível para que essaobra se torne viável em sua construção e principalmente em sua manutenção, paraque sua finalidade alcance todo o potencial, e ainda, realizar um estudo de caso coma implantação de um projeto de uma arena já construída em uma cidade próxima,analisando seus impactos físicos e sociais que tal implantação causaria.

Julgamos ser o mais adequado para demonstrar a finalidade do estudo emquestão, uma demostração de um estudo baseado em uma rica revisão bibliográficaque abrangeu diversas áreas do conhecimento, que a viabilidade de uma obra de umaarena multiuso na cidade de imbituba vai muito além do fator econômico, incluindotambém todos os setores de serviços básicos e sociais de uma cidade, desde amelhoria da saúde pública dos cidadãos com a prática de esportes até o incrementoda cultura com apresentações e oficinas culturais. Essa inclusão e impactos sociaispode ser alcançado com o auxilio de politicas eficientes nessas áreas e uma estruturafísica adequada para tais finalidades.

Palavras-chave: Arena multiuso. Impactos. Viabilidade.

ABSTRACT

The study conducted approached to a basic study of feasibility of the implantationof construction of a multipurpose arena in the city of Imbituba. It also shows the impactsthat a construction of this size may inflict to the municipality. The social and economicimportance of this construction was a preponderant factor for choosing the particulartheme.

The objective of the study was to understand the relevance that a multipurposearena has in a city or a region, as well to analyze a plausible option in order thisconstruction becomes viable in its construction and mainly in its maintenance, so that itspurpose reaches the full potential, and to carry out a case study with the implementationof a project of an arena already built in a nearby city, analyzing its physical and socialimpacts that such an implantation would cause.

We believe it should be the most appropriate way to demonstrate the purpose ofthe study in question, a demonstration of a study based on a rich bibliographical reviewthat covered several areas of knowledge, that the viability of a work of a multipurposearena in the city of Imbituba goes far beyond economic factor, including all the basic andsocial services sectors of a city, from improving the public health of citizens to practicingsports to increasing culture with presentations and cultural workshops. This inclusionand social impacts can be achieved with the aid of efficient policies in these areas anda physical structure suitable for such purposes.

keywords: Multipurpose arena. Impacts. Viability.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Mapa de Santa catarina com o destaque em vermelho para a cidadede Imbituba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Figura 2 – Ruínas históricas de Olímpia, sede dos jogos Olímpicos da antiguidade 19Figura 3 – Estadio Panatenaico, com capacidade de 50.000 pessoas, foi erguido

em 566 a.C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Figura 4 – Teatro de Delfos - Grécia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Figura 5 – Ilustração artística da aparência das Termas de Caracalla . . . . . . 23Figura 6 – Circo Máximum em Roma, na Itália . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Figura 7 – Anfiteatro de Flávio - Coliseu de Roma, Itália . . . . . . . . . . . . . 25Figura 8 – Abertura dos jogos no Olympiastadion de Estocolmo, na Suécia, no

ano de 1912 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Figura 9 – Wembley Stadium na Inglaterra, ano de 1923 . . . . . . . . . . . . . 28Figura 10 – Yankee Stadium em Nova York, ano de 1923 . . . . . . . . . . . . . 29Figura 11 – Estádio Internacional Khalifa em Doha, no Catar . . . . . . . . . . . 30Figura 12 – Localização do terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61Figura 13 – zoneamento da cidade de imbituba na região central da cidade . . . 62Figura 14 – Mapa de acesso da cidade de imbituba . . . . . . . . . . . . . . . . 63Figura 15 – Localização dos serviços de emergência . . . . . . . . . . . . . . . 64Figura 16 – Maquete da disposição da arena no terreno . . . . . . . . . . . . . . 65Figura 17 – Alteração da malha viária no entorno da arena multiuso . . . . . . . 66Figura 18 – Zoneamento urbano da cidade de Imbituba. . . . . . . . . . . . . . . 81

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Custo global das células fotovoltaicas de silício desde 1977 emdólar/watt. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

Gráfico 2 – Gráfico da irradiação equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Classificação de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41Tabela 2 – Impacto dos eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Tabela 3 – Orçamento básico da arena multiuso da cidade Tubarão/SC . . . . 82

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

a.C. antes de Cristo

CELESC Centrais Elétricas de Santa Catarina

CMPDDSI Conselho Municipal do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentávelde Imbituba

COI Comitê Olímpico Internacional

d.C. depois de Cristo

FUNDAM Fundo de Apoio aos Municípios

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

MEI Microempreendedor Individual

MinC Ministério da Cultura

PDDSI Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Imbituba

Pronac Programa Nacional de Apoio à Cultura

Salic Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura

SEDETUR Secretraría Municipal do Desenvolvimento Econômico e Turístico deImbituba

SFCR Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede

SFCR Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede

UEFA Union of European Football Associations

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141.1 OBJETIVO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161.3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

2 ESPORTE, ENTRETENIMENTO E AS PRIMEIRAS ARENAS . . . . 182.1 APARECIMENTO DO ESPORTE NA HISTÓRIA ANTIGA . . . . . . . 182.2 OS PRIMEIROS ESTÁDIOS E ARENAS . . . . . . . . . . . . . . . . 192.2.1 Termas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222.2.2 Os Circos romanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232.2.3 Anfiteatros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242.2.4 Os ginásios da história antiga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252.3 SALTO HISTÓRICO NAS TECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS

VOLTADAS AO ESPORTE E ENTRETENIMENTO . . . . . . . . . . . 262.4 ARENAS MULTIUSO E SUAS FINALIDADES . . . . . . . . . . . . . 31

3 BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ESPORTES PARA OSSERVIÇOS PÚBLICOS E A SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE . 33

3.1 O ESPORTE E A SOCIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333.2 O ESPORTE E A SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343.2.1 Aptidão física, atividade física, saúde e Qualidade de vida . . . . 353.3 O ESPORTE NO BRASIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

4 GESTÃO, MARKETING E SUSTENTABILIDADE DE UMA ARENAMULTIUSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

4.1 Infraestrutura e Administração esportiva . . . . . . . . . . . . . . . . 394.2 SERVIÇOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 404.2.1 Classificação dos serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 404.3 EVENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 444.3.1 O Conceito do evento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464.3.1.1 O Organizador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464.3.1.2 A comunidade local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 474.3.1.3 Os patrocinadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 474.3.1.4 Os recursos humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 474.3.1.5 Os espectadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 484.4 O MARKETING . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

4.5 OS IMPACTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 504.5.1 Os Impactos Socioculturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 504.5.2 Os Impactos Físicos e Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 514.5.3 Os impactos políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 514.5.4 Os impactos econômicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 524.6 LEI DE INCENTIVO À CULTURA COMO OPÇÃO AO

FINANCIAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS . . . . . . . . . . . . . . 554.7 PAINÉIS FOTOVOLTAICOS: CONCEITOS E A VIABILIDADE

ECONÔMICA E SUSTENTÁVEL NO BRASIL . . . . . . . . . . . . . 56

5 CONDICIONANTES DA IMPLANTAÇÃO OBRA DA ARENAMULTIUSO DE IMBITUBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

6 VIABILIDADE E SUSTENTABILIDADE DA ARENA DE IMBITUBA . 676.1 APORTE FINANCEIRO PARA IMPLANTAÇÃO DA OBRA DA ARENA

MULTIUSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 676.2 GESTÃO BÁSICA APLICADA À ARENA IMBITUBA . . . . . . . . . . 686.3 RELAÇÃO DA ECONOMIA OBTIDA COM O CUSTO DA

IMPLANTAÇÃO DE PAINÉIS FOTOVOLTAICOS NO PROJETO EXISTENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

7 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

74REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

79ANEXOS

81ANEXO A – ZONEAMENTO URBANO DE IMBITUBA . . . . . . . .

82ANEXO B – ORÇAMENTO BÁSICO DA ARENA MULTIUSO . . . .

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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo expõe os programas de necessidades e um estudo sobre aviabilidade e o impacto da implantação da obra de uma arena multiuso na cidade deImbituba.

Situada no litoral sul do estado de Santa catarina, à 90 km ao sul da capital doestado, a cidade de Florianópolis. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE) (2016), o município de Imbituba possui uma extensão territorial de182.929 Km² e uma população estimada para o ano de 2016 de 43.624 mil habitantes.Segundo um levantamento feito pela revista Isto é, onde foram classificados em ordemnumérica os melhores municípios brasileiros no ano de 2015 e levando em conta paraessa classificação, indicadores de todos os segmentos, tais como, fiscal, econômico,social e digital. Nesse ranking, a cidade de Imbituba ocupou a posição de número 431,em um total de 5.565 registros de múnicipios para o ano de 2015.

(REVISTA ISTO É, 2015)

Figura 1 – Mapa de Santa catarina com o destaque em vermelho para a cidade deImbituba

Fonte: www.wikipedia.org/imbituba

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A cidade de imbituba tem um importante papel em diversos setores do estadode Santa Catarina, por se tratar de uma cidade litorânea, é muito procurada porturistas de diversos locais do mundo, a cidade chega a aumentar em cerca de cem porcento o seu número de habitantes no período da alta temporada de verão, do mês deDezembro ao mês março, chegando a 85.000 mil habitantes nesse período, segundodados da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e Turístico deImbituba (SEDETUR). A cidade ainda é um ponto importante no escoamento daprodução de diversos setores industriais dos três estados da região sul, movimentandogranéis sólidos e líquidos, congelados, contêineres e carga geral, sua movimentaçãoatual vem batendo recordes nos últimos anos. Dados do ano de 2016, apontam umamovimentação de aproximadamente 5.000 mil toneladas de cargas, um marco históricopara o porto e cidade de Imbituba, com geração de empregos e atração deinvestidores de diversos locais do mundo para nossa região. Com a economiaalavancada por esses 2 segmentos e em pleno crescimento econômico, a cidade queregularmente recebe eventos culturais e esportivos à nível nacional e até internacional,como a Semana nacional da Baleia Franca, Festival Nacional do Camarão,campeonatos de modalidades náuticas, como mundial de surf e windsurf, eventosesses que atraem mais visitantes a cidade, porém no cenário atual, o municípioencontra-se em defasagem a nível da estrutura pública existente para pratica erealização de eventos culturais e esportivos na região.

A importância de uma obra desse segmento no município alcançar alguns pontosimportantes no desenvolvimento da região, desde uma melhoria na qualidade de vidada população, o desenvolvimento de diversos setores de serviços públicos, como asaúde, a educação, o esporte, o turismo e a economia. Alguns estudos realizados epublicados corroboram para interligar os fatores mencionados de melhorias sociaiscom a realização e pratica de esportes e de eventos culturais. Há uma relação entre aprática esportiva e a saúde pública, através de estudos que associam um estilo de vidaativo, menor possibilidade de morte e melhor qualidade de vida. Os possíveis malefíciosdo sedentarismo superam em muito as eventuais complicações decorrentes da práticade exercícios físicos, os quais, portanto, apresentam uma interessantíssima relaçãorisco/benefício. Considerando a alta prevalência, aliada ao significativo risco relativodo sedentarismo referente às doenças crônico-degenerativas, o aumento da atividadefísica de uma população contribui decisivamente para a saúde pública, com forteimpacto na redução dos custos com tratamentos, inclusive hospitalares (CARVALHO etal., 1996). Também destacaremos a importância de eventos culturais em uma cidade,eventos esses, que necessitam de um local adequado para sua realização, já que umdos principais aspectos da atividade turística é a possibilidade da existência de atraçõesque possam incentivar o deslocamento de pessoas através de viagens (ABLAS, 1991).

O estudo a seguir irá destacar a viabilidade da construção da arena multiuso,

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implementando a obra em um terreno adequado para tal obra, e claro, respeitandotodas as normas construtivas vigentes e também o plano diretor municipal e o códigode obras. Um fator preponderante a essa obra é garantir que o menor impacto possívelao orçamento público seja causado, para isso, estudando técnicas e maneiras efetivasde gestão para que se possa usufruir integralmente dos benefícios de uma arenamultiuso. No quesito da viabilidade econômica, um estudo referente à adequação doprojeto perante à lei de incentivo a cultura, e se utilizando de exemplos bem sucedidosde outras parcerias entre esferas de governo e também com empresas particulares,para que se possa atingir um resultado economicamente vantajoso ao município deImbituba.

Visando utilizar técnicas que causem o menor impacto ambiental possível aessa obra, um breve estudo sobre os benefícios e economias que a implantação depainéis fotovoltaicos na arena serão demostrados.

1.1 OBJETIVO GERAL

Estudar a viabilidade técnica e econômica da implantação da arena multiuso nacidade de Imbituba, comprovando que esta construção traz benefício para o municípiocontribuindo para gerar emprego, renda, serviços e demais movimentoseconômicos com sua utilização.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1) Elaborar uma pesquisa bibliográfica sobre arenas multiuso e suas funções;

2) Analisar um estudo de caso com um projeto específico e local de implantação;

3) Elaborar uma viabilidade técnica e financeira do projeto;

4) Estudar a possibilidade da utilização da Lei Rouanet para o empreendimento;

5) Implementar algumas técnicas de engenharia sustentável no projeto paradiminuir o impacto ambiental e econômico da obra.

6) Entrevista com especialista na área da administração esportiva.

1.3 METODOLOGIA

O estudo realizado utilizou-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória edocumental, e de um estudo de caso para chegar aos resultados obtidos.

• Pesquisa bibliográfica: o desenvolvimento do trabalho teve como base materiaisque já foram publicados, sendo constituído por livros e artigos científicos;

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• Pesquisa exploratória: proporcionou um maior conhecimento na importância deuma estrutura esportiva em uma cidade, tomando-os mais aberto ao constituirhipóteses;

• Pesquisa documental: foram analisadas informações provenientes de índices,tabelas, estatísticas e todos esses dados coletados ajudaram a concluir aspectostécnicos da implantação do projeto

• Estudo de caso: foi feito um estudo da implantação de um projeto em um localdeterminado, analisando os resultados obtidos com esse processo.

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2 ESPORTE, ENTRETENIMENTO E AS PRIMEIRAS ARENAS

2.1 APARECIMENTO DO ESPORTE NA HISTÓRIA ANTIGA

Para um bom compreendimento da importância do tema, em seu livro intituladoSport: a Cultural History, Richard Mandell descreve como expressiva, a quantidade decivilizações antigas que deixaram registros de atividades físicas recreativas ou festivasdentre suas marcas, com algumas semelhanças, podemos fazer uma associaçãodessas atividades com as definições que adotamos para o esporte atualmente, nãono tipo de práticas realizadas, mas na parte conceitual do termo esporte, que é umaforma de atividade física praticada com finalidade recreativa, educativa, sociocultural,profissional ou como meio de melhorar a saúde. Como a distancia geográfica dessascivilizações, a época em que viveram e sua estrutura eram muito diferentes umas dasoutras, o tipo de atividade praticada, ou o fim que essa atividade física tinha para suaestrutura social, algumas vezes como rito de passagem, outras como demonstração deforça, ou apenas como recreação. Apesar desses relatos, não há como afirmar quea evolução do esporte moderno praticado na sociedade atual provém de uma linhade evolução dessas atividades realizadas pelos povos mais antigos ao redor de todomundo.(MANDELL, 1999 apud PRONI, 2005)

“A história dos esportes nas civilizações antigas passa por diversasevidências importantes, mas de registros imprecisos. Civilizaçõesprimitivas como a dos chineses, maias, incas, egípcios, japoneses,aztecas, hindus, e outros povos, deixaram vestígios de jogos praticadoscom o caráter esportivo, e que permitiram diversas especulações sobrea verdadeira origem do esporte.”(TUBINO, 1987, p.13)

Segundo Tubino (1987), os exercícios físicos e as atividades esportivas tiveramrealce na Grécia antiga, pela relevância e pertinência que a educação e ascelebrações exerceram naquele modelo de sociedade, onde vivenciou-se o seu pontomáximo com a criação e realização dos jogos Olímpicos, realizados na cidade gregade Olímpia (figura 2) , entre os anos de 885 a.C., a 394 d.c., realizados no mesmointervalo de tempo que os jogos Olímpicos modernos, a cada 4 anos, tamanha era aimportância dada aos jogos, que muitas das vezes, tréguas eram decretadas nasguerras travadas para se que pudesse realizar os jogos olímpicos. As provas, em suamaioria de caráter individual, abertas somente para o sexo masculino, ofereciam aosvencedores como recompensa uma coroa traçada por ramos de oliveira, colhidos emárvores consagradas a Zeus. Nos anos de intervalos dos Jogos Olímpicos naAntiguidade os gregos celebravam outras competições desportivas de menoramplitude como os Jogos ístmicos, Píticos, Nemeus e Fúnebres.

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Figura 2 – Ruínas históricas de Olímpia, sede dos jogos Olímpicos da antiguidade

Fonte: www.seguindopassoshistoria.blogspot.com.br

2.2 OS PRIMEIROS ESTÁDIOS E ARENAS

Das atividades físicas e esportivas gregas, a que mais se destacava era oatletismo, ou a corrida de pedestres. Por esse motivo e também pelo formato em queeram disputadas os diversos tipos de corridas, e adicionando também a dificuldade emadaptar o uso as diferentes instalações helênicas existentes na época, criou-se um tipode estrutura capaz de suprir as necessidades de juntar as multidões de torcedores paraassistir as provas, Com as necessidades existentes, a solução encontrada foi de umaestrutura rodeada de platos, que por sua vez, eram circundados por colinas, nasce daias primeiras estruturas com a mesma referência arquitetônica que os estádios atuaisdos tempos atuais (CERETO, 2003).

Originalmente a palavra estádio era usada para se descrever as atividades

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decorrentesda contestação de velocidade entre os participantes. Mais tarde, passou a ser utilizadopara toda a instalação, não apenas para pista e suas arquibancadas, sendo a prova decorrida a modalidade esportiva mais importante.

Figura 3 – Estadio Panatenaico, com capacidade de 50.000 pessoas, foi erguido em566 a.C.

Fonte: www.hypescience.com

A semelhança com o teatro grego, estabelecendo a mesma preocupação deinserir as arquibancadas na paisagem é relatado por Robertson:

A pista de corridas guardava uma semelhança geral com o teatro,embora fosse, evidentemente, comprido e estreito, utilizavam o quantofosse possível as encostas naturais para apoiar as arquibancadas; nostempos mais antigos uma das extremidades era arredondada,posteriormente, ambas.(ROBERTSON, 1997 apud CERETO, 2003,p.19)

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Figura 4 – Teatro de Delfos - Grécia

Fonte: www.turomaquia.com

Segundo Cereto (2003), A rivalidade aumentava gradativamente entre ascidades e os ideias pacíficos dos jogos foram se perdendo, em contrapartida, cidadespatrocinavam atletas para se conseguir a vitória a qualquer custo, Após a invasãoMacedônica em 338 a.C. e romana em 196 a.C, os jogos deixaram de ser exclusivospara cidadãos gregos, Além da perda de alguns dos princípios do jogos Olímpicos,a figura antes quase heroica do atleta, também sofreria mudanças, com o intensivotreinamento militar ao qual se dedicavam, se tornavam gladiadores utilizados pelosseus imperadores para distrair seu povo nos anfiteatros na famosa politica do pão ecirco1.

Havia na época uma inabalável ligação entre o esporte profissional e a instruçãomilitar, as lutas entre os gladiadores e as corridas de cavalos, continuavam com umcerto prestigio , enquanto que as outras modalidades passam a ser realizadas nosginásios e nas termas, locais que acabaram adquirindo destacada importância nacidade romana. Com essa transição, os jogos passaram a enfraquecer, tornando-seimpetuosos e contraindo má reputação, sendo extintos pelo Imperador Teodósio no anode 394 d.C. logo após a realização da 293ª olimpíada.1 A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o

modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordemestabelecida e conquistar o seu apoio.

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Após as atividades serem divididas entre os circos, anfiteatros, termas e ginásios,destacaremos um pouco das tipologias e as funcionalidades dessas construções.

2.2.1 Termas

As termas eram muito mais do que simples locais de banhos públicos, tornaram-se importantes locais de encontro e convívio social e símbolos do poder político.Eram complexos de construções que ofereciam todos os tipos de finalidade, compiscinas de água quente e fria, saunas, ginásios, estádios, hipódromos, salas dereunião, bibliotecas, teatros, lojas e amplos espaços verdes ao ar livre. Devido atodas estas funções, eram construções de escala monumental e pautavam-se peloapurado sentido de ordem e simetria das suas plantas, pela estruturação dinâmica efuncional dos seus interiores, pela conjugação harmoniosa das várias volumetrias, pelasarrojadas coberturas abobadadas ou cupuladas e ainda pela belíssima articulaçãoentre interiores e exteriores. Ostentavam uma rica decoração, com revestimentos amármore policromo, belas composições de mosaicos, pinturas em estuque e muitaestatuária artística.(PONTES, 2009)

As termas mereciam destaque especial na cultura romana, pois existiam muitomais para ostentação do que para o cuidado do corpo. A tecnologia avançada usadanas termas, juntos com a calefação da água realizada por fornos subterrâneos quecompletavam ainda um sistema sofisticado de aquecimento das paredes da edificação.

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Figura 5 – Ilustração artística da aparência das Termas de Caracalla

Fonte: thearcheology.wordpress.com

2.2.2 Os Circos romanos

Já os circos dotavam de estrutura semelhante ao estádio e ao hipódromo grego.a programação esportiva dessa edificação era concentrada na corrida de cavalos.Dentre os diversos circos romano da época, destacamos o maior deles, o circo Máximode Roma, ou Máximus, como era conhecido, na época de sua construção, contava comdimensões de 635 metros de comprimento por 100 metros de largura com capacidadepara 250.000 expectadores, Inicialmente, era formado por uma estrutura de madeira,que foi inserida a uma área de onde saíam os carros dos jogos e foi construído ummuro central para canalizar o curso das águas. Anos mais tarde, algumas obras deexpansão ao Circo Máximo, a capacidade de acomodar 385.000 mil espectadores.

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Figura 6 – Circo Máximum em Roma, na Itália

Fonte: br.pinterest.com/pin/34269647142404319/

2.2.3 Anfiteatros

As batalhas de gladiadores, antes realizadas nos circos, passaram a serrealizadas nos anfiteatros romanos, que tinham forma oval composto por dois teatroscom os dois palcos formando a arena elíptica. Esta nova tipologia possibilitava umamaior acomodação de público que o teatro grego, além de oferecer maior espaço naarena para as atividades de luta. Ainda assim relata-se que jamais foram comuns naGrécia e na Ásia, embora não tardassem em se tornar, durante o império, presençaobrigatória no Ocidente latino.

O anfiteatro historicamente mais importante, foi o Anfiteatro de Flávio, o coliseude Roma (figura 7 ). Gonçalves (2008), o descreve uma maneira bastante clara, umaestrutura com uma forma oval e bem arredondada, suas arquibancadas e camarotestinham a capacidade de receber cinquenta mil espectadores. No subsolo estavamas salas das feras e dos gladiadores, e havia o Podium, local onde se localizava ocamarote do Imperador e de sua família e convidados e os assentos com placasde mármore com os nomes de seus ricos ocupantes. Depois vinham três séries dearquibancadas, divididas em seus quatro andares. Os gladiadores eram divididos

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por grupos, chefiados por negociantes especializados em combates, normalmenteeram escravos, que viam nas lutas gladiatoriais a chance de serem libertos. Treinavamno ludus gladiatorius, as escolas de treinamento, e na véspera das lutas participavamde um banquete generoso, do qual o público poderia participar. Entravam na arena emdesfile e procedia-se ao exame das armas. Eram sorteados os pares de duelistas eabria-se com música os duelos. Conforme as aptidões físicas usavam armas diferentes:os samnitas empunhavam o escudo e a espada; os trácios, um escudo circular e umpunhal; os murmillones, um capacete com a figura de um peixe e uma espada; e osretiários, que em geral se apresentavam com uma rede e um tridente. Havia os lorarii,responsáveis por açoitar na arena os maus gladiadores, e homens vestidos de Caronteque junto com os libitinarii tiravam os mortos e feridos da arena, além de revolver aareia suja de sangue.

Figura 7 – Anfiteatro de Flávio - Coliseu de Roma, Itália

Fonte: www.romecabs.com

2.2.4 Os ginásios da história antiga

Como uma forte herança da sociedade grega na história do império romano ede toda Europa, a idolatração ao corpo, predominante o masculino, tinha um papel

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importante na estrutura social da época.

O corpo perfeito oferecia ao cidadão grego um modelo difícil de serseguido. O condicionamento físico requeria treinamento e issosignificava principalmente ir ao ginásio. O ginásio era uma dasprincipais características da cultura grega. Você poderia ter certeza deestar em uma cidade grega caso avistasse um teatro, umsimpósio2 e um ginásio. Era um lugar fundamental para se pensarsobre o corpo, e também para utilizá-lo.(GOLDHILL, 2007, p.20)

Ainda descrevendo um pouco mais da utilidade dos ginásios da históriaantiga, Goldhill (2007) descreve os ginásios como sendo um local quase que de visitaobrigatória, lugar que o cidadão grego frequentava com o intuito de se exercitar. Eraexclusivo para homens. Os homens frequentavam os ginásios com o intuito único dese exercitar, comparecendo diariamente as sessões de treino nos ginásios.

2.3 SALTO HISTÓRICO NAS TECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS VOLTADAS AOESPORTE E ENTRETENIMENTO

No ultimo quarto do século XVIII, ocorreu na Inglaterra uma grandeevolução cientifica, tecnológica e econômica. Impulsionada pelaestruturação política estável da monarquia parlamentar e pelopensamento racionalista do Iluminismo, em meados de 1760, ocorreu aRevolução Industrial. Este movimento acompanhou um grande êxodorural que favoreceu o crescimento urbano e o fornecimento de mão deobra para as indústrias. (BRAICK; MOTA, 2007 apud SIGOLI;ROSE JUNIOR, 2004, p.4)

As circunstancias que acarretaram no desenvolvimento do esporte modernoforam bastante distintas e denunciadoras do lugar e momento histórico em queocorreram.

Segundo RUBIO (2010), foi sobretudo, o renascimento do interesse pelosestudos clássicos, fazendo reviver na intelectualidade de então a fascinação que acultura helênica exercia sobre a cultura europeia, além das descobertas de sítiosarqueológicos que permitiam desvendar acontecimentos relacionados aos JogosOlímpicos da Antiguidade, que levou Pierre de Coubertin3 a tomar para si a tarefa deorganizar uma instituição de caráter internacional com a finalidade de cuidar daquiloque seria uma atividade capaz de transformar a sociedade daquele momento: oesporte.2 O simpósio (symposium), era uma reunião exclusivamente masculina, os homens se encontravam

para beber, comer e conversar, em geral sobre assuntos políticos e econômicos.3 Pierre de Frédy, também conhecido como Barão de Coubertin, foi um historiador e pedagogo francês.

Passou para a história por ter reestabelecido os Jogos Olímpicos na Era Moderna.

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Após o nascimento da ideia dos jogos olímpicos da era moderna, no ano de1896, até a sua realização, no ano de 1912, passaram-se 16 anos de aprimoramentodo formato e persuasão dos membros dos governos ao redor mundo, até que o recémcriado comitê olímpico internacional (COI), realiza no período de 5 maio à 27 de julho,com a abertura sendo feita pela realeza sueca no período, o rei Gustavo V, e tendocomo local, o estádio de Olympiastadion, em Estocolmo, na Suécia.

Figura 8 – Abertura dos jogos no Olympiastadion de Estocolmo, na Suécia, no ano de1912

Fonte: www.educacaofisica.com.br/esportes/jogos-olimpicos

Após o comprovado sucesso dos jogos olímpicos da era moderna, comodescrito por Cereto (2003), a prática de esportes se estabelece após o intervaloconcebido entre o final das olimpíadas em 394 pelo Imperador Teodósio e a aberturacultural incitada pelo Renascimento na Idade Moderna, novos espaços tiveram que serconstruídos para as novas atividades. Esta necessidade fez com que a tipologia doanfiteatro da história antiga fosse retomada em pleno século XIX, mas comoutro conceito, resultado da reforma educacional que ocorreu após a revoluçãoindustrial. Sendo assim, a análise de construções esportivas ficaram especificadas apartir do retorno a antiguidade clássica, mesmo processo de leitura feita na tipologia doanfiteatro. A mais similar estrutura para adaptar as necessidades olímpicas e daprática do futebol. Esta volta realça o espírito da época em priorizar a qualidade de

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vida nas cidades. Enquanto a Alemanha passava por uma intensificação dos esportesindoor, como a ginástica olímpica, retomando o conceito da terma, na Inglaterra odesenvolvimento da prática do atletismo e do futebol retomam a tipologia do anfiteatro.

Como descrito por Rufino (2010) O fortalecimento do sistema bancário, aexpansão do crédito, o aumento nos financiamentos e a recuperação pós I GuerraMundial resultaram numa febre de grandes construções, sem nenhuma novidade nasua tipologia, porém nesse período foi impulsionado inclusive a criação de grandesestádios, com destaque para o Wembley Stadium (figura 9), na Inglaterra, e o YankeeStadium (figura 10), nos Estados Unidos, nessa época nem os frequentadores e nemos administradores tinham a preocupação com itens como comodidade dentro doestádio ou ainda sua beleza estética.

Figura 9 – Wembley Stadium na Inglaterra, ano de 1923

Fonte: www.stadiumguide.com/wembley/

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Figura 10 – Yankee Stadium em Nova York, ano de 1923

Fonte: stuffnobodycaresabout.com

O esporte, liderado pela popularização do futebol, ja tinha tomado posto deespetáculo a muito tempo, mas faltava ainda um fator que seria decisivo paraa modernização das estruturas existentes, a profissionalização das administraçõesesportivas, Do ponto de vista de Proni (1998), Foi nos anos oitenta, portanto, com oexito na transformação dos clubes de futebol em empresas que fez aumentar o valorde mercado dos campeonatos, os quais foram se estruturando em razão da demandapor programações esportivas na TV e aparecimento de novas opções de marketingesportivo. Nos principais países da Europa Ocidental, a transmissão regular pela TVde partidas domésticas e de torneios da Union of European FootballAssociations (UEFA) ao vivo, impulsionou regras para o alcance de patrocíniosmilionários e valorizou os contratos de fornecimento de material esportivo e demerchandising. Além disso, o crescente interesse por anúncios comerciais durante astransmissões levou também os canais abertos de televisão a disputar com as redesestatais o direito de exploração das imagens e a pagar valores crescentes pelatransmissão de torneios oficiais, transformando os clubes em empresas, e opúblico em clientes.

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Administradores e autoridades trabalharam juntos para monitorar o público dosjogos bem como acomodá-los melhor dentro das instalações esportivas. Os estádiosdesenvolveram um novo padrão: segurança e infra-estrutura. E com esse padrão veiotambém a preocupação em agradar o torcedor. Por fora, a arquitetura se encarregoude apresentar um design moderno. Estruturas metálicas diferentes e inovadoras, comotetos retráteis e campos deslizantes, trouxeram destaque para o local do eventoesportivo. Por dentro, assentos confortáveis, sanitários higienizados e espaçosos,camarotes para convidados especiais, lanchonetes, restaurantes, entre outros serviçosque atendiam as necessidades do público em dia de jogo. A relação custo-benefício émais perceptível. Cliente bem atendido, consome mais e retorna. Mas também cobramais pela qualidade do atendimento oferecido (RUFINO, 2010).

A modernização dos estádios e a sua transformação em arenas deentretenimento de uso geral fluíram sem causar nenhuma mudança drástica noesporte em si, apenas no conforto e comodidade para seus torcedores, que hojeem dia são tratados como clientes.

Figura 11 – Estádio Internacional Khalifa em Doha, no Catar

Fonte: veja.abril.com.br/placar

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2.4 ARENAS MULTIUSO E SUAS FINALIDADES

As arenas multiuso (ou “arenas multipropósito”, do inglês multipurposestadiums) surgiram nos Estados Unidos. Antigamente, havia muitaviolência nos tradicionais estádios durante eventos esportivos. Ogoverno americano então promoveu uma série de atividades que porfim transformaram esses eventos em programas para pessoas de todasas idades e gêneros. A partir de então, inclusive famílias passaram afrequentar esses locais. Isto levou ao surgimento de empresasespecializadas na administração desses locais, tratando-os comooportunidades de negócios por meio da diversificação de seuuso.(CASTRO, 2012)

São instalações, de diferentes portes como ginásios e estádios, onde serealizam eventos de diversas naturezas - espetáculos culturais como concertos, shows,peças de teatro, circo; apresentações esportivas, tanto individuais quanto coletivas;exposições comerciais, seminários, congressos; convenções partidárias; cultos epregações religiosas; rodeios, luta livre, entre outros. Incorporam, necessariamente,diversas tecnologias – recursos de iluminação; recursos de sonorização; diferentespisos que são trocados; cadeiras retráteis; coberturas que podem, em alguns casos,ser abertas; climatização do ambiente; instalações para transmissão de TV; telões.Podem ser apontadas , ainda, as seguintes características – possuem times quesão considerados as âncoras das arenas; integram-se à vida da cidade, atuando comocentro de lazer e possuem lojas, restaurantes e bares abertos também ao públicoexterno; possuem cadeiras privativas, suítes e camarotes com serviços dealimentação; algumas oferecem serviços de hospedagem, centros de convenções,anexos para eventos menores e restaurantes exclusivos; capacidade de públicovariável de acordo com o evento; em alguns casos, a própria arena principal pode serdividida para realização de eventossimultâneos (BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO (BNDES), 1997).

Segundo Giacaglia (2003 apud CARVALHO NETO, 2014) evento é umacontecimento com definição de tempo e espaço, que pode despertar um interesseespecial, seja um espetáculo, uma exposição e até mesmo uma competição, atraindoassim o público e mobilizando os meios de comunicação. Uma arena esportiva temcomo sua principal função oferecer espetáculos de competições esportivas, mas issonão significa que o local deva ser utilizado apenas para esta prática de eventos.Tratando-se de palcos com capacidades multifuncionais, as arenas possuem espaço eestrutura pra realização de outros tipos de eventos, como shows, atividades religiosase apresentações culturais.

De acordo com Costa et al. (2013), a flexibilização das estruturas das arenasmodernas são seu principal objetivo, pois a heterogeneidade dessas estruturas para

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receber não apenas os eventos esportivos, mas eventos de todos os tipos. Seu espaçointerno já tem como propósito a implantação de pontos comerciais, como lojas,restaurantes, bares, salas para convenções e até para festas. A preocupação com omarketing dos patrocinadores também ganham uma importância relevante, com umplanejamento antecipado de sua localização para melhor promover suas marcas. Essenovo tipo de local, além de mudar o conceito de se frequentar as arenas, alteram aimagem do empreendimento diante dos usuários, de modo que não é raro grandesempresas associarem seu nome ao ativo através da compra dos naming rights4.

4 Direito de Nome em português, se trata da prática entre empresas que compram ou alugam o nomede algum estabelecimento, que pode ser de diversos setores tais como de espetáculos culturais,eventos esportivos, etc.

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3 BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ESPORTES PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS EA SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE

Este capitulo tem a finalidade de mostrar a importância do esporte para aspessoas inseridas na sociedade e como elas usam dessa prática para trazerbenefícios para sua vida. Assim, uma arena multiuso, que tem sua perspectiva voltadapara o esporte e cultura, é de suma importância para a população e para a cidade,principalmente no que se refere a qualidade de vida.

3.1 O ESPORTE E A SOCIOLOGIA

O conceito de esporte no ponto de vista sociológico é definido pelo o doutor emsociologia (MURAD, 2009) como o lúdico, atividade prazerosa do jogo, da brincadeiramas, socialmente organizada, com regras universais, institucionalizado, com hierarquias,com funções e com competição. O esporte em sua escala maior, do ponto de vistaprofissional é o esporte do alto rendimento. É importante também que se saiba queesporte é mercado, é economia, mas antes disto, historicamente, esporte foi e é culturae socialização.

A Grécia antiga foi o padrão de muitas coisas em toda a formação histórica dasociedade ocidental, inclusive dos esportes. assim como os gregos acreditavam queo esporte não era uma panaceia, ou seja, o esporte não era remédio para todos osmales, devemos entender que ele contribui muito na formação de valores, assimilaçãode regras e também na combinação de trabalho individual com o trabalho em equipe.Posteriormente, no século XIX, foi conceituado pelo Barão de Coubertin, o fair play,que é o respeito às regras, ao competidor e à quem está assistindo .O esporte valorizatambém e trás a tona, valores éticos muito importantes como o resultado pelo mérito,pelo desempenho, pelo esforço, pelo trabalho e pelo foco para se conseguir objetivos,superar metas e avançar.

O esporte traz consigo um enorme potencial de socializar pessoas das maisdiferentes classes, religiões, gêneros, entre inúmeras diferenças que podemosencontrar na nossa sociedade. Através de partidas de futebol, vôlei ou outro esportequalquer, em qualquer lugar, nas ruas ou em praças , indivíduos se relacionam, criame fortalecem amizades, vínculos, mesmo sem nem se conhecerem. O valor da práticade esportes em nossa sociedade não fica somente nos benefícios da saúde física dohomem. (BURITI, 2001) Não importa se estiver em um campeonato, em umabrincadeira ou na aula de Educação Física, a socialização com os que estãoparticipando está profundamente ligada ao jogo. Até mesmo em um esporte individualo praticante se relacionará, competirá com outros participantes, compartilhará tristezas

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e alegrias.

Essa troca de experiencias, de vivências, isto é a sociabilidade, nos permiteenxergar além de nós mesmos, desenvolve nossa vida. Auxiliar um parceiro, desafiarseus próprios limites, ultrapassar obstáculos, são experiências que adquirimos com aprática de esportes. Lamentavelmente, hoje, em muitas regiões do nosso país estaspráticas estão cada vez mais incomuns, por causas como a violência urbana, trabalhoinfantil ou na adolescência ou também falta de espaços adequados. (SANTIN, 1993).

Então, o esporte é uma atividade sociológica, ética e educacional muitoimportante, uma contribuição imensa e que hoje, como sociedade, ainda exploramosmuito pouco, embora já tenhamos melhorado, como instrumento de formação dacidadania e educacional, principalmente com crianças e adolescentes.

Segundo a pesquisa (IBOPE/IAS, 2012), 30% das escolas públicas não possuemespaço destinado à prática das aulas de educação física, na zona rural, essa proporçãoaumenta para 50%.

3.2 O ESPORTE E A SAÚDE

Diversos conceitos podem definir o esporte, um destes, bastante aceito na áreade promoção da saúde seria de que o esporte é um sistema ordenado de práticascorporais de relativa complexidade que envolve atividades de competiçãoinstitucionalmente regulamentada, que se fundamenta na superação de competidoresou de marcas e resultados anteriores estabelecidos pelo próprioesportista. (GENERALITAT DE CATALUNYA, 1991)

Sabendo-se que a população atual cada vez menos utiliza sua capacidadecorporal e que os baixos índices de atividades físicas são preponderante para osurgimento de doenças degenerativas, enxergamos a necessidade de uma mudançano seu estilo de vida, trazendo e incorporando a pratica de exercícios físicos no seu diaa dia.

Uma Inclinação prevalecente na área da educação física, mostra uma granderelação entre a prática de atividades físicas e a saúde e qualidade de vida. A fisiologiado exercício nos mostra diversos estudos mantendo este argumento.

Nesta linha, Matsudo & Matsudo afirmam que os principais benefícios à saúdeadvindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos,neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelosautores são o aumento do volume sistólico; o aumento da potência aeróbica; o aumentoda ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; amelhora da sensibilidade à insulina e a diminuição da frequência cardíaca em repousoe no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares

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ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da forçae da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade. (MATSUDO, 2000 apudFONTOURA, , p.2)

3.2.1 Aptidão física, atividade física, saúde e Qualidade de vida

Não se pode confundir a atividade de física com a prática de exercício físico,existem diferenças entre elas no que diz respeito ao propósito dos seus movimentos.segundo o Manifesto de Cirurgião dos Estados Unidos (JOHNSON; BALLIN, 1996apud ARAÚJO; ARAÚJO, 2000)a atividade física é todo e qualquer movimento queuma pessoa faça que traga um gasto de energia acima do nível de repouso, atividadessimples como se vestir, tomar banho; atividades de trabalho como carregar objetos,caminhar e também atividades de lazer como a dança e atividades esportivas.

Por isso, define-se exercício físico como uma derivação das atividades físicas.ele é algo mais planejado, que têm por objetivo a melhora ou a preservação docondicionamento físico. De acordo com (CASPERSEN; POWELL; CHRISTENSON,1985 apud ARAÚJO; ARAÚJO, 2000), o exercício físico tem a finalidade de melhorar ouacrescentar algo a mais na condição aeróbica, aptidão física, na força e flexibilidade doindivíduo. Alguns exemplos cotidianos de exercício físico seria o ato de subir e descerescadas, pedalar e correr. São atividades simples, mas que demandam um pouco maisde esforço para quem estiver praticando.

Para o conceito de aptidão física pode-se citar (GUEDES; GUEDES, 1996)que diz que ela nos faz capaz de exercitar nosso corpo, realizando atividades sema consequência da fadiga, garantindo um bem estar no meio em que vivemos, suadefinição seria que ela é “um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite acada um não apenas cada um não apenas a realização das tarefas do cotidiano, asocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadigaexcessiva, mas, também, evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, enquantofuncionando no pico da capacidade intelectual e sentindo uma alegria de viver”.

Tendo em vista os conceitos de atividade física, exercício físico e aptidão físicapode-se entender que saúde não se trata unicamente do fato ou estar ou nãodoente(BOUCHARD et al., 1990 apud ARAÚJO; ARAÚJO, 2000), mas também de umequilíbrio físico, psicológico, emocional, social, mental e intelectual, que trazem obem-estar do indivíduo(CRAMER; SPILKER, 1998 apud ARAÚJO; ARAÚJO, 2000).

“A saúde é um continuum com pólos positivos e negativos. Os pólospositivos são associados à capacidade das pessoas de aproveitar avida e de superar desafios e não apenas ausência de enfermidades,enquanto o pólo negativo é associado com a morbidade e, em seuextremo, com a mortalidade, entendendo a primeira como um estadode saúde, resultado de uma doença específica. Já a mortalidade é

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usualmente definida em termos específicos para um determinado grupopopulacional, levando em conta o sexo e a faixa etária.”(BOUCHARD etal., 1990 apud ARAÚJO; ARAÚJO, 2000, p 38)

Encontramos no dicionário Aurélio uma definição para qualidade de vida quea traz como “propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas capazde distingui-las das outras e de lhe determinar a natureza”. Assim entendemos quea qualidade de vida pode ser vista de dois modos, tanto negativo como positivo. Aqualidade de vida relacionada a atividade física pode ser negativa se caso houver afalta de resultados benéficos para a saúde, pela falta de exercícios físicos ou ainda porefeitos prejudiciais que essa atividade possa causar a saúde do indivíduo.

Para tanto, podemos estabelecer que a saúde é fundamental para qualidadede vida, mas, não depende unicamente disso. Segundo (CRAMER; SPILKER, 1998apud ARAÚJO; ARAÚJO, 2000) existem quatro domínios que interferem diretamentena qualidade de vida e interfere na percepção e sensação de bem estar da pessoa,são eles o domínio interno pessoal, domínio social, o meio ambiente natural externo eo meio ambiente social externo. Esses domínios variam de acordo com as diferençasde cada pessoa, mas já são aceitos como parte tratamentos clínicos.

3.3 O ESPORTE NO BRASIL

No Brasil, até o fim do século XIX, o esporte não era algo que tinha algumaimportância na sociedade, vindo após esse período, no início do século XX a recebermaiores impulsos.

“Historicamente, o esporte no Brasil costuma ser dividido nas seguintesfases: a primeira, até 1908, ano em que aparece a primeira obraeditada no país sobre os esportes ( o livro Sports Athleticos, traduzidodo original de E. Webber, com informações sobre atletismo, tênis,natação, hóquei, pelota basca, natação, futebol e pólo aquático: é afase da implantação). A segunda com fundação de clubes e federações,culminando com a criação da Confederação Brasileira de Desportos.Em 1914, é a fase da organização: a terceira, terminando com oDecreto-Lei 3.199 de 14.04.41. que criou o Conselho Nacional deDesportos e estabeleceu bases para a organização esportiva em todoo país, é a da popularização: e quarta, em que o apoio oficial se tornaefetivo e o esporte começa a ser supervisionado pelo Ministério daEducação, vem até os dias de Hoje.”(SANTOS et al., 1997, p.158)

O acervo de diversas modalidades esportivas varia de acordo com diversosfatores como o clima, os hábitos, costumes e tradições da sociedade. Entretanto,algumas dessas modalidades, têm uma preferência global. Entre eles podemos citar ofutebol, beisebol, voleibol, atletismo, hóquei em patins, tênis, ciclismo e o golfe, quesão praticados na maior parte do mundo.

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Visando o desenvolvimento das atividades ligadas ao esporte pelo país, diversasações vêm sendo realizadas.De acordo com (SANTOS et al., 1997)):

“No âmbito do Ministério da Educação e do Desporto, incluem-se aregulamentação de um dos artigos da Lei Zico e o projeto de leiespecífica sobre futebol a ser enviado ao Congresso Nacional este ano.Pode-se citar também a implantação do Projeto Esporte Solidário,iniciativa do Indesp e do governo do Rio de Janeiro. Foram construídasvilas olímpicas com quadras poliesportivas, campo de futebol, pista deatletismo, sala para artes marciais ou danças, refeitório e vestiários nascidades de São João de Meriti, Nova Iguaçu, Caxias e Belford Roxo.Foram localizadas em áreas de grande concentração urbana e comcarência de equipamentos desse gênero.” (SANTOS et al., 1997, p.162)

Algumas regiões têm feito um trabalho de disseminação e crescimento dosesportes, inclusive com construções de instalações esportivas. Na região sul do paíse no interior de São Paulo, diversas cidades também estão criando e implantandoprojetos de propagação do esporte, formação de atletas e construções de instalaçõesesportivas, como quadras e complexos esportivos.

Salienta-se ainda ações como o SESI e o SESC, que são organizados, possuemuma boa infraestrutura espalhada pelo país, fazem esporte de base e estão implantandoprogramas que preveem convênio com empresas.

Visto que, instalações esportivas como estádios, arenas e outros, apresentamem sua maioria, problemas para receberem eventos grande e médio porte e sãoutilizados muitas vezes para realizações de shows e eventos culturais, embora nãoestejam preparados para tal finalidade, apresentam dificuldades em seu entorno,estacionamentos, segurança, iluminação e etc. Alguns ainda não seguem o tamanho enem outras especificações técnicas exigidas e, por isso, não podem abrigarcompetições. Faltam também empresas de engenharia especializadas e empresasoperadoras.

Tendo essas informações como base, percebe-se que o Brasil apresenta váriosproblemas e dificuldades, no entanto existem algumas propostas para odesenvolvimento do Brasil que podem ser feitas.

“Planejar o desenvolvimento esportivo, estabelecendo metas para osorganismos envolvidos e para as atividades. Democratizar euniversalizar o direito à educação física, ao esporte e ao lazer incluindoa participação e integração de minorias comumente marginalizadascomo os idosos e os deficientes. Criar o hábito da população defrequentar os espetáculos esportivos e atrair novopúblico aos ginásios e estádios do país. Valorizar a atividade curricularda educação física e massificar o desporto escolar. Além de criarcondições para que todos os brasileiros pratiquem algum tipo de

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esporte. Utilizando o esporte de alto nível e seus ídolos para fomentaro esporte de base. Apoiar a formação de técnicos especializados emdescobrir atletas com potencial.” (SANTOS et al., 1997, p 165-166)

No entanto, há a necessidade de infraestruturas de instalações esportivas paraa realização de projetos como este. Existindo assim instalações esportivas, espalhadaspor regiões estratégicas ,levando eventos de esporte e cultura, e outras atividadesvoltadas para a sociedade como escolinhas e centros de treinamento.

Em Imbituba percebe-se a falta de um espaço para a realização de eventosdesse porte e que possam também abrigar projetos com crianças, idosos e toda asociedade. Com isso vemos a importância de uma arena multiuso que abrigaria eventosde esporte e de lazer.

“Para o desenvolvimento de eventos esportivos no Brasil é necessáriopercebê-los como importante instrumento para o entretenimento e lazerda população e transformar os acontecimentos esportivos em eventosde repercussão nacional ou internacional que atraiam fluxos turísticosinternos e receptivos relevantes. Implementar ações visandoestabelecer no público o hábito de comparecimento aoseventos.” (SANTOS et al., 1997, p 167)

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4 GESTÃO, MARKETING E SUSTENTABILIDADE DE UMA ARENA MULTIUSO

4.1 INFRAESTRUTURA E ADMINISTRAÇÃO ESPORTIVA

Segundo (NOLASCO et al., ), a administração esportiva Defini-se da seguinteforma:

“A administração esportiva (denominação histórica da área deconhecimento no Brasil) ou gestão do esporte (nome mais apropriadoda disciplina) concerne à organização e direção racional e sistemáticade atividades esportivas e físicas em geral e/ou de entidades e gruposque fazem acontecer estas atividades quer orientadas paracompetições de alto nível ou participação popular ocasional ou regular,e práticas de lazer e de saúde. As definições desta área deconhecimento variam de acordo com países e continentes; assim, porexemplo, a North American Society for Sport Management ( SociedadeNorte-Americana para Gerência do Esporte-NASSM) define a gestãoesportiva como um corpo de conhecimentos interdisciplinares que serelaciona com a direção, liderança e organização do esporte, incluindodimensões comportamentais, ética, marketing, comunicação, finanças,economia, negócios em contextos sociais, legislação e preparaçãoprofissional.” (NOLASCO et al., , p 760)

Na prática, a administração esportiva serve como suporte para a educaçãofísica desde o século XIX, como por exemplos em clubes de futebol na Europa e noesporte escolar e comunitário nos EUA.

No Brasil as primeiras práticas encontradas nessa área foram iniciadas nadécada de 1940(NOLASCO et al., )

Atualmente é urgente a necessidade de mudança no esporte em termos deadministração e organização para que possa haver uma evolução de suas práticas emgeral.

A constituição brasileira dispõe através de política de democratização de acesso,o estimulo para o desenvolvimento da pratica de esportes para toda a população,incentivando a cultura esportiva e a tomada dessa prática pela parte da sociedade maisafetada econômica e socialmente.

É comum, aqui no Brasil, encontramos os termos instalações esportivas,infraestruturas ou espaços dentro de um mesmo conceito. Precisamos saber que ainfraestrutura brasileira é um conjunto de elementos que dão apoio a determinadasestruturas ou instalações, indo, muitos vezes além de instalações físicas, prestandoserviços para a sua gestão.(OLIVEIRA; TAFFAREL; BELEM, 2014)

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“Para efeito de um diagnóstico em infraestrutura esportiva, asinstalações esportivas ou espaços que devem ser identificados deverãoser aqueles que oferecem acesso a população para a prática esportiva,seja de gestão pública ou privada, mas de utilização pública.Constituindo-se espaços naturais e artificiais, porém com edificações eequipamentos mínimos adequados à prática do esporte que seproponha a oferecer.” (OLIVEIRA; TAFFAREL; BELEM, 2014, p S623)

4.2 SERVIÇOS

Os serviços possuem quatro características encontradas em seus produtos oubens, sendo elas a intangibilidade, a perecibilidade, a inseparabilidade e a variabilidade.

A intangibilidade esta relacionada ao fato de o serviço não poder ser tocado,sentido, cheirado, provado ou ouvido antes de ser comprado. Para (HOFFMAN;BATESON, 2006) a intangibilidade é um aspecto essencial para diferenciarmosserviços de bens.

A Perecibilidade segundo(KOTLER, 2006), indica a impossibilidade dearmazenagem de serviços para a posterioridade, a percepção da variação da procuraaparece como um problema para todos os tipos de serviço, concluindo com aimpossibilidade de armazenagem de serviços.

Quanto à inseparabilidade,(KURTZ; CLOW, 1998 apud REIS, 2008) definemcomo a diferença entre produtos físicos e serviços em relação à produção,armazenamento e consumo. Serviços são produzidos e consumidos ao mesmo tempo,e por isso, a interação com o cliente e a habilidade do prestador indica sua qualidade.

(KURTZ; CLOW, 1998 apud REIS, 2008) definem a variabilidade quanto aospadrões de qualidade de serviço que podem variar, existindo formas diferentes deserem realizados.

4.2.1 Classificação dos serviços

Para (KURTZ; CLOW, 1998 apud REIS, 2008), a classificação de serviços visaproporcionar o agrupamento dos serviços que possuem características comuns comvista ao desenvolvimento de estratégias adequadas a cada grupo de serviços. A tabelaa seguir expõe a classificação proposta por (RIVIERA, 1994 apud REIS, 2008).

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Tabela 1 – Classificação de serviços

Nível declassificação

categoria Opções

Natureza da

organização

Proposta (satisfaz necessidades de) Indivíduos

Negócios

Ambos

Estratégia Rentável

Não rentável

Tipo Pública

Privada

Natureza do serviço

Grau de envolvimento de bens e

serviços Serviço combinado

Serviço puro

Serviço direcionado para Indivíduos

Coisas

Distancia relativa entre cliente e

prestadorAlto

Médio

Baixo

Relacionamento com

o cliente

Tipo de relacionamento Formal

informal

Ambos

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Nível declassificação

categoria Opções

Grau de participaçãoCliente deve estar presente

Cliente deve começar eterminar o serviço

Cliente deve começar oserviço

Cliente deve terminar oserviço

Natureza da procura

Nível de procuraA procura excede

capacidade

A procura as vezes excedecapacidade

A procura não excedecapacidade

Nível de flutuaçãoAmplo

Estreito

Variável

Sem flutuação

Unidades de serviço Definido por situação

Definido por tempo

Ambos

Grau de equipamento Alto

Médio

baixo

Grau de personalização Alto

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Nível declassificação

categoria Opções

Médio

Baixo

Método de

distribuição

Disponibilidade do serviço Um local

múltiplos locais

Natureza da entrega Contínua

Discreta

Ambas

Fonte: Riviera (1994)

Considerando-se a classificação de serviços proposta, os eventos desportivos eculturais realizados na Imbituba Arena em relação à natureza da organização, atendemtanto às necessidades dos indivíduos como da entidade que o promove. Tais eventospodem ser ou não rentáveis, o que dependerá da estratégia definida para cada ação.Os eventos podem ser promovidos por entidades públicas ou por empresas privadas.

Tendo em vista natureza do serviço, os eventos constituem essencialmenteserviços. Os bens podem estar associados com a infraestrutura. Por ser um serviço defato legítimo, de acordo com (KURTZ; CLOW, 1998 apud REIS, 2008), os aspectos deintangibilidade e perecibilidade são destacados. A realização do serviço é dirigida paraas pessoas, espectadores.

O espaço entre o prestador e o consumidor é baixo, sugerindo que o prestadore o cliente (espectador) devem estar presentes quando o serviço é fornecido.

Quanto ao tipo de relacionamento com o cliente, julgam-se os eventos comoformais. A protocolização está relacionada ao pagamento do valor do ingresso. Aarrecadação do promotor do evento é equivalente à taxa de presença. Ressalta-seainda, que esse princípio não se emprega completamente ao contexto de promotorespúblicos, visto que os rendimentos dos eventos poderão ser compartilhados. Destaca-seainda que em serviços informais a estimativa da procura é menos precisa.

No tocante à participação, os espectadores precisam estar presentes ao longodo fornecimento efetivo do serviço. No caso, a infraestrutura entregue pelo prestadorpode se estabelecer em um fator significativo na avaliação do cliente. No caso dasarenas multiusos, as dependências, a localização, os acessos, o estacionamento e a

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segurança estabelecem qualidades relacionadas às facilidades oferecidas.

Em relação à natureza da procura, pode-se dizer que será capaz ou não deexceder a capacidade oferecida. Isto estará sujeito evidentemente, ao interesse dosespectadores. Considera-se, ainda, que o grau de oscilação da procura é oscilante ematribuição do tipo e características do evento.

Quanto às unidades de serviço, os eventos são determinados por prazo,considerando-se que todo espectador só desfrutará o serviço uma vez. No quecorresponde aos equipamentos, se for avaliada a infraestrutura, pode-se julgar que onível de uso é elevado. Já no que se refere à caracterização ofertada, pode-seconsiderar baixa, tendo em conta que evento dispõe das mesmas características parao total da plateia.

Em relação ao método de distribuição, os eventos podem se disponibilizados,ou não, em múltiplos locais em paralelo, ainda que normalmente sejam apresentadosem um só local a vários espectadores ao mesmo tempo.

(KURTZ; CLOW, 1998 apud REIS, 2008) percebem que a classificação dosserviços é imprescindível para o sua compreensão. Dessa maneira, os especialistas demarketing utilizam-se de um instrumento para prepararem as táticas necessárias paraaumentos de receita, rendimento ou implantação de proveitos competitivos. Os autoresexplicam os elementos do marketing como: serviço, preço, distribuição e promoção.

Em decorrência da intangibilidade do serviço, o preço é um item de extremaimportância do marketing. Obedecendo alguns limites, o consumidor inclina-se a pensarque preços mais elevados podem sugerir maior qualidade, e, em consequência, quepreços mais baixos, representam qualidade inferior.

A distribuição estampa mais um desafio para os especialistas do campo deserviços já que se diz respeito à disponibilidade e à alcançabilidade do serviço peloconsumidor. Diferente dos bens, os serviços demandam o comparecimento do prestadorem algum período da etapa de execução. De modo final, conforme (KURTZ; CLOW,1998 apud REIS, 2008), ressalta-se a promoção, como parte de extrema importânciano processo de definição de compra.

4.3 EVENTOS

A expressão evento foi composta se referindo a cerimonias, apresentações oucelebrações características que tenham sido planificadas e idealizadas para marcarmomentos especiais ou para alcançar propósitos específicos de caráter social, cultural,desportivo ou institucional. Neste contexto, compreendem-se os feriados e feriadosnacionais, ações culturais, competições desportivas. O âmbito dos eventos é tão vastoque é impossível elaborar uma limitação que englobe todas as variações. De acordo

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com (GETZ, 2005 apud REIS, 2008), sob a perspectiva utilizador/visitante, o eventoé uma ocasião favorável para um movimento social, cultural ou de lazer exterior aocontexto habitual de escolhas cotidianas.

(BOWDIN et al., 2006 apud REIS, 2008), dividem os eventos conforme a escalaou tipo. No que diz respeito à escala, as classes são megaeventos, eventos de marca,grandes eventos e eventos locais.

(HALL, 1997 apud REIS, 2008) define que megaeventos, como ExibiçõesMundiais, Campeonatos do Mundo, ou Olimpíadas, são notadamente propostos para onegócio de turismo internacional e podem ser apropriadamente retratado como “mega”em relação a sua magnitude em matéria de plateia, mercado-alvo, grau decomprometimento financeiro do setor público, implicações governamentais,abrangência televisiva, implantação de instalações e efeito em relação a estruturafinanceira e social da comunidade anfitriã.

O termo eventos de marca tem a ver com eventos que são tão identificados comos costumes de uma localidade ou município que se tornaram sinônimos dessa região.Define-se por adotarem uma natureza extraordinária ou constante, de duração definida,que são criados, sobretudo para expandir a reputação de uma rota turística (ALLEN etal., 2003). Alguns exemplos de eventos de marca são, o Carnaval do Rio de Janeiro,ou a na Bahia, em menor proporção, a Oktoberfest, em Blumenau, ou grandes festivaisespalhados pelo país.

Grandes eventos caracterizam-se como aqueles que pela sua grandeza ealcance difundido pela mídia, conseguem envolver uma expressiva quantidade devisitantes e de vantagens econômicas. Como exemplos podem ser citados os eventosdesportivos internacionais. (SPORTS, 1999 apud REIS, 2008) julga que para identificaruma manifestação desportiva como um grande evento, esses precisam apresentar trêscondições:

1) Torneio que inclua equipes e praticantes individuais que representam diversospaíses;

2) Que fomente o interesse do público nacional e internacional por meio dapresença de espectadores ou da cobertura da mídia;

3) Que haja importância no calendário internacional da categoria.

A maior parte dos eventos constitui a classe dos eventos locais. Grande partedas cidades integram no seu compromisso cultural e desportivo, eventos principalmentevoltados para a população local. Definem-se por estarem relacionados ao voluntariado,por empregarem infraestruturas públicas e por serem realizados pelo governo local ou

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por estabelecimentos particulares (JANISKEE, 1996 apud REIS, 2008). Considera-setambém que estas manifestações tem a propensão a se converterem em eventos demarca.

Em conformidade com (MELO NETO, 1999), os eventos podem ser classificadosde acordo o timing1, o escopo, a finalidade, o lócus e quanto à natureza.

Em relação ao timing, podem ser qualificados como eventos permanentes(quando acontecem dentro de certo período), eventos esporádicos (realizam-se emperíodos irregulares), eventos únicos (ocorrerem apenas uma única vez), ou tambémcomo eventos de oportunidade (ocorrem em conjunto com os megaeventosinternacionais).

Quando relacionados ao escopo, são considerados como eventos de massa(remetidos ao grande público) ou eventos de nicho (reservam-se a frações de públicocaracterístico).

Os eventos podem também estar relacionados com a finalidade, neste casopodem ser promocionais de marca (destinam-se a valorizar a representação da marcade quem patrocina) ou eventos promocionais de produtos e serviços (propõem-se anegociar produtos e serviços com o grande público).

No que se referem ao lócus, associamos os eventos como: eventos locais,eventos regionais ou eventos globais.

Finalmente, os eventos ainda podem ser classificados de acordo com a suanatureza: eventos desportivos (jogos e competições), eventos culturais (concertos,exposições, mostras de arte, seminários) eventos ecológicos (caminhadas, passeios),eventos ligados ao entretenimento e lazer (gincanas, jogos), eventos na área comercial(convenções, lançamento de produtos, feiras de negócio), eventos especiais (datascomemorativas), e evento de relacionamento (festas, reuniões familiares).

4.3.1 O Conceito do evento

O conteúdo do evento, decisivo para o seu sucesso, torna importante definiros stakeholders (organizador, comunidade local, patrocinadores, recursos humanos,espectadores) e o que se pretende alcançar e exigir.

4.3.1.1 O Organizador

1 Coordenação e fixação do tempo adequado para uma ação ou atividade; ocasião; oportunidade.

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Os eventos podem ser planejados pelos campos governamentais, organizacionalpúblico ou privado, comunitário ou institucional. Os governos e o setor organizacionalpúblico são instigados a sustentar ou planejar eventos por um grupo de incentivos,englobando os privilégios sociais, culturais, turísticos e econômicos por eles elaborados.Como o setor organizacional privado está envolto a diversos níveis, podem patrocinarou realizar os seus próprios eventos visando apresentar novas mercadorias, ampliaros negócios ou favorecer a reputação da empresa. Incluso neste campo tambémse encontram empresas na qual a incumbência é realizar e vender eventos. Outrasmanifestações tem início nos campos comunitário e associativo, amparando umadiversidade de carências e inclinações da comunidade (ALLEN et al., 2003).

4.3.1.2 A comunidade local

A comunidade local incluem os habitantes, o comércio e as autoridades públicas(Bombeiros, polícia, hospitais, autarquias municipais). O comportamento, as carênciase os propósitos da população local definirão a aceitação e o bom resultado do evento.Desse jeito, faz-se necessário o comprometimento da comunidade a partir da fase deprodução, caso o evento seja consideravelmente grande para gerar impactos afastadosdos contornos da área de realização (BOWDIN et al., 2006 apud REIS, 2008).

4.3.1.3 Os patrocinadores

Ultimamente observa-se a uma alteração na maneira como os eventos sãocompreendidos pelos patrocinadores. Nas grandes companhias, o patrocínio não émais visto como um instrumento de relações públicas, passando a ser constatadocomo a chance da empresa para tomar posse de eventos preparados para promovera percepção da marca e estimular as vendas (WAGEN; CARLOS, 2006 apud REIS,2008). Visando trazer patrocínios, os administradores de eventos tem que proporcionarvantagens reais aos patrocinadores. Torna-se imprescindível detectar precisamente oque é que os patrocinadores desejam de um evento. As imposições do patrocinadorpodem não concordar com as do organizador (ALLEN et al., 2003).

4.3.1.4 Os recursos humanos

A fim de que todo evento tenha sucesso, a visão e as metas devem ser a mesmapara todos aqueles que fazem parte da equipe de produção, desde o gerente até oservente. Um ótimo exemplo é encontrado na empresa Disney, um comunicado interno

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diário é distribuído para todos os membros da equipe para recordar que as pessoasque os visitam poderão estar ali uma única vez e que o impacto sobre eles dependeráda sua experiência naquele dia (ALLEN et al., 2003). Esta é uma ideia que deveria serexecutada em todos os eventos.

4.3.1.5 Os espectadores

Os espectadores os quais são o público alvo, para quem os eventos sãopropostos e que em última verificação, definem, com os seus interesses, o sucesso ounão do evento. Em relação a isso, o promotor tem que estar inteirado dos interesses edas necessidades dos públicos. No contexto das necessidades, podem-se apontar asnecessidades de comodidade, segurança ou de integridade física. Também existe anecessidade de fazer do evento algo notável, especial, comover dos espectadores. Osprincípios pelos quais as plateias julgam os eventos são apontados por (BOWDIN etal., 2006 apud REIS, 2008) como a tipologia, o conteúdo, a localização, o acesso aalimentos e bebidas, e a infraestrutura.

(WAGEN; CARLOS, 2006 apud REIS, 2008) confirma que há um grupo desete fundamentos que devem ser examinados ao longo do processo de formulação doevento:

1) O objetivo - vários eventos têm como propósito fundamental buscarem lucros,ao mesmo tempo em que outros visam alcançar outros objetivos, que podemser produzir uma boa reputação do destino, ampliar a temporada turística paravisitações, aumentar a busca pelos turistas, atrair visitantes locais e estrangeiros,ampliar os lucros financeiros do destino, proporcionar meios para as práticasdesportivas e culturais;

2) O tema - a conteúdo do evento deve-se relacionar com o objetivo central efuncionar em conjunto com as necessidades do público. Há uma porção ilimitadade possíveis temas para um evento. A criatividade do promotor e o orçamentodisponível são as únicas limitações

3) A infraestrutura – no procedimento de escolha da infraestrutura, o promotor doevento deve julgar um conjunto de condições como a capacidade para satisfazero objetivo do evento, a localização, os acessos, o estacionamento, a lotação dorecinto, gastos com a decoração, sistema de som e de iluminação, segurança,acessibilidade.

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4) Público-alvo – no decorrer do desenvolvimento de criação e antes de terminá-lo,fica obrigatório investigar se foram atendidas as necessidades do público-alvo;

5) A análise dos recursos – é nesta etapa que a originalidade e a observação lógicase conflitam. A prática aponta que a criatividade é mais constantemente exigidado que o esperado, com grandes danos para o resultado de aproveitamento doevento;

6) O período de realização – ao longo do processo de criação precisam serexaminados fatores referentes à época do ano, o dia da semana, o horário e aduração;

7) As atribuições – neste contexto conceituam-se as atribuições do promotorpara a realização de um evento com certas qualidades, e também as dosprestadores de serviços como os de som, luz, operação, alimentação, pelo queo procedimento de escolha de fornecedores é uma questão crucial no sucessodo evento.

4.4 O MARKETING

Segundo (HALL, 1997 apud REIS, 2008) a definição marketing no âmbito doseventos é dada como a atribuição de gestão que conecta com os integrantes e visitantesdo evento, e que tende a compreender suas necessidades e estímulos objetivando ocrescimento de produtos que equivalham a essas necessidades e à criação de umplanejamento de esclarecimento que revele a finalidade e os objetivos do evento.

O autor aponta ainda uma listagem que constitui seis práticas de marketingrelacionadas à gestão de eventos:

1) Investigar as necessidades do mercado-alvo, com interesse de estabelecer oteor do evento;

2) Detectar outros eventos concorrentes que são capazes de corresponder àsmesmas necessidades do público-alvo;

3) Antever o número de indivíduos que se envolverão no evento;

4) Avaliar o quanto que o espectador se disporá a pagar;

5) Definição das ações promocionais do evento;

6) Definição dos pontos de venda de ingressos.

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(GETZ, 2005 apud REIS, 2008) sugere ainda que, para o marketing no âmbitodos eventos, vender eventos é o método de utilizar o mix de marketing para alcançarobjetivos institucionais durante a concepção de valor para os clientes. A organizaçãocarece de seguir uma diretriz de marketing que dê destaque ao desenvolvimento derelacionamentos reciprocamente vantajosos e à sustentação de benefícios competitivos.

Este conceito apresenta a definição de mix de marketing, que indicam comoaspectos suscetíveis os 4 P‘s, produto, preço, praça e promoção.

O produto envolve todos os segmentos do evento. Cita-se como exemplo oentretenimento apresentado, os serviços de alimentação e de publicidade e as chancesde convívio social.

Preço é o valor dos eventos que os clientes estão dispostos a pagar. O valor édefinido pelo grau de contentamento, de uma carência de lazer ocasionado pelo eventocomparado com atividades diversas.

Dentro do contexto de eventos, a praça tem duas interpretações. Correspondeao espaço físico de realização do evento e também os pontos de venda dos ingressospara o evento.

A promoção é o elemento mais evidente do mix de marketing. Contéminstrumentos como a divulgação, relações públicas, marketing direto, promoção devendas, entre outros.

4.5 OS IMPACTOS

4.5.1 Os Impactos Socioculturais

Conforme (GETZ, 2005 apud REIS, 2008), todos os eventos geram impactossocioculturais, o aumento da autoestima que decorre de certas manifestações dacomunidade e de festividades de feriados nacionais, ou a maior compreensão para aatividade desportiva, quando está em tema um evento desportivo.

No entanto, os eventos podem ter influencias sociais não propositais, através deque o hábito de multidões deve ser conduzido por meio de um sistema de planejamentoe de administração que inclui o organizador e as ações policiais e de proteção civil.

Reconhecendo os riscos cruciais (incêndio, ameaça de bomba, desastresnaturais, esmagamentos, acidentes rodoviários, congestionamento de trânsito,degradação de infraestruturas, atitudes violentas), Faz-se indispensável o emprego deações preventivas e de eventualidades.

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Foi empregado na cidade do Rio de Janeiro um bom exemplo de planejamento.Durante o réveillon notava-se uma intensa aglomeração de pessoas em Copacabana.Observando o risco relacionado à concentração de pessoas em um só lugar, planejaram-se eventos paralelos em outras partes da cidade, possibilitando o espalhamento damultidão.

4.5.2 Os Impactos Físicos e Ambientais

Um evento pode ser uma ótima oportunidade para promover as particularidadesde uma região. No entanto, o equilíbrio do ambiente pode ser muito vulnerável, peloque se deve ter cautela total em preservá-la. Um grande evento pode demandar umaanálise de impacto ambiental tendo em vista a preservação da fauna e da flora local.

Os eventos conseguirão, de mesmo modo, ser uma ocasião favorável paraimpulsionar as técnicas de separação de resíduos sólidos e dessa forma colaborar paraa mudança de condutas. Na Austrália, em New South Wales, a entidade encarregadapela coleta de resíduos serve como um bom exemplo, no qual é citada uma pesquisaonde 87% da população apoia a adesão da reciclagem em eventos públicos e que95 % dos que ali frequentam declaram que os fornecedores de bebidas e alimentospoderiam ser incentivados a fazer uso de embalagens biodegradáveis.

4.5.3 Os Impactos Políticos

Depois que os imperadores romanos perceberam a influencia do circo nasarenas para se evitarem as criticas e fortalecerem a popularidade, os políticos têmadotado a promoção de eventos, proporcionando o contentamento do povo e o seuposto no poder. Seguindo esta ideia, Nicolau Maquiavel no século XVI, referiu o seguinteparecer: um príncipe precisa ocupar as pessoas com festivais e eventos, e devido àscidades estarem separadas em classes e interesses comuns, precisa satisfazer atotalidade dos grupos, se reunir e harmonizar junto à eles em alguns momentos, eoferecer um amostra da sua bondade.

Os poderes executivos compreenderam a eficácia dos eventos para melhorar arepresentação dos políticos, das cidades e dos países. Os eventos chamam turistas,gerando lucro e empregos. Esta combinação tem estimulado os governos atransformarem-se em membros mais operantes na compreensão e realização degrandes eventos (ALLEN et al., 2003).

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4.5.4 Os impactos econômicos

Os eventos são considerados como incentivadores na atração de turistas e nasevoluções do consumo e do tempo de estadia do visitante. Também, são apontadoscomo formadores de imagem e reputação, formando um a representação para osdestinos, estabelecendo-os no mercado e transferindo-lhes benefícios competitivos.Estes princípios trouxeram à origem de um âmbito moderno, denominado comoturismo de eventos, definido por (GETZ, 2005 apud REIS, 2008) como ao proposta, odesenvolvimento e o marketing metódico de eventos como atrações turísticas queincentivam os indivíduos a viajar para envolverem-se nos eventos ou que as instigam aassistir a eventos quando estão longe de casa.

O referido autor argumenta que o maior benefício do turismo de eventos é a suacapacidade de atrair visitantes na baixa temporada e que as despesas dos turistasdivididos entre viagem, acomodações, alimentação, compras e demais serviços, ésomente um dos procedimentos através do qual a população local pode tirar proveitode um evento. Da mesma forma, os eventos podem estimular diferentes setores daeconomia. A área da construção civil é frequentemente promovida pela carência denovas instalações ou readequadas para oferecer um grande evento.

As organizações públicas, observando os altos investimentos de recursostributários em eventos, visam examinar rigorosamente quais os benefíciosrelacionados ao investimento, de maneira a contrapor essa alternativa com outras. Emcontrapartida os patrocinadores contrastam os investimentos com outras práticaspossíveis dos seus orçamentos de marketing.

Dessa maneira começaram a aparecer exames aprofundados dos eventos,acompanhados pela evolução de métodos para verificação e avaliação econômica. Oexemplo mais comum é a estudo de entrada e saída, que emprega um grupo de tabelaspara associar a influência total das despesas na economia, apresentado através umarelação multiplicadora. Os multiplicadores revelam o efeito das despesas em eventos àmedida que se alastram pela economia e modificam em conformidade com a misturacaracterística de indústrias em uma determinada posição geográfica. Nota-se que oemprego de multiplicadores é contestado, e alguns pesquisadores escolhem focaras suas pesquisas nas despesas diretas do evento, considerando os mais íntegros(ALLEN et al., 2003).

A conclusão no reconhecimento do impacto econômico resultará da exatidãocom que as despesas são classificadas, Independente do padrão empregado. Segundo(FAULKNER, 1993 apud REIS, 2008), os impactos decorrem de três condições:

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• Despesas de turistas oriundos de diferentes comunidades;

• Recursos gastos em instalações exigidas para a realização do evento;

• Despesas incididas pelos organizadores e patrocinadores.

A efetiva despesa do turista é fundamentada no acréscimo da quantidade devisitantes em relação àqueles que visitariam a cidade de qualquer modo. Acredita-seque os que a conseguiriam visitar em outro período, porém alteraram a data da visitade forma a ocorrer simultâneo ao evento. Desse jeito, criaram uma mudança na datada visita e, assim, as suas despesas devem ser consideradas. Em contrapartida, apopulação local que, em razão do evento, não se conduziu para o exterior, constituemgastos que do contrário poderiam ter sido perdidos para outra região, tendo que sercontabilizados.

As despesas com um evento só geram impacto na população local se vieremdaquela comunidade. Bens ou serviços que precisam ser obtidos fora da comunidaderepresentam vazamentos nas despesas e não devem ser observados nas estimativasdos impactos econômicos.

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Tabela 2 – Impacto dos eventos

Esfera do eventoImpactos Positivos Impactos Negativos

Social e Cultural

Vivência compartilhada

Revitalizações de tradições

Fortalecimento do orgulhocomunitário

Aumento da participação dacomunidade

Expansão de perspectivasculturais

Alienação da comunidade

Manipulação da comunidade

Imagem negativa dacomunidade

Física e Ambiental

Fornecimento de exemplospara melhores hábitos

Aumento da consciênciaambiental

Legado de infraestruturas

Melhoria dos transportes ecomunicações

Renovação urbana

Danos no meio ambiente

Poluição

Destruição de patrimônio

Perturbação acústica

Congestionamento no trafegode automóvel

Politica

Prestigio internacional

Coesão social

Desenvolvimento decapacidades administrativas

Risco de insucesso doempreendimento

Desvio de fundos

Turismo e Economia

Promoção do destino

Aumento do tempo depermanência

Geração de empregos

Resistência da comunidade aoturismo

Perda de autenticidade

Preços inflacionados

Fonte: Adaptado de Bowdin (2006)

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4.6 LEI DE INCENTIVO À CULTURA COMO OPÇÃO AO FINANCIAMENTO DEOBRAS PÚBLICAS

A Lei de Incentivo à Cultura, popularmente chamada de Lei Rouanet,é conhecida principalmente por sua política de incentivos fiscais. Essemecanismo possibilita que cidadãos (pessoa física) e empresas (pessoajurídica) apliquem parte do Imposto de Renda devido em ações culturais.Assim, além de ter benefícios fiscais sobre o valor do incentivo, essesapoiadores fortalecem iniciativas culturais que não se enquadram emprogramas do Ministério da Cultura (MinC)(PORTAL BRASIL, 2009).

De acordo com o Ministério da cultura (1991), na sua lei nº 8.313, em seu Art.1° Fica instituído o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), com a finalidadede captar e canalizar recursos para o setor de modo a contribuir para facilitar, atodos, os meios para o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exercício dosdireitos culturais; promover e estimular a regionalização da produção cultural e artísticabrasileira, com valorização de recursos humanos e conteúdos locais; apoiar, valorizar edifundir o conjunto das manifestações culturais e seus respectivos criadores; protegeras expressões culturais dos grupos formadores da sociedade brasileira e responsáveispelo pluralismo da cultura nacional; salvaguardar a sobrevivência e o florescimentodos modos de criar, fazer e viver da sociedade brasileira; preservar os bens materiaise imateriais do patrimônio cultural e histórico brasileiro; desenvolver a consciênciainternacional e o respeito aos valores culturais de outros povos ou nações; estimular aprodução e difusão de bens culturais de valor universal, formadores e informadores deconhecimento, cultura e memória; priorizar o produto cultural originário do País.

Em entrevista a Roberta Prescott - Revista PINI (2014) o então secretário defomento e incentivo à cultura do Ministério da Cultura, o senhor Ivan Domingues,destaca que o apoio a um determinado projeto poderá ser convertido em suatotalidade ou parcialmente ao investidor do valor desembolsado deduzido do impostodevido, dentro dos valores percentuais contidos na regulamentação tributária vigenteatualmente. O orçamento da proposta ou o somatório dos orçamentos dos projetosativos no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) estará limitado porproponente a um porcentual do valor autorizado para renúncia fiscal do ano em curso,estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Obedecerá, ainda, aos limitesde 0,05% para pessoa jurídica enquadrada como Microempreendedor Individual (MEI)e para as demais pessoas jurídicas em 3%.

Em 2015, a soma total vinda da renúncia fiscal via Lei Rouanet foide 1,1 bilhão de reais. A verba financiou 80% dos projetos culturaisdo país, de acordo com o Ministério da Cultura (MARIANA BARROS -REVISTA VEJA, 2016).

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Com algumas mudanças no ano de 2017, a partir de agora, o limite de captaçãode recursos para a lei Rouanet será de R$ 700.000,00 mil para pessoas físicas emicroempreendedores e R$ 10.000.000,00 milhões por projeto, Pela antiga regra, nãohavia limite de captação para valor do produto cultural e nem teto de captação porprojeto. Essas novas instruções visam evitar uma concentração por pessoa física oujurídica que apresenta o projeto, por região do país, por projeto e por beneficiário(público que consome cultura) (PORTAL BRASIL, 2017).

4.7 PAINÉIS FOTOVOLTAICOS: CONCEITOS E A VIABILIDADE ECONÔMICA ESUSTENTÁVEL NO BRASIL

A crise energética, uma questão de origem não muito recente, porémainda um tema muito debatido na sociedade, constitui-se um dosgrandes desafios da atualidade. Podem-se destacar alguns fatores aela relacionados, como a redução das reservas petrolíferas mundiais,principalmente após a crise do petróleo na década de 70, impactosambientais causados pelo uso de fontes de energia poluentes, apotencial escassez dos recursos naturais e o aumento da demanda poroferta de energia - devido ao crescimento contínuo da população –, osquais geram incertezas do futuro energético mundial e expressivasdiscussões no cerne global (CABRAL; VIEIRA, 2012, p.1).

A importância que a aplicação de práticas ecologicamente sustentáveis tem nosdias de hoje não deve ser considerada uma ação apenas de cautela, pois os resultadosde anos de exploração dos recursos naturais do planeta sem nenhum controle já estãosendo sentidos no clima e na escassez de alguns desses recursos. Um dos setoresde serviços básicos que está atualmente recebendo uma atenção especial no que dizrespeito ao impacto causado no meio ambiente é a geração de energia, em especificoa geração de energia por métodos limpos, sem a degradação do meio ambiente no seuprocesso de geração. Um desses métodos é o da energia gerada por meio de painéisfotovoltaicos.

Na opinião de Demonti (1998), esse tipo de geração de energia estásubstituindo os métodos mais convencionais de geração de energia, em um momentoatual em que as questões relacionadas a preservação ambiental tomam um grau deimportância extremamente relevante, com o esgotamento das matérias primas, não hámais espaço para o uso desenfreado das fontes convencionais de energia a partir daexploração do meio ambiente. A harmonia da ecologia do planeta pode se instabilizarcom a exploração dos seus recursos sem responsabilidade, consequentemente, a suarecuperação pode se tornar irreversível.

Como conceituado por Pereira e Gonçalves (2008), A energia solar fotovoltaicarepresenta a transformação direta da radiação do Sol em energia elétrica por

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intermédio do efeito fotovoltaico. Por tratar-se de um recurso encontrado em umaquantidade abundante, bastante difundido e considerado inesgotável fazdessa tecnologia, muito atraente da perspectiva técnica. Os custos da geraçãofotovoltaica, que ainda são os mais altos em comparados com outras técnicasdisponíveis, encontram-se em declive devido a evolução edisseminação dessa tecnologia nos últimos anos. Os sistemas fotovoltaicosconectados à rede (SFCR) vêm ajudando consistentemente para tal redução.

Geograficamente falando, o Brasil é um país com um potencial imenso parageração de energia com painéis fotovoltaicos, exemplificando essa afirmação, Rüther(2004) nos descreve uma situação de comparação de potencial entre a geração deenergia fotovoltaica e a geração mais comum no Brasil, através das hidrelétricas.A usina hidrelétrica de Itaipu, responsável por quase 25% da energia elétrica que éconsumida no país, é um caso bastante convincente para se usar nessa comparação. Aárea utilizada pelo lago da usina, que abrange cerca de 1.350 km², se essa áreafosse coberta com painéis solares fotovoltaicos de filmes finos, que estão disponíveisatualmente no mercado brasileiro, possibilitaria dobrar a geração de energia da usinade Itaipu, ou seja, a metade da energia consumida no país.

Atualmente, painéis solares fotovoltaicos vendo sendo utilizados com maisfrequência de forma integrada à rede elétrica pública. Podendo ser dispostas de duasmaneiras: integrada à edificação (no telhado ou fachada), e, junto ao ponto de consumo,ou em uma usina geradora convencional, distante do ponto de consumo. Os painéisfotovoltaicos interligados à rede elétrica podem ser ligados em qualquer edificação,respeitando apenas uma única condição, seu posicionamento solar, apesar de poder servoltadas para norte, leste ou oeste, sua condição ideal são as superfícies voltadas parao norte geográfico, no hemisfério sul, assim, alcança-se o maior potencial de captaçãoda energia solar. O sistema fotovoltaico não é um empecilho para o design arquitetônicodas edificações, podendo ser instalado até mesmo após realizado todo processo deinfraestruturação dos edifícios e residencias, devido ao impacto minimo ocasionadopelo sistema dos painéis. Um sistema altamente difundido no mundo, principalmenteem países desenvolvidos, para o uso comercial, residencial e industrial (MARINOSKI;SALAMONI; RÜTHER, 2004).

Alguns dados e fatores interessantes levantados pelo site Portal Solar(2015) revelam um exemplo prático quanto a eficiência econômica da energia geradapor painéis fotovoltaicos. Utilizando todo o custo de investimento em energiasolar somado com a manutenção minima que terá ao longo de 25 anos e dividir essevalor pela energia gerada pelo sistema fotovoltaico, o preço que você pagou pelaenergia solar é mais barato que o da rede elétrica, demostrando numericamente,temos: Sistema de Energia Solar Fotovoltaica de 3.3kWp em MG: Investimento R$

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25.000,00 mil, manutenção em 25 anos R$ 6.000,00 mil, temos um custo total de R$31.000,00 mil. A energia Gerada nos 25 anos é igual a aproximadamente 94.000 kWh(QuiloWatt-hora)

O cálculo funciona assim: o custo total (Investimento + manutenção) divido pelaenergia gerada é igual ao preço da energia: 31.000,00 / 94.000 = R$0,33kWh (QuiloWatt-hora)

Em Santa Catarina, a energia elétrica fornecida pela Centrais Elétricas deSanta Catarina (CELESC) a edifícios públicos, tem um valor aproximado de R$ 0,26kWh (QuiloWatt-hora) Ou seja, a energia solar é mais barata que a energia da redeelétrica.

O valor da energia solar hoje está 250 vezes mais barato que há quatro décadascomo demonstrado no gráfico 1.

Gráfico 1 – Custo global das células fotovoltaicas de silício desde 1977 em dólar/watt.

Fonte: www.enelsolucoes.com.br

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5 CONDICIONANTES DA IMPLANTAÇÃO OBRA DA ARENA MULTIUSO DEIMBITUBA

Para um estudo mais completo, utilizaremos um projeto já aprovado eimplantado na cidade de tubarão em nosso estudo caso. A arena multiuso PrefeitoEstener Soratto da Silva, com uma área total construída de 10.229 m², cunho regionalintegrado com as áreas de lazer, cultural, esportiva e administrativa junto ao projetoParque urbano Anita Garibaldi. A arena contempla um teatro com capacidade para 888pessoas sentadas, com uma área de 1.054,20 m², quadra poliesportiva comarquibancadas com 3.604 cadeiras fixas, na quadra, um espaço para 5.000 cadeirasou 7.500 pessoas em pé, com uma área de 1.336,48 m². O projeto ainda conta comoutras áreas como Foyer Teatro, com 611,43 m², Foyer Principal, 809,00 m², palco eapoio, com 531,75 m², café/bar, 290,73 m², salas para evento, 336,00 m² (84,00 m²cada), apoio (instalações sanitárias, vestiários, cozinha, circulação e demais), 2.089,68m² e uma área de apoio superior (instalações sanitárias, circulação e demais),com 1.021,54 m² de área.(DIÁRIO DO SUL, 2016)

O Estudo de Viabilidade é aquele que fará análises e avaliações doponto de vista técnico, legal e econômico e que promove a seleção erecomendação de alternativas para a concepção dos projetos. Permiteverificar se o programa, terreno, legislação, custos e investimentos sãoexecutáveis e compatíveis com os objetivos do órgão. É necessárionesse momento realizar uma estimativa de custos, o impacto ambientaldo empreendimento, a relação custo benefício, o prazo para aelaboração dos projetos e para a execução da obra, a origem dosrecursos para realizá-los, a verificação quanto à previsão legislaçõesorçamentárias.(HAMILTON BONATTO, 2012)

A viabilidade da obra da arena na cidade de Imbituba, foi o objeto principal doestudo realizado, a parte técnica do estudo será descrita a seguir e foirealizada conforme as normas e leis vigentes no município de Imbituba, e semprerespeito as diretrizes que o poder público traça para o desenvolvimento da cidade,destacamos que a implantação dessa obra se enquadra em todas as estratégias doplano diretor de desenvolvimento sustentável de Imbituba (PDDSI), que em seu textotranscrito na integra no artigo numero 8, em suas cinco estratégias, estão relacionadosos tópicos descritos a seguir:

• Estratégia 1: Imbituba, capital do turismo diversificado, que se propõe a articularas ações públicas e privadas, organizar as atividades e dotar de infraestruturapara melhorar a oferta, de modo a promover as grandes qualidades turísticasde todo município, com um critério de dessazonalização e ofertas variadas,

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baseado em todos os tipos de turismo - de praia, ecológico cultural, rural deaventura, e outros - de maneira a diversificar a oferta e ampliar a captação dedemanda.

• Estratégia 2: Imbituba, um porto de oportunidades, que se propõe a recuperar aimportância histórica, econômica e social que o Porto teve e tem para Imbituba,apostando em atividades não impactantes sobre o ambiente urbano dasproximidades, como Porto Comercial e Turístico, e a ampliação de facilidades eserviços de integração da cidade e da vida cidadã em geral.

• Estratégia 3: Imbituba, crescimento com identidade natural e cultural, que sepropõe a alcançar o crescimento social e econômico gerado pelas outrasEstratégias, com um rigoroso processo de conservação do patrimônio naturaldo Município e de suas tradições culturais, assim como potencializar Imbitubacomo sede de eventos culturais e artísticos de nível regional, nacional einternacional.

• Estratégia 4: Imbituba, modelo de ordenamento urbano ambiental, que sepropõe a dar suporte adequado ao manejo territorial das Estratégias, mediantePlano Regulador e Regime Urbanístico, preciso e consensuado, com os PlanosParticularizados necessários nas áreas de maior demanda de crescimentourbano, com os critérios para controlar a urbanização, promover odesenvolvimento de áreas sub-utilizadas, atualizar a capacidade do sistemaviário e a mobilidade, satisfazer as demandas por equipamentos públicosurbanos e comunitários, cuidar dos recursos naturais e potencializar aintegração urbanística do Porto com a cidade.

• Estratégia 5: Imbituba, modelo de gestão com participação, que se propõe aalcançar as finalidades de cada Estratégia, mediante um Sistema de Gestãodescentralizado e participativo, contido na Parte 3 desta Lei Complementar,capaz de considerar todas as opiniões, legitimar as decisões e oferecer aoresponsável político a opinião através do Conselho Municipal do Plano Diretorde Desenvolvimento Sustentável de Imbituba - CMPDDSI.

O terreno escolhido (figura 12) para a implantação da arena multiuso pertence aprefeitura municipal de Imbituba e está localizado no bairro do Centro, com coordenadasgeográficas de longitude -48°23’.98“ e latitude -28°14‘.74”, a frente do lote fica naAvenida 03 de Outubro e tem uma testada de 48,2 metros, já a esquerda está a ruaNicolau Bartolomeu da Rosa Matoso, e tem uma largura de 120,75 metros, já na partede trás fica a rua João Hipólito do Nascimento, e conta com 196,55 metros. Com umaárea total de 33.462,22 m², é totalmente plano, não tendo necessidade de corte nem

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de aterro de nenhuma quantidade de solo. Atualmente o terreno recebe os eventos degrande porte do município de imbituba como o Festival Nacional do Camarão, SemanaNacional da baleia, o carnaval de rua da cidade, qualquer eventos que demandeum espaço maior é realizado nesse terreno, eventos esses sempre preparados comestruturas móveis, tendo apenas de estrutura fixa um cercado de madeira em seuslimites.

Figura 12 – Localização do terreno

Fonte: producao.geomais.com.br - editado pelos autores

De acordo com o artigo 64 da lei Complementar 2623/2005 de 19/03/2005, quedivide e classifica as zonas urbanas do município (ANEXO A), descrito na leiComplementar 2623/2005 de 19/03/2005, o lote que abrigará a arena está destacadoem amarelo na figura 13 encontra-se na zona urbana ZC-1, zona essa atribuída a umaárea de zona residencial uni e pluri familiar, com usos compatíveis para habitaçãoindividual, habitação coletiva, hotelaria, comércio varejo, escritório e consultório,comércio atacado, comércio abastecimento, central comercial e Supermercados,escolas, bibliotecas, museus, clubes, jogos e esportes, assistência geral e de urgência.De acordo com as especificações do zoneamento, não tornando necessárianenhuma mudança no zoneamento urbano municipal, apenas há a restrição de ummínimo de 20% da superfície total do terreno deverá ser de solo natural absorvente.

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Figura 13 – zoneamento da cidade de imbituba na região central da cidade

Fonte: producao.geomais.com.br - editado pelos autores

A localização do terreno de onde se dará a proposta de implantação daarena fica em uma área de fácil acesso para os moradores da cidade assim como deoutras cidades. Nota-se em destaque as principais rodovias da cidade e do seuentorno, até as duas entradas principais da área do município junto a Rodovia BR-101.

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Figura 14 – Mapa de acesso da cidade de imbituba

Fonte: Google Earth - editado pelos autores

O local escolhido encontra-se inserido na área central do município, ao lado darodoviária e no centro administrativo da cidade, com prefeitura, câmara dos vereadorese fórum da comarca de Imbituba a menos de 100 metros do local escolhido. Os serviçosde emergência também ficam próximos ao local da arena. O hospital São Camilo estálocalizado a aproximadamente 1,5 quilômetro de distancia, o quartel do corpo debombeiros a 2,0 quilômetros e o terminal rodoviário urbano a menos de 1 quilômetrode distância.

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Figura 15 – Localização dos serviços de emergência

Fonte: Google earth - editado pelos autores

O entorno da arena poderá sofrer algumas alterações quanto a sua vizinhançaao longo do tempo, pois atualmente há poucos pontos comerciais sendo utilizadosna vizinhança. Com a construção da arena tende a influenciar a criação de algumasnecessidades de pontos comerciais de pequeno e médio porte a se instalarem em suavizinhança como restaurantes, lanchonetes, lojas de souvenires e artesanatos locais,hotéis e hospedarias em geral e etc. . .

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Figura 16 – Maquete da disposição da arena no terreno

Fonte: Arquivo pessoal dos autores

Após a análise do trecho urbano existente foram propostas algumas alteraçõesnas disposições das vias próximas a arena (figura 17): pavimentação e modificação desentido de mão dupla para sentido de mão única das ruas: João Hipólito doNascimento e da rua Nicolau bartolomeu da Rosa matos para facilitar amovimentação de veículos e pedestres em dias de eventos. há também umaprecariedade da estruturas dos passeios existentes atualmente no entorno do terreno.

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Figura 17 – Alteração da malha viária no entorno da arena multiuso

Fonte: www.mapz.com - editado pelos autores

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6 VIABILIDADE E SUSTENTABILIDADE DA ARENA DE IMBITUBA

6.1 APORTE FINANCEIRO PARA IMPLANTAÇÃO DA OBRA DA ARENAMULTIUSO

Como descrito no capítulo anterior desse estudo, foi utilizado o projeto da arenamultiuso da cidade de Tubarão, arena Prefeito Estener Soratto da Silva. Baseando-senos dados obtidos no orçamento da arena (anexo B), pudemos obter um resultadomais preciso e eficiente da viabilidade econômica e do impacto que uma obra desseporte poderá causar aos orçamento município da cidade de Imbituba.

Em uma estimativa do impacto dessa obra no orçamento municipal de imbitubafoi utilizado o mesmo formato de parceria e financiamento entre os poderes estaduale municipal utilizados na cidade de tubarão para o financiamento da arena. Comoproposto nos objetivos do estudo, buscamos estudar a viabilidade e o impacto naesfera municipal, partindo do principio que uma parceria semelhante a utilizada nacidade de Tubarão possa ser feita em relação a cidade de Imbituba. A obra da arenade Tubarão foi orçada inicialmente em R$ 13.655.982,95 (treze milhões, seiscentos ecinquenta e cinco mil, novecentos e oitenta e dois reais e noventa e cinco centavos),porém na data de entrega, ainda sem estar 100% concluída, foi constatado um valortotal da obra de aproximadamente R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) onde, R$17.000.000,00 (dezessete milhões de reais) vieram do governo do estado por intermédiode verbas destinadas aos municípios oriundas do Fundo de Apoio aos Municípios(FUNDAM) e R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) foram pagos pela prefeitura deTubarão.

O valor de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) restantes do financiamento,é a parte que cabe a prefeitura de Imbituba. Esse valor pode ser um investimento viávelse levarmos em conta todos os benefícios sociais que a arena multiuso traria para odesenvolvimento da cidade.

Para que o impacto financeiro seja ainda menor para os cofres municipais, econtando os inúmeros programas culturais que poderão ser implementados na arena,um projeto de captação de recursos junto ao Ministério da Cultura tornaria ainda maisatrativa para a cidade. há na cidade de imbituba algumas empresas de grande e médioporte que preservam uma estreita parceria com projetos culturais e sociais nas cidadesonde atuam. Essas empresas que contam com um alto faturamento, consequentementeuma alta carga de impostos, seriam parceiras do projeto da arena sem precisar deinvestimentos de alto impacto. Devido a atual falta de projetos sociais de grandeprojeção na cidade atualmente, a participação dessas empresas junto ao Programa

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de incentivo a cultura traria benefícios bastante positivos para os dois lados. Pois aimagem de uma empresa parceira de projetos culturais é sempre mais valorizado juntoà população.

Com um limite de 3% (três por cento) de contribuição de renuncia fiscal paracada registro de pessoa jurídica, podemos citar alguns parceiros que se encaixariamperfeitamente em uma parceria para implementação da arena, dessas empresascitadas, usamos como filtro de escolha, os 200 maiores investidores do ano de 2016segundo listagem do Ministério da Cultura, terem sua sede ou área de atuação nasproximidades de imbituba ou ainda serem parceiros estatais conhecidas de programasde incentivo ao desenvolvimento cultural: Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social - BNDES; Banco do Brasil; Banco Bradesco; Banco Itaú; TractebelEnergia; Petrobrás Distribuidora; Ipiranga Produtos de Petróleo; Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos; Banco do Estado do Rio Grande doSul; CELESC Distribuidora; Votorantim Corretora de Seguros; Caixa EconômicaFederal; SCPar - Porto de Imbituba e Santos Brasil.

As empresas supracitadas tiveram um investimento de aproximadamente R$350.000.000,00 (trezentos e cinquenta milhões de reais) em programas de incentivoa cultura no ano de 2016, tornando a possibilidade do projeto da arena multiuso emimbituba se enquadrar em um financiamento de incentivo a cultura com um parceirodentre as empresas citadas como um incentivador bastante viável economicamente aoorçamento da administração municipal de Imbituba.

6.2 GESTÃO BÁSICA APLICADA À ARENA IMBITUBA

O projeto da arena Imbituba, virá para atender em parte as necessidades sociais,bem como abrigar as grandes manifestações desportivas e culturais da cidade, comopor exemplo: o festival nacional do camarão; a semana da baleia franca; campeonatocitadino de futsal, handebol e voleibol; jogos escolares; manifestações religiosas,culturais de teatro, entre outros. Assim, A arena Imbituba, irá se afirmar como aúnica infraestrutura na região com estrutura para receber grandes eventos desportivos,culturais e empresariais, tanto da cidade de Imbituba como das cidades vizinhas,qualificando-se como uma ferramenta em proveito do crescimento econômico por meiodo potencial ao nível da promoção de eventos empresariais e do acréscimo dos níveisde popularidade do município através da realização de eventos desportivos e culturaisde impacto nacional e internacional e que conjuntamente representem os interessesdos consumidores.

Com a concepção do projeto da arena, a cidade Imbituba possuiria um maiorreconhecimento da sociedade e traria um novo perfil de turismo para o município,visando também redução da sazonalidade, incluindo lazer, esporte e saúde (através da

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oportunidade da prática do esporte). A cidade conseguirá receber novos investimentose atrair um novo processo de desenvolvimento local, tendo em conta que o projeto estáintroduzido em uma zona central da cidade.

Existem exemplos de complexos deste tipo onde não apenas o entorno foivalorizado, mas todo o tipo de edificação no município, tanto direta, como indiretamente.Alguns imóveis tem uma estimativa de valorização de até 150% nos valores dosaluguéis, indicando o quanto a região foi valorizada financeiramente.

Pretende-se investir no desenvolvimento do município, acompanhando oprogresso dos últimos anos e preparar esse crescimento para ocorrer de modoestruturado e bem conduzido.

O Município acolherá várias pessoas da região, que procurarão o lazer oferecidona arena e em todo o complexo, e também eventos de diversos gêneros que possamacontecer na região ou próxima a ela.

Imbituba será capaz de desenvolver-se ainda mais, e de modo muito confiante.Afim de que se torne uma cidade de excelente qualidade para a população.

6.3 RELAÇÃO DA ECONOMIA OBTIDA COM O CUSTO DA IMPLANTAÇÃO DEPAINÉIS FOTOVOLTAICOS NO PROJETO EXISTENTE

Com uma área de cobertura de aproximadamente 4.370,00m2, partimos com 2abordagens distintas quanto a aplicação de painéis fotovoltaicos no projeto da arenaem questão.

No primeiro cenário, transformaremos a arena em um edifício referência degeração de energia limpa, implantando painéis fotovoltaicos em toda área de suacobertura e por intermédio do sistema de net metering1. Por se tratar de um prédiopúblico, a energia elétrica excedente seria usada para quitar as faturas de outrasedificações da prefeitura de Imbituba dentro do território da cidade. A opção deimplantar os painéis por toda a cobertura do prédio com painéis fotovoltaicos traria umacréscimo considerável no valor final da obra devido ao numero de painéis necessáriospara tal tarefa, utilizando-se de um painel existente no mercado nacional,escolheremos o modelo AC-290P/156-60S da marca alemã AXITEC. Com uma áreade 1,5m2 por painel, potencia nominal de 290Wp (watt-pico) e um valor de mercado deaproximadamente de R$ 1.000,00 (mil reais). Com esses dados chegaríamos a umresultado de aproximadamente 2.900 painéis instalados em toda área de cobertura da1 sistema de compensação de energia elétrica. É um procedimento no qual o consumidor instala

pequenos geradores, como painéis solares fotovoltaicos. A energia por esses equipamentosproduzida é utilizada para descontar o consumo energético da unidade do proprietário. Se houversaldo positivo energia, ou seja, produzir mais do que consumir, é descontado em uma outra conta ouna fatura do mês subsequente.

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arena, que custaria R$ 2.900,00 (dois milhões e novecentos mil reais) e teria umapotencia nominal de geração de energia solar de 841kWp (kilowatt-pico).

A energia gerada pode ser calculada analisando os gráficos 2 que demonstrama irradiação solar constante e igual a 1000 W/m² durante uma certa quantidade dehoras, no caso utilizaremos 7,2 horas.

Gráfico 2 – Gráfico da irradiação equivalente

Fonte: www.enovaenergia.com.br

A energia gerada neste dia pode calculada multiplicando as horas de solequivalentes com a potência de pico do painel fotovoltaico e a eficiência do sistema.Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede normalmente apresentam uma eficiênciaelétrica entre 75% e 85%, utilizaremos uma média simples entre os valores no estudo.

Usando como exemplo o painel de 250Wp (watt-pico), temos para o caso comos dados retirados do gráfico 2 a seguinte situação:

E = 7, 2h× 0, 8 = 1, 44kWh

Essa quantidade de energia não será gerada todo dia. Dias ensolarados e semnuvens ocorrem com frequências diferentes para localidades diferentes. Existem basesde dados que trazem a irradiação média por localidade, baseada em medições aolongo do ano. A medição média para cidade de Imbituba traz um valor de4,34 (CENTRO DE REFERÊNCIA DE ENERGIA SOLAR E EÓLICA - CRESESB, ).

De posse destes dados, a energia gerada ao longo do mês pode ser calculadamultiplicando a média de Horas de sol pela potência de pico do painel e pela eficiênciado sistema e o número de dias:

E = 4, 34kWh/m× 250kWp× 0, 8× 31 ∼= 27kwh/ms

Com um quantidade de 2900 painéis da primeira opção de aplicação dospainéis, geraria uma quantidade de 78,30 mWh/mês de média de energia gerada com

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a potencia de 250Wp do painel escolhido para o estudo. O investimento pode serconsiderado é altíssimo, porém o retorno traria inúmeros benefícios para a cidade,região e para o meio ambiente devido a estarmos lidando com uma quantidadebastante significativa de energia limpa.

Já a segunda opção de adição dos painéis fotovoltaicos, traria a adição depainéis somente para a demanda do edifício em geral. Um edifício desse porte queatualmente consome cerca de 25,00 mWh/mês, necessitando com os mesmosparâmetros dos painéis de uma área de aproximadamente 1.400,00m2, teríamos umcusto de implantação de aproximadamente R$ 930.000,00 (novecentos e trinta milreais) e seria o suficiente para suprir a demanda de energia da arena multiuso mensal.Essa opção é mais comedida, mais viável financeiramente e de mais fácil aplicação,porém não traria tamanha visibilidade como a opção anterior, que transformaria oedifício em uma referência de energia limpa em todo país.

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7 CONCLUSÃO

Com a proposta inicial de estudar os impactos da implantação da arena multiusoem Imbituba, a abrangência da temática escolhida nos fez analisar a viabilidade eimpacto por diversos viéses de estudo, passando do impacto físico da obra na regiãoescolhida e analisando os benefícios e malefícios do ponto de vista social, econômico eambiental.

Um projeto já implantado foi utilizado como base para que se pudesse obterresultados mais precisos em relação aos condicionantes de projeto encontradosna região do terreno escolhido ao aporte financeiro utilizando-se de técnicas de gestãovoltadas à administração esportiva e cultural e a adição de painéisfotovoltaicos, obtendo resultados mais eficientes no âmbito financeiro ambiental naarena.

Pudemos analisar com o estudo realizado a importância que uma estruturavoltada ao esporte e a cultura tem em uma cidade, alavancando diretamente eindiretamente diversos setores da sociedade como a saúde pública, inclusão social ereligiosa, práticas saudáveis voltadas ao esporte familiar, práticas esportivas voltadasao alto rendimento e lazer para todos os segmentos e faixas etárias da região da arenaimplantada.

Ainda conseguimos interpretar com alguns dados recolhidos que o aportefinanceiro para a construção da arena não precisa ficar a encargo somente do poderpúblico ou ser exclusivamente privado, há diversas modalidades de parcerias eincentivos bastante eficazes que beneficiam ambos os lados, trazendo benefícios como projeto a ser executado e trazendo visibilidade para a empresa apoiadorarenunciando apenas um percentual de sua carga tributária para tal ação.

Os resultados que obtivemos foram bastante satisfatórios a modo de comprovara eficácia que uma estrutura multiuso pode alcançar em toda uma cidade, impactandoradicalmente nos setores físicos e sociais de um município. Com um programa bemdesenvolvido de gestão, uma obra desse segmento pode incluir uma região na rota degrandes eventos nacionais e até internacionais.

Ainda pudemos destacar que investimento feito em tecnologias sustentáveisvoltadas a causar um menor impacto ambiental deve sempre ser levado em conta, poisa recompensa da utilização de painéis fotovoltaicos para geração de energia elétricatraria além da economia e diminuição dos gastos com geração de energia elétrica amédio prazo, seria um passo avançado para tornar-se referência nacional no âmbito deconstruções sustentáveis.

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Por fim, chegamos a conclusão de que a implantação de uma arena multiusodesse porte na cidade de imbituba não é viável. Há inúmeras limitações que corroboramcom essa ideia, dentre as quais se destacam a falta de uma agenda de eventosapropriada para manter a arena em funcionamento e o alto custo de manutenção deuma obra desse porte.

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ANEXOS

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ANEXO A – ZONEAMENTO URBANO DE IMBITUBA

Figura 18 – Zoneamento urbano da cidade de Imbituba.

Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Imbituba

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ANEXO B – ORÇAMENTO BÁSICO DA ARENA MULTIUSO

Tabela 3 – Orçamento básico da arena multiuso da cidade Tubarão/SC

Serviços preliminaresMateriais Mão de obra Total

Serviços preliminares R$ 28.439,11R$ 220.728,87 R$ 249.167,98

Instalações ProvisóriasR$ 24.432,70 R$ 9.696,98 R$ 34.129,68

Locação da ObraR$ 4.006,41 R$ 17.130,85 R$ 21.137,26

Administração da ObraR$ 0,00

R$ 193.901,04R$ 193.901,04

Fundação einfra-estrutura R$ 982.155,71 R$ 297.038,29 R$ 1.279.193,99

Supra-estruturaR$ 3.246.752,69 R$ 715.917,84 R$ 3.962.670,53

CoberturaR$ 1.401.714,45 R$ 197.168,40 R$ 1.598.882,85

PavimentaçãoR$ 375.972,00 R$ 70.167,15 R$ 446.139,14

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Serviçospreliminares Materiais Mão de obra Total

Paredes e painéisR$ 387.766,17 R$ 186.538,27 R$ 574.304,44

ImpermeabilizaçõesR$ 108.980,90 R$ 21.907,94 R$ 130.888,84

RevestimentosR$ 695.216,21 R$ 517.611,28 R$ 1.212.827,48

Esquadrias, vidros eferragens R$ 802.825,84 R$ 11.379,52 R$ 814.205,36

PinturaR$ 130.976,13 R$ 247.636,79 R$ 378.612,92

Instalações eletr. hidr. eprev. R$ 1.047.161,12 R$ 262.157,00 R$ 901.386,66

Urbanismo e paisagismoR$ 1.219.462,82 R$ 373.583,33 R$ 1.593.046,15

Serviços finaisR$ 11.456,93 R$ 10.638,58 R$ 22.095,50

Total da obra - BDI 25%R$ 10.438.880,15 R$ 3.217.102,80 R$ 13.655.982,95

Fonte: Prefeitura Municipal de Tubarão - modificado pelos autores